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INTRODUÇÃO

O Sistema esquelético representa um complexo de três importantes sistemas do corpo


humano responsável pela realização de todos os movimentos esqueléticos do corpo. Compõem o
aparelho locomotor o sistema esquelético, a parte passiva do aparelho e que fornece as
alavancas de movimento; o sistema muscular, a parte ativa do aparelho e que realiza os
movimentos através da contração dos músculos esqueléticos e, finalmente, o sistema articular
que permite, em maior ou menor grau, os movimentos do esqueleto.
A atuação conjunta dos três sistemas permite, portanto, a locomoção do corpo humano.
RECOMENDAÇÕES
CONHECIMENTOS
Compreender a constituição do sistema esquelético em suas concepções anatômicas e funcionais.
HABILIDADES
Identificar a forma e função das estruturas do sistema esquelético como, sua função na
sustentação do organismo, na proteção de estruturas vitais e como base mecânica para o
movimento, sempre correlacionando a teoria com a prática.
ATITUDES
Apresentar a devida atenção ao sistema esquelético, se empenhar para desenvolver um
entendimento das enfermidades que o acometem e atrelar o conhecimento adquirido com
empenho e dedicação para uma eficiente prática profissional.

BLOCO 3: OSSOS DO ESQUELETO HUMANO


2.2. SISTEMA ESQUELÉTICO
2.2.1. CONCEITO DE OSSOS
Ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unidos uns aos outros, por meio das
junturas ou articulações constituem o esqueleto. É uma forma especializada de tecido conjuntivo
cuja principal característica é a mineralização (cálcio) de sua matriz óssea (fibras colágenas e
proteoglicanas).
O osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico. Uma forma sólida de tecido conjuntivo,
altamente especializado que forma a maior parte do esqueleto e é o principal tecido de apoio do
corpo. O tecido ósseo participa de um contínuo processo de remodelamento dinâmico,
produzindo osso novo e degradando osso velho.
3.1. O esqueleto humano tem 206 ossos, e pode ser dividido topograficamente em:
3.1.1. Esqueleto axial: ossos da cabeça (crânio e face), pescoço (vértebras cervicais e
hióide) e tronco (resto das vértebras, costelas e esterno).
2.1. Esqueleto apendicular: ossos dos membros superiores e inferiores e das cinturas escapular
(escápula e clavícula no membro superior) e pélvica (quadril ou pélvis e sacro no membro
inferior). O conjunto articulado de ossos e cartilagens forma o esqueleto ou sistema
esquelético, estrutura de suporte do corpo, com funções de:
Podemos citar várias funções importantes do esqueleto humano, tais como:
2.2. Sustentação e conformidade: fornece uma base estrutural para o corpo, sustenta
os tecidos moles e forma pontos fixos para tendões de diversos músculos esqueléticos;
2.3. Proteção: protege órgãos nobres (encéfalo, coração e pulmões) contra trau-
matismos externos;
2.4. Participação na alavancagem (movimentação): juntamente com os músculos
esqueléticos desloca o corpo ou parte dele;
2.5. Hematopoiese: produz células sanguíneas através da medula óssea vermelha;
2.6. Homeostasia mineral: armazena vários tipos de minerais, principalmente cálcio e
fósforo.
2.7. Armazenamento de energia: armazena lipídios na medula óssea amarela ou
flava.
2.8. Osso é um tecido conjuntivo duro, altamente especializado e vascularizado, com
metabolismo muito activo, responsável pela rigidez do sistema esquelético.
4.1 Fisiologia do Osso
Como vimos antes, existem 3 tipos de células ósseas com as seguintes funções:
 Osteoblastos, células mais imaturas, capazes de formar a matriz óssea (encontradas
em ossos em crescimento e nas zonas de regeneração e reparação).
 Osteoclastos, células fagocitárias que reabsorvem (eliminam) osso, mediante a
digestão enzimática das fibras e dos sais.
 Osteócitos, células maturas (osteoblastos já diferenciados), encontrados em tecido
ósseo do adulto (com baixa taxa de regeneração), incapazes de formar osso, com
função de manutenção do mesmo.
3.1.2.
3.1.3.
Figura 3. Esqueleto humano.

3.2. Cabeça, com um total de 29 ossos entre crânio e face.


3.2.1. Caixa craniana (8 ossos, 2 pares e 4 ímpares), que protege o encéfalo. Ossos não
articulados entre si, unidos por “linhas de sutura”: sagital (entre parietais), coronal
(entre frontal e parietais), lambdóide (entre occipital e parietais). Alguns contem
“seios”, cavidades de arejamento da cavidade nasal ou auditiva.
 Nos lactantes, os ossos estão separados para permitir o crescimento do
encéfalo, deixando espaços amplamente separados ou “fontanelas”:
anterior (entre frontal e parietais), posterior (entre occipital e parietais) e
mastoideas (2, entre parietais, temporais e occipital).
 Occipital (1). Base do crânio (com o “forame magno”, grande buraco que serve de
passagem à medula espinal)
 Parietais (1 par) simétricos. Paredes laterais e tecto.
 Frontal (1). Parede anterior (testa) e tecto de órbitas e cavidade nasal, entre as que
estão os “seios paranasais frontais” (cavidades pares que arejam a cavidade nasal).
 Temporais (1 par) simétricos. Paredes laterais e parte da base.
 Esfenóide (1). Base anterior (liga frontal com occipital), que completa
posteriormente órbitas e cavidade nasal, e forma a “sela túrcica” (ocupada pela
hipófise). Contêm os “seios paranasais esfenoidais”.
 Etmóide (1). Suporte da cavidade nasal e parede interna das orbital. Contêm os
“seios paranasais etmoidais”.
3.2.2. Face (14 ossos, 6 pares e 2 ímpares)
 Nasais (1 par). Formam a ponte nasal.

 Maxilares superiores (1 par). Completa lateral e inferiormente as órbitas e a


cavidade nasal. Contêm “seios paranasais maxilares”. É suporte da arcada
dentária superior e forma a parte anterior do palato ósseo.
 Malares ou Zigomáticos (1 par). Formam as maçãs do rosto, articulando caixa
(frontal esfenóides e temporais) com a face (maxilar e órbita).
 Mandibular ou maxilar inferior (1). Constituído por dois processos laterais, que se
fundem sagitalmente na infância. Articulado (móvel) com os temporais, é o
suporte da arcada dentária inferior.
 Lacrimais (1 par). Completam a parede interna da órbita e protegem o “ducto
lacrimal” (tubo de drenagem das lágrimas).
 Palatinos (1 par). Completam posteriormente o palato ósseo.
 Conchas nasais inferiores (1 par), que articulam com as conchas do etmóide para
dividir a cavidade nasal (“septo nasal”).
 Vômer (1). Porção postero-inferior do septo nasal.
Imagem cortesia de Mariana Ruiz Villarreal
Figura 4. Cabeça.

3.2.3. Outros (7 ossos, 3 pares e 1 ímpar)


 Ossículos auditivos (3 pares): Martelo, Bigorna e Estribo (no interior do osso
temporal).
 Hioide (1). Osso móvel, situado na região antero-superior da região cervical
anterior, suspenso por ligamentos, da suporte à língua e laringe.
3.3. Tronco, com um total de 51 ossos entre coluna e caixa torácica. Não inclui as cinturas
pélvica e escapular, que são incluídas nos membros.
3.3.1. Coluna (26 ossos). Formado por aposição de vértebras, todas diferentes mas com
uma estrutura básica comum:
 Corpo (disco ósseo anterior, onde apoiam os “discos intervertebrais”),
 Arco (que circunda o “forame vertebral” que dá passagem a medula espinhal),
 Processos espinhoso e transversos (prolongamento posterior e laterais de inserção
muscular, ligados pelas lâminas) e
 Processos articulares (2 superiores e 2 inferiores, para articular com as vértebras
precedente e seguinte).

Arquitetura óssea
Podemos observar em estudos microscópicos que o tecido do osso é formado por
substância óssea compacta e esponjosa:
Substância compacta: as lamelas de tecido ósseo estão intimamente unidas umas às outras pelas
suas faces, sem que haja espaço livre interposto. Por ser mais densa e sólida é responsável pela
resistência dos ossos. Topograficamente estão dispostas nos ossos longos, planos, irregulares e
curtos.
Substância esponjosa: Nesta substância as áreas dos ossos estão constituídas por trabéculas
ósseas dispostas em forma de rede irregular em tamanho e forma e são responsáveis por alguma
elasticidade óssea.
Periósteo: Descrito como um tecido conjuntivo que envolve externamente o osso, exceto nas
superfícies articulares. Responsável pela nutrição e inervação do osso devido suas artérias e
nervos penetrarem no tecido ósseo.
Endósteo: Fina camada de tecido conjuntivo que reveste o canal medular de um osso.
Imagens cortesia de Anatomy of
the Human Body por Henry Gray Figura 5. Vértebras.

3.3.2. A coluna têm, no plano sagital, 2 curvas de concavidade anterior (“cifóse” torácica e
sacra) e 2 de concavidade posterior (“lordose” cervical e lombar). No plano coronal, é
recta. Está formada por:
 Vértebras cervicais (7), formam o pescoço. Vértebras leves e muito móveis. A
primeira (“atlas”) articula com o occipital, e a segunda (“áxis”), actua como pivô
(”processo odontóide”) sobre o que gira lateralmente a cabeça. A última vertebra
cervical (7ª) têm um processo espinhoso mais proeminente, referência que pode
ser palpada na base do pescoço.
 Vértebras torácicas (12). Mais grandes, pouco móveis, suportam a caixa torácica.
Com fóveas, depressões onde articulam as costelas.
 Vértebras lombares (5). As maiores e mais fortes, com função de suporte, com
grandes inserções musculares.
 Vértebras sacras (5, unidas como “sacro”). Osso triangular que forma a parte
posterior do cíngulo pélvico e articula com a 5ª lombar formando, anteriormente,
o “promontório”.
 Vértebras coccígeas (4, unidas como “cóccix”). Articula, superiormente, com o
sacro.

Figura 6. Coluna vertebral.

3.3.3. Caixa torácica (25 ossos)


 Costelas (12 pares). Arcos ósseos (curvatura antero-inferior) que articulam
posteriormente com as vértebras. Anteriormente acabam em cartilagem, que vai-
se calcificando ao longo da vida. Os 7 pares superiores articulam, anteriormente,
com o esterno (“costelas verdadeiras”). As 8ª, 9ª e 10ª articulam-se,
anteriormente, com a 7ª costela (“falsas costelas”). A 11ª e 12ª não articulam
anteriormente (“costelas flutuantes”).
 Esterno (1). Onde articulam os 7 pares superiores de costelas, com 3 partes:
manúbrio (articulam a clavícula e as costelas 1ª e 2ª), corpo (articulam 3ª a 7ª
costela), apêndice xifóide (extremo inferior móvel).

Manúbrio do
Esterno Corpo do
Esterno

Cost Costelas
Apêndice elas Falsas
Xifóide Flutu
antes

Figura 7. Caixa torácica.

3.4. Membros Superiores, formados por 32 pares de ossos (32 ossos cada membro).
3.4.1. Cintura escapular (2 ossos cada membro)
 Escápulas (1 par). Osso móvel que suporta a estrutura óssea do braço (articula
com o úmero e clavícula)
 Clavículas (1 par). Da estabilidade ao braço, fixando a escápula com o esterno
(articula-se lateralmente com a escápula e com o manúbrio do esterno,
medialmente).
3.4.2. Braço e antebraço (3 ossos cada membro)
 Úmeros (1 par). Único osso do braço, com uma cabeça que articula com a
escápula e uma parte inferior plana (com epicóndilos lateral e medial) que articula
medialmente (tróclea) com o ulna e lateralmente (capítulo) com o rádio.
 Ulnas (1 par). Osso maior e medial do antebraço, com o “olécránio” (osso do
cotovelo) e com o processo estilóide (saliência medial do pulso).
 Rádios (1 par). Osso lateral do antebraço, que articula com o úmero (cabeça) e
com a mão (pulso), e gira em volta da ulna.
3.4.3. Mão (27 ossos cada membro)
 Carpo (8 pares): escafóide, semilunar, piramidal, pisiforme, capitato, hamato,
trapézio, trapezóide. Em 2 fileiras de 3 (superior, onde articula o antebraço) e 5
ossos (inferior, onde articulam os ossos do metacarpo).
 Metacarpo (5 pares). Ossos longos (“metacarpianos”) da palma da mão.
 Falanges proximais (5 pares), médias (4 pares) e distais (5 pares), dos dedos.

Figura 8. Ossos do Membro Superior..

3.5. Membro Inferior, formados por 31 pares de ossos (31 ossos cada membro).
3.5.1. Cintura pélvica (1 osso cada membro)
 Coxal ou Pélvis (2 pares). Formado cada um por 3 porções soldadas: ílio (superior
e lateral, que articula com o sacro, têm a crista ilíaca e espinha antero-superior
palpáveis), ísquio (inferior, com a “tuberosidade isquiática” sobre o que apoia o
corpo em posição sentada) e púbis (anterior, que articula com outro coxal na
“sínfise púbica”). As 3 porções soldam-se na cavidade articular para o fémur
(“acetábulo”) e deixam um espaço livre entre elas (“forame obturador”).
 A entrada à pélvis óssea (“circunferência pélvica”) está marcada por: promontório
sacro, linhas ileopectíneas e crista púbica. Por cima fica a “pélvis falsa” (pás
ilíacas, que contêm intestino). Por baixo, a “pélvis verdadeira” (contêm recto,
bexiga e útero nas mulheres). A saída da pélvis óssea está marcada pelo cóccix e
as tuberosidades isquiáticas.
Figura 9. Ossos da Pelvis.

3.5.2. Coxa e perna (4 ossos cada membro)


 Fémur (1 par). Osso longo da coxa, com cabeça (que articula com a pélvis), colo e
trocanteres na parte superior, e com os cóndilos (que articulam com a tíbia) no
extremo inferior.
 Patela (1 par). Osso sesamóide do joelho, incluído no tendão do quadriceps, para
proteger o joelho.
 Tíbia (1 par). Osso longo maior da perna, situado medialmente, com o planalto
tibial que articula com o fémur, e com o maléolo medial que articula com o pé
(tornozelo).
 Fíbula ou peróneo (1 par). Osso longo, lateral à tíbia (na que apoia
superiormente), forma o maleolo lateral do tornozelo.
3.5.3. Pé (26 ossos cada membro)
 Tarso (7 pares): calcáneo (calcanhar, ponto de suporte do sistema esquelético em
posição de pé), tálus (que articula com os maleolos no tornozelo), navicular,
cubóide, cuneiformes medial, intermédio e lateral.
 Metatarso (5 pares). Ossos longos (“metatarsianos”) do pé. Junto com os ossos do
tarso formam os arcos longitudinais (medial e lateral) e transversal do pé.
 Falanges proximais (5 pares), médias (4 pares) e distais (5 pares), dos dedos.
Figura 10. Ossos do Membro Inferior.

SISTEMA ARTICULAR
Articulações ou junturas são os meios através dos quais os ossos se unem entre si para
formar o esqueleto. São divididas em três grupos, de acordo com a natureza do material
interposto entre os ossos:
2.3.1. ARTICULAÇÕES FIBROSAS
As articulações ou junturas fibrosas incluem todas as articulações onde as superfícies dos
ossos estão quase em contato direto, como nas articulações entre os ossos do crânio (exceto a
ATM). Há três tipos principais de junturas fibrosas:
2.3.1.1. SUTURAS
Figura 17. Suturas craniofaciais.
Fonte: http://leia-me.com/lmfiles/imagens/
Nas suturas as extremidades dos ossos têm interdigitações ou sulcos, que os mantêm
íntima e firmemente unidos. Consequentemente, as fibras de conexão são muito curtas
preenchendo uma pequena fenda entre os ossos. Este tipo de articulação é encontrado somente
entre os ossos do crânio. As suturas também podem unir ossos do crânio de maneira biselada
(sutura escamosa) ou plana (sutura internasal). Na maturidade, as suturas sofrem sua soldadura
total. Esta condição é chamada de sinostose.
Anatomia Humana
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2.3.1.2. SINDESMOSES
Figura 18. Sindesmose radioulnar.
Fonte: http://www.cefid.udesc.br/laboratorios/
Nestas suturas o tecido interposto é também o conjuntivo fibroso, mas não ocorre nos
ossos do crânio. Na verdade, a Nomenclatura Anatômica só registra dois exemplos: sindesmose
tíbio-fibular e sindesmose radio-ulnar. Há maior quantidade de tecido conjuntivo fibroso
interposto
entre os ossos envolvidos.
2.3.1.3. GONFOSES (FIGURA 19)
Figura 19. Gonfose (dentoalveolar)
Fonte: http://medvetuniube.blogspot.com
Também chamada de articulação em cavilha, é uma articulação fibrosa especializada à
fixação dos dentes nas cavidades alveolares na mandíbula e maxilas. O colágeno do periodonto
une o cemento dentário com o osso alveolar. Lembra um prego encravado na madeira.
2.3.2. ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS
Nas articulações cartilaginosas, os ossos são unidos por cartilagem pelo fato de pequenos
movimentos serem possíveis nestas articulações. Existem dois tipos de articulações cartilagíneas:
2.3.2.1. SINCONDROSES
Os ossos de uma articulação do tipo sincondrose estão unidos por uma cartilagem hialina.
Muitas sincondroses são articulações temporárias, com a cartilagem sendo substituída por osso
com o passar do tempo (isso ocorre em ossos longos e entre alguns ossos do crânio). As
Anatomia Humana
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articulações entre as dez primeiras costelas e as cartilagens costais são sincondroses
permanentes.
2.3.2.2. SÍNFISES
As sínfises são junturas nas quais as superfícies ósseas, cobertas por uma fina camada de
cartilagem hialina, se articulam por intermédio de uma fibrocartilagem espessa. Esses discos por
serem compressíveis permitem que a sínfise absorva impactos.
2.3.3. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
Figura 20. Juntura sinovial (quadril)

Fonte: http://knyvet.blogspot.com/
As articulações sinoviais são aquelas por meio das quais realizamos praticamente todos os
movimentos do corpo. São as mais importantes e complexas articulações do corpo e por
permitirem muitos movimentos ao longo da vida, podem também ser lesadas ou sofrer desgaste,
como ocorre nas conhecidas condições de Artrites, Artroses, Bursites etc.
2.3.3.1. ESTRUTURAS DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS:
2.3.3.1.1. Ligamentos
Os ligamentos são que nem cordões fibrosos, pois são constituídos por fibras colágenas
dispostas paralelamente ou intimamente entrelaçadas umas as outras. São maleáveis e flexíveis
para permitir perfeita liberdade de movimento, porém são muito fortes, resistentes e inelásticos
Anatomia Humana
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(para não ceder facilmente à ação de forças). Quando são rompidos, geram muita dor e obrigam
repouso absoluto ao indivíduo por um bom tempo, dependendo da articulação envolvida.
2.3.3.1.2. Cápsula Articular
É uma membrana conjuntiva que envolve as articulações sinoviais como um manguito.
Apresenta-se com duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna).
A membrana fibrosa (cápsula fibrosa) é mais resistente e pode estar reforçada, em alguns
pontos por feixes também fibrosos, que constituem os ligamentos capsulares, destinados a
aumentar sua resistência.
Ligamentos e cápsula articular têm por finalidade manter a união entre os ossos
bem como impedem o movimento em planos indesejáveis e limitam a amplitude dos
movimentos considerados normais.
A membrana sinovial é a mais interna das camadas da cápsula articular e forma um saco
fechado denominado cavidade sinovial. É abundantemente vascularizada e inervada sendo
encarregada da produção de líquido sinovial (sinóvia).
2.3.3.1.3. Discos e Meniscos
Em várias articulações sinoviais, interpostas as superfícies articulares, encontram-se
formações fibrocartilagíneas, os discos e meniscos intra-articulares, de função discutida:
serviriam
para melhorar a adaptação das superfícies que se articulam (tornando-as congruentes) ou seriam
estruturas destinadas a receber violentas pressões, agindo como amortecedores. Meniscos, com
sua característica em forma de meia lua, são encontrados apenas na articulação do joelho.
Exemplo de disco intra-articular encontramos nas articulações esternoclavicular e ATM
(articulação têmporomandibular).

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