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P RO C E S S A M E N T O D E S I N A I S

D I G I TA I S

Prof. Me. Marcelo Soares


1º Semestre/2023
MARCELO SOARES

Mestre em Ensino de Ciências da Natureza, MBA Gestão Empresarial, Pós em Ensino de

Ciências e Matemática, Pós em Engenharia de Segurança no Trabalho; Pós em Sistemas

Fotovoltaicos, Pós em Inovação, Sustentabilidade e Energias Renováveis;

Administração, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Física Licenciatura;

Técnico Eletrotécnica, Eletromecânica, Segurança no Trabalho;


Esteve Colaborador Centrais Elétricas de Rondônia S.A. – período de 13 (treze) anos;
Esteve Professor SENAI (cursos técnicos, capacitação e Normas Regulamentadoras
MTE) – período de 09 (nove) anos;
Atua como instrutor de capacitação industrial (Elétrica e Mecânica) e Normas
Regulamentadoras de Segurança no Trabalho;
Atualmente Professor do Ensino Superior – Engenharias.
EMENTA
• Introdução;
• Sinais e sistemas de tempo discreto;
• Representação em frequência - Transformada de Fourier
de Tempo Discreto;
• Reposta em frequência; Sistemas FIR e IIR;
• Amostragem e reconstrução de sinais;
• Série Discreta de Fourier;
• Transformada Discreta de Fourier; Aplicações da DFT -
Análise espectral de sinais; Transformada Z;
• Análise de sistemas de tempo discreto; Filtros digitais;
• Projeto de filtros digitais tipo FIR e IIR.
Literatura Técnica
Literatura Técnica
DINIZ, Paulo SR; DA SILVA, Eduardo AB; NETTO, Sergio L.
Processamento Digital de Sinais-: Projeto e Análise de Sistemas. Bookman
Editora, 2014.
OPPENHEIM, Alan.V.; SCHAFER, Ronald W..Processamento em tempo
Discreto de Sinais. 3. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.
Tradução: Daniel Vieira.
PINHEIRO, Carlos Alberto Murari; MACHADO, Jeremias Barbosa;
FERREIRA, Luiz Henrique de Carvalho. Sistemas de Controle Digitais e
processamento de Sinais: Projetos, Simulações e Projetos de Laboratorios.
Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2017. 344 p. (DIGITAL)
Avaliações
Introdução
Processamento digital
de sinais?
Introdução
Sinais
Padrões de variações que representam uma
informação.

Grandezas físicas que variam no tempo,


espaço, … … ou em função de qualquer
outra variável independente.

São representados matematicamente como


função de uma ou mais variáveis
independentes.
Introdução
Sinal: presente no cotidiano
música, sinal de vídeo, voz etc.
Sinal: função de variáveis independentes
tempo, distância, posição, temperatura, pressão etc.
O sinal de vídeo consiste numa seqüência
de imagens em função de 3 variáveis
Uma figura em PB representa a (duas espaciais e o tempo).
intensidade de luz em função de
duas coordenadas espaciais.

Sinal de voz ou música


representa a pressão do ar
em função do tempo.

Ciclo de Seminários: Processamento Digital de Sinais: Conceitos e Aplicações


(Joseana Macêdo Fechine Régis de Araújo) 4
Introdução
Processamento: manipulação feita em um sinal para
– melhorar a qualidade do sinal em algum aspecto
– criar efeitos especiais, melhorar relação sinal-ruído, etc.

Tecnologia do processamento
– digital (muito mais usada atualmente)
– analógica

Dimensão do processamento
– um sinal: intensidade, espectro, tempo ou múltipla
– um ou mais sinais: mistura (mixagem), síntese, etc.
Introdução
Trata da representação matemática do sinal e
processo de cálculo para extrair a informação.

O método de extração depende do tipo do sinal e


da natureza da informação que ele carrega.

A representação do sinal pode ser uma função no


domínio original da variável independente ou em
termos de funções no domínio de uma
transformada.
Domínio do Tempo ↔ Domínio da Freqüência
Introdução
Processamento Digital de Sinais
- Consiste na análise e/ou modificação de
sinais (sequências discretas de números) de
forma a extrair informações dos mesmos
e/ou torná-los mais apropriados para
alguma aplicação específica.
Sinal
físico Resultado

Amostragem
Aquisição Processamento
Quantização
Passos fundamentais para digitalização
da informação:
1. Amostragem/Discretizaçã
o (sampling): Amostras
discretas representam a
informação contínua.
2. Quantização (quantizing):
As amostras são
convertidas à forma
numérica.
3. Codificação: As amostras são
convertidas em uma
sequência de bits.

Importante:Teorema de Nyquist
Introdução
AMOSTRAGEM PONDERAÇÃO QUANTIZAÇÃO

Imagem natural A imagem é amostrada face As amostras discretas (pixels) Os pixels são convertidos
à matriz de pixelsl são ponderadas à forma numérica
Uma Visão Histórica
 Século XVII:Técnicas Numéricas: Newton e o Método das Diferenças
Finitas.
 Século XVIII: Euler, Bernoulli, Lagrange, Gauss (1805) base da FFT,
Fourier
(1822) representação em Série.
 Até 1950: Processamento analógico - executado com sistemas analógicos
implementados com circuitos eletrônicos ou ainda com dispositivos
mecânicos.
 Até final da década de 1960: computador digital era usado para aproximar
ou simular um sistema de processamento analógico de sinais (não em
tempo real).

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Uma Visão Histórica
 Década de 1980: A invenção e subsequente proliferação do microprocessador
preparou o caminho para as implementações de baixo custo dos sistemas de
processamento em tempo discreto de sinais.
• A complexidade, a velocidade e a capacidade dos chips de DSP têm crescido
exponencialmente desde o início da década de 1980.
Processamento paralelo e distribuído se tornaram uma tendência
significativa no desenvolvimento de algoritmos de processamento de sinais.
• E o futuro??? A chave para estar pronto para resolver novos problemas de
processamento de sinais é, e sempre foi, um profundo conhecimento da
matemática fundamental dos sinais e sistemas e dos projetos e algoritmos de
processamento associados.

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Aplicações
Aplicações
Aplicações
Aplicações
Aplicações
Aplicações
Espectro de sinal áudio

Sinal áudio “bell.wav” Espectro de Frequência

O sinal foi amostrado com a frequência de amostragem de 22050 com 8 bits


de resolução.A densidade espectral da potência mostra que o sinal tem
componentes de frequência na gama 0-11025 Hz.
Aplicações
Ganho do Filtro e Saída

Características
Características de Ganho de Espectro do sinal
Frequência do
Frequência do Filtro Passa Baixo filtrado

A densidade espectral da saída filtrada é mostrada do lado direito da figura…. Pode-se


observar que os componentes de alta frequência foram significativamente reduzidos…
Aplicações
Ganho do Filtro e Saída

Características de Ganho de Espectro do sinal


Frequência do Filtro Passa Banda filtrado
Aplicações
Ganho do Filtro e Saída

Característicasde
Características deGanho
Ganhode de Espectro do sinal de saída
Frequênciado
Frequência dofiltro
filtroPassa
PassaAlto
Alta
Aplicações

Comparação dos sons


• Som original
• Saída
Saída de
do Filtro Passa-Baixa
Passa Baixo
• Saída de
Saída do Filtro Passa-Faixa
Passa Banda
• Saida
Saída de
do Filtro Passa Alto
Passa-Alta
Aplicações
Aplicações
Aplicações

Compressão

Reconhecimento
PDS – Aplicações
Aplicações
Vantagens do PDS

– Sinais representados por palavras


binárias.
– Sinais podem ser armazenados
indefinidamente sem perda de
informação
– Hardware Digital
• Programável
• Menos sensível a variações
ambientais
• Menor custo
Aula 04 – 10.03.2023
 Sinais, sistemas e processamento – uma introdução ao tema
 Processamento Digital de Sinais – uma visão Histórica
 Aplicações do Processamento Digital de Sinais
 Áreas do Processamento Digital de Sinais
 Tipos de Sinais
 Tipos de Sistemas
 Interconexões entre sistemas
 Domínios para análise e representação de sinais e sistemas
 Sinais discretos no tempo
 Algumas operações básicas com sinais discretos no tempo
 Sistemas de tempo discreto
 Classes de sistemas de tempo discreto

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APLICAÇÕES E CONTEXTO
Monitoramento da atividade elétrica
do coração do paciente - Diagnóstico
Deteção de falhas
TAN, Lizhe; JIANG, Jean. Digital signal processing: fundamentals and applications. Academic Press, 2019.
https://technobyte.org/dsp-advantages-disadvantages-block-diagram-applications/
AMOSTRAGEM DO SINAL E QUANTIZAÇÃO
Função do Conversor A/D
◾Conversor de 4 bits
◾1 bit 0 e 1
◾2 bit 00
◾ 01
◾ 10
◾ 11
◾3 bits
• 3bits 000
• 001 001 + 6 +
• __1__ _4_
• 010 010 10
• 011
• 100
• 101
• 110
• 111

5

2
)n
(x
Quantized x(n)

1
d
e
zit 0
n
a
u
Q -1

-2

-3

-4

-5
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016 0.018 0.02
Tim e (sec.)
Bloco DSP
DAC conversion

Digital signal
Anti-
Lowpass Analog signal
Analog signa
Quantization zeroth-order image l
and coding hold Reconstruction
filter
filter

Binary code
00001001
01001011
11010010
00001101

2 Revisão – Conceitos Básicos

Sinal
◾Q uantidade que varia no tempo ou no espaço.
◾Aplicado a sinais que mais variam no espaço que no tempo.
Como a elevação na pista de neve.
◾Podem ter mais de uma dimensão.Imagem ouVídeo.
◾Para o estudo usa-se uma dimensão. Por exemplo:SOM
Sinal Periódico
◾Sinais que se repetem.
◾Função =A.Sin(ωt ± Ф)
◾Período completo = ciclo = T [s]
◾Frequência= ciclos/s = f [Hz]
Decomposição Espectral
◾Qualquer sinal pode ser expressado como
soma de sinusóides de diferentes freq.
◾Fourier!!
◾DFT e FFT
◾FFT forma eficiente calcular DFT
◾Menor freq.= Freq. Fundamental
Decomposição Espectral
◾ No gráfico → A Freq. Fund.

é a freq. dominante.
◾ Os múltiplos inteiros da freq.
dominante são Harmônicos.
Aliasing = Problema
◾Amostrar um sinal a uma frequência menor ou igual da
máxima componente de frequência do sinal de interesse.
2 Revisão – Conceitos Básicos

Sistemas de tempo Discreto


◾Sistema de tempo discreto e sistemas de tempo contínuo
◾Descrição dos sistemas: Vantagens e desvantagens
◾Passando do nível abstrato do conceito para a descrição
de aplicações reais.
◾Processo de conversão dos sistemas contínuos para
sistemas discretos.
3 Harmônicos

ONDAS TRIANGULARES e OUTRAS


◾A onda senoidal tem 1 componente de freq.
◾Formas de ondas mais complexas têm maior quantidade
de componentes.
◾A relação entre as formas de onda e seus ESPECTROS
são estudados.
3 Sinais não-periódicos

◾Componentes de frequência mudam no decorrer do


tempo.
◾Chirp signals = sinais cujas frequências aumentam (up-
chirp) ou diminuem (down-chirp) com o tempo.
Sinal cuja frequência aumenta no decorrer do tempo Espectro de frequência do sinal chirp
Espectrograma
◾Para recuperar a relação entre frequência e tempo, pode-
se “separar” o sinal chirp em segmentos.
◾Plotamos o espectro de cada segmento.
◾O resultado é llamado de short-time Fourier transform
(STFT).
◾Existem várias formas para visualizar um STFT, sendo a
mais conhecida o Espectrograma.
◾O Espectrograma apresenta o tempo no eixo x e a
frequência no eixo y.
◾O espectrograma apresenta o espectro de um segemento,
usando cores ou escalas de cinzas para representar
amplitude.
O espectrograma apresenta no
eixo x o tempo de 1 segundo, e
no y a frequência de 0 a 700 Hz
Sinais são funções de uma ou mais variáveis independentes que carregam algum tipo
de informação.

Sinais são usados para

Descoberta de
Comunicação entre Controlar e utilizar
Comunicação entre características não
humanos e energia e
humanos. facilmente
máquinas. informação.
observáveis.

Comunicação
entre
máquinas

Sistemas são usados para processar sinais.


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Processamento Digital de Sinais
Lida com a representação, a transformação e a manipulação de sinais em
formato digital, e da informação que os sinais contêm.

Representação dos sinais de interesse


Em processamento digital de sinais, os sinais são representados por
sequências de números com precisão finita, e o processamento é
implementado usando processadores digitais (GPPs, DSPs, FPGAs, etc).

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DSP – Uma Visão Histórica
 Século XVII: Técnicas Numéricas: Newton e o Método das Diferenças Finitas.
 Século XVIII: Euler, Bernoulli, Lagrange, Gauss (1805) base da FFT, Fourier
(1822) representação em Série.
 Até 1950: Processamento analógico - executado com sistemas analógicos
implementados com circuitos eletrônicos ou ainda com dispositivos
mecânicos.
 Até final da década de 1960: computador digital era usado para aproximar
ou simular um sistema de processamento analógico de sinais (não em
tempo real).

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DSP – Uma Visão Histórica
 Década de 1980: A invenção e subsequente proliferação do
microprocessador preparou o caminho para as implementações de baixo
custo dos sistemas de processamento em tempo discreto de sinais.
• A complexidade, a velocidade e a capacidade dos chips de DSP têm
crescido exponencialmente desde o início da década de 1980.
Processamento paralelo e distribuído se tornaram uma tendência
significativa no desenvolvimento de algoritmos de processamento de sinais.
• E o futuro??? A chave para estar pronto para resolver novos problemas de
processamento de sinais é, e sempre foi, um profundo conhecimento da
matemática fundamental dos sinais e sistemas e dos projetos e algoritmos
de processamento associados.

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Aplicações do DSP
• Algoritmos sofisticados e hardware de processamento de sinais são prevalentes
em uma grande variedade de sistemas, desde sistemas militares altamente
especializados e complexos sistemas de telecomunicações, até aplicações
industriais e eletrônica de consumo.
• Os principais padrões de comunicações de dados, áudio e vídeo baseiam-se em
muitos dos princípios e das técnicas de processamento de sinais, assim como
algoritmos para processamento de voz e
imagem, filtragem de ruído, enhancement,
codificação, reconhecimento de padrões,
equalização, processamento multimídia,
controle, robótica, visão de máquina,
engenharia biomédica, acústica, sonar,
radar, sismologia, exploração de petróleo,
eletrônica de consumo...etc...

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Áreas do DSP
• A interpretação de sinais é uma área importante do processamento de
sinais, em que o objetivo do processamento é obter uma caracterização do
sinal de entrada.

• A análise espectral, baseada no uso da DFT e no uso de modelos de sinais,


é outro aspecto particularmente importante do processamento de sinais, em
que são identificadas quais frequências representam o sinal.

• A modelagem de sinais desempenha um papel importante na compressão


e codificação de dados, bem como em sistemas preditivos.

• Outro tópico avançado de importância considerável é o processamento


adaptativo de sinais em que o sistema auto-ajusta seus parâmetros livres
de acordo com o objetivo (goal) desejado.
O que é um sinal?
Sinal é um fluxo de informação, matematicamente representado como
uma função de variáveis independentes, tais como tempo, posição, etc.

Tipos de Sinais
Sinais podem ser caracterizados como:
 Sinal de variável independente contínua
 Sinal de variável independente discreta
 Sinal unidimensional
 Sinal multidimensional
 Sinal de amplitude contínua
 Sinal de amplitude discreta

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Sinal unidimensional,
de variável independente contínua

Sinal de voz
Speech:
Sinal de tempo contínuo f(t), unidimensional Sinal 1-D, f(t)
(uma única variável independente, contínua).

A grandeza física pressão acústica


movimenta o diafragma do microfone, o
qual gera um sinal elétrico que corresponde
à intensidade da pressão instantânea da
onda sonora que chega ao microfone.

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Sinal unidimensional,
de variável independente contínua e amplitude contínua

Sinal Analógico
Tanto o tempo como a
amplitude são contínuos.

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Sinal multidimensional,
de variável independente contínua
Nem sempre os sinais têm como variável
independente o tempo.
Grey-scale image:
Uma imagem (foto analógica) é um sinal Sinal 2-D, f(x,y)
multidimensional f(x, y) não dependente do
y
tempo.

Intensidade luminosa (brightness) é função de


duas variáveis espaciais, uma variável
horizontal (x) e uma variável vertical (y).

As variáveis independentes x e y são variáveis


espaciais e contínuas.

Basicamente estudaremos sinais unidimensionais, mas pode x


ser elucidativo utilizar alguns exemplos com sinais
bidimensionais, especificamente imagens. 12
Sinal multidimensional,
de variável independente contínua
Um vídeo (filme analógico) é um sinal multidimensional dependente do
tempo, f(x, y, t).
As variáveis independentes x, y (espaciais) são variáveis contínuas e a variável
independente t (tempo) é também contínua aos olhos do observador.

Video:
3-D, f(x,y,t)
y

t 13
Sinal unidimensional,
de variável independente discreta

Discreto no tempo e
contínuo em amplitude.
Variável independente é representada por
sequência de números.

O sinal é uma função matemática de uma


variável discreta, que é o argumento da
função, função esta que somente assume
valores a múltiplos inteiros do argumento.

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Sinal unidimensional,
de variável independente discreta

Séries temporais econômicas,


usadas em análise de mercado de
ações.

Eixo vertical:
índice do mercado de ações
Eixo horizontal:
amostras tomadas a cada 10 dias.

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Sinal multidimensional,
de variável independente discreta
𝑇
0 1 26
Mais de uma variável
independente discreta no x[n] é um vetor de 27 elementos, sendo cada
tempo, representada por elemento a sequência no tempo discreto que
sequências de números. representa o sinal de cada respectiva antena
do arranjo espacial (array).
O Very Large Array (NM/USA), observatório de rádio astronomia, é composto
por 27 antenas de rádio com =25m, em uma configuração espacial em Y. Os
dados das 27 antenas são combinados digitalmente de modo a focalizar (como
se fosse uma lente) um ponto localizado a anos-luz da Terra.

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Sinal unidimensional,
de variável independente discreta e amplitude
discreta

Sinal digital
Discreto no tempo (amostrado) e
discreto em amplitude (quantizado).
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Digitalização de um Sinal
Sinal Processo de Processo de Sinal
analógico amostragem quantização digital

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4 Sinais não periódicos

◾Considera-se os sinais não periódicos, aqueles cujas


componentes de frequência mudam no decorrer do
tempo.
◾Uma ferramenta usada para analisar os sinais não
periódicos é o espectrograma.
4 Sinais não-periódicos

◾Componentes de frequência mudam no decorrer do


tempo.
◾Chirp signals = sinais cujas frequências aumentam (up-
chirp) ou diminuem (down-chirp) com o tempo.
Sinal cuja frequência aumenta no decorrer do tempo Espectro de frequência do sinal chirp
Espectrograma
◾Para recuperar a relação entre frequência e tempo, pode-
se “separar” o sinal chirp em segmentos.
◾Plotamos o espectro de cada segmento.
◾O resultado é llamado de short-time Fourier transform
(STFT).
◾Existem várias formas para visualizar um STFT, sendo a
mais conhecida o Espectrograma.
◾O Espectrograma apresenta o tempo no eixo x e a
frequência no eixo y.
◾O espectrograma apresenta o espectro de um segmento,
usando cores ou escalas de cinzas para representar
amplitude.
O espectrograma apresenta no
eixo x o tempo de 1 segundo, e
no y a frequência de 0 a 700 Hz
Limite de Gabor
◾A resolução do tempo de um espectrograma é a duração
dos segmentos, que correspondem à largura de cada
célula no espectrograma.
◾Assim, desde que cada segmento é de 512 frames, e tem-
se 11.025 frames por segundo, existem 0.046 segundos
por segmento.
◾A resolução de frequência é a faixa de frequência entre
os elementos de um espectro, que corresponde à altura
de cada célula.
◾Com 512 frames, obtem-se 256 componentes de
frequência ao longo de uma faixa de frequências de 0 até
5.512,5 Hz, assim a faixa entre os componentes é 21,6 Hz.
◾Generalizando, se n é comprimento do segmento, o
espectro contem n/2 componentes. Se a taxa de frames é
r, a máxima frequência do espectro é r/2. Sendo a
resolução do tempo n/r e a resolução de frequência é

◾Idealmente, deseja-se a menor resolução de tempo, assim


podem-se observar pequenas mudanças de frequência.
◾Não podem ter-se ambas.
◾Observar que a resolução de tempo, n/r, é o inverso da
resolução de frequência r/n.
◾Como exemplo, duplicando o comprimento do segmento,
corta-se a resolução de frequência na metade (ok), mas
duplica-se a resolução do tempo (ruim).
◾Nem aumentando a framerate ou taxa de quadros pode-se
melhorar. Obtem-se mais amostras, mas a faixa de freqs.
aumentará simultaneamente.
◾Essa troca é chamada de Limite de Gabor, sendo a
limitação fundamental nesta análise de tempo-frequência.

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