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GEOLOGIA DE ENGENHARIA
1. ESTRUTURA DA TERRA
1.1 GEOLOGIA
• DEFINIÇÃO
É a ciência que trata da origem, evolução e estrutura da terra através do estudo das rochas.
• HISTÓRICO
ATÉ MEADOS DO SÉCULO XVIII – Persistiu o “OBSCURANTISMO” com relação aos fenômenos
geológicos naturais.
SÉCULO XVIII – Surge a GEOLOGIA MODERNA, através das discussões entre as teorias de:
NO BRASIL:
TEMPO EM
TIPO DE VIDA
ERAS PERÍODOS ÉPOCAS MILHÕES DE
EXISTENTES
ANOS
Homem
Quaternário Recente Glaciações no
0-1
Pleistoceno Hemisfério Norte
CENOZÓICA Plioceno
Mioceno
Terciário Oligoceno 1 - 120 Mamíferos
Eoceno
Paleoceno
Cretáceo
MESOZÓICA
Jurássico 120 -220 Répteis Gigantescos
Triássico
Permiano
Anfíbios, peixes
Carbonífero
Vegetação nos
Devoniano
PALEOZÓICA 220 -600 continentes
Siluriano
Invertebrados
Ordoviciano
Vida aquática
Cambriano
Restos raros de algas,
Pré-Cambriano 600 - 2.000 esponjas, etc.
Superior
PROTEROZÓICA Carência de vida,
Pré-Cambriano ± 4.500 evidência fossilífera de
Inferior ± 5.000 raras bactérias e
fungos.
Para mostrar a magnitude do tempo geológico coloca-se os ± 5 bilhões de anos que a terra possui
em um só ano (Janeiro a Dezembro).
• Forma : ELIPSÓIDE
• Diâmetro equatorial: 12.756 km
• Diâmetro polar: 12.713 km
• Peso: 5,6 x1021 ton.
• Volume: 1,08 bilhões de km3
• Densidade: 5,527
• Área: 510 milhões de km2 (70% mar e 30% terras emersas)
➤ Sismologia
➤ Gravimetria
➤ Magnetismo
➤ Geofísica Nuclear
➤ Métodos elétricos
➤ Geotermia
➤ Etc.
Esta é baseada nas ondas sísmicas que se propagam no interior da terra geradas pela
liberação de energia em algum ponto do planeta (sismo ou terremoto);
densidade média das rochas de superfície menor do que a densidade média do planeta;
NÚCLEO
➻ NÚCLEO Interno:
➢ é sólido, apresentando em sua composição Fe, Ni, S, Si e O;
➢ existe a possibilidade deste não ser completamente sólido, mas uma mistura de fases sólidas
e líquidas a uma condição de temperatura e pressão muito próxima da necessária para a
solidificação.
➻ NÚCLEO Externo:
➢ vai de aproximadamente 2.900 a 5.510 km, sua constituição é de Fe (quase 90%), Ni
(aproximadamente 8%) e o restante de Si, S e O;
➢ o núcleo externo é fluido, com uma viscosidade semelhante a da água, presume-se que seja
homogêneo e esteja se solidificando, incorporando-se ao núcleo interno, deixando os
materiais menos densos no núcleo terrestre.
MANTO
Camada composta por silicatos óxidos de ferro, magnésio, etc., situada abaixo da crosta terrestre
até a profundidade de 2.900 km, quando encontra a interface manto/núcleo, com a camada
denominada “D”, detectável pela sismologia.
A camada “D”, possui uma espessura variando de 150 a 200 km. Deve ser a fonte do material que
origina as plumas, que está ligada aos pontos quentes (hotspots) encontrados na crosta terrestre.
➻ MANTO Interno:
➻ MANTO Externo:
CROSTA TERRESTRE
Trata-se de uma camada com espessuras maiores nos continentes (25 a 90 km) e mais delgadas
nos assoalhos oceânicos (5 a 10 km).
A crosta terrestre é uma camada rígida formada por grandes massas de terra que compreendem os
continentes e os assoalhos dos oceanos.
Entretanto, não trata-se de um único bloco, mas de vários, denominados de placas tectônicas.
O movimento relativo destas placas, podem trazer consequências graves para as obras de
engenharia na superfície, pois está normalmente ligado a fenômenos como terremoto e vulcanismo.
A teoria da tectônica de placas é muito recente e tem trazido grande ajuda na compreensão nos
fenômenos observados na terra.
Abraham ORTELIUS, um elaborador de mapas, 1596, sugeria que as Américas tinham se separado
da Europa e da África por enchentes e terremotos.
ORTELIUS afirmava que este fato era evidente se fosse elaborado um mapa com a junção destes
continentes, verificando-se a coerência entre a linha de costas.
Proposta pelo meteorologista alemão, Alfred WEGENER (1912), aos 32 anos de idade.
A teoria da DERIVA CONTINENTAL estabelecia que a 200 m.a. todas as massas continentais
formavam um único supercontinente (PANGEA), circundada por um oceano (PANTALASSA) que
seria o ancestral do Pacífico.
Inicialmente houve a quebra em duas grandes massas continentais: LAURÁSIA (hemisfério Norte) e
GONDWANA (hemisfério Sul). A partir de então teria continuado o processo de separação, dando
origem aos continentes da atualidade.
➻ similaridade nas linhas de costa da América do Sul e África (já notado por Orthelius);
WEGENER também deixou contribuições a respeito da idade do assoalho oceânico. Ele percebeu
que os oceanos mais rasos eram mais jovens, ou seja, que a crosta oceânica mais profunda é mais
velha.
Esta informação foi importante para a evolução da idéia da DERIVA CONTINENTAL para a teoria da
TECTÔNICA DE PLACAS.
A idéia de comprovar a teoria da deriva dos continentes ocupou toda a sua vida.
Após a morte de Wegener suas idéias foram muito contestadas, principalmente por um renomado
simólogo inglês Harold JEFFREYS.
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No início da década de 50, as idéias de Wegener foram retomadas, em virtude da novas descobertas
científicas, ligadas principalmente aos oceanos.
Acreditava-se que o assoalho oceânico, tinha em média 4 b.a., e portanto, deveria possuir uma
camada espessa de sedimentos.
Em 1957, sismólogos do navio USS Atlantis, verificaram que em determinados locais estas
espessuras eram bastante delgadas.
Principais descobertas científicas que causaram a retomada das idéias de WEGENER sobre a
mobilidade dos continentes:
1. Verificação do fato de que o assoalho oceânico é jovem e contém muitas feições fisiográficas.
PROBLEMA: Se na dorsal oceânica havia contínua criação de placas e não havia evidência de que a
Terra estivesse aumentando de tamanho, em algum lugar deveria estar havendo a destruição de
material.
Dois cientistas, Dietz e Hess, postularam que, a crosta oceânica estaria sendo consumida, nas
trincheiras ou fossas oceânicas.
A crosta terrestre não é estática ela está sempre sofrendo transformações, desde fenômenos
internos (epirogenéticos ou orogenéticos) de criação de novos relevos ou processos externos como
as erosões, tendendo dar a morfologia da crosta um perfil de equilíbrio.
Denomina-se GEODINÂMICA o estudo do conjunto de fenômenos que integra o ciclo vital terrestre.
Compreendendo o estudo da:
➨ DINÂMICA INTERNA
➨ DINÂMICA EXTERNA
Estuda as causas (processos erosivos) e efeitos, que transformam e modelam a superfície da crosta.
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DOBRAS
São ondulações existentes nas camadas rochosas originadas de movimentos tectônicos (movimento
da crosta) ou atectônicos (acomodação de camada, deslizamentos de rocha).
FALHAS
→ Inversa
• escarpas abruptas
• contato brusco de dois tipos de rochas
• rochas indicadoras
• fontes alinhadas
• etc.
FRATURAS
São rupturas que ocorrem nas rochas, segundo um plano, sem que haja deslocamento relativo.
TERREMOTOS
São tremores da crosta terrestre caracterizados por curta duração e grande intensidade,
normalmente com efeitos destruidores e às vezes catastróficos.
Para ocorrer um terremoto (abalo sísmico), é necessário haver condições para o acúmulo de
esforços nas rochas, com a conseqüente liberação instantânea de energia.
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Está comprovado que a causa imediata dos terremotos está ligado muitas vezes à reativação de
falhas ou em zonas próximas das bordas das placas tectônicas.
Os diversos tipos de mecanismos que podem causar os terremotos dão origem a sismogramas com
características distintas.
Assim, é possível distinguir entre sismos locais, sismos associados a explosões nucleares, sismos
causados por atividade vulcânica ou associados a grandes eventos tectônicos.
EPICENTR0 ONDAS
➺ MAGNITUDE: é uma medida SÍSMICAS
Observações:
✏ não confundir magnitude com intensidade;
✏ um sismo de magnitude 6 com foco a 15 km de profundidade produzirá no solo vibrações
de 1,0 cm no epicentro, 1,0mm a 50km e 0,01mm a 400 km;
✏ em todo o mundo são registrados mais de cem mil sismos por ano, mas apenas cinco mil
são perceptíveis pelo homem;
✏ um dos terremotos mais desastrosos da história foi o de Lisboa (1755) ocorrido no dia de
Todos os Santos com 60.000 mortos;
✏ na escala RICHTER o maior terremoto conhecido até hoje é de 8,9 ocorrido na Colômbia
(1906). Em São Francisco (1906) foi de 8,25 e o de Tóquio (1923) foi de 8,1;
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✏ sismos com magnitude menor que 3 dificilmente será percebido pela população, com
magnitude 4 podem ser sentidos, no Brasil, em um raio de até 50km e os de magnitude 5
até 400km e serão registrados por dezenas sismógrafos;
✏ sismos de magnitude 6 são registrados por centenas de estações sismográficas e talvez no
Brasil seja sentido até 1.000km de epicentro;
✏ terremoto de São Francisco corresponderia a uma energia de 20 trilhões kW/h ou a energia
produzida pela queda de um bloco rochoso de 26 bilhões de toneladas, caindo de 280km
de altura. O de Lisboa é o maior com 350 trilhões de kW/h.
Existem diversos tipos de ondas elásticas que são liberadas quando ocorre um terremoto. Os tipos
mais importantes são:
➺ ondas P (ou primárias) - movimentam as partículas do solo comprimindo-as e dilatando-as. A
direção do movimento das partículas é paralela (longitudinal) à direção de propagação da
onda. Propagam-se pela crosta terrestre com velocidade típica de 6 a 8 km/s em rochas
consolidadas;
Maremotos ou Tsunamis
São séries de ondas, geradas por um grande deslocamento vertical na coluna d`água.
Podem ser ocasionados por: terremotos, erupções vulcânicas, explosões e impactos de grandes
corpos como os meteoritos.
ILUSTRAÇÃO:
O terremoto ocasionou um maremoto (tsunami) que se deslocou por todo o Oceano Pacífico. Os
moradores saíram em pequenos barcos, com medo de novos abalos e 10 a 15 minutos após o
terremoto uma enorme onda de 25m de altura varreu a área costeira arrastando todos os barcos no
seu retorno.
VULCANISMO
Abrange todos os processos e eventos que permitem e provocam a ascenção de material magmático
juvenil, do interior da terra à superfície terrestre.
➺ Gasoso
Sua saída provoca a formação de uma enorme coluna de fumaça, em forma de copa de pinheiro que
pode alcançar vários quilômetros de altura.
➺ Sólidos
➺ Líquidos
São as lavas que fluem das crateras e das fendas em temperaturas superiores a 1000 ºC que
transbordam pelos flancos do cone vulcânico formando verdadeiros rios de fogo.
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A maior parte do vulcanismo terrestre está associado aos processos que ocorrem nas bordas das
placas. Alguns pontos específicos são exceção, como por exemplo, as ilhas vulcânicas do Havaí.
Tuzo Wilson (1963), sugeriu um mecanismo para o vulcanismo que ocorria fora das regiões de
bordas de placas. Ele notou que em certas regiões, o vulcanismo esteve ativo por um longo período
de tempo, e sugeriu que deveria haver regiões pequenas, quentes e de longa duração denominados
de pontos quentes (hot-spots).
Vários hot-spots já foram identificados, a maioria no interior das placas. Os hot-spots devem ser a
expressão de grandes “plumas” de material proveniente da interface manto/núcleo (camada D”), que
atravessam todo o manto e atingem a superfície.