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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 16199

Segunda edição
25.03.2020

Barreiras geossintéticas — Instalação


de geomembranas poliméricas
Geosynthetics barriers — Installation of polymeric geomembranes

ICS 91.120.30 ISBN 978-85-07-08540-9

Número de referência
ABNT NBR 16199:2020
38 páginas

© ABNT 2020
ABNT NBR 16199:2020

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Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Requisitos............................................................................................................................6
4.1 Projeto básico......................................................................................................................6
4.2 Projeto executivo................................................................................................................7
5 Recebimento e armazenamento das geomembranas......................................................8
5.1 Recebimento........................................................................................................................8
5.2 Descarregamento das bobinas ou painéis.......................................................................9
5.3 Inspeção visual externa das bobinas ou painéis.............................................................9
5.4 Armazenamento..................................................................................................................9
5.4.1 Superfície de armazenamento...........................................................................................9
5.4.2 Empilhamento......................................................................................................................9
5.4.3 Encunhamento....................................................................................................................9
5.4.4 Posicionamento...................................................................................................................9
5.5 Deslocamento e manuseio.................................................................................................9
5.6 Proteção.............................................................................................................................10
6 Preparação das superfícies para instalação da geomembrana....................................10
6.1 Superfície de apoio...........................................................................................................10
6.2 Ancoragem.........................................................................................................................10
6.2.1 Em canaletas escavadas e reaterradas...........................................................................10
6.2.2 Em superfícies de alvenaria ou concreto....................................................................... 11
6.3 Interferências.....................................................................................................................12
7 Instalação...........................................................................................................................15
7.1 Superfície de apoio...........................................................................................................15
7.2 Registro dos trabalhos de instalação.............................................................................15
7.3 Procedimentos e cuidados durante a instalação da geomembrana............................16
7.4 Execução das soldas........................................................................................................18
8 Ensaios de avaliação das soldas.....................................................................................21
9 Reparos..............................................................................................................................21
10 Controle de qualidade para obras tipo I..........................................................................22
10.1 Soldas.................................................................................................................................22
10.1.1 Ensaios não destrutivos...................................................................................................22
10.1.2 Ensaios destrutivos..........................................................................................................23
10.2 Verificação da estanqueidade global..............................................................................24
10.2.1 Ensaios geoelétricos para localização de furos em geomembranas...........................24
10.2.2 Ensaios para geomembranas expostas..........................................................................24
10.2.3 Ensaios para geomembranas cobertas..........................................................................24
11 Documentação de controle de qualidade da instalação...............................................24
12 Fiscalização e controle para obras tipo I........................................................................24

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13 Relatório de entrega para obras do tipo I.......................................................................26


Anexo A (normativo) Ensaio da caixa de vácuo..............................................................................27
Anexo B (normativo) Ensaio da faísca elétrica ou spark test ........................................................28
Anexo C (normativo) Ensaio de pressão de ar.................................................................................29
Anexo D (normativo) Ensaio de lança de ar......................................................................................30
Anexo E (normativo) Tabelas de resistências das soldas (ensaios destrutivos) para
geomembranas de PEAD e PEBDL lisas e texturizadas...............................................31
Anexo F (informativo) Modelos de relatórios de entrega.................................................................33
F.1 Diário de obra....................................................................................................................33
F.2 Planilha de colocação e medição da geomembrana.....................................................34
F.3 Ensaio destrutivo de avaliação da máquina de solda...................................................34
F.4 Relatório de solda.............................................................................................................35
F.5 Ensaios não destrutivos...................................................................................................35
F.6 Controle de reparos..........................................................................................................36

Figuras
Figura 1 – Tipos de dispositivo de estanqueidade...........................................................................3
Figura 2 – Exemplo de ancoragem em canaleta............................................................................. 11
Figura 3 – Exemplo de aplicação de geomembrana em paredes de concreto ou de alvenaria. 11
Figura 4 – Exemplo de fixação de geomembranas à base de concreto....................................... 11
Figura 5 – Exemplo de fixação de geomembranas ao flange........................................................12
Figura 6 – Exemplo de ancoragem de geomembrana em estrutura de concreto com perfil do
mesmo polímero................................................................................................................12
Figura 7 – Exemplo de conexão do tubo com a geomembrana....................................................13
Figura 8 – Exemplo de conexão de tubo com geomembrana com saia de fixação
pré-fabricada......................................................................................................................14
Figura 9 – Exemplo de conexão de tubo próximo ao pé do talude com geomembrana.............14
Figura 10 – Exemplo de conexão de tubo com geomembrana em dispositivo
de estanqueidade duplo...................................................................................................15
Figura 11 – Exemplo (sem escala) de planta “as built” (modulação, interferências e reparos).16
Figura 12 – Tipos de solda para cada tipo de geomembrana........................................................18
Figura 13 – Exemplo de disposição dos painéis para um talude longo (> 15 m).........................19
Figura 14 – Exemplo de disposição usual dos painéis para um talude pequeno (< 15 m).........19
Figura 15 – Exemplo de disposição em curva.................................................................................20

Tabelas
Tabela E.1 – Valores mínimos de resistência da solda para geomembranas de PEAD..............31
Tabela E.2 – Valores mínimos de resistência da solda para geomembranas de PEBDL............31
Tabela E.3 – Valores mínimos da resistência da solda para geomembrana de PVC...................32

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 16199 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Geossintéticos
(ABNT/CEE-175). O Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 08, de
26.08.2019 a 24.10.2019.

A ABNT NBR 16199:2020 cancela e substitui a ABNT NBR 16199:2013, a qual foi tecnicamente
revisada.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 16199 é o seguinte:

Scope
This Standard establishes procedures for companies performing the installation of polymeric
geomembranes used as a barrier in permanent liners tightness systems, in geotechnical, hydraulic
and environmental protection constructions, assuring the correct execution of the services and the
global construction quality.

This Standard also specifies requirements to be fulfilled by designers in specifying and detailing the
basic and executive projects of polymeric geomembranes installation for the above mentioned uses.

NOTE This Standard can be used as reference by owners, managers and inspectors of construction
quality control and assurance of polymeric geomembranes.

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Barreiras geossintéticas — Instalação de geomembranas poliméricas

1 Escopo
Esta norma estabelece os procedimentos para as empresas que executam a instalação de geomem-
branas poliméricas utilizadas como barreira em dispositivos de estanqueidade em sistemas de reves-
timento permanente, em obras geotécnicas, hidráulicas e de proteção ambiental, com a finalidade de
assegurar a correta execução dos serviços e a qualidade da obra como um todo.

Esta norma também especifica os requisitos a serem cumpridos por projetistas para a especificação
e detalhamento dos projetos básico e executivo da instalação de geomembranas poliméricas para as
utilizações supracitadas.

NOTA Esta norma pode ser utilizada como referência pelos proprietários, gerenciadores e fiscalizadores
das obras que utilizam geomembranas poliméricas.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR ISO 9862, Geossintéticos – Amostragem e preparação de corpos de prova para ensaio

ABNT NBR ISO 10318-1, Geossintéticos – Parte 1: Termos e definições

ABNT NBR ISO 10320, Geotêxteis e produtos correlatos – Identificação na obra

ASTM D 6392, Test method for determining the integrity of nonreinforced geomembranes seams
produced using thermo-fusion methods

ASTM D 882, Test method for tensile properties of thin plastic sheeting

ASTM D 4437, Practice for non-destructive testing (NDT) for determining the integrity of seams used
in joining flexible polymeric sheet geomembranes

ASTM D 5820, Practice for pressurized air channel evaluation of dual seamed geomembranes

ASTM D 5641, Practice for geomembrane seam evaluation by vacuum chamber

ASTM D 6365, Practice for the nondestructive testing of geomembrane seams using the Spark Test

ASTM D 6497, Guide for mechanical attachments of geomembranes to penetrations or structures

ASTM D 6747, Standard Guide for Selection of Techniques for Electrical Leak Location of Leaks in
Geomembranes

ASTM D 7002, Practice for electrical leak location on exposed geomembranes using the water puddle
method

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ASTM D 7007, Practices for electrical methods for locating leaks in geomembranes covered with water
or earthen materials

ASTM D 7177, Specification for air channel evaluation of polyvinyl chloride (PVC) dual track seamed
geomembranes

ASTM D 7240, Practice for leak location using geomembranes with an insulating layer in intimate contact
with a conductive layer via electrical capacitance technique (conductive geomembrane spark test)

ASTM D 7272, Standard test method for determining the integrity of seams used in joining geomembrane
by pre-manufactured taped methods

ASTM D 7408, Specification for non reinforced PVC (Polyvinyl Chloride) geomembranes seams

ASTM D 7703, Practice for Electrical Leak Location on Exposed Geomembranes Using the Water
Lance Method

ASTM D 7953, Practice for Electrical Leak Location on Exposed Geomembranes Using the Arc Testing
Method

ASTM D 8265, Standard Practices for Electrical Methods for Mapping Leaks in Installed Geomembranes

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR ISO 10318-1
e os seguintes.

3.1
ancoragem provisória
elementos móveis para fixação provisória da geomembrana durante a instalação, constituídos por
materiais que não a danifiquem, como, por exemplo, sacos preenchidos com areia ou solo fino

3.2
controle de qualidade de fabricação e de instalação
conjunto de procedimentos e ensaios realizados pelo fabricante e pelo instalador, de acordo com
as normas técnicas pertinentes

3.3
dispositivo de drenagem (DD)
elemento ou conjunto de elementos com a função de drenagem de líquidos ou gases

NOTA Os elementos drenantes podem ser geossintéticos (geotêxteis não tecidos espessos, georredes
ou geoespaçadores) ou naturais. Elementos de filtro (geotêxtil ou natural) são empregados nas interfaces
com material particulado, sempre que houver a possibilidade de fluxo de líquidos ou gases.

3.4
dispositivo de estanqueidade (DE)
elemento ou conjunto de elementos com a função de barrar, desviar ou retardar o transporte
de líquidos ou contaminantes para o meio ambiente, podendo ser simples (ver 3.4.1), composto
(ver 3.4.2) ou duplo (ver 3.4.3) e dividindo-se em dispositivo de estanqueidade da cobertura (DEC)
e dispositivo de estanqueidade de fundo (base e taludes) (DEF)

NOTA A Figura 1 mostra a diferença entre os dispositivos descritos em 3.4.1, 3.4.2 e 3.4.3

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3.4.1
dispositivo de estanqueidade simples
dispositivo constituído por um único elemento de barreira, como exemplificado na Figura 1a, recomen-
dado apenas para os casos de obra tipo II (ver 3.13)

3.4.2
dispositivo de estanqueidade composto
dispositivo constituído por dois ou mais elementos de barreira justapostos que atua solidariamente
em toda a extensão do sistema de revestimento, de modo a evitar fluxo na(s) interface(s) entre
os elementos de barreira e reduzir a probabilidade de o fluido percolado por uma eventual falha
no elemento superior (geomembrana - barreira ativa) atingir uma fissura na camada de argila compac-
tada (barreira passiva)

NOTA Uma barreira geossintética argilosa (GBR-C, também conhecida como GCL) pode ser aplicada
na interface entre a geomembrana e o solo argiloso compactado para assegurar melhor eficiência do dispo-
sitivo de estanqueidade. Exemplos deste dispositivo estão apresentados na Figura 1b.

3.4.3
dispositivo de estanqueidade duplo
dispositivo constituído por no mínimo duas barreiras geossintéticas poliméricas (geomembranas) com
um sistema drenante interposto, geralmente utilizado em obras do tipo I (ver 3.12), que possuem maior
potencial de contaminação, podendo ser duplo composto ou duplo duplamente composto, conforme
exemplos na Figura 1c

a) simples b) composto c) duplo

(ver Bibliografia, [5])

Figura 1 – Tipos de dispositivo de estanqueidade

3.5
dispositivo de proteção (DP)
elemento ou conjunto de elementos com a função de proteger um determinado componente
de solicitações mecânicas que possam comprometer sua função, especificado para proteger a geo-
membrana ativa do risco de danos ou para reduzir as solicitações em tração

NOTA 1 Para reduzir solicitações em tração, podem ser empregados geotêxteis tecidos ou geogrelhas
de elevada rigidez. Para reduzir danos causados por puncionamento ou impacto, geralmente é utilizado
um geotêxtil não tecido com características de proteção suficientes para assegurar a integridade do elemento
protegido ou um geotêxtil não tecido mais camada de material granular.

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NOTA 2 Em obras tipo I, se a opção for por geotêxtil mais camada de material granular, é recomendável
que seja uma areia fina, não submetida a esforços de compactação. No caso de disposição de resíduos
sólidos, recomenda-se que esta camada tenha espessura inferior a 200 mm, para que a carga hidráulica
de percolado sobre a geomembrana seja sempre inferior a 300 mm.

3.6
emenda mecânica
união entre dois painéis, de polímeros diferentes ou não, em situações especiais, efetuada mediante
a fixação de barras ou perfis metálicos ou plásticos e elementos de fixação (parafusos, porcas etc.)
nas suas extremidades
3.7
fator de redução
fatores a serem aplicados às propriedades características da geomembrana para a estimativa das
propriedades funcionais, considerando as condições de solicitação de campo durante a vida de serviço
de projeto da obra
3.8
film tear bond (FTB)
condição na qual uma das geomembranas soldadas (superior ou inferior) rompe por rasgamento
e a solda permanece intacta, ou seja, a geomembrana rompe antes da solda
3.9
garantia de qualidade de fabricação e de instalação
conjunto de atividades programadas para verificar se o produto fabricado, o material recebido
e os serviços de instalação estão sendo realizados conforme as normas técnicas pertinentes
e as especificações do projeto executivo
3.10
interferências
elementos que interrompem a continuidade da geomembrana, como, por exemplo, tubos, colunas,
caixas e extravasores

3.11
modulação
planta com a paginação da área a ser revestida, proposta pelo instalador, que é aprovada pelo projetista
ou consultoria, de modo a facilitar a visualização da geometria dos painéis no desenho, assim como
a sequência de colocação destes, visando a qualidade da instalação

NOTA A modulação pode ser modificada durante a instalação em função de peculiaridades não previstas
no projeto e de dificuldades que inviabilizem a execução da modulação proposta, resultando no “as built”
(planta que mostra a localização dos painéis, das interferências e dos reparos efetuados; ver Figura 13).

3.12
obra tipo I
obras nas quais as falhas no sistema de revestimento podem causar danos ambientais significativos

3.13
obra tipo II
obras nas quais as falhas no sistema de revestimento não causam danos significativos

3.14
painel
elemento de uma bobina ou proveniente da união de bobinas, na fábrica ou na obra, antes do posicio-
namento, com forma geométrica predefinida no projeto executivo

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3.15
plano de instalação
documento que contempla a qualificação e a quantificação da geomembrana e a modulação, indicando
a numeração dos painéis, as etapas e os ensaios de controle de qualidade da instalação
3.16
projeto básico do revestimento para barreira de fluxo
documento que descreve a concepção da obra como um todo, estabelecendo as solicitações
físico-químicas e mecânicas que atuam na barreira e os tempos de solicitação, considerando
as fases de instalação, construção e operação, bem como especifica as condições e os requisitos que
os elementos da barreira devem satisfazer, de modo a orientar corretamente a escolha dos produtos
a serem aplicados
3.17
projeto executivo do revestimento para barreira de fluxo
documento que detalha todos os itens estabelecidos no projeto básico, como a especificação da
geomembrana selecionada, o plano de instalação, os critérios de aceitação da obra, o detalhamento
das ancoragens, interferências e outros, as recomendações construtivas e os cuidados na operação
e manutenção da obra revestida
3.18
reparo
conserto de um dano ocorrido na geomembrana por motivos diversos, como, por exemplo, queda de
material pontiagudo, retirada de amostras etc.
3.19
sistema de ancoragem
sistema que assegura a fixação da geomembrana contra o escorregamento durante a vida de útil
projetada da obra

3.20
sistemas de revestimento de cobertura permanente (SRC)
sistema que recobre toda a interface com o ar, contendo pelo menos um dispositivo de estanqueidade,
com a finalidade de evitar ou reduzir a evaporação, a infiltração de água de chuva, a saída de gases
ou o fechamento de área

3.21
sistemas de revestimento de fundo (SRF)
sistema que reveste base e taludes, contendo pelo menos um dispositivo de estanqueidade, com a
finalidade de reduzir a níveis aceitáveis a passagem de água ou o transporte de contaminantes

3.22
soldas
união entre dois painéis por um dos processos descritos em 3.22.1 a 3.22.5 ou por meio mecânico

3.22.1
solda por alta frequência
união entre dois painéis, mediante a interação molecular causada por alta frequência, utilizada em
geomembranas de PVC

3.22.2
solda por extrusão ou aporte de material
deposição na borda sobreposta do painel, de um filete extrudado a partir de um cordão ou de grânulos
do mesmo polímero, a uma temperatura que permita a fusão do filete com o painel, que é utilizada

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em geomembranas poliolefínicas polietileno de alta densidade (PEAD), polipropileno (PP), polietileno


de baixa densidade linear (PEBDL) etc.

3.22.3
solda por fita adesiva
união entre dois painéis, mediante uma fita adesiva especial, utilizada em geomembranas de PVC

3.22.4
solda por termofusão
união por aquecimento das faces dos painéis a serem emendados, obtida por transferência de calor
por suflamento de ar ou cunha metálica, que é utilizada em geomembranas poliolefínicas polietileno
de alta densidade (PEAD), polipropileno (PP), polietileno de baixa densidade linear (PEBDL) etc.
e geomembranas de policloreto de vinila (PVC)

3.22.5
solda química
união entre dois painéis, provocada pelo ataque químico das superfícies por um solvente volátil que
leva à fusão entre as partes, com o auxílio de pressão mecânica, utilizada em geomembranas de PVC

NOTA Não confundir solda química com colagem, que é o processo no qual há incorporação de um
adesivo na emenda.

3.23
tensiômetro
equipamento medidor de força de tração usado no campo para a realização dos ensaios destrutivos
das soldas

4 Requisitos
4.1 Projeto básico

4.1.1 Para a especificação da geomembrana no projeto básico, devem ser levados em consideração
as solicitações físico-químicas e mecânicas e as características de difusão que a geomembrana deve
satisfazer, assim como os tempos de solicitação a que ela está submetida, considerando as fases
de instalação e vida útil projetada da obra.

4.1.2 O projeto básico deve contemplar:

 a) concepção do sistema de revestimento;

 b) aspectos geotécnicos, como as características do local e suas singularidades, eventuais conta-
minações anteriores, a capacidade de suporte do solo de apoio, a estabilidade dos taludes e dos
revestimentos (sistemas de proteção, drenagem e cobertura);

 c) presença de fluxo por elevação do lençol freático ou por gases e líquidos provenientes de conta-
minações anteriores;

 d) nas obras tipo I (ver 3.12), as características dos resíduos, efluentes ou percolados a serem arma-
zenados, avaliando a sua periculosidade, os elementos que podem causar interações prejudiciais
e a sua concentração máxima, a partir de caracterização criteriosa realizada por especialistas;

 e) características ambientais locais.

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4.1.3 O projeto básico deve estabelecer:

 a) a topografia do local e a geometria da área a ser revestida;

 b) o tipo, a quantidade e a posição das interferências (ver 3.10), as quais devem ser as mínimas
possíveis;

 c) os diversos sistemas drenantes para a captação e condução dos fluidos ou gases sob e sobre
a geomembrana, na cobertura e na periferia da área revestida;

 d) nas obras tipo I (ver 3.12), as características de difusão que a geomembrana deve satisfazer;

 e) nas obras tipo I (ver 3.12), os tempos de duração das solicitações, considerando as fases
de instalação e vida de serviço projetada da obra;

 f) nas obras tipo I (ver 3.12) ou tipo II (3.13), as solicitações físico-químicas e mecânicas a que
a geomembrana estará submetida;

4.1.4 O projeto básico deve especificar as propriedades requeridas da geomembrana e dos demais
geossintéticos e materiais envolvidos, para atender às solicitações detalhadas em 4.1.3 e os fatores
de redução empregados, quando necessários.

NOTA No caso de apoio em camada de argila compactada, convém que seja indicada a faixa granulométrica
da argila a ser utilizada, de modo a evitar partículas que possam danificar ou puncionar a geomembrana.

4.2 Projeto executivo

4.2.1 O projeto executivo deve indicar a qualificação e a quantificação da geomembrana escolhida,


incluindo o tipo de polímero e a espessura, de acordo com a finalidade da obra e com os níveis
de tensões atuantes. O projeto executivo, para as obras do tipo I, deve apresentar no mínimo
as informações e/ou recomendações relacionadas em 4.2.2 a 4.2.11. Para as obras do tipo II,
a adoção dos itens cabíveis à obra em questão fica a critério do projetista.

4.2.2 O projeto executivo deve indicar a especificação do sistema de ancoragem e as características


mínimas da geomembrana escolhida, bem como verificar e aprovar a modulação dos painéis realizada
pelo instalador ou fornecedor. Recomenda-se especificar pelo menos as seguintes características:

 a) densidade;

 b) espessura nominal;

 c) resistência à tração na ruptura e no escoamento e respectivos alongamentos;

 d) resistência ao puncionamento;

 e) ensaios que identifiquem as características de durabilidade e desempenho relevantes para a


finalidade do projeto, como, por exemplo, resistência química e resistência ao intemperismo,
entre outras.

4.2.3 O projeto executivo deve estabelecer as diretrizes para assegurar a qualidade da instalação,
indicando os critérios qualitativos e quantitativos a serem utilizados para verificar:

 a) a qualidade da geomembrana recebida, recomendando os ensaios a serem executados


e o critério de aceitação;

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 b) as etapas de instalação;

 c) as soldas de fábrica e/ou de campo, indicando a frequência de execução dos ensaios destrutivos.

Devem ser estabelecidos também os critérios ou métodos de aceitação final da obra e de monitoramento
ao longo do tempo de vida útil projetada da obra.

Em função do tipo e da responsabilidade da obra, é recomendado que as propriedades da geomembrana


sejam comprovadas pelo cliente, após o seu recebimento na obra, por meio de ensaios realizados por
laboratório independente, conforme as Normas Brasileiras, ou outras adotadas internacionalmente.
As amostras devem ser retiradas e preparadas conforme a ABNT NBR ISO 9862.

NOTA Outros procedimentos que complementem as recomendações acima ficam a critério do projetista.

4.2.4 A quantidade total de geomembrana a ser utilizada deve considerar inclusive os comprimentos
de ancoragem, a sobreposição nas soldas (transpasse) e as interferências e perdas na modulação
(cantos e quinas, por exemplo).

4.2.5 Devem ser especificados detalhes como uniões com as interferências e outros que sejam
pertinentes à obra em questão.

4.2.6 Devem ser feitas recomendações para o armazenamento da geomembrana.

4.2.7 Recomenda-se o estabelecimento da sequência executiva, incluindo os cuidados a serem


tomados durante a instalação da geomembrana e dos elementos de proteção e drenagem associados.

4.2.8 Recomenda-se tomar cuidado com a geomembrana enquanto a obra estiver operando
e quando for necessária a manutenção das áreas revestidas.

4.2.9 Deve ser levado em consideração o regime de chuvas da região onde será instalada a geo-
membrana, recomendando evitar a instalação neste período, alertando para os possíveis riscos de
erosão dos taludes a serem revestidos, da elevação do nível freático, assim como da segurança dos
soldadores que operam equipamentos elétricos.

4.2.10 Dependendo do tipo do polímero da geomembrana especificada, devem ser feitas recomenda-
ções sobre a temperatura da geomembrana no momento da instalação, considerando que, em função
do coeficiente de dilatação e da temperatura ambiente, a geomembrana pode sofrer alongamento
e/ou retração considerável. É recomendado que, na instalação, a ancoragem seja feita nos períodos
de menor temperatura, de modo a reduzir as solicitações de tração por alongamento e/ou retração e
que a solda dos painéis siga a recomendação de 7.4.10, quanto à temperatura da geomembrana, para
evitar soldas em painéis com rugas.

4.2.11 Deve ser previsto o uso de ancoragens temporárias no intervalo de tempo entre a colocação,
a realização das soldas e a ancoragem definitiva, para que não ocorra levantamento da geomembrana
pelo vento e para garantir a adequada conformação desta nos pontos de inflexão, como no pé
dos taludes, por exemplo.

5 Recebimento e armazenamento das geomembranas


5.1 Recebimento

Cada bobina ou painel recebido na obra deve estar identificado com etiqueta contendo as informações
indicadas na ABNT NBR ISO 10320, devendo ser verificada sua conformidade com a especificação
de projeto.

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5.2 Descarregamento das bobinas ou painéis

O descarregamento na obra deve ser feito, de preferência, por empilhadeiras ou equipamento


equivalente, como caminhões equipados com guindaste, tratores com pá etc., os quais permitam
o içamento das bobinas ou painéis e a movimentação segura. O içamento deve ser efetuado utilizando-se,
por exemplo, cintas de poliéster, içando o material por no mínimo dois pontos de sustentação, de
forma a evitar deformações. Não podem ser usadas cintas e/ou cabos metálicos. Quando não
houver disponibilidade de equipamentos adequados para movimentação, podem-se utilizar pranchas
de madeira encostadas no caminhão, funcionando como um plano inclinado; e, por meio de cintas
e/ou cordas não metálicas, efetuar o rolamento criterioso das bobinas ou dos painéis da carroceria
do caminhão até o chão ou o local do armazenamento.

5.3 Inspeção visual externa das bobinas ou painéis

Deve-se inspecionar visualmente a parte externa do material recebido na obra. O exterior deve
estar livre de perfurações, bolhas, cortes ou rachaduras que ultrapassem a primeira volta na bobina.
O material com qualquer tipo de avaria deve ser rejeitado.

5.4 Armazenamento

5.4.1 Superfície de armazenamento

As bobinas ou os painéis devem ser armazenados em uma área com superfície plana, lisa e terreno
firme e seco, livre de pedras e materiais pontiagudos que possam danificar a geomembrana. Deve-se
evitar o armazenamento próximo a agentes químicos e em áreas com tráfego intenso, bem como em
locais com vegetação e fontes de calor.

5.4.2 Empilhamento

Devem ser seguidas as recomendações do fabricante que acompanham o produto, conforme indica
a ABNT NBR ISO 10320. Na falta destas recomendações, é aconselhável o empilhamento em no
máximo três níveis de bobinas ou de painéis.

5.4.3 Encunhamento

O deslocamento das bobinas armazenadas em pilhas deve ser restringido pelo uso de cunhas
dispostas em cada um dos rolos inferiores externos antes da colocação do segundo nível, sendo que
a cunha deve ser lisa e com dimensões tais que a geomembrana não seja danificada.

NOTA O travamento pode ser feito por pequenos diques laterais de solo, os quais convém que estejam
completamente livres de objetos pontiagudos.

5.4.4 Posicionamento

As bobinas e painéis devem ser armazenados considerando-se a ordem de retirada, conforme a


modulação prevista, e o processo de abertura das bobinas e painéis.

5.5 Deslocamento e manuseio

O deslocamento das bobinas ou dos painéis na obra, assim como o seu manuseio, devem seguir o
descrito em 5.2.

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5.6 Proteção

Recomenda-se proteger as bobinas e painéis das intempéries e da ação dos raios solares, evitando
a exposição ao calor excessivo, que pode causar alterações irreversíveis no produto.

6 Preparação das superfícies para instalação da geomembrana


6.1 Superfície de apoio

6.1.1 A preparação da superfície de apoio deve ser executada previamente, de acordo com as
especificações do projeto executivo. Em obras do tipo I, esta superfície deve seguir rigorosamente as
declividades indicadas para a área da base, de modo a garantir a condução rápida do percolado no
elemento drenante.

6.1.2 No caso de sistemas compostos por geomembrana e solo compactado, a superfície de apoio
(fundo e taludes da escavação) deve estar regularizada, compactada e isenta de qualquer tipo de
material contundente, depressões e mudanças abruptas na inclinação do terreno, não previstas no
projeto. Recomenda-se promover a limpeza da superfície imediatamente antes da colocação da
geomembrana. Em sistemas simples, a superfície de apoio deve ter as características mecânicas
exigidas pelo projeto, além de estar regularizada e isenta de qualquer tipo de material contundente,
depressões e mudanças abruptas na inclinação do terreno, ou deve receber uma camada de elemento
de proteção (um geossintético ou solo de granulometria fina, desde que não seja solo orgânico).

6.1.3 Recomenda-se que a colocação da geomembrana seja realizada imediatamente após os


serviços de preparação da superfície de apoio, para evitar a deterioração do terreno produzida por
chuva, vento, perda de umidade do solo e trânsito local.

6.1.4 Toda a superfície a ser coberta com a geomembrana deve ser cuidadosamente inspecionada
diariamente, imediatamente antes da colocação desta, verificando se as condições descritas em 6.1.1
e 6.1.2 foram cumpridas.

6.1.5 O instalador e o representante do proprietário da obra devem dar a aceitação diária por escrito,
para a superfície que será coberta com a geomembrana durante este dia.

6.1.6 Qualquer dano à superfície de apoio, causado por equipamentos de terraplenagem ou por
eventos climáticos, que seja considerada imprópria a colocação da geomembrana, deve ser reparado
antes da deposição desta. O instalador e o representante do proprietário da obra devem aprovar
a superfície reparada.

6.2 Ancoragem

6.2.1 Em canaletas escavadas e reaterradas

6.2.1.1 As canaletas de ancoragem devem ser executadas previamente, com um mínimo de defa-
sagem de tempo da colocação da geomembrana, de forma a evitar a diminuição da sua seção por
desbarrancamento dos lados, pelo efeito da chuva ou do trânsito local.

6.2.1.2 As canaletas devem ser escavadas nas dimensões indicadas no projeto executivo, conforme
a Figura 2.

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Figura 2 – Exemplo de ancoragem em canaleta

6.2.2 Em superfícies de alvenaria ou concreto

6.2.2.1 Com perfil e elemento de fixação

A geomembrana pode ser colocada diretamente sobre a superfície ou sobre uma esponja
de policloropreno de células fechadas, compatível quimicamente com o efluente ou resíduo, aderida
à superfície por meio de adesivo apropriado. A fixação da geomembrana na superfície pode ser feita
por meio de um perfil metálico ou plástico, utilizando-se elementos de fixação, conforme as Figuras 3 a 5.

Figura 3 – Exemplo de aplicação de geomembrana em paredes de concreto ou de alvenaria

Figura 4 – Exemplo de fixação de geomembranas à base de concreto

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Figura 5 – Exemplo de fixação de geomembranas ao flange

6.2.2.2 Com perfil do próprio polímero engastado na superfície

A geomembrana deve ser soldada a um perfil pré-fabricado, do mesmo polímero desta, engastado
na superfície na ocasião da construção da estrutura, conforme a Figura 6.

Os componentes da solda da geomembrana no perfil devem ser do mesmo tipo de polímero da


geomembrana.

NOTA O perfil pode apresentar outras configurações geométricas, desde que estas propiciem ancoragem
apropriada.

Figura 6 – Exemplo de ancoragem de geomembrana em estrutura


de concreto com perfil do mesmo polímero

6.3 Interferências

6.3.1 As interferências com tubos, caixas de entrada/saída e com outras superfícies devem ser
tratadas como sugerem os esquemas apresentados nas Figuras 7 a 10, ou de forma similar, conforme
a ASTM D 6497, desde que seja assegurada uma perfeita vedação.

6.3.2 As soldas da geomembrana nas interferências devem ser ensaiadas por ensaio não destrutivo
(ver 10.1.1). Nos locais onde não seja possível a realização de quaisquer dos ensaios não destrutivos,
a solda da geomembrana na interferência deve ser ensaiada pelo método “Holiday leak detector”
padrão, de acordo com a ASTM D6365.

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6.3.3 O ensaio da faísca elétrica (ver 10.1.1.2 b) deve ser realizado nos locais onde o ensaio
de pressurização e o ensaio de vácuo não forem possíveis, devido às condições locais.

6.3.4 Para a realização do ensaio da faísca elétrica, deve ser colocado um arame fino condutor
em toda a extensão da área que será soldada, antes da execução da solda por extrusão. Deve ser
realizada uma solda experimental, em um segmento não soldado da conexão da geomembrana
com a interferência, para calibração do ensaio e para assegurar que qualquer defeito na solda seja
identificado sob as condições estabelecidas para a solda e o ensaio de verificação. Após a realização
da solda por extrusão, deve-se passar o dispositivo detector, segurando-o a aproximadamente 25
mm acima da solda e movendo-o lentamente sobre todo o comprimento da solda de acordo com a
ASTM D6365. Se não houver emissão de faísca, a solda deve ser considerada aprovada. Uma faísca
indicará um furo na solda. A área da solda com defeito deve ser localizada, reparada e ensaiada
novamente.

6.3.5 Devem-se tomar os cuidados necessários em locais onde há gases inflamáveis nas áreas
próximas da solda.

Figura 7 – Exemplo de conexão do tubo com a geomembrana

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NOTA Exemplo de conexão pré-fabricada, recomendada pela ASTM D6497, para tubos especificados no
projeto. O ângulo do tubo não pode exceder 45° na conexão com a geomembrana.

Figura 8 – Exemplo de conexão de tubo com geomembrana com saia de fixação pré-fabricada

NOTA A ASTM D6497 recomenda cobrir os parafusos de fixação com quatro camadas de geotêxtil não
tecido de 220 gr/m2 para proteger a geomembrana.

Figura 9 – Exemplo de conexão de tubo próximo ao pé do talude com geomembrana

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NOTA A ASTM D6497 recomenda cobrir os parafusos de fixação com quatro camadas de geotêxtil não
tecido de 220 gr/m2 para proteger a geomembrana.

Figura 10 – Exemplo de conexão de tubo com geomembrana em dispositivo


de estanqueidade duplo

7 Instalação
A instalação não pode ser realizada quando houver água parada na superfície de apoio, quando
estiver chovendo, quando houver vento forte ou quando a temperatura da geomembrana exceder
o descrito em 7.4.10.
Antes do início da instalação, deve ser realizada a verificação de conformidade dos valores das
propriedades (características de controle) da geomembrana com a especificação do projeto, por
meio de amostragem e ensaios em laboratório independente, especializado em geossintéticos
(ver Bibliografia, [4]).

7.1 Superfície de apoio

Imediatamente antes do início da instalação da geomembrana, devem ser verificadas as condições


da superfície de apoio, conforme 6.1, e das canaletas de ancoragem, conforme 6.2.1.

7.2 Registro dos trabalhos de instalação

Deve ser registrada em forma de relatórios toda a sequência executiva: o número, a localização
e a data de colocação de cada painel e o “as built“ diário de toda a geomembrana instalada, conforme
a Figura 11. Devem também ser registrados em planilha a execução das soldas, os ensaios não
destrutivos e destrutivos e a localização dos tipos de reparos e interferências, conforme os modelos
de relatórios indicados no Anexo F.

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Figura 11 – Exemplo (sem escala) de planta “as built” (modulação, interferências e reparos)

7.3 Procedimentos e cuidados durante a instalação da geomembrana


7.3.1 As bobinas ou os painéis devem ser abertos e posicionados de acordo com a sua numeração
e sequência previstas na planta da modulação, realizada pelo instalador, de acordo com a planta da
área do projeto executivo.

7.3.2 A modulação dos painéis de geomembranas deve conter, sempre que possível, um encontro
com no máximo três painéis, resultando em soldas com reparos (manchões) do tipo “T”. Encontros de
quatro painéis, resultando em soldas do tipo cruz “+”, devem sempre ser evitados.

NOTA 1 Em obras do tipo I (principalmente fundo de aterro sanitário ou de reservatório), é obrigatório que
os encontros de solda sejam de no máximo três painéis.

NOTA 2 Em obras do tipo I (fundo de aterro sanitário ou de reservatório), não são permitidas soldas do
tipo cruz, porque este tipo de encontro de soldas potencializa a geração de tensões na solda e no reparo
(manchão), devido à expansão e retração diferente dos quatro painéis.

7.3.3 A geomembrana deve ser aplicada no sentido da máxima inclinação do talude.

7.3.4 Os painéis devem ser colocados continuamente no talude e na base, sempre que possível.

7.3.5 A geomembrana deve ser posicionada de forma a ter o mínimo possível de rugas ou ondas,
de modo a não provocar tensões de tração nos painéis.

7.3.6 Devem ser previstas ancoragens temporárias, como, por exemplo, sacos preenchidos com
areia ou solo, que não causem danos à geomembrana, de maneira a evitar o levantamento dos
painéis pelo efeito do vento e para a conformação da geomembrana com o greide do talude. O tecido
dos sacos de areia deve ser de malha suficientemente fechada para evitar a passagem de finos do
solo pelo tecido dos sacos e a deposição sobre a geomembrana.

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7.3.7 Antes do início da solda, os transpasses devem estar limpos e isentos de umidade.
7.3.8 Caso seja inevitável o trânsito de veículos sobre a geomembrana instalada, deve ser prevista
uma proteção adequada ao tipo de trânsito do local, de tal forma que não sejam causados danos
à geomembrana (ver 3.6). Áreas de acesso devem ser rigorosamente delimitadas, com demarcação de
uma faixa, que sirva de via de circulação, sendo que, ao término da obra, ela deve ser cuidadosamente
inspecionada e, havendo danos, ser reparada ou recoberta com o mesmo tipo de geomembrana
devidamente soldada em todo o seu contorno.
7.3.9 Todo cuidado deve ser tomado para evitar danos causados por queda de objetos ou movimen-
tação de pessoas sobre a manta. Nenhum objeto deve ser posicionado sobre a geomembrana sem
proteção adequada.
7.3.10 O elemento de proteção deve ser posicionado assim que sua instalação for liberada pela
fiscalização. Caso o elemento de proteção seja composto por material particulado, deve haver um
elemento de proteção adicional (ver 3.5), a granulometria deste material deve ser verificada com
rigor e seu posicionamento deve ser feito com o equipamento sempre sobre ponta de aterro, com
distância mínima entre a extremidade do equipamento e a ponta do aterro de 2 m. Equipamentos
pesados não podem ser empregados e mesmo para equipamentos leves, dependendo do tipo de
equipamento, pode haver necessidade de maior espessura da camada de proteção, para evitar danos
à geomembrana, e este aspecto deve ser devidamente analisado no projeto, para que não ocorram
danos nem o aumento da carga hidráulica sobre a geomembrana além de 300 mm. Os equipamentos
não podem manobrar sobre o material espalhado nem realizar curvas com raios fechados.
7.3.11 Nos casos em que haja elemento drenante, a colocação do material granular também deve
obedecer às recomendações de ponta de aterro (ver 7.3.10), e a espessura da camada deve ser
avaliada de modo que o tráfego de equipamentos não danifique a geomembrana.
7.3.12 O espalhamento do material granular (de proteção ou drenagem) em taludes deve ocorrer
sempre no sentido ascendente, jamais no descendente. O espalhamento deve ocorrer quando
a geomembrana estiver contraída, para evitar a formação e acúmulo de rugas e ondas.
7.3.13 A colocação da geomembrana não pode ser feita se houver excesso de umidade que possa
impedir a preparação adequada da superfície de apoio, da disposição ou da soldagem dos painéis.
Limitações de umidade devem ser definidas antes do início da instalação, pelo engenheiro responsável
pela obra (representante do proprietário), pela fiscalização e pelo instalador, em comum acordo com
o projetista.
7.3.14 A geomembrana deve estar em contato íntimo com a superfície de apoio, portanto não pode
ser colocada sobre área de rebaixo ou vazios existentes nesta superfície.
7.3.15 Enrugamentos na geomembrana causados pela colocação do painel ou pela expansão térmica
devem ser minimizados de acordo com um plano para controlá-los, que deve ser apresentado pelo
instalador antes do início da instalação, em comum acordo com o projetista.
7.3.16 O aproveitamento das sobras de geomembrana somente deve ser permitido se isto estiver
previsto na planta de modulação apresentada pelo instalador antes do início da instalação.
7.3.17 Todos os painéis devem ser marcados em campo após seu posicionamento final com spray ou
marcador apropriado, de forma que a marcação seja visível a uma distância mínima de 20 m, com as
seguintes informações: número de painel, de acordo com a modulação, e número de identificação da
bobina utilizado pelo fabricante.
Caso o projeto possua mais de uma camada de geomembrana, a marcação e numeração dos painéis
deve indicar a camada mais superficial (última camada a ser instalada), numerada como Pi (P1, P2,
P3 etc.), identificando que é a geomembrana primária; na camada abaixo da geomembrana primária,

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os painéis devem ser numerados como Si (S1, S2, S3 etc.), identificando que é a geomembrana
secundária; e os painéis da camada seguinte, abaixo da geomembrana secundária, devem ter a
numeração Ti (T1, T2, T3 etc.), identificando que é a geomembrana terciária.

7.4 Execução das soldas

7.4.1 As soldas dos painéis de geomembrana podem ser executadas por termofusão, extrusão,
colagem (química) ou alta frequência, conforme a Figura 12, em função do tipo de obra e do tipo de
polímero.

7.4.2 Nas obras do tipo I, para solda dos painéis de geomembrana é obrigatória a realização de soldas
de linha dupla por termofusão com máquina automática autopropelida, conforme a Figura 12a. A solda
por extrusão deve ser usada onde a solda por termofusão não for possível, como em interferências de
tubos, reparos e pequenas soldas (com comprimento menor que a largura de uma bobina).

NOTA No caso de emenda de etapas distintas de um projeto, a solda de ligação entre as etapas deve ser
definida pelo projetista, como por exemplo, em projeto de alteamento de barragem.

7.4.3 As soldas químicas devem ser executadas com o tipo de solvente adequado, na área de
contato entre os painéis, conforme indicação do projeto executivo.

7.4.4 Antes de iniciar uma solda por termofusão ou extrusão, o instalador deve marcar com marcador
permanente no painel de geomembrana as seguintes informações: data, turno (manhã/tarde/noite)
ou horário, iniciais do soldador (operador da máquina de solda). A marcação deve ser feita em área
adjacente ao início da solda por termofusão, suficientemente distante de reparos (manchões) e fora
da área da vala de ancoragem, de forma que fique sempre aparente, ou no centro de um reparo
(manchão). No caso solda por termofusão, estas indicações devem ser completadas com o número
de identificação e com a velocidade e a temperatura da máquina de solda.

7.4.5 As soldas devem sempre ser executadas no sentido da máxima inclinação do talude, conforme
as Figuras 13 a 15, após a regulagem das máquinas (conforme 8.1).

NOTA 1 A distância da solda ao pé do talude, mostrada nas Figuras 13 a 15, depende do acabamento
superficial da geomembrana (lisa ou texturizada) em contato com o solo, podendo ser adotado o valor
indicado nas figuras ou atendidas preferencialmente as recomendações do projetista.

NOTA 2 Convém que as soldas tipo “T”, que ocorrem toda vez que um dos painéis a serem soldados já
possui uma solda transversal, estejam separadas por uma distância mínima de 50 cm.

a) Solda dupla por termofusão (PEAD, PVC, PEBDL, PP etc.)

b) Solda por extrusão (PEAD, PEBDL, PP etc.)

c) Solda simples (PVC): termofusão (L > 25 mm), química (L > 50 mm) ou alta frequência (L > 25 mm)

Figura 12 – Tipos de solda para cada tipo de geomembrana

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Figura 13 – Exemplo de disposição dos painéis para um talude longo (> 15 m)

Figura 14 – Exemplo de disposição usual dos painéis para um talude pequeno (< 15 m)

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Figura 15 – Exemplo de disposição em curva

7.4.6 Deve-se minimizar o número de soldas nos cantos e interseções, seguindo os critérios indicados
nas Figuras 13 e 15.

7.4.7 Convém não realizar emendas horizontais ao longo do talude. Caso seja inevitável, recomenda-se
que a solda faça um ângulo de aproximadamente 45º com a horizontal e que não esteja localizada na
parte superior do talude, nem a uma distância menor que 15 cm da base. No fundo, a solda deve estar
a uma distância igual ou maior que 0,5 m da base do talude.

7.4.8 Os transpasses entre painéis a serem soldados devem ter dimensão compatível com o tipo de
máquina para soldas por termofusão ou devem ser maiores ou iguais a 75 mm para soldas por extrusão,
nas geomembranas de PEAD, e maiores que 100 mm para soldas químicas nas geomembranas
de PVC. Em nenhum caso a sobreposição deve ser inferior a 75 mm.

Para outros tipos de geomembrana, os transpasses devem seguir as recomendações dos fabricantes
das máquinas de solda utilizadas.

7.4.9 Todo cruzamento de solda por termofusão deve ter um reparo com “manchão” que garanta
a estanqueidade da barreira.

7.4.10 As soldas dos painéis, em geomembranas de PEAD e PEBDL, devem ser executadas sempre
com a temperatura da geomembrana inferior a 75 ºC, medida por um termômetro infravermelho ou
termopar de superfície. Para geomembranas fabricadas com outros tipos de polímero, a temperatura
máxima nos painéis e a diferença máxima de temperatura entre os painéis a serem soldados devem
ser estabelecidas em projeto, em função das características da geomembrana.

7.4.11 Quando, durante a soldagem por termofusão, o transpasse apresentar rugas ou ondas, também
chamadas de “bocas de peixe”, estas devem ser cortadas de modo a tornar plana a área para passagem
da máquina. O corte deve ser finalizado com um pequeno furo circular (diâmetro nominal de 10 mm),
de forma a minimizar a propagação do rasgo. Sobre o corte circular deve ser colocado um manchão
oval ou redondo, da mesma geomembrana, com um transpasse mínimo de 150 mm, além das bordas
do corte em todas as direções. Caso as áreas cortadas fiquem com transpasses inadequados para
realização da solda por termofusão, estes devem receber reparos conforme a Seção 9.

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8 Ensaios de avaliação das soldas


8.1 As máquinas de solda por termofusão e o processo de soldagem devem ser verificados
imediatamente antes do início de cada jornada de trabalho (pela manhã e à tarde) e sempre que
houver quaisquer mudanças nas condições do serviço (por exemplo, quando a máquina é desligada
e esfria completamente), de acordo com a ASTM D4437. Esta verificação é realizada por ensaios
que avaliam se estão adequados os parâmetros das soldas (velocidade, temperatura e pressão do
equipamento) executadas em tiras da geomembrana, nas mesmas condições das soldas dos painéis.

8.2 Da mesma forma, a solda química deve ser ensaiada, executando-a em tiras de PVC e fazendo
sua avaliação após a cura do solvente utilizado.

8.3 Os ensaios de verificação dos parâmetros das soldas devem ser feitos em tiras de
aproximadamente 3,3 m de comprimento para solda por termofusão e de 1,0 m de comprimento
para solda por extrusão, com a solda centrada ao longo do comprimento. O transpasse deve seguir o
descrito em 7.4.8.

8.4 Dois corpos de prova de 25 mm de largura devem ser cortados de cada uma das extremidades
da tira soldada. Estes corpos de prova devem ser ensaiados no tensiômetro da obra, o qual deve
registrar a carga e a velocidade de ensaio, com o objetivo de verificar a resistência ao cisalhamento
e ao descolamento, nas duas linhas de solda, no caso de solda por termofusão. Os corpos de prova
devem ter uma ruptura tipo FTB, conforme 3.8. Caso haja ruptura da solda, todo o ensaio deve ser
refeito. Se a separação da solda for igual ou maior que 25 % da sua largura, a solda deve ser reprovada.

8.5 O valor mínimo aceitável para as resistências de solda de todos os corpos de prova deve ser
conforme 10.1.2.6. Para a aprovação da solda, todos os cinco corpos de prova devem atender ao
critério de resistência da solda estabelecido para cada tipo de ensaio.

8.6 Se o ensaio destrutivo da solda falhar deve verificar se a falha ocorreu devido a deficiência da
solda ou se devido a erro do operador na calibração e operação do tensiômetro. Para verificação da
solda deve retirar duas amostras adicionais, uma antes e outra depois da solda reprovada. A distância
entre a borda da amostra reprovada e as amostras adicionais deve ser conforme a especificação
do projeto. Caso essa distância não esteja especificada, uma amostra adicional deve ser retirada
(1 m) antes e a outra (1 m) depois, de cada extremidade da borda da solda reprovada. Os ensaios
adicionais delimitam o trecho não conforme da solda. Caso uma ou as duas amostras adicionais
sejam reprovadas, novas amostras devem ser retiradas (1 m) antes da amostra anterior a aquela
originalmente reprovada e (1 m) depois da amostra posterior a aquela originalmente reprovada. Esse
procedimento deve ser realizado sucessivamente, até que as amostras adicionais sejam aprovadas
ou que seja decidido reprovar a solda, em toda a sua extensão. Um reparo (manchão) deve ser
colocado sobre o trecho da solda reprovada e soldado por extrusão em todo o seu perímetro ou em
toda a extensão da solda, caso esta seja reprovada.

9 Reparos
9.1 Os reparos são executados por meio de “manchões” com bordas arredondadas e dimensões tais
que se sobreponham à área danificada em pelo menos 150 mm, soldados sobre a geomembrana por
meio de solda por extrusão nas geomembranas de PEAD, e soldados por solda química ou termofusão
(soprador de ar quente) nas geomembranas de PVC.

9.2 Os reparos são usados nos seguintes casos: danos de qualquer tipo, encontros de solda, “bocas
de peixe”, retirada de amostras para ensaios destrutivos e paradas de máquina.

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9.3 Todo reparo nas áreas planas deve ser ensaiado por ensaio de caixa de vácuo. Nos locais onde
isto não for possível, a solda deve ser ensaiada por faísca elétrica, colocando-se um fio de cobre no
interior da área plana, no caso de solda por extrusão, ou ensaio de lança de ar, no caso de soldas
químicas.

10 Controle de qualidade para obras tipo I


10.1 Soldas

10.1.1 Ensaios não destrutivos

10.1.1.1 Todas as soldas devem ter a estanqueidade verificada ao longo do seu comprimento, por
meio de ensaios não destrutivos. Todos os defeitos encontrados devem ser reparados e o ensaio deve
ser repetido.

10.1.1.2 Os ensaios não destrutivos são realizados usando os equipamentos da caixa de vácuo, de
faísca elétrica e de pressão de ar, e devem ser executados por técnicos experientes e familiarizados
com os métodos de ensaio.

 a) ensaio da caixa de vácuo (ver Anexo A):

—— em locais onde a solda por extrusão não pode ser ensaiada por este ensaio não destrutivo,
como nas interferências com tubos, ensaios não destrutivos alternativos, como o ensaio de
faísca elétrica ou equivalente, devem substituí-lo;

—— todas as soldas ensaiadas pelo ensaio da caixa de vácuo devem ser marcadas com a data
do ensaio, o nome do técnico que realizou o ensaio e o resultado do ensaio;

 b) ensaio da faísca elétrica ou spark test (ver Anexo B):

—— uma geomembrana condutiva pode ser usada para facilitar a execução do ensaio da solda,
dispensando a colocação do arame condutor;

 c) ensaio de pressão de ar (ver Anexo C):

—— os resultados do ensaio de pressão de ar devem ser marcados na geomembrana na solda


ensaiada;

—— para geomembranas de PVC, seguir o descrito na ASTM D7177, sendo o tempo de ensaio
de 30 s;

 d) ensaio de lança de ar (ver Anexo D).

NOTA O ensaio não destrutivo, para soldas por extrusão em geomembranas texturizadas, recomenda-se
o uso da faísca elétrica, porque o ensaio da caixa de vácuo pode apresentar resultados falhos, devido às
texturas que dificultam a vedação adequada.

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10.1.2 Ensaios destrutivos

10.1.2.1 Frequência de amostragem

Os ensaios devem ser feitos para avaliar estatisticamente a qualidade das soldas, com uma frequência
de retirada de amostras que pode ser a cada 150 m de solda, sempre no final da solda, ou a critério
do projetista.

A frequência de amostragem para os ensaios destrutivos pode também ser realizada em intervalos
variáveis, baseados em gráficos de controle (ver Bibliografia, [3]).

Para obras grandes, com cem ou mais amostras destrutivas, a frequência de amostragem pode ser
feita pelo método de atributos (ver Bibliografia, [1]), o qual pode ter a frequência de amostragem em
intervalos variáveis (ver Bibliografia, [3]), como uma ferramenta auxiliar.

10.1.2.2 As dimensões das amostras devem ser de 1 m de comprimento por 0,3 m de largura, com
a solda centrada ao longo do comprimento. A amostra deve ser cortada em três partes iguais e
distribuídas da seguinte forma: um terço deve ser ensaiado na obra pelo instalador, um terço deve ser
ensaiado em laboratório independente pelo proprietário e um terço deve ser arquivada pelo cliente.

10.1.2.3 Todas as amostras devem ser marcadas com o número da amostra, data, hora, iniciais do
nome do técnico, número da solda e dos painéis e parâmetros da solda (temperatura e velocidade).
O instalador deve fazer os reparos em todos os cortes para retirada de amostras de solda. Todos os
reparos (“manchões”) devem ser ensaiados por caixa de vácuo ou faísca elétrica.

10.1.2.4 Uma amostra de cada ensaio (cisalhamento e descolamento) deve ser etiquetada. A etiqueta
deve indicar a data, a temperatura da geomembrana, o número da solda, o nome do técnico que
realizou o ensaio e a descrição de aprovação ou reprovação. A amostra deve ser entregue para o
representante do proprietário para ser arquivada.

10.1.2.5 Cinco corpos de prova de 25 mm de largura devem ser cortados de cada tira soldada. Estes
corpos de prova devem ser ensaiados no tensiômetro da obra, o qual deve registrar a carga e a
velocidade de ensaio, com o objetivo de verificar a resistência ao cisalhamento e ao descolamento,
nas duas linhas de solda, no caso da solda por termofusão. A nota da subseção 8.4 deve ser observada
quanto ao corte dos corpos de prova.

10.1.2.6 Os ensaios devem seguir as recomendações das normas correspondentes ao polímero da


geomembrana utilizada, ASTM D 6392, ASTM D 7272, ASTM D 7408, e ASTM D 882, e atender
a duas propriedades básicas de resistência, cisalhamento e descolamento, descritas a seguir:

 a) resistência ao cisalhamento: ensaio que consiste em submeter o corpo de prova, com a
geomembrana superior presa a uma das garras do tensiômetro e a inferior presa à outra garra,
a um esforço de cisalhamento direto a uma velocidade que depende do tipo de polímero da
geomembrana, e registrar a sua máxima resistência e o tipo de ruptura.

O critério de aceitação é o seguinte:

 1) para as geomembranas poliolefínicas, os resultados obtidos no ensaio devem atender aos
critérios listados nas Tabelas E.1 e E.2;

 2) para as geomembranas de PVC, os resultados obtidos no ensaio devem atender aos critérios
listados na Tabela E.3;

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 b) resistência ao descolamento: neste ensaio, o corpo de prova é preso às garras do tensiômetro
do mesmo lado da solda, de forma a tentar abri-la. Devem ser ensaiadas as soldas interna
e externa de cada corpo de prova.

O critério de aceitação é o seguinte:

 1) para as geomembranas poliolefínicas, os resultados obtidos no ensaio devem atender aos
critérios listados na Tabelas E.1 e E.2;

 2) para as geomembranas de PVC, os resultados obtidos no ensaio devem atender aos critérios
listados na Tabela E.3.

10.2 Verificação da estanqueidade global

10.2.1 Ensaios geoelétricos para localização de furos em geomembranas

Métodos geoelétricos são utilizados para a localização de furos em geomembranas expostas, submer-
sas ou cobertas por solo, na verificação da estanqueidade global da obra. Para a seleção do método
de ensaio geoelétrico mais adequado para cada tipo de projeto ver a ASTM D6747.

10.2.2 Ensaios para geomembranas expostas

 a) arco elétrico (ver ASTM D7953);

 b) faísca (ver ASTM D7240);

NOTA Este ensaio é aplicado somente às geomembranas condutivas.

 c) poça d’água (ver ASTM D7002);

 d) lança d’água (ver ASTM D7703).

10.2.3 Ensaios para geomembranas cobertas

 a) coberta com água (ver ASTM D7007);

 b) coberta com solo, pedregulho, concreto ou outro material (ver ASTM D7007).

 c) mapeamento de furos em geomembranas instaladas e cobertas (ver ASTM D8265).

11 Documentação de controle de qualidade da instalação


O instalador deve comprovar a qualidade dos serviços de instalação da geomembrana por meio
da apresentação das planilhas do registro dos trabalhos de instalação, conforme 7.2, para obras do tipo I
(ver 3.12.), e de todos os relatórios dos ensaios não destrutivos e destrutivos realizados durante
os serviços, com no mínimo as informações contidas no Anexo F.

12 Fiscalização e controle para obras tipo I


A fiscalização deve ser realizada por empresa independente especializada, com conhecimento sólido
em geossintéticos, que deve acompanhar as etapas da instalação e serviços complementares durante

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a sua execução, verificando se satisfazem as especificações de projeto e as normas pertinentes.


Sugere-se que a fiscalização da obra verifique no mínimo os seguintes itens:

 a) quantidade, qualidade e condições da geomembrana recebida;

 b) qualidade e condições do cordão de solda para a solda por extrusão;

 c) condições de armazenamento e de transporte da geomembrana na obra;

 d) condições de armazenamento do cordão de solda;

 e) condições da superfície de apoio;

 f) colocação e modulação dos painéis de acordo com a paginação apresentada;

 g) ancoragem temporária;

 h) ancoragem definitiva;

 i) equipamentos necessários para soldas:

—— máquina automática de termofusão;

—— extrusora;

—— soprador de ar quente;

—— outros acessórios;

 j) equipamentos de ensaios de controle de qualidade:

—— kit canal de ar;

—— kit ensaio de vácuo;

—— ensaio da faísca elétrica;

—— tensiômetro;

 k) atestados de aferição dos equipamentos: tensiômetro, manômetro, vacuômetro, termômetro,


paquímetro e todos que fazem parte do kit de ensaios, com validade máxima de um ano;

 l) soldas por termofusão;

 m) soldas com extrusora;

 n) soldas químicas;

 o) soldas de alta frequência;

 p) cruzamento de soldas e outros reparos;

 q) verificação dos ensaios destrutivos de avaliação das soldas antes do início da solda dos painéis,
para calibração do equipamento pelo operador;

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 r) verificação da velocidade da mordaça do tensiômetro, marcando uma distância de 5 cm que deve
ser percorrida em 1 min pela mordaça móvel;

 s) colocação dos elementos de proteção e de drenagem;

 t) elaboração do “as built” (esquema da modulação, interferências e reparos);

 u) preenchimento das planilhas de registro dos trabalhos de instalação;

 v) preenchimento do diário de obra.

13 Relatório de entrega para obras do tipo I


Os relatórios de entrega para obras do tipo I são os seguintes:

 a) “as built” de toda a área revestida, contendo, além da modulação, a localização de todas as inter-
ferências e reparos;

 b) planilhas de colocação e medição da geomembrana (ver F.2);

 c) planilhas de registro das soldas (ver F.4);

 d) planilhas de todos os ensaios não destrutivos e destrutivos do controle de qualidade (ver F.3, F.5,
F.6 e F.7).

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Anexo A
(normativo)

Ensaio da caixa de vácuo

Este ensaio é executado nas soldas por extrusão, nas geomembranas poliméricas poliolefínicas (PEAD,
PP, PEBDL etc.) ou nas soldas simples (uma linha) de outros tipos de geomembranas poliméricas,
conforme as ASTM D4437 e D5641, e consiste em submeter todo o cordão de solda, em tramo de
aproximadamente 0,3 m por 1,2 m (largura e comprimento da caixa), a uma pressão negativa de 35
kPa, por aproximadamente 5 s. Aplicar a pressão no interior de uma caixa transparente, com vedação
de esponja de policloropreno de células fechadas na base, que faz contato com a geomembrana. A
caixa deve ser colocada sobre a solda previamente molhada com água e sabão, e então pressionada
contra a geomembrana. Verificar a formação ou não de bolhas de sabão durante 5 s após a aplicação
da sucção sob a pressão de ensaio. Se não houver formação de bolhas após este período de tempo,
despressurizar e mover a caixa para a área adjacente, deixando um transpasse apropriado. As áreas
onde houver a formação de bolhas devem ser marcadas, reparadas e ensaiadas novamente.

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Anexo B
(normativo)

Ensaio da faísca elétrica ou spark test

Este ensaio é utilizado em pontos onde não é possível a realização do ensaio da caixa de vácuo,
como em superfícies irregulares ou curvas. Para a realização deste ensaio, conforme a ASTM D6365,
colocar ao longo da borda do transpasse superior um arame fino condutor devidamente aterrado, com
diâmetro menor que a espessura da geomembrana, de modo que, quando a solda por extrusão for
realizada, o arame fique no seu interior. Um dispositivo semelhante a uma escova ou barra metálica,
conectado a uma fonte, cuja voltagem deve variar de acordo com o transpasse e a espessura da
geomembrana, deve então ser guiado lentamente por um operador ao longo da borda da linha de
solda. Qualquer falha é detectada pela emissão de uma faísca elétrica.

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Anexo C
(normativo)

Ensaio de pressão de ar

Este ensaio é executado de acordo com as ASTM D5820 e ASTM D4437, no espaço livre entre as
duas linhas de solda por cunha quente, por meio de um equipamento capaz de suprir e sustentar uma
pressão de 210 kPa. O ensaio deve ser realizado da seguinte forma:

 a) selar os dois extremos da linha de solda;

 b) em um dos extremos do canal, inserir uma agulha ou colocar um dispositivo com uma agulha
conectada a uma válvula com manômetro e injetar ar até alcançar uma pressão de 210 kPa;

 c) esperar 2 min para a estabilização do ar injetado e fazer a leitura do manômetro;

 d) aguardar 5 min e fazer uma segunda leitura do manômetro. A máxima queda de pressão deve ser
de 28 kPa, após 5 min. Se a queda de pressão for inferior a 28 kPa, a solda deve ser considerada
estanque. Soltar a pressão no extremo oposto da solda, verificando a queda da pressão na agulha,
para assegurar que a solda inteira tenha sido ensaiada. A agulha ou outro dispositivo usado deve
ser removido e o buraco deve ser selado ou remendado;

 e) caso a perda seja superior a 28 kPa, a solda tem que ser reparada e ensaiada novamente.

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Anexo D
(normativo)

Ensaio de lança de ar

O ensaio deve ser realizado conforme a ASTM D4437. No caso de geomembrana de PVC, quando
a solda for constituída por uma só linha, pode-se ensaiá-la pelo ensaio de lança de ar, no qual o ar é
insuflado por um orifício de 5 mm de diâmetro, a uma pressão de aproximadamente 350 kPa.

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Anexo E
(normativo)

Tabelas de resistências das soldas (ensaios destrutivos) para


geomembranas de PEAD e PEBDL lisas e texturizadas

Tabela E.1 – Valores mínimos de resistência da solda para geomembranas de PEAD

Espessura da geomembrana
mm
Método
Resistência da solda
de ensaio
0,8 1,0 1,5 2,0 2,5

Cisalhamento
kN/m ASTM D6392 10,6 14,0 21,0 28,0 35,0
(soldas por termofusão e por extrusão)
Descolamento
kN/m ASTM D6392 8,4 10,5 15,9 21,2 26,4
(solda por termofusão)
Descolamento
kN/m ASTM D6392 7,2 9,0 13,6 18,2 22,8
(solda por extrusão)

Tabela E.2 – Valores mínimos de resistência da solda para geomembranas de PEBDL

Espessura da geomembrana
mm
Método
Resistência da solda
de ensaio
0,8 1,0 1,5 2,0 2,5

Cisalhamento
kN/m ASTM D6392 8,4 10,5 15,8 21,0 26,3
(soldas por termofusão e por extrusão)
Descolamento
kN/m ASTM D6392 7,1 8,8 13,1 17,5 21,9
(solda por termofusão)
Descolamento
kN/m ASTM D6392 6,4 7,6 11,6 15,4 20,0
(solda por extrusão)

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Tabela E.3 – Valores mínimos da resistência da solda para geomembrana de PVC


Espessura da geomembrana
Método mm
Resistência da solda
de ensaio
0,5 0,75 1,0 1,25 1,5
Cisalhamento
(508 mm/min) ASTM D882 6,7 10 14 17 20
kN/m
Descolamento
(508 mm/min) ASTM D882 2,2 2,6 3,1 3,1 3,1
kN/m
Descolamento
(50,8 mm/min) ASTM D882 2,2 2,6 2,6 2,6 2,6
kN/m

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Anexo F
(informativo)

Modelos de relatórios de entrega

F.1 Diário de obra


Diário de Obra
LOGOTIPO
Data Página Nº
DA INSTALADORA _____ Feira ( ) Sábado ( ) Domingo

Obra: Proprietário: Tempo:

Item Ocorrências Observação da fiscalização

Paralisação: Responsável da contratada:


Duração:
Motivo:
Responsável da fiscalização:

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F.2 Planilha de colocação e medição da geomembrana


LOGOTIPO
PLANILHA DE COLOCAÇÃO E MEDIÇÃO DA GEOMEMBRANA
DA INSTALADORA
CLIENTE ESPESSURA
OBRA
REVESTIMENTO DE
Comprimento Área do
Bonina Total instalado no dia
Data Painel do painel painel Observações
Nº m2
m m2

Total instalado =

F.3 Ensaio destrutivo de avaliação da máquina de solda


ENSAIO DESTRUTIVO
LOGOTIPO DA INSTALADORA
VERIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTO E DE SOLDA

CLIENTE
OBRA SOLDADOR
REVESTIMENTO DE

TEMPERATURA Tipo de Tração Tipo de Espessura Obs.


Descolamento
Cisalhamento

°C máquina máxima Ruptura mm


Amostra kN/m
Data Hora
/

Nº Cunha
Ambiente Extrusora
quente

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F.4 Relatório de solda


LOGOTIPO DA
RELATÓRIO DE SOLDA
INSTALADORA
CLIENTE ESPESSURA
OBRA MÁQUINA
PAINEL Nº

Data Solda Hora do Velocidade Temperatura Extensão Painel Painel Soldador


Nº início m/min °C m Nº Nº
                 
                 
                 
                 
                 
                 
                 
                 

F.5 Ensaios não destrutivos


LOGOTIPO DA
ENSAIOS NÃO DESTUTIVOS
INSTALADORA
CLIENTE
OPERADOR
OBRA
REVESTIMENTO DE

Painel Tipo de ensaio

Extensão Faísca Pressão Perda


Data Hora Carga elétrica Obs.
M Presão kPa kPa
A B de ou
de ar
vácuo spark
test

Observações:
NOTA 1 1 kPa = 0,01 kg/cm2.
NOTA 2 A perda de pressão aceitável depende da espessura e do tipo do polímero da geomembrana (ver
Anexo A).

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F.6 Controle de reparos


LOGOTIPO DA
CONTROLE DE REPAROS
INSTALADORA
CLIENTE ESPESSURA
OBRA SOLDADOR
REVESTIMENTO DE
Data/resultado
Reparo Descrição Localização Método
Data ensaio vácuo/ Obs.
Nº do reparo do reparo empregado
faísca elétrica

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F.7 Ensaios destrutivos

LOGOTIPO DA
ENSAIOS DESTRUTIVOS
INSTALADORA
CLIENTE ESPESSURA:
OBRA MÁQUINA: SOLDADOR:
REVESTIMENTO DE
DESCOLAMENTO CISLHAMENTO
Localização Localização
Data Carga Tipo de Carga Tipo de
Amostra Painéis kN/m ruptura Amostra Ruptura kN/m ruptura
Nº A/B Nº A/B

Média Média

Especificações mínimas
Tipo de geomembrana:
Espessura:
Descolamento: Fusão = kN/m
Tipo de solda:
Extrusão = kN/m
Cisalhamento: Fusão = kN/m
Temperatura da máquina:
Extrusão = kN/m
NOTA 1 FTB: solda intacta, rompimento da geomembrana.
NOTA 2 R: rompimento da solda.

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Bibliografia

[1]  GRI GM 14, Test Frequencies for Destructive Seam Testing Selecting, variable intervals for taking
geomembrane destructive samples using the method of attributes.

[2]  GRI Test Method GM 19, Geosynthetic Research Institute – Drexel University – Seam strength
and related properties of thermally bonded polyolefin geomembranes, EUA

[3]  GRI GM 20, Selecting Variable Intervals for Taking Geomembrane Destructive Seam Samples
Using Control Charts. GRI GM 20, Selecting Variable Intervals for Taking Geomembrane
Destructive Seam Samples Using Control Charts.

[4]  Recomendação IGSBrasil 002-2, Características requeridas para o emprego de geossintéticos:


Parte 2 Barreiras Geossintéticas. Disponível em https://igsbrasil.org.br/biblioteca-virtual/
recomendacoes.

[5]  Recomendação IGSBrasil 004, Aplicação de geossintéticos em áreas de disposição de resíduos.


Disponível em https://igsbrasil.org.br/biblioteca-virtual/recomendacoes.

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