POLO: JUNDIAI/CENTRO RA:1943673 Resumo de filme: O menino que descobriu o vento.
Baseado no livro escrito por William Kamkwamba e Bryan Mealer, O Menino
que Descobriu o Vento, filme dirigido e roteirizado por Chiwetel Ejiofor, se passa em uma pequena aldeia africana, cujos habitantes tiram a sua subsistência da agricultura. Após um grande período de seca, a população local assiste, lentamente, sua fonte de sobrevivência se esgotar. O vilarejo passa a sofrer com problemas de ordem econômica, de cunho político e social, na medida em que as famílias têm que conviver com a fome e, consequentemente, com a violência pois começam a lutar por toda e qualquer fonte de alimento e água ainda existente. Dentro desta realidade, vemos o quanto o governo local é totalmente despreparado para a situação, isento de suas responsabilidades e que em momento algum sequer tenta ajudar a população local. Em meio ao caos, o garoto William (interpretado lindamente por Maxwell Simba e personagem principal no decorrer da trama) precisa abandonar a escola pois seu pai não tinha mais condições financeiras para bancar seus estudos. Por tanto, é neste cenário decadente que o menino William vê diariamente a luta de seu pai para vencer a crise presente em seu povoado. Ele decide então colocar em prática uma ideia que teve quando passava o tempo lendo livros na biblioteca da escola: construir uma torre de energia eólica, para impulsionar uma bomba de água e irrigar a plantação dos grãos da aldeia. Sendo assim, movido por sua inteligência e determinação de mudar o ambiente em que vive, ele inicia a construção de uma turbina eólica utiliza materiais descartados. Ao analisarmos o meio educacional em que William esteve inserido, vemos como era algo em defasagem, decaindo juntamente com o povoado. Podemos acompanhar como a escola e todo o sistema governamental que a cerca exclui os moradores da escola, dificultando cada vez mais o acesso à educação. E vemos assim surgir uma ramificação na educação, que deixa de ser formal, tradicionalmente passada em sala de aula com regras e livros, e acompanhamos o nascimento de um aprendizado prático, evolutivo, multifuncional. O diretor nos mostra de forma muito leve como as tradições, a educação familiar e o convívio afetivo (mesmo que com um cachorrinho) são importantes para a formação pessoal de qualquer ser humano e em qualquer realidade social que ele se encontre. No decorrer do longa, vemos o quanto nossa forma de ensino pode ser por vezes ultrapassada, não dando a liberdade criativa que os alunos necessitam e merecem. Sem dúvida alguma necessitamos cada vez mais de uma educação multifacetada e plural, aberta para somar com tudo que pode nos trazer bons frutos. Podemos ver através deste filme, o quanto devemos estar prontos profissionalmente para absolver o cotidiano a favor da educação. Desde o relacionamento entre pais e filhos, passando por tradições familiares, o choque de gerações, o amor por um animal de estimação, tudo do cotidiano deve ser incorporado para uma educação de mais qualidade, que prepare os jovens para as dificuldades do mundo com mais do que uma visão formal e teórica. Que possamos ensiná-los a fazer do mundo um lugar fértil e florido, mesmo diante de obstáculos imensos e utilizando toda e qualquer inteligência e ensinamento que seja necessária para tal proeza.