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Centro Territorial de Educação Profissional do Piemonte da Diamantina II

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O Menino que Descobriu o Vento: Conheça a história real que inspirou o filme
Em depoimento ao HuffPost, William Kamkwamba compartilhou um pouco da sua história,
que inspirou o filme da Netflix.

William Kamkwamba (Maxwell Simba) é um garoto de 13 anos que não aguenta


mais ver sua família e seus amigos passarem por dificuldades. Uma forte seca toma conta da
região do Malawi em que ele mora e, com isso, nenhuma plantação consegue se desenvolver.
Para Kamkwamb, ir para a escola é a grande oportunidade de mudar de vida e ajudar
os seus pais. Porém, como a família não consegue vender a plantação, faltam recursos para
pagar a mensalidade.
É aí que ele decide aprender sozinho. Em uma pequena biblioteca local, Kamkwamb
aprende sobre engenharia e energia eólica. Na cara e na coragem, ele constrói um sistema de
moinho e de bombeamento de água que transforma a vida dos moradores de sua aldeia.
A história do jovem africano ganhou o mundo por meio de um livro autobiográfico lançado
em 2009. Dez anos depois, a narrativa inspirou o filme original da Netflix O menino que
descobriu o vento,  dirigido pelo britânico Chiwetel Ejiofor (12 Anos de Escravidão), que
interpreta o pai de Kamkwamb no longa.
Na minha escola, nós aprendemos sobre ‘indicadores’, então quero compartilhar uma notícia
sobre o problema do desmatamento em minha terra natal, o Malawi: Em 2010, minha mãe
passou 1.095 horas procurando por lenha para minha família poder comer.
Foram três horas por dia caminhando até a mata mais próxima, uma caminhada que só fica
mais longe a cada ano. Isso acontece no centro de Malawi, perto da cidade de Kasungu, e
minha mãe não foi a única. Na maioria dos países da África Subsaariana, mais de 90% das
pessoas estão sem eletricidade e usam lenha para cozinhar e se aquecer. No Malawi, esse
número é ainda maior.
Meu avô me contou como as densas florestas um dia cobriram nosso país inteiro. As florestas
eram tão enormes que um homem poderia perder sua noção de tempo e direção entre elas.
Essas florestas foram reduzidas em mais de 80% e os resultados podem significar a desgraça
para todos nós. O Malawi perde mais de 200 milhas de florestas a cada ano, a maioria é
desmatada ilegalmente por homens sem emprego que vendem a madeira na beira da estrada
como lenha.
As grandes empresas de produção de tabaco no Malawi também usam a madeira. Até mesmo
os pequenos produtores de tabaco, como meu pai, precisam de árvores para construir
abrigos para secar as folhas. Por causa dos cupins, esses abrigos nunca duram mais do que
uma estação.
Como muitos sabem, as árvores funcionam como grandes máquinas de bombeamento,
sugando a água da terra e liberando-a na atmosfera, onde ela retorna sob a forma de chuva.
Sem as árvores, a chuva é interrompida. E quando há chuva, não há mais nada para sugá-
las, então ela simplesmente escorre para os rios, junto com o solo e o fertilizante de nossos
campos de milho, dos quais dependemos para comer.
Para os poucos sortudos no Malawi, a eletricidade vem de usinas hidrelétricas no rio Shire.
Então, quando as inundações assoreiam o rio, elas também carregam toneladas de lixo e
sedimentos - entupindo as barragens.
As usinas precisam parar todas as operações e dragar o rio, o que, por sua vez, causa cortes
de energia. E como esse processo é muito caro, as empresas de energia elétrica precisam
cobrar uma taxa extra pela eletricidade, dificultando ainda mais o seu acesso.
Este ciclo causou secas severas entre 2000 e 2005, as quais levaram a fome para a maioria
da população.
A primeira matou quase 10 mil pessoas e quase levou minha própria família. Nós vivemos
durante meses com apenas uma refeição por dia e depois isso caiu para nada. Nenhuma
comida.
Durante esse período, também fui forçado a abandonar a escola porque meu pai não podia
pagar minhas mensalidades. No entanto, eu consegui continuar minha educação em uma
pequena biblioteca local financiada pelos americanos.
Lá, eu me apaixonei por livros de ciência e consegui aprender sobre como os motores e a
eletricidade funcionavam. Outro livro apresentava moinhos de vento na capa e disse que eles
eram usados para bombear água e gerar energia.
Fiquei tão inspirado que comecei a colecionar sucata de metal como peças antigas de
bicicletas e tratores. Eu consegui construir um moinho próprio para a minha comunidade,
que alimentava quatro lâmpadas e bombeava água para irrigação.
(Você pode ler a história completa em meu novo livro “O Menino que Descobriu o Vento”,
que escrevi com Bryan Mealer.)
Notícias sobre o meu moinho se espalharam pelo mundo, e graças ao livro e a alguns
generosos apoiadores, pude voltar à escola e fazer melhorias muito necessárias na minha
aldeia, como instalar painéis solares e perfurar um poço para limpar água potável.
Pela primeira vez, minha família tem luz e água corrente. Mas ainda não resolvi o problema
da lenha. Todos os dias, minha mãe não tem escolha a não ser caminhar todos esses
quilômetros para coletar um punhado de madeira.
Recentemente eu pensei em algumas alternativas: um experimento para criar biogás com
cocô de cabra foi desastroso e quase destruiu a cozinha da minha mãe. Mas um plano para
um forno solar ainda está em andamento. Eu espero que dê certo.
Então, nesse meio tempo, estou adotando uma abordagem mais básica: plantar mais árvores.
Através da minha fundação, o The Moving Windmills Project, um dos meus objetivos é
reflorestar o meu distrito, juntamente com a criação de métodos simples para levar energia
eólica e irrigação às aldeias do Malawi.
Se eu conseguir fazer isso, e finalmente aperfeiçoar esse forno solar, talvez um dia possamos
curtir as florestas como o vovô lembrava.”
 
*Esse texto foi originalmente publicado em 2009 no HuffPost US e traduzido do inglês
Disponível em: /www.huffpostbrasil.com.Acesso em 26 /03/2019.

Que tal assistirmos ao filme e respondermos os questionamentos e reflexões propostas?


1-Como a escola pode intervir na qualidade de minha vida e da minha família?
2-Quando e como o homem passou a utilizar a energia oriunda dos ventos (energia eólica)?
3-Quais os países do mundo que mais têm investido nesta fonte de energia? E o Brasil como
se destaca neste cenário?
4-Identifique os tipos de pesquisas presentes no filme.
5-O Menino que Descobriu o Vento dá um bom espaço às personagens femininas. Na família
Kamkwamba, temos Agnes (Aïssa Maïga), a mãe de três filhos, e temos Annie (Lily Banda),
a filha mais velha da casa .Caracterize-as de acordo com os papéis desempenhados por elas ao
longo da narrativa.
6-Quais as lições do filme O Menino que Descobriu o Vento?
7-Quais os principais problemas sociais presentes na película?
8-Caracterize o espaço geográfico que se passa toda a narrativa.
1) Conhecimento é Poder
Em meio a uma realidade de seca e fome, quando a maioria da população abandonava o
vilarejo, William foi estudar! Ele foi o único a obter o conhecimento da energia eólica,
adaptar para a sua realidade e conseguir água e plantações para sua família e para a sociedade
local.
2) 2) Equipe Comprometida
Assim que o William estuda sobre a energia eólica, ele explica a sua teoria para os amigos. A
maioria acredita na explanação do garoto e o ajuda a colocar o plano em prática.
3) A Persistência é o Caminho do Êxito
William tentou inúmeras vezes pegar a bicicleta do pai, para montar a sua estrutura de energia
eólica. No entanto, não obteve sucesso nas primeiras tentativas. Ele chegou até a ameaçar seu
pai, mas, mesmo assim, não conseguiu.
Até que depois o pai escuta a sua esposa, que explica que eles não têm nada a perder, só a
ganhar. E que ele poderia dar uma chance ao filho de mostrar que poderia mudar a realidade
da região. E depois de muito convencimento, assim o fez.
4) União Familiar e Incentivos
Apesar da triste realidade em que viviam, a família de William era unida. Seus pais se
amavam, sua irmã era trabalhadora e bem educada (até mesmo quando ela fugiu de casa, foi
pensando em deixar mais comida para a família).
Além disso, os seus pais sempre incentivaram os estudos dos filhos. Fazendo questão de fazer
economias para matricular a prole na melhor escola da região. Nos tempos mais difíceis, o
William foi impedido de frequentar a escola. Mas a família sempre prezou pela educação dos
mesmos.
5) Seja uma Fonte de Inspiração

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