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Universidade Federal do Rio Grande

Escola de Engenharia
Engenharia Civil
Metodologia Científica

ABSORÇÃO DE CO2 PELAS ROCHAS


Metodologia

Rio Grande
2022
Universidade Federal do Rio Grande
Escola de Engenharia
Engenharia Civil
Materiais de Construção Civil

Alunos:
 Lucas Neitzke Borges (150337)
 Luís Eduardo Mendes Aires (148312)

Trabalho apresentado para avaliação na


disciplina de Metodologia Científica, do
curso superior de Engenharia Civil, da
Universidade Federal do Rio Grande.
Professor (a): Claudete Miranda Abreu.

Rio Grande
2022
Sumário
INTRODUÇÃO: ............................................................................................................................... 4
OBJETIVO: ...................................................................................................................................... 4
METODOLOGIA: ............................................................................................................................ 4
REFÊRENCIAS: ................................................................................................................................ 7
ANEXOS ......................................................................................................................................... 9
INTRODUÇÃO:
Após o início da revolução industrial, os índices de CO2 na atmosfera
aumentaram significativamente devido ao grande aumento nas emissões.
Desse modo, as formas de sequestro de carbono passaram a receber cada vez
mais atenção das pesquisas, e uma delas são algumas rochas que têm
capacidade de absorver CO2 e transformar em outros produtos.
Desta forma, segundo o autor TONIOLO (2010), podemos reavaliar a forma
como enxergamos o ciclo do carbono na atmosfera, pois o carbono, elemento
fundamental para a vida na Terra, tem sido considerado na atualidade uma
possível causa de catástrofes ambientais futuras. Seguindo as contestações do
mesmo autor, trata-se do fenômeno do aquecimento global, cuja causa tem
sido atribuída a esse elemento, na forma de dióxido de carbono. Além disso, o
autor salienta o aumento que os meios de comunicação descrevem o
fenômeno, sob a perspectiva de que a humanidade vem sendo a causa do
aquecimento global devido às emissões de CO2 que promove.
Ademais, as mudanças climáticas não são os únicos problemas causados
pelo excesso de CO2 na atmosfera. Conforme a página da internet eCycle, o
processo de acidificação dos oceanos é extremamente perigoso e pode acabar
com a vida marinha até o fim do século, fato que é elucidado pelo aumento de
30% na acidez nos oceanos desde a primeira revolução industrial.
De acordo com o site isto é dinheiro, na Islândia, por exemplo, eles utilizam
um método que captura o CO2 e o transforma em pedra, nas profundezas da
litosfera. A terra naturalmente faz essa conversão, e tendo isso em vista o
projeto “Carbfix” acelera esse processo e consegue ótimos resultados, tirando
permanentemente o CO2 da atmosfera.
Conforme o exposto é pertinente voltarmos à atenção para o estudo das
rochas que absorvem CO2 e onde estão localizadas, para que se identifiquem
quais são os tipos que mais absorvem e se sua localização geográfica e
política são favoráveis para o uso.

OBJETIVO:
O propósito deste estudo é compilar métodos e comparar sua eficácia
através das informações de artigos já existentes, apresentando algumas
formas de sequestro de carbono em diferentes tipos de rochas e os métodos
de absorção.

METODOLOGIA:
O trabalho foi desenvolvido na Universidade Federal do Rio Grande- FURG,
nas disciplinas de Metodologia Cientifica e Geologia.
Inicialmente foi realizada uma revisão bibliográfica em publicações
referentes ao assunto, com base no material publicado, foi elaborado um
material didático ilustrativo, abordando as questões abaixo relacionadas:
 Por que elas absorvem?
 Como elas absorvem e quanto?
 A quantidade de rochas que existe?
 Quais são as rochas?
 Onde elas se localizam?
 Algum tipo de rocha absorve mais?

Além disso, existem empresas que elaboram pesquisas utilizando CO2 para
a formação de rochas, estudando essas empresas iremos identificar um
processo de agilizar a absorção do CO2, diminuindo as causas dos danos
ambientais. E também, observar onde estas empresas podem melhorar e quais
os métodos que podem utilizar.

DESENVOLVIMENTO:
A absorção de CO2 é um ciclo natural, ela ocorre para que haja um
regulamento na temperatura da terra, é um processo que acontece desde sua
formação na atmosfera. Porém, é um processo extremamente lento, que leva
milhões de anos para ocorrer, e com a humanidade se desenvolvendo, e
emitindo mais carbono, acaba fazendo com que esse processo seja irrisório em
sua velocidade natural. E como as emissões aumentaram em um número
estratosférico nas últimas décadas como ilustrado na figura 1. Por esse motivo,
é importante que o modo e quantidade que esses métodos conseguem
absorver de carbono sejam elencados, como, por exemplo:
Conforme as revistas National Geographic, existem algumas rochas que
tem a capacidade de absorção ou transformação do carbono em outra forma e
um dos mais abundantes e importantes é o basalto, que é criado à medida que
a lava esfria, o CO2 penetra na rocha porosa, como uma esponja e se solidifica
devido à quantidade de cálcio, ferro e magnésio, que reagem naturalmente
com o CO2 para formar minerais sólidos de carbonato. Seguindo as alegações,
no ciclo atual mundial do carbono as rochas já absorveram aproximadamente o
valor de 10.000.000 x 10^9 toneladas de carbono. E no que tange a quantidade
que elas podem absorver é relativo, pois depende do processo empregado, por
exemplo, um estudo publicado na Nature mostra que aplicação de rochas
trituradas em áreas de cultivo pode sequestrar até 2 bilhões de toneladas de
CO2 por ano.
Como já ilustrado acima, o basalto é a rocha mais importante que ocorre
esse ciclo, no entanto, existem inúmeras outras rochas como as de ofiolitos
que formam minerais carbonatados ao reagirem com o CO 2 como mostra a
figura 2. Outros exemplos, muito abundantes na costa oeste dos EUA as
rochas olivinas e serpentinas:
Conforme o Wikipédia, as Olivinas é um grupo de minerais da família dos
nesossilicatos cujos membros são constituídos por silicatos de magnésio e
ferro, com fórmula química (Mg,Fe)2SiO4, formando uma solução sólida em
que a razão Fe/Mg varia entre dois extremos constituídos pela forsterite
(Mg2SiO4) e a faialite (Fe2SiO4). Já as serpentinas de acordo com a Wikipédia
são um grupo de filossilicatos de magnésio hidratado, gerados pela alteração
de silicatos de magnésio (geralmente olivina, piroxênios e anfibólios). Possui
três variedades principais: antigorita, lizardita e crisotila.
Um dos principais métodos de sequestro envolve uma enorme placa
rochosa elevada do manto superior da Terra há muito tempo, onde agora fica
Omã. Conforme a publicação da revista National Geographic, denominada
Samail Ophiolite, o clima e a vida microbiana existente dentro desta rocha
retiram dióxido de carbono do ar e transformam-no em minerais de carbonato.
A outra forma natural de sequestro de carbono envolve rochas de formações
de basalto, como as que existem no Havai, que conseguem absorver CO 2
quando são esmagadas. Na Islândia, outro projeto de sequestro natural de
carbono do DCO, o CarbFix, envolve a injeção de fluidos que contêm carbono
no basalto e a observação da sua conversão em sólidos.
Existem diversas empresas que utilizam as rochas para o sequestro de
carbono, no entanto, a que se destaca é a empresa Reykjavik Energy que
juntamente com pesquisadores da universidade da Islândia e universidade de
Columbia aproveitaram a abundância de rochas de basalto devido à região
vulcânica para capturar e armazenar o CO2 presente no ar para dentro das
rochas. Esse projeto foi chamado de CarbFix, ele começa com a captura do
CO2 que é dissolvido na água e levado às profundezas do solo, onde ele reage
com a rocha basáltica e se calcifica.
Segundo os cientistas, o CO2 é comprimido em um líquido supercrítico
como exemplificado na figura 3. Quando bombeado para o subsolo, o gás
enche os poros da rocha, que estão ainda abaixo das rochas impermeáveis.
Segundo a empresa, o processo transforma o CO2 em pedra dentro de um
prazo de dois anos.
Segundo Edda, a Islândia já consegue realizar o processo em escala
industrial e com custos considerados baixos. A média de gastos é de US$ 30
por tonelada de CO2, valor muito inferior ao de outras técnicas de captura e
armazenamento de dióxido de carbono como a de aplicação de rocha triturada
em áreas de cultivo que custa em média US $ 80 e US $ 190 por tonelada de
CO2 para os grandes emissores, dependendo dos custos de mão de obra,
combustível e eletricidade de cada país.
“Agora sabemos que a biosfera da Terra e sua geosfera são um sistema
integrado e complexo, e o carbono é a chave”, afirma o Diretor Executivo do
DCO, Robert Hazen, do Instituto Carnegie de Ciência. A Partir disso, podem-se
inferir medidas que ajudam no sequestro de carbono devem ser estimuladas
pelos governos, e uma das possíveis soluções é o incentivo fiscal a produtores
que utilizarem basalto que passou pelo processo de intemperismo aprimorado
em suas produções agrícolas.

REFÊRENCIAS:

TONIOLO J. C.; CELSO. Processos geológicos de fixação de carbono na Terra


e aquecimento global. Terra e Didática, v. 6, n. 1, p. 31–56, 2022.

Na Islândia, o CO2 eliminado do ar se transforma em pedra. Disponível em:


<https://www.istoedinheiro.com.br/na-islandia-o-co2-eliminado-do-ar-se-
transforma-em-pedra/>. Acesso em: 29 jun. 2022.

SNÆBJÖRNSDÓTTIR, S. Ó. et al. Protecting Our Climate by Turning CO2 Into


Stone. Frontiers for Young Minds, v. 9, 12 abr. 2021.

Rochas Conseguem Absorver Quantidades Enormes de Carbono. Disponível


em: <https://www.natgeo.pt/ciencia/2019/11/rochas-conseguem-absorver-
quantidades-enormes-de-carbono#:~: texto20 carbono20das20 plantas20e>.
Acesso em: 29 jun. 2022.

CARBFIX. Carbfix |. Disponível em: <https://www.carbfix.com/>.

Acidificação dos oceanos: o que é e como ocorre? - eCycle. Disponível em:


<https://www.ecycle.com.br/acidificacao-dos-oceanos/>.

@NATGEOPORTUGAL. Rochas Conseguem Absorver Quantidades Enormes


de Carbono. Disponível em: <https://www.natgeo.pt/ciencia/2019/11/rochas-
conseguem-absorver-quantidades-enormes-de-
carbono#:~:text=O20carbono20das20plantas20e>.

Rochas da Terra são capazes de absorver quantidade impressionante de


carbono. Disponível em: <https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-
ambiente/2019/10/rochas-da-terra-sao-capazes-de-absorver-quantidade-
impressionante-de-
carbono?adlt=strict&toWww=1&redig=9A9111F684844F8EA1992A650D9A582
A>. Acesso em: 20 jul. 2022.

CICLOVIVO, R.; CICLOVIVO, R. Empresa islandesa desenvolveu técnica que


transforma CO2 em pedra. Disponível em:
<https://ciclovivo.com.br/inovacao/tecnologia/empresa-islandesa-desenvolveu-
tecnica-que-transforma-co2-em-pedra/>. Acesso em: 20 jul. 2022.

BEERLING, D. J. et al. Potential for large-scale CO 2 removal via enhanced


rock weathering with croplands. Nature, v. 583, n. 7815, p. 242–248, 1 jul.
2020.

O incrível projeto de transformar gás do efeito estufa em pedra. Disponível em:


<https://metsul.com/o-incrivel-projeto-de-transformar-gas-do-efeito-estufa-em-
pedra/#:~:text=A20mistura20aquosa20carregada20de>. Acesso em: 20 jul.
2022.

REDAÇÃO. Cientistas mapeiam rochas dos EUA que absorvem CO2.


Disponível em: <https://www.ecodebate.com.br/2009/03/07/cientistas-
mapeiam-rochas-dos-eua-que-absorvem-co2/>. Acesso em: 20 jul. 2022.

Serpentina - Materiais Didáticos. Disponível em:


<https://didatico.igc.usp.br/minerais/silicatos/filossilicatos/serpentina/>. Acesso
em: 20 jul. 2022.

FISCHX, O. K. S. V. Deutsch: Diagramm des Kohlenstoffkreislaufes. Die


schwarzen Zahlen zeigen wie viele Milliarden Tonnen Kohlenstoff (Gt C) in den
verschiedenen Resevoiren vorhanden sind. Die blauen Zahlen zeigen an, wie
viel Kohlenstoff zwischen den einzelnen Speichern pro Jahr ausgetauscht wird.
Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Carbon_cycle-
cute_diagram.svg>.

Os gráficos que mostram que mais da metade das emissões de CO2


ocorreram nos últimos 30 anos. BBC News Brasil, [s.d.].

We turn CO2 into stone. Disponível em: <http://www.carbfix.com/)>. Acesso


em: 20 jul. 2022.
ANEXOS:

Figura 1: - Gráfico que ilustra o aumento da concentração atmosférica do


dióxido de carbono (CO2) nos últimos milhares de anos, com destaque para o
último milênio (Fonte:https://www.bbc.com/portuguese/geral-59013520)
Figura 2: Basalto (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Basalto)

Figura 3: Processo que a carbfix realiza ilustrado (fonte://www.carbfix.com/)

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