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Tratamento DE EFLUENTES – LMC

Considerando a Lei Federal nº 9.605/1998, a qual Dispõe sobre as sanções penais e


administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências.

Considerando a Lei Nº 9.433 (08/01/1997) - Política Nacional de Recursos Hídricos,  conhecida


como Lei das águas, a qual determina todo o processo de gestão dos recursos hídricos
brasileiros para o uso múltiplo das águas. 

Considerando a Lei Nº 6.938 (31/08/1981) que estabelece as diretrizes e os instrumentos de


orientação para as empresas sobre as melhores práticas no gerenciamento de atividades que
interfiram no meio ambiente,

Considerando a Lei Nº. 12.305/10, especifica e define a forma como o país deve lidar com o
lixo e exige transparência no gerenciamento dos resíduos dos setores públicos e privados.

Considerando a Resolução CONAMA nº 430/2011, que dispõe sobre as condições, padrões,


parâmetros e diretrizes para a gestão do lançamento de efluentes em corpos de águas
receptores e altera a Resolução Nº 357 de 2005.

Considerando as Normas Técnicas Brasileiras que também direcionam as práticas corretas:

 ABNT NBR 10.004 de 05/2004 – Resíduos sólidos - classificação: classifica os resíduos


sólidos quanto aos seus potenciais poluidores ao meio ambiente e à saúde pública,
para que possam ser gerenciados adequadamente.
 ABNT NBR 12.235 de 04/1992 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos -
procedimento: fixa as condições exigíveis para o armazenamento de resíduos sólidos
perigosos (Classe I) . 
 ABNT NBR 11.174 de 07/1990 –  Armazenamento de resíduos classes II - não inertes e
III - inertes - procedimento: oferece as condições mínimas necessárias ao
armazenamento de resíduos das classes II A - inertes e II B - não inertes.
 ABNT NBR 13.221  de 02/2021 – Transporte terrestre de produtos perigosos -
resíduos: dispõe os requisitos para o transporte terrestre de resíduos.

O tratamento de efluentes considera basicamente duas fases:

Na primeira, existe uma etapa físico-química onde através de uma reação química, a parte
sólida e a parte líquida do efluente se destacam para que depois sejam removidas em um
processo de separação.

 Já na segunda fase, que é a fase biológica, uma série de microrganismos e bactérias se
encarregam de consumir a matéria orgânica poluente, através de um processo respiratório.

Dentro dessas etapas, existe uma subdivisão de outras etapas. Em uma ETE convencional o


efluente passa por cinco etapas diferentes até ser completamente tratado.

Hoje boa parte de empreendimentos que possuem baixa vazão de efluentes vêm buscando
a ETE compacta para tratar efluentes.

 
A ETE compacta segue as mesmas etapas de tratamento de uma ETE convencional, porém,
com economia de espaço e apresentando mesma eficiência.

 Considerando a construção das ETE’s duas normas técnicas devem ser levadas em
consideração, a ABNT-NBR 7229/93 e 13969/97, especialmente para a construção dos tanques
sépticos.

No que diz respeito às técnicas de tratamento adequadas, as empresas podem contar com
duas saídas, levando em conta a sua situação:

OnSite: essa modalidade é uma opção quando há a necessidade do tratamento de águas e/ou
efluentes na planta da organização, mediante o apoio de um parceiro técnico especializado e
qualificado que toma a frente das responsabilidades e necessidades para manter o processo
inteiramente funcional.

Na prática, o sistema é instalado e operado pela empresa especializada contratada, que


disponibiliza, além da mão de obra para operação e manutenção, os recursos para
investimento em infraestrutura, insumos operacionais e destinação de resíduos, possibilitando
que os negócios foquem no core business, enquanto os processos relacionados aos efluentes
ficam a cargo dos mesmos.

Esse tipo de tratamento se divide em algumas modalidades:

BOT: ou também chamado de DBOT (Design, Build, Operate & Transfer), o fornecedor
contratado projeta, constrói, implanta ou reforma o respectivo sistema com capital próprio,
bem como realiza as atividades de operação e manutenção da Estação de Tratamento de
Efluentes (ETE). A empresa especializada também assume todos os riscos e custos relacionados
aos processos, mão de obra, produtos químicos, substituição e troca de equipamentos ou
materiais, tratamento e destinação dos resíduos. Além disso, mantém em seu escopo de
trabalho o gerenciamento, as análises, o controle de licenças ambientais, o descarte de
efluentes e/ou o fornecimento de água.

BOO: A modalidade BOO (Build, Operate & Own) segue os mesmos princípios do BOT, em que
toda a responsabilidade por construção, investimentos e operação ficam por conta do
fornecedor. Entretanto, a diferença é que, ao término do contrato, o ativo permanece na
posse do prestador de serviços. O modelo é indicado para aquelas organizações que não
possuem necessidade ou interesse em permanecer com a ETE em sua planta, tanto nos casos
de tratamento de efluentes quanto no fornecimento de água. Ou seja, é um trabalho com
prazo normalmente estabelecido para acontecer. Um exemplo são clientes em períodos de
paradas de fábrica, onde as instalações definitivas ainda não estão prontas.

AOT: O Acquire, Operate & Transfer (AOT) é voltado para empresas que visam tornar o seu
ativo de tratamento de águas e/ou efluentes em uma fonte de captação de recursos
financeiros. Nessa modalidade, o parceiro contratado realiza investimentos diretos na
estrutura, adquirindo e assumindo todos os custos de operação e manutenção do ativo, além
de se responsabilizar pela gestão e controle ambiental de licenças, descarte de efluentes e/ou
fornecimento de água. O prazo em que a empresa contratada irá atuar na planta da
contratante varia conforme a demanda. Após o término do contrato, a fornecedora de serviços
transfere ao cliente um ativo inteiramente funcional e com eficiência comprovada por
certificados, o que significa que o  mesmo passou por avaliações, ajustes e manutenções
necessárias para ter alta performance.

AOO: A modalidade AOO (Acquire, Operate & Own) tem funcionamento similar à AOT, em que
o fornecedor adquire o ativo de tratamento de efluentes, bem como assume os custos e a
gestão do mesmo. Todavia, nesse caso, ao final do período acordado, a estrutura permanece
com a prestadora de serviços.

O&M: por meio da Operação e Manutenção (O&M), em que o parceiro realiza o tratamento de
águas e/ou efluentes, responsabilizando-se pela operação, manutenção e gerenciamento de
sistemas, incluindo ainda a possibilidade de reúso. Além disso, quando requerido, o
fornecedor contratado  também pode realizar a administração de todos os processos
relacionados ao gerenciamento, controle ambiental, monitoramento de licenças e operações,
permitindo às organizações focarem no seu escopo principal, enquanto uma tarefa secundária,
mas indispensável, é realizada por especialistas no assunto. Todos os contratos O&M tem
prazo variável e os serviços inclusos na prestação são avaliados conforme as necessidades do
negócio.

OffSite: o tratamento OffSite é indicado para situações em que há uma limitação física e/ou os
volumes de geração ou complexidade do efluente tornam a construção de estações próprias
econômica ou operacionalmente inviável para adequação às exigências ambientais.

Nesse modelo de negócio, os efluentes são coletados nas empresas e transportados para
centrais de tratamento de parceiros terceirizados, onde amostras são coletadas e analisadas
em laboratório, com o objetivo de avaliar o tipo de resíduo recebido e determinar qual o
processo de tratamento mais adequado a ele.

As situações em que a modalidades OffSite é indicada:

Há limitação física e a empresa não consegue criar uma estrutura que comporte todo o volume
que precisa ser tratado;

Os volumes de geração ou complexidade do efluente tornam a construção de estações


próprias econômica ou operacionalmente inviáveis para adequação às exigências ambientais;

A realização de manutenções em estações próprias depende do encaminhamento dos


efluentes para tratamento externo.

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