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ERA CENOZOICA

INTRODUÇÃO

Cenozoico (pré-AO 1990: Cenozóico), na divisão da escala de tempo geológico, é uma era geológica que se
iniciou há aproximadamente 65,5 milhões de anos e se estende até a atualidade.[1] Cenozoico significa "vida
nova", do grego καινός/kainos "novo" e ζωή/zoe "vida". É a terceira e mais recente era do éon Fanerozoico,
e sucede a era Mesozoica.[2] A era Cenozoica está dividida em três períodos: Paleogeno, Neogeno e
Quaternário. O termo Terciário foi tradicionalmente usado para indicar o intervalo de tempo entre o
Mesozoico e o Quaternário, o que equivale ao Paleogeno e Neogeno.[3] O uso do termo Terciário é
desencorajado pela Comissão Internacional sobre Estratigrafia e caiu em desuso oficialmente em 2004.[4]

Entretanto, alguns seres sobreviveram ao período de escassez de comida que se estendeu até o início da Era
Cenozoica, e foram evoluindo ao longo do tempo até ficar como os conhecemos hoje. A principal Classe a
evoluir foi a dos mamíferos. Tanto é, que a Era Cenozoica às vezes é chamada de “Era dos mamíferos”, tal
qual a Era Mesozoica com relação aos dinossauros. Mas a diversidade biológica deste período e a rápida
evolução das espécies tornam injusta tal denominação.

O princípio da Era Cenozoica marca a abertura do capítulo mais recente da história da Terra. Durante a Era
Cenozoica, a face da Terra assumiu sua forma atual. Houve muita atividade vulcânica e formaram-se os
grandes maciços montanhosos do mundo, como os Andes, os Alpes e o Himalaia. A vida animal
transformou-se lentamente no que hoje se conhece.
CLIMA

A Era Cenozoica tem sido um período de resfriamento a longo prazo. Em seu


princípio, as partículas ejectadas pelo impacto do evento K/T bloquearam a radiação
solar. O K/T foi um evento geológico ocorrido no final do Cretáceo que teve
importantes consequências na alteração das condições naturais do planeta. Depois
da criação tectônica da Passagem de Drake, quando a América se separou
completamente da Antártida durante o Oligoceno, o clima se resfriou
consideravelmente devido a aparição da Corrente Circumpolar Antártica que
produziu um grande resfriamento do oceano Antártico.

No Mioceno se produziu um ligeiro aquecimento devido a liberação dos hidratos


que desprenderam do dióxido de carbono. Quando o continente Sul-americano se
uniu ao Norte-americano pela criação do Istmo do Panamá, a região do Ártico
também se resfriou devido ao fortalecimento das correntes de Humboldt e do Golfo
e o fim da circulação de correntes marinhas primitivas de águas quentes que
atravessavam o planeta de leste a oeste, levando ao último máximo glacial.

Por outro lado, um outro fator, ao lado do Ciclo de Milankovitch, contribuiu para as
variações climáticas ocorridas durante o Cenozoico: o Evento Azolla.
FA U N A

Com efeito a Era Cenozoica foi marcada pelo aparecimento de 28 ordens de mamíferos, 16 das quais ainda
vivem. No paleoceno e no eoceno viveram mamíferos de tipo arcaico que no fim do Eoceno e no Oligoceno
foram substituídos, exceto na América do Sul, pelos ancestrais dos mamíferos modernos. No decorrer de
milhões e milhões de anos deu-se a modernização das faunas que culminou na produção de mamíferos
adiantados, especializados, do mundo moderno. Os processos que conduziram à elaboração das faunas
modernas datam do Pleistoceno e do pós-Pleistoceno. Distingue-se a fauna atual da fauna do Pleistoceno,
principalmente pelo empobrecimento, advindo da extinção de várias formas.

A América do Sul achava-se unida à América do Norte no início da Era Cenozoica; tal união manteve-se
interrompida durante grande parte dessa era, voltando a ser restabelecida no fim do Paleógeno. Isso explica
certas peculiaridades faunísticas da América do Sul.

Por outro lado, a América do Norte manteve ligação com a Ásia através da região de Beríngia (hoje
interrompida pelo Estreito de Bering) durante grande parte da Era Cenozoica, o que explica o porquê da
homogeneidade faunística da América do Norte, Ásia Setentrional e Europa.

As peculiaridades faunística da Austrália, por sua vez, são devidas ao isolamento que manteve desde o
Cretáceo em relação à Ásia.

A forma ancestral do cavalo data do Eoceno e recebeu o nome de Eohippus; viveu no hemisfério norte. O
Equus, isto é, cavalo propriamente dito, surgiu na América do Norte bem mais tarde, donde migrou para a
Ásia, no Pleistoceno.

Foi na era Cenozoica que surgiram os primeiros onívoros. Formaram também as cadeias de montanhas, e
ocorreram as grandes glaciações, surgindo novas espécies de vida. Já no fundo dos oceanos, houve o
aparecimento de dorsais (cadeias de montanhas que são formadas nas zonas aonde as placas dos continentes
se separam).
GLACIAÇÃO

No Pleistoceno, também chamado


época Glacial ou Idade do Gelo,
ocorreu uma vasta glaciação no
hemisfério norte. Glaciação de muito
menores proporções deu-se também
no hemisfério sul.
HOMEM

Datam do Pleistoceno os mais antigos restos do homem


(cerca de 450.000 anos). Acredita-se que o mais antigo
deles seja o Homo heidelbergensis. Há controvérsia sobre
a idade do Homo sapiens; segundo alguns autores o seu
aparecimento deu-se há cerca de 250.000 anos, isto é,
antes mesmo do Homo neanderthalensis.

No Pleistoceno inferior vivem hominídeos vários:


Australopithecus, da África do Sul; Pithecanthropus
erectus ou homem de Java; Sinanthropus pekinensis ou
homem de Pequim.
FÓSSEIS
BRASILEIROS

Inúmeras localidades brasileiras forneceram ossadas de mamíferos pleistocênicos.

Os achados mais famosos são os das grutas de Minas Gerais, pacientemente pesquisados por
Peter Lund no século XIX. Outra localidade curiosa é a de Águas do Araxá, também em
Minas Gerais, onde parte do material obtido acha-se exposta. Aí foram descobertos cerca de
30 indivíduos de mastodontes fósseis (Haplomastodon waringi). Megatérios, gliptodontes,
tigres dentes-de-sabre (Smilodon) e toxodontes figuram entre os mamíferos pleistocenos mais
comuns.

A ligação entre as duas Américas no Pleistoceno trouxe como consequência uma imigração de
carnívoros que não existiam por aqui, os chamados tigres dente-de-sabre.

A antiguidade do homem no Brasil é matéria de controvérsia. Não foi ainda cabalmente


provada a Idade Pleistoceno do Homem de Lagoa Santa cujos ossos aparecem nas mesmas
grutas em que ocorrem animais extintos.

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