Fazenda Rio Grande, 29 de abril de 2023

Ao Exmo. Dr Altemar Paigel

Diretor técnico do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Curitiba

Nesta carta nós da família Ribas da Silva queremos expressar nossa

gratidão.
No dia 16/02/2023 a partir das 23:30 receberam a paciente Marinês do
Rocio Ribas da Silva que carinhosamente chamávamos de Mari, minha esposa
incrível, guerreira, carinhosa, talentosíssima e que eu poderia usar tantos
outros adjetivos. Foi recebida no Pronto atendimento Dra Wanessa Portugal e
logo os profissionais com base nos exames viram a gravidade do estado dela e
mais ou menos às 06:40 viram a necessidade de internamento na UTI e lá teve
início ao seu tratamento.
Como o Sr sabe várias etapas ou protocolos foram realizados como o
coma induzido, a traqueostomia, o estancamento da hemorragia no esôfago,
entre outros, além disso tivemos todo o processo de retorno do coma, que para
as famílias é difícil e doloroso, mas cada dia a esperança é renovada a cada
boletim médico.
Quando ela começou a falar mesmo sem som foi extremamente
importante para nós, saber como passou a noite, o que precisava, e para nós
era igualmente importante expressar o nosso amor. Quando ela recebeu a alta
da UTI e foi para o quarto isso nos deu uma grande esperança de plena
recuperação, na segunda houve a liberação para que ela pudesse tomar água,
tomar vitamina, sopa e uma sobremesa que fez ela se sentir no céu. Mas quis
a vida que ela tivesse que retornar para a UTI e infelizmente minha amada
esposa no resistiu e veio óbito na manhã do dia 27/04/2023.
Mesmo sobre o grande impacto dessa difícil jornada, queremos
agradecer a cada profissional desde os médicos, enfermeiros, técnicos, fisios,
fono, psicóloga, cirurgião da UTI 03, recepcionistas, seguranças, enfim a todos,
pela dedicação, pelo carinho e principalmente pelo profissionalismo a cada
paciente, mas principalmente pelos cuidados empregados a Marinês, dos mais
de 66 dias da minha querida e amada esposa na UTI, não só pelo tratamento,
mas pelo banho de chuveiro, que no rosto da minha amada esposa ficou
deslumbrante, pelo passeio feito nas dependências do hospital, pela
oportunidade de tomar um pouquinho de sol, como ficamos gratos a cada um
destes profissionais.
Queremos agradecer aos profissionais da recepção pelo carinho que
trataram a nossa família, a equipe da tesouraria e todos que
independentemente de vínculos diretos ou não conosco estiveram cumprindo
com seus papéis.
Por meio desta carta e oportunidade aproveito para deixar uma única
observação, antes de qualquer coisa, entendo e compreendo que quando se
trata de questões financeiras não pode haver falhas, senão o hospital não seria
o que é a mais de 140 anos, porém, acredito que o departamento financeiro
através do seu diretor, devam pensar e diferenciar a forma como lidar com
fornecedores e com os pacientes, explicando melhor, as grandes corporações
têm o dia de pagamento junto aos seus fornecedores, nesse caso a corporação
precisa realizar pagamentos e outras obrigações em data determinada, caso
contrário a instituição não receberá aquilo que contratou, já nós que somos,
pessoas físicas, quando um paciente precisa realizar um procedimento que o
plano não cobre e nós realizamos o pagamento em espécie ou em débito,
muitas vezes por não ter um cartão de crédito ou limite, e o procedimento não
for realizado por qualquer motivo clínico ou de forma geral o valor atribuído não
ser usado, a devolução ou estorno não deveria levar de 30 a 60 dias, já que o
pagamento foi feito à vista.
Com tudo, apesar da observação reiteramos pessoal e familiarmente
que somos extremamente gratos por todo empenho que a equipe e os
colaboradores do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Curitiba prestaram a
minha amada esposa e nós enquanto família, esperamos que essa carta e
palavras sejam compartilhadas a todos, também esperamos que nossa
gratidão seja um incentivo ainda maior para que essa excelência seja mantida
e continuada, que outras famílias, independentemente das circunstâncias
sintam o mesmo.

Com carinho e gratidão.

Família Ribas da Silva.