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Disciplina: Nutrição
¹ Doutora em Biomedicina pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) Santa Casa de Belo Horizonte:
Mestre em Biomedicina pelo IEP Santa Casa de Belo Horizonte: Especialista em Nefrologia pela
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG);Enfermeira pela Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais (PUC Minas).
SUMÁRIO
1. ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO .................................................................................... 5
1.1 BOCA ............................................................................................................................................................... 5
1.2 FARINGE ........................................................................................................................................................... 6
1.3 ESÔFAGO .......................................................................................................................................................... 6
1.4.ESTOMAGO....................................................................................................................................................... 7
1.5.INTESTINO DELGADO .......................................................................................................................................... 7
1.6.INTESTINO GROSSO ............................................................................................................................................ 8
2.HISTÓRICO DA NUTRIÇÃO ............................................................................................................................. 9
3.NOÇÕES BÁSICAS DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO ......................................................................................... 10
3.1 ALIMENTAÇÃO ................................................................................................................................................. 10
3.2 NUTRIÇÃO ...................................................................................................................................................... 10
3.2.1.Nutrição Ótima ................................................................................................................................... 10
3.3.SAÚDE ........................................................................................................................................................... 10
3.4. ESTADO NUTRICIONAL...................................................................................................................................... 10
3.4.1. Estado Nutricional Bom ..................................................................................................................... 11
3.4.2. Estado Nutricional Precário ............................................................................................................... 11
4.TERMOS UTILIZADOS EM NUTRIÇÃO ...........................................................................................................11
4.1.ALIMENTOS..................................................................................................................................................... 11
4.2.DIETA ............................................................................................................................................................ 11
4.3.DIETOTERAPIA ................................................................................................................................................. 11
4.4.INGESTÃO DIÁRIA DE REFERÊNCIA (DRI) ............................................................................................................... 11
MEDIDA QUE INDICA A QUANTIDADE RECOMENDADA DE NUTRIENTES QUE DEVEM SER INGERIDOS EM UM DIA , MANTENDO ASSIM, O
ESTADO NUTRICIONAL BOM. ...................................................................................................................................... 11
4.5.ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) ................................................................................................................... 12
4.6.QUILOCALORIA (KCAL) ..................................................................................................................................... 13
5.NUTRIENTES.................................................................................................................................................13
5.1. MACRONUTRIENTES......................................................................................................................................... 13
5.1.1.Carboidratos........................................................................................................................................ 14
5.1.2.Lipídeos ............................................................................................................................................... 21
5.1.3. Proteínas ............................................................................................................................................ 25
5.2.MICRONUTRIENTES .......................................................................................................................................... 28
5.2.1.Vitaminas ............................................................................................................................................ 29
5.2.2.Minerais .............................................................................................................................................. 36
6. ÁGUA ..........................................................................................................................................................42
6.1.DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA NO ORGANISMO ............................................................................................................. 43
6.2 FUNÇÕES DA ÁGUA........................................................................................................................................... 44
6.3. FONTES ......................................................................................................................................................... 44
6.5.VIAS DE ELIMINAÇÃO ........................................................................................................................................ 45
6.5.1 Perda Insensível .................................................................................................................................. 45
6.5.2.Perda Sensível ..................................................................................................................................... 45
6.6.MODIFICADORES DA NECESSIDADE DE ÁGUA ......................................................................................................... 45
6.6.1.Sudorese Excessiva.............................................................................................................................. 45
6.6.2.Metabolismo Diminuído ou Aumentado ............................................................................................ 46
6.7.BALANÇO HÍDRICO (BH) ................................................................................................................................... 46
7.FIBRAS .........................................................................................................................................................46
7.1.CARACTERÍSTICAS DAS FIBRAS ALIMENTARES ......................................................................................................... 46
7.2.TIPOS DE FIBRAS ALIMENTARES........................................................................................................................... 46
7.2.1. Fibras Insolúveis ................................................................................................................................. 46
7.2.2. Fibras Solúveis .................................................................................................................................... 47
7.3.FUNÇÕES DAS FIBRAS NO ORGANISMO ................................................................................................................. 48
7.4.RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS ........................................................................................................................ 48
8.PRINCÍPIOS DA BOA ALIMENTAÇÃO ............................................................................................................49
8.1.PIRÂMIDE ALIMENTAR ...................................................................................................................................... 49
8.2.RODA DE ALIMENTOS........................................................................................................................................ 50
9.DOENÇAS NUTRICIONAIS .............................................................................................................................51
9.1.DESNUTRIÇÃO - MARASMO ............................................................................................................................... 51
9.2.DESNUTRIÇÃO- KWASHIORKOR ........................................................................................................................... 51
9.3.CARÊNCIA DE VITAMINA A ................................................................................................................................. 52
9.4.ANEMIA ......................................................................................................................................................... 52
9.5.CARÊNCIA DE IODO........................................................................................................................................... 53
9.6.RAQUITISMO OU OSTEOMALÁCIA ........................................................................................................................ 54
9.7.DISLIPIDEMIA .................................................................................................................................................. 54
9.8.OBESIDADE ..................................................................................................................................................... 55
9.9.DESIDRATAÇÃO................................................................................................................................................ 55
10.DIETOTERAPIA ...........................................................................................................................................56
10.1.ITENS CONSIDERADOS PARA A ELABORAÇÃO DA DIETA DO PACIENTE ENFERMO.......................................................... 56
10.2.TIPOS DE DIETAS ............................................................................................................................................ 57
10.2.1.Componentes .................................................................................................................................... 57
10.2.2.Consistência ...................................................................................................................................... 57
11.ADMINISTRAÇÃO DE DIETA ........................................................................................................................59
11.1.ESTRATÉGIA PARA ESCOLHA DA VIA DE NUTRIÇÃO................................................................................................ 59
11.2.VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE DIETAS.................................................................................................................. 59
11.2.1.Dieta Enteral - Gavagem .................................................................................................................. 59
11.3.DIETA PARENTERAL ........................................................................................................................................ 61
11.3.1.Tipos .................................................................................................................................................. 61
11.3.2.Etapas da Administração da Nutrição Parenteral - NP ................................................................... 62
11.3.3.Complicações da Terapia Nutricional Parenteral - TNP .................................................................. 62
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................................64
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Glândulas Anexas
• Glândulas salivares
• Fígado
• Pâncreas
Funções
• Processamento eficiente dos nutrientes e fluidos
• Absorção dos nutrientes necessários ao corpo
• Eliminação dos resíduos inutilizados
1.1 Boca
A boca é a primeira porção do tubo
digestivo. O alimento é triturado através da
mastigação, misturando-se com a saliva, que é
produzida pelas glândulas salivares, para
formar o bolo alimentar.
Os Dentes
São órgãos da mastigação, elaborados
para cortar, rasgar e triturar o alimento, reduzindo-os de tamanho, facilitando a mistura com a saliva.
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Glândulas Salivares
A saliva é produzida pelas glândulas salivares e contém enzimas, que digerem o amido e
lubrificam a mucosa e alimentos, permitindo o reconhecimento dos sabores.
A Língua
Músculo importante no paladar, na mastigação, na deglutição e na fala. A língua é revestida em
sua parte superior pelas papilas gustativas, que são responsáveis pelo reconhecimento dos sabores.
1.2 Faringe
A faringe se localiza atrás das cavidades
nasal e oral. Tem aproximadamente 12 cm de
comprimento e se continua com o esôfago. Atua
como um canal comum para a deglutição e para a
respiração.
É dividida em:
• Nasofaringe: que se comunica com a cavidade nasal
• Orofaringe: que se comunica com a cavidade oral
• Laringofaringe ou hipofaringe: que se continua com o esôfago.
1.3 Esôfago
O esôfago é um tubo com aproximadamente 25 cm, estende-se da faringe ao estômago. Serve
como um tubo de condução do bolo alimentar. É
muito distensível e acomoda quase tudo que possa
ser deglutido.
É dividido em esôfago:
• Cervical
• Torácico
• Abdominal
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1.4.Estomago
O estômago é uma dilatação do tubo digestivo que se inicia após o esôfago. É um órgão
móvel, facilmente dilatável, que não tem porção fixa, em forma de saco, geralmente assemelha-se à
letra J. Encontra-se na parte superior da cavidade abdominal, logo abaixo do diafragma. Tem diferentes
setores cárdia, fundo, corpo, piloro e 2 curvas principais curvatura maior e menor. Inicia-se em uma
região esfincteriana, a cárdia, que separa o esôfago do estomago e termina em outra região
esfincteriana, o piloro, que separa o estômago do duodeno.
É muito distensível, tendo a capacidade de 1 a 2 litros, podendo chegar até 4 litros, quando
vazio tem um volume de apenas 50 mililitros.
Funções
Motora: armazena e mistura os
alimentos com o suco gástrico, regula os
movimentos peristálticos e esvaziamento
gástrico e reduz as partículas dos alimentos para
menos de 1 mm
Secretora: secreta ácido clorídrico;
pepsinogênio, enzima que participa da digestão
de proteínas; muco, responsável pela proteção
das paredes do estomago contra a acidez do
suco gástrico; bicarbonato, responsável por
auxiliar na neutralização do pH, auxiliando na proteção da mucosa gástrica; e fator intrínseco,
componente crucial para a absorção de vitaminas do complexo B, principalmente a B12.
A secreção e motilidade gástrica são controladas pelo sistema nervoso central e varia em
diferentes momentos do dia, modificando-se com estímulos emocionais ou por estímulos relacionados
aos alimentos.
1.5.Intestino Delgado
O intestino delgado se inicia no piloro
gastroduodenal e vai até a junção íleo-cólica, onde se
une ao intestino grosso. É um órgão tubular que mede
cerca de 6 a 7 metros, e ocupa quase toda a cavidade
abdominal.
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É dividido em:
• Duodeno
• Jejuno
• Íleo
Funções
Função Digestória: São liberadas inúmeras enzimas pelos diferentes tipos de células enterais e
ainda recebe as secreções biliares e pancreáticas, completando-se a digestão do alimento.
Movimentos de mistura promovem a mistura do quimo, íntimo contato com a mucosa intestinal e
também propulsionam o bolo alimentar
Função Absortiva: O revestimento mucoso do intestino tem mais pregas isso aumenta a
superfície de contato para as funções digestórias e de absorção intestinal.
A 1ª porção do duodeno recebe o quimo ácido do estômago e na 2ª porção desembocam as
secreções pancreáticas e biliares, que completam a digestão dos alimentos. A 3ª e 4ª porção do
intestino delgado frequentemente não apresenta distinção entre elas sendo responsáveis pela
absorção dos nutrientes.
1.6.Intestino Grosso
Mede cerca de 1,5 metros de comprimento e
divide-se em: ceco, cólon ascendente, cólon
transverso, cólon descendente, cólon sigmóide e
reto.
A saída do reto chama-se ânus e é fechada
por um músculo, o esfíncter anal.
O intestino grosso normalmente só absorve
água, em quantidade bastante consideráveis,
condensando o conteúdo intestinal, até formar detritos
inúteis, que são eliminados, através do ânus.
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2.HISTÓRICO DA NUTRIÇÃO
A história da nutrição ocorre paralelamente à da história do homem. Na pré-história, o homem
sempre procurou localizar-se onde havia suplência de alimentos. Seu tipo de alimentação obedeceu
primitivamente ao instinto, consumo de alimentos ofertados pela natureza: vegetais e animais
selvagens, o que era feito através da caça, da pesca ou da coleta.
Através dos séculos, confiando no instinto e em suas descobertas empíricas, o homem
aprendeu a distinguir o que era comestível e bom para ele. Apesar de não conhecer a natureza dos
processos nutritivos, nossos ancestrais revelavam cuidados e sagacidade na escolha dos seus
alimentos, pois a história alimentar humana tem constituído um dos problemas mais sérios com que o
homem tem se defrontado.
Os povos primitivos experimentavam tudo que lhes parecia valioso, por exemplo, os
mascadores de folhas de coca, na América do Sul, descobriram que esse vegetal pode acalmar as
dores e age como estimulante. Sem dúvida, o homem pré-histórico realizou experimentos nutricionais
através dos tempos, quando começou a suplementar a sua dieta vegetariana com ovos, répteis e
pequenos mamíferos. Aproximadamente há 1 milhão de anos atrás, o homo sapiens comia carne de
animais, inclusive a medula do osso da perna, que fornece vitaminas, ferro e fosfolipídios.
Através dos séculos, o homem foi ficando mais hábil como caçador, coletor de alimentos e
agricultor. O apetite deve ter estimulado os sentidos do homem primitivo, fazendo-o distinguir novos
odores, assim, foi levado a experimentar e saborear alimentos ainda desconhecidos. Desse modo, o
sabor e o odor desempenharam importante papel na nutrição do homem primitivo.
Hipócrates há 2500 anos, já reconhecia a importância do equilíbrio no consumo de alimentos
para a manutenção da saúde. Também notou que os obesos morriam mais cedo. À medida que a
ciência evolui, mais evidências do papel positivo da alimentação na saúde foram encontradas.
No ano de 1850, programas nutricionais já estavam sendo propostos como programas de
saúde pública. É evidente que a prevenção, enfatizando o papel da alimentação e escolhas
alimentares, são necessárias para se reduzir os custos com a saúde e aumentar a qualidade e a
expectativa de vida das pessoas.
Durante o século passado, não se preocupava muito em combater as deficiências nutricionais.
Essa ênfase mudou após tornar-se público a importância dos nutrientes para a boa saúde. Isso fez com
que as recomendações de nutrientes passassem a ser não somente para o tratamento de doenças,
mas também para a prevenção delas.
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3.1 Alimentação
A alimentação é uma função do aparelho digestivo e consiste na entrada do alimento pelo trato
digestório até a sua captação pela corrente sanguínea.
3.2 Nutrição
3.2.1.Nutrição Ótima
Processo pelo qual o organismo absorve, de forma balanceada, todos os nutrientes essenciais
para manter a saúde.
3.3.Saúde
Condição caracterizada pelo alto nível de bem estar, que possibilita ao indivíduo o
desempenho completo de todo o seu potencial físico e mental.
4.1.Alimentos
É toda substância consumida, digerida e aproveitada, deve ser ingeridos alimentos que
forneçam quantidade regular de nutrientes para o bom funcionamento do corpo.
4.2.Dieta
É o uso de substâncias nutritivas capazes de atender a demanda fisiológica e o equilíbrio vital
do organismo.
4.3.Dietoterapia
É a parte do tratamento do paciente nas enfermidades agudas ou crônicas que envolvem
modificações na ingestão diária de alimentos, pode ser parte ou até ser o único tratamento.
4.6.Quilocaloria (KCAL)
Unidade de medida usada para expressar a energia existente nos nutrientes. 1kcal é
equivalente à 1000 calorias.
5.NUTRIENTES
São as substâncias encontradas nos alimentos: proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas,
sais minerais, fibras, lipídeos e água.
Não existe nenhum alimento que sozinho, contenha todos os nutrientes necessários ao
organismo.
Nutrientes Reguladores
São as vitaminas, fibras e sais minerais, considerados nutrientes
reguladores, pois regulam o funcionamento do organismo. Atuam
sobre o sistema imunológico, regula a digestão, a circulação
sanguínea e proporcionam o bom funcionamento dos intestinos.
Nutrientes Construtores
São as proteínas, responsáveis pela construção e conservação do
organismo, especialmente quando se trata de massa muscular,
cicatrização e crescimento do corpo.
Nutrientes Energéticos
São os carboidratos e lipídeos,
responsáveis pelo fornecimento de energia para
todo o corpo. Sem esse nutriente é impossível o
funcionamento orgânico, por esse motivo o
organismo possui reserva deste nutriente no
fígado e músculos.
5.1. Macronutrientes
São nutrientes necessários ao organismo diariamente em grandes quantidades, no entanto
constituem a maior parte na dieta.
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5.1.1.Carboidratos
Os carboidratos ou glicídios são considerados as principais fontes alimentares, para a
produção de energia, além de exercer inúmeras funções metabólicas e estruturais no organismo.
A ingestão insuficiente desse macronutriente traz prejuízos a todo organismo, principalmente
ao sistema nervoso central, o cérebro é o único órgão do corpo se só funciona com glicose.
A classificação dos carboidratos é feita de acordo com o tamanho que estes assumem, então
são classificados como: monossacarídeos, dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos. O
intestino delgado absorve somente os monossacarídeos, desta forma o processo digestivo tem como
objetivo quebrar os carboidratos complexos (dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos)
transformando-os em carboidratos simples (monossacarídeos).
Estão presentes, na maioria das vezes, nos alimentos de origem vegetal, as principais fontes
de carboidratos são: grãos, cereais, legumes, melado e açúcares.
5.1.1.1.Monossacarídeos
Os monossacarídeos são carboidratos simples.
Glicose
É a forma de açúcar comumente encontrada na corrente sanguínea, principal produto formado
a partir da hidrólise (quebra) dos carboidratos mais complexos no processo de digestão. O excesso é
armazenado no fígado e músculos, na forma de glicogênio. A glicose é colocada na célula por meio da
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ação da insulina, na célula a glicose é oxidada, transformando-se em adenosina trifosfato (ATP), que é
a energia utilizada pelas células. O cérebro utiliza apenas glicose, como fonte de energia.
Frutose
É o açúcar das frutas, sua doçura varia conforme o amadurecimento da fruta, isso ocorre
porque, a sacarose se transforma em glicose e frutose. É encontrado nas frutas e mel.
Galactose
É o açúcar do leite, não é encontrado livre na natureza. É obtida através da hidrólise (quebra)
da lactose durante o processo de digestão. Está presente no leite e em outros produtos lácteos.
5.1.1.2.Dissacarídeos
São carboidratos complexos compostos de dois monossacarídeos ligados. Para que sejam
absorvidos é necessário que sejam hidrolisados (quebrados) e transformados em monossacarídeos.
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Sacarose
É o açúcar comum de mesa, provém dos vegetais e é
encontrado no açúcar de cana e no mel.
Lactose
É o açúcar do leite, produzido exclusivamente nas
glândulas mamárias das lactantes. É formada pelos mamíferos
através da glicose e galactose, para suprir o componente
carboidrato do leite durante a lactação.
Maltose
É o açúcar do malte, obtido através os processos de
digestivo das enzimas, que quebram as moléculas grandes de
amido em fragmentos de dissacarídeos, que são convertidos
em duas moléculas de glicose. Na indústria é obtida por meio
da fermentação de cereais, tais como a cevada, produzindo
etanol (álcool).
5.1.1.3.Polissacarídeos
Como o nome sugere poli, é um termo derivado do grego
e quer dizer muitos. São compostos por macromoleculares,
moléculas gigantes, formadas pela união de muitos (centenas) de
monossacarídeos.
Os três polissacarídeos mais conhecidos dos seres vivos
são: amido, glicogênio e celulose.
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Amido
É a reserva energética dos vegetais, encontrados em grãos, raízes, vegetais e legumes. É a
principal fonte de carboidrato da dieta, sendo recomendado de 50 a 55% do total de quilocalorias seja
proveniente deste tipo de carboidratos complexos.
Glicogênio
É a forma de armazenamento dos carboidratos, nos seres humanos e nos animais, no fígado e
no tecido muscular. É importante no metabolismo, pois auxilia na manutenção dos níveis de açúcar
normais durante períodos de jejum, como durante o sono, também funciona como combustível imediato
para contrações musculares. Apesar da presença no tecido animal, o consumo da carne de animais
não fornece quantidade apreciável de glicogênio, devido a Epinefrina e outros hormônios relacionados
ao estresse que são liberados no abatimento, estes hormônios findam com os estoques de glicogênio.
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Celulose
É o polissacarídeo constituinte da
estrutura celular dos vegetais, e não sofre ação
das enzimas digestivas de humanos, portanto não
é digerida, tornando-se uma fonte importante de
fibras. A celulose encontra-se apenas em
vegetais: frutas, hortaliças, legumes, grãos, nozes e sementes.
5.1.1.6.Necessidades Diárias
As necessidades diárias situam-se em torno de 6 a 7g por quilo de peso, por dia, em relação
ao valor calórico total da dieta, cerca de 50 a 60% devem ser procedentes de carboidratos.
o Esse nutriente deve ser suprido regularmente e em intervalos frequentes, para
satisfazer as necessidades energéticas do organismo.
5.1.2.Lipídeos
São substâncias orgânicas de origem animal ou
vegetal, formadas predominantemente de ácidos graxos e
glicerol. Além de fonte de energia, são veículos
importantes de nutrientes, como vitaminas lipossolúveis
(A, D, E, K) e ácidos graxos essenciais, que são
necessários aos processos biológicos e não funcionam
como fonte de energia.
Lipídios simples
São triglicerídeos, que quando decompostos originam ácidos graxos e
glicerol. Podem ser encontrados na forma: sólida, chamados de gordura e ricos
em ácidos graxos saturados; e líquida, chamados de óleos e ricos em ácidos
graxos insaturados.
Lipídios compostos
São combinações de gorduras e outros
componentes, dando origem aos: fosfolipídios
(lipídeos+ fósforo), glicolipídeos (lipídeos +
glicose) e lipoproteínas (lipídeos + proteínas).
Insaturados
Os ácidos graxos saturados podem ser divididos em dois grupos: monoinsaturados e poli-
insaturados. Trazem benefícios à saúde como diminuição do colesterol total e da lipoproteína de baixa
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densidade (LDL) colesterol ruim, e aumenta a lipoproteína e alta densidade (HDL) colesterol bom, além
de gerar energia.
Monoinsaturados
Diminui a lipoproteína de baixa densidade (LDL),
colesterol ruim e o colesterol total. Presentes no: azeite de oliva,
canola, açaí, abacate e frutas oleaginosas (amendoim, castanhas,
etc.).
Poli-insaturados
Diminui a lipoproteína de baixa densidade (LDL),
colesterol ruim, possuem efeito anti-inflamatório sobre as células
vasculares, têm papel importante no transporte de gorduras e na manutenção da integridade das
membranas celulares. São os ácidos graxos essenciais, que o organismo não produz, necessitando
serem incorporados na dieta. São divididos em dois grupos:
• Ômega 3 (ácido Alfa-Linolênico): São encontrados em: óleo de peixe (salmão, atum, sardinha,
etc.), linhaça, semente de abóbora, gema de ovo, canola e soja.
• Ômega 6 (ácido Linoleico): Carnes, girassol, semente de abóbora, milho, soja, gergelim,
canola, linhaça, oliva e leite humano.
baixa densidade (LDL), colesterol ruim; aumenta colesterol total; diminui a lipoproteína de alta
densidade (LDL) colesterol bom; e provoca acumulo de gordura abdominal.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que a ingestão de gordura trans, não ultrapasse
2,2g por dia, o ideal é consumir o mínimo possível, dando preferência a alimentos mais naturais e
preparações caseiras, para a obtenção de uma vida mais saudável.
Fontes alimentares:
Naturais: carnes, leites e derivados.
Industrializados: biscoitos, salgadinhos, frituras, bolos, margarinas, pães, sorvetes, doces, etc...
5.1.2.3. Colesterol
Encontrado apenas em tecidos animais, no tecido vegetal é denominado ergosterol. É um
composto vital para o organismo, essencial na formação das membranas das células, na produção de
hormônios sexuais, da vitamina D e de sucos digestivos, além de desempenhar papel importante nos
tecidos nervosos e originar sais biliares.
Possui fonte endógena e exógena.
Fonte endógena: produzido pelo fígado.
Fonte exógena: ingerido da dieta. Presente em:
gorduras animais, como ovos, leite e derivados, carne
vermelha, camarão, pele de aves e vísceras; em cremes e
sorvetes.
5.1.3. Proteínas
As proteínas são nutrientes construtores e apresentam funções e estruturas diversificadas. São
sintetizadas a partir de apenas 20 aminoácidos diferentes, porém são consideradas proteínas quando
agrupadas em conjuntos de 100 ou mais aminoácidos.
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Proteínas de Referência
Possuem todos os aminoácidos essenciais em
proporções adequadas. Ex.: ovo, leite humano e leite de vaca.
Aminoácidos essenciais
Não são sintetizados pelo organismo, por isso precisam ser fornecidos através da dieta.
5.2.Micronutrientes
São também chamados de nutrientes não energéticos, devem ser ingeridos em menor
quantidade, fazem parte deste grupo: vitaminas, sais minerais e fibras.
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5.2.1.Vitaminas
São nutrientes reguladores indispensáveis à manutenção do equilíbrio e saúde do organismo.
Suas principais propriedades envolvem dois mecanismos: o de coenzima, quando a vitamina se liga a
uma enzima para que ela seja ativada; e o de antioxidante, as vitaminas são capazes de inibir a
oxidação celular, que promove danos a células.
São substâncias extremamente frágeis, podendo ser destruídas pelo calor, por este motivo
alguns alimentos não podem ser submetidos a temperaturas tão altas. Classificam-se em:
lipossolúveis, solúveis em gordura; e hidrossolúveis, solúveis em água.
5.2.1.1.Vitaminas Lipossolúveis
São aquelas solúveis em lipídios, estas vitaminas são armazenadas no organismo e não se
dissolvem na água de fervura. São elas as vitaminas: A, D, E, K.
5.2.1.1.1.Vitamina A
A vitamina A é transformada em retinol na digestão, este é então absorvido e levado até o
fígado, onde é armazenado e liberado na circulação sanguínea quando é necessário.
5.2.1.1.2.Vitamina D
A vitamina D é um hormônio lipossolúvel essencial para o corpo humano que pode ter fonte
endógena (conversão de colesterol- ultravioletas do tipo B (UVB)) ou exógena (dieta).
Função: participa da deposição de cálcio e fosfato nos ossos, relacionada a resistência óssea e
dos dentes.
Carência: deficiência dentária, raquitismo em crianças, osteomalácia em adultos, e
osteoporose principalmente em mulheres.
Excesso: pode acarretar calcificação de tecidos moles,
como artérias e veias; e síndrome tóxica, cujos sintomas são:
fraqueza, fadiga, perda de apetite, náusea e vômitos.
Fontes Alimentares: pode ser obtida do óleo de fígado
de bacalhau, gema de ovos, peixes e manteiga, porém a
vitamina ingerida é a pró-D, e somente se torna ativada na
presença dos raios solares ultravioletas do tipo B (UVB).
5.2.1.1.3.Vitamina E
Também conhecida como Tocoferol, é um conjunto de 8 substâncias altamente antioxidantes.
Função: atua como antioxidante e aumenta a ação de outros antioxidantes, como por exemplo,
a vitamina C e A, mantendo assim, a integridade dos sistemas reprodutor, nervoso, muscular e
vascular.
Carência: provoca diminuição dos reflexos, hemólise, lesão em fibras nervosas, retinopatia
pigmentar em recém-nascidos (RN) prematuros e dermatites em lactentes.
Excesso: aumenta o risco de sangramento, provoca
fraqueza muscular, cansaço, náuseas e diarreia.
Fontes Alimentares: saladas frescas e cruas; óleos de
origem vegetal como: soja, azeite de oliva, girassol, canola,
amendoim; oleaginosas como: nozes, amêndoas, avelã,
castanha do Pará; legumes; e salsa crua.
5.2.1.1.4.Vitamina K
É dividida em K1, K2 e K3. A vitamina K1 é obtida através dos vegetais, enquanto a vitamina
K2 é produzida pela flora intestinal e a vitamina K3 tem sua produção feita em laboratórios.
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Função: atua na coagulação sanguínea e participa, nas células, dos processos de geração de
energia.
Carência: alteração no tempo de coagulação do sangue, podendo ocasionar hemorragias.
Excesso: surgimento de manchas
vermelhas na pele ou nas mucosas, hemorragias e
degeneração renal.
Fontes Alimentares: espinafre, o repolho, a
couve-flor e os óleos vegetais.
5.2.1.2.1.Complexo B
O complexo B é um conjunto de oito vitaminas hidrossolúveis com importante ação no
metabolismo celular. Antigamente, pensava-se que as vitaminas do complexo B, como são conhecidas,
eram uma só vitamina, chamada de vitamina B. Depois, pesquisas mostraram que elas eram vitaminas
quimicamente diferentes.
Outras vitaminas B4, B8, B10 e B11, foram descobertas como não essenciais ou que podem
ser sintetizadas pelo corpo, e então deixaram de ser consideradas vitaminas e não fazem mais parte do
complexo vitamínico.
Vitamina B1 - Tiamina
Certos microrganismos são capazes de
sintetizá-la naturalmente, como bactérias,
protozoários e fungos, também algumas plantas têm
essa capacidade, os animais, no entanto, precisam
obtê-la da alimentação, pois mesmo que a flora
intestinal seja capaz de sintetizá-la, isso não acontece
em quantidades suficientes.
Função: age como uma coenzima no metabolismo de aminoácidos e glicose para gerar energia
32
Carência: pode levar a doenças como: a encefalopatia de Wernicke, que inclui sintomas de
oftalmoplegia (redução do movimento ocular), confusão mental e ataxia (falta de coordenação de
movimentos musculares voluntários e de equilíbrio); síndrome de Korsakoff, que inclui amnésia e
desorientação; e também a beribéri, que inclui sintomas como perda de peso, fraqueza, dor nos
membros, batimento cardíaco irregular, edemas, inflamação, neuropatias e distúrbios emocionais.
Excesso: raramente causa efeitos adversos.
Fontes Alimentares: grãos integrais como arroz, cereal e trigo; carne de porco, fígado, peixe,
ovo e queijo; couve-flor, espinafre, beterraba e verduras amargas; e frutas como maça, limão, tomate e
jaca.
Função: repara o DNA, evitando erros quando o material genético é duplicado; participa do
metabolismo de lipídeos, auxiliando na queima de gorduras; auxilia no bom funcionamento e
crescimento de células; participa do metabolismo de outras vitaminas do complexo, como a B12; e tem
ação antioxidativa.
Carência: pode provocar lesões nos cantos da boca, problemas de pele, vermelhidão, perda de
cabelo e de peso, problemas reprodutivos e lesões no fígado e no sistema nervoso. A deficiência
relacionada à dieta é bastante rara, porém pode ocorrer
devido a níveis baixos dos hormônios da tireoide.
Excesso: não é comum, pois a capacidade de
absorção desta molécula é limitada.
Fontes Alimentares: vegetais como repolho, agrião,
brócolis e couves; produtos lácteos em geral; ervilhas,
semente de girassol e trigo; carnes e ovo; e algumas frutas.
Vitamina B3 - Niacina
A vitamina B3 é um micronutriente essencial, formada por moléculas orgânicas que participam
diretamente na geração da energia celular.
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Vitamina B6 - Piridoxina
A vitamina B6 é absorvida no jejuno após sofrer hidrólises e estar na sua forma livre, onde é
absorvida passivamente pelas células.
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Vitamina B7 - Biotina
Não é produzida pelo organismo, portanto é uma vitamina essencial, anteriormente chamada
de vitamina H, também conhecida como coenzima R. É absorvida dos alimentos, e em seguida
armazenada em diversos locais, principalmente no fígado.
Função: está envolvida em reações de síntese de ácido nucleico, importante para modulação
de expressão gênica, proteica e síntese de neurotransmissores.
Carência: provoca anemia perniciosa, os sintomas incluem: fadiga, letargia, dores de cabeça,
palidez, problemas de memória e depressão,
podendo evoluir para mania e psicose.
Excesso: não é comum, pois a
capacidade de absorção desta molécula é
limitada.
Fontes Alimentares: são basicamente
todas de origem animal. Os animais estocam vitamina B12 nos músculos, no fígado e pode estar
contido também em ovos e leite.
36
5.2.1.2.2.Vitamina C
Também conhecida como ácido ascórbico, à vitamina C participa de diversos processos vitais
no organismo, porém a hipótese de que a vitamina C previne ou mesmo cura resfriados, não é
comprovada por nenhum dado científico.
5.2.2.Minerais
Substâncias de origem inorgânica que fazem parte dos tecidos orgânicos como ossos, dentes,
músculos, células sanguíneas, sistema nervoso. São nutrientes reguladores e contribuem para a
manutenção da função osmótica, equilíbrio ácido-básico, estímulos nervosos, ritmo cardíaco e
atividade metabólica.
5.2.2.1.Classificação
São classificados em macroelementos e microelementos:
• Macroelementos: São necessários em maior quantidade, são eles: cálcio, magnésio,
sódio, potássio e fósforo.
• Microelementos ou oligoelementos: São necessários em menor quantidade, são eles:
ferro, iodo, zinco e flúor.
5.2.2.1.1.Cálcio
É um dos elementos mais abundantes do organismo, entretanto, 99% desse mineral encontra-
se nos ossos e dentes, apenas 1% está na corrente sanguínea. Os ossos funcionam como uma
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reserva de cálcio, desta forma o excesso de cálcio ingerido é armazenado nos ossos pelos
osteoblastos, e quando há necessidade ele é removido dos ossos, pelos osteoclastos, e liberado na
corrente sanguínea. Osteoclastos e osteoblastos são células ósseas.
5.2.2.1.2.Magnésio
Depois do potássio, é o segundo mineral mais abundante encontrado nos fluidos intracelulares
e é considerado um importante antioxidante, melhorando a função cardiovascular.
5.2.2.1.3. Sódio
Representa 1% do peso corporal, elemento crucial para a manutenção osmótica do organismo
e participa ativamente do potencial elétrico celular juntamente ao potássio.
O sódio é considerado uma molécula hiperosmolar, ou seja, uma molécula que atrai a água
para si, desta forma a maior quantidade de sódio na corrente sanguínea, aumenta a quantidade de
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água, aumentando a pressão arterial, caso o sódio se desloque para a célula ou interstício, a água irá
com ele, provocando o edema.
É importante ressaltar que o sódio se tornou um grande inimigo na alimentação, porém isso
não é uma verdade absoluta, o sódio é extremamente importante para o funcionamento do corpo, oque
faz deste elemento um inimigo é o consumo excessivo.
5.2.2.1.4. Potássio
O potássio é um dos elementos mais importantes para o organismo, devido principalmente as
ações que este mineral exerce como a contração cardíaca e a transmissão de impulsos nervosos. O
potássio juntamente com o sódio participa da bomba de Na + e K+, que é responsável pela ativação do
potencial elétrico cardíaco e nervoso, desta forma, desequilíbrio neste processo podem ser
potencialmente fatais.
Fontes alimentares: frutas secas e frescas, banana e cítricas; vegetais verdes folhosos e
batatas.
5.2.2.1.5.Fósforo
Está presente em maior quantidade nos alimentos de origem animal, mas é encontrado nos de
origem vegetal. Aproximadamente 70% do fósforo nos alimentos é absorvido no organismo, cerca de
80% do fósforo do corpo está localizado nos ossos e dentes e os outros 20% estão nos tecidos.
5.2.2.1.6.Ferro
É um nutriente essencial para a vida, porém sua carência continua sendo a deficiência
nutricional mais comum do mundo. A absorção intestinal pode ser afetada por diversos fatores como a
ingestão excessiva de cálcio, cobre e zinco; e ingestão deficiente de vitamina C ou ingesta excessiva
de cafeína, a vitamina C potencializa a absorção de ferro, enquanto a cafeína bloqueia sua absorção.
Excesso: cansaço; fraqueza; atrofia testicular e impotência; dor abdominal e perda de peso; dor
nas articulações; queda de cabelo; alterações nos ciclos menstruais; arritmias; edema; e paladar
metálico.
Fontes alimentares: carnes vermelhas; vísceras, como fígado, rim e coração; carnes de aves e
de peixe; mariscos crus; vegetais os folhosos verde-escuros como agrião, couve, cheiro-verde e taioba;
as leguminosas como feijões, fava, grão-de-bico, ervilha e lentilha; grãos integrais ou enriquecidos;
nozes e castanhas; e melado de cana-de-açúcar, rapadura e açúcar mascavo.
5.2.2.1.7 Cobre
5.2.2.1.7.Iodo
É absorvido na forma de iodeto, na circulação é encontrado livre e ligado à proteína, o iodo
ligado é predominante. Este mineral é essencial para a produção dos hormônios tireoidianos, podendo
sua deficiência, provocar danos a esta glândula, bócio endêmico, desta forma, para combater a
carência de iodo e o bócio endêmico, em 1974 o governo federal tornou lei a adição de iodo ao sal de
cozinha.
5.2.2.1.8.Zinco
Como um componente estrutural e funcional de várias enzimas, o zinco participa de muitas
reações do metabolismo celular, incluindo processos fisiológicos, como função imune, defesa
antioxidante, crescimento e desenvolvimento. Este mineral é encontrado de forma abundante no
organismo.
5.2.2.1.9.Flúor
É um elemento natural encontrado nos solos e na água potável, devido a uma lei sancionada
em 1974, que obriga à adição de flúor a água potável, essa lei teve como objetivo a prevenção de
cáries e perda precoce dos dentes.
5.2.2.1.10.Minerais Tóxicos
São aqueles associados à interferência nas funções biológicas, atuam produzindo radicais
livres e inativando enzimas protetoras do organismo. Os principais são:
6. ÁGUA
É a solução fundamental da vida, isso porque é o meio em que todos os processos
metabólicos ocorrem, via em que as interações acontecem, e fluxo de intercâmbio contínuo entre os
meios interno e externo das células e do organismo.
A quantidade de água existente no organismo humano é mantida constante mesmo durante
longos períodos da vida, porém, para isso, é necessário que haja equilíbrio entre disponibilidade de
água e nutrientes adequados na alimentação diária.
A água constitui 70% do peso corporal
• 50% no líquido intracelular (LIC)
43
grande dificuldade de ingestão de água, desta forma, devem ser pensadas alternativas de líquidos
saudáveis que possa substituir a água, como os sucos ou a água de coco.
6.3. Fontes
Fontes alimentos líquido –Líquidos em geral: água com gás ou sem gás; bebidas dietéticas;
bebidas gaseificadas; chás; leite; sucos; café e chimarrão.
Fontes nos alimentos sólidos- 95 a 99% de água: gelatina, laranja, repolho, aipo, pepino,
chuchu, alface e abobrinha. 90 a 94% de água: morango, brócolis e tomate. 80 a 89% de água: clara
de ovo, queijo cottage, maçã e cenoura. 60 a 79% de água: pudim instantâneo, banana, camarão, bife
45
magro, costela de porco e batata assada. 40 a 59% de água: salsicha, frango, macarrão e queijo. 20 a
39% de água: pão, bolo, queijo cheddar e mingau de aveia. 10 a 19% de água: manteiga, margarina,
maionese e arroz cozido. 5 a 9% de água: pasta de amendoim e pipoca; 1 a 4% de água: cereais
prontos para comer e farinha.
A necessidade de ingestão de água para adultos pode ser calculada em torno de 30 a 35mL
por quilograma de peso por dia. Sendo no mínimo 2.000mL por dia. Além disso, é importante
considerar que a necessidade de água varia de acordo com os alimentos ingeridos, temperatura,
umidade do ambiente e com o nível de atividade física.
A redução entre 4 a 5% da água corpórea reduz de 20 a 30% a capacidade de trabalho dos
órgãos e sistemas, o limite de privação de água é em torno de 2 a 3 dias.
6.5.Vias de Eliminação
Dividem-se em perda insensível e perda sensível.
6.5.2.Perda Sensível
A perda sensível, pela sudorese e urina, varia com a temperatura, umidade do ar e ingesta
hidrica, chegando aproximadamente a 1,5 a 2,0 litros.
No inverno é comum aumentar a quantidade de urina, isso ocorre porque nas temperaturas
mais baixas sua-se menos, portanto maior parte de líquido é eliminido pela urina , o contrario ocorre no
verão.
6.6.1.Sudorese Excessiva
Quando a temperatura ambiente aumenta, a necessidade de ingestão de água aumenta na
mesma proporção, isso ocorre devido ao aumento da necessidade de eliminação de calor via suor.
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7.FIBRAS
As fibras alimentares são os vegetais da dieta, como celulose, que não são hidrolisados pelo
trato gastrointestinal humano.
7.2.1.1Celulose
Características: retém água nas fezes, aumentando o volume e o peso; favorecem o
peristaltismo dos cólons diminuindo o tempo de trânsito colônico e aumentando o número de
evacuações
Fonte: frutas com cascas, farinha de trigo, farelos e sementes.
7.2.1.2.Hemicelulose
Características: aumentam o volume e o peso das fezes; favorecem o peristaltismo dos cólons
diminuindo o tempo de trânsito colônico e aumentando o número de evacuações
Fonte: grãos de cereais, farelo de trigo, soja e centeio.
7.2.1.3.Lignina
Características: Não é carboidrato, porém é resistente à ação de enzimas e bactérias, não
sendo hidrolisada. Age impedindo a absorção do colesterol no intestino, mantendo-o no bolo fecal para
que seja eliminado.
Fonte: grão integral, ervilha e aspargos.
7.2.2.1.Pectina
Características: é solúvel em água e tem
alta capacidade hidrofílica, atrai a água; retardam
o esvaziamento gástrico, desta forma retardam a senssação de fome; e reduzem a concentração
plasmática de colesterol, porque impede a absorção do colesterol no intestino, mantendo-o no bolo
fecal para que seja eliminado.
Fonte: frutas cítricas, principalmente a casca é rica em pectina, maçã; legumes, batata; e
vegetais.
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7.2.2.2.Gomas
Características: é solúveis em água e têm alta capacidade hidrofílica; retardam o esvaziamento
gástrico, desta forma retardam a senssação de fome; reduzem a concentração plasmática de colesterol
e de glicose, porque impede a absorção de glicose e colesterol no intestino, mantendo-os no bolo fecal
para que sejam eliminados.
Fonte: farelo de aveia, farinha de aveia e farelo de cevada.
7.2.2.3.Mucilagens
Características: possuem capacidade gelficante, formam um gel e arrastam gorduras,
poluentes e metais pesados contidos nos alimentos para o bolo fecal; retardam o tempo de
esvaziamento gástrico, desta forma retardam a senssação de fome; reduzem a concentração
plasmática de colesterol e de glicose, porque impede a absorção de glicose e colesterol no intestino,
mantendo-os no bolo fecal para que sejam eliminados.
Fonte: sementes e algas.
7.4.Recomendações Nutricionais
A ingestão deve consistir em quantidades iguais de fibras solúveis e insolúveis, num total de 20
a 30g de fibras diárias, no máximo 35g.
O excesso de fibras interfere com a absorção de zinco e cálcio, especialmente em crianças e
idosos
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8.1.Pirâmide Alimentar
Pirâmide Alimentar é um instrumento, sob a forma gráfica, que tem como objetivo orientar para
uma dieta mais saudável. É um
guia alimentar geral, que
demonstra como deve ser a
alimentação diária para uma
população saudável, acima de 2
anos de idade.
Cada parte da pirâmide
representa um grupo de
alimentos e o número de
porções recomendadas
diariamente. Na alimentação
diária devem ser incluídos todos
os grupos alimentares, para garantir os nutrientes que necessários ao organismo. O número correto de
porções diárias a serem ingeridas de cada grupo de alimentos, varia de acordo com as necessidades
individuais, sexo, peso, idade e altura.
Em média, a maioria dos indivíduos necessita de, pelo menos, um número mínimo de porções
dentro das variações recomendadas.
Na base da pirâmide, encontramos os nutrientes energéticos, alimentos ricos em carboidratos
como massas, pães, cereais e arroz.
50
Em seguida, encontramos o grupo dos nutrientes reguladores, composto pelas frutas, verduras
e legumes que fornecem vitaminas, minerais e fibras.
No terceiro nível da pirâmide, estão os nutrientes construtores, alimentos que são fontes de
proteínas como carnes, leite e derivados.
No topo da pirâmide estão representados os nutrientes energéticos extras, alimentos que
devem ser consumidos com moderação, pois além de calóricos, podem levar á obesidade, doenças
cardiovasculares, diabetes e outras enfermidades.
8.2.Roda de Alimentos
Foi criada para não hierarquizar os
alimentos, como ocorre na pirâmide
alimentar, desta forma todos os alimentos
estão demonstrados de modo que lhe são
atribuídos igual importância.
Além disso, a roda de alimentos
mantém formato que é facilmente
identificado e associado ao prato, sinal da
cultura alimentar.
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A roda dos alimentos, é composta por 7 grupos de nutrientes de diferentes grupos alimentares,
e indica a proporção, com que cada um deles deve estar presente na alimentação diária.
9.DOENÇAS NUTRICIONAIS
9.1.Desnutrição - Marasmo
Ocorre quando a criança não ingere comida com frequência, durante um longo período,
fazendo com que, não haja energia suficiente para suprir as necessidades do metabolismo. É a forma
mais comum de desnutrição calórica proteica e seu desenvolvimento é lento. Geralmente quando a
criança volta a se realimentar mostra-se exageradamente faminta e algumas vezes essa desnutrição
pode até levar ao óbito.
Mais comum em crianças de regiões extremamente pobres,
devido a alimentadas com quantidade fraca de cereais, proteínas e
vitaminas. Resultando em uma criança extremamente magra, pois há
perda de gordura corporal e de tecido muscular, que foram utilizados
como fonte de energia, fazendo com que o peso e a altura desta
criança sejam baixos em relação a sua idade, além de aumentar a
propensão de doenças e infecções.
Os sintomas mais comuns são a pele frouxa, gordura ausente, costelas proeminentes,
membros delgados, taxa de crescimento muito baixa, hipotonia, apatia, cabelo ralo, escasso e
emagrecimento acentuado.
O tratamento nutricional é feito de forma cuidadosa com dieta contendo os nutrientes que essa
criança não possui e são de fácil digestão, e posteriormente alimentos mais compostos como leite
desnatado para repor proteínas e carboidratos, e por ultimo é instituída a reposição de gordura.
9.2.Desnutrição- kwashiorkor
Refere-se a uma patologia resultante da ingestão insuficiente de proteínas, que se caracteriza
pela presença de edema, irritabilidade, anorexia e dermatoses ulceradas.
Esta condição é observada em indivíduos que
vivem em regiões muito pobres, onde há escassez de
alimentos, também pode ocorrer em casos de infecções
parasitárias, doenças ou condições que interferem na
absorção proteica, e dietas vegetarianas e veganas.
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9.3.Carência de Vitamina A
A Carência de vitamina A afeta igualmente os adultos, porém mulheres grávidas, lactantes e
crianças são particularmente ameaçadas. Pode causar cegueira noturna ou xeroftalmia, e em casos
mais graves, pode causar cegueira total, aumenta o
risco de infecção e de morte.
A carência de vitamina A aparece quando não
há ingestão suficiente de alimentos ricos em vitamina A
ou de óleos e gorduras, que possibilitam a absorção da
vitamina A, desta forma em uma dieta é pobre em
gorduras, há baixa absorção desta vitamina.
A melhor maneira de prevenir a carência de
vitamina A é o consumo de alimentos ricos em vitamina A, que compreendem legumes de folhas
verdes escuras; frutos amarelos ou alaranjados; e o fígado, que é particularmente rico em vitamina A.
Outro ponto relevante é o consumo adequado de óleo ou gordura, pois se trata de uma vitamina
lipossolúvel, e sem a presença de lipídeos não pode ser absorvida.
Antes da introdução de alimentos de desmame, o leite materno é a única fonte de vitamina A
para os bebês, sendo assim as mães em fase de amamentação devem consumir muitos alimentos
ricos em vitamina A, para cobrir as suas próprias necessidades e as do filho.
9.4.Anemia
A anemia nutricional mais comum relaciona-se com a carência de ferro, mineral necessário
para a formação da hemoglobina e dos glóbulos vermelhos.
Alguns grupos correm maior risco de desenvolvimento desta patologia, são eles: mulheres,
especialmente durante a gravidez e depois do parto, devido ao sangramento da menstruação e
53
9.5.Carência de Iodo
Normalmente provocada pela ingestão insuficiente de iodo, ocorre porque os alimentos ricos
em iodo são de origem marinha e os solos ricos em iodo, que produzem cultivos com boa quantidade
de iodo também se localizam no litoral, desta forma os alimentos que contém iodo são pouco
consumidos por varias questões, incluindo as econômicas.
A glândula tireoide, situada na parte da frente do pescoço, armazena e utiliza o iodo para
produzir os hormônios tireoidianos, se na dieta não contiver iodo suficiente durante um longo período
de tempo, aparecem sinais de carência, os principais deles são os sintomas de hipotireoidismo e o
bócio endêmico, que é o crescimento da
glândula.
Com a intenção de resolver este
problema, em 1974 foi sancionada uma lei
que torna obrigatória a adição do iodo no
sal de cozinha, tornando possível o
consumo de iodo por todas as pessoas,
evitando a carência deste mineral.
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9.6.Raquitismo ou Osteomalácia
Doença relacionada principalmente à carência de vitamina D e cálcio. A vitamina D tem como
função auxiliar na deposição de cálcio nos ossos, tornando-os mais resistentes, porém quando há
carência de um destes nutrientes, os ossos ficam enfraquecidos.
Na criança a doença e dominada raquitismo e
nos adultos osteomalácia, em ambos os casos os
principais sintomas incluem ossos frágeis, fraturas
patológicas e dificuldade de cicatrização óssea.
O tratamento inclui além de reposição de
cálcio ou ingestão de alimentos ricos neste mineral, a
exposição ao sol, pois a vitamina D é ingerida como
provitamina D e somente se torna ativa com a
presença dos raios UVB do sol.
9.7.Dislipidemia
Distúrbio caracterizado pela presença excessiva ou anormal de colesterol e triglicérides no
sangue.
Esta anormalidade é causada devido a hábitos alimentares incorretos, nos quais estão inclusos
o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas, trans e estilo de vida sedentário. No entanto, a
dislipidemia pode ser ocasionada devido a fatores genéticos, produção excessiva de colesterol
endógeno; pela ingestão de certos medicamentos; obesidade; e diabetes.
O grande risco da dislipidemia é a ocorrência de aterosclerose, que provoca diminuição da luz
do vaso sanguíneo, podendo provocar
hipóxia e morte tecidual.
O tratamento baseia-se em
modificações na dieta evitando o consumo
excessivo de gorduras, aumentando o
consumo de fibras e atividade física. Em
casos de alta produção de colesterol
endógeno pode ser indicado ao paciente
medicação como a sinvastatina.
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9.8.Obesidade
É uma doença caracterizada pelo excessivo acúmulo de gordura corporal e normalmente está
associada a problemas de saúde, comprometendo ainda mais o estado do indivíduo. Constitui fator de
risco para várias doenças como: câncer, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças
cerebrovasculares, apneia do sono e Diabete Melittus tipo dois.
A obesidade é provocada por predisposição genética e alterações endócrinas como o
hipotireoidismo, em menor grau na atualidade; dietas ricas em gordura e falta de exercícios físicos,
causas mais comuns atualmente.
O diagnóstico é feito através do cálculo de índice de massa corporal (IMC), que consiste em
dividir o peso do indivíduo pelo quadrado de sua altura. Kg/Alt². Valores de Referência
O tratamento inclui tratamento de doença de base, se for o caso; reeducação alimentar; início
de atividades físicas; e em casos extremos gastrectomia redutora. A prevenção é realizada com dieta
balanceada e prática de exercícios físicos.
9.9.Desidratação
Estado patológico causado pelo baixo nível de líquido, água e sais minerais no corpo. A
desidratação é uma doença grave, milhares de crianças morrem todos os anos.
Baixos níveis de água no organismo ativam uma região do cérebro que provoca a sensação de
sede, quando o líquido perdido não é reposto, os níveis de sódio na corrente sanguínea aumentam, e
outras complicações surgem.
Em condições normais, a água é eliminada do organismo através do suor, urina, fezes e
lágrimas. A desidratação pode ocorrer quando há eliminação excessiva de água sem a reposição
adequada. As principais causas são: excesso de calor, sem reposição suficiente da água eliminada;
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diminuição do consumo de água; febre, devido à sudorese característica; diarreia; vômitos; e uso de
medicamentos diuréticos.
Os sintomas da desidratação ocorrem dependendo do nível da doença.
Existem três níveis de desidratação:
• Desidratação leve: o único sintoma é a sede.
• Desidratação mediana: pele seca e inflexível; taquicardia; diminuição do peso; e
aumento da temperatura corporal.
• Desidratação grave: além dos sintomas da desidratação leve e moderada, pode
ocorrer queda da pressão arterial; sensação de perda de consciência; hipertermia;
convulsões; choque; e morte.
O tratamento para a desidratação depende do nível de desidratação em que a pessoa se
encontra, nos casos de desidratação leve, beber água em maior quantidade é o suficiente; na
desidratação de nível moderado o soro caseiro ou soros industrializados podem ser utilizados; já na
desidratação grave a reposição deve ser feita por via sanguínea.
10.DIETOTERAPIA
Desde os tempos remotos a humanidade já utilizava os alimentos e ervas para fins medicinais,
pois, ainda não existia o que chamamos hoje de medicamentos.
A dietoterapia é a parte da ciência da nutrição que se dedica às dietas especificas para cada
enfermidades, ferramenta que usa os alimentos para o tratamento e prevenção de enfermidades,
levando o organismo a adquirir os nutrientes necessários para a boa performance e saúde. O cuidado
nutricional vai depender do tipo de enfermidade que acomete o individuo.
Para uma pessoa saudável, o cuidado nutricional pode significar apenas a avaliação nutricional
de rotina e educação quanto aos hábitos alimentares, já para pacientes enfermos ou hospitalizados o
cuidado nutricional deve incluir o acompanhamento da ingestão de alimentos, a adequação destes
alimentos à sua patologia e aconselhamento do paciente e família.
10.2.Tipos de Dietas
10.2.1.Componentes
Existem vários tipos de dietas terapêuticas que serão adotadas de acordo com a enfermidade
do paciente.
10.2.2.Consistência
A consistência também é um fator levado em consideração, pois, muitas
vezes o sistema digestório não se encontra fisiologicamente normal.
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Dieta Normal
Comumente associada à dieta terapêutica livre, trata-se de uma refeição convencional,
indicada para pacientes sem indicações dietoterápicas especificas.
Dieta Branda
Nesta dieta os alimentos estão mais cozidos, com a consistência
mais mole, normal em calorias e nutrientes, moderada em resíduos. Fácil de
mastigar, deglutir e de digerir.
Indicada para pacientes com enfermidades leves ou como transição
para dieta livre.
Dieta Pastosa
Indicada geralmente para pacientes com disfagia, dificuldades de
mastigação, alterações gastrintestinais e pós-cirurgia.
É composta por alimentos bem macios e bem cozidos, em forma de
purê ou papas.
Dieta Líquida
Tem o objetivo de serem: facilmente deglutidas e digeridas. Indicada
para: problemas na mastigação, pré e pós-operatório.
Trata-se de uma dieta que deve ser complementada nutricionalmente
para atingir satisfação, pois, é pobre, por exemplo, em fibras.
Dieta Suspensa
Indicada em pré-operatório de cirurgias onde a anestesia é geral,
peridural ou raquimedular.
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11.ADMINISTRAÇÃO DE DIETA
Dita via Sonda, Gastrostomia e Jejunostomia - É indicada quando a alimentação pela boca é
impossível ou insuficiente. Deve-se:
• Lavar as mãos
• Observar integridade da embalagem e conteúdo da dieta
• Comparar o rótulo de identificação com a prescrição
• Elevar decúbito
• Conferir localização da sonda
• Conectar o equipo
• Preencher equipo, evitando entrada de ar
• Regular o gotejamento da dieta
Ao fim da dieta
• Administrar 50 ml de água no final de cada frasco
• Manter higiene oral
• Registrar a administração da dieta
• Gastrointestinais
o Vômito, diarreia e cólica
▪ Evitar infusão rápida, dieta com cheiro desagradável e observar
intolerância nutricional.
• Metabólicas
o Desidratação, distúrbios eletrolíticos e hiperglicemia
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• Mecânica
o Obstrução, saída ou migração da sonda e ulcerações
▪ Administrar água antes e após as infusões e avaliar constantemente a
fixação da sonda.
• Pulmonares
o Aspiração de dieta para o pulmão
▪ Manter decúbito elevado e verificar posicionamento da sonda.
• Infecciosas
o Gastroenterocolite, infecção do estomago e intestinos, e infecção no estoma;
▪ Trocar equipo a cada 24 horas e atentar quanto a sinais logísticos nos
estomas.
11.3.Dieta Parenteral
Consiste em solução ou emulsão acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, composta
basicamente por carboidratos, aminoácidos, lipídeos, vitaminas e minerais.
Destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar,
ambulatorial ou domiciliar, visando à manutenção dos tecidos, órgãos e sistemas.
A nutrição parenteral é necessária nos casos em que a alimentação enteral não é possível,
quando a absorção de nutrientes é incompleta, quando a alimentação oral é indesejável ou quando as
condições mencionadas estão associadas, ou podem evoluir para
um estado de desnutrição.
Indicações
• Indicações adulto:
o Doentes desnutridos
o Obstrução no trato gastrointestinal
o Complicações pós-cirúrgicas
o Queimaduras graves
• Indicações crianças/recém-nascido:
o Prematuros com baixo peso
o Má formação congênita do trato gastrointestinal
o Diarreia crônica intensa
11.3.1.Tipos
NPT periférica: realizada infusão por veia periférica
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NPT central: realizada infusão em veia central de grosso calibre, normalmente veia cava
superior.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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