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REFLEXÕES SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA DISCIPLINA HISTÓRIA DO

ENSINO DE HISTÓRIA PARA A PRÁTICA DE SALA DE AULA.

Junia Helena Ferreira dos Santos1

RESUMO

O presente trabalho tem como principal objetivo refletir sobre as contribuições da


disciplina História do Ensino de História cursada no primeiro semestre do curso de
Mestrado Profissional em Ensino de História, para o fazer pedagógico em sala de aula.
A metodologia utilizada foi revisão bibliográfica, a partir dos textos estudados na
disciplina, dos debates e que dialogam com outras disciplinas propostas na ementa do
curso.

PALAVRAS-CHAVE

Ensino de História, História do Ensino de História e reflexão.

ABSTRACT

The main objective of this work is to reflect on the contributions of the discipline
history of the teaching of history studied in the first semester of the professional
Master's course in history teaching, in order to make pedagogical in the classroom. The
methodology used was a bibliographic review, based on the texts studied in the
discipline, the debates and dialogue with other disciplines proposed in the course menu.

KEY WORDS

History teaching, History of history teaching and reflection.

1. INTRODUÇÃO

A reflexão aqui proposta trabalho é fruto dos debates a partir da bibliografia e das aulas
da disciplina obrigatória do Mestrado, História do Ensino de História, na tentativa de
dialogar com a experiência da carreira docente.

Estudar a História do Ensino de História, depois da graduação e com alguma prática de


sala de aula, aponta para uma profunda reflexão de inúmeras temáticas, desde o
planejamento, a escolha de materiais, que por vezes passa a ser estabelecido de maneira

1
Mestranda em Ensino de História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Graduação em
História pela Faculdade Saberes, Pós-Graduação Lato Senso em Educação: Currículo e Ensino pelo
Instituto Federal do Espírito Santo de Cariacica – Polo: Domingos Martins – IFES. E-mail:
juniahelena@hotmail.com
mecânica, como as discussões, e propor aulas que de fato contribuam para uma
formação crítica tanto do aluno quanto do professor;

Como reflexão inicial, propomos a seguinte construção do texto. No primeiro momento


um breve histórico do Ensino de História no Brasil. No capítulo seguinte reflexões
sobre a História do Ensino de História e a sala de aula. E por último, as contribuições da
disciplina e as considerações finais.

2. HISTÓRICO DO ENSINO DE HISTÓRIA NO BRASIL.

Ensinar história hoje requer pensar novas práticas, assim se faz necessário conhecer a
trajetória da disciplina história no Brasil, seus métodos, sua didática, bem como suas
contribuições e transformações ao longo do tempo.

A História, entendida como atividades e estudos específicos constantes de


uma grade curricular, portanto, entendida como disciplina obrigatória na
formação escolar em todos os níveis de ensino, por isso grafada com
maiúscula, é de data recente no Brasil, remontando à criação do Colégio
Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1838. Antes dessa data, não se encontram
informações sobre a existência dessa disciplina nas antigas Aulas Régias, em
que se resumia todo o sistema educacional vigente no Brasil entre a expulsão
dos jesuítas, em 1759, e as reformas efetuadas a partir de 1827. (MANOEL,
2012, p.1)

O Ensino de História no Brasil apresenta-se inicialmente no contexto do Brasil Império


com a criação do Colégio Pedro II e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
(IHGB), entretanto o percurso que a disciplina percorreu, foi longo, e passou por
profundas transformações, que são percebidas e realizadas até a atualidade.

foram sistematizados elementos para construção da seguinte periodização do


ensino de História no Brasil: construção do código disciplinar da história no
Brasil (1838-1931); consolidação do código disciplinar da história no Brasil
(1931-1971); crise do código disciplinar da história no Brasil (1971-1984);
reconstrução do código disciplinar da história no Brasil (1984-?).
(SCHMIDT, 2012, p.78)

A proposta temática da disciplina estudada, também apresenta uma periodização: o


século XIX, como início de afirmação da disciplina de História, o contexto pós
proclamação da república, passando pelas década de 1930, até a década de 1970,
seguindo por uma proposta de obras mais atuais, bem como as dificuldades do Ensino
de História hoje, através de temas e seminários propostos pelos discentes.

Esse processo de construção da História como disciplina escolar insere-se, a


partir da segunda metade do século 19, no próprio movimento de construção
e consolidação do Estado Nacional, no qual se destacam os embates entre
monarquistas e republicanos e a necessidade de definição de uma identidade
nacional. A proclamação da República, em 1889, explicita a importância da
História, principalmente a História do Brasil, para a formação de um
determinado tipo de cidadão: (SCHMIDT, 2012, p.79)
Como já mencionamos anteriormente, é no século XIX, que a História enquanto
disciplina se firma, dialogando com a ciência história, e tomando para si, muitos dos
métodos. Em relação ao ensino de História, o Colégio Pedro II foi o primeiro a
institucionalizar a disciplina no currículo escolar além disso, “sugere interrogações
sobre o que se esperava do estudo do passado para a construção do futuro nacional.”

Outros momentos relevantes do histórico da disciplina são

As reformas de Ensino de Francismo Campos (1931) e Gustavo Capanema


(1942), ao estabelecerem orientações metodológicas para o Ensino de
História, reafirmam o esquema quadripartite de História Universal e a
História do Brasil dividida em duas séries, o primeiro conjunto
compreendendo a História do Brasil do 1º Reinado até a Independência e o
segundo compreendendo a História do Brasil do 1º Reinado até aquele
momento, o Estado Novo. (GUIMARÃES, 1993, p.49)

A reforma de 1931 tinha como principal objetivo a coesão da nação brasileira, e a


disciplina de História contribuiu fortemente para esse objetivo, como podemos observar.
Nesse contexto, a reforma Francisco Campos pode ser visto como “fator de
coesão nacional” e “a História era tida como disciplina que, por excelência,
formava os estudantes para o exercício da cidadania e seus programas
incorporavam essa concepção”. (ABUD: 1993: p. 165)

A metodologia para o ensino de história a partir dessa reforma aponta para uma história
caracterizada como conhecimento do que foi produzido, bem como disciplina, ainda
estabelece relações com a ciência positivista do século anterior, porém com respeitáveis
inovações, entre suas principais características observa-se

As instruções metodológicas de História sugeridas em 1931 revelam uma


tentativa de renovação metodológica do ensino, particularmente no que se
refere às sugestões de procedimentos técnicos que o professor deveria utilizar
para motivar o aluno, ressaltando e valorizando alguns aspectos, como a
necessidade da relação dos conteúdos com o presente; a utilização do método
biográfico (vida de grandes homens, heróis e condutores de homens,
estudados somente a partir de sua inserção nos contextos da sociedade em
que viveram), o privilegiamento dos fatos econômicos, além da valorização
dos aspectos éticos, [...]. (SCHMIDT, 2012, p. 81)

Já com a Reforma Capanema, no ano de 1942, tinha como um de seus princípios


norteadores, maior autonomia em termos de didática, para os professores, somado a
isso, a proposta de dividir as disciplinas através de programas e unidades didáticas.
Dentre os norteadores do ensino de História estava valorizar acontecimentos do presente
e assim chegar ao passado.

Em 1942, ou seja, 11 anos após a reforma Francisco Campos, foi elaborada a


nova Lei Orgânica do Ensino Secundário, também conhecida como reforma
Gustavo Capanema. Um dos principais princípios desta nova lei era
assentado na proposta de autonomia didática para o professor, princípio este
também defendido por Jonathas Serrano, um dos relatores da lei. Entre suas
propostas principais estava dividir cada disciplina a partir dos programas e
unidades didáticas. ( SCHMIDT, 2012, p. 81.)

Em 1971, a disciplina de história uniu-se a conteúdos da disciplina de geografia,


resultando no que se constituiu como Estudos Sociais, assim o campo dos Estudos
Sociais “é dimensionado como uma soma de conteúdos de História, Geografia e demais
ciências humanas”. Entretanto, essa nova disciplina não apresentava as especificidades
que cada área de conhecimento que ela englobava, tinha em seu próprio campo.

[...] objetivo dos Estudos Sociais “é a integração espácio-temporal e social do


educando em âmbito gradativamente mais amplo. Os seus componentes
básicos são a Geografia e a História, focalizando na primeira Terra e os
fenômenos naturais referidos à experiência através dos tempos” (Parecer
853/71 – C.E.E.) Se a esses componentes básicos se acrescentam outros
elementos derivados das demais Ciências Humanas todos se referindo a uma
realidade, como uma realidade indecomponível, tem-se o campo dos Estudos
Sociais. (GUIMARÃES, 1993, p.58.)

Na década seguinte, 1980, o combate à disciplina de Estudos Sociais e a desvalorização


da História como disciplina específica e como área de conhecimento, é latente,
sobretudo em um contexto de lutas políticas, como foi a Ditadura Civil Militar. É nessa
mesma década que o diálogo com experiências europeias, propõe um intenso debate no
Brasil, no que tange ao currículo, e em particular a disciplina de História. Resultado de
intensas lutas, disciplinas como Educação Moral e Cívica (EMC), Organização Social e
Política (OSPB) e outras foram extintas, o início da implementação da Lei Diretrizes e
Bases (LDB – Lei 9394/96),bem como PCN’s que pôs fim aos Estudos Sociais como
parte do currículo, todos frutos de conquistas desde a década anterior juntamente com a
Constituição de 1988 e o processo de Redemocratização.

Nas décadas seguintes a disciplina de História é revisitada e surgem novos diálogos


entre a disciplina escolar e a História como campo, evoca-se novas vozes, os grupos
sociais, os excluídos, as minorias, somado a isso começou a ser valorizado os saberes
escolares e da comunidade, mediação do professor ao invés desse como detentor de todo
o saber. Assim, muda-se a compreensão do que é de ensinar História nos dias atuais,
“[...] uma conquista importante porque reafirmou, entre nós, a concepção de que ensinar
História não é apenas repetir, reproduzir conhecimentos eruditos produzidos noutros
espaços: existe também uma produção escolar.” (SILVA e GUIMARÃES, 2010, p.14.)

Ainda sobre as mudanças na disciplina escolar, observa-se que esses novos atores,
passam a ganhar notoriedade não só nas legislações, como nos debates, livros didáticos
e consequentemente nas aulas. Leis como 11.645/2008 que inclui nos currículos oficiais
das redes de ensino a obrigatoriedade da temática de “História e Cultura Afro-Brasileira
e Indígena”, tendo alterado leis como a 10.639/2003, e a própria LDB 9394/96.

São essas novas discussões e novos personagens que ampliam a noção de saber
histórico e de seu espaço de produção, assim não só a escola é espaço de construção de
saber histórico, os espaços não formais, elencamos aqui, sobretudo os patrimônios
culturais podem e devem contribuir nesse processo de saber, de conhecer e de
pertencimento histórico.

3. REFLETINDO SOBRE A HISTÓRIA DO ENSINO DE HISTÓRIA E A


PRÁTICA PEDAGÓGICA.

Os desafios do professor de História ao ensinar disciplina são muitos, sendo assim uma
disciplina que se propõe a pensar o Ensino de História e sua história, traz reflexões para
um fazer, que como anteriormente mencionado se torna para vários docentes um ato
mecânico, devido à carga horária extensa, quantidade de turmas e consequentemente de
alunos, o aparato burocrático que também compete ao professor, formação continuada
de pouca qualidade, na maioria das vezes e quando é ofertada pelas redes em que
trabalham, bem como o pouco e raro tempo para leitura, atualização e formação.

Com o passar dos anos de prática pedagógica, torna-se por vezes, rotineira
inevitavelmente, com a ausência do planejamento e da reflexão para propiciar uma nova
ação. O que fica claro quando se observa os modelos avaliativos que são adotados, as
aulas que parecem ser todas iguais, mudando somente a temática, o que gera
desinteresse do docente e também do aluno.

De um lado, é preciso selecionar os conteúdos a serem apresentados aos


alunos o que, inevitavelmente, implica escolhas temáticas e a adoção de
determinada versão dos acontecimentos. De outro, é necessário empenhar-se
para que os alunos desenvolvam uma reflexão crítica em relação aos
conteúdos estudados e, com isso, construam seu próprio saber. É importante
o professor saber que: “quanto mais o aluno sentir a história como algo
próximo dele, mais terá vontade de interagir com ela, não como uma coisa
externa, distante, mas como uma prática que ele se sentirá qualificado e
inclinado a exercer” (KARNAL apud RIBEIRO 2013, p. 3)
Além de apresentar questões muito caras ao cotidiano do aluno, é preciso fazer com ele
se perceba parte disso. Em grande parte essa é a dificuldade do professor de História, ter
acesso à história produzida na academia, fazer a chamada transposição didática, e tornar
isso inteligível ao aluno sem que se perca a cientificidade e concomitantemente, que o
próprio professor e alunos se enxerguem no processo. Do contrário a História, torna-se
um mero decorar de datas e acontecimentos, e avaliar isso seria ainda mais complexo.

Alterações na percepção do que é História, do que ela estuda e questões na primeira


metade do século XX na França com a Escola de Annales, que aponta para uma
compreensão histórica totalizante a ciência história em construção, e que na pesquisa
seja levados em conta, o viés político, social, econômico, cultural, das mentalidades e
outros, no que se refere ao objeto da pesquisa. E é a partir daqui, sabe-se a passos
lentos, que se modificam também os livros didáticos, o que é ensinado nas aulas de
História. 2

A História Cultural, fez o historiador repensar sua prática de pesquisa, sendo assim, fez
o professor de História também repensar sua prática. Não só pelo aluno que temos
atualmente, que é cheio de informações, que debate, rebate, e não aceita explicações
simplórias, nem tampouco, fazer resumos e cópia pela cópia, com o era o costume em
décadas passadas.3

As novas propostas de prática pedagógica no Ensino de História, o professor é mediador


e propõe que o aluno trabalhe com fontes históricas, de várias maneiras possíveis, faz
visitas técnicas, locais estes, onde se aprende história na prática, isto é, onde ela
acontece juntamente como o nosso cotidiano, sobretudo quando trabalhamos os
patrimônios, para além do espaço não formal, mas também como uma fonte histórica,
faz entrevistas com quem viveu no contexto, certamente de períodos mais atuais,
aprende brincando com jogos didáticos, sejam eles manuais ou na sala de informática.
Trabalha com ilustração, com resolução de problemas, faz leitura de livros sobre
determinado contexto histórico, e assiste filmes para aprofundar conhecimentos já

2
Referência completa ao final do texto. BARROS, José Costa D’ Assunção A ESCOLA DOS
ANNALES: considerações sobre a História do Movimento
3
Referência completa ao final do texto, http://www.artcultura.inhis.ufu.br/PDF15/res_Roiz.pdf, partimos
da leitura desse fragmento
obtidos, e seu relatório de vivências, é pessoal, específico, e remete ao próprio
conhecimento.

4. AS CONTRIBUIÇÕES DA DISCIPLINA HISTÓRIA DO ENSINO DE


HISTÓRIA.

Após um breve histórico e reflexões sobre a prática docente, vamos elencar as


contribuições da disciplina História do Ensino de História para pensar a prática docente,
bem como a Educação Patrimonial para a sala de aula.

A primeira das contribuições está em refletir sobre a prática pedagógica, através da


prática dos professores que estudamos ao longo da disciplina. Um dos mais relevantes
foi estudar a prática pedagógica de Jonathas Serrano, através seu histórico como aluno e
depois docente no Colégio Pedro II, bem como sua defesa da renovação como um
caminho a ser seguido para melhorar o ensino de História e sua produção de material
didático. “Serrano defendia que a História deveria ser uma disciplina lecionada a partir
de uma perspectiva científica, pois só assim seria capaz de formar cidadãos dotados de
uma consciência nacional.” (FREIXO e COELHO 2015, p.15.)

Além de uma trajetória voltada para o Ensino de História, ele escreve “Como se ensina
história”, uma obra de referência, em que Jonathas Serrano, de acordo com (FREIXO e
COELHO: 2015, p.21) “realizou o exercício de associar suas reflexões sobre os
métodos de ensino dessa disciplina a sua experiência nas salas de aula.”

Uma segunda contribuição foram os textos elencados na ementa da disciplina, que


propiciaram debates com a professora e outros discentes, muitos desses textos eu não
conhecia, e as leituras contribuem para ampliar o repertório teórico sobre a temática da
educação e do ensino de história.

Ampliando também a compreensão de mundo e a prática pedagógica, uma vez que, as


trocas de experiências entre os outros discentes da disciplina, apontam para fazeres
diferentes, pois cada qual traz sua experiência e trajetória, o que permite, a partir da
observação e contato com os outros profissionais, refletindo, adotar novas posturas nas
práticas pedagógicas usando inclusive metodologias diferenciadas.

Outra contribuição é observar que desde a constituição da História como disciplina, não
há neutralidade na escolha de materiais, de livros didáticos e metodologia de ensino,
ficando claro que ao não se posicionar, já se constitui em um posicionamento repleto de
posturas ideológicas.

Assim em tempos sombrios como o que vivemos atualmente, é preciso estar consciente
das escolhas que fazemos enquanto docentes, a todo tempo somos bombardeados por
alunos, gestores, pais, políticos e da própria mídia, somado a isso, o papel do professor,
sobretudo o de História, apontado por vezes como “o doutrinador”, numa
intencionalidade de precarizar não só o Ensino de História, mas a própria educação,
como âmbito da formação crítica e significativa.

Na atual conjuntura, mais que em outros tempos, se faz necessário estar bem embasado
teoricamente, devido aos questionamentos e embates que sofremos quase que
diariamente, e a disciplina contribuiu como esse suporte teórico, no sentido de mostrar
de onde viemos, enquanto disciplina, e para onde vamos, ou pelo menos um caminho a
seguir, partindo dos autores estudados.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir do texto apresentado, podemos atentar para as seguintes considerações, a


disciplina História do Ensino de História, contribuiu para o aumento do repertório
teórico sobre educação e ensino de história, através dos textos propostos na ementa,
bem como na leitura e debate dos mesmos, servindo como parte do embasamento que é
necessário para o Mestrado, mas também para os docentes de história na atual
conjuntura política e social.

Somado a isso, conhecer o histórico da disciplina, como foi anteriormente mencionado,


juntamente com as trajetórias dos docentes de História desde o Colégio Pedro II, onde
se situam alguns dos estudos que tivemos contato, os caminhos percorridos pela história
enquanto código disciplinar, a seguir sua junção com as demais disciplinas da área de
humanas, e o quanto de espaço que perdeu, e as lutas e embates que foram necessários,
para que a história se separasse, as conquistas como a LDB e os PCN’S e tantas outras
que contribuíram para que a disciplina voltasse a apresentar suas especificidades nos
permite refletir e valorizar nosso campo de atuação e modificar as práticas pedagógicas
automatizadas.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BARROS, José D’Assunção. Os Annales e a história-problema – considerações


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dos Annales. História: Debates e Tendências – v. 12, n. 2, jul./dez. 2012, p. 305-323
FREIXO, André; COELHO, Patrícia. O ensino renovado de História pelo catedrático
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GUIMARÃES, Selva Fonseca. Caminhos da História Ensinada. Campinas, São


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MANOEL, Ivan A. O ensino de história no Brasil: Do Colégio Pedro II aos


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RIBEIRO, Jonatas Roque. História e ensino de História: perspectivas e abordagens.


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SCHMIDT, Maria Auxiliadora Moreira dos Santos. História do Ensino de História no


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