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RESUMO HISTORIA DA BOSSA NOVA

Em meados dos anos 1950’s, no Rio de Janeiro, anos em que havia maior liberdade em
comparação com a época da pré-guerra mundial, a bossa nova – “novo ritmo” invadiu a cena
musical brasileira (e logo invadiria o mondo inteiro).

A bossa nova foi uma forma diferente de fazer música, muito mais livre, longe dos cânones
vigentes. Continha uma essência democrática que expressava os valores da nova geração. Era
um ritmo que gostava da vida livre, esportiva, do bate papo na praia como elemento libertador
da juventude. Foi na realidade um movimento de renovação da cultura, uma simplificação do
modo de vida.

A bossa difundiu, entre suas inovações, a prática de acordes dissonantes e interpretações


intimistas. Com raízes no samba tradicional, e principalmente no samba-canção, a bossa
originalmente era a música da classe média.

Essas inovações estilísticas foram, em essência, um redirecionamento do samba como gênero


para uma maior complexidade harmônica “retirada de correntes musicais como o
impressionismo, uma simplicidade melódica caracterizada por inflexões mínimas e discretas e
ritmos regulares e característicos”.

Mais falando da bossa nem tudo é rosa. No livro “Pequena história da música popular”, José
Ramos Tinhorão expõe uma visão bastante crítica da bossa nova. O autor argumenta que ela
marcaria o afastamento do samba das suas origens populares e não constituiria um gênero, e
sim uma forma de tocar da elite carioca que rejeitava o ritmo tradicional estabelecido pela
percussão negra. Acentuando-se assim o abismo entre as classes sociais.

Não podemos falar da bossa nova como gênero sem mencionar uma das figuras-chave de seu
nascimento, o violonista e cantor João Gilberto que, juntamente com Antonio Carlos Jobim, e
Vinicius de Moraes são considerados seus criadores. A publicação em 1959 do álbum Chega de
saudade marcou a apresentação oficial ao mundo do novo gênero criado por esse grupo de
artistas e intelectuais.

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