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Embargos Terceiro Liminar Ausencia Registro Contrato Escritura Imovel PN554
Embargos Terceiro Liminar Ausencia Registro Contrato Escritura Imovel PN554
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( 1 ) BANCO ZETA S/A(“Embargado”), instituição financeira de direito privado, possuidora do
CNPJ(MF) nº. 88.777.555/0001-44, com endereço sito na Rua dos bancos, nº. 0000, em
Curitiba(PR) – CEP nº. 55666-77, com endereço eletrônico zeta@zeta.com.br,
( i ) DA TEMPESTIVIDADE
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Na ação supracitada, a fase processual que ora se apresenta é a
publicação de edital para praceamento do bem imóvel ora em estudo.
( ii ) LEGITIMIDADE ATIVA
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Art. 674. Quem, não sendo parte no processo,
processo, sofrer constrição ou ameaça de
constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com
o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de
embargos de terceiro.
A propósito:
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1. Mesmo na condição de divorciada, e não de cônjuge, a ex-esposa tem legitimidade
ativa para ingressar com embargos de terceiro, mesmo que seja para defender a
impenhorabilidade do imóvel por residir nele. 2. Se o que vigora não é a condição de
condôminos regida pelas normas especiais do regime de bens do casamento, mas,
tendo havido divórcio, a condição de condôminos regida pelas normas gerais, a ex-
mulher, mesmo que resida no imóvel, não o torna impenhorável. Sendo bem
indivisível, faz-se a penhora por dívida do ex-esposo, reservando-se à ex-esposa a
respectiva quota quando da venda judicial. Aplicação do princípio do art. 655-b do
CPC. 3. Apelação provida em parte e no mais sentença confirmada em reexame
necessário. (TJRS; APL-RN 0494308-02.2013.8.21.7000; Camaquã; Primeira Câmara
Cível; Rel. Des. Irineu Mariani; Julg. 17/12/2014; DJERS 04/02/2015)
LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO-UNITÁRIO
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Sobre o assunto o Colendo o Superior Tribunal de Justiça já
decidiu que:
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"a presunção legal de esforço comum na aquisição do patrimônio dos conviventes foi
introduzida pela Lei nº 9.278/96, devendo os bens amealhados no período anterior a sua
vigência, portanto, serem divididos proporcionalmente ao esforço comprovado, direto ou
indireto, de cada convivente, conforme disciplinado pelo ordenamento jurídico vigente quando
da respectiva aquisição (Súmula nº 380/stf)". Isso porque "os bens adquiridos anteriormente à
Lei nº 9.278/96 têm a propriedade. E, consequentemente, a partilha ao cabo da união.
Disciplinada pelo ordenamento jurídico vigente quando respectiva aquisição, que ocorre no
momento em que se aperfeiçoam os requisitos legais para tanto e, por conseguinte, sua
titularidade não pode ser alterada por Lei posterior em prejuízo ao direito adquirido e ao ato
jurídico perfeito (CF, art. 5, XXXVI e Lei de introdução ao Código Civil, art. 6º)" (resp n.
959.213/pr, Rel. Originário ministro luis felipe salomão, Rel. Para acórdão ministra Maria isabel
Gallotti, dje de 10.9.2013). Entendimento mantido pela segunda seção no RESP n.
1.124.859/mg, Rel. Originário ministro luis felipe salomão, Rel. Para acórdão ministra Maria
isabel Gallotti, julgado em 26.11.2014. 5. No caso concreto, afastada a presunção disciplinada
na Lei n. 9.278/1996, cabe ao autor comprovar que a aquisição de bens antes da vigência do
referido diploma decorreu de esforço comum, direto ou indireto, entre seu genitor e a ré durante
a união estável, sendo vedada a inversão do ônus da prova, sob pena de violação do art. 333, I,
do CPC. 6. Recurso Especial provido. (STJ; REsp 1.118.937; Proc. 2009/0110183-8; DF;
Quarta Turma; Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira; DJE 04/03/2015)
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Tendo em vista que a pretensão inicial da parte autora visa à demarcação e a divisão
de uma gleba de terra, a qual possui diversos proprietários, esses devem ser
incluídos na lide por se tratar de hipótese de litisconsórcio passivo necessário
devendo, por conseguinte, se proceder à anulação de todos os atos processuais
realizados após o momento da citação. (TJMG; AI 1.0610.01.001981-4/004; Rel. Des.
Arnaldo Maciel; Julg. 10/03/2015; DJEMG 16/03/2015)
E ainda:
"2. Legitimidade passiva nos embargos de terceiro. São réus na ação de embargos
de terceiro as partes no processo principal (de conhecimento ou de execução), bem
como aqueles que se beneficiaram com o ato de constrição. Dada a natureza
desconstitutiva dos embargos de terceiro (v. Coment. CPC 1046), o litisconsórcio
passivo nessa ação é necessário-unitário (CPC 47), pois a desconstituição do ato
judicial se dará em face de todas as partes do processo principal e a decisão deverá
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ser uniforme e incindível para todos os litisconsortes: ou se mantém a constrição ou
se libera o bem ou direito". (ob. cit., p. 1456).
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Consoante a inicial da ação de execução(proc. nº.
7777.444.3333.2.88.0001), cuja cópia ora anexamos, a qual tramita por dependência, o Banco-
Embargado ajuizou em yy de outubro do ano de zzzz referido feito executivo, em face da
inadimplência de título executivo extrajudicial. (doc. 31)
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Primeiramente, devemos sopesar que o caso em vertente não
representa fraude à execução, posto que o bem fora adquirido, por escritura pública, em data
anterior a propositura da ação executiva.
STJ - Súmula nº 195 - Em embargos de terceiro não se anula ato jurídico, por
fraude contra credores.
credores.
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APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIRO. MASSA FALIDA PRELIMINARES.
ILEGITIMIDADE PASSIVA E ATIVA. JULGAMENTO ULTRA PETITA.
1. O fato de o embargado, credor da massa falida, não ter sido o responsável direto
pelo pleito de decretação da falência não lhe retira o interesse jurídico na causa, que
repercutirá no acervo patrimonial da empresa devedora, legitimando-o, portanto, a
integrar no polo passivo dos presentes embargos de terceiro. 2. O rol de gravames
disposto no art. 1.046 do CPC [CPC/2015, art. 674] não encerra todas as
possibilidades de ameaça ao patrimônio de terceira pessoa, possuindo, destarte, o
detentor de imóvel gravado com o ônus da indisponibilidade, legitimidade para
questionamento deste ato pela via dos embargos. 3. Verificado o vício por
julgamento ultra petita, ou seja, além do pedido, impõe-se a adequação do
provimento judicial ao pedido inicial. 4. Preliminar de julgamento ultra petita
acolhida. MÉRITO. PROMITENTE COMPRADOR DE IMÓVEL. GRAVAME DE
INDISPONIBILIDADE LANÇADO SOBRE O BEM EM RAZÃO DA DECRETAÇÃO DE
FALÊNCIA. FATO JURÍDICO POSTERIOR À CELEBRAÇÃO DA COMPRA E VENDA.
REGISTRO DA ESCRITURA. IRRELEVÂNCIA. Súmula nº 84 DO STJ. ÔNUS
SUCUMBENCIAIS. PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE 1. A Súmula nº 84 do STJ é clara ao
atribuir ao possuidor de boa-fé a oponibilidade dos embargos de terceiro amparados
em contrato de compra e venda, ainda que desprovido do registro. 2. No entanto, a
ausência de transferência da propriedade do bem perante o Cartório de Registro de
Imóveis é causa que afasta a condenação dos embargados nos ônus sucumbenciais,
que devem, desse modo, ser invertidos. 3. Recursos parcialmente providos. (TJMG;
APCV 1.0411.12.000477-4/001; Relª Desª Áurea Brasil; Julg. 12/02/2015; DJEMG
24/02/2015)
No mesmo sentido:
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CONSTITUCIONAL. APELAÇÃO CÍVEL. AFASTADA A ALEGADA AUSÊNCIA DE
INTERESSE DE AGIR DOS APELADOS. SERVIDORA PÚBLICA. INSCRIÇÃO DO
CÔNJUGE DA APELADA PERANTE O ISSEC E O ESTADO DO CEARÁ PARA QUE NA
CONDIÇÃO DE DEPENDENTE POSSA GOZAR DE ASSISTÊNCIA MÉDICOHOSPITALAR
MÉDICOHOSPITALAR
E PREVIDENCIÁRIA, RESPECTIVAMENTE. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM
RESOLUÇÃO DE MÉRITO. SUPERVENIÊNCIA DA LEI Nº 14.687/2010. SUCUMBÊNCIA.
PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA.
1. Tratase
Tratase de Ação Ordinária em que a servidora pública requer a inscrição de seu
cônjuge para fins previdenciários e assistenciais. 2. Não há óbice a inscrição do
cônjuge varão como dependente da servidora, nem mesmo qualquer prejuízo ao
Estado, não confundindose
confundindose com a efetiva concessão benefício, o qual se dará
somente com o fato gerador, qual seja, o óbito da servidora. 3. Pelo Princípio da
Causalidade, não havendo julgamento do mérito, na condenação da verba honorária
acrescida de custas e demais despesas do processo, deve prevalecer o entendimento
que invoca quem perderia a demanda se a ação fosse julgada pelo mérito. 4.
Apelação Cível conhecida e desprovida. (TJCE; APL 012795846.2008.8.06.0001;
012795846.2008.8.06.0001;
Segunda Câmara Cível; Relª Desª Tereze Neumann Duarte Chaves; DJCE 16/03/2015;
Pág. 39)
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( ii ) caso Vossa Excelência entenda que a prova documental, acostada com a
presente peça vestibular, não foi suficiente a comprovar a posse, o que se diz
apenas por argumentar, subsidiariamente pede seja designada audiência
preliminar para oitiva das testemunhas a seguir arroladas(CPC, art. 677):
Posto isso,
comparece o Embargante para requerer que Vossa Excelência tome as seguintes providências:
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Embargados, oitiva das testemunhas arroladas nesta peça processual, juntada
posterior de documentos como contraprova, perícia, tudo de logo requerido.
Fulano(a) de Tal
Advogado - OAB 112233
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