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Plano de Aula – Azuki

Objetivo:

Primeiro Treino do dia – 06:30 am


Preparatório 1 - Alimentação:
- Aumentar a quantidade da Primeira refeição do dia, para que
possamos reduzir a refeição da noite, com o objetivo de estimular o
primeiro treino do dia. Dessa forma, não irá diminuir a quantidade
diária, e sim a quantidade do horário da noite.

Exemplo:

Se a refeição do dia for: 300gr de manhã e 300gr a noite – iremos usar a


seguinte estratégia:

Manhã: entregar a quantidade de 400gr (ou seja, a 100gr a mais que seria entrega
apenas a noite) – Além de reforçar a motivação, interesse e concentração do cão com
o treino, pois a “dopamina dos cães está no estomago” isso alimentará o cão por mais
tempo, ele ficará mais satisfeito durante o dia!

Noite: entregar a quantidade restante diária, ou seja, os 200gr.

Resumindo:

 manhã – se colocar última refeição do dia anterior deve ser reduzida – Se


250gr, colocar apenas 200gr.
 Noite – colocar a quantidade restante da porção diária.

Preparatório 2 – Ativando a curiosidade e Pós


treino
Se você acorda as 5:00 am para realizar as tarefas de casa antes de ir
trabalhar, você ao levantar-se irá:

- Colocá-lo em um ambiente calmo, dentro da caixa de transporte, até o


treino iniciar.

Início do treino as 6:30 am – Azuki ficará curioso e esperando para


saber o que vai acontecer quando ele sair, e quando sair, ele estará
muito alegre e motivado, será então o momento correto para iniciar o
treino, pois queremos ele com bastante energia, fome e motivação, além
disso, a conexão com você aumentará.
Resumindo:
- 5:00 acordar e colocar ele na caixa;
- 6:30 iniciar o treino. – Sem interagir, coloque a guia de treino e leve
para o ambiente de treino, sem estímulos externos, sem presença de
outras pessoas ou cães, para que ele não perca o foco.
- 6:45 finalizar o treino.
- 6:45 devolver Azuki na caixa até as 7:15. (Momento de reflexão do
treino)
- 7:15 Liberar para brincar por 1:00 hora com brinquedos depois
guardar, permitir apenas (ossos, orelhas entre outros enriquecimentos
ambientais para distrair).
Exercícios
Repetições Comando Recurso Material
Seu lado esquerdo;
cabeça do cão Guia + Clicker +
10 Junto sempre encostada Recompensa alta
a sua perna, na
linha lateral do
corpo.
5 Senta Usar mesa Guia + Clicker +
Recompensa alta
5 Deita Usar mesa Guia + Clicker +
Recompensa alta
5 Fica Usar mesa Guia + Clicker +
Recompensa alta
5 Senta Chão + Lado Guia + Clicker +
esquerdo Recompensa alta
5 Deita Chão + Lado Guia + Clicker +
esquerdo Recompensa alta
5 Fica Chão + Lado Guia + Clicker +
esquerdo Recompensa alta

Como lidar com um Valentão no passeio?


Durante o passeio, você a vista um cão se aproximando;
Então, você, sabendo que seu cão é muito valentão, você já se preocupa e coloca a tensão na
guia, para segurar com mais força para que ele não se aproxime do outro cão e brigue; e seu
cão puxa, puxa e late muito – e ao mesmo tempo o outro dono com o outro cão, faz a mesma
coisa que você.
- O que você fez?
- Parou a situação? Corrigiu?

A resposta é NÃO!!

- Você reforçou o comportamento do seu cão e motivou ele, dizendo, isso deixa eu te segurar pq
você é muito valente! Voce encorajou seu cão a brigar com o outro!

O famoso, “me segura senão eu vou” –


ILUSTRAÇÃO

Enquanto isso o KEVIN:

E a adestradora? Fica como com isso?!

PERAAA!!!
Não precisa ser assim!!!

Foque na obediência, e quando estiver no passeio, mantenha o cão no junto, e só libere


quando chegar em um local sem estímulos de cães ou pessoas, antes de liberar, diga “Senta”
diga “Ok, passear”, permita essa liberação para o cão cheirar, fazer xixi e coco e depois, antes
de sair do local determinado, chame no comando “junto”.

Verdade é que precisamos evitar gatilhos, sim. E é mais verdade ainda que estímulos a
gatilhos, SEMPREEE, vão existir, seu cão precisa aprender a lidar e enfrentar isso, precisa
aprender a conviver em sociedade, a qual por intermédio de traumas, foi gerado esse tipo de
comportamento, ao qual VOCÊ está reforçando ao permitir. PARA! Nada de aí, é só mudar de
lado, isso resolverá momentaneamente, mas a dor e ansiedade que ele sente ao se deparar com

esses estímulos de estresse, continuará lá dentro e a cada dia, vai aumentando.

Então te pergunto?

– Voce quer apenas o remédio para a dor momentânea e não fará o restante do tratamento?
Pois até mesmo com uma sinusite você precisa seguir um protocolo de medicação, contínua por
determinado tempo, além de outras coisas, como inalação etc.

Volto a dizer:

- Você quer curar ou apenas isolar a dor?

- Você quer tratar ou maquiar a situação?

A escolha é clara, e fácil! Curar! Aprender a lidar, aceitar, conviver, respeitar.

Os cães de fato não precisam ser apresentados um para o outro, isso é outro erro que os
donos comentem, inclusive ao confiar em publicações aleatórias de pessoas que dizem ser
profissionais de adestramento, e a primeira informação que possui em sua página é uma
“magica” fórmula de acabar com os comportamentos negativos dos cães.

Mas comportamentos negativos para quem? Para nós humanos, pois para os cães são
comportamentos comuns, instintivos, os quais, repito! Nós, reforçamos. Não aproxime seu cão
de outros cães, não é assim que socializa, respeite a vontade dele e do outro, se fizer isso a “força”
mesmo que sua intenção seja boa, para o cão é uma invasão de espaço, e ele provavelmente não
gostando, irá dar uma mordida de alerta, seguida de latido e recua, isso se seu cão, for um cão
medroso, agora se for um cão agressivo, você notará que sua calda está erguida e abanando
levemente rápido, orelhas em pé, atentas, mas atenção aqui, se seu cão, tentar subir em cima do
outro, principalmente jogando o corpo levemente sob a cabeça do outro cão, retire ele
IMEDIATAMENTE...

Veja a seguir um Golden em ação!

– ALERTA DE GATILHO

https://www.youtube.com/shorts/GI0ogKJieCg

https://www.youtube.com/watch?v=OKCA9f8bWrI

Caso queira aproximar seu cão, não coloque tensão na guia, coloque ele no comando
“junto” e mande-o, “deita” segure a guia embaixo do pé com a outra parte na sua mão. Peça para
que o outro cão faça o mesmo, e observe a linguagem corporal, principalmente se os tamanhos
dos cães forem diferentes.

- Relaxe com atenção a ambos os cães, permita que aproximem aos poucos, nunca
diretamente, na cara um do outro, isso é desconfortável até no mundo animal, deixe sempre, no
início um a 2 metros de segurança, notando que o cão se acalmou, aproxime aos poucos, no
máximo de 1 metro. Nesse primeiro momento, não temos a segurança das respostas de obediência
do cão, menos ainda a reação dele mediante ao extinto de caça e defesa. Ao ver seu cão calmo,
recompense-o.

Quando estivermos com a certeza da resposta imediata aos seus comandos de


obediência, podemos iniciar o afrouxamento da guia, diante de um outro cão saudável e estável
psicologicamente.

O cão percebendo a guia frouxa, o seu cão ficará inseguro e toda aquela intenção inicial
latidos, puxões etc. de agressividade vai desaparecer, ele está sozinho nessa - você está dizendo
a ele, e qual é o valentão que quer agir sozinho, não é mesmo? Se sentirá frágil, e sua
curiosidade desaparecerá, isso, é a base da repetição e constância, além do intenso trabalho de
obediência e logo ele entenderá que não deve brigar, pois vive em uma sociedade.

Não estimule a briga! E caso persista mesmo com todo esse método triagem, deverá
avaliar uma correção, através de mecanismos de contenção.

Um cão agressivo é um cão doente!

Cuide do seu cão, e cuidará do cão dos outros, isso também é cidadania.
Clicker e sua extrema importância!

Barato, pequeno, fácil de usar com uma função sensacional, quando usada de forma correta!

“Não se trata de uma metodologia como muitos acreditam ou mesmo propagam, é


apenas uma ferramenta que (de maneira muito fácil para nós e mais clara para os
animais) a comunicação que o alimento ou a recompensa virá. Ela facilita muito o
desenvolvimento e o fortalecimento dos comportamentos que desejamos, e, não por
depender do som que o clicker emite, mas do que esse som elicia em termos de
expectativa e emoção, devido a subsequente premiação, seja com a comida, seja com a
bola, ou algo que o cão goste. A função do clicker é basicamente dar ao cão a
comunicação exata da vinda da alimentação, facilitando a criação mais precisa de uma
conexão de causa e efeito no cérebro, entre a execução e a premiação. Com o clicker
temos condições de “marcar” o comportamento que desejamos com exata precisão, no
“timing” adequado e com uma dose constante, imutável”. 1

– Citação do meu mestre - Max Macedo, vide


rodapé.

Primeiro, vincule ao cão o som, click sem que ele perceba, e não o deixe notar de onde vem o som,
assim podemos avaliar a tolerância e a sensibilidade sonora. Repita uns 5 clicks aleatórios e em
momentos diferentes.

Segundo, mostre-o sem clicar;

Terceiro, Clica e de comida e repita, até que o cão olhe para sua mão com clicker esperando que
você faça o som para ele receber a comida.

Notável a vinculação, inicie os treinos da seguinte forma:

- Comando > feito? Sim! > Clica > Recompensa (não ultrapasse 2,5s).

Repetição 80x cada comando

1
Graduado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Minas Gerais (2000). Proprietário da Companhia de Cães de Patrulhamento e Detecção, empresa dedicada a criação de cães para trabalho, ao
seu treinamento e a instrução de pessoal de segurança pública e privada voltados ao emprego de cães de alto desempenho para patrulhamento, detecção de drogas e explosivos e serviço policial em geral.

Atua desde 1992 na área de Zootecnia, com ênfase em comportamento, etologia e melhoramento genético de cães para trabalho policial e militar. Pioneiro no Brasil na criação sistemática de cães Pastores
Alemães com genética especializada em trabalho e esportes.

Árbitro Internacional de Cães de Trabalho do Clube Brasileiro do Pastor Alemão e da Confederação Brasileira de Cinofilia. Figurante Internacional de rovas de Trabalho (IGP).

1º Tenente Veterinário da Reserva do Exército Brasileiro, serviu a força terrestre como Oficial Veterinário de 2001 a 2008. Especializado em cães de patrulhamento e de detecção, compôs a primeira equipe
nacional de condutores de cães de detecção de explosivos da Força Nacional de Segurança Pública, em 2005. Continua atuando como instrutor de treinamento de cães de serviço policial militar para as Forças
Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea) e demais instituições policiais por todo o Brasil.

Competiu em mais de uma dezena de campeonatos brasileiros de adestramento com importantes colocações, sendo selecionado para representar o Brasil nos Campeonatos Mundiais de Cães de Trabalho
WUSV 2009 (Krefeld – Alemanha) e 2011 (Kiew – Ucrânia). Disputou pelo time brasileiro o Campeonato Mundial de Cães de Trabalho WUSV 2009 em Krefeld, Alemanha, posicionando-se em 12º Lugar Geral
por Equipes.

Desenvolve trabalhos enfatizados na área de cognição e da agressividade canina.

Conduz no momento experimentação relativa aos efeitos do treinamento na redução do estresse em cães, avaliando parâmetros fisiológicos e comportamentais.

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