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Momade Vasconcelos

FACULDADE DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS


LICENCIATURA EM INFORMÁTICA

GERENCIAMENTO DE SISTEMAS
DISTRIBUÍDOS

UNIVERSIDADE ROVUMA
Nampula
Maio de 2022
Momade Vasconcelos

GERENCIAMENTO DE SISTEMAS
DISTRIBUÍDOS

Trabalho de pesquisa e de carácter avalia-


tivo apresentado à cadeira de Sistemas Dis-
tribuı́dos(SD) do curso de Informática Pós-
laboral .

Docente: Francisco Antonio Niposso

UNIVERSIDADE ROVUMA
Nampula
Maio de 2023
Conteúdo
1 Introdução 2
1.1 OBJETIVO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2.1 Técnicas de pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

2 Gerenciamento de sistemas distribuı́dos 3


2.1 Gerenciamento de processos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.2 Gerenciamento de memória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.3 Gerenciamento de E/S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.4 Serviços definidos na arquitetura de gerenciamento distribuı́dos . . . . . . 5

3 Conclusão 7

Referências 8
1 Introdução
Introdução Sistemas Distribuı́dos são conjuntos de hosts autônomos, conectados através
de uma rede de computadores. Cada host executa componentes e opera um middleware
de distribuição, de forma que os usuários percebam o sistema como um único ambiente
computacional integrado. Esses sistemas permitem uma visão uniforme da empresa e
de como acessá-los, provendo assim um nı́vel apropriado de abstração, além de permitir
que se explore as vantagens da tecnologia de objetos em novos projetos “É uma coleção
de computadores independentes que se apresenta ao usuário como um único e consis-
tente.”(Tanenbaum) Os microprocessadores apresentam uma relação custo/benefı́cio acima
dos mainframes, além de permitirem um poder de processamento maior do que qualquer
um deles. Outra importante vantagem dos sistemas distribuı́dos em relação aos sistemas
centralizados é poder expandi-lo gradualmente, conforme a necessidade. No entanto, as
diversas partes nem sempre funcionam bem juntas. É preciso investigar uma extensa lista
quando algum ocorre um erro. Muitas vezes, se torna necessário desenvolver ferramentas
próprias, devido a escassez de ferramentas de suporte. Outra importante desvantagem é o
gerenciamento da rede, ocasionada pela escassez de ferramentas e a elevada complexidade
do ambiente.

1.1 OBJETIVO
Apresentr informações sobre o gerenciamento de sistemas distribuı́dos, seus conceitos
iniciais e as arquiteturas empregadas para esse fim.

1.2 Metodologia
1.2.1 Técnicas de pesquisa

De Lakatos (2003, p. 174), “Técnica é um conjunto de preceitos ou processos de que


se serve uma ciência ou arte; é a habilidade para usar esses preceitos ou normas, a parte
prática. Toda ciência utiliza inúmeras técnicas na obtenção de seus propósitos”.

A metodologia adotada na formulação deste estudo é apoiada em pesquisas realizadas em


artigos e livros técnicos, que abrangem o assunto de Sistemas Distribuı́dos , utilizando
essas informações e teórias como base para a realização do trabalho.

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2 Gerenciamento de sistemas distribuı́dos
“A atividade básica do gerenciamento é a detecção e correção de falhas, em um tempo
mı́nimo, e no estabelecimento de procedimentos para previsão de problemas.”(ODA, 1994)
Um sistema distribuı́do apresenta restrições ao seu gerenciamento que não estão pre-
sentes num sistema operacional convencional. Precisamos indicar aqui algumas dessas
restrições, separadas por módulos de gerenciamento:

2.1 Gerenciamento de processos


Precisa levar em consideração o fato de que os processos por ele controlados estão em
máquinas distintas, exigindo mecanismos mais complexos para o controle de exclusão
mútua e sincronismo (pela impossibilidade de uso de memória compartilhada), além de
mecanismos para balanceamento de carga entre as máquinas e migração de tarefas;

2.2 Gerenciamento de memória


Precisa cuidar do fato de termos a possibilidade de compartilhamento de informações
entre memórias distintas, o que dificulta enormemente o gerenciamento das caches dis-
tribuı́das, apenas para citar uma complicação;

2.3 Gerenciamento de E/S


Não é muito diferente do convencional, pois é possı́vel imaginar a rede (e tudo que é
acessı́vel através dela) como um dispositivo de E/S. O único problema é controlar dis-
positivos diretamente conectados à rede (impressoras com placas de rede, por exemplo),
mas mesmo esse é de simples solução;

De acordo com Coulouris,(2001), a curto prazo, o gerenciamento de redes baseado em


TCP/IP, dá-se através do SNMP(Simple Network Management Protocol), e a longo prazo
o gerenciamento é feito a partir da arquitetura OSI. No modelo Gerente-agente, o gerente
é o próprio sistema de gerenciamento e o agente um software que deve ser instalado nos
equipamentos gerenciados. Esses softwares devem responder as solicitações feitas pelo
gerente, fornecendo informações sobre o equipamento onde o mesmo está instalado. Os
protocolos de gerenciamento, como o SNMP são responsáveis por essa interação. Para as
redes que implementam o modelo de referência ISSO/OSI foi desenvolvido um protocolo
de comunicação mais robusto, porém menos difundido e com poucos dispositivos que o
implementam, chamado de CMIP. A diferença entre o CMIP e o SNMP, é que o último
tem seu sucesso atribuı́do a sua simplicidade, já o outro tem uma quantidade bem menor

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de dispositivos que o implementam e uma quantidade bem maior de operações, o que
permite controlar melhor os elementos da rede. A MIB (Management Information Base)
armazena as informações trocadas pelo agente e o gerente. O SNMP se originou da neces-
sidade de um protocolo que viabilizasse de uma forma melhor o gerenciamento. Os com-
ponentes deste modelo são: nós gerenciados (estações, roteadores, pontes, impressoras),
estações de gerenciamento, informações de gerenciamento e protocolo de gerenciamento.
Nas estações de gerenciamento é onde se concentra toda a inteligência, o gerenciamento
é feito através delas. É o SNMP que define o padrão de cada estação agente e o for-
mato a ser aplicado a estas informações, para garantir a comunicação entre as estações
gerenciadoras e os diversos componentes. A função do SNMP pode ser definida como
um protocolo de request-response, ou seja, solicita informações ao agente, e se necessário
atualiza seus valores forçando-o a realizar alguma atividade. Na figura abaixo, a estação
de gerenciamento envia solicitação a um agente pedindo informações a ele ou forçando-o
a atualizar de alguma forma.

O REMOTE MONITORING (RMON) é uma solução encontrada para o fato de que o


SNMP não é adequado para redes corporativas constituı́das de diversas redes locais co-
nectadas através de outra de longa distância. Esses enlaces por operarem em taxas inferi-
ores às LANs que interconectam passam a ter grande parte de sua banda de transmissão
ocupada por informações de gerenciamento.

Um gerente de rede distribuido é uma aplicação que age no papel de gerente para reali-
zar tarefas de gerenciamento e no papel de agente, de forma que ele possa ser controlado
e monitorado remotamente. A delegação de controle de uma estação de gerência para
outra, é o que se entende por gerenciamento distribuı́do. Normalmente as redes de com-
putadores são gerenciadas por sistemaas centralizados de gerenciamento que controlam
uma quantidade pontencialmente grande de elementos de rede através da manipulação de
agentes. Esses agentes possuem caracterı́sitcas pré-definidas e fixas como é o caso dos
agentes RMON e SNMP. Tais sistemas de gerenciamento são centralizados são na ver-
dade inadequados para as grandes redes multi-serviço atuais e futuras. Um gerente de
rede distruibuı́do é uma aplicação que age no papel de gerente para realizar tarefas de ge-
renciamento e num papel de agente, de forma que ele possa ser controlado e monitorado
remotamente.

Gerenciamento distribuı́do é a delegação de controle de uma estação de gerência para


outra. A atual arquitetura de gerenciamento SNMP não especifica como esta delegação
deve ser feita, mas essa é uma função desejada e já foi utilizada e implantada na Inter-
net através de soluções proprietárias. Outra vantagem do gerenciamento distribuı́do é
que uma estação de gerenciamento pode ser configurada para realizar tarefas de gerenci-

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amento mesmo quando a comunicação com a estação central de gerência for impossı́vel
ou deficiente. Portanto, mesmo em momentos em que a troca de informações entre as
estações esteja comprometida, as operações de gerência de rede podem continuar sendo
realizadas continuamente.

2.4 Serviços definidos na arquitetura de gerenciamento distribuı́dos


Conforme Machado (2005), os principais serviços definidos na arquitetura de gerencia-
mento distribuı́dos são:

1. Sistemas conhecidos: este serviço fornece uma lista de todos os sistemas, conhe-
cidos pelo sistema de gerenciamento e está apto a realizar operações de gerência
sobre o mesmo. O objetivo deste serviço é permitir que uma apliação de gerência
seja executada em uma lista de sistemas. Esta lista pode ser alimentada por um
processo contı́nuo de autodescoberta, através de várias mensagens do tipo set do
SNMP ou por uma lista estática ditada pelo sistema. Domı́nios de gerenciamento:
a utilidade deste serviço é permitir que uma aplicação de gerenciamento seja exe-
cutada em uma lista de sistemas conhecidos dentro de um domı́no em particular.
Diferenciando-se do primeiro, pois fornece uma lista de sistemas conhecidos que é
um sbconjunto da lista de todos so sistemas conhecidos. Alvos para operação de
gerenciamento: o objetivo é direcionar as operações para serem realizadas somente
naqueles sistemas onde uma determinada função faz sentido. Um exemplo seria um
subconjunto de todos os roteadores conhecidos de uma rede local.

2. Delegação de credenciais: permite que as credenciais de um usuário do sistema de


gerenciamento de redes seja delegada para uma aplicação de gerência distribuı́da,
de forma que ela consiga realizar operações seguras sob a identidade desse usuário.

3. Controle de delegação: o serviço de controle de delegação fornece funções para


limitar o uso de recursos em uma aplicação de gerenciamento distribuı́do que teve
controle delegado para si.

4. Agendamento: permite que a execução de aplicações de gerenciamento distribuı́do


seja controlada de forma que elas sejam executadas em um momento particular
periodicamente, baseada na ocorrência de um outro evento em particular.

5. Notificações confiáveis: fornece mecanismos para garantir que notificações são


recebidas corretamente. Além disso, um mecanismo de log deve permitir o resgate
de notificações após uma falha de comunicação.

6. Destinos para notificação: quando funções de gerenciamento são delegadas e ge-

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rentes intermediários recebem certa autonomia para gerar notificações. Bem como
alguns outros parâmetros como número de tentativas, etc. Mesmo com todas as
limitações apresentadas pelos modelos de gerenciamento SNMP e RMON, eles
ainda são bastante utilizados dentre as ferramentas comercialmente disponı́veis,
devido a as maturidade quando comparados com as abordagens distribuı́das mais
recentes.

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3 Conclusão
Os protocolos de gerenciamento de sistemas tradicionais como o SNMP e o RMON apre-
sentam algumas limitações.

O SNMP, que foi um dos primeiros protocolos a ser difundido para a gerência de redes,
principalmente pela sua fácil implementação, restringe-se basicamente a redes centrali-
zadas que é composta por estações agentes e gerentes que trocam informações entre si
geralmente quando o gerente solicita algum dado ao agente ou os envia para atualizar
alguns elementos nos agentes além do que os gerentes não se comunicam entre si e o
tráfego gerado nas grandes redes pode trazer alguns problemas mais inconvenientes. O
protocolo RMON que se propõe a realizar o gerenciamento de redes distribuı́das apre-
senta uma implementação mais complexa, através da utilização de monitores remotos que
podem realizar a função de gerenciamento, estes monitores podem ser hubs, roteadores,
computadores. O gerenciamento distribuı́do no qual as estações as estaçoes assumen o
papel de gerente para realizar tarefas de gerenciamento e agentes para permitir que se
possa controlar e monitorar remotamente a rede e realizar operaçoes de gerenciamento
mesmo quando a comunicação com estação

7
Referências
[1] Coulouris, G., Dollimore, J., & Kindberg, T. (2001). Sistemas distribuidos (Vol. 5).
Addison Wesley.

[2] Machado, G. B. (2005). Sistemas Distribuı́dos. Pontifica Universidade Católica do


Rio de Janeiro, Brasil.

[3] LOPEZ FUENTES, F. D. A. (2015). Sistemas distribuidos.

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