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Gustavo Alves de Lima

Informática 2022.1

Introdução:

A quinta semana de humanidades do Campus Ouricuri (dias 05, 06 e 07 de junho)


foi um evento grandioso, cheio de reflexões, ensinos e observações importantes sobre
diversos assuntos. No decorrer dos três dias de evento, tive o prazer de participar de
muitas atividades, no mínimo uma em cada turno de todos os três dias. Foram
atividades, palestras, conversas e exposições divertidas e enriquecedoras. Pude
adquirir conhecimento de assuntos na maioria das vezes não abordados em sala de aula,
o que fez uma experiência divertida e incentivadora.

Relato:

O primeiro evento o qual participei o minicurso de três dias, ‘Brasil em 10 anos: os


impasses da democracia (2013-2023)’ com os professores Robson Souza, Isabela
Mendonça e Raphaela Ferreira. Realizada na sala 3 durante os três dias, das 10h às 12h,
foi um evento incrivelmente engrandecedor. Além de expandir meu conhecimento,
explicou muito sobre a realidade que vivenciamos no nosso país. Tive acesso a muitas
informações que não tinha conhecimento prévio sobre as mesmas. Começando pelas
jornadas de junho, em 2013, passando pelos governos e crises até chegar no pós pandemia,
o minicurso ‘Brasil em 10 anos’ foi, sem dúvidas, uma grande fonte de conhecimento,
contando com uma ótima didática dos professores Robson, Isabela e Raphaela.
Como estudante da turma de informática 2022.1, na tarde do primeiro dia da V Semana
de Humanidades do Campus Ouricuri, tive a honra de fazer parte da apresentação
artística ‘ "Porque há o direito ao grito. Então eu grito": reflexões clariceanas’
realizada pela turma, sobre orientação da professora Antônia Chaves. O evento ocorreu
no auditório e, como seu nome sugere, foi o que nossa orientadora Antônia intitulou
como ‘‘Uma tarde com Clarice Lispector’’. O evento contou com diversas apresentações
sobre contos da escritora Clarice Lispector. Iniciou-se com um teatro de sombras, da
obra ‘‘Restos de Carnaval’’, feito pelos alunos Gustavo (eu), Cauane, Gisely, Samantha
e nossa narradora, Dheylyany. Retrata uma história melancólica da vida de Clarice,
acontecida no carnaval. É um conto muito tocante e desilusivo.
‘‘A hora da estrela’’ foi uma apresentação muito divertida e que passa a credibilidade
do conto, conseguindo cumprir muito bem com o papel proposto a cada um dos
personagens. Katillyn realmente consegue incorporar o papel de ‘Macabéa’,
principalmente no monólogo apresentado, sob a ótima narração de Galileu.
‘‘A bela e a fera’’ apesar de um tom mais descontraído, mostra uma excelente
apresentação, fazendo paralelos entre a conversa das amigas e o que acontecia com
Carla de Souza, assunto da conversa dessas amigas. Traz a reflexão de ‘‘Quem é a fera?’’
‘‘Laços de Família’’ foi incrivelmente marcante para todos que tiveram o prazer de
presenciar a apresentação. A narração, sonoridade, atuação, história... Absolutamente
tudo nessa apresentação foi absurdo de bom. Aborda a violência contra mulheres,
citando o caso de ‘Aida Curi’.
As apresentações se encerram com a última e memorável entrevista da escritora Clarice
Lispector enquanto vida, que só viria a ser transmitida após sua morte. Com Natália
interpretando Clarice e Isaque como o entrevistador, foi simplesmente sensacional.

FIGURA 1 - Trecho de ‘‘Restos de Carnaval’’ FIGURA 2 - Última entrevista de Clarice Lispector


No segundo dia, como aluno da Professora de Geografia, Alecsandra Pereira, participei
da Oficina de Pintura ‘Geografia em tela: movimentos sociais e territorialidades’,
atividade realizada pela tarde, no Refeitório. O objetivo era a produção de telas que
abordassem temas de territorialidade e resistência, atrelados aos assuntos estudados em
sala. Como foi uma atividade realizada em dupla, eu e minha parceira Samantha
produzimos uma tela que retratou não só o território quilombola, mas também a pessoa
e sentimentos que até hoje perduram a realidade quilombola. Fazendo também,
referência a música ‘‘Lágrimas Negras’’ da inesquecível Gal Costa. A tela apresenta uma
quilombola com seu cabelo afro, representando a territorialidade aberta, muito presente
nos espaços quilombolas. Também apresenta lágrimas que fazem alusão a bandeira
brasileira.

FIGURA 3 - Tela produzida por Gustavo e Samantha

‘‘Lágrimas Negras’’

A oficina foi uma experiência divertida e satisfatória. Poder expressar minhas ideias de
forma tão profunda é muito gratificante.
No encerramento da V Semana de Humanidades do Campus Ouricuri, pudemos
presenciar o espetáculo teatral ‘‘Notícias do Dilúvio: um canto a Canudos’’, realizado
no espaço da cantina, pela talentosa Companhia Biruta de Teatro, de Petrolina.
Foi um momento inesquecível. A apresentação me prendeu de uma forma absurda.
A atuação, a forma como é contada a história, os sons, a iluminação, tudo isso foi feita
de forma perfeita para a incrível performance ali realizada. O espetáculo conta a história
de Canudos, comunidade religiosa que fora atacado pelo Exército Brasileiro.
A forma com que Cris Crispim e Camila Rodrigues contam essa história atuando, é
algo lindo, consigo perceber ali uma verdadeira expressão de sentimentos nas falas.
Não só contaram-nos a história de Canudos, como fizeram história naquela noite no
Campus Ouricuri, foi maravilhoso.
FIGURA 4 - Espetáculo Teatral ‘‘Notícias do Dilúvio: um canto a Canudos’’

FIGURA 5 - Espetáculo Teatral ‘‘Notícias do Dilúvio: um canto a Canudos’’


Conclusão:

A V Semana de Humanidades do Campus Ouricuri proporcionou eventos inesquecíveis,


muito bem produzidos não só pela comissão responsável, mas também pelos alunos do
próprio Campus Ouricuri e até mesmo alunos de outros Campi. Foi sem dúvidas um
período de muita reflexão e aprendizagem para os estudantes, servidores, terceirizados,
público no geral. Foi um trabalho muito bem organizado e que visivelmente feito com
muito carinho e atenção para o melhor resultado possível.

FIGURA 6 - Flyer — V Semana de Humanidades : Esse Território é Nosso!

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