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Novos Começos

Cena 1 – Caverna Misteriosa


Os aventureiros acordam em uma praia aparentemente deserta em algum lugar desconhecido,
cercada por escarpas por todos os lados. Caso investiguem os arredores, no entanto, eles notarão
que há um grupo de quatro homens conversando em outro trecho da praia ali perto, ao redor de
uma fogueira.
O grupo dificilmente conseguirá um acordo pacífico com os homens, pois eles na verdade são
piratas, e aquele é seu esconderijo.
Lidar com os quatro não será difícil, mas a praia em que eles se encontram leva até a entrada de
uma caverna, onde mais quatro membros do bando estão escondidos.

Cena 2 – A Ilha de Scurvy


Após conversarem com Lepato e Shelby, os aventureiros descobrirão o que aconteceu: o bando
de Colton recentemente abordou uma pequena caravela no Mar de Alberion. No entanto, ao
contrário do que pensavam ela não se tratava de um mero barco mercante, mas da embarcação
que transportava o Conde de Sareilles para Grã-Alberion. A tripulação do navio atacado foi
morta no combate, levando consigo boa parte dos seguidores de Colton. Mas o conde foi
poupado e aprisionado no covil do bando, enquanto eles decidiam o que fariam com ele – se
cobrariam um resgate de sua família, ou se o matariam para evitar maiores riscos. Gaspard já
estava preso a uma semana, sem que Colton tivesse tomado uma decisão.
Gaspard é o filho mais velho do duque Ceobald de Aulchenford, que por sua vez é filho do
falecido duque Ceonir, irmão mais novo de Godomir III. Portanto, Ceobald e Gaspard são os
herdeiros imediatos de Sarena, embora ainda não saibam das implicações disso. A mãe de
Gaspard, e esposa de Ceobald, é a duquesa Anrietta de Affosia, uma das mais poderosas nobres
aranardi.
Gaspard é um jovem de 20 anos bastante inseguro. Embora ele ainda não saiba que pode herdar
um reino, a perspectiva de herdar dois ducados em reinos distintos o assusta, sobretudo porque
ele acredita não estar à altura do talento marcial do seu pai ou da habilidade política de sua mãe.
Caso Lepato e Shelby sejam interrogados, eles explicarão que o grupo se encontra na Ilha de
Scurvy, uma ilha no Mar de Alberion que é usada como refúgio por piratas e contrabandistas por
ser envolta por uma densa neblina que torna muito difícil a sua detecção. Uma espécie de código
de honra entre eles (violentamente executado) garante que a localização da ilha permaneça
secreta, e na verdade a própria existência de um porto seguro para piratas é tratada mais como
lenda do que como realidade pelas autoridades de quase todos os portos da região.
Caso os heróis insistam, Lepato e Shelby indicarão que existe um bote escondido na areia perto
da entrada da caverna. Se houver alguma oportunidade, os dois piratas tentarão escapar nessa
hora.
Se houver tempo para questionar como escapar da ilha, eles dirão que os heróis devem pegar o
bote e remar em direção leste para chegarem ao Porto de Scurvy. Lá, eles recomendam que
procurem alguém disposto a leva-los para o continente na Bandeira Negra, a taverna local. O
ideal seria encontrar algum contrabandista – eles tendem a ser as pessoas menos perigosas e mais
confiáveis da região. Os piratas também darão algumas recomendações: os heróis devem evitar
chamar atenção e, se possível, não parecer que são pessoas de fora; se tentarem fazer algum
acordo com um navegador local, devem aceitar as condições estabelecidas, principalmente com
relação a ficarem vendados durante todo o transporte.
O Porto de Scurvy é uma cidade triste e precária, com construções de madeira de baixa qualidade
debruçadas sobre o mar. Ela é frequentada por todo tipo de criatura, inclusive muitas não
normalmente encontradas em áreas civilizadas do Norte, como goblins, orcs e elfos negros.
Não será difícil encontrar a Bandeira Negra, maior taverna da ilha, frequentada também por todo
tipo de criatura mal encarada. Lá, os aventureiros poderão encontrar Vela Púrpura, um
contrabandista tabaxi que irá para Sareilles na manhã seguinte e que estará disposto a levar os
aventureiros consigo por 200 moedas de ouro.
Atualização após Sessão 22:
A chegada de um homem ostentando os símbolos de Valir causará certa comoção na taverna. No
entanto, a menos que os personagens insistam em um confronto, Shelby conseguirá evitar uma
luta alegando que Tanner na verdade era um pirata que havia matado um paladino e pegado seu
equipamento.
Durante os momentos de tensão até que Shelby consiga acalmar os ânimos dos frequentadores da
taverna, porém, algumas pessoas sairão do lugar, incluindo uma misteriosa mulher encapusada.
Depois da confusão, Shelby dirá que o grupo já chamou muita atenção ali, e sugerirá que eles
procurem outro lugar para passar a noite. Ela se refere à Rainha de Copas, um bordel local.
No caminho para lá, no entanto, o grupo será abordado em uma viela pela mulher encapusada
que estava na estalagem. Ela se revelará como Daria Crispo, a senadora salesiana que estava
envolvida com necromancia. Ela estará acompanhada por mais três homens, e rapidamente os
heróis perceberão que outros três os cercaram por trás.
No entanto, Daria dirá que não quer confusão com o grupo, e deseja apenas acertar suas contas
com Tanner. Ela deduziu que o paladino havia sido o responsável pela denúncia que causou sua
desgraça em Salésia, obrigando-a a fugir rapidamente para Scurvy. Caso o desejo de Daria não
seja atendido, um combate se iniciará.
Caso os aventureiros prevaleçam, eles encontrarão um total de 55 PO com os inimigos. Depois,
eles poderão seguir sem maiores contratempos para o Rainha de Copas.
O local é um bordel até confortável, para os padrões de Scurvy. Sua proprietária é Madame
Anande, uma tiefling vermelha que aparenta possuir alguma relação prévia com Shelby.
No dia seguinte, os aventureiros poderão embarcar no Felino, o navio de Vela Púrpura. Ele
exigirá o pagamento de metade da taxa na partida, e a outra metade na chegada.
Os aventureiros chegarão em Sareilles no final do dia. Leia esta descrição:
As luzes da cidade de Sareilles finalmente despontam no horizonte. Conforme o Felino se
aproxima do porto, vocês notam, mesmo à noite, que se trata de uma cidade grande,
certamente não tanto quanto Salésia, mas possivelmente maior do que Ebenfeld. Ela parecia
ter sido construídas sobre colinas que se erguem por trás do porto até onde os olhos de vocês
conseguem enxergar.

Vela Púrpura não atracará seu navio no porto. Sua operação consiste justamente em evitar isso,
enviando pequenos botes com as mercadorias que ele carrega. Os heróis poderão usar esses
barcos para chegar à terra firme. Shelby pedirá para continuar com Vela Púrpura, pois ela sabe
que suas chances são pequenas em Aranard.
Uma vez em Sareilles, os aventureiros podem escolher passar a noite na cidade, ou rumar direto
para o Chateau de Bouvon, residência da família de Gaspard. Caso permaneçam na cidade, eles
terão que pagar por uma estalagem, como a Raposa do Mar, mas terão a opção de visitar os
mercados locais na manhã seguinte. Sareilles é uma cidade comercial de grande porte, e o grupo
deve ser capaz de encontrar a maior parte dos itens mundanos que procure.
A viagem entre Sareilles e Bouvon, a pé, levará a metade de um dia. O chateau é um castelo
grande, de pedras claras, construído no topo de uma colina, com um vilarejo no interior de suas
muralhas. Lá, o grupo será recebido calorosamente pela família de Gaspard, que já havia
recebido notícias de que o conde não havia chegado a Alberion quando deveria. Aliviados, a
duquesa Anrietta, o duque Ceobald e sua filha Amalia receberão os heróis de braços abertos, e
Anrietta anunciará que planeja organizar uma festa nos próximos dias para homenagear os
aventureiros.

Cena 3 – Bouvon e Sareilles


Anrietta marcará a festa para dali a cinco dias, e os aventureiros poderão usar o tempo como
“downtime” para fazer as atividades que quiserem, tanto em Bouvon como em Sareilles, que
pode ser alcançada a cavalo em poucas horas.
Sareilles é uma cidade grande, e praticamente todos os itens comuns podem ser encontrados lá
sem maiores dificuldades. Bouvon é apenas um pequeno vilarejo, e apenas os itens mais básicos
podem ser encontrados lá. Algumas localizações importantes do local incluem:
1- Chateau: o castelo de Bouvon propriamente dito é a sede da família Renard por
vários séculos, embora tenha sido expandido com frequência. O castelo fica dentro das
muralhas internas da propriedade, protegido também por um fosso.
2- Jardins: o castelo conta com belos jardins formais, que são frequentemente usados
por Anrietta para

Cena 4 – Assassinato em Bouvon


No dia da festa, Anrietta receberá os convidados no final da tarde. A principal presença será a
de Alastair de Chevalvallé, príncipe-herdeiro de Aranard. Ele chegará em uma entrada triunfal,
montando seu pégaso Palomino, e estará acompanhado por seu guarda-costas e amigo, Sir
Tristan de Tourlaine. Mas há vários convidados importantes:
Alastair de Chavalvallé: o príncipe-herdeiro de Aranard é um jovem de 21 anos. Ainda
adolescente, ele conseguiu travar contato com um pégaso, Palomino, e os dois se tornaram
inseparáveis. Apesar de impetuoso, Alastair é um lutador de talento, e ele foi alçado ao posto de
Comandante da Real Ordem dos Cavaleiros Alados de Aranard. Apesar de sua linhagem
certamente ter ajudado, ninguém contestou a escolha: o vínculo com um pégaso é um sinal
universalmente aceito de nobreza e valor, e como um dos poucos cavaleiros de pégaso
conhecidos no mundo, Alastair está em um lugar que é seu por direito. O jovem tem iniciado um
flerte, que tem sido correspondido, com a doce Amalia Anna de Renard, o qual é totalmente
incentivado pela mãe da garota.
Sir Tristan de Tourlaine: Sir Tristan é um filho da baixa nobreza aranardi que iniciou sua
carreira como um oficial comum a serviço dos reis de Aranard, mas demonstrou tamanho talento
sobre a sela que acabou tendo a chance testar sua habilidade com um hipogrifo. Ele não
decepcionou, e acabou admitido na Real Ordem dos Cavaleiros Alados de Aranard. Quando
Alastair criou seu vínculo com Palomino, Sir Tristan foi designado para treiná-lo, e os dois
acabaram desenvolvendo uma forte amizade. Normalmente Sir Tristan acompanha Alastair
aonde quer que ele vá.
Lady Margaret arp Thiel: a condessa de Insborck é uma viúva alante que veio visitar seu
cunhado, o barão Perrot, e acabou sendo convidada por Anrietta para seu evento. Lady Magaret é
uma mulher desagradável, permanentemente insatisfeita, que gosta de falar sobre a superioridade
de Alantor.
Gérôme Perrôt: o barão de Tabis é um nobre menor, vassalo de Anrietta. Quando mais
jovem, ele possuiu um circo, que chegou a fazer certo sucesso em Aranard e Alantor. Em uma
dessas viagens ele conheceu a mulher que viria a se tornar sua esposa, Miranda, que faleceu após
lhe dar dois filhos, Michel e Marcelle. Um trágico acidente, no entanto, pôs fim ao seu circo, mas
ele ainda gosta de falar sobre o assunto, e sobre viagens em geral. Ele será a primeira vítima do
assassino.
Lienne Allose: Lienne é a lunarca responsável pelo único templo de Bouvon, dedicado a
Ifine. É uma mulher doce, dedicada a melhorar a vida de seu rebanho. Ela não se sente tão à
vontade nos ambientes aristocráticos do castelo, mas sabe que estar ali também faz parte dos seus
deveres. Lienne não é uma clériga poderosa, mas pode oferecer uma ajuda limitada ao grupo
caso seja persuadida.
Gwendolyn Albeth: Gwendolyn é uma jovem barda elfa, crescida em Aranard, que foi
contratada por Anrietta para fazer uma performance durante sua festa. No passado, Gwendolyn
trabalhou no circo de Gérôme, e depois da tragédia passou a viver em Bouvon por escolha do
marido.
Thierry de Dampierre: o jovem e belo visconde de Folcancour é outro vassalo de Anrietta,
com um castelo nas redondezas. Ele possui hábitos excêntricos que levam muitos a suspeitar que
ele é um vampiro, mas na verdade ele é totalmente inofensivo.
Sete anos atrás, Gérôme Perrôt trouxe seu Circo Perrôt para Sareilles, depois de uma
temporada de sucesso em Alantor, na qual ele conheceu sua hoje finada esposa, a irmã mais nova
de Lady Margaret. Em uma das apresentações, no entanto, o deinonico treinado por Jean-
Pierre Moreau saiu de controle e atacou uma das espectadoras, Zina Lemand. Zina, na
realidade uma doppelganger, estava no circo com sua filha Anette, que foi morta no ataque. A
própria Zina escapou com vida por pouco, tendo perdido dois dedos no ataque. O ataque
aconteceu porque Jean-Pierre na época havia começado a ter um caso com Gwendolyn,
negligenciando os animais que ele domesticava. Após o incidente, a duquesa Anrietta ordenou
que o circo fosse fechado e seus ativos liquidados para indenizar a vítima. No entanto, ela
concluiu que o ocorrido havia sido um acidente e não impôs uma punição mais grave. Zina,
porém, não ficou feliz com o resultado, e desde então passou a treinar como uma assassina para
buscar vingança contra aqueles que ela acredita serem os culpados por sua tregédia: os antigos
membros do circo e Anrietta. Felizmente, para ela, várias dessas pessoas estão em Bouvon neste
momento, e Zina finalmente concluiu que era chegada a hora de colocar seus planos em ação.
Ela então sequestrou uma das ajudantes de cozinha do castelo, Heloise, e usou seus poderes para
assumir sua aparência e seu lugar em Bouvon. No dia do banquete organizado pela duquesa, ela
começará a atacar.
1º ataque – Gérôme Perrôt: a primeira vítima de Zina será o antigo proprietário do Circo
Perrôt, na própria noite do banquete. O dia transcorrerá como esperado durante a maior parte do
tempo. Os convidados chegarão aos poucos ao longo do dia: primeiro, os vizinhos dos Renard –
o visconde de Folcancour e o barão de Tabis, acompanhado por sua cunhada, a condessa de
Insborck; depois, o príncipe Alastair e Tristan de Tourlaine farão sua entrada triunfal, voando;
finalmente, pouco antes do jantar, a lunarca Lienne Allose aparecerá. Os aventureiros terão a
oportunidade de conhecer brevemente os recém-chegados, mas logo após chegarem eles serão
enviados para seus aposentos (com a exceção de Lienne, que mora na vila).
Na hora marcada para o banquete, todos serão conduzidos para o salão de jantar, onde serão
recebidos pela bela Gwendolyn, que fará uma apresentação marcante com voz e alaúde.
Durante o jantar, os heróis terão a oportunidade de interagir e conhecer melhor os comensais que
estiverem sentados próximos a eles.
Após o jantar, todos serão conduzidos para a sala de visitas, onde poderão interagir mais um
pouco com outros convidados com que não tenham tido a oportunidade de conversar durante o
jantar. Depois de algum tempo, todos começarão a subir para seus respectivos aposentos.
Nesse momento, Anrietta pedirá que Aethelwine a acompanhe para uma visita aos jardins. Ela
dirá ao mago que estava observando Kyara e Gaspard e notou que existe algo entre eles. Ela dirá
que esse relacionamento não pode acontecer: os últimos acontecimentos jogarão a sua família no
centro da política mundial, e mais do que nunca eles precisarão de aliados para fazer valer seu
direito contra Sarena. Para isso, a “mão” de Gaspard será um recurso valioso, e eles não podem
arriscar que o garoto troque um casamento com uma princesa por um relacionamento com uma
elfa saída de lugar nenhum. Ela acredita que Aethelwine será capaz de entender a importância
disso, e contará com sua ajuda para garantir que nada inconveniente aconteça.
Enquanto Aethelwine e Anrietta estiverem conversando, eles ouvirão um barulho alto, como se
alguma coisa houvesse caído perto de onde eles estão. Caso investiguem o que aconteceu, eles se
depararão com uma cena chocante: o corpo de Gérôme Perrôt morto no chão, que foi morto por
Zina em seu quarto após o jantar – disfarçada de uma trabalhadora do castelo, não foi difícil para
a assassina consegui-lo.
Uma investigação do corpo revelará um sangramento na base do pescoço que um pedaço de sua
pele foi removido do peito. Esse pedaço de pele continha uma tatuagem do antigo Circo Perrôt,
mas apenas outros membros do circo saberiam dizer que a tatuagem estava lá. Um teste de
Medicina (CD 15) revelará que o pedaço de pele parece ter sido removido pouco depois da
morte. Um teste de Medicina (CD 20) também revelará que a causa da morte foi o golpe no
pescoço, e que ele foi causado provavelmente por uma lâmina curva.
O crime acordará todo o castelo, mas Anrietta tentará fazer com que as pessoas se acalmem. Ela
pedirá ajuda aos aventureiros para tentar desvendar o que aconteceu.
Os heróis poderão, nesse momento, investigar o quarto de Gérôme. Na sacada, eles encontrarão
sem muita dificuldade marcas de sangue. Um teste de Percepção (CD 15) na sacada revelará,
porém, um pó branco no parapeito – qualquer um que cheire ou prove a substância a identificará
como farinha.
2º ataque – Derik Choplight: a segunda vítima de Zina será Derik Choplight, o chef do castelo.
Derik é um anão que cozinhava para p Circo Perrôt quando do acidente. Depois que o circo foi
encerrado, ele começou a aprimorar suas habilidades trabalhando no castelo de Gérôme, até que
Anrietta se encantou com sua comida em uma visita a Tabis, e o chamou para trabalhar em
Bouvon, tomando o emprego que era de Jacques Crustard. Anrietta ofereceu a Jacques para
continuar trabalhando no chateau como sub-chef, mas ele considerou a proposta humilhante e
optou por abrir uma padaria na vila.
O ataque contra Derik aconteceu logo após a morte de Gérôme. Depois do banquete da noite,
Derik foi imediatamente para casa, sabendo que teria bastante trabalho no dia seguinte com os
convidados ainda no castelo. Após o primeiro assassinato, Zina voltou a assumir a forma de
Heloise e saiu do castelo, como se voltasse para sua casa. Não foi difícil para ela arrombar a
janela de Derok enquanto ele dormia e cortar seu pescoço, sem chance de resistência, para depois
arrancar um pedaço de pele com a tatuagem.
Um teste de Percepção (CD 17) revelará punhados de farinha no chão, embora isso talvez chame
pouca atenção, já que Derik era um cozinheiro. Um teste de Medicina (CD 15) também revelará
que ele foi morto aparentemente por um golpe de uma lâmina curva.
O assassinato de Derik terá uma testemunha: no momento do crime, Gwendolyn estava na casa
de seu amante Jean-Jacques, que fica em frente à casa de Derik e lhe permitiu ver Zina deixando
a residência vizinha pela janela. No momento, porém, Gwendolyn não tinha certeza do que vira
nem tinha motivos para acreditar que algo mais sinistro aconteceu, de modo que ela preferiu por
permanecer calada para não revelar que estava com o amante.
Caso os personagens investiguem a vida de Derik, não será difícil descobrir que Jacques
Crustard era seu desafeto. De resto, ele era considerado querido pelo pessoal do castelo,
especialmente por seu melhor amigo – Lael, o Goliath.
Caso perguntem a Anrietta se havia alguma conexão entre Gérôme e Derik, ela se lembrará que o
contratou após uma visita ao castelo do barão.
3º ataque – Lael: a terceira vítima de Zina será um goliath chamado Lael. Ele havia sido
recrutado para o Circo Perrôt como um gigante que impressionava com seus feitos de força.
Depois da falência do circo, Lael teve dificuldades para se adaptar ao mundo civilizado, até que
Gérôme conseguiu-lhe um emprego como lenhador. Seu único amigo, porém, era Derik
Choplight, e quando o anão mudou-se para Bouvon ele conseguiu que Lael fosse aceito como
lenhador lá também.
Zina tentará matar o goliath da mesma forma que suas vítimas iniciais, infiltrando-se em sua
cabana na floresta próxima ao castelo para atacar com um golpe preciso e fatal. Todavia, desta
vez era terá menos sorte, e Lael a perceberá antes que ela consiga eliminá-lo, resultando em uma
luta brutal. No final, Zina recorrerá ao machado do próprio Lael para abatê-lo. Depois do
assassinato, Zina esconderá o machado em um baú no próprio quarto do Goliath, mas ele pode
ser encontrado com relativa facilidade com um teste de Percepção (CD 12). Mais escondida está
uma marca de mão com três dedos, deixada em sangue no chão do quarto, que pode ser
encontrada com um teste de Percepção (CD 15).
Caso os heróis não o procurem antes, Lael somente será encontrado na tarde do dia 4, quando
darão por sua falta na madeireira e alguém irá dele. Não será difícil descobrir que ele causava
certa estranheza e até desconforto na vila, mas de modo geral ele se comportava de maneira
bastante adequada e não tinha problemas com ninguém. Seu único amigo próximo era justamente
o anão Derik. Também não será difícil descobrir na vila que o único habitante de Bouvon
conhecido por ter três dedos é Lucien Damord, um veterano de guerra.
4º ataque – Tobias Albeth: o quarto ataque tem como alvo Tobias Albeth, o marido de
Gwendolyn. Os dois têm um relacionamento complicado: ele é abusivo e desrespeitoso, e a elfa
vive há vários anos um caso secreto com Jean-Pierre Mareau.
Tobias atuava como malabarista no Circo Perrôt, mas depois que ele encerrou suas atividades
Tobias comprou a Toca da Raposa, uma estalagem em Bouvon, sua aldeia natal, onde sua esposa
frequentemente se apresenta.
Zina aproveitará um momento em que Gwendolyn estava fora de casa para atacar Tobias pelas
costas. Ele não conseguirá resistir, mas arrancará um pouco de cabelo da assassina, que poderá
ser encontrado por quem investigar o corpo com um teste de Percepção (CD 15). Os cabelos de
Zina, como uma doppelganger, possuem uma coloração estranha, que muda conforme a
incidência da luz. Um teste de Arcanismo (CD 15) revelerá que essa é uma característica
presente em alguns metamorfos como os doppelgangers. Assim como os demais corpos, o de
Tobias também teve um pedaço de pele removido – aqui, porém, Gwendolyn poderá informar
que no local havia a tatuagem com o símbolo do Circo Perrôt, e que quase todos os seus
membros possuíam uma igual. A essa altura, deverá ser fácil para os personagens conectarem os
assassinatos com o circo.
Gwendolyn descobrirá o corpo do marido pouco depois do assassinato, e alertará as autoridades
imediatamente, o que permitirá aos aventureiros analisar a cena do crime pouco depois do
ocorrido.
5º ataque: Jean-Pierre Moreau: a quinta vítima de Zina será, provavelmente, o principal
responsável pela tragédia que mudou sua vida. Jean-Pierre era o domador de feras do Circo
Perrôt, e seu maior feito era ter domesticado três deinonicos que haviam sido capturados em
Tel’Quelas. No entanto, alguns anos atrás ele começou um caso com Gwendolyn Albeth, e
acabou negligenciando o cuidado dos dinossauros. Certo dia, um deles adoeceu e Jean-Pierre não
percebeu, e durante a apresentação do circo o animal acabou se estressando e atacando uma
menina que estava na plateia – a filha de Zina.
Depois que o circo fechou, Jean-Pierre encontrou emprego na guarda de Bouvon, e revelou-se
um bom soldado, alcançando a patente de sargento. O real motivo pelo qual ele veio para o
castelo, porém, foi ficar perto de Gwendolyn, pois seu relacionamento sobreviveu ao fechamento
do circo.
Zina também o atacará dentro de casa à noite, esperando encontra-lo sozinho, mas nesse dia
Gwendolyn estará com ele. Isso deixará Zina surpresa, dando a Jean-Pierre tempo para pegar sua
arma e reagir. O sargento conseguirá travar uma luta de igual para igual com Zina, dando a
Gwendolyn a oportunidade de escapar. No final, porém, ela usará um truque para invocar os
deinonicos, não dando chances para Jean-Pierre. Ele ainda tentará fugir, mas será abatido na rua.
Gwendolyn conseguirá reconhecer a atacante como a mulher que foi vítima do incidente no circo
anos atrás. Como ela se feriu na batalha, será possível rastreá-la com testes de sobrevivência até
seu quarto na estalagem Toca da Raposa com testes de Sobrevivência caso os heróis cheguem
cedo o bastante. Um teste de Natureza (CD 15) também revelará que Jean-Pierre foi atacado por
um deinonico.

6º ataque – Gwendolyn: o sexto ataque de Zina provavelmente não irá acontecer, a menos que
os heróis sejam bastante malsucedidos na investigação. A última vítima da assassina será
Gwendolyn, aquela que ela considera a maior responsável por sua tragédia, juntamente com
Jean-Pierre. No entanto, no momento em que a barda entrar na mira da doppelganger os
personagens já terão elementos mais do que suficientes para identificar a assassina e seus alvos –
a própria Gwendolyn perceberá o que está acontecendo e pedirá proteção.
O grande desafio, nesse momento, será encontrar a assassina, já que a sua habilidade de mudar
de forma a torna particularmente difícil de localizar. Há duas estratégias principais: identificar
alguma inconsistência nos depoimentos de Heloise e investigar a sua casa, ou armar uma
emboscada para Zina, aguardando na casa de sua próxima vítima (claro, para isso será necessário
identificar qual será seu próximo alvo).

Sessão 20/01/2020
Capitão Foulquer
Soldado Crozier

Atualização após Sessão 26


Cozinheiros do castelo:
Heloise: jovem que começou a trabalhar recentemente no castelo. Ela tentara a vida a Sareilles,
mas voltou para Bouvon recentemente quando sua mãe, que havia sido governanta no castelo,
adoeceu. Sua mãe morreu há dois meses, e desde então a jovem mora sozinha na casa da família
na vila. Há alguns dias, Zina a prendeu e assumiu sua identidade para ganhar acesso ao castelo.
Ela foi considerada o alvo ideal por não ser muito conhecida pelos demais moradores de Bouvon,
já que chegou voltou para a vila há relativamente pouco tempo.
Claire: uma jovem que já trabalha há alguns anos na cozinha do castelo, desde os tempos de
Jacques Crustard. Ela se revelará ambiciosa, procurando saber quem assumirá o posto de chef
após a morte de Derik – e naturalmente se considerando a pessoa mais indicada para a posição,
por ser a cozinheira mais experiente do castelo.
Adrien: um ajudante de cozinha bastante jovem e mudo. Ele foi abandonado na porta do castelo
quando bebê e adotado pelo pessoal do castelo, servindo como ajudante na cozinha desde que
atingiu a adolescência. Ele tentará ajudar como puder, mas compreendê-lo será desafiador.
Marie: Marie é uma cozinheira corpulenta e mais velha, que também trabalhou no castelo por
vários anos. Ela é a esposa do ferreiro da vila, e mora com ele em cima da ferraria. Ela foi
chamada por Derik para auxiliar na noite do banquete.
Claudette: uma mulher de meia idade que trabalha no castelo há alguns anos. Ela possui um
gosto por fofocas, e será a primeira a mencionar que Jacques Crustard possuía uma rixa com
Derik, devido ao fato deste ter tomado o posto que era dele.
Todos os cozinheiros confirmarão uma versão parecida dos eventos: logo após o banquete, Derik
voltou para sua casa, sabendo que haveria bastante trabalho no dia seguinte. Os seus ajudantes
permaneceram por algo entre 30 minutos e uma hora, cuidando da limpeza da cozinha. Depois, a
maioria se dirigiu para o alojamento dos empregados, com a exceção de Marie e Heloise, que
moram na vila. Os cozinheiros também confirmarão que Derik era em geral benquisto por todos
na vila, mas se pressionados aqueles que estão no castelo há algum tempo revelarão que Jacques
Crustard nutre certo ressentimento por ele. Claudette e Marie também serão capazes de
acrescentar que ele não era particularmente próximo de ninguém em Bouvon, com a exceção de
um gigante que aparentemente era seu amigo de longa data, chamado Lael, que trabalha como
lenhador nos arredores do castelo.
A Toca da Raposa:
Caso os heróis decidam visitar a taverna durante a madrugada, encontrarão o estabelecimento
fechado, com as luzes apagadas. No entanto, caso façam barulho suficiente para acordar as
pessoas ali dentro, descobrirão que o lugar apenas fechou devido ao horário.
Depois de alguns minutos, Tobias Albeth, proprietário da estalagem, aparecerá com cara de
quem acabou de acordar, perguntando o que os aventureiros desejam. Caso procurem por sua
esposa, ele dirá que ela foi se apresentar no castelo naquela noite, e ainda não retornou – quando
constatar isso, ele demonstrará preocupação, principalmente se o grupo revelar que a festa já
terminou há algum tempo e que um assassinato aconteceu.
Caso os heróis permaneçam na taverna por algum tempo, Gwendolyn Albeth aparecerá. Ela
demonstrará preocupação ao ver o marido acordado e ao reconhecer convidados da festa falando
com ele. A chegada da barda naquele momento certamente levantará suspeitas, mas na realidade
ela apenas havia se dirigido para a casa de seu amante, Jean-Pierre, e passado algumas horas com
ele após a apresentação no castelo. Seu plano era regressar no meio da madrugada para a Toca da
Raposa, como já fizera em outras ocasiões, alegando que as festividades em Bouvon haviam
durado bastante tempo. No entanto, a presença dos convidados ali impedirá que ela use essa
desculpa, uma vez que eles saberão que ela deixou o castelo após o banquete. Ela então alegará
que estava insone após a apresentação, e que resolveu passear pelos campos na parte oeste da
propriedade para não incomodar o marido até que o sono chegasse.
Nem Tobias nem Gwendolyn estavam cientes dos assassinatos até o momento, mas a barda, sem
saber o que estava acontecendo, testemunhou um vulto descendo pela janela de Derik enquanto
estava na casa de Jean-Pierre.

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