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NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 14199

Terceira edição
03.05.2017

Acumulador chumbo-ácido estacionário


ventilado — Ensaios
Stationary vented lead-acid batteries — Test
Impresso por GEORGE DE SOUZA VIEIRA em 05/01/2018

ICS 29.220.20 ISBN 978-85-07-06944-7

Número de referência
ABNT NBR 14199:2017
31 páginas

© ABNT 2017
NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR 14199:2017


Impresso por GEORGE DE SOUZA VIEIRA em 05/01/2018

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Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................vi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Aparelhagem........................................................................................................................2
5 Infraestrutura laboratorial para ensaio de tipo.................................................................3
6 Procedimento para os ensaios de tipo.............................................................................3
6.1 Sequência dos ensaios.......................................................................................................3
6.2 Inspeção visual....................................................................................................................5
6.2.1 Objetivo................................................................................................................................5
6.2.2 Itens de verificação.............................................................................................................5
6.3 Inspeção construtiva..........................................................................................................6
6.3.1 Objetivo................................................................................................................................6
6.3.2 Itens de verificação.............................................................................................................6
6.3.3 Análise dos resultados.......................................................................................................6
6.4 Tratamento prévio...............................................................................................................6
6.4.1 Objetivo................................................................................................................................6
6.4.2 Condições a serem observadas no início do ensaio.......................................................6
6.4.3 Procedimentos de ensaio...................................................................................................7
6.4.4 Análise dos resultados.......................................................................................................8
6.5 Capacidade real em regime nominal.................................................................................9
6.5.1 Objetivo................................................................................................................................9
6.5.2 Condições a serem observadas no início do ensaio.......................................................9
6.5.3 Procedimentos de ensaio.................................................................................................10
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6.5.4 Análise dos resultados.....................................................................................................10


6.6 Capacidade real em regime diferente do nominal (Ct).................................................. 11
6.6.1 Objetivo.............................................................................................................................. 11
6.6.2 Condições a serem observadas no início do ensaio..................................................... 11
6.6.3 Procedimentos de ensaio................................................................................................. 11
6.6.4 Análise dos resultados.....................................................................................................12
6.7 Adequação à flutuação.....................................................................................................12
6.7.1 Objetivo..............................................................................................................................12
6.7.2 Condições a serem observadas no início do ensaio.....................................................12
6.7.3 Procedimentos de ensaio.................................................................................................13
6.7.4 Análise dos resultados.....................................................................................................13
6.8 Desempenho frente a ciclos de carga e descarga.........................................................14
6.8.1 Para alta e média intensidades de descarga..................................................................14
6.8.2 Para baixa intensidade de descarga...............................................................................14
6.9 Desempenho frente à sobrecarga com corrente constante e temperatura elevada...16
6.9.1 Para baixa intensidade de descarga...............................................................................16
6.9.2 Para média e alta intensidades de descarga..................................................................17

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6.10 Retenção de carga............................................................................................................17


6.10.1 Objetivo..............................................................................................................................17
6.10.2 Condições a serem observadas no início do ensaio.....................................................17
6.10.3 Procedimentos de ensaio.................................................................................................18
6.10.4 Análise dos resultados.....................................................................................................18
6.11 Regeneração da capacidade............................................................................................18
6.11.1 Objetivo..............................................................................................................................18
6.11.2 Condições a serem observadas no início do ensaio.....................................................18
6.11.3 Procedimentos de ensaio.................................................................................................18
6.11.4 Análise dos resultados.....................................................................................................19
6.12 Eficiência de carga e descarga........................................................................................19
6.12.1 Objetivo..............................................................................................................................19
6.12.2 Condições a serem observadas no início do ensaio.....................................................19
6.12.3 Procedimentos de ensaio ................................................................................................19
6.12.4 Análise dos resultados.....................................................................................................21
6.13 Desempenho frente à corrente elevada .........................................................................21
6.13.1 Objetivo..............................................................................................................................21
6.13.2 Condições a serem observadas no início do ensaio.....................................................21
6.13.3 Procedimentos de ensaio.................................................................................................22
6.13.4 Análise dos resultados.....................................................................................................22
6.14 Corrente de curto-circuito................................................................................................22
6.14.1 Objetivo..............................................................................................................................22
6.14.2 Condições a serem observadas no início do ensaio.....................................................22
6.14.3 Procedimentos de ensaio.................................................................................................22
6.14.4 Análise dos resultados.....................................................................................................23
6.15 Proteção contra ignição interna causada por uma centelha externa..........................23
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6.15.1 Objetivo..............................................................................................................................23
6.15.2 Procedimentos de ensaio.................................................................................................23
6.15.3 Análise dos resultados.....................................................................................................24
6.16 Análise química do eletrólito...........................................................................................24
6.16.1 Objetivo..............................................................................................................................24
6.16.2 Condições a serem observadas no início do ensaio.....................................................24
6.16.3 Procedimento de ensaio...................................................................................................24
6.16.4 Análise dos resultados.....................................................................................................24
6.17 Queda de tensão nas interligações.................................................................................25
6.17.1 Objetivo..............................................................................................................................25
6.17.2 Condições a serem observadas no início do ensaio.....................................................25
6.17.3 Procedimento de ensaio...................................................................................................25
6.17.4 Análise dos resultados.....................................................................................................26
6.18 Desempenho dos cabos e barras de interligações........................................................26
6.18.1 Objetivo..............................................................................................................................26
6.18.2 Condições a serem observadas no início do ensaio.....................................................26
6.18.3 Procedimentos de ensaio.................................................................................................26

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6.18.4 Análise dos resultados.....................................................................................................27


6.19 Análise química das ligas metálicas...............................................................................27
6.19.1 Objetivo..............................................................................................................................27
6.19.2 Condição a ser observada no início do ensaio..............................................................27
6.19.3 Procedimento de ensaio...................................................................................................27
6.19.4 Análise dos resultados.....................................................................................................27
6.20 Identificação dos materiais poliméricos.........................................................................27
6.20.1 Objetivo..............................................................................................................................27
6.20.2 Condição a ser observada no início do ensaio..............................................................27
6.20.3 Procedimento de ensaio...................................................................................................28
6.20.4 Análise dos resultados.....................................................................................................28
6.21 Revelação de tensão residual de moldagem do vaso e da tampa...............................28
6.21.1 Objetivo..............................................................................................................................28
6.21.2 Procedimentos de ensaio.................................................................................................28
6.21.3 Análise dos resultados.....................................................................................................28
6.22 Estanqueidade...................................................................................................................29
6.22.1 Objetivo..............................................................................................................................29
6.22.2 Procedimentos de ensaio.................................................................................................29
6.22.3 Análise dos resultados.....................................................................................................29
6.23 Vazão dos filtros de segurança........................................................................................29
6.23.1 Objetivo..............................................................................................................................29
6.23.2 Procedimentos de ensaio.................................................................................................29
6.23.3 Análise dos resultados.....................................................................................................29
7 Execução dos ensaios de rotina e comissionamento...................................................30
7.1 Inspeção visual..................................................................................................................30
7.2 Inspeção construtiva........................................................................................................30
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7.3 Determinação da capacidade nominal ou diferente da nominal..................................30


8 Resultados.........................................................................................................................31

Figuras
Figura 1 – Pontos de medida nas interligações com dois furos...................................................25
Figura 2 – Pontos de medida nas interligações com mais de dois furos.....................................26

Tabelas
Tabela 1 – Sequência dos ensaios......................................................................................................4
Tabela 2 – Estado de carga versus eficiência..................................................................................21

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma.

A ABNT NBR 14199 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), pela Comissão
de Estudo de Baterias Estacionárias (CE-003:021.002). O Projeto circulou em Consulta Nacional
conforme Edital nº 02, de 21.02.2017 a 23.04.2017.

Esta terceira edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 14199:2014), a qual foi tecnica-
mente revisada.

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope
This Standard specifies the requirements for the tests in vented lead-acid batteries for stationary use,
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used as a source of electricity, as specified in ABNT NBR 14197.

This Standard establishes the procedures used to carry out type, routine and commissioning tests.

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Acumulador chumbo-ácido estacionário ventilado — Ensaios

1 Escopo
Esta Norma especifica os requisitos para a execução dos ensaios em acumuladores chumbo-ácidos
estacionários ventilados, utilizados como fonte de energia elétrica, especificados na ABNT NBR 14197.

Esta Norma estabelece os procedimentos aplicados à realização de ensaios de tipo, rotina e


comissionamento.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referên-
cias datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as
edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 14197:2014, Acumulador chumbo-ácido estacionário ventilado – Especificação

ABNT NBR 14198, Acumulador chumbo-ácido estacionário ventilado – Terminologia

ABNT NBR 14204:2011, Acumulador chumbo-ácido estacionário regulado por válvula – Especificação

ASTM E438, Specification for glasses in laboratory apparatus

UL-94, Underwriters Laboratories – Test for flammability of plastic materials for parts in devices and
appliances, vertical burning test for classifying 84 V-O or 94 V-2

3 Termos e definições
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Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 14198 e os
seguintes.

3.1
capacidade real em regime diferente do nominal
capacidade fornecida pela descarga de um acumulador em corrente constante, numericamente
igual a Cit/t, sendo t o tempo, em horas, do regime de descarga indicado pelo fabricante, referida à
temperatura de 25 °C, até o elemento atingir a tensão final de descarga de 1,75 V ou, no caso de
monoblocos, 1,75 V multiplicado pelo número de elementos que compõem o monobloco

3.2
capacidade real em regime nominal
capacidade obtida após descarga de um acumulador em corrente constante, numericamente igual
a 0,10xC10, referida à temperatura de 25 °C, até o elemento atingir a tensão final de descarga de
1,75 V ou, no caso de monoblocos, 1,75 V multiplicado pelo número de elementos que compõem o
monobloco

3.3
Vpe
volts por elemento

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4 Aparelhagem
Para a execução dos ensaios especificados nesta Norma, devem estar disponíveis os seguintes
equipamentos:

a) voltímetro e amperímetro com classe de exatidão igual ou melhor que 0,5 %, preferencialmente
digitais, com resolução mínima de três algarismos significativos na leitura, em escala compatível
com os valores a serem medidos;

b) termômetro com ponta para medida em superfície, escala de 0 °C a 100 °C e resolução igual ou
melhor que 0,5 °C;

c) densímetros com resolução melhor ou igual a 0,005 g/cm3, com exatidão de pelo menos 0,005 g/cm3;

d) torquímetro compatível com o torque de aperto das interligações dos elementos ou monoblocos
a ser aplicado segundo recomendação do fabricante;

e) derivador (shunt) com classe de exatidão igual ou melhor que 0,5 % de seu valor nominal. Sua
corrente nominal deve estar situada entre 100 % e 200 % da corrente de ensaio;

f) paquímetro com leitura de 0,05 mm e escala mínima de 150 mm;

g) escala de aço com resolução de 1 mm e comprimento total de 1 000 mm;

h) cronômetro com resolução melhor ou igual a 1 s;

i) vidraria de laboratório (pipetas, balões, béqueres e provetas), com capacidade compatível com
o volume a medir e/ou conter, do tipo Classe A da ASTM E438;

j) equipamentos para análise química com características de resposta compatíveis com os níveis de
concentração dos elementos ou substâncias analisadas e identificação dos materiais poliméricos;

k) balança para conferência da massa dos acumuladores, com precisão mínima de 5 g;


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l) registrador com escala compatível para ser utilizado com derivador (shunt) para os regimes dos
ensaios a serem realizados;

m) cargas (eletrônicas ou resistivas) compatíveis com os regimes de descarga a serem realizados


e com dispositivo para ajuste fino da corrente;

n) retificador com capacidade compatível com os regimes de carga especificados, devendo ser de
tensão constante e permitir ajuste da limitação de corrente. Deve apresentar regulação estática
na tensão de saída melhor ou igual a ± 1 %, e apresentar corrente de ondulação (ripple) menor ou
igual a 2 A (valor eficaz - RMS) para cada 100 Ah da capacidade nominal (C10);

o) dispositivo composto de gás comprimido, ar ou nitrogênio, filtros para retenção de água e óleo,
e manômetro de dois estágios para medir pressão de saída até 50 kPa (0,5 kgf/cm2), com exatidão
de ± 0,5 kPa (0,005 kgf/cm2) ou melhor. A tubulação utilizada deve estar isenta de umidade
condensada.

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5 Infraestrutura laboratorial para ensaio de tipo


A temperatura ambiente do local de realização dos ensaios de tipo deve ser de 25 °C ± 3 °C.

O laboratório de ensaio deve possuir sistemas ininterruptos de fornecimento de energia elétrica para
os equipamentos de ensaio, de forma a garantir que os ensaios não sejam afetados pela eventual
falha de energia elétrica.

6 Procedimento para os ensaios de tipo


6.1 Sequência dos ensaios

6.1.1 Para a realização de ensaios de tipo, em função das características próprias de cada ensaio,
o número de elementos a ser utilizado deve atender ao determinado em 6.1.2.

6.1.2 A amostra deve ser composta de 23 elementos ou 17 monoblocos, mais dois vasos e duas
tampas, devendo ser dividida em seis grupos, da seguinte forma:

—— Grupo 1 - seis elementos ou três monoblocos;

—— Grupo 2 - três elementos ou três monoblocos;

—— Grupo 3 - três elementos ou três monoblocos;

—— Grupo 4 - três elementos ou três monoblocos;

—— Grupo 5 - seis elementos ou três monoblocos;

—— Grupo 6 - dois elementos ou dois monoblocos, mais dois vasos e duas tampas.

6.1.3 Para efeito dos ensaios elétricos dentro de cada grupo, os elementos dos grupos 1, 2, 3, 4, 5
e 6 devem ser associados em série. Os elementos do grupo 5 devem ser dispostos em duas filas de
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três elementos ou arranjo similar para o caso de monoblocos, de modo a ser utilizada uma interligação
entre filas.

6.1.4 Os ensaios a serem realizados nos elementos pertencentes aos grupos 1 a 6 devem obedecer
à distribuição e à sequência definida na Tabela 1.

6.1.5 Os ensaios elétricos devem ser iniciados no máximo três meses após o fornecimento dos
elementos pelo fabricante. Deve ser seguida a sequência predeterminada, sem prejuízo à continuidade
dos ensaios.

6.1.6 Se as amostras não atenderem aos requisitos, o ensaio deve ser refeito até duas vezes.
Se as amostras não atenderem aos requisitos nos três ensaios, as amostras devem ser substituídas,
sendo permitidas no máximo três substituições por grupo de ensaio. Devem ser repetidos todos os
ensaios constantes no grupo. Se após as substituições as amostras não atenderem aos requisitos dos
ensaios, o ensaio de Tipo é considerado reprovado.

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Tabela 1 – Sequência dos ensaios


Grupos Tipo de
Distribuição e sequência dos ensaios Item
1 2 3 4 5 6 acumulador

Inspeção visual X X X X X X 6.2 A-M-B


Inspeção construtiva X X X X X X 6.3 A-M-B
Tratamento prévio X X X X X 6.4 A-M-B
Capacidade real em regime nominal X X X X X 6.5 A-M-B
Capacidade real em regime diferente do nominal X X X 6.6 A-M-B
Adequação à flutuação X 6.7 A-M
Desempenho frente a ciclos de carga e descarga X 6.8 A-M-B
Desempenho frente à sobrecarga com corrente
X 6.9 A-M-B
constante e temperatura elevada
Retenção de carga X 6.10 A-M-B
Regeneração da capacidade X 6.11 B
Eficiência de carga/descarga X 6.12 B
Desempenho frente à corrente elevada X 6.13 A
Corrente de curto-circuito e resistência interna CC X 6.14 A
Proteção contra ignição interna causada por uma
X 6.15 A-M-B
centelha externa
Análise química do eletrólito X 6.16 A-M-B
Queda de tensão nas interligações X 6.17 A-M–B
Desempenho das barras e cabos de interligação X 6.18 A
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Análise química das ligas metálicas X 6.19 A-M–B


Identificação dos materiais poliméricos X 6.20 A-M-B
Revelação de tensão residual de moldagem do vaso e
X 6.21 A-M-B
da tampa
Estanqueidade X 6.22 A-M–B
Vazão dos filtros de segurança
X 6.23 A-M–B

Manual técnico do produto A-M–B


Alta intensidade de
A
descarga
Média intensidade de
Tipo de acumulador M
descarga
Baixa intensidade de
B
descarga

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6.2 Inspeção visual

6.2.1 Objetivo

Verificar os aspectos construtivos dos acumuladores.

6.2.2 Itens de verificação

Verificar os seguintes itens:

a) todos os elementos ou monoblocos devem ter no mínimo as seguintes informações:

—— fabricante/fornecedor;

—— identificação/tipo;

—— número de série de fabricação;

—— mês e ano de fabricação;

—— capacidade nominal;

—— identificação dos polos (POS e/ou “+”, NEG e/ou “-”);

—— níveis máximo e mínimo do eletrólito no vaso;

—— densidade nominal;

—— tensão nominal;

—— tensão de flutuação a 25 °C;

—— identificação conforme legislação ambiental vigente;


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b) os polos devem estar alinhados, sem falhas de fundição ou presença de rebarbas;

c) a furação dos polos deve permitir o perfeito alinhamento das interligações e ser compatível com
os parafusos a serem utilizados;

d) o acabamento de superfície dos parafusos, porcas e interligações deve ser uniforme;

e) o vaso deve permitir a visualização interna dos componentes do acumulador e estar limpo,
uniforme quanto à cor, sem rebarbas, trincas, quebras e riscos grosseiros nas laterais;

f) o vaso, quando exposto a uma superfície plana, deve estar nivelado;

g) a tampa deve estar limpa, uniforme quanto à cor, sem rebarbas, trincas, quebras, riscos grosseiros
e sinais de queima;

h) a selagem da junção tampa/vaso deve estar uniforme e contínua;

i) não pode haver vazamento de solução em qualquer ponto das junções tampa-vaso, tampa-polo
e tampa-filtro de segurança.

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6.3 Inspeção construtiva

6.3.1 Objetivo

Verificar as características construtivas do acumulador.

6.3.2 Itens de verificação

Verificar os seguintes itens:

a) dimensões dos elementos ou monoblocos: 5 mm ± 2 %, no comprimento, na largura e na altura


(com e sem os polos);

b) massa: admite-se uma tolerância de ± 4 %.

6.3.3 Análise dos resultados

Todas as características construtivas dos elementos ou monoblocos devem corresponder ao indicado


no manual técnico. Constatada qualquer não conformidade, o fabricante deve ser notificado quanto
à ocorrência e optar pela correção ou substituição da amostra. Não sendo feita a correção ou a subs-
tituição da amostra, o ensaio deve ser encerrado.

6.4 Tratamento prévio

6.4.1 Objetivo

Preparação inicial da amostra de modo que, no início dos ensaios elétricos, os acumuladores apre-
sentem valor estável em sua capacidade.

6.4.2 Condições a serem observadas no início do ensaio

As seguintes condições devem ser observadas:


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a) a temperatura ambiente deve ser monitorada e mantida entre 25 °C ± 3 °C;

b) os ensaios elétricos devem ser iniciados no máximo três meses após o fornecimento dos acumu-
ladores pelo fabricante e deve ser seguida a sequência predeterminada, sem prejuízo na conti-
nuação dos ensaios;

c) para os acumuladores de alta intensidade de descarga, devem ser registradas as medidas de


tensão e temperatura de todos os elementos ou monoblocos, durante a descarga, em no mínimo
10 %, 20 %, 50 % e 80 % da duração esperada e, em seguida, em intervalos de tempo que
permitam determinar a passagem pelo valor da tensão final de descarga de 1,60 Vpe. No caso
de monoblocos que não permitam leitura individual da tensão, considerar este valor de 1,60 Vpe,
multiplicado pelo número de elementos do monobloco;

d) para os acumuladores de média intensidade de descarga, devem ser registradas as medidas de


tensão e temperatura de todos os elementos ou monoblocos, durante a descarga, em no mínimo
10 %, 20 %, 50 % e 80 % da duração esperada e em seguida, em intervalos de tempo que
permitam determinar a passagem pelo valor da tensão final de descarga de 1,75 Vpe. No caso
de monoblocos que não permitam leitura individual da tensão, considerar este valor de 1,75 Vpe,
multiplicado pelo número de elementos do monobloco;

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e) para os acumuladores de baixa intensidade de descarga, devem ser registradas as medidas de


tensão e temperatura de todos os elementos ou monoblocos, durante a descarga, em no mínimo
1 % e 5 %, e a cada intervalo de 10 % do tempo de descarga até 90 % da duração esperada,
e em seguida em intervalos de tempo que permitam determinar a passagem pelo valor da tensão
final de descarga de 1,85 Vpe. No caso de monoblocos que não permitam leitura individual da
tensão de cada elemento, considerar o valor de 1,85 Vpe multiplicado pelo número de elementos
do monobloco;

f) os elementos ou monoblocos devem ser associados em série e essa configuração deve ser
mantida até o término do ensaio.

6.4.3 Procedimentos de ensaio

Para realização do ensaio, prosseguir conforme descrito a seguir:

a) com os elementos ou monoblocos em circuito aberto, registrar os seguintes dados: temperatura


ambiente, temperatura e densidade do eletrólito e tensão de todos os elementos ou monoblocos;

b) para os acumuladores de alta intensidade de descarga, proceder à descarga com corrente


constante e numericamente equivalente ao tempo de 15 min, mantendo-a dentro de um limite
de ± 1 %, sendo permitidas variações de ± 5 %, desde que os ajustes não ultrapassem 10 s.
A descarga é considerada terminada quando qualquer dos elementos atingirem a tensão de
1,60 V. No caso de monoblocos que não permitam a leitura individual de tensão por elemento,
considerar o valor de 1,60 V, multiplicado pelo número de elementos do monobloco;

c) para os acumuladores de média intensidade de descarga, proceder à descarga com corrente


constante e numericamente igual à capacidade nominal (C10) do elemento ou monobloco, dividida
por 10, mantendo-a dentro de um limite de ± 1 %, sendo permitidas variações de ± 5 %, desde
que os ajustes não ultrapassem 20 s. A descarga é considerada terminada quando qualquer
dos elementos atingir a tensão de 1,75 V. No caso de monoblocos que não permitam a leitura
individual de tensão por elemento, considerar o valor de 1,75 V, multiplicado pelo número de
elementos do monobloco;
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d) para os acumuladores de baixa intensidade de descarga, proceder à descarga com corrente


constante e numericamente igual à capacidade nominal (C120) do elemento ou monobloco,
dividida por 120, mantendo-a dentro de um limite de ± 1 %, sendo permitidas variações de ± 5 %,
desde que os ajustes não ultrapassem 20 s. A descarga deve ser encerrada quando qualquer
dos elementos atingir a tensão final de 1,85 V. No caso de monoblocos que não permitam leitura
individual de tensão por elemento, considerar o valor de 1,85 V, multiplicado pelo número de
elementos do monobloco;

e) após a descarga, proceder a uma recarga utilizando o método de corrente constante ou de tensão
constante, conforme a seguir:

—— carga com corrente constante: efetuar uma carga com corrente constante de valor numerica-
mente igual a 0,10 C10, ou outro valor indicado pelo fabricante, limitado a 0,20 C10, até atingir
o instante final de carga. Durante a carga, a temperatura do eletrólito não pode ultrapassar
45 °C. Caso isso ocorra, a carga deve ser interrompida e reiniciada após os elementos ou
monoblocos resfriarem, atingindo a temperatura ambiente. Como instante final de carga con-
sidera-se o momento em que foi realizada a primeira de três leituras de tensão e densidade,
consecutivamente estáveis em intervalos de 30 min, corrigidos em temperatura, no elemento
ou monobloco que por último atingiu a estabilização;

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—— carga com tensão constante: efetuar uma carga com tensão constante de , e 2,40 Vpe
e corrente limitada em 0,10 C10, ou outro valor entre os indicados pelo fabricante, até atingir
o instante final de carga. Durante a carga, a temperatura do eletrólito não pode ultrapassar
45 °C. Caso isto ocorra, a carga deve ser interrompida e reiniciada após os elementos ou
monoblocos resfriarem, atingindo a temperatura ambiente. Como instante final de carga
considera-se o momento em que foi realizada a primeira de três leituras de corrente
e densidade, consecutivamente estáveis em intervalos de 30 min, corrigidos em temperatura,
no elemento ou monobloco que por último atingiu a estabilização;

f) após a recarga, os elementos ou monoblocos devem ser deixados na condição de repouso,


em circuito aberto, por um período mínimo de 12 h e máximo de 24 h, até que a temperatura,
a densidade e a tensão se estabilizem;

g) a cada ciclo, o valor da capacidade obtido deve ser corrigido para a temperatura de referência,
conforme a equação a seguir:
CT
C25 =
1 + λ (T − 25)
onde

C25 é a capacidade corrigida para 25 °C;

CT é a capacidade na temperatura T;

λ é o coeficiente de temperatura para a capacidade (0,006 para regimes de descarga > 1 h


e 0,01 para regimes ≤ 1 h);

T é a temperatura do eletrólito, expressa em graus Celsius (°C).

Para regimes de descarga até 5 h inclusive, a temperatura (T) a considerar é a inicial. Para regimes
superiores, considerar (T) como sendo a média aritmética das temperaturas obtidas no decorrer
da descarga;
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h) os elementos ou monoblocos aprovados neste ensaio devem ser recarregados conforme descrito
em 6.4.3 e) e f);

i) concluída a recarga, e após o período de repouso em circuito aberto, caso o nível do eletrólito
esteja abaixo da marca de máximo, adicionar água destilada ou deionizada e aplicar uma recarga
complementar nas mesmas condições citadas anteriormente. O tempo da recarga deve ser
suficiente para obter-se a homogeneidade do eletrólito.

6.4.4 Análise dos resultados

As condições para concluir o ensaio são:

a) o tratamento prévio deve estar concluído quando os elementos ou monoblocos apresentarem


dois valores consecutivos de capacidade com diferença menor ou igual a 4 %, corrigidos para
a temperatura de referência, quando submetidas a no mínimo dois ciclos e no máximo dez ciclos
de carga e descarga, nas mesmas condições;

b) para os acumuladores de alta intensidade de descarga, essa capacidade deve ser igual ou maior
que 100 % da capacidade nominal C0,25;

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c) para os acumuladores de média intensidade de descarga, essa capacidade deve ser igual
ou maior que 100 % da capacidade nominal C10;

d) para os acumuladores de baixa intensidade de descarga, essa capacidade deve ser igual
ou maior que 100 % da capacidade nominal C120.

6.5 Capacidade real em regime nominal

6.5.1 Objetivo

Determinar a capacidade real, em ampère-hora, dos acumuladores.

6.5.2 Condições a serem observadas no início do ensaio

As seguintes condições devem ser observadas:

a) a temperatura ambiente deve ser monitorada e mantida entre 25 °C ± 3 °C;

b) os elementos ou monoblocos devem estar com seu nível de eletrólito ajustado para a marca de
máximo. Caso o nível do eletrólito esteja abaixo da marca de máximo, adicionar água destilada
ou deionizada e aplicar uma recarga complementar nas mesmas condições citadas em 6.4.3 -
e) e f). O tempo da recarga deve ser suficiente para obter-se a homogeneidade do eletrólito;

c) o ensaio somente pode ter início caso os elementos ou monoblocos estejam garantidamente no
estado de plena carga, que é obtido submetendo-os a uma recarga conforme descrito em 6.4.3 -
e) e f);

d) após o período de repouso dos elementos ou monoblocos, a densidade do eletrólito, corrigida


pela temperatura, deve estar de acordo com a densidade nominal informada pelo fabricante,
respeitados os valores máximos definidos na ABNT NBR 14197:2017, 5.1 j). Caso a densidade
esteja fora da faixa especificada, as amostras devem ser substituídas pelo fabricante;

e) os elementos ou monoblocos devem ser associados em série, e essa configuração deve ser
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mantida até o término do ensaio;

f) para os acumuladores de alta intensidade de descarga, devem ser registradas as medidas de


tensão e temperatura de todos os elementos ou monoblocos, durante a descarga, em no mínimo
10 %, 20 %, 50 % e 80 % da duração esperada e, em seguida, em intervalos de tempo que
permitam determinar a passagem pelo valor da tensão final de descarga de 1,60 Vpe. No caso
de monoblocos que não permitam leitura individual da tensão, considerar este valor de 1,60 Vpe,
multiplicado pelo número de elementos do monobloco;

g) para os acumuladores de média intensidade de descarga, devem ser registradas as medidas de


tensão e temperatura de todos os elementos ou monoblocos, durante a descarga, em no mínimo
10 %, 20 %, 50 % e 80 % da duração esperada e, em seguida, em intervalos de tempo que
permitam determinar a passagem pelo valor da tensão final de descarga de 1,75 Vpe. No caso
de monoblocos que não permitam leitura individual da tensão, considerar esse valor de 1,75 Vpe,
multiplicado pelo número de elementos do monobloco;

h) para os acumuladores de baixa intensidade de descarga, devem ser registradas as medidas de


tensão e temperatura de todos os elementos ou monoblocos, durante a descarga, em no mínimo
1 % e 5 %, e a cada intervalo de 10 % do tempo de descarga até 90 % da duração esperada e,
em seguida, em intervalos de tempo que permitam determinar a passagem pelo valor da tensão

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final de descarga de 1,85 Vpe. No caso de monoblocos que não permitam leitura individual
da tensão por elemento, considerar o valor de 1,85 Vpe, multiplicado pelo número de elementos
do monobloco.

6.5.3 Procedimentos de ensaio

Para realização do ensaio, prosseguir conforme descrito a seguir:

a) com os elementos ou monoblocos em circuito aberto, registrar os seguintes dados: temperatura


ambiente, temperatura e densidade do eletrólito e tensão de todos os elementos ou monoblocos;

b) para os acumuladores de alta intensidade de descarga, proceder à descarga com corrente


constante e numericamente equivalente ao tempo de 15 min, mantendo-a dentro de um limite
de ± 1 %, sendo permitidas variações de ± 5 %, desde que os ajustes não ultrapassem 10 s.
A descarga é considerada terminada quando qualquer dos elementos atingir a tensão de 1,60 V.
No caso de monoblocos que não permitam a leitura individual de tensão, considerar o valor
de 1,60 V, multiplicado pelo número de elementos do monobloco;

c) para os acumuladores de média intensidade de descarga, proceder à descarga com corrente


constante e numericamente igual à capacidade nominal (C10) do elemento ou monobloco, dividida
por 10, mantendo-a dentro de um limite de ± 1 %, sendo permitidas variações de ± 5 %, desde
que os ajustes não ultrapassem 20 s. A descarga é considerada terminada quando qualquer dos
elementos atingir a tensão de 1,75 V. No caso de monoblocos que não permitam leitura individual
da tensão por elemento, considerar o valor 1,75 V, multiplicado pelo número de elementos
do monobloco;

d) para os acumuladores de baixa intensidade de descarga, proceder à descarga com corrente


constante e numericamente igual à capacidade nominal (C120) do elemento ou monobloco,
dividida por 120, mantendo-a dentro de um limite de ± 1 %, sendo permitidas variações de ± 5 %,
desde que os ajustes não ultrapassem 20 s. A descarga deve ser encerrada quando qualquer
dos elementos atingir a tensão final de 1,85 V. No caso de monoblocos que não permitam
leitura individual de tensão por elemento, considerar o valor de 1,85 V, multiplicado pelo número
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de elementos do monobloco;

e) a capacidade obtida, em ampère-hora, deve ser corrigida para a temperatura de referência


conforme 6.4.3-g);

f) após a descarga proceder a uma recarga conforme 6.4.3-e) e f);

g) após a recarga, os elementos ou monoblocos devem ser deixados na condição de repouso,


em circuito aberto, por um período mínimo de 12 h e máximo de 24 h, até que a temperatura,
a densidade e a tensão se estabilizem.

6.5.4 Análise dos resultados

Para análise dos resultados considerar:

a) para os acumuladores de alta intensidade de descarga, essa capacidade deve ser igual ou maior
que 100 % da capacidade nominal C0,25;

b) para os acumuladores de média intensidade de descarga, essa capacidade deve ser igual ou
maior que 100 % da capacidade nominal C10;

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c) para os acumuladores de baixa intensidade de descarga, essa capacidade deve ser igual ou
maior que 100 % da capacidade nominal C120;

d) sendo atendido o requisito citado em 6.5.4-a), b) e c), os elementos ou monoblocos são


considerados aprovados e o valor de capacidade deve ser considerado a capacidade real do
elemento ou monobloco em regime nominal, servindo de referência para os próximos ensaios.
Não sendo atendido esse requisito, os elementos ou monoblocos são considerados reprovados,
podendo ser substituídos pelo fabricante, observando-se o disposto em 6.1.5 e 6.1.6.

6.6 Capacidade real em regime diferente do nominal (Ct)

6.6.1 Objetivo

Determinar a capacidade real, em ampère-hora, dos acumuladores, nos seguintes regimes:

a) 30 min para aplicação em alta intensidade de descarga;

b) 3 h para aplicação em média intensidade de descarga;

c) 20 h para aplicação em baixa intensidade de descarga.

6.6.2 Condições a serem observadas no início do ensaio

As condições apresentadas em 6.5.2-a) a h) devem ser atendidas antes do início do ensaio.

6.6.3 Procedimentos de ensaio

Para realização do ensaio, prosseguir conforme descrito a seguir:

a) com os elementos ou monoblocos em circuito aberto, registrar os seguintes dados: temperatura


ambiente, temperatura e densidade do eletrólito e tensão de todos os elementos ou monoblocos;

b) para os acumuladores de alta intensidade de descarga, proceder à descarga com corrente


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constante e numericamente equivalente ao tempo de 30 min (C0,50), mantendo-a dentro de um


limite de ± 1 %, sendo permitidas variações de ± 5 %, desde que os ajustes não ultrapassem 10 s.
A descarga é considerada terminada quando qualquer dos elementos atingir a tensão de 1,60 V.
No caso de monoblocos que não permitam a leitura individual de tensão por elemento, considerar
o valor de 1,60 V, multiplicado pelo número de elementos do monobloco;

c) para os acumuladores de média intensidade de descarga, proceder à descarga com corrente


constante e numericamente igual à capacidade nominal (C3) do elemento ou monobloco, dividida
por 3, mantendo-a dentro de um limite de ± 1 %, sendo permitidas variações de ± 5 %, desde
que os ajustes não ultrapassem 20 s. A descarga é considerada terminada quando qualquer dos
elementos atingir a tensão de 1,75 V. No caso de monoblocos que não permitam leitura individual
da tensão por elemento, considerar o valor 1,75 V, multiplicado pelo número de elementos
do monobloco;

d) para os acumuladores de baixa intensidade de descarga, proceder à descarga com corrente


constante e numericamente igual à capacidade nominal (C20) do elemento ou monobloco, dividida
por 20, mantendo-a dentro de um limite de ± 1 %, sendo permitidas variações de ± 5 %, desde que
os ajustes não ultrapassem 20 s. A descarga deve ser encerrada quando qualquer dos elementos
atingir a tensão final de 1,85 V. No caso de monoblocos que não permitam leitura individual
da tensão por elemento, considerar o valor de 1,85 V, multiplicado pelo número de elementos
do monobloco;

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e) a capacidade obtida, em ampère-hora, deve ser corrigida para a temperatura de referência, con-
forme 6.4.3-g);

f) após a descarga, proceder a uma recarga conforme 6.4.3-e) e f);

g) após a recarga, os elementos ou monoblocos devem ser deixados na condição de repouso,


em circuito aberto, por um período mínimo de 12 h e máximo de 24 h, até que a temperatura,
a densidade e a tensão se estabilizem.

6.6.4 Análise dos resultados

Para análise dos resultados, considerar:

a) para os acumuladores de alta intensidade de descarga, essa capacidade deve ser igual ou maior
que 100 % de C0,50;

b) para os acumuladores de média intensidade de descarga, essa capacidade deve ser igual ou
maior que 100 % de C3;

c) para os acumuladores de baixa intensidade de descarga, essa capacidade deve ser igual ou
maior que 100 % de C20;

d) sendo atendido o requisito citado em 6.6.4-a), b) e c), os elementos ou monoblocos são considerados
aprovados e o valor de capacidade deve ser considerado a capacidade real do elemento ou
monobloco em regime diferente do nominal, servindo de referência para os próximos ensaios.
Não sendo atendido esse requisito, os elementos ou monoblocos são considerados reprovados,
podendo ser substituídos pelo fabricante, observando-se o disposto em 6.1.5 e 6.1.

6.7 Adequação à flutuação

6.7.1 Objetivo

Avaliar o comportamento dos acumuladores que operem em regimes de alta e média intensidades
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de descarga, quanto à equalização em tensão e densidade, quanto à capacidade e quanto ao consumo


de água.

6.7.2 Condições a serem observadas no início do ensaio

As seguintes condições devem ser observadas:

a) as condições apresentadas em 6.5.2-a), b), c) d), e) e g) devem ser respeitadas antes do início
do ensaio;

b) para os acumuladores de alta intensidade de descarga, devem ser registradas as medidas de


tensão e temperatura de todos os elementos ou monoblocos, durante a descarga, em no mínimo
10 %, 20 %, 50 % e 80 % da duração esperada e, em seguida, em intervalos de tempo que
permitam determinar a passagem pelo valor da tensão final de descarga de 1,60 Vpe. No caso
de monoblocos que não permitam leitura individual da tensão, considerar esse valor de 1,60 Vpe,
multiplicado pelo número de elementos do monobloco;

c) para os acumuladores de média intensidade de descarga, devem ser registradas as medidas de


tensão e temperatura de todos os elementos ou monoblocos, durante a descarga, em no mínimo,
10 %, 20 %, 50 % e 80 % da duração esperada e, em seguida, em intervalos de tempo que

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permitam determinar a passagem pelo valor da tensão final de descarga de 1,75 Vpe. No caso de
monoblocos que não permitam leitura individual da tensão por elemento, considerar este valor de
1,75 Vpe, multiplicado pelo número de elementos do monobloco.

6.7.3 Procedimentos de ensaio

Para realização do ensaio, prosseguir conforme descrito a seguir:

a) aplicar a tensão de flutuação indicada pelo fabricante, com precisão de ± 0,01 V. Esse valor não
pode variar durante o ensaio mais que 0,1 % do ajustado inicialmente;

b) após três meses do início do ensaio, deve-se medir a tensão e a densidade de todos os elementos
ou monoblocos. A tensão deve atender ao especificado em 6.7.3-a). A densidade não pode
apresentar desvios diferentes do estabelecido nos requisitos descritos na ABNT NBR 14197:2017,
5.1-k). O nível do eletrólito deve estar dentro do limite de 50 % de sua reserva. Atendidas essas
condições, o ensaio deve prosseguir por mais três meses;

c) após a primeira verificação (três meses de ensaio), os elementos ou monoblocos não podem
atingir a tensão crítica de 2,13 Vpe; caso isso ocorra o ensaio deve ser encerrado. Se os valores
de tensão e densidade dos elementos ou monoblocos apresentarem desvios além dos limites
especificados, porém sem atingir a tensão crítica de 2,13 Vpe, deve ser aplicada uma recarga
conforme instruções do fabricante, e o ensaio deve ser reiniciado. Se os desvios permanecerem
após a segunda verificação de tensão e densidade, o ensaio deve ser encerrado;

d) completados seis meses de ensaio, deve-se medir a tensão e a densidade de todos os elementos
ou monoblocos. Caso a tensão e a densidade não apresentem desvios diferentes do estabelecido
nos requisitos descritos em 6.7.3-b) e o nível do eletrólito esteja dentro do limite de 50 % de sua
reserva, os elementos ou monoblocos de média intensidade de descarga devem ser descarregados
com corrente constante e numericamente igual a 0,10 C10, e os de alta intensidade de descarga
devem ser descarregados com corrente constante equivalente ao tempo de descarga de 15 min,
devendo ser atendido o procedimento descrito em 6.5.3-a), b), c), e), f) e g).

6.7.4 Análise dos resultados


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Para análise dos resultados, considerar:

a) para elementos: por um período de seis meses, a tensão de flutuação em cada elemento não
pode apresentar desvios inferiores a - 0,05 V e superiores a + 0,05 V em relação à tensão média
dos elementos inicialmente ajustada e não pode ser inferior à tensão crítica especificada pelo
fabricante;

b) para monoblocos (que não permitam a leitura da tensão individual dos elementos): por um período
de seis meses, os desvios não podem ser inferiores a – ±0, 05 n V nem superiores a + ±0, 05 n V
(onde “n” representa o número de elementos que compõem um monobloco), em relação à
tensão média dos monoblocos inicialmente ajustada, e não podem ser inferiores à tensão crítica
especificada pelo fabricante;

c) no decorrer do ensaio a densidade não pode apresentar desvios superiores a ± 0,010 g/cm3 em
relação ao valor da densidade nominal, respeitando-se o tipo de acumulador ensaiado;

d) o valor obtido no ensaio de capacidade nominal dos elementos ou monoblocos deve ser igual
ou superior à capacidade especificada Crt; caso contrário, o ensaio é considerado reprovado.
Não sendo atendido este requisito, os elementos ou monoblocos são considerados reprovados,
podendo ser substituídos pelo fabricante, observando-se o disposto em 6.1.5 e 6.1.6.

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6.8 Desempenho frente a ciclos de carga e descarga

6.8.1 Para alta e média intensidades de descarga

6.8.1.1 Objetivo

Avaliar o comportamento dos acumuladores de média e alta intensidade de descarga frente à aplica-
ção de ciclos de carga/descarga e sua capacidade.

6.8.1.2 Condições a serem observadas no início do ensaio

As condições apresentadas em 6.5.2-a) a f) devem ser respeitadas antes do início do ensaio.

6.8.1.3 Procedimentos de ensaio

Para realização do ensaio, procsseguir conforme descrito a seguir:

a) os elementos ou monoblocos devem ser conectados a um dispositivo automático, onde serão


submetidos a uma série de ciclos contínuos de carga e descarga, com duração total de 24 h,
sendo 21 h de recarga e 3 h de descarga;

b) a recarga deve ser realizada com tensão limitada em 2,40 V ± 0,01 V por elemento e corrente
limitada a 0,20 C10. ou outros valores especificados pelo fabricante. A descarga deve ser realizada
com corrente constante de 0,20 C10, que deve ser mantida constante com variação máxima de
1 %, durante toda a descarga, sendo permitidas variações de 5 %, desde que não ultrapassem
20 s;

c) a cada (50 ± 3) ciclos deve ser avaliada a capacidade real em regime nominal, segundo o método
definido em 6.5.3-a), b), c) e) e f).

6.8.1.4 Análise dos resultados

Para análise dos resultados, considerar:


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a) os elementos ou monoblocos devem suportar no mínimo 200 ciclos para alta intensidade de des-
carga e 300 ciclos para média intensidade de descarga e, ao final destes, sua capacidade não
pode ser inferior a 80 % da capacidade especificada Crt.

b) se a capacidade real em regime Nominal obtida a cada 50 ciclos for inferior a 80 % da capacidade
especificada Crt, o ensaio é considerado reprovado. Não sendo atendido esse requisito, os ele-
mentos ou monoblocos são considerados reprovados, podendo ser substituídos pelo fabricante,
observando-se o disposto em 6.1.5 e 6.1.6.

6.8.2 Para baixa intensidade de descarga

6.8.2.1 Objetivo

Verificar o número de ciclos de carga e descarga que o acumulador suporta, simulando a diferença
de carga causada por variações sazonais, e avaliar sua capacidade para acumuladores de baixa
intensidade de descarga.

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6.8.2.2 Condições a serem observadas no início do ensaio

Para realização do ensaio, as seguintes condições devem ser observadas:

a) a temperatura do ambiente do ensaio deve ser monitorada e mantida em 40 °C ± 3 °C;

b) as condições apresentadas em 6.5.2-b), c) d) e) e g) devem ser respeitadas antes do início


do ensaio.

6.8.2.3 Procedimentos de ensaio

6.8.2.3.1 Ciclagem pouco profunda em condição de carga baixa (Fase A)

Para realização da ciclagem pouco profunda em condição de baixa carga, aplicar o seguinte
procedimento:

a) os elementos ou monoblocos devem ser mantidos em circuito aberto, por um período mínimo de
16 h, à temperatura de 40 °C;

b) descarregar os elementos ou monoblocos com corrente constante numericamente igual a C10/10.


Manter a descarga por 9 h;

c) após o período de descarga, promover a recarga dos elementos ou monoblocos com corrente
constante de 1,03 C10/10, durante 3 h;

d) descarregar os elementos ou monoblocos com uma corrente constante numericamente igual


a C10/10, durante 3 h;

e) repetir 49 vezes o ciclo descrito em c) e d). Depois dos 49 ciclos, recarregar totalmente os ele-
mentos ou monoblocos, conforme 6.4.3-e) e f).

6.8.2.3.2 Ciclagem pouco profunda em condição de carga alta (Fase B)

Para realização da ciclagem em condição de carga elevada, aplicar o seguinte procedimento:


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a) descarregar os elementos ou monoblocos durante 2 h, com corrente constante de 1,25 C10/10;

b) após o período de descarga promover a recarga dos elementos ou monoblocos com corrente
limitada em C10/10 e com tensão limitada em 2,40 Vpe, durante 6 h;

c) repetir 99 vezes o ciclo descrito em a) e b).

6.8.2.4 Capacidade obtida e número de ciclos

A análise da capacidade deve ser realizada após cada 150 ciclos, conforme procedimento descrito
a seguir:

a) após a realização dos 150 ciclos das Fases A e B, deixar os elementos ou monoblocos em repouso
à temperatura ambiente (25 °C ± 3 °C), por 24 h;

b) recarregar os elementos ou monoblocos com corrente igual a C10/10 até que a tensão em seus
terminais atinja 2,40 Vpe. Após atingir-se essa tensão, manter a carga em tensão constante,
nesse valor, durante 24 h;

c) deixar os elementos ou monoblocos em repouso, no mínimo por 4 h e no máximo por 24 h;

d) descarregar os elementos ou monoblocos conforme 6.5.3-a), d), e), f) e g).

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6.8.2.5 Análise dos resultados

Para análise dos resultados considerar:

a) os elementos ou monoblocos devem suportar no mínimo 600 ciclos (Fases A e B) e, ao final


destes, sua capacidade não pode ser inferior a 80 % da capacidade especificada Crt;

b) durante qualquer ciclo de descarga, se qualquer elemento ou monobloco atingir um valor de


tensão menor do que 1,85 Vpe, este deve ser reprovado, podendo ser substituído pelo fabricante;

c) se a capacidade real em regime nominal obtida a cada 150 ciclos for inferior a 80 % da capacidade
especificada Crt, os elementos ou monoblocos são considerados reprovados, podendo ser
substituídos pelo fabricante, observando-se o disposto em 6.1.5 e 6.1.6.

6.9 Desempenho frente à sobrecarga com corrente constante e temperatura elevada


6.9.1 Para baixa intensidade de descarga

6.9.1.1 Objetivo

Avaliar a perda de capacidade do acumulador de baixa intensidade de descarga, quando submetido


a uma condição de sobrecarga com corrente constante.

6.9.1.2 Condições a serem observadas no início do ensaio

As seguintes condições de ensaios devem ser observadas:

a) os elementos ou monoblocos devem ser colocados em um banho termostatizado que mantenha


seu eletrólito à temperatura de 40 °C ± 3 °C;

b) as condições apresentadas em 6.5.2-b), c) d), e) e h) devem ser respeitadas antes do início do


ensaio.

6.9.1.3 Procedimentos de ensaio


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Para realização do ensaio, proceder como a seguir:

a) aplicar uma corrente constante e numericamente igual a Cr120/20, durante 500 h;

b) durante o ensaio o eletrólito deve ser mantido entre as marcas de máximo e mínimo, completando-o,
quando necessário, com água destilada ou deionizada;

c) após esse período de sobrecarga, os elementos ou monoblocos devem ficar em repouso até que
a sua temperatura atinja 25 °C ± 3 °C;

d) determinar a capacidade real em regime de 120 h (Cr120), conforme descrito em 6.5.3-a), d), e)
f) e g);

e) calcular a perda de capacidade (P) utilizando a equação seguinte:

P (%) =
(Cr120 − Crp ) × 100
Cr120
onde

Cr120 é a capacidade real em regime de 120 h;

Crp é a capacidade real em regime de 120 h, obtida neste ensaio.

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6.9.1.4 Análise dos resultados

Para análise dos resultados, considerar:

a) a perda de capacidade (P), em porcentagem, obtida nas condições do ensaio, não pode ser
superior a 30 % da capacidade real em regime nominal;

b) se a perda de capacidade (P) for maior que 30 %, os elementos ou monoblocos são considerados
reprovados, podendo ser substituídos pelo fabricante, observando o disposto em 6.1.5 e 6.1.6.

6.9.2 Para média e alta intensidades de descarga

6.9.2.1 Objetivo

Avaliar a perda de capacidade do acumulador de média e alta intensidades de descarga, quando sub-
metido a uma condição de sobrecarga com corrente constante.

6.9.2.2 Condições a serem observadas no início do ensaio

As condições apresentadas em 6.5.2-b), c), d) ,e), f) e h) devem ser respeitadas antes do início
do ensaio.

6.9.2.3 Procedimentos de ensaio

Para realização do ensaio, proceder como a seguir:

a) aplicar uma corrente constante e numericamente igual a 0,02 C10, durante 720 h;

b) durante o ensaio o eletrólito deve ser mantido entre as marcas de máximo e mínimo, completando-o,
quando necessário, com água destilada ou deionizada;

c) após esse período, determinar a capacidade real em regime de 1 h até a tensão final de 1,60 V
por elemento ou, no caso de monobloco, 1,60 V, multiplicado pelo número de elementos que
compõem o monobloco, conforme procedimento descrito em 6.6.3-a), b), c), e), f) e g);
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d) repetir o descrito em 6.9.7-a), b) e c) por mais cinco vezes.

6.9.2.4 Análise dos resultados

A perda de capacidade, em porcentagem, obtida após seis períodos de 720 h cada nas condições
do ensaio, não pode ser superior a 20 % da capacidade real em regime de descarga de 1 h até
a tensão final de descarga de 1,60 Vpe ou, no caso de monobloco, 1,60 Vpe, multiplicado pelo número
de elementos que compõem o monobloco. Não sendo atendido este requisito, os elementos ou
monoblocos são considerados reprovados, podendo ser substituídos pelo fabricante, observando-se
o disposto em 6.1.5 e 6.1.6.

6.10 Retenção de carga


6.10.1 Objetivo

Avaliar a capacidade remanescente (autodescarga) para acumuladores de alta, média e baixa inten-
sidades de descarga, após determinado período em circuito aberto.

6.10.2 Condições a serem observadas no início do ensaio

As condições apresentadas em 6.5.2-a) a h) devem ser respeitadas antes do início do ensaio.

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6.10.3 Procedimentos de ensaio

Para realização do ensaio, proceder como a seguir:

a) armazenar os elementos ou monoblocos por 90 dias em circuito aberto, em lugar seco e com
temperatura ambiente monitorada em 25 °C ± 3 °C;

b) após 90 dias de armazenamento, os elementos ou monoblocos devem ser descarregados


conforme procedimento descrito em 6.5.3-a) a g).

6.10.4 Análise dos resultados

A capacidade remanescente obtida após 90 dias em circuito aberto, à temperatura de 25 °C, não
pode ser inferior a 82 % da capacidade real em regime nominal obtida no em 6.5; caso contrário,
o ensaio e considerado reprovado. Não sendo atendido este requisito, os elementos ou monoblocos
são considerados reprovados, podendo ser substituídos pelo fabricante, observando-se o disposto em
6.1.5 e 6.1.6.

6.11 Regeneração da capacidade

6.11.1 Objetivo

Avaliar a perda de capacidade do acumulador utilizado em sistemas de baixa intensidade de descarga,


após uma descarga de longo período.

6.11.2 Condições a serem observadas no início do ensaio

As seguintes condições de ensaios devem ser observadas:

a) este ensaio deve ser realizado nos elementos ou monoblocos descarregados, logo após ensaio
de capacidade real em regime nominal (C120);

b) a temperatura ambiente deve ser monitorada e mantida em 25 °C ± 3 °C;


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c) os elementos ou monoblocos devem ser associados em série e esta configuração deve ser
mantida até o término do ensaio;

d) para os acumuladores de baixa intensidade de descarga devem ser registradas as medidas de


tensão e temperatura de todos os elementos ou monoblocos, durante a descarga, em no mínimo
1 % e 5 %, e a cada intervalo de 10 % do tempo de descarga até 90 % da duração esperada e,
em seguida, em intervalos de tempo que permitam determinar a passagem pelo valor da tensão
final de descarga de 1,85 Vpe. No caso de monoblocos que não permitam leitura individual da
tensão por elemento, considerar o valor de 1,85 Vpe, multiplicado pelo número de elementos do
monobloco.

6.11.3 Procedimentos de ensaio

Para realização do ensaio proceder como a seguir:

a) realizar um ensaio de capacidade real em regime nominal (C120), conforme 6.5.3 - a), d) e e) e
registrar a capacidade obtida. Sem recarregar os elementos ou monoblocos, conectar um resistor
de valor R ± 5 % nos seus terminais, cujo valor é obtido pela equação a seguir:
2 × tensão total nominal ( V )
R= (Ω )
C120 / 120 ( A )

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b) manter os elementos ou monoblocos nesta condição por sete dias, à temperatura de 25 °C ± 3 °C;

c) após os sete dias, desconectar o resistor e realizar a recarga dos elementos ou monoblocos
conforme 6.4.3-e) e f);

d) realizar um ensaio de capacidade real em regime nominal (C120), conforme 6.5.3-a), d), e), f) e g),
e registrar a capacidade obtida.

6.11.4 Análise dos resultados

A perda de capacidade do acumulador não pode ser superior a 20 % da capacidade real em regime
nominal (C120), obtida em 6.5; caso contrário, os elementos ou monoblocos são considerados repro-
vados, podendo ser substituídos pelo fabricante, observando o disposto em 6.1.5 e 6.1.6.

6.12 Eficiência de carga e descarga

A seguir é descrito o procedimento de ensaio de eficiência de carga e descarga.

6.12.1 Objetivo

Avaliar a eficiência de carga e descarga do acumulador que opera no regime de baixa intensidade
de descarga, estando o acumulador com diferentes níveis de carga, sendo: 90 %, 75 % e < 50 % do
estado de carga, quando este é submetido a um processo de recarga parcial.

6.12.2 Condições a serem observadas no início do ensaio

As condições apresentadas em 6.5.2-a), b), c), d),e) e h) devem ser respeitadas antes do início
do ensaio.

6.12.3 Procedimentos de ensaio

Para realização do ensaio, proceder como a seguir:


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a) realizar um ensaio de capacidade real em regime nominal (C120), conforme 6.5.3-a), d), e), f) e g),
e registrar a capacidade obtida, chamando-a de Cr120;

b) a capacidade Cr120 em ampères-hora a 25 °C ± 3 °C, é dada pela equação:

Cr120 = I120 × h (Ah)

c) repetir o ensaio de capacidade real em regime nominal (C120) por no máximo quatro vezes, até
que a diferença entre as capacidades Cr120 obtidas em duas determinações consecutivas seja
menor que 4 %.

6.12.3.1 Estado de carga 90 %

Para realização do ensaio considerando o acumulador com 90 % de carga proceder como a seguir:

a) estando os elementos ou monoblocos garantidamente em plena carga, o que se obtém seguindo-se


6.4.3-e) e f), realizar uma descarga de 12 h com corrente constante numericamente igual a
ICr120 = Cr120/120, registrando a tensão total dos elementos ou monoblocos no momento
imediatamente anterior à interrupção da descarga, com precisão de 1 mV/V. Esta tensão
é denominada Ve;

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b) recarregar os elementos ou monoblocos por (3 ± 0,05) h, com corrente constante igual a


Cr120/ (30 ± 1) % (A);

c) manter os elementos ou monoblocos em repouso por 20 h a 24 h, à temperatura de 25 °C ± 3 °C;

d) descarregar os elementos ou monoblocos com corrente constante numericamente igual a


ICr12 = Cr120/120, registrando o tempo de descarga Te (em hora decimal com precisão de
segundos) até atingir a tensão Ve determinada em a) desta subseção;

e) a eficiência de carga e descarga, com estado de carga de 90 % na temperatura de 25 °C ± 3 °C


é dada pela equação a seguir:
Te × Cr120 / 120
Eficiência 90 % = × 100 (%)
3 × C120 / 30
f) se a eficiência de recarga obtida, no estado de carga de 90 %, for maior que 85 %, deve-se
continuar o ensaio; caso contrário, o ensaio é encerrado e os elementos ou monoblocos são
considerados reprovados, podendo ser substituídos pelo fabricante, observando-se o disposto
em 6.1.5 e 6.1.6.

6.12.3.2 Estado de carga 75 %

Para realização do ensaio considerando o acumulador com 75 % de carga, proceder como a seguir:

a) estando os elementos ou monoblocos garantidamente em plena carga, o que se obtém seguindo-se


6.4.3 e) e f), realizar uma descarga de 30 h com corrente constante numericamente igual a
ICr120 = Cr120/120, registrando a tensão total dos elementos ou monoblocos no momento
imediatamente anterior à interrupção da descarga, com precisão de 1 mV/V. Esta tensão
é denominada Vf;

b) recarregar os elementos ou monoblocos por (3 ± 0,05) h, com corrente constante igual a


Cr120/ (30 ± 1) % (A);

c) manter os elementos ou monoblocos em repouso por 20 h a 24 h, à temperatura de 25 °C ± 3 °C;


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d) descarregar os elementos ou monoblocos com corrente constante numericamente igual a


ICr120 = Cr120/120, registrando o tempo de descarga Tf (em hora decimal com precisão de
segundos) até atingir a tensão Vf determinada em a) desta subseção;

e) eficiência de carga/descarga, com estado de carga de 75 % na temperatura de 25 °C ± 3 °C


é dada pela equação a seguir:
Tf × Cr120 / 120
Eficiência 75 % = × 100 (%)
3 × C120 / 30
f) se a eficiência de recarga encontrada, no estado de carga de 75 %, for maior que 90 %, deve-se
continuar o ensaio; caso contrário, o ensaio é encerrado e os elementos ou monoblocos são
considerados reprovados, podendo ser substituídos pelo fabricante, observando-se o disposto
em 6.1.5 e 6.1.6.

6.12.3.3 Estado de carga < 50 %

Para realização do ensaio considerando o acumulador com < 50 % de carga, proceder como a seguir:

a) estando os elementos ou monoblocos garantidamente em plena carga, o que se obtém


seguindo-se 6.4.3-e) e f), realizar uma descarga de 61 h com corrente constante numericamente
igual a ICr120 = Cr120/120, registrando a tensão total dos elementos ou monoblocos no momento

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imediatamente anterior à interrupção da descarga, com precisão de 1 mV/V. Esta tensão


é denominada Vg;

b) recarregar os elementos ou monoblocos por (3 ± 0,05) h com corrente constante igual a


Cr120/ (30 ± 1) % (A);

c) manter elementos ou monoblocos em repouso por 20 h a 24 h, à temperatura de 25 °C ± 3 °C;

d) descarregar os elementos ou monoblocos com corrente constante numericamente igual a


ICr120 = Cr120/120, registrando o tempo de descarga Tg (em hora decimal com precisão de
segundos) até atingir a tensão Vg determinada em a) desta subseção;

e) eficiência de carga e descarga, com estado de carga (SOC) < 50 %, à temperatura de


25 °C ± 3 °C, é dada pela equação a seguir:
Tg × Cr120 / 120
Eficiência (SOC) < 50% = × 100 (%)
3 × C120 / 30
f) se a eficiência de recarga encontrada, no estado de carga < 50 %, for maior que 95 %, deve-se
continuar o ensaio; caso contrário, o ensaio é encerrado, e os elementos ou monoblocos são
considerados reprovados, podendo ser substituídos pelo fabricante, observando-se o disposto
em 6.1.5 e 6.1.6.

6.12.4 Análise dos resultados

Para análise do resultados, considerar:

a) a eficiência carga e descarga obtida deve atender aos requisitos apresentados na Tabela 2;

b) não sendo atendido este requisito, os elementos ou monoblocos são considerados reprovados,
podendo ser substituídos pelo fabricante, observando-se o disposto em 6.1.5 e 6.1.6.

Tabela 2 – Estado de carga versus eficiência


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Estado de carga (SOC) Eficiência


% %
90 > 85
75 > 90
< 50 > 95

6.13 Desempenho frente à corrente elevada

6.13.1 Objetivo

Verificar a integridade dos acumuladores de alta intensidade de descarga, quando submetidos a uma
descarga com corrente elevada, por curto espaço de tempo.

6.13.2 Condições a serem observadas no início do ensaio

As seguintes condições de ensaios devem ser observadas:

a) as condições apresentadas em 6.5.2-a) a f) devem ser respeitadas antes do início do ensaio;

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b) devem ser adotadas as precauções de segurança adequadas contra explosão e outros acidentes
possíveis.

6.13.3 Procedimentos de ensaio

Para realização do ensaio, proceder como a seguir:

a) estando os elementos ou monoblocos garantidamente em plena carga, o que se obtém seguindo-se


6.4.3-e) e f), realizar uma descarga por um período de tempo de 30 s, a uma corrente constante
e equivalente a 3 vezes a corrente correspondente ao tempo de descarga de 5 min, referenciada
a uma tensão final de descarga de 1,80 Vpe;

b) após a descarga, manter os elementos ou monoblocos em circuito aberto por 5 min, e efetuar
leitura de tensão;

c) examinar interna e externamente todos os componentes dos elementos ou monoblocos, verifi-


cando sua integridade e fotografando as amostras para elaboração do relatório de ensaio.

6.13.4 Análise dos resultados

Os elementos ou monoblocos não podem apresentar deformação, abaulamento, rompimento ou


derretimento em quaisquer de suas partes constituintes, tampouco perder a continuidade elétrica;
caso contrário, os elementos ou monoblocos são considerados reprovados, podendo ser substituídos
pelo fabricante, observando-se o disposto em 6.1.5 e 6.1.6.

6.14 Corrente de curto-circuito

6.14.1 Objetivo

Medir a corrente de curto-circuito e a resistência interna dos acumuladores de alta intensidade de


descarga, de modo a levantar informações que possam subsidiar o dimensionamento das proteções
a serem empregadas.
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6.14.2 Condições a serem observadas no início do ensaio

As seguintes condições de ensaios devem ser observadas:

a) as condições apresentadas em 6.5.2-a) a f) devem ser respeitadas antes do início do ensaio;

b) devem ser adotadas as precauções de segurança adequadas contra explosão e outros acidentes
possíveis.

6.14.3 Procedimentos de ensaio

Para realização do ensaio, proceder como a seguir:

a) estando os elementos ou monoblocos garantidamente em plena carga, o que se obtém seguindo-


se 6.4.3-e) e f), descarregar por um período de tempo igual a 20 s os elementos ou monoblocos,
com uma corrente constante e de valor igual a 4 vezes a corrente correspondente à capacidade
C10. A tolerância máxima admissível para a leitura é de + 5 s. Após este período, efetuar as
leituras de tensão (Va) em cada elemento ou monobloco, bem como as de corrente (Ia);

b) deixar os elementos ou monoblocos em circuito aberto por um período de 5 min;

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c) sem recarregar os elementos ou monoblocos, descarregá-los durante 5 s com uma corrente


constante e de valor igual a 20 vezes a corrente correspondente à capacidade C10. Após esse
período, efetuar as leituras de tensão (Vb) em cada elemento ou monobloco, bem como as de
corrente (Ib);

d) calcular a corrente de curto-circuito pela seguinte equação:

I = (Va * Ib) – (Vb *Ia) / (Va – Vb) , em ampères

e) calcular a resistência interna através da seguinte equação:

R = (Va – Vb) / (Ib – Ia), em ohms

f) recarregar os elementos ou monoblocos, seguindo 6.4.3-e) e f).

6.14.4 Análise dos resultados

Os valores medidos I e R devem estar de acordo com o informado pelo fabricante, com uma tolerância
de ± 10 %; caso contrário, elementos ou monoblocos são considerados reprovados, podendo ser
substituídos pelo fabricante, observando-se o disposto em 6.1.5 e 6.1.6.

6.15 Proteção contra ignição interna causada por uma centelha externa

6.15.1 Objetivo

Verificar se o dispositivo antiexplosão do filtro de segurança atua adequadamente.

6.15.2 Procedimentos de ensaio

Para realização do ensaio, proceder como a seguir:

a) selecionar dez dispositivos de retenção de faísca dos filtros de segurança de quaisquer dos
elementos ou monoblocos disponibilizados para os ensaios, após sua conclusão;
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b) promover a limpeza adequada dos dispositivos de retenção de faísca, para retirar os resíduos
depositados (provenientes dos ensaios), secando-os completamente;

c) selecionar um dos elementos ou monoblocos das amostras e, através de um tubo adequado,


interligá-lo ao setup de ensaio onde fica alojado o dispositivo de retenção de faísca a ser ensaiado;

d) instalar o dispositivo de retenção de faísca entre a saída do elemento ou monobloco e o setup de


ensaio;

e) aplicar uma corrente constante, de valor igual a 0,10 C10 no elemento ou monobloco selecionado,
fazendo com que os gases gerados cheguem até a pastilha;

f) com o auxílio de um centelhador, que deve estar afastado 10 mm do dispositivo de retenção de


faísca, produzir faíscas em intervalos de 10 s durante 1 min;

g) repetir esta operação para todos os dispositivos de retenção de faísca em ensaio.

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6.15.3 Análise dos resultados

Para análise do resultados, considerar:

a) o dispositivo de retenção de faísca do filtro de segurança deve evitar a propagação de chama ou


faísca para o interior do elemento ou monobloco;

b) não sendo atendido este requisito, os elementos ou monoblocos são considerados reprovados,
podendo ser substituídos pelo fabricante, observando-se o disposto em 6.1.5 e 6.1.6.

6.16 Análise química do eletrólito

6.16.1 Objetivo

Avaliar as características do eletrólito quanto ao valor da densidade e aos teores de impurezas.

6.16.2 Condições a serem observadas no início do ensaio

As seguintes condições de ensaios devem ser observadas:

a) os elementos ou monoblocos devem estar com seu nível de eletrólito ajustado para a marca de
máximo, com água destilada ou deionizada. Caso não estejam, aplicar o procedimento descrito
em 6.4.3-i);

b) o ensaio somente pode ter início caso os elementos ou monoblocos estejam garantidamente no
estado de plena carga, que é obtido submetendo-os a uma carga conforme 6.4.3-e) e f);

c) após o período de repouso dos elementos ou monoblocos, a densidade do eletrólito, corrigida


pela temperatura, deve estar nas faixas especificadas na ABNT NBR 14197:2017, em 5.1-j).
Não sendo atendido este requisito, os elementos ou monoblocos são considerados reprovados,
podendo ser substituídos pelo fabricante, observando-se o disposto em 6.1.5 e 6.1.6;

d) o laboratório responsável pela análise deve aplicar métodos analíticos compatíveis com a exati-
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dão e a precisão necessárias à determinação das impurezas.

6.16.3 Procedimento de ensaio

Coletar amostra do eletrólito e determinar os índices de impurezas presentes, à luz dos especificados
no ABNT NBR 14197:2017, 13.2 e Tabela 3.

6.16.4 Análise dos resultados

Para análise dos resultados considerar:

a) as impurezas do eletrólito devem estar de acordo com os teores máximos admissíveis, especifi-
cados na do ABNT NBR 14197:2017, Tabela 3 coluna “Para enchimento” da Tabela 3;

b) não sendo atendido este requisito, os elementos ou monoblocos são considerados reprovados,
podendo ser substituídos pelo fabricante, observando-se o disposto em 6.1.5 e 6.1.6.

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6.17 Queda de tensão nas interligações

6.17.1 Objetivo

Avaliar o dimensionamento das interligações usadas nos acumuladores de todos os regimes de


descarga, com base na queda de tensão entre elementos ou monoblocos adjacentes da mesma fila
e entre filas da mesma estante.

6.17.2 Condições a serem observadas no início do ensaio

As seguintes condições devem ser observadas:

a) os elementos ou monoblocos devem estar com seu nível de eletrólito ajustado para a marca de
máximo, com água destilada ou deionizada. Caso não estejam, aplicar o procedimento descrito
em 6.4.3-i);

b) o ensaio somente pode ter início caso os elementos ou monoblocos estejam garantidamente
no estado de plena carga, que é obtido submetendo-os a uma carga, conforme 6.4.3-e) e f);

c) após o período de repouso dos elementos ou monoblocos, a densidade do eletrólito, corrigida


pela temperatura, deve estar nas faixas especificadas na ABNT NBR 14197:2017, 5.1-j); caso
contrário, o fabricante deve indicar o procedimento para a correção da densidade ou substituir
a amostra.

6.17.3 Procedimento de ensaio

Para realização do ensaio, proceder como a seguir:

a) utilizar as interligações fornecidas pelo fabricante para os ensaios anteriores;

b) com os elementos ou monoblocos montados em série, aplicar uma corrente correspondente


à descarga de 15 min;
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c) medir a queda de tensão existente nas interligações, nos pontos “P” indicados nas Figuras 1 e 2,
após um tempo de 5 min a 7 min.

P P

Figura 1 – Pontos de medida nas interligações com dois furos

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P P

Figura 2 – Pontos de medida nas interligações com mais de dois furos

6.17.4 Análise dos resultados

Para análise dos resultados, considerar:

a) as interligações utilizadas em elementos ou monoblocos de mesma fila devem apresentar queda


de tensão igual ou inferior a 15 mV, e as utilizadas em elementos ou monoblocos adjacentes
entre filas da mesma estante, devem apresentar queda de tensão igual ou inferior a 50 mV,
quando submetidas a uma corrente correspondente ao tempo de descarga de 15 min, conforme
especificado na da ABNT NBR 14197:2017, Tabela 1.

b) não sendo atendido este requisito, as interligações são consideradas reprovadas, podendo ser
substituídas pelo fabricante.

6.18 Desempenho dos cabos e barras de interligações

6.18.1 Objetivo

Avaliar o dimensionamento das interligações entre elementos ou monoblocos adjacentes da mesma


fila e entre filas da mesma estante, empregadas em acumuladores de alta intensidade de descarga.

6.18.2 Condições a serem observadas no início do ensaio


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As seguintes condições devem ser observadas:

a) os elementos ou monoblocos devem estar com seu nível de eletrólito ajustado para a marca de
máximo, com água destilada ou deionizada. Caso não estejam, aplicar o procedimento descrito
em 6.4.3-i);

b) o ensaio somente pode ter início se os elementos ou monoblocos estiveram garantidamente no


estado de plena carga, que é obtido submetendo-os a uma carga, conforme 6.4.3-e) e f);

c) após o período de repouso dos elementos ou monoblocos, a densidade do eletrólito, corrigida


pela temperatura, deve estar nas faixas especificadas no ABNT NBR 14197:2017, 5.1-j); caso
contrário, o fabricante deve indicar o procedimento para a correção da densidade ou substituir
a amostra.

6.18.3 Procedimentos de ensaio

Para realização do ensaio, proceder como a seguir:

a) utilizar as interligações fornecidas pelo fabricante para os ensaios anteriores;

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b) com os elementos ou monoblocos montados em série, aplicar uma corrente correspondente


à descarga de 15 min;

c) após 15 min de descarga, efetuar a medição da temperatura das conexões, especialmente nos
contatos dos polos com as interligações.

6.18.4 Análise dos resultados

Para análise dos resultados, considerar:

a) decorridos 15 min do tempo de descarga, a temperatura das conexões deve ser igual ou inferior
a 70 °C;

b) não sendo atendido este requisito, as interligações são consideradas reprovadas, podendo ser
substituídas pelo fabricante.

6.19 Análise química das ligas metálicas

6.19.1 Objetivo

Determinar a composição química das ligas metálicas das grades, polos e barras coletoras do
acumulador.

6.19.2 Condição a ser observada no início do ensaio

O laboratório responsável pela análise deve aplicar métodos analíticos compatíveis com a exatidão
e a precisão necessárias à determinação dos elementos nas ligas.

6.19.3 Procedimento de ensaio

Abrir os elementos ou monoblocos, retirar amostras das barras coletoras, polos e grades, e analisar
sua composição química, conforme características indicadas pelo fabricante.
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6.19.4 Análise dos resultados

Para análise dos resultados, considerar:

a) a composição química deve estar de acordo com a especificação fornecida pelo fabricante;

b) não sendo atendido este requisito, os elementos ou monoblocos são considerados reprovados,
podendo ser substituídos pelo fabricante, observando-se o disposto em 6.1.5 e 6.1.6.

6.20 Identificação dos materiais poliméricos

6.20.1 Objetivo

Identificar a composição dos materiais poliméricos constituintes do acumulador.

6.20.2 Condição a ser observada no início do ensaio

O laboratório responsável pela análise deve aplicar métodos analíticos compatíveis com a exatidão
e a precisão necessárias à identificação da composição dos materiais poliméricos.

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6.20.3 Procedimento de ensaio

Retirar amostras do vaso, da tampa, dos separadores, dos envelopes, dos calços laterais e dos filtros
de segurança, e identificar suas composições.

6.20.4 Análise dos resultados

Para análise dos resultados, considerar:

a) as características dos materiais poliméricos devem estar de acordo com a especificação fornecida
pelo fabricante;

b) Não sendo atendido este requisito, os elementos ou monoblocos são considerados reprovados,
podendo ser substituídos pelo fabricante, observando-se o disposto em 6.1.5 e 6.1.6.

6.21 Revelação de tensão residual de moldagem do vaso e da tampa

6.21.1 Objetivo

Avaliar a integridade física do vaso e da tampa, em função de possíveis tensões residuais resultantes
de gradientes de temperatura no processo de moldagem ou da presença de impurezas no material
polimérico.

6.21.2 Procedimentos de ensaio

Para realização do ensaio, proceder como a seguir:

a) preparar uma solução reveladora de tensões residuais de moldagem, compatível com o polímero
constituinte do vaso e da tampa, empregando-se medidas volumétricas em quantidades
adequadas para a realização do ensaio;

b) limpar o vaso e a tampa mecanicamente, sem utilização de qualquer tipo de produto químico;
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c) imergir o vaso em recipiente adequado, contendo a solução especificada em - a), ou colocá-la


dentro do vaso, até no mínimo 1/3 da altura, durante o tempo de 3 min;

d) imergir a tampa em recipiente adequado, contendo a solução especificada em - a), durante o


tempo de 3 min;

e) após o período de imersão, o vaso e a tampa devem ser lavados em água corrente e analisados
minuciosamente quanto à existência de microtrincas ou rachaduras.

6.21.3 Análise dos resultados

Para análise dos resultados, considerar:

a) os vasos e as tampas não podem ter microtrincas ou rachaduras;

b) não sendo atendido este requisito, os elementos ou monoblocos são considerados reprovados,
podendo ser substituídos pelo fabricante, observando o disposto em 6.1.5 e 6.1.6.

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6.22 Estanqueidade

6.22.1 Objetivo

Avaliar a integridade do sistema de vedação do acumulador quando submetido a uma pressão interna.

6.22.2 Procedimentos de ensaio

Para realização do ensaio, proceder como a seguir:

a) conectar, através de mangueira, uma fonte de gás comprimido (ar ou nitrogênio) com filtros para
retenção de água e óleo, e manômetro de dois estágios de baixa pressão. A tubulação utilizada
deve ser isenta de umidade condensada;

b) aplicar no interior dos elementos ou monoblocos (7 ± 0,5) kPa o equivalente a 0,07 kgf/cm2
de pressão. Após a estabilização do sistema, observar durante 1 min a inexistência de queda
de pressão no manômetro ou vazamento de eletrólito.

6.22.3 Análise dos resultados

Para análise dos resultados, considerar:

a) os elementos ou monoblocos não podem apresentar vazamento de eletrólito ou gás nas junções
polo-tampa e tampa-vaso, e não podem sofrer danos em sua integridade física;

b) não sendo atendidos estes requisitos, os elementos ou monoblocos são considerados reprovados,
podendo ser substituídos pelo fabricante, observando-se o disposto em 6.1.5 e 6.1.6.

6.23 Vazão dos filtros de segurança

6.23.1 Objetivo

Avaliar a conformidade da vazão dos filtros de segurança em função da geração de gases dos acumu-
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ladores especificada pelo fabricante

6.23.2 Procedimentos de ensaio

Para realização do ensaio, proceder como a seguir:

a) conectar o filtro de segurança a uma fonte de ar comprimido com dispositivo apropriado de


controles de vazão na entrada e pressão na saída, conforme ilustrado na Figura 2;

b) injetar ar comprido, medindo simultanamente o valor de vazão até que o manômentro acuse
alteração positiva da pressão. Neste instante registrar o valor da vazão. Este deve ser considerado
a referência de vazão máxima do filtro de segurança

6.23.3 Análise dos resultados

Para análise dos resultados, considerar:

a) o valor de vazão obtido deve ser igual ou superior ao especificado pelo fabricante

b) não sendo atendido este requisito, os elementos ou monoblocos são considerados reprovados,
podendo ser substituídos pelo fabricante, observando-se o disposto em 6.1.5 e 6.1.6.

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7 Execução dos ensaios de rotina e comissionamento


7.1 Inspeção visual
Proceder às verificações descritas em 6.2.

7.2 Inspeção construtiva


Proceder às verificações descritas em 6.3.

7.3 Determinação da capacidade nominal ou diferente da nominal


Para realização do ensaio, proceder como a seguir:

7.3.1 O objetivo deste ensaio é a determinação da capacidade em ampères-hora da bateria em


qualquer regime de descarga, até a tensão final definida. Para o regime de alta intensidade de
descarga, utilizar a tensão de 1,60 V. Para média intensidade, utilizar 1,75 V e, para baixa, utilizar,
1,85 V.

7.3.2 No caso de monoblocos, multiplicar essa tensão final, correspondente ao regime utilizado, pelo
número de elementos que compõem o monobloco.

7.3.3 A bateria deve estar garantidamente no estado de plena carga, o qual pode ser obtido
submetendo-a a uma recarga conforme 6.4.3-e).

7.3.4 Manter a bateria em repouso, conforme 6.4.3-f), e medir a temperatura do eletrólito de pelo
menos um elemento ou monobloco, a qual corresponde à temperatura inicial da bateria.

7.3.5 O elemento ou monobloco selecionado para a medição de temperatura inicial serve como
elemento-piloto, para efeito de acompanhamento da temperatura no decorrer do ensaio. No caso de
ser selecionado mais de um elemento ou monobloco-piloto, a média das temperaturas dos elementos
ou monoblocos adotados como pilotos prevalece como a temperatura da bateria. A temperatura dos
elementos piloto não pode apresentar diferença maior que 3 °C entre si.
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7.3.6 Antes de se iniciar a descarga, devem ser registrados os seguintes dados:

a) temperatura ambiente;

b) tensão de todos os elementos ou monoblocos em circuito aberto;

c) densidade de todos os elementos ou monoblocos;

d) características do derivador (shunt) a ser utilizado;

e) temperatura do(s) elemento(s)-piloto.

7.3.7 Conectar à bateria uma carga ajustável em série com um derivador, para a medição da corrente
de descarga, ajustando-a para o valor de corrente definido em 7.3.1.

7.3.8 As leituras de temperatura e densidade dos elementos ou monoblocos-piloto e leituras de


tensão de todos os elementos ou monoblocos da bateria, durante a descarga, devem ser registradas
no mínimo em 10 %, 25 %, 50 % e 75 % da duração esperada e, em seguida, em intervalos menores
de tempo que permitam determinar a passagem pelo valor da tensão final de descarga da bateria,
conforme especificado em 7.3.1. A descarga deve ser interrompida quando qualquer dos elementos
ou monoblocos atingir a tensão final indicada em 7.3.1.

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7.3.9 A capacidade obtida nessas condições deve ser corrigida para a temperatura de referência
(25 °C), utilizando-se a equação a seguir:
Ct
C25 =
1 + K (T − 25)

onde

C25 é a capacidade corrigida para 25 °C;

Ct é a capacidade na temperatura T °C;

K é o coeficiente de temperatura para a capacidade (0,006 ou 0,01 para correntes de descargas


inferiores a 1 h);

T é a temperatura dos elementos, expressa em graus Celsius (°C).

7.3.10 Para bateria nova (até 12 meses da data de seu fornecimento, desde que as condições
de armazenagem e, manutenção estejam de acordo com o indicado pelo fabricante), a capacidade
em ampères-hora, corrigida conforme 7.3.8, não pode ser inferior a 100 % da capacidade nominal
ou indicada. Caso contrário, a bateria deve ser rejeitada. Após o ensaio, a bateria deve ser recarregada
conforme 7.3.2.

7.3.11 Este ensaio pode ser realizado para aferir a capacidade da bateria durante sua vida útil.
O valor obtido deve ser registrado e avaliado, sendo que a bateria que apresentar valor inferior ou
igual a 80 % do seu nominal é considerada em final de vida útil, devendo ser substituída.

7.3.12 Este ensaio pode ser executado no máximo três vezes. Persistindo valores inferiores aos es-
pecificados, a bateria deve ser rejeitada.

8 Resultados
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O acumulador é considerado aprovado se, após ser submetido aos ensaios previstos nesta Norma,
apresentar resultados em conformidade com esta Norma e com o especificado na ABNT NBR 14197.

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