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Universidade Politécnica

A`Politecnica

Instituto Superior de Estudos Universitários de Nampula

ISEUNA

Licenciatura em Engenharia Informática e Telecomunicações

Sistemas de Comunicação Digital

Tema: Filtros Digitais com Resposta ao Impulso Finito FIR.

Discente: Erick Sérgio de A. F. Sumane.

Docente:

PhD, Sidónio Turra

Nampula, 2020
Discente: Erick Sérgio de Ascensão F. Sumane.

Tema: Filtros Digitais com Resposta ao Impulso Finito FIR.

Trabalho de carácter avaliativo, a


ser entregue na disciplina de
Sistemas de Comunicação
Digital.

Docente:

PhD, Sidónio Turra

Nampula, 2020

I
Índice

Introdução .................................................................................................................................. 1

Problematização ......................................................................................................................... 2

1. Objectivos ........................................................................................................................... 2

1.1. Objectivo Geral ............................................................................................................... 2

1.2. Objectivos Específicos ................................................................................................ 2

2. Procedimentos Metodológicos Aplicados na Pesquisa ...................................................... 2

2.1. Tipo de Pesquisa.......................................................................................................... 2

2.2. Método de Pesquisa ..................................................................................................... 2

3. Filtros Digitais com Resposta ao Impulso Finito (FIR) ..................................................... 3

3.1. Filtros de Médias Móveis ............................................................................................ 7

3.2. Janelamento ............................................................................................................... 10

3.3. Amostragem em Frequência...................................................................................... 16

Conclusão................................................................................................................................. 20

Referência Bibliografia ............................................................................................................ 21

II
Introdução
Em Sistemas de Comunicação é comum a existencia de ruídos devido a interferencias. E para
solucionar este problema são usados os Filtros.

Em Sietamas de Comunicação Analógico são usados os Filtros Analógico (tambem vhamados,


Filtros Analógicos Passivos Convencionais), que usualmente são entendidos como
combinações de resistores, capacitores e indutores em um circuito elétrico, permitindo atuação
seletiva, seja no tempo ou em frequência, buscando selecionar informação no sinal tratado.
Enquanto que nos Sistemas de Comunicação Digital são usados os Filtros Digitais, que são um
tipo de processamento de sinais em que são utilizados certos operadores que alteram a taxa de
amostragem do sinal digital, a partir da remoção ou adição de amostras na seqüência de entrada
original.

Os Filtros Digitais são um dos grandes campos de aplicação de Processamento Digital de Sinal.
Os filtros digitais do tipo FIR são também muito usados na realização de sistemas adaptativos.

Projectar um Filtro Digital é determinar um algoritmo que satisfaça as especificações


pretendidas; realizar um filtro digital é implementar esse algoritmo, seja em software ou em
hardware, atendendo às implicações do uso de precisão finita na representação dos coeficientes
e dos sinais de entrada e de saída e na realização das operações aritméticas respectivas.

Os Filtros Digitais são representados por equações discretas que aplicadas a um sinal digital de
entrada x(n), geram uma saída y(n), com freqüências dentro de certa faixa selecionada. Eles
podem ser do tipo FIR (Finite Impulse Response ou em Português Filtros Digitais com
Resposta Finita), ou IIR (Infinite Impulse Response ou em Português Filtros Digitais com
Resposta ao Impulso Infinito).

O presente trabalho abordará em especial sobre os Filtros Digitais de Resposta ao Impulso de


Duração Finita (FIR- Infinite Impulse Response). Os Filtros IIR são denominados como Filtros
Digitais de Resposta ao Impulso Finita, pois sua resposta ao impulso possui uma duração finita
e de natureza não recursiva, ou seja, a saída adquirida num determinado momento depende
apenas das entradas anteriores. Duas propriedades importantes atribuídas aos filtros FIR é que
eles são estáveis e capazes de fornecer uma resposta em frequência com fase linear, ou seja,
fornecer um retardo constante. Onde, uma das grandes vantagens dos Filtros Digitais do tipo
FIR é a possibilidade de serem realizados com fase exactamente linear.

1
Os métodos básicos para o projecto de filtros digitais do tipo FIR são: Filtros de Médias
Móveis; Janelamento; e Amostragem em Frequência. Estes métodos serão usados no presente
trabalho, de modo a explicar como funcionam e como projectar os filtros FIR.

Problematização
A questão principal que este trabalho tenta esclarecer num sentido amplo é: oque são e como
funcionam os Filtros Digitais com Resposta ao Impulso Finito (FIR)? Pois trata-se de uma
teoria com necessidade de uma explicação coerente e precisa.

1. Objectivos

1.1. Objectivo Geral


Compreender a funcionalidade dos Filtros Digitais com Resposta ao Impulso Finito (FIR) de
uma forma mais complexa e ampla.

1.2. Objectivos Específicos


• Definir e fundamentar as idéias do estudo com base em teorias científicas válidas;

• Identificar as suas características;

• Abordar sobre o uso, a aplicação e o método de funcionamento em Sistemas de


Comunicação Digitais.

2. Procedimentos Metodológicos Aplicados na Pesquisa


2.1. Tipo de Pesquisa
A pesquisa deste estudo é qualitativa, visto que faz o estudo e fornece informações colectadas
em diferentes manuais, de forma a compreender e explicar o tema em estudo.

2.2. Método de Pesquisa


O método usado neste estudo é indutivo pois conclui-se uma verdade científica depois de se
considerarem casos particulares deste tema.

2
3. Filtros Digitais com Resposta ao Impulso Finito (FIR)
Segundo HAYKIN e VEEN (1999: pág. 513), Um filtro Digital usa computação para
implementar a acção de filtragem que deve ser executada num sinal de tempo contínuo. A
Figura 1 mostra o diagrama de blocos das operações envolvidas em tal abordagem para
projectar um filtro selectivo de frequência.

Figura 1. Sistema para filtrar um sinal de tempo contínuo construído em torno de um filtro.
Fonte: (HAYKIN e VEEN; 1999: pág. 513)

Figura 2. Ilustração do Filtro Digital. Fonte: (RESTIVO; 1998: pág. 79)

Filtragem Digital é um tipo de processamento de sinais em que são utilizados certos operadores
que alteram a taxa de amostragem do sinal digital, a partir da remoção ou adição de amostras
na sequência de entrada original.

O bloco rotulado conversor analógico-digital é usado para converter um sinal de tempo


contínuo x(t) numa sequencia x[n] de números. O filtro digital processa a sequencia de números
x[n] numa base de amostra por amostra para produzir uma nova sequencia de números, y[n], a
qual é então convertida num sinal de tempo contínuo correspondente pelo conversor digital-
analógico (D/A). Finalmente o filtro de reconstrução (passa-baixas) na saída do sistema produz
um sinal de tempo contínuo y(t), representando a versão filtrada do sinal de entrada original
x(t).

Dois pontos importantes devem ser cuidadosamente observados no estudo dos filtros digitais:

1. Os procedimentos do projecto subjacente normalmente se baseiam no uso de um


modelo de precisão analógica ou infinita para as amostras de dados de entrada e todos
os cálculos internos; isto é, para que se possa tirar proveito da matemática bem
compreendida de tempo discreto, mas de amplitude contínua. O filtro de tempo discreto
resultante proporciona ao projetista uma “estrutura teórica” para a tarefa que ele tem á
frente.

3
2. Quando o filtro de tempo discreto é implementado na forma digital para uso prático, os
dados de entrada e os cálculos internos são todos quantizados com uma precisão finita.
Quando se faz isto, são introduzidos erros de arredondamento na operação do filtro
digital, fazendo com que seu desempenho se desvie daquele do filtro de tempo discreto,
do qual ele foi derivado.

Segundo RESTIVO (1998: pág. 79), Os Filtros Digitais são um dos grandes campos de
aplicação de Processamento Digital de Sinal. Os filtros digitais do tipo FIR são também muito
usados na realização de sistemas adaptativos.
Projectar um filtro digital é determinar um algoritmo que satisfaça as especificações
pretendidas; realizar um filtro digital é implementar esse algoritmo, seja em software ou em
hardware, atendendo às implicações do uso de precisão finita na representação dos coeficientes
e dos sinais de entrada e de saída e na realização das operações aritméticas respectivas.

Segundo TEIXEIRA, GOMES, ALENCAR, MAGALHÃES & AQUINO (2014: pág. 3),
Filtros digitais FIR são denominados como Filtros Digitais de Resposta ao Impulso Finita,
pois sua resposta ao impulso possui uma duração finita e de natureza não recursiva, ou seja, a
saída adquirida num determinado momento depende apenas das entradas anteriores. Duas
propriedades importantes atribuídas aos filtros FIR é que eles são estáveis e capazes de fornecer
uma resposta em frequência com fase linear, ou seja, fornecer um retardo constante.

Segundo RESTIVO (1998: pág. 79), Uma das grandes vantagens dos Filtros Digitais do tipo
FIR é a possibilidade de serem realizados com fase exactamente linear.

Segundo HAYKIN e VEEN (1999: pág. 514), Filtros Digitais de Resposta ao Impulso de
Duração Finita (FIR - Finite Impulse Response), cuja operação é regida por equações
lineares de diferenças com coeficientes constantes de natureza não-recursiva. A função de
transferência de um filtro digital FIR é o polinômio 𝓏 −1 . Consequentemente, os filtros digitais
FIR exibem três importantes propriedades:

➢ Eles têm memória finita e, portanto, qualquer transitório tem duração limitada.
➢ Eles são sempre BIBO (Bounded Input-Bounded Output/ Entrada Limitada-Saída
Limitada) estáveis.
➢ Eles podem implementar uma resposta em módulo desejada com resposta em fase
exactamente linear (isto é, sem nenhuma distorção de fase).

4
Segundo NALON (2009: 136-137), Filtros com Resposta ao Impulso Limitada possuem
algumas vantagens em sua implementação. Pelo facto de serem finitos, filtros FIR sempre serão
estáveis. Além disso, com uma pequena restrição de projecto, é muito fácil encontrar um filtro
causal e com fase linear.

Seja um filtro cuja resposta ao impulso contém 𝑁 + 1 amostras. Chamamos de 𝑁 a ordem do


filtro, e esse valor é equivalente ao grau do polinômio em 𝓏 que representa a função de
transferemcia do filtro. Se o filtro tem a propriedade

ℎ[𝑛] = ℎ[𝑁 − 𝑛]

ou

ℎ[𝑛] = −ℎ[𝑁 − 𝑛]

então pode-se demostrar que o filtro tem fase linear, e o atraso é correspondente a 𝑁⁄2
amostras. A transformada de Fourier coma característica da equação ℎ[𝑛] = ℎ[𝑁 − 𝑛], será
dada por:

𝐻(𝜔) = ∑ ℎ[𝑛]ℯ −𝑗𝜔𝑛


𝑛=0

𝑁⁄2

⇒ 𝐻(𝜔) = ∑ ℎ[𝑛](ℯ −𝑗𝜔𝑛 + ℯ −𝑗𝜔(𝑁−𝑛) )


𝑛=0

𝑁 𝑁

Multiplicando a equação (𝜔) = ∑𝑁 2
𝑛=0 ℎ[𝑛](ℯ
−𝑗𝜔𝑛
+ ℯ −𝑗𝜔(𝑁−𝑛) ) por ℯ −𝑗𝜔 2 ℯ 𝑗𝜔 2 , obteremos

𝑁⁄2
𝑁 𝑁
𝐻(𝜔) = ∑ ℎ[𝑛](ℯ −𝑗𝜔𝑛 + ℯ −𝑗𝜔(𝑁−𝑛) )ℯ −𝑗𝜔 2 ℯ −𝑗𝜔 2
𝑛=0

𝑁⁄2
𝑁 𝑁 𝑁
𝐻(𝜔) = ∑ ℎ[𝑛] (ℯ −𝑗𝜔(𝑛− 2 ) + ℯ 𝑗𝜔(𝑛− 2 ) ) ℯ −𝑗𝜔 2
𝑛=0

𝑁⁄2
𝑁 𝑁
𝐻(𝜔) = ℯ −𝑗𝜔 2 ∑ 2ℎ[𝑛] cos [𝜔 (𝑛 − )]
2
𝑛=0

𝑁
⇒ 𝐻(𝜔) = ℯ −𝑗𝜔 2 𝐻0 (𝜔)

5
Em que 𝐻0 (𝜔) é a transformada de Fourier de uma função par de fase zero. O produto pela
exponencial indica uma fase linear correspondente a um atraso 𝑁⁄2 amostras. A equação
𝑁
𝐻(𝜔) = ℯ −𝑗𝜔 2 𝐻0 (𝜔) mostra o resultado para 𝑁 par, mas é possível obter-se, com raciocínio
semelhante, um resultado similar para 𝑁 ímpar, e também para as mesmas condições nas
equações ℎ[𝑛] = ℎ[𝑁 − 𝑛] e ℎ[𝑛] = −ℎ[𝑁 − 𝑛].

Entre as desvantagens do filtro FIR está a necessidade do uso de vários coeficientes na sua
resposta ao impulso, o que pode resultar em sequências longas, exigindo memória adicional,
um número maior de operações e mais tempo para a execução da filtragem.

Segundo HAYKIN e VEEN (1999: pág. 513), a estrutura básica usada para a implementação
de Filtros Digitais FIR é:

Figura 3. Estrutura para implementar um Filtro Digital FIR. Fonte: (HAYKIN e VEEN; 1999:
pág. 519)

Segundo NALON (2009: 137-145), Para o estudo dos Filtros Digitais FIR, descreveu-se
métodos básicos para o projecto de filtros digitais do tipo FIR são:

• Filtros de Médias Móveis;


• Janelamento;
• Amostragem em Frequência.

6
3.1. Filtros de Médias Móveis
Segundo NALON (2009: 137-138), Filtros médias Móveis (no inglês Moving Average Filters)
são exactamente comuns em processamento digital de sinais, pois são bastante intuitivos, de
fácil implementação e ótimos para a redução de ruído. Além disso, podem ser implementados
recursivamente, exigindo um mínimo de cálculos, o que resulta também em filtros bastante
rápidos, podendo ser utilizados em sistemas pouco poderosos. Por fim, um filtro dessa natureza
possui fase linear sem necessidade de esforço de projecto.

Um sistema de médias móveis de ordem 𝑁 − 1 é definido por

𝑁−1
1
𝑦[𝑛] = ∑ 𝑥[𝑛 − 𝑘]
𝑁
𝑘=0

O sistema recebe o nome de média móvel pois o resultado da sua aplicação é a obtenção de
média 𝑁 amostras posicionadas sobre n-ésima amostra da sequência de entrada. A equação
1
𝑦[𝑛] = 𝑁 ∑𝑁−1
𝑘=0 𝑥[𝑛 − 𝑘] pode ser reescrita na forma de uma convolução:

𝑁−1
1
𝑦[𝑛] = ∑ 𝑥[𝑘]ℎ[𝑛 − 𝑘]
𝑁
𝑘=0

em que ℎ[𝑛] é um filtro definido por

1
, 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑛 < 𝑁
ℎ[𝑛] = { 𝑁
0, 𝑓𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜

A Figura 4 mostra a resposta desse filtro ao impulso em (a), sendo esta simplesmente um pulso
retangular de largura 𝑁 e amplitude 1⁄𝑁. Em (b), tem-se a resposta ao degrau de um filtro de
médias móveis não possui

Posta, e a velocidade com que responde a uma descontinuidade é dada exactamente pelo
número de amostras 𝑁 do filtro. Dessa maneira, é fácil escolher a largura do filtro com base
nas características que se deseja selecionar.

7
Figura 4. (a) Resposta ao impulso de um filtro de médias móveis. (b) Resposta ao degrau de
um filtro de médias móveis. Fonte: (NALON; 2009: pág. 137)

A resposta em frequência do filtro pode ser calculada pela definição:

𝑁−1
1 −𝑗𝜔𝑛
𝐻(𝜔) = ∑ ℯ
𝑁
𝑛=0

1 1 − ℯ −𝑗𝜔𝑛
⇒ 𝐻(𝜔) =
𝑁 1 − ℯ −𝑗𝜔𝑛

Essa função corresponde à reconstrução de uma função retangular em frequência. Encontra-se


a resposta em frequência como

𝑁−1 sin(𝜔𝑁⁄2)
𝐻(𝜔) = ℯ −𝑗𝜔 2
𝑁 sin(𝜔⁄2)
𝑁−1
sin(𝜔𝑁⁄2)
A equação 𝐻(𝜔) = ℯ −𝑗𝜔 2 mostra que o filtro de médias móveis tem fase linear
𝑁 sin(𝜔⁄2)

correspondente a um atraso de (𝑁 − 1)⁄2 amostras. Adicionalmente, sendo um seno


amortecido, consiste em um filtro passa-baixas cuja largura de banda do lóbulo principal é dada
por 2𝜋⁄𝑁. É possível calcular a frequência de corte desse filtro como sendo 𝜔𝑐 = 0,91𝜋⁄𝑁.
A Figura 5. Mostra a resposta em frequência de um filtro de médias móveis para diversos
valores de 𝑁.

8
Figura 5. Resposta em frequência para diversos valores de 𝑁. Fonte: (NALON; 2009: pág.
138)

1
O filtro também pode ser implementado recursivamente. Pela equação 𝑦[𝑛] = 𝑁 ∑𝑁−1
𝑘=0 𝑥[𝑛 −

𝑘], a amostra anterior da sequência de saída é dada por:

𝑁−1
1
𝑦[𝑛 − 1] = ∑ 𝑥[𝑛 − 1 − 𝑘]
𝑁
𝑘=0

𝑁
1
𝑦[𝑛 − 1] = ∑ 𝑥[𝑛 − 𝑘]
𝑁
𝑘=1

1
Substituindo essa equação da equação 𝑦[𝑛] = 𝑁 ∑𝑁−1
𝑘=0 𝑥[𝑛 − 𝑘], obteremos

𝑁−1 𝑁
1
𝑦[𝑛] − 𝑦[𝑛 − 1] = (∑ 𝑥[𝑛 − 𝑘] − ∑ 𝑥[𝑛 − 𝑘])
𝑁
𝑘=0 𝑘=1

1
𝑦[𝑛] − 𝑦[𝑛 − 1] = (𝑥[𝑛] − 𝑥[𝑛 − 𝑘])
𝑁

E portanto

1
𝑦[𝑛] = 𝑦[𝑛 − 1] + (𝑥[𝑛] − 𝑥[𝑛 − 𝑘])
𝑁
1
Da equação 𝑦[𝑛] = 𝑦[𝑛 − 1] + 𝑁 (𝑥[𝑛] − 𝑥[𝑛 − 𝑘]) podemos encontrar a transformada 𝔃 do

sistema de médias móveis:


9
1 1 − 𝓏 −𝑁
𝐻(𝓏) =
𝑁 1 − 𝓏 −1

Essa equação contém um zero de ordem simples em 𝓏 = 0, que cancela o pólo existente nesse
mesmo ponto. A região de convergência é, portanto, todo o [plano complexo, abrangendo o
círculo de raio unitário, garantindo a estabilidade do filtro em sua implementação recursiva.

Essa implementação é atractiva, pois pode ser executada com um número significativamente
pequeno de operações, e utilizando na prática o mesmo número de posições de memória da sua
versão convolutiva. Existem, inclusive, dispositivos físicos que permitem a armazenagem e a
manipulação rápida de uma sequência ordenada de dados, o que permite que esse filtro seja
implementado de maneira bastante eficiente.

Entre as desvantagens do filtro de médias móveis cita-se a pouca flexibilidade oferecida. Não
se pode controlar com grande liberdade a largura da banda de passagem. Além disso, para
diversas aplicações, a atenuação da banda de rejeição é insuficiente. Ainda assim, os filtros
desse tipo são bastante úteis em diversas situações.

3.2. Janelamento
Segundo NALON (2009: 138-141), Uma forma bastante directa de se obter um filtro de
duração finita é truncando a resposta ao impulso infinita de um filtro ideal. Se ℎ𝐷 [𝑛] é a
resposta ao impulso obtida através da transformada inversa da resposta em frequência de um
filtro ideal (ou outro filtro conhecido qualquer que seja adequado), então pode-se obter uma
aproximação de resposta finita de ordem 𝑁 − 1 restringidos os valores de 𝑛 para os quais a
resposta efectiva ℎ[𝑛] está definida.

ℎ𝐷 [𝑛], 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑛 < 𝑁
ℎ[𝑛] = {
0, 𝑓𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜

Essa definição supõe que o filtro ideal ℎ𝐷 [𝑛] tenha sofrido o deslocamento necessário para
levar em conta o atraso da resposta e a consequente fase linear, o que corresponde a 𝑁⁄2
amostras se 𝑁 é par. Se 𝑁 é ímpar, então esse deslocamento deverá ser de (𝑁 − 1)⁄2 amostras.

Uma maneira equivalente de descrever a resposta efectiva é definindo uma sequência 𝑤[𝑛] tal
que

1, 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑛 < 𝑁
𝑤[𝑛] = {
0, 𝑓𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜

10
e fazendo

ℎ[𝑛] = ℎ𝐷 [𝑛]𝑤[𝑛]

Do teorema da modulação, repetido aqui por convivência, obtemos a resposta do filtro assim
definido. Se 𝐻𝐷 (𝜔) e 𝑊(𝜔) são as representações em frequência de ℎ𝐷 [𝑛] e 𝑤[𝑛],
respectivamente, então

1
𝐻(𝜔) = 𝐻 (𝜔)⨂𝑊(𝜔)
2𝜋 𝐷
𝜋
1
𝐻(𝜔) = ∫ 𝐻𝐷 (𝜃) 𝑤[𝑛]𝑊(𝜔 − 𝜃)𝑑𝜃
2𝜋
−𝜋

Se ℎ𝐷 [𝑛] é um filtro ideal sua resposta em frequência 𝐻𝐷 (𝜔) é uma função retangular centrada
na origem, com largura dada pela frequência de corte 𝜔𝑐 . A resposta em frequência da
sequência 𝑤[𝑛] é dada por:

𝑁−1 sin(𝜔𝑁⁄2)
𝑊(𝜔) = ℯ −𝑗𝜔 2
sin(𝜔⁄2)

A Figura 6 mostra em (a) o espectro de magnitude dessa função, e em (b) o resultado da


convolução com um filtro ideal. A aplicação da função janela tem como efeito tornar a transição
da banda de passagem para a banda de rejeição mais suave, além de adicionar uma ondulação
na banda passante. A queda em 𝜔𝑐 será tão mais abrupta quanto mais alta for a ordem 𝑁 do
filtro. A largura da banda de transição está, portanto, directamente ligada à ordem do filtro.
Para uma janela retangular da largura do lóbulo principal de sua representação em frequência,
e pode-se demostrar que:

0,91𝜋
∆𝜔 =
𝑁

11
Figura 6. (a) Espectro de uma janela retangular, em comparação em cum filtro ideal. (b)
Resultado da aplicação da janela retangular a um filtro ideal. Fonte: (NALON; 2009: pág.
139)

É possível generalizar a idéia de janelamento e utilizar outras sequências para realizar a


restrição do domínio do filtro. Entre as janelas mais comuns estão as definidas a seguir:

• Janela Triangular ou Janela de Bartlett

2𝑛 𝑁−1
, 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑛 ≤
𝑁−1 2
𝜔[𝑛] = 2𝑛 𝑁−1
2− , 𝑠𝑒 <𝑛<𝑁
𝑁−1 2
{ 0, 𝑓𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜

• Janela de Hanning

2𝜋𝑛
0,5 − 0,5 cos , 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑛 < 𝑁
𝜔[𝑛] = { 𝑁−1
0, 𝑓𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜

• Janela de Hamming

2𝜋𝑛
0,54 − 0,46 cos , 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑛 < 𝑁
𝜔[𝑛] = { 𝑁−1
0, 𝑓𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜

12
• Janela de Blackman

2𝜋𝑛 4𝜋𝑛
0,42 − 0,5 cos + 0,08 cos , 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑛 < 𝑁
𝜔[𝑛] = { 𝑁−1 𝑁−1
0, 𝑓𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜

Figura 7. (a) Janela Retangular; (b) Janela Triangular; (c) Janela de Hanning; (d) Janela de
Hamming; (e) Janela de Blackman. Fonte: (NALON; 2009: pág. 140)

A Figura 7 mostra o aspecto de cada uma das janelas. Os perfis são mostrados de forma
analógico, mas as janelas são sequências discretas. A Figura 8 mostra os espectros de cada uma
dessas janelas. Nessa figura 8, os espectros são mostrados em dB, para evidenciar o ganho e a
atenuação em cada faixa.

13
Figura 8. Espectro de Magnitude das Janelas em dB. (a) Janela Retangular; (b) Janela
Triangular; (c) Janela de Hanning; (d) Janela de Hamming; (e) Janela de Blackman. Fonte:
(NALON; 2009: pág. 141)

Além da aplicação em projectos de filtros, essas sequências também são utilizadas na análise
de espectro de funções, devido às suas propriedades de compactação de energia. De uma
maneira geral, a largura da faixa de transição é dada por

𝐴
∆𝜔 =
𝑁

14
1
1−𝛿𝑠 2 2𝑁
em que 𝐴 é uma constante dependente da janela utilizada. Da equação Ω𝑠 = Ω𝑐 ( )
𝛿𝑠 2

referente a Frequência Limitante da Banda de Rejeição (𝛀𝒔 , onde 𝛀𝒄 é a Frequência de


Corte e 𝜹 é a Tolerância da Banda e 𝑵 é a Ordem do Filtro Resultante), é possível tirar a
conclusão de que, quanto maior a ordem do filtro, menor será a faixa de transição, e mais
próximo do ideal o filtro estará. Das janelas mostradas, a Janela Retangular apresenta a menor
banda de transição; no entanto, a atenuação dada a frequência na banda de rejeição é pequena,
e pode ser consideravelmente inadequada, dependendo das exigências da aplicação. Além
disso, a janela retangular causa uma grande distorção de pioc na banda de passagem.

A Tabela 1 mostra um comparativo entre as janelas.

A amplitude do pico lateral é a medida em dB da mais alta amplitude de pico lateral em relação
à amplitude do lóbulo central. Essa medida não influi na conformidade do filtro, mas demonstra
o grau de distorção da resposta em frequência próxima à frequência de corte, e, portanto,
valores altos podem ser nocivos. A largura do lóbulo principal refere-se à distância entre o eixo
vertical e o primeiro cruzamento por zero da magnitude da Transformada de Fourier da janela.

Tabela 1. Comparativo entre diversas janelas. Fonte: (NALON; 2009: pág. 141)

As próximas duas colunas merecem um pouco mais de consideração. Pode-se, inicialmente,


estimar a largura da banda de transição a partir da largura do lóbulo principal da Transformada
de Fourier da janela e a atenuação mínima a partir da amplitude do lóbulo lateral. Estimativas
mais apropriadas, no entanto, podem ser obtidas com técnicas mais sofisticadas, resultando nos
valores da tabela. De uma maneira geral, pode-se considerar a atenuação mínima constante
para cada janela, de tal forma quem se for necessário um valor específico de atenuação que a
janela escolhida não alcance, a alternativa é mudar a escolha.

15
3.3. Amostragem em Frequência
Segundo NALON (2009: 141-145), Uma maneira natural e intuitiva de se criar digitalmente
um filtro é, uma vez que o filtro é definido no domínio da frequência, definir o filtro através da
sua Transformada Discreta de Fourier, adquirida directamente pela amostragem da resposta em
frequência desejada, e obtendo-se através da Transformada Inversa os coeficientes do filtro.

Supondo que se deseja um filtro com 𝑁 coeficientes, para garantir que o filtro tenha fase linear,
é necessário que ℎ[𝑛] = 𝑛[𝑁 − 1 − 𝑛], correspondendo a um atraso de (𝑁 − 1)⁄2 amostras.
Essa distorção de fase já pode ser incorporada directamente à resposta do filtro que está sendo
amostrado. Os coeficientes do filtro são obtidos adiante na equação:

𝑁−1
𝑁−1 𝐻0 (𝑘𝜔0 ), 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑘 <
𝐻[𝑘] = ℯ 𝑗 2 𝑘𝜔0 { 2
𝑁−1
𝐻0 ((𝑁 − 𝑘)𝜔0 ), 𝑠𝑒 ≤𝑘<𝑁
2

em que 𝐻0 (𝜔0 ) é o Filtro na Frequência Contínua Desejado, e 𝜔0 = 2𝜋⁄𝑁. A equação de 𝐻[𝑘]


ilustrada acima, garante a periodicidade de 𝐻[𝑘], e também que os coeficientes obtidos sejam
reais. Fazendo

ℎ[𝑛] = ℱ −1 {𝐻[𝑘]}

𝑁−1
1
ℎ[𝑛] = ∑ 𝐻[𝑘]ℯ 𝑗𝜔0𝑘𝑛
𝑁
𝑘=0

De forma geral, o filtro a ser amostrado será um filtro ideal, cujo ganho na banda passante é
unitário e na banda de rejeição é nulo, a não ser que o sistema a ser implementado exija um
comportamento diferente. Se aquela é o caso, no entanto, podemos definir 𝐾 como sendo a
amostra que melhor representa a frequência de corte,

𝜔𝑐
𝐾=[ ]
𝜔0

em que [𝑥] é o menor inteiro maior que 𝑥, então o filtro é escrito como um resultado
significativamente mais adequado, desde que a ordem do filtro escolhido seja
consideravelmente alta. Nesse caso, a banda de transição e as tolerâncias devem, ser utilizadas
para realizar o cálculo da ordem do filtro. O número de amostras deve ser no mínimo duas
vezes a ordem do filtro para que largura da banda de transição seja alcançada.

16
Uma alternativa equivalente e mais simples que permite calcular facilmente o número de
amostras que deve ter o filtro a partir da largura da banda de transição é inserir uma “banda de
transição” composta de uma ou duas amostras que representam a transição entre a banda de
passagem e a banda de rejeição. A inserção de uma simples amostra de transição já aumenta
drasticamente a seletividade do filtro e a atenuação da banda de rejeição. Além disso, uma vez
que a dependência de 𝐻(𝜔) com as amostras 𝐻[𝑘] é linear, é fácil adaptar técnicas simples
para a busca de amostras de transição que otimizam parâmetro do filtro, como o erro da banda
de passagem ou a atenuação da banda de rejeição.

Figura 9. Reconstrução de um filtro amostrado em frequência. Fonte: (NALON; 2009: pág.


143)

Figura 10. Filtro obtido a partir da reconstrução de 20 amostras de um filtro de Butterworth.


Fonte: (NALON; 2009: pág. 143)

17
Figura 11. Representação do ganho em dB do filtro da Figura 7. Fonte: (NALON; 2009: pág.
143)

Seguindo essa última técnica, é possível escolher a quantidade de amostras que devem estar
presentes no filtro para satisfazer as especificações. Se uma amostra vai ser inserida entre as
bandas de passagem e de rejeição, então o tamanho da banda de transição pode ser estimado
como duas vezes o intervalo entre as amostras no domínio da frequência. Se 𝐿 é o número
estimado de amostras necessárias, então temos:

∆𝜔 = 2𝜔0

4𝜋
∆𝜔 =
𝐿

Figura 12. Reconstrução de um filtro ideal com uma amostra de transição. Fonte: (NALON;
2009: pág. 144)

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Figura 13. Representação do ganho do ganho em dB do filtro da Figura 9. Fonte: (NALON;
2009: pág. 144)

O número de amostras a serem utilizadas no filtro pode ser facilmente calculado, fazendo-se
𝑁 = 𝐿. Dada a frequência de corte 𝜔𝑐 , é possível encontrar a amostra que melhor a representa
4𝜋
através da equação ∆𝜔 = , e o filtro resultante é
𝐿

𝑁−1 1, 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑘 ≤ 𝐾
𝑗 𝑘𝜔0
𝐻[𝑘] = ℯ 2 {0,5, 𝑠𝑒 𝑘 = 𝐾 + 1
0, 𝑠𝑒 𝐾 + 1 < 𝑘 < 𝑁⁄2

É importante notar que as escolhas para o projecto do filtro e suas consequências são, na
verdade, aproximações, e o verdadeiro resultado vai depender da aplicação que está sendo
implementada. Um resultado um pouco mais preciso pode ser obtido se a frequência de corte
pode ser colocada na forma

𝐾𝜋
𝜔𝑐 =
𝑀

O filtro pode ser obtido directamente pela equação 𝐻[𝑘] =


𝑁−1
1, 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑘 ≤ 𝐾
ℯ𝑗 2
𝑘𝜔0
{0,5, 𝑠𝑒 𝑘 = 𝐾 + 1, desde que se escolha 𝑁 como o mínimo múltiplo comum
0, 𝑠𝑒 𝐾 + 1 < 𝑘 < 𝑁⁄2
entre 𝐿 e 𝑀.

Algumas vezes a inclusão de apenas uma amostra na banda de transição não é o suficiente para
a redução da atenuação de forma a satisfazer as especificações do sistema. Nesses casos, é
possível inserir duas ou mais amostras na banda de transição, com uma análise bastante
semelhante à feita aqui ara a obtenção do filtro. Alternativamente, é possível utilizar técnicas
de optimização de forma a se obter o filtro que mais se ajusta às necessidades.
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Conclusão
O presente trabalho abordou sobre os Filtros Digitais FIR, que são filtros cuja operação é regida
por equações lineares de diferenças com coeficientes constantes de natureza não-recursiva. A
função de transferência de um filtro digital FIR é o polinômio 𝓏 −1 .

Filtros digitais FIR são denominados como Filtros Digitais de Resposta ao Impulso Finita, pois
sua resposta ao impulso possui uma duração finita e de natureza não recursiva, ou seja, a saída
adquirida num determinado momento depende apenas das entradas anteriores. Duas
propriedades importantes atribuídas aos filtros FIR é que eles são estáveis e capazes de fornecer
uma resposta em frequência com fase linear, ou seja, fornecer um retardo constante.

Os Filtros FIR exibem três importantes propriedades, que são: Eles têm memória finita e,
portanto, qualquer transitório tem duração limitada; Eles são sempre BIBO estáveis; Eles
podem implementar uma resposta em módulo desejada com resposta em fase exactamente
linear (isto é, sem nenhuma distorção de fase).

Para o estudo dos Filtros Digitais FIR, descreveu-se métodos básicos para o projecto de filtros
digitais do tipo FIR, que são: Filtros de Médias Móveis; Janelamento; e Amostragem em
Frequência.

Estes Filtros são muito usados em Sistemas de Comunicação Digital para a filtragem de
determinados sinais.

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Referência Bibliografia
HAYKIN, Simon and VEEN, Barry Van (1999); Signals and Systems: Jhon Willey and Sons,
Inc,: Tradução: SANTOS, José Carlos Barbosa dos (2001); Sinais e Sistemas; Bookman; Porto
Alegre.

NALON, José Alexandre (2009); Introdução ao Processamento Digital de Sinais; LTC –


Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.; GEN – Grupo Editorial Nacional; Rio de Janeiro –
Brazil.

RESTIVO, Francisco José de Oliveira (1998); Processamento Digital de Sinal; Faculdade de


Engenharia da Universidade do Porto; Departamento de Engenharia Electrotécnica e de
Computadores; Porto – Portugal.

TEIXEIRA, Francisco Hitalo J. B., GOMES. Paulo Ricardo B., TEVARES, Daniel Alencar
B., ALMEIDA, Edipo Magalhães & AQUINO Francisco José Alves de (2014); Aprenda na
Prática: Filtros Digitais para a Correção de Frequências Ruidosas em Sistemas de
Comunicação utilizando a Plataforma MATLAB; Instituição Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Ceará (IFCE); Departamento de Engenharia de Telecomunicações; Grupo de
Desenvolvimento em Sistemas Embarcados (GDEST): Laboratório de Processamento Digital
de Sinais (LPDS); Fortaleza – Brazil.

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