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ZUZU ANGEL - Filme

Zuzu inicia o filme “com medo de morrer”, segundo ela caso aparecesse morta por
acidente, assalto ou qualquer outro meio, seria obra dos mesmos assassinos do seu
filho Stuart Angel Jones.
Ela escreve esse sentimento em forma de carta como um aviso, e deixa na casa do
presidente da república. (Ela estava entregando várias cartas e fotos do seu filho
para figuras públicas e importantes.)

Ela acha que vai morrer quando um motoqueiro a “persegue” assustando-a, mas na
verdade ele estava apenas querendo entregar informações. Ela chega em um comércio
que pelo o que parece é mais afastado da cidade e pega o contato do Mr. Banker, que
estava no envelope do motoqueiro. No filme, essa conversa está em inglês e sem
legenda, mais pelo que deu a entender Mr. Banker é de Londres e eles estavam
tentando marcar um local para se encontrem em alguns dias.

Zuzu volta para Curvelo - MG, e começa a gravar fitas contando sua história.
Marido: Normal Angel Jones, teve três filhos.
Sustentou sua família costurando para fora no Rio de Janeiro, e um certo tempo
depois firmou seu nome e em 1971 estava no auge da sua carreira profissional.

O filme muitas vezes voltava na linha de tempo, e contextualizou esse começo~


“Paulo caiu, ele está na PE”, Zuzu recebe uma ligação no meio da noite com esse
aviso. E afirma que, seu filho foi preso e que não era trote.
Pouco depois aparece cenas que parecem ser de acontecimentos passados, do seu
filho Stuart em uma revolta na rua contra os militares.

Voltando no passado~
“Os gringos precisam saber que não vão explorar o Brasil impunemente”,
“Temos total apoio da massa”,
“A insatisfação profunda”,
“Não temos liberdade”,
“Artistas estão sendo perseguidos, facistas espaçaram atores de peças em teatros”…
E eles (Sônia e Stuart) continuavam afirmando que conseguiriam dar um basta em
tudo isso.
E Zuzu continuava acreditando que eram ingênuos e que estavam enganados, citou
suas costureiras, que viajavam de madrugada como sardinhas em lata para poderem
trabalhar, e não tinham tempo para ir atrás dos protestos.
Stuart rebate, “Minha mãe esta defendendo a ditadura?”. Frase dura e que Angel
refutou negando, dizendo que todos estavam lutando para sobreviver e que ninguém
tinha tempo para política. E seu filho juntamente com a namorada continuam
afirmando, “Nós escolhemos não fechar os olhos para as injustiças do mundo.”

E a cena corta para a Zuzu Angel tarde da noite na frente do PE sendo ignorada
quando pediu ajuda aos polícias.


“Um morde outro assopra, é a técnica deles na tortura.” “tortura?” “é a
realidade”, diálogo entre Zuzu e Braga (seu advogado) quando eles discutiam meios
para tirar o Stuart da cadeia.
A polícia negava que o filho tinha sido preso, e alegavam que ninguém tinha
chegado lá nos últimos dias, e nesse momento que o filme apresenta outra injustiça
da ditadura, ela tinha acabado com o habeas corpus para crimes políticos, ou seja,
podiam ficar até 45 dias com um preso sem prestar contas a ninguém.
Ela consegue contato com um general da PE, que afirma que caso o filho dela esteja
com eles, ela poderia ficar tranquila pois ele estaria sendo bem tratado, e também
faz uma outra afirmação: “Nós estamos em guerra, guerra contra a subversão. Por
isso eu aplico a convenção de genebra contra os nossos prisioneiros, ao pé da
letra.”
“Então eu trato vocês como filhos e vocês me fazem passar por isso”, e essa
afirmação veio do Coronel, que deixava toda a tortura por de baixo dos panos. Em
resumo, os militares mentiam!

Os militares, seja de qualquer base, que ela tentava procurar ajuda para encontrar
Stuart, queriam tirar apenas informações dela, e fazerem falsas afirmações como: Se
Stuart fosse comunista já que ele era do Movimento Estudantil, isso significa que
ele poderia ser terrorista ou subversivo.
Tudo o que ela pedia, era que parassem de fingir que não estavam com Stuart, e que
caso ele tivesse cometido um crime, que fosse julgado e condenado em tribunal. Mas,
continuavam não facilitando as coisas para ela, e sem informações Zuzu começou a
entender esse teatro dos militares, e ela se tornou uma mulher “perigosa” aos olhos
da aeronáutica, base onde ela também foi procurar seu filho.
Até o padre da aeronáutica, que ela pediu informações sobre o paradeiro de Stuart,
afirmava que, “Tudo isso que dizem das prisões é propagando comunista”, “As
torturas que tanto falam não é nada disso, os choques são levinhos é uma maquininha
atoa, que não mata ninguém”.

Todos os oficiais de cargo alto no exército escreveram documentos afirmando que o


Stuart não esteve preso naquela base. (Todos fizeram esse documento.)

Passado. Lembranças de Zuzu~


Casamento de Stuart, e a próxima cena era ele devastado por Sônia ter sido presa.
Após esse acontecimento, eles não entraram mais em contato, e as únicas notícias
que Zuzu sabia era que Sônia tinha saído da prisão, e que ela e Stuart estavam
vivendo na clandestinidade.
Só entraram em contato de novo, pessoalmente, quando ele avisou que Sônia iria
embora do Brasil.

Quando retornou para o Rio, sem ilusões, após ter ido até Minas no seu ex-marido
procurar seu filho, Zuzu recebeu cartas que continham o relado de uma terceira
pessoa sobre tudo o que tinha ocorrido com seu filho, alegando que Stuart estava
morto.
O remetente da carta, chamava Stuart de Paulo (um nome que ele adotou para se
proteger) tinham sido levados juntos até à base aérea do exército e sido torturados
na noite de 14 de maio.
“Mais tempo, mais dor. Menos tempo, menos dor”, era o que o responsável pela
tortura afirmava. A única pergunta era “Onde está o La Marca?”
Após longas torturas, pela madrugada Stuart estava morto. E os militares apenas
falaram:
“Mais comida de peixe, na restinga da marambaia.”

Zuzu levou as cartas que recebeu para um jornal, e eles apenas afirmaram que
nenhum jornal no Brasil publicaria, e que proibiram que o nome de Stuart fosse
escrito. Nem se ela quisesse pagar um anúncio fúnebre, o jornalista poderia
publicar.

Ela volta para casa desolada e desabafa:


Zuzu Angel: “Eu na minha ingenuidade, fazendo vestido de flor com passarinho, moda
alegre, país do futuro. Um futuro sem meu filho, e o filho de outras pessoas.”

Stuart é condenado por crimes contra a segurança nacional.


O advogado discursou que tinha uma certeza, de que estava ali defendendo um morto.
O excelentíssimo procurador militar sabia que estava acusando um morto, e que os
senhores juízes também sabiam que agora julgariam um cadáver. “Meu temor senhores,
é que essa farsa escabrosa, macule para sempre o nome desse tribunal.”

Por 4 votos a 1, o tribunal julgou Stuart como inocente, por falta de provas no
processo.
“Isso é vergonhoso, só com liberdade se pode prender, só com ela se pode julgar.
Também só com liberdade pôde-se condenar ou absolver. Mais aqui assassinos salvaram
juízes.”
O juiz ameaça prender Zuzu por desacato, porém a mesma continua:
“Desacato foram não ter cumprido a lei na hora que prenderam Stuart, desacato foram
não ter cumprido a lei na hora de interrogá-lo, desacato é torturar e matar,
desacato é impedir o direito sagrado de uma mãe enterrar seu filho. E agora essa
farsa em nome de um estado de direito, que direito é esse?”

Zuzu Angel utilizou uma de suas coleções como forma de protesto e denúncia,
transformando, então, seu desfile de 1971 em Nova York, em um manifesto contra a
opressão, com bordados de canhões, anjos melancólicos e outros elementos que
transmitiam a dor e a indignação de uma mãe em busca de justiça.
As roupas, música e ambiente carregavam uma triste mensagem: o assassinato de
Stuart Angel, que antes fora sequestrado e torturado por agentes do regime militar,
em 1970. O desfile reinvidicava seu direito de falar sobre o ocorrido e velar o
corpo do filho, além de chamar a atenção internacional para o país.



A partir de então, incorporou ao luto a roupa preta, o véu, crucifixos e o cinto,


em forma de protesto.


No seu regresso para o Brasil ela pegou o microfone de avisos da aeromoça e


relatou aos passageiros sobre quem foi seu filho e o que estava acontecendo no país
e naquela cidade conhecida como paraíso, Rio de Janeiro, que eles pousariam estava
marcado por crimes vergonhosos.
“Meu filho Stuart foi preso, torturado e assassinado pela ditadura que esmaga esse
país. E cadê o corpo dele? Sumiu.”

Após esse acontecimento, foi chamada para falar com o chefe da aeronáutica, onde
só foi ameaçada e desrespeitada.

Após dois anos desses acontecimentos, ela não pode fazer justiça, com a imprensa
sob censura, suas denúncias não foram ouvidas por ninguém, neste mesmo ano (1973)
Sônia voltou ao Brasil clandestina e foi presa novamente, também foi assassinada
por torturas e o corpo não foi entregue à família.
Na criação de peças ela encontrou refúgio para sua dor e desânimo em meio a tanta
violência e impunidade.
Dezembro (1975), ela teve ânimo para continuar, um homem da repressão procurou
Braga (advogado), e esse homem estava pronto para contar tudo o que sabia. Mais
queria falar com Zuzu, pois tinha informações sobre seu filho.
A estratégia desse informante seria entregar seu depoimento ao Secretário de
Estado norte americano. E pediu que Zuzu fizesse isso, dessa forma ambos teriam sua
justiça.

Após esse acontecimento, a amiga próxima de Zuzu conseguiu convencê-la de ir


passar um tempo na Serra, em sua casa, só que a Zuzu ficou em casa naquele dia e
omitiu por telefone que viajaria. Lucia, sua amiga morreu em um acidente proposital
na estrada.

O filme voltou para as cenas do começo~


Após esse acidente, ela leu o depoimento do oficial da aeronáutica que a procurou,
Marco Aurélio Carvalho, serviu dois anos na base aérea do galeão, e sob ordem
oficial dos seus superiores ele investigou e participou da prisão de Stuart. Também
participou do interrogatório, primeiro na sala da base e depois do pátio.
(Torturas)
O corpo de Stuart foi jogado ao mar após sua morte pelas torturas.

Zuzu foi assassinada, morreu em um acidente também proposital na rodovia.


(Estava tocando no carro: Você vai pagar e é dobrado, por cada lágrima rolada nesse
patamar..) PRECISAMOS COLOCAR AS LETRAS DESSA MÚSICA NO FINAL DO TRABALHO! Helvécio
vai entender a referência.



Precisamos “resumir” para colocar no slide e falar no final, porque são informações
importantes. o que acham?

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