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Afirmou que não foi Jean quem matou Jackson. Segundo ele, indivíduo conhecido como
“Moreninho” é que estava armado. Alegou que mudou de versão porque não foi Jean o
responsável pelo crime. Entretanto, informou que fugiu desta cidade por medo de Jean,
que foi procurá-lo em Pinheirinhos juntamente com três “caras” (3min5seg). Narrou que
Jean pediu para ele “tirar a audiência dele” e que “não iria fazer mal pra ele” (3min30seg).
Informou que Jean já era conhecido pela comunidade por “mexer” com terras e por “fazer
maldade para um bocado de gente”, tipo bater, ameaçar, dar tiros (6min59seg até
7min9seg).
A testemunha PAULO narrou ter sido ameaçada na fase policial e tal é narrado
pelos polícias na fase de investigação. (Mais dados pág. 248)
Escrivão de polícia, informou que foi até o local dos fatos juntamente com o
delegado Bruno e lá encontraram a testemunha Paulo Henrique muito assustada. Na
Delegacia Paulo narrou os fatos dizendo que estava limpando o terreno com a vítima fatal
e que, em determinado momento, chegaram três indivíduos armados, sendo um deles
Jean. Não se recorda se Paulo informou que não sabia ler. O procedimento, nesses casos,
é ler o depoimento para a pessoa antes que ela assine. Paulo narrou o que tinha acontecido.
Segundo ele havia três pessoas e quem atirou na vítima foi Jean. Os outros, embora
estivessem armados, não atiraram. Paulo falou que o motivo do homicídio foi grilagem
de terra. Paulo acrescentou que, no dia anterior, a vítima lhe pediu ajuda para limpar o
terreno, pois terceiros estariam tentando invadi-lo. Por fim o investigador informou que
se recordava de que a vítima tinha uma lesão no peito e outra na nuca.
Destacou que nos casos em que a testemunha não sabe ler, os agentes não somente
leem o depoimento para a pessoa antes que ela assine, como também fornecem uma cópia
para ela. Pede-se, inclusive, para que a testemunha leia o depoimento em voz alta para
que saibam se ela está tendo compreensão do depoimento. Por fim, destacou que a
testemunha Paulo não se mostrou confusa sobre o autor dos disparos. Disse, inclusive,
que estava com medo, pois era pessoa sem recursos financeiros e precisaria iria embora
dali. Paulo estava bastante apreensivo.
Ele foi muito seguro, claro e coerente na afirmativa dele sobre a autoria dos
disparos, por isso a preocupação de levá-lo direto à Delegacia. Paulo chegou a dizer o
motivo dos disparos, isto é, o fato de a vítima ser proprietária do terreno e Jean, grileiro.
Informou que tomou conhecimento de que a testemunha Paulo estaria sendo ameaçada.
Não presenciou os fatos. Narrou que, no dia do ocorrido, o réu Jean, que é seu
esposo, lhe deu um beijo e disse estava saindo para ver os terrenos. Ele trabalhava na
empresa Jequitibar. Não tem amizade com a testemunha Paulo. Tem conhecimento que a
mulher da vítima poderia ter envolvimento com a morte de Jackson. Jean só foi preso por
causa da arma. Tinha arma para a própria proteção, já que recebia muitas ameaças.