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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

FUNDAÇÃO DE MEDICINA TROPICAL DOUTOR. HEITOR VIEIRA DOURADO


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA TROPICAL
MESTRADO EM DOENÇAS TROPICAIS E INFECCIOSAS

ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DO VÍRUS VARICELA ZOSTER


EM MANAUS, AMAZONAS

DANIELE DE ARAÚJO SAMPAIO

MANAUS
2015
i

DANIELE DE ARAÚJO SAMPAIO

ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DO VÍRUS VARICELA ZOSTER


EM MANAUS, AMAZONAS

Dissertação apresentado ao Programa de


Pós-Graduação em Medicina Tropicalda
Universidade do Estado do Amazonas em
Convênio com a Fundação de Medicina
Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, para
obtenção do título de Mestre em Doenças
Tropicais e Infecciosas.

Orientador (a): Profª Dra. Maria Paula Gomes Mourão


Co-orientador (a): Dra. Michele de Souza Bastos

MANAUS
2015
ii

Ficha Catalográfica

S192 Sampaio, Daniele de Araújo.


Estudo de caracterização molecular do vírus varicela Zoster em Manaus,
Amazonas ./Daniele de Araújo Sampaio. -- Manaus : Universidade do Estado do
Amazonas, Fundação de Medicina Tropical, 2015.
xiii, 53f. : il.

Dissertação (Mestrado) apresentada ao Programa de Pós- Graduação


em Medicina Tropical da Universidade do Estado do Amazonas –
UEA/FMT, 2015.
Orientadora: Profa. Dra. Maria Paula Gomes Mourão
Título em inglês: Molecular characterization study of varicella zoster virus

in Manaus Amazon.

Ficha Catalográfica elaborada pela Bibliotecária Maria Eliana N Silva,lotada na Escola Superior de
1.VZV 2 Varicela. 3.Genótipo 4. Manaus Título.
Ciências da Saúde - UEA

CDU: 616.9(811.3)(043)
iii

ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DO VÍRUS VARICELA ZOSTER


EM MANAUS, AMAZONAS

DANIELE DE ARAÚJO SAMPAIO

“Esta Dissertação foi julgada adequada para obtenção do Título de Mestre em


Doenças Tropicais e Infecciosas, aprovada em sua forma final pelo Programa
de Pós-Graduação em Medicina Tropical da Universidade do Estado do
Amazonas em convênio com a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira
Dourado”.

Banca Julgadora:

Maria Paula Gomes Mourão


Presidente

RajendranathRamasawmy
Membro

Felipe Gomes Naveca


Membro
iv

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por sua proteção e direcionamento para alcançar esta


conquista.

À minha família, pelo apoio e confiança para que eu concretizasse este


projeto. Minha mãe, meu pai e meus irmãos, por priorizarem minha educação acima
de tudo e por acreditarem em meus sonhos, entendendo-me nos momentos de
ausência, dando-me apoio e carinho.

Ao professor Dra. Maria Paula Gomes , minha orientadoar, por todos os


ensinamentos e paciência ao longo desses anos, contribuindo de maneira intensa no
meu aprendizado durante esta jornada.

À professora Dra. Michele Bastos, minha co-orientadora que me possibilitou


aprendizagens únicas, sempre me incentivando. Muito obrigada pela confiança e por
acreditar em meu potencial.

Ao professor Dr. RajendranathRamasawmy pela contribuição na construção deste


trabalho, incentivo e ensinamentos incansáveis.

Ao professor Dr. Felipe Naveca pela contribuição na construção deste


trabalho, incentivo e ensinamentos incansáveis.

A todos os professores Universidade do Estado do Amazonas/Programa de


Pós-graduação em Medicina Tropical, por todo aprendizado e atenção dispensado
no repasse dos conhecimentos durante as aulas e extra sala de aula.

À Fundação de Amparo à pesquisa di Amazonas(FAPEAM)pelo apoio


financeiro por meio de bolsa de estudo.
v

Aos membros da secretaria acadêmica da Pós-graduação em Medicina


Tropical e a todos os funcionários da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor
Vieira Dourado, pelo apoio e incentivo.

A todos os funcionários do da gerencia de virologia a Gerente Marcia


Castilhoe toda sua equipe, pela atenção e tempo disponibilizados.

Aos colegas da turma de Mestrado ano 2014, por todo aprendizado e


amizade, durante esta jornada de estudo.

Muito obrigada !
vi

RESUMO

O Virus varicela zoster (VZV) pertence a família Herpesviridae, sua espécie é


conhecida como humano - 3 (HHV-3) e causa duas doenças distintas conhecidas:
catapora (varicela) e herpes zoster. Na maioria dos países, entre 2 e 4% das
crianças são hospitalizadas por complicações da varicela.O VZV pode causar
algumas complicações no Sistema Nervoso Central (SNC), já em pacientes com
AIDS existe um total de 71% dos casos, e na sua maioria causa encefalite.O VZV foi
inicialmente classificado como neurotropico, mas experimentos ultilizando células T
em animais mostra o tropismo para células T importantes para replicação e liberação
de viriões.Epidemias são mais prevalentes em climas temperados, que ocorre na
maioria das vezes durante o inverno e primavera. Isolante de varicela e HZ pode ser
estudado em cinco genótipos distintos de VZV de áreas geográficas específicas, o
domínio regional de genótipos específicos pode ter sido estabelecido pelo clima e
outros fatores.O objetivo desse projeto é realizar estudo de caracterização molecular
do vírus Varicela Zoster detectado em amostras clinica de pacientes atendidos em
uma unidade terciaria de saúde no Amazonas. Foram incluidas 12
amostrasidentificadas no período de 2010 a 2014, na Fundação de Medicina
Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), para a triagem foram aplificadas
usando a região ORF8 e para o sequenciamento foi amplificado as regiões ORF22,
38 e 54. Todas as amostras foram sequenciadas e feito a análise filogenética . Seis
amostras foram identificadas as cepas selvagem do VZV. Na região da ORF54 em
umas das amostras foi observado mudanças na posição 95241 o que não descarta a
possibilidade de mutações. E o clado 5 foi sugerido para duas amostras da região
ORF22.

PalavrasChaves:VZV, varicela, genótipos, Manaus.


vii

ABSTRACT

VZV belongs to the Herpesviridae family, its kind is known as human - 3 (HHV-3) and
causes two distinct diseases known: chicken pox (varicella) and shingles. In most
countries, between 2 and 4% of children are hospitalized for complications of
varicela.O VZV can cause some complications in the central nervous system (CNS),
in AIDS patients there is a total of 71% of cases, and its Most cause encephalitis.
The VZV was initially classified as a neurotropic but ultilizando T cell experiments on
animals show tropism for T cells important for replication and release of virions.
Epidemics are more prevalent in temperate climates, which occurs most often during
the winter and spring. sample isolatedof chickenpox and HZ can be studied in five
different genotypes of VZV specific geographic areas, the regional domain specific
genotypes may have been set by the climate and other factors. The objective of this
project is to conduct study of molecular characterization of the Varicella Zoster virus
detected in clinical samples from patients treated in a tertiary health unit in the
Amazon. Specifics are to identify the current VZV genotype in Manaus, make
comparison study with viral strains from other regions and determine whether there is
a relationship with severe disease according to genotype identify and differentiate the
strains of wild-type and vaccine .Included were 12 samples, Included 12 samples
were identified in the period 2010 to 2014 , at the Fundação de Medicina Tropical Dr.
Heitor Vieira Dourado( FMT - HVD ) for screening DNA samples were amplified using
the ORF8 region and the sequencing was amplified the regions Orf22 38 and 54. All
samples were sequenced and made phylogenetic analysis. Six samples of the wild
strains of VZV have been identified. In the region of ORF54 in one of the samples
was observed changes in position 95241 which does not rule out the possibility of
mutations. Clade 5 and has been suggested for the two samples ORF22 region.

Keywords:VZV , varicella , genotypes , Manaus.


viii

RESUMO LEIGO

O Virus varicela zoster (VZV) pertence a família Herpesviridae, que pode ser de
origem selvgem (vírus VZV) ou vacinal (Oka vacina) humano - 3 (HHV-3) e causa
duas doenças conhecidas como catapora e herpes zoster. Na maioria dos países,
entre 2 e 4% das crianças são hospitalizadas por complicações da varicela. Esse
vírus pode causar algumas complicações no Sistema Nervoso Central (SNC), sendo
as mais comuns a inflamação e a infecção no cérebro. É um virus que apresenta
propensão para infectar células que são importantes para processo de duplicação do
DNA e liberação de outros vírus. Epidemias são mais prevalentes em lugares de
clima temperados. O VZV pode ser estudado em cinco genótipos distintos, conforme
as áreas geográficas específicas, o domínio regional de genótipo, que são os genes
específicos, pode ter sido estabelecido pelo clima e outros fatores. O objetivo dessa
dissertação foi realizar estudo de caracterização molecular do vírus Varicela Zoster
detectado em amostras de vesíscula de pacientes atendidos em uma unidade
terciaria de saúde no Amazonas. Foram incluidas 12 amostras identificadas no
período de 2010 a 2014, na Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira
Dourado(FMT-HVD); para a triagem foi extraído o DNA e aplicadas técnica
biomoleculares, e para o sequenciamento e feita análise filogenética. Em 6/12 (50%)
das amostras identificou-se as cepas do vírus VZV. Na região da ORF54 em umas
das amostras foi observado mudanças na posição 95241 o que evidencia a
possibilidade de mutações. E duas amostras 5 e 7 da região ORF22 teve um
agrupamento que inclui um ancestral comum classificado nos genótipos do VZV
como clado 5.

PalavrasChaves:VZV, varicela, genótipos, Manaus.


ix

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Estrutura do vírus Varicela............................................................................................ 17


Figura 2 Organização do genoma do vírus da varicela-zoster.................................................... 20
Figura 3 Sistema de nomenclatura do VZV, adotado em 25 de julho de 2008, Whitechapel,
Londres, Reino Unido................................................................................................... 21
Figura 4 Árvore filogenética mostrando os cinco grandes clades VZV...................................... 22
Figura 5 Mapa da distribuição geográfica dos clades do VZV................................................... 28
Figura 6 Representação da patogênese do VZV....................................................................... 24
Figura 7 Imagem do gel de agarose dos fragmentos de 275 pb da região ORF8 do VZV........ 34

Imagem do gel de agarose dos fragmentos de 447, 350 e 222pb das egiões
Figura 8 ORF22, 38 e 54 respectivamente do VZV................................................................... 34
Imagem do gel de agarose do resultado da purificação com Polietilenoglicol
Figura 9 (PEG).......................................................................................................................... 35
Figura 10 Imagem do gel de agarose do resultado da purificação com KIT.............................. 35
Representação do resultados das sequencias das regiões ORF 22, 38 e 54 alinhadas
Figura 11 com a cepaDumas...................................................................................................... 37
Figura 12 Representação do ORF38 analizadas pela enzima de restrição PstI........................ 38
Representação do ORF54 analizadas pela enzima de restrição BglII. O (Y) significa
Figura 13 a presença de (C) ou (T )............................................................................................. 39
Figura 14 Arvore filogenética do VZV baseada na incluindo as amostras 05 e 07....................... 41
x

LISTA DE TABELAS E QUADROS

Tabela 1 Tabela de descrição taxonômica do VZV..................... 15


Tabela 2 Tabela de primers usados para PCR........................... 31
Tabela 3 Tabela de primers usados para PCR para genotigem. 31
Tabela 4 Tabela de analise de variações do genótipo do VZV.... 40
xi

LISTA DE ABREVIATURAS, SÍMBOLOS E UNIDADES DE MEDIDA

˚C Graus Celsius
A Adenina
AIDS Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
C Citosina
CEP Comitê de Ética e Pesquisa
CMV Citomegalovírus
DNA Ácido desoxirribonucleico
EBV Epstein-Barr
EUA Única Região Curta
FAPEAM Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas
FMT-
HVD Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado
G Guanina
HHV Herpes Vírus Humano
HIV Vírus da Imunodeficiência Humana
HSV Herpes Simples Vírus
HZ Herpes Zoster
ICTV International Committee on Taxonomy of Viruses
IRL Repetições Internas Longas
IRS Repetições Internas Curtas
KSHV Herpes Vírus Humano associado ao sarcoma de Kaposi
Nm Nanômetro
Nº Número
ORF Open Reading Frame(Fase de leitura aberta)
PCR Polymerase chain reaction (Reação em cadeia da polimerase)
Pb Base-pair
R Região
RFLP Restriction Fragment Length Polymorphism
SNC Sistema Nervoso Central
SNP Single Nucleotide Polymorphism
T Timina
(T) Triangulação
TRL Terminais Longos
TRS Terminais Curtos
UL Região Longa
VZV Vírus de Varicela Zoster
Α Alfa
Β Beta
Γ Gama
xii

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 14
1.1A família Herpesviridae.......................................................................................... 14
1.2 Varicela Zoster..................................................................................................... 15
1.2.1 Estrutura do virion VZV..................................................................................... 16
1.2.1.1 Proteínas do virion........................................................................................... 17
1.2.1.2 Tegumento....................................................................................................... 18
1.2.1.3 Capsídeo.......................................................................................................... 18
1.2.1.4 Envelope.......................................................................................................... 18
1.2.1.5 Core.................................................................................................................. 19
1.2.2 Genoma do VZV.................................................................................................. 19
1.2.2.1 Genes do VZV.................................................................................................. 20
1.2.2.2 Filogenia e Genótipos VZV.............................................................................. 21
1.3 Complicações no Sistema Nervoso Central (SNC) do VZV................................... 22
1.4 Tropismo..................................................................................................................
23
1.5 Vacina Contra Varicela............................................................................................
25
1.6 Epidemiologia..........................................................................................................
26
1.7 Epidemiologia Molecular.......................................................................................
26

2 OBJETIVOS............................................................................................................ 29
2.1 Geral ......................................................................................................................
29
2.2 Específicos ............................................................................................................ 29

3 MATERIAIS E MÉTODOS.........................................................................................
30
3.1 Modelo de Estudo...................................................................................................
37
3.2 Seleção das amostras...........................................................................................
37
3.3 Método de diagnóstico molecular..........................................................................
30
3.3.1 Detecção do genoma viral da família Herpesviridae...........................................
30
3.3.1.1 Extração de DNA.............................................................................................
30
3.3.1.2 Amplificação do DNA PCR..............................................................................
30
3.3.2 Sequenciamento de nucleotídeo.......................................................................
31
3.3.2.1 Amplificação do DNA PCR...............................................................................
31
3.3.2.1.1 Purificação do produto da PCR.....................................................................
32
xiii

3.3.3 Genotipagem do vírus VZV ................................................................................


32
3.3.4 Sequeciamento e analise filogenética.................................................................
32
3.4 Aspectos éticos.......................................................................................................
33
3.5 Financiamento........................................................................................................
33

4 RESULTADOS..........................................................................................................
34
4.1 Seleção de amostra e identificação do VZV..........................................................
34
4.2 Amplificação do DNA para sequenciamento ........................................................
34
4.3 Cronograma de Execução....................................................................................
35

5DISCUSSÃO.............................................................................................................
42
6CONCLUSÃO............................................................................................................
44
7 REFERÊNCIAS.........................................................................................................
45
8 ANEXOS....................................................................................................................
55
1

1 INTRODUÇÃO

1.1 A FAMÍLIA Herpesviridae

Os virus já são patógenos claramente conhecidos e que estão relacionados com o


homem e outras espécies há mais de 200 milhões de anos1.Mais de 300 diferentes
herpesvírus foram descobertos até agora, alguns pela sua associação com doenças e
outros usando a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)8.

Existe um agrande variação de vírus, devido à ampla ocorrência e diversidade, de


acordo com o International Committee on Taxonomy of Viruses-ICTV2 (2015) a família
Herpesviridaeé classificadaem 3 subfamílias: Alphaherpesvirinae, Bethaherpesvirinae e
Gammaherpesvirinae10.Esses membros têm como hospedeiros os répteis, aves e
mamíferos13 (Tabela 1).

Dentro da família Herpesviridae existem 8 espécies de vírus que podem infectar o


ser humano. A subfamília Alphaherpesvirinaeque inclui os Herpesvírus Simples tipo I e
II(HSV-1 e HSV-2), responsáveis, respectivamente, pela infecção damucosa labial e
genital e são vulgarmente conhecidos como Herpes. Essasubfamília inclui também o
gênero Varicellovirus contendo a espécie Herpesvirus humano - 3 (HHV-3), que causam
duas doenças conhecidas como catapora e herpes zoster9-10 (Tabela 1).

A segunda subfamília Bethaherpesvíruscompreendeao gêneroCytomegalovirus


ouCytomegalovirus Humanoque tem como espécie Herpesvirus humano-5 (HHV-5), que
na infecção primária está associada à síndrome da mononucleose. E nessa mesma
subfamília inclui o gênero Roseolovirus com a espécieHerpesvirus Humano-6A, 6B e 7
(HHV6, 6B e 7), responsáveis pela doença infantil infecciosa roséola9-10,3 (Tabela 1).
2

A subfamília Gammaherpesvirinae apresenta o gêneroLymphocryptoviruse sua


espécieé o Herpesvirus Humano-4 também conhecido comoEpstein-Barr (EBV), agente
etiológico da infecção popularmente conhecida como doença do beijo ou mononucleose
infecciosa, além de estar envolvido na patogênese de alguns tumores, como o linfoma de
Burkitt e o carcinoma nasofaringeal, eo gênero Rhadinovirustem, a espécie Herpesvirus
Humano-8 (HHV-8 ou KSHV), associado ao sarcoma de Kaposi 9-10(Tabela 1).

Tabela1 –Tabela de descrição taxonômica do VZV2


Fonte: www.ictvonline.org (2015).
Família Subfamília Gêneros Espécies
Alphaherpesvirinae Simplexvirus Human herpesvirus 1
Human herpesvirus 2
Varicellovirus Human herpesvirus 3
Herpesviridae
Bethaherpesvirinae Cytomegalovirus Human herpesvirus 5
Roseolovirus Human herpesvirus 6A
Human herpesvirus 6B
Human herpesvirus 7
Gammaherpesvirinae Lymphocryptovirus Human herpesvirus 4

1.2 Varicela Zoster

O Vírus Varicela Zoster (VZV) causa duas doenças distintas conhecidas:


varicela (catapora) e herpes zoster. A nomenclatura aprovada pelo ICTV 2 é
Herpesvirus humano - 3 (HHV-3).

Não se sabe ao certo a origem da palavra catapora, mas uma possível


derivação do termo catapora é do antigo Inglês “gican” designando-os pox "coceira"
para diferenciá-lo de doenças como a varíola. As palavras zoster e herpes são
derivadas do grego e latin, que significa, respectivamente, um cinto ou cinta, e é,
obviamente, uma característica relacionada distribuição das erupções no corpo do
hospedeiro1.
3

Historicamente, a relação entre as etiologias de varicelae herpes zoster foi


sugerida pela primeira vez por von Bo'kay em1892, a partir de observação em
crianças que após a exposição a um adulto com Herpes Zoster desenvolveram a
Varicela14.

A varicela (catapora) é a manifestação da infecção primária com VZV e é


mundialmente umas das doenças mais conhecidas1, frequente na infância associada
à febre euma erupção vesicular, e estabelece latência nas células dos gânglios da
raiz dorsal, após a infecção primária4. O VZV é o único entre os herpes vírus
humano queinfecta através da lesão cutânea de pessoas infectadas e atinge o trato
respiratório por inalação de partículas virais,causando diversas complicações e risco
a vida do hospedeiro5-7.Estudos em crianças com varicela e que desenvolveram
trombocitopenia mostram que é consequência da destruição das plaquetas através
da resposta imune. Trombocitopenia durante varicela aguda está associada com
sangramento em lesões de pele, petéquias, púrpura, epistaxe, hematúria e
hemorragia gastrointestinal4,81.

Herpes zoster é uma manifestação de reativação do vírus VZVque antes


estava latente no sistema nevos central e, embora seja uma doença que raramente
ameaça a vida, a maior preocupaçãoda população épor causa da dor que ela causa,
não só devido à lesão aguda, mas também aneuralgia pós-herpética, a qual pode
ser muito debilitante e é notoriamente difícil de tratar1.

O vírus quando reativado pode se espalhar com um padrão centrípeto (ou


seja, em direção à medula espinhal ou o cérebro), um padrão centrífugo (isto é, em
direção à pele), ou ambos. A detecção do vírus em neurônios, oligodendrócitos,
células meníngeas, células ependimais, ou na parede do vaso sanguíneo exige
muitas vezes uma combinação de características morfológicas, imuno-histoquímica,
hibridação in situ, e PCR. A análise de PCR do líquido cefalorraquidiano continua a
ser o esteio para o diagnóstico das complicações neurológicas de VZV durante a
vida59.
4

1.2.1 Estrutura do virion VZV

A morfologia do virion de VZV pode ser vista usando microscopia eletrônica


tradicional, contendo um diâmetro médio de 150-200 nanômetros1,11.O virion é
formado por quatro elementos essenciais: umenvelope lipídico esférico que
apresenta glicoproteínas embutido, com o número de triangulação simetria
icosaédrica (T) igual a 16 icosahedral proteína do capsídeo, um núcleo (core)que
contém o DNA genômico de fita dupla linear, umcápsideque consiste em 162
capsômeros e um tegumento amorfo que rodea o capsídeo. As glicoproteínas
complexas são incorporados no envelope lipídico11,17. (Figura 1).

Figura 1. Estrutura do vírus Varicela.


Fonte: Adaptado de Quinlivan;Breuer, 200563.

1.2.1.1 Proteínas do vírion

O VZV induz as células a produzirem cinco ou mais glicoproteínas, que são


conhecidas como gB (gp II), gC (gp IV), gE (gp I), gH (gp III) e gL, elas envolve o
envelope lipídico e durante a replicação viral são expressas nas membranas da
célula, permitindo que o vírus possa interagir com o seu ambiente.1,20

O grupo das glicoproteínas gB (gp II), induzem a artuculação do sistema


complemento dependente e independente de anticorpos neutralizantes, além de ser
a segunda glicoproteína mais abundante e imunogênicas do envelope do VZV21-25.
5

As glicoproteínas gC (gp IV), são reativadas com anticorpos anti-peptideos.


Os genes para estas pequenas glicoproteínas estão localizado na região Us com 39
kDa ORF no centro da região do VZV31.

As glicoproteínas gE (gp I), são as mais freqüentes do envelope do VZV25-26.


Elas provocam a fativação dosistema complemento-dependente neutralizando
anticorpos21, 27-30.

O grupo das glicoproteínas gH (gp III), também induz na formação do sistema


complemento22,28-29, sendo é a terceira mais abundante das glicoproteínas do
envelope do VZV23.

As propriedades que já são conhecidas das glicoproteínas do VZV se


assemelham com as dos HSV e pode fornecer uma visão mais aprofundada dentro
das funções biológicas dos imunógenos20.

1.2.1.2 Tegumento

É uma estrutura amorfa localizada entre o capsídeo e o envelope do vírus.


Apresentaum complexo de massa proteica e contém enzimas que controlam a
replicação do vírus e regulação da função celular1.Os tegumentos de
alphaherpesviruses contem mais de 20 proteínas codificadas pelo vírus32-33.

Essas proteínas do tegumento têm amplas funçõesincluindo a regulação viral,


expressão do gene da célula hospedeira durante a replicação, transporte de viriões
para o núcleo pelo recrutamento de células motores durante sua entrada e saída, e
montagem da partícula viral infecciosa34.

1.2.1.3 Capsídeo
6

Existem três formas: A (nulo), B (intermediário) e C (maduro). Proteínas de


montagem presentes na forma B são perdidas durante a inserção de DNA para
produzir o C1.

Caracteristicamente, a cápside detodos vírus herpes têm um diâmetro de 100-


110 nm. Os 150 capsômeros hexaméricas são 9,5 x 12,5 nm na seção longitudinal,
um canal aberto de 4 nm de diâmetro corre via superfície ao longo do eixo longo36.

1.2.1.4 Envelope

O VZV é um vírus envelopado. Uma estrutura membranosa complexa


derivada de porções de membranas celulares alteradas1. O envelope doherpesvírus
tem uma aparência típica trilaminar37.

1.2.1.5 Core

O Core do VZV contém DNA genômico de fita dupla linear17, que tem uma
forma toróide38-39.A baixa frequência de virions que apresentam essa morfologia
pode-se considerar suaconfiguração espacial do core no interior docapsídeo15.O
core pode também explicar a variação na forma do núcleo eminúmeros estudos40-41.

1.2.2 Genoma do VZV

A sequência completa do DNA do VZV foi publicada pela primeira vez em


1986 por Davison e Scott e em uma revisão geral da biologia molecular do VZVque é
dada por Davison em 19911.

Como todos os herpesvírus, oVZV tem um DNA linear de fita dupla, o genoma
é de tamanho variável, mas a sequência que foi obtida compreende 124.884 pb e
7

contem pelo menos 72 estrutura de leituras abertas (open reading frame ORF) que
contém 70 genes distribuídos igualmente entre as duas cadeias de DNA12,.

As estimativas de densidade flutuante, bem como de dados de sequências,


mostra um conteúdo de guanina (G) +citosina (C) de 46%, o que é muito mais baixa
do que a maioria das herpesviroses como 67% em herpes simples 1 (HSV) e 58%
no DNA de citomegalovírus (CMV). Dentro do genoma existem, porém, regiões ricas
em (G+ C), notavelmente as regiões de repetição1,18.

O genoma consiste em umaregião única longa (UL) delimitada por terminais


longos (TRL), repetições internas longas(IRL),e uma região única curta (EUA)
delimitada por curto interno (IRS) e repetições de terminais curtos (TRS)12(Figura 2).

O mesmo tem cinco regiões de repetição. A região 1 (R1) está localizado na


fase de leitura aberta (ORF) 11, a R2 está localizado na ORF14 (glicoproteína C),a
R3 em ORF22, a R4 entre ORF62 e a origem de replicação viral, e R5 entre o
ORF60 e 61. O comprimento das regiões de repetição varia entre as diferentes
estirpes de VZV e tem sido utilizada para distinguir-las12.

Figura 2. Organização do genoma do vírus da varicela-zoste. Fonte: Quinlivan;Breuer, 200563.

Apesar da motivação para estudar este vírusde importância médica, o


conhecimento da biologia molecular do VZV é rudimentar em comparação com o dos
outros quatro vírus de herpes que infectam os seres humanos: vírus herpes simplex
tipo 1 (HSV-1) e tipo 2 (HSV-2 ), citomegalovírus e vírus de Epstein-Barr (EBV)12.
8

1.2.2.1 Genes doVZV

A partir da descrição do genoma referente ao VZV, sabe-se que codifica pelo


menos 70 genes, três (ORF62, 63, 64) estão presentes em ambas as regiões de
repetição curtas. As funções de muitas das proteínas que eles codificam já foram
caracterizadas e estão localizados no tegumento do virione regulam a transcrição
viral12.19.

Os genes que foram identificados, em sua maioria, por analogia com o HSV 1,
encontram-se listados com todos os 70 genes35. Apêndice A.

Em comum com outras herpesviroses, a síntese de proteínas do VZV envolve


amplamente três fases designadas: início imediato (α) que estão localizados no
tegumento do virion e regulam a transcrição do vírus, inícial (β) e tardio (γ).

1.2.2.2 Filogenia e Genótipos VZV

Apesar da homogeneidade do genoma de VZV, estirpes deste virus foram


distinguidas por meio de análise de vários tipos de mutações que dão origem ou
eliminam os fragmentos de polimorfismode restrição estável (RFLPs), ou resulta em
alterações na composição das regiões de repetição variáveis. A identificação de
polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) também permitiu a classificação das
cepas VZV geograficamente relacionadas em distintos genótipos ou clados42.

Uma vez que a nomenclatura do VZV em clados-genótipos foi baseada em


diferentes métodos de tipagem molecular, uma nova nomenclatura universal foi
introduzida mais recentemente, separando os genótipos em cinco clades principais
(1-5) com dois clades provisórios (VI e VII)43(Figura 3).
9

Figura 3- Sistema de nomenclatura do VZV, adotado em 25 de julho de 2008, Whitechapel, Londres,


Reino Unido.Fonte: Adaptado de JUDITH BREUER et al.,201043.

Isolados de varicela zoster e HZ podem ser estudado em cinco genótipo


distinto de VZV de áreas geográficas específicas: Clado 1, o genótipo C (E1 / A);
Clado 2, genótipo J (B); Clado 3, genótipo B (E2 A / D); Clado 4, J2 genótipo (M2 /
B); Clado 5, genótipo A1 (M1)45.

Usando esta nova nomenclatura, a rede filogenética de cepas VZV ilustra as


relações evolutivas entre diferentes clados. Para verificar a diversidade genética do
VZV, osdiferentes termosgenótipode clado têm sido utilizados na literatura. Embora
a definição de genótipo refere-se a determinados alelos em loci especificados, e
clado significa um único “ramo” na árvore filogenética,44 e essa rede de filogenia do
VZV é baseada nas sequencias completas já identificadas (Figura 4).

Até o presente momento, a maioria dos dados de genotipagem foram na


análise deapenas alguns loci no genoma de VZV, e apenas 23 sequências do
genoma completotêm sido relatadas44.Referências de Genotipagem do VZV
foramfornecidas por vários países,o que estabeleceu de uma nomenclatura comum
que facilitará o intercâmbio de informações43.
10

Figura 4– Árvore filogenética mostrando os cinco grandes clades VZV.Arvore filogenética do VZV
baseada em sequencias completas. Clado 1 Incluem 10 cepas: referencia Dumas (NC001348), Netherlands;
BC(AY548171), British Columbia, Canada; 36 (DQ479958), New Brunswick, Canada;49 (DQ479959), New
Brunswick, Canada; referencia cepa MSP (AY548170),Minnesota, EUA; 32p5 (DQ479961), Texas, EUA; Kel
(DQ479954), Iowa, EUA; SD(DQ479953), South Dakota, EUA; NH293 (DQ674250), EUA; SVETA
(EU154348),Russia; clado 3 incluem 4 cepas: referencia 03-500 (DQ479957), Alberta,Canada; 11 (DQ47995),
New Brunswick, Canada; 22 (DQ479956), New Brunswick,Canada; reference strain HJO (AJ871403), Germany;
clado 2 incluem um cepa: referencia strain pOka (AB097933), Japão; clado 5 incluem 5 cepas referência
CA123strain (DQ457052), California, USA; clado4 incluem 2 cepas: referencia 8(DQ479960), New Brunswick,
Canada and referencia DR (DQ452050), EUA.Fonte: JONAS SCHMIDT-CHANASIT et al.,201144.

1.3 Complicações no Sistema Nervoso Central (SNC) causado pelo VZV

O vírus varicela zoster pode causar algumas complicações no Sistema


Nervoso Central (SNC) que incluem: ataxia cerebelar, meningoencefalite, mielite
transversa e meningite asséptica, em crianças são raras, ocorrem em menos de 1%,
devido aos programas de vacinação em todo o mundo14.Sintomas causados pelo
VZV mais comuns são manifestados em meningite asséptica, meningoencefalite e
encefalite49,61.Quadro 1.

Os seres humanos são os únicos reservatórios para esses vírus.


Epidemiologicamente, HHV pode causar infecçõesem lactentes, crianças ou
adultos55. Em indivíduos comSíndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS)
quando o vírus da imunodeficiência humana (HIV)já danificou o sistema imune
celular o herpesvírus no período latente pode ser reativado e afetar posteriormente a
progressão da doença e sobrevidacausando uma doença oportunista58.
11

As manifestações neurológicas predominantesdo VZV em pacientes com


AIDS são concomitantecom a erupção por herpes zoster em 71% dos casos,
encefalite (37%), mielite(24%), radiculite (21%), meningite (17%), enecrose aguda de
retina (12%)60.

Os herpesvírus apresentam tropismo pelo sistema nervoso central, seja por


disseminação hematogênica ou transmissão neuronal56.A característica mais
importante do HHV é sua latência no tecido neuronal antes de serem reativado por
algum estímulo57. A maioria dos pacientes que têm varicela, mesmo aquelescom
complicações neurológicas, recuperam-se da doença16.

1.4 Tropismo

A resposta adquirida é importante durante a infecção do VZV, mas a resposta


inata que faz o controle da replicação viral, contribui significativamente na
persistencia do virus na população83.

A resposta celular inata faz parte da regulação patogênica da pele. Na


infecção do VZV é formada lesões na pele ao longo de 10 – 21 dias, considerado o
período de incubação da varicela82.

O VZV foi inicialmente classificado como neurotropico, mas experimentos


ultilizando células T em animais mostra o tropismo para células T importantes para
replicação e liberação de viriões84-66.

O VZV Infecta o hospedeiro atingindo a mucosa. A replicação local é seguida


de propagação nas amídalas onde o VZV ganha acesso as células T. As células T
infectadas seguem aos locais cutâneos de replicação. O VZV estabelece latência
nos glânglios sensoriais. A reativação da latência permite a segunda faze da
replicação ocorrendo na pele83.
12

Figura 6.Representação da patogênese do VZV.

Alguns estudos com xenoenxertos mostram a característica importante do


tropismo do VZV. As células T infectadas não se unem as células T não infectadas,
por isse motivo elas formam viriões completos e liberam os virus infecciosos87,88.

O VZV tem a habilidade em infectar células T de memória sem interromper


seu fluxo normal, por isso as lesões são desenolvidas, assim essas células são
consideradas células associadas a viremia89-91(Figura 6).

Em geral compreender o princípio da patogenese do VZV ao nível molecular


tem um potencial para produzir novas estratégias para tratar e previnir a infecçãodo
VZV83.

1.5 Vacina Contra Varicela

Takahashi et. al. em 1970 foi o primeiro a desenvolver e testar a vacina contra
varicela a partir de vírus atenuados de estirpes Oka de VZV. Essa reprodução foi
feita a partir do métodopadrão da época:o víru foi isolado e passado em fibroblastos
13

de embrião de porco-da-índia e expandido para produção de vacinas em células


WI384,68-69.

A vacina contra a varicela é a primeira contra hepesvirus que foi aprovada


para uso clínico em vários países70. Os primeiros a serem vacindados no Japão
foram pessoas saudáveis, em seguida foram crianças imunodeprimidas incluindo as
que tinham leucemia e tiveram bons resultados68, 70.

Em 1980 ensaios clínicos da vacina foram iniciados nos Estados Unidos


levando asua aprovação pelo Food and Drug Administration em 199571,72. Antes da
vacina contra varicela existiam 4 milhões de casos de varicela por ano no USA, após
ser licenciada consequentemente o índice de varicela reduziu para 76-87% no
período de 1995 a 200073.

Antes de desenvolver a vacina houve muitos questionamentos, um deles era


a possibilidade de que o vírus da vacina iria se tornar latente, possivelmente
resultando no desenvolvimento posterior de HZ, já que a vacina contem o vírus
infeccioso74.

Já existem estudos que mostram a reativação do vírus em crianças


leucêmicas imunizadas, porém a gravidade do herpes zoster nessas crianças
vacinadas foi significativamente menor do que nas crianças leucêmicas com
infecção natural do VZV75. Em um adulto saudável que recebeu a vacina, mesmo
após exposição ao vírus, não apresentou sintomas, porém mais tarde teve um
episódio de herpes zoster causado pelo tipo selvagem VZV77. Atualmente, para
melhor diferenciar o vírus atenuado (Oka) do vírus infeccioso da varicela, técnicas de
PCR utilizando RFLPs são desenvolvidas, e sãoconsideradas muito importantes em
estudos epdemiológicos66.

Pesquisas apontam que a eficácia da vacina não diminui substancialmente ao


longo do tempo, alcança 97% no primeiro ano e 84% oito anos após a vacinação 78.
Em relação àproteção ela é modesta contra a infecção, moderada contra doença
clínica e muito bem contra a doença grava79. Indicações e contraindicações para a
14

administração de vacina têm sidoestabelecidas pela American Academy of


Pediatrics80.

1.6 Epidemiologia

A varicela é uma das doenças transmissíveis mais comuns, é


predominantemente uma doença da infância, acomete principalmente a faixa de
idade de 4 – 10 anos1.

O VZV tem uma ampla distribuição geográfica, pode ser detectada em


qualquer um dos cinco continentes. É o únicovírus dentre a família Herpesviridae
que causa doença em humanos, que podeser transmitido através da via aérea,
apresenta um padrão de sazonalidade, e suas epidemias anuais são mais
prevalentes em climas temperados, e ocorrem na maioria das vezes durante o
inverno e a primavera,45.

VZV pode ser transmitido diretamente após contato com as lesões na pele de
pessoas infectadas, o vírus propaga-se rapidamente a outros indivíduos
susceptíveis. O índice de HZ aumenta com a idade, apontando com uma idade por
volta de 50 anos o índice é de aproximadamente 3 casos / 1000 pessoa-ano. Com
80 anos de idade o índice alcança 10 casos / 1000 pessoa-ano4,45.

Pessoas de climas tropicais são grupos considerados de alto risco para


adquirir a varicela quando emigram para os países de alta endemicidade do VZV,
influenciando sua epidemiologia. A varicela não é uma doença de notificação
obrigatória no Brasil, o que torna sua prevalência difícil de ser estimada. A
epidemiologia do VZV pode ser medida a partir de estudos de soro prevalência ou
de casos notificados em geral50-52.

1.7 Epidemiologia Molecular


15

Muitos laboratórios desenvolveram metodologias de reação em cadeia da


polimerase (PCR)para melhor compreender a patogênese do VZV45.
Algunsdemonstram a detecção do VZV na saliva e outros no sangue46-47. Em
alguns estudos iniciais, o DNA do VZV foi caracterizado pelo RFLP, que analisou
variações de cepas entre o tipo selvagem e o tipo vacina. Os marcadores RFLP de
VZV são os ORF 38 (PstI), 54 (BglII) e 62 (Smal) são considerados para vacinas e
estudos epidemiológicos44.

A maioria dos estudos mostram que as cepas do tipo selvagem na América


do Norte eEuropa foram caracterizadoscomo PstI+ BglI-, Cepas africanas e asiáticas
foram BglI+, Japonês Oka-likecepas do tipo selvagem PstI+/ PstI-BglI+Smal-e a
cepavacinal OkaPstI-BglI+Smal+66,92.

Estudos de pesquisa genômica do VZV levaram à identificação de vários


genótipos, que circulam de forma estável estabelecendo distribuição global, e
analisando esse fluxo a observação é que esta distribuição está em fluxo em alguns
países devido a imigração44.

Esses estudos de genotipagem do VZV vêm sendo realizados para verificar


os seus genótipos e em que área geográfica estão localizados. Em um estudo
recente feito por Jonas Schmidt-Chanasit em 201144 mostra a distribuição dos
clados de acordo com a nomenclatura universal (Figura 5).

Nos países da Europa foi observado a presença do clade 1 em 50% das


amostras e 37% para o clade 3. Em conjunto,os clades 1 e 3 representaram 87%
das cepas circulantes de VZV na Europa44. Na África o mais abundante encontrado
foi o clade 5 com 100%, No entanto, deve considerar-se que apenas alguns vírus
foram avaliados a partir de apenas quatro países africanos44.

Por causa da longa história de colonização europeia os clades 1e 3, foram


detectadas com um total de 74%na Oceania. Esses mesmos clades são dominante
nas Américas com 87% incluindo estudos realizados no Canadá, México e Reino
Unido44.
16

Ao contráriode todos os outros continentes, o clade 2 do VZV


representadominância na Ásia. De um total de 134 amostras analisadas, 99 (74%)
pertencem ao clade já mencionado44.

Figura 5 - Mapa da distribuição geográfica dos clades do VZV.


Fonte: JONAS SCHMIDT-CHANASIT et al.,201144.

Um genótipo recombinante proposto no Brasil,53é provavelmente uma cepa do


genótipo M. Dos 10 isolados obtidos no Brasil testados em laboratório, 8 foram
considerados da linhagens do genótipo M e tinham padrões semelhantes as dos
SNP´s descritos por Muir et ai54.

A análise genotípica poderia levar àidentificação de fatores de virulência e,


consequentemente, para a melhoria dacompreensão da biologia do VZV104. Outra
questão importanteque pode ser solucionado usando esta abordagem é a avaliação
do direcionamento e predisposição da filogenia do VZV na população vacinada e
não vacinada54.

Em princípio, o domínio regional de claodos específicos do VZV pode ser


dependente de fatores ambientais, condições evolutivas, interações e ou importação
do vírusatravés da imigração ou de viagens. As abordagens inovadoras para a
vigilância global de clados VZV são ferramentas importantes para resolver estas
perguntas.
17

2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Realizar estudo de caracterização molecular do vírus Varicela Zoster


detectado em amostras clinicas de pacientes atendidos em uma unidade terciaria de
saúde no Amazonas.

2.2 Específicos

Identificar o genótipo do VZV circulante em Manaus.


Identificar e diferenciar as cepas dos tipode selvagem e vacinal.
Realizar estudo de comparação com cepas virais de outras regiões e com a
vacinal, com a finalidade de identificar mutações no genoma.
18

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Modelo de Estudo

Estudo descritivo de caracterização molecular dos casos de VZV identificados


no período de 2010 a 2014, na Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira
Dourado(FMT-HVD).

3.2 Seleção das amostras

Toda amostra clínica de vesículas de pele sugestivas de catapora e/ou herpes


zoster, que foram confirmadas por PCR para o vírus VZV, selecionadas no período
de janeiro de 2010 a dezembro de 2014, foram incluídas no estudo de
caracterização molecular.

3.3 Método de diagnóstico molecular

3.3.1 Detecção do genoma viral da família Herpesviridae

3.3.1.1Extração de DNA.

O DNA viral foi extraído utilizando QIAamp Viral DNA Mini Kit (QIAamp Blood
DNA Mini Kit, Qiagen), seguindo-se as instruções do fabricante.

3.3.1.2 Amplificação do DNA PCR

A amplificação gênica foi realizada pela técnica de PCR, e permitiu identificar


o vírus a partir da região ORF8 do VZV, utilizando os primers VP22, VM20, descritos
por MARKOULATOS, et al. (2001)65. Tabela 2.
19

Tabela 2–Tabela de primers usados para PCR65

Região do Posição Comprimento


Primers Sequências (5'→ 3' ) Vírus
Genoma Amplificado do Primer do Amplímero(bp)
VP22 CACACGATAATGCCTGATCGG 9796–9816
VZV ORF 8 275
VM20 TGCTGATATTTCCACGGTACAGC 10049–10071

A detecção do produto da PCR foi realizada através de eletroforese em gel de


agarose 2% corado com brometo de etídio, sendo registrado em sistema de foto
documentação digital.

3.3.2Sequenciamento de nucleotídeo

3.3.2.1 Amplificação do DNA PCR

A PCR foi otimizada, ultilizando seis pares de primer´s para amplificar


osfraguimentos das regiões conservadas do VZV, como anteriormente já descrito
54(Tabela 3).Para os pares de prime´s Nla/Fok e PstA/B foi realizado dez ciclo de
amplificação a 95°C por 30 segundos e 63°C por 1 minuto, trinta ciclos a 95°C por
30 segundos, 60°C por 30 segundos e 72°C por 30 segundos, seguido por um ciclo
de 72°C durante 10 minutos, usando o termocicladoreppendorf (Marstercycler
gradiente).E para o primer p22R1f/p22R1r foi realizado vinte e cinco ciclo de
amplificação a 95°C por 1 minuto, 50°C por 1 minuto e 72°C por 3 minutos, seguido
por um ciclo de 72°C durante 10 minutos, usando o termociclador(Applied
Biosystens).
Tabela 3–Tabela de primers usados para PCR para genotigem54
PRIMER
Nome sequencia (5`→ 3`) fraguimentos ORF

Nla GGAACCCCTGCACCATTAAA
222 54
Fok TCCCTTCATGCCCGTTACAT
Pst A TTGAA CAATCACGAACCGTT
350 38
Pst B CGGGTGAACCGTATTCTG AG
p22R1f GGG TTT TGT ATG AGC GTT GG
447 22
p22R1r CCC CCG AGG TTC GTA ATA TC
20

Foi realizado eletroforese em gel de agarose 1,8% corado com brometo de


etídio, para a detecção dos fraguimentos, sendo registrado em sistema de foto
documentação digital.

3.3.2.1.1 Purificação do produto da PCR

O produto amplificado foi purificado de acordo com os fraguimentos das


regiões conservadas do VZV escolhodas. Para os fraguimentos de tamanho 447 pb
e 350 pb foi realizado o método de precipitação de produto da PCR com
Polietilenoglicol (PEG),e os fraguimnetos de tanho 222 pb foi realizado pelo
kit.Confirmado pela eletrofose em gel de aragose 1,8%. Após a purificação foram
quantificadas usando NanoDrop 200 (thermo scintifo)e diluídas para uma
concentração de 10ng/µl devido ao tamanho do produto obtido para fazer o
sequenciamento.

3.3.3 Genotipagem do vírus VZV

3.3.4Sequeciamento e analise filogenética

O sequenciamento do DNA foi realizado pelo sequnciador (3130xl Genetic


analyzer), a reação de sequenciamnto dos produtos da PCR purificados foi usado o
BigDye Terminator, version 3.1. De cada primer (5 pmol/µl) foi usado 0,5µl, 10ng de
produto do DNA purificado e 2µl de Tampão. E iniciando o sequenciamento
utilizando no termociclador(Applied Biosystens).com 25 ciclos de 95°C de 10 s, 50°C
de 5 s, 60°C de 4 s e 1 ciclo com 4 min em ∞. E antes de ir para o sequenciador foi
feita uma precipitação com HIDI e incubada por 95°C por 3 min no gelo.

Todas as sequencias foram alinhadas e comparadas com a cepa Dumas


(GenBank numero de acesso X04370), usando o programa (Geneious 7.1.9).A
arvore filogenética foi do tipo concatenada sequenciadas as 3 ORF escolhidas.
Metodo de referência BAYESIANA com 1 milhão de geração e variação com sítio
invariável e analizado a cada 1000 gerações, modelo de substituição HKY85
21

ultilizando o programa (Model test 2.1.7), metodo AIC para escolher o modelo.

3.4 Aspectos éticos

Este projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em


Seres Humanos (CEP) da FMTAM (Processo Nº 2891, de 5 de dezembro de 2007) e
está de acordo com as normas previstas na resolução Nº196/96, do Conselho
Nacional de Saúde.

3.5 Financiamento

Projeto aprovado no Edital 021/2011 Universal/FAPEAM


22

4 RESULTADOS

4.1 Seleção de amostra e identificação do VZV

Foram incluídas 12 amostras de vesículas de pele sugestivas de catapora


e/ou herpes zoster. Tiveram o DNA amplificados de acordo com região específica
do VZV ORF 8 (Figura 7).
1 2 3 4 5 6 7 M 8 9 10 11 12 B

275 pb

Figura 7- Imagem do gel de agarose dos fragmentosde 275 pb


da região ORF8 do VZV.

4.2Amplificação do DNA para sequenciamento

Todas as 12 amostras amplificadas para os fraguimento de 350 e 222 pb e


10 amostraspara os fraguimentos de 477 pb região ORF 22, 48 e 54 (Figura 8). As
mesmas foram purificadas usando a metodologia de acordo com o tamanho de seu
fraguimento como anteriormente mencionado (Figura 9 e10).

1 2 3 4 B 1 2 3 4 B M 1 2 3 4 B

447 pb
350 pb
222pb

Figura 8- Imagem do gel de agarose para os fragmentosde 447, 350 e 222pb das regiões
ORF22, 38 e 54 respectivamente do VZV.
23

5 6 7 8 9 10 11 12 B M 5 6 7 8 9 10 11 12 B M

350 pb
222 pb

Figura 9- Imagem do gel de agarose do resultado da purificação com Polietilenoglicol (PEG).

5 6 7 8 9 10 11 12 B M

447 pb

Figura 10- Imagem do gel de agarose do resultado da purificação com


KIT.

4.3 Sequenciamento e análise filogenética

Das 10 amostras sequenciadas para a região ORF 22 apenas 3 obtiveram


boas sequencias , para região ORF 38 froram sequenciadas 12 amostras, mas 8
foram consideradas e para a região ORF 54 também foram sequenciadas 12
amostras e todas as amostras foram aproveitadas. As amostra aproveitadas foram
alinhas com a cepa Dumas (Figura 11).

Para a identificação dos SNPs o sequenciamento direto é mais preciso e


informativo, que é usado para diferenciar as cepas dos VZV. As amostras
sequenciadas para a ORF 38 (PstI), 54 (BglII) foram analizadas por enzimas de
restrições para identificar de cepas entre o tipo selvagem e o tipo vacinal. Houve
uma mudança de C para T na posição 95241 nas amostras 01, 02, 03, 08, 10 e 12 o
que conduz à eliminaçãode um local de enzima de restrição Bgll ORF54 em que se
24

encontra em todas as cepas japonesas e que está ausente na maioria dos VZV
isolado no EUA (Figura 12 e 13).

Foram analizandas as amostras sequenciadas das ORF38 (PstI), 54 (BglII)


para a diferenciação das cepas selvagens das cepas vacinal, as amostras 01, 03,
04, 05, 07, 09 e 10 foram designadas tipo selvagem wt (wild-type), sendo que as
amostras 01, 03 e 10 são mais comuns na America Norte e Europa (Tabela 4).

A analise das variações do genótios usando dados da ORF54 mostra qua as


amostras 01, 02, 03, 08, 10 e 12 apresentão variações comuns para os clades 1, 3 e
VI (provisório). As amostras 05, 06, 07, 09 e 11 tem variações comuns para o clade
2, 4 e 5 (Tabela 4).
25

Figura 11- Representação do resultados das sequencias das regiões ORF 22, 38 e 54 alinhadas com a cepa Dumas12.
26

Figura 12. Representação da ORF38 analizadas pela enzima de restrição PstI.


27

Figura 13.Representação daORF54 analizadas pela enzima de restrição BglII. O (Y) significa a presença de (C) ou (T ).
28

Tabela. 4. Tabela de analise de variações do genótipo do VZV

ORF22 (37857-38263*) ORF38 (69270-69579*) ORF54 (95129-95310*)


Amostra ORF38 ORF54 Designação de cepas (Região) Clade
38081 69424 95241 95300

1 - G T (1,3,VI) C PstI+ BglI- wt(America Norte/Europa)


N/D

2 - - T (1,3,VI) C - BglI- N/D N/D

3 - G T (1,3,VI) C PstI+ BglI- wt (America Norte/Europa) N/D

4 - G Y Y PstI+ BglI+/BglI- N/D N/D

5 C (2,4,5,VI,VII) G C (2,4,5) T PstI+ BglI+ wt 5

6 A (1,3) - C (2,4,5) T - BglI+ N/D N/D

7 C (2,4,5,VI,VII) A C (2,4,5) T PstI+ BglI+ wt 5

8 - - T (1,3,VI) C - BglI- N/D N/D

9 - G C (2,4,5) T PstI+ BglI+ wt


N/D

10 - G T (1,3,VI) C PstI+ BglI- WT (America Norte/Europa) N/D

11 - - C (2,4,5) - - BglI+ N/D N/D


- - T (1,3,VI) C - BglI-
12 N/D N/D
* Posições na região indicada. () indica os clades proposto. – amostras não analizadas por motivo de sequencias fracas. wt (wild-type) cepa selvagem. N/D não determinada. Na
ORF54 em verde indica variações comuns para o clade 1, 3 e VI, em amarelo indica variações comuns para o clade 2, 4 e 5, em vermelho significa (C) ou (T) podendo ter mais de
um genótipo ou uma mutação. Na ORF22 em verde indicas variações comuns para o clade 1 e 3 e em amarero indicações momuns para o clade 2, 4, 5, VI e VII.
29

Na ORF22 algumas variablilidades foram aparentes para apenas para um


clade. Amostra 06 apresenta variação comum para os clades 1 e 3, e as amostras
05 e 07 a proncípio apresentam variações comuns para os clades 2, 4, 5, VI e VII
esses dois ultimos considerados provisórios, porém, as mesmas amostras aprentam
todas as variações indicativa para o clade 5 (Tabela 4).

A arvore filogenética foi construída usando cepas referencia de sequências


(BLAST) limitando apenas na ORF22, indicando que a amostra 05 e 07
apresentaram a tendência para o clado 5 (Figura 14).

Figura 14.Arvore filogenética do VZV baseada na incluindo as amostras 05 e 07. Clado 1 Incluem 10 cepas:
referencia Dumas (NC001348), Netherlands; BC (AY548171), British Columbia, Canada; 36 (DQ479958), New
Brunswick, Canada; 49 (DQ479959), New Brunswick, Canada; referencia cepa MSP (AY548170), Minnesota,
EUA; 32p5 (DQ479961), Texas, EUA; Kel (DQ479954), Iowa, EUA; SD (DQ479953), South Dakota, EUA; NH293
(DQ674250), EUA; SVETA (EU154348), Russia; clado 3 incluem 4 cepas: referencia 03-500 (DQ479957),
Alberta, Canada; 11 (DQ47995), New Brunswick, Canada; 22 (DQ479956), New Brunswick, Canada; reference
strain HJO (AJ871403), Germany; clado 2 incluem 4 cepas: referencia strain pOka (AB097933), Japão, VariVax
(DQ008355), VariVax (DQ008354), Oka, sustrain pOka (AB097932); clado 5 incluem 1 cepa referência CA123
strain (DQ457052), California, USA; clado 4 incluem 2 cepas: referencia 8 (DQ479960), New Brunswick, Canada
and referencia DR (DQ452050), EUA.
30

5 DISCUSSÃO

A genotipagem é uma ferramenta epidemiológica útil para muitos humana


herpesvírus, embora não tenha geralmente levado a correlações entre variação de
sequência e patologia vírus95-99.

Protocolos de genotipagem destinados ao laboratório foram desenvolvido


para simples execução. Eles também devem ser capazes de produzir resultados a
partir da quantidade limitada de DNA tipicamente recuperado a partir de amostras
clínicas , por exemplo , vesicular. As amotras de vesicula mostrou que mantem rica
em DNA conservado, e a otmização do PCR anteriormente já descrito, amplificaram
as amostras de acordo com seus respectivos fragmentos, o que indica uma boa
reprodução do protocolo54.

O sistema de nomenclatura do VZV, adotado em 25 de julho de 2008,


também foi ultilizado neste trabalho para padronizar e melhor compreenção das
classificações dos clados. Nesse estudo com as regiões definidas ORF22, 54 e 38,
nas amostras em geral foi possível identificar variações importantes para todos os
clados

Eu executei alvo ORF de sequenciamento para uma variedade de isolados


distribuídos globalmente , começando com uma comparação entre o sítio PstI em
ORF38 e site da BglI em ORF54 . Análise com enzimas de restrição são importante
para a determinação das cepas do VZV, na diferenciação da cepa vacinal com a
cepa selvagem ultilizando as ORF´s 38 (PstI) e 54(BgtI). As cepas selvagem wt na
América do Norte e Europa é comum encontrar PstI+ BglI-, na África e Ásia BglI+, no
Japão PstI+/- BglI- Smal+ eavacinal PstI- BglI+Smal+62,92.

Em todas as amotras foram encontradas a presença do sítio PstI o que


evidencia a ausencia da cepa vacival entre as amostras, apresentando apenas a
cepa selvagem algumas encontradas nas Américas e Europa. Outros estudos
mostram que 70% de numeros de cepas analizadas foram observadas na Europa
para o clado 544. A presença dessas cepas pode ser explicada pelos principais
31

países de origem de imigrantes do Brasil, mostrando que entre 2015 a 2010, 25%
são dos Estados Unidos e 6% do Reino Unido105.

A região da ORF54(BgtI) pode ser ultilizado para diferenciar cepas da região


européia e América do Norte das japonesas, porem EstadosUnidos, Canadá, grande
parte da Europa , Austrália oriental e América do Sul, onde as cepas doVZV para os
clados 2, 4 e 5 não são tão encontrados.Por tanto a ORF54 apresentou apenas
algumas variações comuns encontradas em quase todos os clados e tambem houve
uma mudança de bases na região 95241 da amostra 04 podendo ser uma mutação
ou outros genótipos.

Este marcardor ORF22 derivado de 447 pb resolve genótipos distintos


que se correlacionam com a nossa compreensão da variabilidade VZV54. Para fazer
o mapeamento dos genótipos foi utilizado o protocolo de genotipagemdefinido por
outros estudos54,43. E duas amostras correspondente a região da ORF22 apresentou
uma linhagem que é definida para o clado 5. A presença desse clado provavelmente
é explicado pela questão das imigracões no Brasil nos ultimos anos.

Uma observação foi a descoberta de domínio geográfico de cepas do


genótipo M (clado 5) em áreas tropicais e subtropicais, como África (RDC, República
do Tchad,Marrocos) e na Ásia (Índia, Bangladesh, Nepal e China). E cepas mais
recentemente obtida a partir de Brasil, Argentina, CoteD'Ivoire, Etiópia, Zimbábue,
África do Sul, Tailândia, Vietnã,norte da China, Grã-Bretanha, Tajiquistão,
Cazaquistão, Uzbequistão,Quirguistão, Turcomenistão e Azerbaijão54.Outra
evidencia baseadas nessas mesmas amostras foi a árvore filigenética, que
apresentou a tendencia de linhagem também para o clado 5.

A origem de cepas do VZV poderia refletir a imunogenética do local da


população humana em que originalmente evoluiu.Referente a distribuição do
genótipo tambem reflete as qualidades demograficas.Além disso , foi sugerido que
os eventos de recombinação podeter influenciado a evolução dos diferentes clados
já existentes do VZV100-103.
32

6 CONCLUSÃO

De todas as amostras analizadas apenas nas 5 e 7 froram observadas


possível linhagem para o clado 5. A ávore filigenética mostra a mesma linhagem
para o clado 5.

Nesse estudo foi isolado o DNA do VZV para análises genéticas e


caracterização de cepas do VZV, e seis amostras encontradas foram consideradas
cepas selvagem o que evidencia a ausência de cepas vacinais Oka Vacina, entre as
amostras estudadas em Manaus.

Todas as amostras foram alinhadas e comparadas com a cepa Dumas, para


identificar os SNP´s que possa determinar os clados, mas apenas duas amostras 5 e
7 foram consideradas mais próximas do clado 5, e as mesmas foram comparadas
com outras cepas inclusive a vacinal, porém limitadas pela região ORF22 o que
possibilitou a formação da árvore filigenética.

Algumas amostras apresentaram alterações indeterminadas em algumas


posições, mas para defini-las é necessário refazer as sequências e analizar outras
vezes.
33

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8 ANEXOS

GENES VZV

VZV gene products


VZV HSV-1 VZV protein function
gene homolog
1 None Membrane protein
2 None
3 UL 55
4 UL 54 Transactivator, tegument protein, expressed in latency
5 UL 53 gK
6 UL 52
7 UL 51
8 UL 50 Deoxyuridine triphosphatase
9 UL 49 Tegument protein
9ª UL 49 Syncytia formation, putative Gn
10 UL 48 Transactivator, tegument protein
11 UL 47
12 UL 46
13 None Thymidylate synthetase
14 UL 44 Gc
15 UL 43
16 UL 42 Putative small subunit of viral DNA polymerase
17 UL 41 Induces RNA cleavage
18 UL 40 Ribonucleotide reductase, small subunit
19 UL 39 Ribonucleotide reductase, large subunit
20 UL 38
44

21 UL 37 Nucleocapsid protein, expressed in latency


22 UL 36
23 UL 35 Capsid assembly
24 UL 34
25 UL 33
26 UL 32
27 UL 31
28 UL 30 DNA polymerase
29 UL 29 ssDNA binding protein, expressed in latency
30 UL 28
31 UL 27 Gb
32 None Probable substrate for ORF47 kinase
33 UL 26 Protease
33.5 UL 26.5 Assembly protein
34 UL 25
35 UL 24 Cell-to-cell fusion
36 UL 23 Thymidine kinase
37 UL 22 Gh
38 UL 21
39 UL 20
40 UL 19 Major nucleocapsid protein
41 UL 18
42/45 UL 15
43 UL 17
44 UL 16
46 UL 14
47 UL 13 Protein kinase, tegument protein
48 UL 12 Putative Dnase
49 UL 11 Virion protein
50 UL 10 Gm
51 UL 9 Origin binding protein
52 UL 8
53 UL 7
54 UL 6 Putative portal protein
55 UL 5
56 UL 4
57 None Cytoplasmic protein
58 UL 3
59 UL 2 Uracil-DNA glycosylase
60 UL 1 Gl, chaperone for Gh
61 ICP 0 Transactivator, transrepressor
62,71 ICP4 Transactivator, tegument protein, expressed in latency
63,7 US1 (ICP22) Tegument protein, transrepressor, inhibits interferon- alpha, expressed in latency
64,69 US10
65 US9 Virion protein
66 US3 Protein kinase, expressed in latency
45

67 US7 (Gi) Gi
68 US8 (Ge) Ge
S/L None Cytoplasmic protein (also referred to as ORF0)
Fonte: ANDREW J. DAVISON et al.,1986.

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