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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA
PROFESSORA: ISABELLE SANCHIS E REGINA HELENA CAMPOS
ALUNA: JANAÍNA LUÍSA FERREIRA DOS SANTOS
TURMA: X

ROUANET, Sergio Paulo. 1934 – As razões do Iluminismo/ Sergio Paulo Rouanet -


– São Paulo: Companhia das Letras, Psicologia Cognitiva - 1998. pp. 137-140

Resenha sobre o trecho “Psicologia Cognitiva”.

O texto apresenta uma introdução sobre uma pesquisa realizada em uma área de
São Paulo que foi feita para medir, segundo os métodos Piagetianos, o nível psicogenético
de dois grupos de crianças, um grupo com crianças escolarizadas e outra com crianças não
escolarizadas. As investigações foram feitas para validar a teoria Piagetiananas sob
condições brasileiras.
No estudo foi verificada a confirmação da teoria de Piaget, também descobriram
que o meio social afetava o ritmo e a amplitude da psicogênese. As crianças de origem
proletária não atingiram todos os estágios de desenvolvimento propostos pela teoria de
acordo com a faixa etária que elas se encontravam, quando comparadas as crianças de
classe média e alta que eram escolarizadas.
Constatou-se que o meio social precário influenciava ao bloquear o pleno
desenvolvimento psicogenético. A miséria material engendrava uma miséria cognitiva.
Uma das conclusões do estudo afirmava que as condições dessas crianças de meio social
inferior só se desenvolveriam de acordo com sua faixa etária se passassem por uma
escolarização ampla.
Durante a pesquisa houveram críticas a argumentação que aplicava a crianças
paulistas uma teoria concebida para crianças de Genebra, mas foi verificado que as
crianças de classe média e alta tinham o mesmo perfil de desenvolvimento que as crianças
de Genebra. Eram as crianças marginalizadas que se afastavam do padrão, porém o mesmo
desvio teria acontecido se Piaget tivesse comparado com o desenvolvimento dos filhos de
italianos, que eram de classe inferior as crianças genebrianas.
Outra linha de argumentação afirmava que as crianças marginalizadas possuíam um
estilo cognitivo diferente, pois para elas as competências adquiridas pela experiência não
eram inferiores aos conhecimentos aprendidos na escola, tudo era apenas um questão de
ponto de vista e de se entender que existem diversos tipos de conhecimentos e que são
adquiridos de diversas formas, porém isso não torna um melhor do que o outro.

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