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GEOLOGIA DE ENGENHARIA
1. ESTRUTURA DA TERRA

1.1 GEOLOGIA

• DEFINIÇÃO
É a ciência que trata da origem, evolução e estrutura da terra através do estudo das rochas.

• HISTÓRICO

A. C. ⇒ Tales de Mileto (600) – água


Heráclito (500) – fogo
Anaxímenes (480) – ar
Heródoto (450) – descrição da topografia do baixo Nilo e estuda rochas comparando com
as das pirâmides.
Aristóteles (350) – observação dos fenômenos de sedimentação no mar Negro e
interpretou terremotos como fortes ventos no interior da terra em sua
obra Meteórica.

PRINCÍPIO DA NOSSA ERA ⇒ Estrabão – Reconheceu o Vesúvio como um vulcão dormente e


estudou a formação de ilhas vulcânicas.

ATÉ MEADOS DO SÉCULO XVIII – Persistiu o “OBSCURANTISMO” com relação aos fenômenos
geológicos naturais.

SÉCULO XVIII – Surge a GEOLOGIA MODERNA, através das discussões entre as teorias de:

⇒ Abraham WERNER (1749 – 1815)


“NETUNISMO”

⇒ James HUTTON (1726 – 1797)


“UNIFORMITARISMO”

A obra PRINCÍPIOS DE GEOLOGIA de:

⇒ Charles LYELL (1797 – 1875)


faz uma síntese dos conhecimentos geológicos da época com apoio na doutrina de que o “presente é
a chave do passado” baseado nos conceitos de HUTTON onde a partir daí passou a ser a idéia
dominante.

NO BRASIL:

⇒ 1792 - IRMÃOS ANDRADAS: 1º Trabalho sobre diamantes.

⇒ 1833 – Wilhem ESCHWEGE: Escreveu a obra O PLUTO BRASILIENSES, sobre a


mineralogia brasileira.

⇒ 1876 – Fundação da ESCOLA DE MINAS DE OURO PRETO: Início da formação de


GEÓLOGOS.
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1.2 GEOCRONOLOGIA ou TEMPO GEOLÓGICO

É considerado a partir do início da terra a aproximadamente 5 bilhões de anos. A seguir


apresenta-se sucintamente uma tabela com a ESCALA GEOLÓGICA DO TEMPO.

TEMPO EM
TIPO DE VIDA
ERAS PERÍODOS ÉPOCAS MILHÕES DE
EXISTENTES
ANOS
Homem
Quaternário Recente Glaciações no
0-1
Pleistoceno Hemisfério Norte

CENOZÓICA Plioceno
Mioceno
Terciário Oligoceno 1 - 120 Mamíferos
Eoceno
Paleoceno
Cretáceo
MESOZÓICA
Jurássico 120 -220 Répteis Gigantescos
Triássico
Permiano
Anfíbios, peixes
Carbonífero
Vegetação nos
Devoniano
PALEOZÓICA 220 -600 continentes
Siluriano
Invertebrados
Ordoviciano
Vida aquática
Cambriano
Restos raros de algas,
Pré-Cambriano 600 - 2.000 esponjas, etc.
Superior
PROTEROZÓICA Carência de vida,
Pré-Cambriano ± 4.500 evidência fossilífera de
Inferior ± 5.000 raras bactérias e
fungos.

ILUSTRAÇÃO: O ANO DOS ANOS

Fonte: TEMPO GEOLÓGICO – L. Ficher

Para mostrar a magnitude do tempo geológico coloca-se os ± 5 bilhões de anos que a terra possui
em um só ano (Janeiro a Dezembro).

Nesta escala teremos o seguinte:


MARÇO – a partir deste mês surgem as rochas mais antigas (granitos);
MAIO – aparecem os seres vivos nos mares
NOVEMBRO – no final deste mês surgem os animais terrestres e as plantas
DEZEMBRO – do início até o dia 26 domínio dos dinossauros, esta marca mais ou menos o
início da elevação das montanhas rochosas. Na noite de 31 de dezembro em algum momento
surgiram criaturas humanóides e as capas de gelo continentais começaram a regredir da área dos
grandes lagos e do norte da Europa cerca de 1 minuto e 15 segundos antes da meia noite do dia 31
de dezembro. A Geologia surgiu com os escritos de James Hutton a pouco mais de 1 segundo do
final deste ano dos anos.
FATOS HISTÓRICOS – Roma governou o mundo ocidental por 5 segundos
(aproximadamente das 23 hs 59 min. 45 seg. até as 23 hs 59 min. 50 seg.). Colombo descobriu a
América 3 segundos antes da meia noite.
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1.3 A TERRA EM CONJUNTO

• Forma : ELIPSÓIDE
• Diâmetro equatorial: 12.756 km
• Diâmetro polar: 12.713 km
• Peso: 5,6 x1021 ton.
• Volume: 1,08 bilhões de km3
• Densidade: 5,527
• Área: 510 milhões de km2 (70% mar e 30% terras emersas)

1.4 ESTRUTURA DA TERRA

➨ MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DA TERRA

➤ Sismologia
➤ Gravimetria
➤ Magnetismo
➤ Geofísica Nuclear
➤ Métodos elétricos
➤ Geotermia
➤ Etc.

Dentre os Métodos de Investigação merece destaque a SISMOLOGIA:

Esta é baseada nas ondas sísmicas que se propagam no interior da terra geradas pela
liberação de energia em algum ponto do planeta (sismo ou terremoto);

Conhecendo-se o comportamento das ondas sísmicas nos materiais atravessados, pode-se


inferir as suas propriedades;

➨ DIVISÕES INTERNAS DA TERRA

A terra é dividida nas seguintes camadas:

• LITOSFERA: Crosta superior (SIAL)


Crosta inferior (SIMA)
• MANTO: Externo
Interno
• NÚCLEO: Externo
Interno

EVIDÊNCIAS DA ESTRATIFICAÇÃO DA TERRA

estrutura estratificada, descoberta a partir de dados da sismologia;

densidade média das rochas de superfície menor do que a densidade média do planeta;

as descontinuidades nas velocidades das ondas indicam a presença de materiais diferentes


formando camadas no interior da terra.
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NÚCLEO

Os processos de convecção e interação no núcleo terrestre são fundamentais para a geração do


campo geomagnético e processos geodinâmicos.

➻ NÚCLEO Interno:
➢ é sólido, apresentando em sua composição Fe, Ni, S, Si e O;

➢ existe a possibilidade deste não ser completamente sólido, mas uma mistura de fases sólidas
e líquidas a uma condição de temperatura e pressão muito próxima da necessária para a
solidificação.

➻ NÚCLEO Externo:
➢ vai de aproximadamente 2.900 a 5.510 km, sua constituição é de Fe (quase 90%), Ni
(aproximadamente 8%) e o restante de Si, S e O;

➢ o núcleo externo é fluido, com uma viscosidade semelhante a da água, presume-se que seja
homogêneo e esteja se solidificando, incorporando-se ao núcleo interno, deixando os
materiais menos densos no núcleo terrestre.

MANTO

Camada composta por silicatos óxidos de ferro, magnésio, etc., situada abaixo da crosta terrestre
até a profundidade de 2.900 km, quando encontra a interface manto/núcleo, com a camada
denominada “D”, detectável pela sismologia.

A camada “D”, possui uma espessura variando de 150 a 200 km. Deve ser a fonte do material que
origina as plumas, que está ligada aos pontos quentes (hotspots) encontrados na crosta terrestre.

O manto divide-se em:

➻ MANTO Interno:

D = 5,5 T = 3.000 ºC; V(ondas P) = 13,6 km/s.

➻ MANTO Externo:

D = 3,3; T = 2.000 ºC; V(ondas P) = 8,2 km/s.

CROSTA TERRESTRE

Trata-se de uma camada com espessuras maiores nos continentes (25 a 90 km) e mais delgadas
nos assoalhos oceânicos (5 a 10 km).

Esta divide-se em:

➻ CROSTA Superior ou SIAL:


MANTO
D = 2,7; T = 800 ºC; V(ondas P) = 5,6 km/s.
MANTO
➻ CROSTA Inferior ou SIMA:

D = 3,0; T = 1.000 ºC; V(ondas P) = 6,5 km/s.


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A crosta terrestre é uma camada rígida formada por grandes massas de terra que compreendem os
continentes e os assoalhos dos oceanos.

Entretanto, não trata-se de um único bloco, mas de vários, denominados de placas tectônicas.

O movimento relativo destas placas, podem trazer consequências graves para as obras de
engenharia na superfície, pois está normalmente ligado a fenômenos como terremoto e vulcanismo.

1.5 TECTÔNICA DE PLACAS

A teoria da tectônica de placas é muito recente e tem trazido grande ajuda na compreensão nos
fenômenos observados na terra.

Abraham ORTELIUS, um elaborador de mapas, 1596, sugeria que as Américas tinham se separado
da Europa e da África por enchentes e terremotos.

ORTELIUS afirmava que este fato era evidente se fosse elaborado um mapa com a junção destes
continentes, verificando-se a coerência entre a linha de costas.

➨ TEORIA DA DERIVA DOS CONTINENTES

Proposta pelo meteorologista alemão, Alfred WEGENER (1912), aos 32 anos de idade.

A teoria da DERIVA CONTINENTAL estabelecia que a 200 m.a. todas as massas continentais
formavam um único supercontinente (PANGEA), circundada por um oceano (PANTALASSA) que
seria o ancestral do Pacífico.

Inicialmente houve a quebra em duas grandes massas continentais: LAURÁSIA (hemisfério Norte) e
GONDWANA (hemisfério Sul). A partir de então teria continuado o processo de separação, dando
origem aos continentes da atualidade.

A teoria de WEGENER se apoiava na:

➻ similaridade nas linhas de costa da América do Sul e África (já notado por Orthelius);

➻ estruturas geológicas idênticas, presentes nos dois continentes;

➻ distribuição de fósseis e plantas em ambos os continentes.

WEGENER também deixou contribuições a respeito da idade do assoalho oceânico. Ele percebeu
que os oceanos mais rasos eram mais jovens, ou seja, que a crosta oceânica mais profunda é mais
velha.

Esta informação foi importante para a evolução da idéia da DERIVA CONTINENTAL para a teoria da
TECTÔNICA DE PLACAS.

Wegener morreu em uma expedição meteorológica a Groelândia, em 1930.

A idéia de comprovar a teoria da deriva dos continentes ocupou toda a sua vida.

Após a morte de Wegener suas idéias foram muito contestadas, principalmente por um renomado
simólogo inglês Harold JEFFREYS.
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No início da década de 50, as idéias de Wegener foram retomadas, em virtude da novas descobertas
científicas, ligadas principalmente aos oceanos.

Acreditava-se que o assoalho oceânico, tinha em média 4 b.a., e portanto, deveria possuir uma
camada espessa de sedimentos.
Em 1957, sismólogos do navio USS Atlantis, verificaram que em determinados locais estas
espessuras eram bastante delgadas.

Principais descobertas científicas que causaram a retomada das idéias de WEGENER sobre a
mobilidade dos continentes:

1. Verificação do fato de que o assoalho oceânico é jovem e contém muitas feições fisiográficas.

2. Confirmação das reversões geomagnéticas no passado da Terra.

3. Aparecimento da hipótese do afastamento do assoalho oceânico e a consequente reciclagem da


crosta oceânica.

A HIPÓTESE do afastamento do assoalho oceânico:


A teoria do início dos anos 60, diziam que as dorsais meso-oceânicas, eram zonas de fraqueza da
crosta, onde o material do manto subjacente se incorporava às placas, afastando-as. Este processo
denominado espalhamento oceânico ao longo de milhões de anos formariam as cadeias oceânicas
existentes.

PROBLEMA: Se na dorsal oceânica havia contínua criação de placas e não havia evidência de que a
Terra estivesse aumentando de tamanho, em algum lugar deveria estar havendo a destruição de
material.

Dois cientistas, Dietz e Hess, postularam que, a crosta oceânica estaria sendo consumida, nas
trincheiras ou fossas oceânicas.

4. Comprovação científica da distribuição de terremotos e vulcanismos ao longo das fossas


oceânicas e cadeias de montes submarinos.

1.6 DINÂMICA DA CROSTA TERRESTRE

A crosta terrestre não é estática ela está sempre sofrendo transformações, desde fenômenos
internos (epirogenéticos ou orogenéticos) de criação de novos relevos ou processos externos como
as erosões, tendendo dar a morfologia da crosta um perfil de equilíbrio.

Denomina-se GEODINÂMICA o estudo do conjunto de fenômenos que integra o ciclo vital terrestre.
Compreendendo o estudo da:

➨ DINÂMICA INTERNA

Os fenômenos que contribuem para as modificações da crosta terrestre são:

➻ tectônica dos dobramentos


➻ tectônica das fraturas
➻ terremotos
➻ vulcanismos

➨ DINÂMICA EXTERNA

Estuda as causas (processos erosivos) e efeitos, que transformam e modelam a superfície da crosta.
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➻ TECTÔNICA DOS DOBRAMENTOS

DOBRAS

São ondulações existentes nas camadas rochosas originadas de movimentos tectônicos (movimento
da crosta) ou atectônicos (acomodação de camada, deslizamentos de rocha).

Classificam-se segundo o aspecto geométrico em:

→ Anticlinal (concavidade para baixo)


→ Sinclinal (concavidade para cima)

O reconhecimento no campo muitas vezes só é possível através da reconstituição de antigos


dobramentos através de estudos geológicos.

➻ TECTÔNICA DAS FRATURAS

FALHAS

São rupturas nas camadas rochosas, seguidas de deslocamento ao longo de um plano.

Os tipos mais comuns são: → Normal

→ Inversa

O reconhecimento no campo é evidenciado por:

• escarpas abruptas
• contato brusco de dois tipos de rochas
• rochas indicadoras
• fontes alinhadas
• etc.

FRATURAS

São rupturas que ocorrem nas rochas, segundo um plano, sem que haja deslocamento relativo.

As fraturas são classificadas em:

→ Diáclases (esforços tectônicos)

→ Juntas (contração de blocos rochosos)

TERREMOTOS

São tremores da crosta terrestre caracterizados por curta duração e grande intensidade,
normalmente com efeitos destruidores e às vezes catastróficos.

Para ocorrer um terremoto (abalo sísmico), é necessário haver condições para o acúmulo de
esforços nas rochas, com a conseqüente liberação instantânea de energia.
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Está comprovado que a causa imediata dos terremotos está ligado muitas vezes à reativação de
falhas ou em zonas próximas das bordas das placas tectônicas.

Os diversos tipos de mecanismos que podem causar os terremotos dão origem a sismogramas com
características distintas.
Assim, é possível distinguir entre sismos locais, sismos associados a explosões nucleares, sismos
causados por atividade vulcânica ou associados a grandes eventos tectônicos.

Os parâmetros que caracterizam um sismo são:

➺ FOCO, ou HIPOCENTRO: é o local onde ocorreu a liberação de energia;

➺ EPICENTRO: é a projeção vertical do foco na superfície terrestre;

➺ PROFUNDIDADE FOCAL: é a distância entre o foco e o epicentro (a profundidade do sismo);

➺ DISTÂNCIA EPICENTRAL: é a distância angular entre o foco e a estação que registrou o


sismo;

EPICENTR0 ONDAS
➺ MAGNITUDE: é uma medida SÍSMICAS

da energia que foi liberada


pelo sismo. A escala que
mede os “tamanhos” relativos
dos sismos é logarítmica e foi
desenvolvida pelo americano
RICHTER em 1935.
➺ INTENSIDADE: é uma simples
estimativa dos danos causados FALHA
pelos sismos. A escala utilizada é GEOLÓGICA
a de Mercalli Modificada,
FOCO
variando de 12 graus. SÍSMICO

Observações:
✏ não confundir magnitude com intensidade;
✏ um sismo de magnitude 6 com foco a 15 km de profundidade produzirá no solo vibrações
de 1,0 cm no epicentro, 1,0mm a 50km e 0,01mm a 400 km;
✏ em todo o mundo são registrados mais de cem mil sismos por ano, mas apenas cinco mil
são perceptíveis pelo homem;
✏ um dos terremotos mais desastrosos da história foi o de Lisboa (1755) ocorrido no dia de
Todos os Santos com 60.000 mortos;
✏ na escala RICHTER o maior terremoto conhecido até hoje é de 8,9 ocorrido na Colômbia
(1906). Em São Francisco (1906) foi de 8,25 e o de Tóquio (1923) foi de 8,1;
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✏ sismos com magnitude menor que 3 dificilmente será percebido pela população, com
magnitude 4 podem ser sentidos, no Brasil, em um raio de até 50km e os de magnitude 5
até 400km e serão registrados por dezenas sismógrafos;
✏ sismos de magnitude 6 são registrados por centenas de estações sismográficas e talvez no
Brasil seja sentido até 1.000km de epicentro;
✏ terremoto de São Francisco corresponderia a uma energia de 20 trilhões kW/h ou a energia
produzida pela queda de um bloco rochoso de 26 bilhões de toneladas, caindo de 280km
de altura. O de Lisboa é o maior com 350 trilhões de kW/h.

Existem diversos tipos de ondas elásticas que são liberadas quando ocorre um terremoto. Os tipos
mais importantes são:
➺ ondas P (ou primárias) - movimentam as partículas do solo comprimindo-as e dilatando-as. A
direção do movimento das partículas é paralela (longitudinal) à direção de propagação da
onda. Propagam-se pela crosta terrestre com velocidade típica de 6 a 8 km/s em rochas
consolidadas;

➺ ondas S (ou secundárias) - movimentam as partículas do solo perpendicularmente


(transversal) à direção da propagação da onda. A velocidade das ondas S é tipicamente
60% a 70% da velocidade da onda P no material.

ILUSTRAÇÃO: Danos causados por TERREMOTOS

➙ Terremoto de Northridge, Califórnia (17/jan/1994; Mw 6,7; prof. focal: 18,4 km)

➙ Terremoto de Kobe, Japão (17/jan/1995; Mr 7,2)

➙ Terremoto em Chorozinho (CE), Brasil (Nov/1980)


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Maremotos ou Tsunamis

São séries de ondas, geradas por um grande deslocamento vertical na coluna d`água.

Podem ser ocasionados por: terremotos, erupções vulcânicas, explosões e impactos de grandes
corpos como os meteoritos.

ILUSTRAÇÃO:

Terremoto do Chile - (22/05/60); Ms 8,6; PF: 33 km

O terremoto ocasionou um maremoto (tsunami) que se deslocou por todo o Oceano Pacífico. Os
moradores saíram em pequenos barcos, com medo de novos abalos e 10 a 15 minutos após o
terremoto uma enorme onda de 25m de altura varreu a área costeira arrastando todos os barcos no
seu retorno.

Após 14 hs o maremoto atingiu o Havaí a 10.000 km do local do sismo, matando 61 pessoas.

VULCANISMO

Abrange todos os processos e eventos que permitem e provocam a ascenção de material magmático
juvenil, do interior da terra à superfície terrestre.

O material juvenil pode ser:

➺ Gasoso

Sua saída provoca a formação de uma enorme coluna de fumaça, em forma de copa de pinheiro que
pode alcançar vários quilômetros de altura.

➺ Sólidos

São de natureza e tamanhos variáveis e procedem das paredes da chaminé e do embasamento do


vulcão ou ainda de lavas solidificadas no ar, que as erupções lançam no ar a grande altura.

➺ Líquidos

São as lavas que fluem das crateras e das fendas em temperaturas superiores a 1000 ºC que
transbordam pelos flancos do cone vulcânico formando verdadeiros rios de fogo.
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Distribuição dos Vulcões na Superfície Terrestre:

A maior parte do vulcanismo terrestre está associado aos processos que ocorrem nas bordas das
placas. Alguns pontos específicos são exceção, como por exemplo, as ilhas vulcânicas do Havaí.

Tuzo Wilson (1963), sugeriu um mecanismo para o vulcanismo que ocorria fora das regiões de
bordas de placas. Ele notou que em certas regiões, o vulcanismo esteve ativo por um longo período
de tempo, e sugeriu que deveria haver regiões pequenas, quentes e de longa duração denominados
de pontos quentes (hot-spots).

Distribuição dos vulcões sobre as placas tectônicas.

Vários hot-spots já foram identificados, a maioria no interior das placas. Os hot-spots devem ser a
expressão de grandes “plumas” de material proveniente da interface manto/núcleo (camada D”), que
atravessam todo o manto e atingem a superfície.

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