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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO II – 2014/2
PROFESSORA: THAIS NIVEA DE LIMA FONSECA
ALUNA: JANAÍNA LUÍSA FERREIRA DOS SANTOS
TURMA: O

Resenha
MARTINS, Maria do Carmo. Reflexos reformistas: o ensino das humanidades na ditadura militar
brasileira e as formas duvidosas de esquecer. Educar em Revista. Curitiba, Brasil, n. 51, p. 37-50,
jan./mar. 2014. Editora UFPR.

MARTINS, Maria do Carmo é graduada em História pela Universidade Estadual de


Campinas (1986), mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1996),
doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2000) e pós-doutorado pela
Univeristy of Brighton/UK (2011). É professora no Departamento de Educação, Conhecimento,
Linguagem e Arte da FE/ Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Em seu artigo é
discutido a reforma educacional, ocorrida no período da ditadura e tomando como foco as
mudanças curriculares e criação das disciplinas escolares Estudos Sociais, Educação Moral e
Cívica (EMC) e Organização Social e Política do Brasil (OSPB).
A autora ao escrever este artigo tem como objetivo primeiramente não deixar esse período
tão marcante de nossa história cair no esquecimento, e fazer uma retomada de como surgiram às
disciplinas que demarcaram como deveria ser feito o ensino nas escolas. O período da ditadura
foi duro e controlador inclusive dentro das escolas, os militares exigiam obediência e ordem e
dessa forma criaram disciplinas que pudessem criar um sentimento de nacionalismo e de amor à
pátria como forma de disciplinar as mentes dos alunos.
A reforma da educação básica ocorreu durante o regime militar (1964-1985), abordando
reformas curriculares e configurações disciplinares das humanidades para o ensino escolar, além
da reestruturação do sistema escolar e na nova configuração do ensino de 2° grau que se tornou
profissionalizante. As mudanças propõem um núcleo comum para os currículos do 1° e do 2°
graus, e mudanças nos livros educativos e a vinculação de produções desses materiais didáticos
com o currículo, procurando a unicidade da relação entre teoria e prática educacional.
A disciplina Estudos Sociais ensinava conceitos de história e geografia, já a disciplina
(OSPB) transmitia conteúdo prescritivo calcado na racionalidade e capaz de legitimar quaisquer
que fossem as estruturas organizacionais de Estado, seu organograma e bases legitimadoras. Em
relação à disciplina (EMC), essa que se parecia muito com a (OSPB), pois os conteúdos
conversaram entre si, era mais técnica e ensinava regras, normas e os hinos.
Do ponto de vista educativo, cabe salientar que essas disciplinas foram elementos
importantes na estrutura e no planejamento do trabalho pedagógico, que é o currículo. A
prescrição curricular foi um dos maiores pilares que sustentaram o imaginário ordeiro e
disciplinador do período e é importante compreender que o Estado visava regular o ensino
público e demarcar as configurações de poder na definição dos conteúdos educativos.

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