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BRASILEIRA 15637-1
Primeira edição
03.11.2008
Válida a partir de
03.12.2008
ICS 53.020.30
ISBN 978-85-07-01086-9
Número de referência
ABNT NBR 15637-1:2008
24 páginas
© ABNT 2008
© ABNT 2008
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida
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Sumário Página
Prefácio........................................................................................................................................................................v
1 Escopo............................................................................................................................................................1
2 Referências normativas ................................................................................................................................2
3 Termos e definições ......................................................................................................................................2
4 Situações de perigo.......................................................................................................................................4
5 Requisitos ...................................................................................................................................................... 4
5.1 Fios sintéticos de alta tenacidade ...............................................................................................................4
5.2 Fitas.................................................................................................................................................................5
5.2.1 Tecelagem ...................................................................................................................................................... 5
5.2.2 Largura............................................................................................................................................................5
5.2.3 Espessura da cinta ........................................................................................................................................5
5.2.4 Acabamento e outros tratamentos ..............................................................................................................5
5.3 Cintas..............................................................................................................................................................6
5.3.1 Tipos e denominações de cintas .................................................................................................................6
5.3.2 Comprimento efetivo de trabalho (CET)......................................................................................................6
5.3.3 Costura de cintas...........................................................................................................................................6
5.4 Olhais flexíveis...............................................................................................................................................7
5.5 Reforço dos olhais flexíveis .........................................................................................................................7
5.6 Código de coloração .....................................................................................................................................8
5.7 Carga máxima de trabalho efetiva (CMTE).................................................................................................. 9
5.8 Carga de ruptura admissível ........................................................................................................................9
5.9 Acessórios fornecidos como parte da cinta............................................................................................... 9
5.10 Reforços e proteções contra danos provocados por cantos vivos e/ou por abrasão...........................9
5.11 Código de rastreabilidade ..........................................................................................................................10
6 Amostragem.................................................................................................................................................10
6.1 Fabricante operando sob um sistema de qualidade implementado conforme ABNT NBR ISO 900110
6.2 Fabricante não operando sob um sistema de qualidade implementado conforme a ABNT NBR ISO
9001...............................................................................................................................................................10
7
7.1 Métodos deões
Consideraç ensaio .................................................................................
gerais .....................................................11
.................................................................................................................................11
7.2 Exames visual e dimensional .....................................................................................................................11
7.3 Determinação da alteração na largura da cinta carregada .....................................................................11
7.3.1 Procedimento...............................................................................................................................................11
7.3.2 Expressão dos resultados ..........................................................................................................................12
7.4 Verificação do CMT de uma cinta ..............................................................................................................12
7.4.1 Procedimento...............................................................................................................................................12
7.4.2 Expressão dos resultados ..........................................................................................................................13
7.5 Verificação da interação da cinta plana única com os acessórios ........................................................13
7.5.1 Procedimento...............................................................................................................................................13
7.5.2 Expressão dos resultados ..........................................................................................................................14
7.6 Relatório de ensaios....................................................................................................................................14
8 Rotulagem .................................................................................................................................................... 14
8.1 Informações mínimas..................................................................................................................................14
8.2 Etiquetas de rotulagem em cintas tipos A, B, e C....................................................................................14
8.3 Etiqueta de rotulagem de identificação de conjuntos de cintas de várias pernas...............................18
9 Documentação acompanhante ..................................................................................................................18
Anexo A (informativo) Informações para utilização, inspeção, conservação e armazenagem fornecidas pelo
fabricante......................................................................................................................................................19
A.1 Informações sobre utilização, conservação e armazenagem das cintas.............................................. 19
A.1.1 Limitações de uso da cinta por condições ambientais ou aplicações perigosas................................ 19
A.1.2 Procedimento para utilização.....................................................................................................................20
A.1.3 Seleção e uso correto de cintas planas ....................................................................................................20
Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.
A ABNT NBR 15637-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário (ABNT/CB-17), pela Comissão
de Estudo de Tecidos Industriais (CE-17:800.02). O seu 1º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme
Edital nº 01 e 02, de 01.02.2006 a 31.03.2006, com o número de Projeto 17:800.02-004/1. O seuº 2Projeto
circulou em Consulta Nacional conforme Edital n º 06, de 22.05.2007 a 23.07.2007, com o número de
2º Projeto 17:800.02-004/1. O seu 3º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n º 05, de 20.05.2008
º
⎯ Parte 1: Cintas planas manufaturadas, com fitas tecidas com fios sintéticos de alta tenacidade formados por
multifilamentos;
⎯ Parte 2: Cintas tubulares, manufaturadas, com tecido tubular obtido com fios sintéticos de alta tenacidade
formados por multifilamentos.
1 Escopo
1.1 Esta parte da ABNT NBR 15637 especifica os requisitos mínimos para fabricação de cintas planas
manufaturadas, com fitas tecidas com fios sintéticos de alta tenacidade, formados por multifilamentos, para
elevação de cargas, incluindo as exigências relacionadas à segurança e os métodos de classificar e ensaiar cintas
planas e conjunto de cintas fixadas em anel, com ou sem acessórios, com larguras variando de 25 mm
até 450 mm.
1.2 As cintas planas abrangidas por esta parte da ABNT NBR 15637 se destinam ao uso geral em operações
de elevação, ou seja, quando utilizadas para elevar objetos, materiais ou mercadorias que não necessitem
de alterações das especificações, dos fatores de segurança ou dos limites de carga de operação especificados.
1.3 Esta parte da ABNT NBR 15637 não se aplica a elevação de pessoas.
1.4 Esta parte da ABNT NBR 15637 aplica-se às cintas planas manufaturadas com fitas tecidas com fios
sintéticos de alta tenacidade formados por multifilamentos em poliamida (PA), poliéster (PES) ou polipropileno
(PP) condicionadas para uso earmazenagem em ambientes comas seguintes faixas de temperatura:
1.5 Esta parte da ABNT NBR 15637 não se aplica aos tipos de cintas planas indicados a seguir:
a) redes (consistindo em várias fitas cruzadas e costuradas juntas), cintas “ajustáveis” (contendo, por exemplo,
fivelas intermediárias costuradas ao longo da cinta);
1.6 Esta parte da ABNT NBR 15637 abrange as exigências técnicas para minimizar as situações de perigo
relacionadas na Seção 4, passíveis de ocorrerem durante o uso de cintas tubulares, quando não conduzido
de acordo com as instruções e especificações fornecidas pelo fabricante ou representante legalmente autorizado.
1.7 Esta norma aplica-se a cintas com larguras até 450 mm.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes
do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 10589:2006, Materiais têxteis – Determinação da largura de nãotecidos e tecidos planos
ABNT NBR ISO 16798:2006, Anel de carga Grau 8 para uso em lingas
EN 1677-2:2001,Components for slings – Safety – Part 2: Forged steel lifting hooks with latch grade 8
EN 1677-3:2002,Components for slings – Safety – Part 3: Forged steel self-locking hooks grade 8
EN 1677-5:2002,Components for slings – Safety – Part 5: Forged steel lifting hooks with latch grade 4
3 Termos e definições
3.1
cinta plana
cinta flexível que consiste em um componente de fita costurado (tecido de alta tenacidade), com ou sem
acessórios, para acoplar cargas ao gancho de um guindaste ou de qualquer outra máquina de elevação
3.2
cinta plana de várias camadas
cinta plana, cujo(s) componente(s) de tecidos costurado(s) consiste(m) em duas ou mais camadas de fitas planas
idênticas sobrepostas no sentido do comprimento
3.3
conjunto de cintas
conjunto de cintas planas, composto de duas, três ou quatro cintas planas de mesma capacidade de carga,
fixadas a um anel de carga principal
3.4
cinta representativa
cinta plana representativa de cada lote ou construção de cinta, e utilizada para fins de ensaios de tração à ruptura
3.5
costura
método de unir fitas, formando uma cinta através de pontos de agulha e linha apropriada
3.6
superfície fechada
superfície da cinta que, quando examinada visual e manualmente, parece fechada, como acontece, por exemplo,
após a termofixação ou coloração, e onde as fibras isoladas sustentam umas às outras, constituindo um alto fator
de cobertura devido à alta densidade de fios por centímetro
3.7
olhal flexível
terminal de um componente de cinta costurado, formado assim para permitir apassagem de outros elementosde
elevação, a anexação de acessórios removíveis ou acoplamento ao gancho de um guindaste, de outro
equipamento ou acessório de elevação e movimentação
3.8
acessório metálico
componente metálico de sustentação, fornecido como parte de uma cinta e usado como terminal, de modo
a permitir a passagem da cinta, ser anexado a outros acessórios de elevação, ligar-se a outras cintas planas,
formar um conjunto de cintas ou ser acoplado ao gancho de um guindaste ou de outro equipamento de elevação
e movimentação
3.9
anel principal
terminal superior de um conjunto de cintas, por meio do qual é preso ao gancho de um guindaste, de outro
equipamento ou acessório de elevação ou movimentação
3.10
comprimento nominal
comprimento especificado da cinta, incluindo os acessórios, de uma extremidade de suporte à outra
3.11
comprimento efetivo de trabalho
CET
comprimento, acabado, real, da cinta plana de tecido, incluindo os acessórios, de uma extremidade de suporte
à outra
3.12
carga máxima de trabalho nominal
CMT
carga
e máxima
que uma para
cinta, a qual ode
ou conjunto componente
cintas, estáde uma cinta
capacitada plana foi em
a sustentar projetado paragerais
aplicações suportar em elevação vertical
de elevação
3.13
carga máxima de trabalho efetiva
CMTE
carga máxima de trabalho obtida a partir da multiplicação do CMT pelo fator de uso
3.14
fator de uso
FU
fator aplicado ao CMT de uma cinta, para se chegar ao CMTEpara um dado modo demontagem ou de uso
3.15
fator de segurança
FS
número adimensional que expressa a quantidade mínima de vezes que um componente deve resistir acima do seu
CMT
3.16
lote de fabricação
unidades produzidas dentro da mesma capacidade e modelo, independentemente do comprimento
3.17
responsável qualificado
pessoa designada, adequadamente treinada e qualificada por seu conhecimento e experiência prática, e com
as instruções necessárias para possibilitar a realização das inspeções exigidas
4 Situações de perigo
A queda acidental de uma carga ou a queda de uma carga por falha de um componente coloca em perigo, direta
ou indiretamente, a segurança ou a integridade física das pessoas envolvidas na zona de perigo.
Visando assegurar a adequação dos acessórios de elevação, esta parte da ABNT NBR 15637 especifica
as exigências para o projeto, fabricação e verificação para garantir que os requisitos especificados sejam
atendidos.
O uso da cinta com carga maior que o CMT projetado e fora das especificações dos acessórios constitui situações
de perigo.
A Tabela 1 indica os perigos citados, considerados específicos e significativos para cintas planas confeccionadas
com poliamida, poliéster e polipropileno, e que exigem ações para redução dos perigos identificados e indica
também quais requisitos desta parte da ABNT NBR 15637 devem ser verificados para redução de cada situação
de perigo.
5 Requisitos
A conformidade da cinta com esta parte da ABNT NBR 15637 depende diretamente de toda a cadeia de produção,
desde o tipo de fibra, fio, tecelagem, confecção e sua montagem final, considerando o descrito em 5.1 a 5.4.
A cinta deve ser produzida com fita tecida totalmente de fios sintéticos de multifilamentos de alta tenacidade
garantidos pelo fabricante do fio como sendo estáveis à luz e à temperatura, com tenacidade maior ou igual
a 60 cN/tex, de um dos seguintes materiais:
a) poliamida (PA);
b) poliéster (PES);
c) polipropileno (PP).
NOTA 1 As definições para essas especificações são encontradas na ABNT NBR 12744. As características dos materiais
constituintes podem ser determinadas de acordo com a ABNT NBR 11914.
NOTA 2 Recomenda-se dar atenção especial à resistência, que é diferente para cada tipo de fibra sintética, quando
em contato com produtos químicos, conforme resumido no Anexo A.
5.2 Fitas
5.2.1 Tecelagem
A fita fabricada em tear com ou sem lançadeira deve ser uniforme e com as bordas de tal modo que, se um fio se
romper durante a tecelagem, as extremidades não sejam puxadasda fita, provocando a falha do fio.
O processo de tecelagem deve ser tal que, no ensaio de tração conforme 7.3, a largura da fita acabada
não se altere em mais de 10 % para as larguras abaixo ou iguais a 100 mm, e 12 % para aquelas acima
de 100 mm.
5.2.2 Largura
A largura da fita (b) (ver Figura 1) não pode ser menor que 25 mm e maior que 450 mm e, quando medida com
uma fita de aço ou régua graduada em incrementos de 1 mm, conforme ABNT NBR 10589, deve apresentar as
seguintes tolerâncias:
Para cintas planas de camada única, o elemento de sustentação de peso da cinta deve ter espessura mínima
de 2 mm, medida conforme ABNT NBR 13371. Para cintas de camadas múltiplas, a fita usada para cada camada
do elemento de sustentação de peso da cinta deve ter espessura mínima de 1,2 mm.
A fita que forma a cinta costurada deve ser colorida, conforme 5.6.
NOTA Esse componente pode ser tratado para produzir uma superfície fechada (alto fator de cobertura).
Esses tratamentos pós-tecelagem minimizam a abrasão e a penetração de materiais abrasivos e podem ser aplicados
à fita e/ou ao componente da cinta costurada e/ou ao fio.
5.3 Cintas
Cintas planas sem fim, tipo A, devem ser confeccionadas com uma ou mais camadas. As cintas planas com
uma camada e olhais flexíveis, tipo B, e as cintas planas com uma camada e acessórios e/ou terminais, devem ser
confeccionadas com uma, duas, três ou quatro camadas. A denominação deve fazer referência à letra do tipo
e ao número de camadas, por exemplo A2 (ver Tabela 2).
Uma camada simples Cinta de camada única com Cinta de camada única com
olhais reforçados acessórios
Duas camadas Cinta de camada única Cinta de duas camadas com Cinta de duas camadas com
olhais reforçados acessórios
5.3.3.1 Todas as costuras devem ser feitas com linhas de matéria-prima idêntica (ver 5.1) à da cinta,
com uma máquina de costura de ponto fixo. Os pontos não podem tocar ou afetar as bordas da cinta, com
exceção daqueles que garantem o reforço de durabilidade do olhal.
NOTA O uso de linhas de cores diferentes daquelas do restante da cinta facilita a inspeção.
5.3.3.2 Os pontos da costura devem atravessar as partes da cinta para serem costurados juntos e a costura
deve ficar nivelada, sem formar alinhavos sobre a superfície da cinta.
5.3.3.3 As extremidades da fita cortada devem ser cauterizadas para evitar que desfiem. O tratamento de
extremidades cortadas por aquecimento não pode prejudicar a costura adjacente, e as extremidades tratadas com
aquecimento não podem ser costuradas por cima.
NOTA Nas áreas impregnadas da fita, para prevenir deslize da linha de costura, não é necessário nenhum tratamento
suplementar, pois nesse caso as extremidades podem ser costuradas por cima.
A extensão interna, /2, dos olhais (ver Tabela 2), quando mensurados em posição nivelada, com fita de aço
ou régua graduada em precisão de 1 mm, deve ter as seguintes dimensões mínimas:
b) duas vezes e meia a largura da cinta, para larguras acima de 150 mm.
Ao se utilizarem cintas com olhais flexíveis, a extensão mínima do olhal para uma cinta a ser usada com gancho
deve ser no mínimo 3,5 vezes a espessura máxima do gancho em contato com a cinta e, em qualquer
circunstância o ângulo formado no olhal interno da cinta não pode ser superior a + 20°.
NOTA 1 Os olhais dobrados são formados dobrando-se as partes da cinta que formam o olhal uma na outra, para estreitar
o perfil do engate. As duas bordas são costuradas juntas ou na própria cinta.
NOTA 4 Para maior clareza, o reforço do olhal foi omitido das ilustrações, mas o reforço de olhais flexíveis é uma exigência
deste padrão (ver 5.10).
Os olhais flexíveis devem ser reforçados para proteger a superfície interna contra danos durante a elevação
e no ponto de atrito, em caso de elevação tipo forca.
NOTA Como exemplo de material de reforço adequado, cita-se uma luva ou peça de tecido ou de couro, ou ainda
de qualquer outro material durável.
O código de coloração para indicação do CMT da cinta deve ser conforme a Tabela 3.
Os componentes de tecidos costurados de quaisquer outros limites nominais de carga de trabalho não indicados
na Tabela 3 não podem ser assinalados com as cores nela indicadas.
Vertical
β de7° β de 46 β de 7° β de 46 β de 7° β de 46
a + 45º a + 60° a + 45° a + 60º a + 45° a + 60°
a FU =
FU = 1 FU = 0,8 FU = 2 FU = 1,4 FU = 1 FU = 1,4 FU = 1 FU = 2,1
1,5
1,0 Violeta 1,0 0,8 2,0 1,4 1,0 1,4 1,0 2,1 1,5
2,0 Verde 2,0 1,6 4,0 2,8 2,0 2,8 2,0 4,2 3,0
3,0 Amarela 3,0 2,4 6,0 4,2 3,0 4,2 3,0 6,3 4,5
4,0 Cinza 4,0 3,2 8,0 5,6 4,0 5,6 4,0 8,4 6,0
5,0 Vermelha 5,0 4,0 10,0 7,0 5,0 7,0 5,0 10,5 7,5
6,0 Marrom 6,0 4,8 12,0 8,4 6,0 8,4 6,0 12,6 9,0
8,0 Azul 8,0 6,4 16,0 11,2 8,0 11,2 8,0 16,8 12,0
10,0 Laranja 10,0 8,0 20,0 14,0 10,0 14,0 10,0 21 15,0
b b b b b b b b b
> 10 Laranja
a
FU = Fator de uso para carregamento simétrico. A tolerância para o ângulo de trabalho de uma cinta é de no máximo de + 6° com a vertical.
NOTA Acima de 10 t todas as cintas são de cor laranja, seguindo o FU correspondente conforme a forma de elevação.
5.7.1 O CMTE de uma cinta plana, ou um conjunto de cintas, deve derivar do CMT do componente da cinta
costurado multiplicado pelo fator de uso apropriado, FU, de acordo com a Tabela 3.
5.7.2 Formas diferentes de movimentação devem ser previamente consultadas junto ao fabricante
5.8.1 A carga de ruptura admissível para a cinta de fita costurada deve ser tal que ela sustente uma força
equivalente a no mínimo 95 % da carga de ruptura, quando ensaiado de acordo com a Seção 7. Esse componente
não pode ser pré-tensionado ou usado antes do ensaio.
5.8.2 Uma cinta representativa de cada modelo ou construção, incluindo alteração de material, deve ser
ensaiada para se verificar seu CMT. O ensaio deve ser conduzido de acordo com 7.4.
5.8.3 Caso, durante a verificação, a cinta representativa não resista a uma força equivalente a quatro
ou sete vezes o CMT (com ou sem acessórios metálicos respectivamente), ensaiar três cintas representativas
suplementares do mesmo lote, que devem sustentar uma carga não inferior a 95 % do CMT em qualquer das três
amostras ensaiadas.
5.9.1 Os acessórios devem atender à EN 1677 Partes 1 a 5 e ABNT NBR ISO 16798.
5.9.2 O acessório em contato com a cinta deve ter acabamento de tal maneira que, ao ser ensaiado de acordo
com a Seção 7:
5.9.3 Os acessórios soldados devem ser posicionados de tal modo que as soldas permaneçam visíveis quando
a cinta estiver em operação.
5.9.4 Um corpo-de-prova de cada tipo para o fim a que se destina e a ser usado com acessórios metálicos deve
ser ensaiado para verificar a interação da cinta com os acessórios. O ensaio deve ser conduzido conforme 7.5.
5.9.5 Caso, durante a verificação, a cinta representativa não resista a uma força equivalente a quatro
ou sete vezes o CMT (com ou sem acessórios metálicos respectivamente), ensaiar três cintas representativas
suplementares do mesmo lote, que devem sustentar uma carga não inferior a 95 % do CMT em qualquer das três
amostras ensaiadas.
5.10 Reforços e proteções contra danos provocados por cantos vivos e/ou por abrasão
5.10.1 O reforço de proteção, quando fornecido, deve ser montado na cinta, na forma de uma luva, que deve ser
incorporada na cinta.
5.10.2 Itens de proteção corrediços, quando fornecidos, devem ser acoplados às cintas de modo a permitirem
livre posicionamento sobre a parte da cinta que deve ser protegida.
NOTA Como exemplos de materiais adequados para reforço e proteção, recomenda-se o uso de fitas, tecidos trançados,
couro ou outro material durável.
O código de rastreabilidade deve ser incluído na etiqueta de rotulagem (ver 8.1) e deve permitir pelo menos
o controle dos seguintes elementos básicos para rastreabilidade dos produtos fabricados:
a) identificação da cinta;
6 Amostragem
O volume de ensaios de fabricação depende de o fabricante possuir processo de fabricação sob um sistema de
qualidade de acordo com a ABNT NBR ISO 9001, certificado por organismo de certificação de terceira parte
acreditado.
Durante a fabricação, se não houver um sistema de qualidade implementado conforme a ABNT NBR ISO 9001,
as cintas devem ser selecionadas para verificação pelo menos a intervalos mencionados na Tabela 5.
As cintas selecionadas devem ser ensaiadas para verificar o CMT, de acordo com 7.4
7 Métodos de ensaio
7.1.1 Os ensaios em lote devem ser desenvolvidos na seqüência descrita em 7.2 a 7.5.
7.1.2 Os resultados dos ensaios são considerados desclassificatórios quando não estiverem em conformidade
com qualquer uma das exigências desta Norma.
7.1.3 Todo o processo de verificação e exame deve ser conduzido utilizando-se uma máquina de ensaio de
tração que esteja em conformidade com as normas vigentes e, onde aplicável, uma fita de aço ou régua graduada
em menor valor de divisão de 1 mm.
7.1.4 Durante os ensaios de carga, deve-se aplicar força ao componente da cinta representativa (corpo-de-
prova), de modo que o alongamento deste seja obtido a uma taxa máxima de 110 mm/min por 1 000 mm de
comprimento do componente da cinta representativa.
7.1.5 O componente da cinta representativa (corpo-de-prova) não pode ser pré-carregado antes da verificação,
a menos que todos os componentes daquele tipo sejam passíveis de pré-carregamento idêntico, quando então
eles não podem ser pré-carregados com carga acima de duas vezes o CMT.
AVISO - Durante os procedimentos de ensaio de carga, uma quantidade considerável de energia se acumula no tecido sob
tensão. Se a amostra se romper, essa energia deve ser subitamente liberada. Portanto, devem-se tomar as precauções
adequadas para proteger as pessoas situadas na zona de perigo.
Cada cinta ou conjunto de cintas devem ser examinadas visual e dimensionalmente, por pessoa treinada para
função conforme o padrão de fabricação. Caso seja encontrada qualquer não-conformidade, a cinta deve ser
rejeitada.
Os resultados apontados devem ser devidamente arquivados para fins de registro e rastreabilidade.
7.3.1 Procedimento
7.3.1.2 Marcar toda a face da cinta, normal ao eixo longitudinal, no ponto médio da amostra. Fazer outra
marca suplementar de cada lado da marca do centro, a meio caminho entre a marca central e o ponto de suporte
de peso do componente de cinta costurada, dividindo-o assim em quatro partes de igual comprimento
(ver Figura 3).
3a 2a 1 2b 3b
Legenda
1 – Ponto médio
2 – Marcas de divisão
3 – Ponto de suporte de peso do componente de cinta costurada
Figura 3 — Posição da marcação para dividir o componente de cinta em quatro partes iguais
7.3.1.3 Medir a largura da cinta em cada uma das marcas até o milímetro mais próximo, registrando
cada uma dessas medidas comoW1.
7.3.1.4 Submeter o componente da cinta costurada a uma força equivalente a duas vezes seu CMT.
7.3.1.5 Enquanto a força é mantida, medir a largura da cinta em cada uma das marcas até o milímetro mais
próximo, e cada uma dessas medidas deve ser registrada comoW2.
7.3.2.1 A alteração na dimensão de cada um dos três locais deve ser calculada e expressa como
uma porcentagem, utilizando-se a equação:
⎡⎢ (W 2 − W1 )⎤⎥ × 100
⎢⎣ W1 ⎥⎦
7.3.2.2 A cinta deve ser rejeitada se, em qualquer um dos pontos medidos, houver redução na largura
superior a 10 % para cintas de largura nominal abaixo ou igual a 100 mm, e redução da largura superior a 12 %
para cintas de largura nominal acima de 100 mm.
7.4.1 Procedimento
7.4.1.1.1 Montar uma cinta ou componente de cinta plana representativa em forma reta e sem torções, entre os
pinos da máquina de tração.
7.4.1.1.3 Submeter o componente da cinta representativa a uma força equivalente a não menos que
sete vezes o CMT do componente de cinta plana.
7.4.1.1 Se o componente da cinta representativa sustentar no mínimo 95 % da força equivalente a sete vezes
seu CMT, a cinta é aprovada. A verificação além desse limite de força não é necessária.
7.4.1.2 Se o componente da cinta representativa não sustentar no mínimo 95 % da força equivalente
a sete vezes seu CMT, a cinta é reprovada. A verificação de amostras suplementares só pode ser realizada
se os requisitos de 5.9.2 e da Seção 6 forem cumpridos.
7.4.1.3 Para o ensaio de ruptura, devem ser utilizados os diâmetros dos pinos da Tabela. 6
1 50
2 50/60
3 70
4 70
5 90
6 90
8 100
10 100
7.4.2.1 Se o componente da cinta representativa sustentar a força equivalente a sete vezes seu CMT, ou nos
testes de amostra 95 % do CMT, a cinta é considerada aprovada. A verificação além desse limite de força
não é necessária.
7.4.2.2 Se o componente da cinta representativa não sustentar a força equivalente a sete vezes seu CMT,
a cinta é reprovada. A verificação de amostras suplementares só pode ser realizada se os requisitos de 5.8.3
e da Seção 6 forem cumpridos.
7.5.1 Procedimento
7.5.1.1 Uma cinta do tipo destinado a uso com acessórios, cinta tipo C, deve ser costurada a um acessório
adequado em termos de acomodação da cinta, representando o menor perfil de acoplamento dos acessórios, para
simular a situação mais crítica de trabalho (ver Anexo C).
7.5.1.2 A amostra deve ser montada, em forma reta e sem torções, entre os pinos da máquina de tração.
O raio de contato do pino deve ser tal que suporte o acessório sobre uma área, de modo a evitar distorção
ou torção do acessório durante o ensaio. A amostra deve ser submetida a uma força equivalente a quatro vezes
o CMT do componente.
7.5.2.1 Se o acessório sustentar a força equivalente a quatro vezes seu CMT, a amostra é aprovada.
7.5.2.2 Se o acessório falhar em sustentar a força equivalente a quatro vezes seu CMT, a amostra
é reprovada. A verificação de amostras suplementares só será realizada se os requisitos de 5.9.5 forem cumpridos.
O relatório de ensaio deve informar se a cinta foi aprovada ou reprovada de acordo com requisitos de
desempenho e segurança ensaiados conforme 7.2 a 7.5.
8 Rotulagem
8.1.1 O produto deve ser identificado com tamanho de letras acima de 1,5 mm de altura. O comprimento mínimo
da etiqueta deve ser de 45 mm, liberado da costura, e a largura mínima da etiqueta deve ser de 25 mm.
Para efeitos de rastreabilidade é necessária a etiqueta de rotulagem do produto com no mínimo as seguintes
informações:
a) carga máxima de trabalho (CMT), em elevação vertical, cesto e forca;
b) composição da cinta;
c) comprimento nominal;
8.1.2 Os dados técnicos dos acessórios devem ser identificados, conforme suas normas específicas.
8.1.3 Cintas sem etiquetas nunca devem ser utilizadas devido aos riscos de segurança envolvidos.
8.2.1 As informações indicadas em 8.1 devem ser marcadas de modo legível e indelével, em etiqueta de
rotulagem durável fixada diretamente na cinta. O produto deve ser identificado com tipos acima de 1,5 mm de
altura. Uma parte da etiqueta de rotulagem deve estar costurada internamente e também marcada com essa
informação, para fins de identificação. A Figura 4 exibe uma etiqueta de rotulagem típica e as Figuras 5, 6 e 7
mostram os métodos típicos da colocação de etiquetas de rotulagem nos vários tipos de cinta.
NOTA 1 No verso da parte visível da etiqueta de rotulagem podem ser indicados dados adicionais e as capacidades
de carga da cinta para vários modos de içamento.
NOTA 2 Os outros modos comuns para etiquetas de rotulagens são indicados na Figura 4.
NOTA 3 A marcação pode ser colocada em qualquer lugar visível da etiqueta de rotulagem.
Legenda
A – costurado internamente
Legenda
A – costurado internamente
NOTA O lado do avesso da parte exposta da etiqueta de rotulagem pode ser adicionalmente marcado com o CMT da cinta
nos vários modelos de uso.
Legenda
A – costurado internamente
8.2.2 O material do qual a cinta é confeccionada deve ser identificado pela cor da própria etiqueta de rotulagem
na qual a informação for marcada. As cores que devem ser utilizadas são:
a) poliamida (verde);
b) poliéster (azul);
c) polipropileno (marrom).
8.2.3 A Parte A da etiqueta (parte interna, embutida na cinta) deve conter no mínimo a informação do código
de rastreabilidade que permita identificar o histórico de produção
S.
Importante: a etiqueta deve ter comprimento mínimo de 35 mm, liberado da costura, bem como largura mínima
de 25 mm.
8.2.4 A parte B da etiqueta (parte externa ou parte exposta) deve conter no mínimo as seguintes informações:
a) material;
b) comprimento;
c) identificação do fabricante;
e) modelo da cinta;
g) data de fabricação.
8.2.5 A etiqueta de rotulagem deve ter comprimento mínimo de 35 mm, liberado da costura, bem como
largura mínima de 25 mm.
As seguintes exigências devem ser cumpridas com relação aos conjuntos de cintas de duas, três
ou quatro pernas:
a) a identificação deve ser feita de maneira legível em etiqueta de rotulagem durável, que deve ser costurada
em uma das pernas para definir a capacidade (CMT) do conjunto, como descrito em8.1;
b) a etiqueta de rotulagem de identificação da cinta deve incluir o ângulo máximo de uso de qualquer uma das
pernas em relação à vertical. Esta informação pode ser indicada opcionalmente em etiqueta de rotulagem
de metal.
9 Documentação acompanhante
b) CMT para as diversas formas de trabalho da cinta e, para conjuntos de cintas de várias pernas, a amplitude
dos ângulos em relação à vertical;
i) código de rastreabilidade;
j) instruções de uso em cada cinta ou cada remessa de cintas fornecidas de um único pedido (ver Anexo A).
Anexo A
(informativo)
Este Anexo fornece orientação ao fabricante quanto às informações sobre utilização, inspeção e conservação
a serem fornecidas pelo fabricante ao usuário na compra de cada lote de cintas planas fabricadas conforme esta
parte da ABNT NBR 15637.
Recomenda-se ao fabricante fornecer ao usuário as informações de A.1.1 a A.1.3 quanto à utilização das cintas.
b) restrições à temperatura;
A.1.1.2 O material do qual as cintas têxteis são fabricadas tem resistência seletiva a substâncias químicas.
A resistência das fibras manufaturadas a essas substâncias está resumida a seguir:
a) o poliéster (PES) é resistente à maioria dos ácidos minerais, mas pode ser danificado por álcalis;
b) as poliamidas (PA) são virtualmente imunes ao efeito dos álcalis; entretanto, podem ser atacadas pelos
ácidos minerais;
c) o polipropileno (PP) é pouco afetado por ácidos ou álcalis, sendo adequado para aplicações onde se exige
a maior resistência possível a substâncias químicas, exceto os solventes.
As soluções de ácidos ou de álcalis perigosas podem se tornar suficientemente concentradas por evaporação
e causar danos. Cintas contaminadas devem ser retiradas de serviço imediatamente, lavadas em água fria com
sabão ou detergente, secadas ao natural e encaminhadas a um responsável qualificado para inspeção.
Deve-se evitar a utilização de cintas com acessórios em grau 8 e as cintas de várias pernas com elo
de sustentação com grau 8 em condições ácidas. O contato com ácidos ou vapores ácidos pode provocar
fragilidade a materiais com grau 8.
Se houver probabilidade de exposição a substâncias químicas, o fabricante ou o fornecedor deve ser consultado.
A.1.1.3 Cintas têxteis são adequadas para uso e armazenagem nas seguintes faixas de temperatura
ambiente:
a) poliéster: - 40 °C a +100 °C;
c) polipropileno: - 20 °C a + 80 °C.
Em temperaturas baixas há formação de gelo se houver umidade. Essa condição pode agir como agente de corte
e um dano interno pode ser provocado por abrasão à cinta. Além disso, o gelo reduz a flexibilidade da cinta e,
em casos extremos, torna o produto inviável para uso.
Essas faixas variam em uma atmosfera química, quando então se deve buscar aconselhamento junto
ao fabricante ou fornecedor.
O aquecimento indireto e limitado ao ambiente, dentro dessas faixas, é aceitável para secagem.
A.1.2.3 Nunca se deve usar uma cinta não identificada, a qual deve ser encaminhada a um responsável
qualificado para inspeção.
A.1.3.1 Na seleção e especificação de cintas de fibras manufaturadas, deve-se dedicar consideração especial
à carga máxima de trabalho exigida, levando-se em conta o modo de uso e a natureza da carga a ser içada.
As dimensões, forma e peso (peso-kgf) da carga, associados ao método de uso pretendido, a área de trabalho
e a natureza da carga são todos fatores que afetam a seleção correta.
A cinta selecionada deve ser suficientemente forte e ter o comprimento correto para o modo de uso. Caso mais de
uma cinta seja usada para elevar uma carga, todas devem ser do mesmo material e compatíveis com a carga
a ser movimentada. O material do qual a cinta é manufaturada não pode ser afetado adversamente pelo ambiente
de trabalho ou pela carga.
Deve-se também considerar os acessórios auxiliares e os dispositivos de elevação, que devem ser compatíveis
com a(s) cinta(s). A extremidade de uma cinta também deve ser considerada, ou seja, se existe exigência de
acessórios ou de olhais flexíveis.
A.1.3.2 Ao se utilizarem cintas com olhais flexíveis, a extensão mínima do olhal para uma cinta a ser usada
com gancho deve ser no mínimo 3,5 vezes a espessura máxima do gancho em contato com a cinta e em qualquer
circunstância o ângulo formado no olhal interno da cinta não pode ser superior a + 20°.
Ao se conectar uma cinta com olhais flexíveis a um equipamento de elevação, a parte do conjunto que suporta
a cinta deve ser essencialmente reta, a menos que a largura de suporte da cinta seja inferior a 150 mm, caso em
que o raio de curvatura da fixação do aparelho de elevação deve ser de no mínimo 1,5 vez a largura de suporte da
cinta. A Figura A.1 ilustra o problema de se acomodar a cinta em um gancho com raio abaixo de 0,75 vez
a largura de suporte da cinta.
Cintas mais largas podem ser afetadas pelo raio interno do gancho, como resultado da curvatura desse gancho,
que impede o carregamento uniforme através da largura da malha.
Não podem ser utilizados mais de dois pares de olhais em um mesmo gancho.
Figura A.1 — Ilustração mostrando a acomodação inadequada de um olhal de cinta, em um gancho com
raio muito pequeno
A.1.3.3 As cintas não podem ser sobrecarregadas. Deve-se utilizar de modo correto o CMTE indicado
na etiqueta. No caso de cintas de várias pernas, o ângulo máximo com a vertical não pode ser ultrapassado.
A.1.3.4 As boas práticas de elevação devem ser seguidas. As operações de guindar, suspender e abaixar
cargas devem ser planejadas antes de se iniciar a elevação.
A.1.3.5 As cintas planas devem ser corretamente posicionadas e fixas à carga de maneira segura, de tal
forma que a carga fique uniformemente distribuída pela largura da malha. As cintas nunca podem estar torcidas
ou com nós. Não podem ser emendadas cintas diretamente com outras cintas.
A costura de fechamento da cinta nunca deve ser passada por ganchos ou por outros dispositivos de elevação.
Ela deve estar posicionada na parte livre da movimentação. Danos às etiquetas de rotulagem podem ser evitados,
mantendo-as distantes da carga e do gancho de elevação.
A.1.3.6 Quanto às cintas de várias pernas, os valores de CMTE são determinados tendo por base o fato de
que o conjunto de cintas suporta a carga citada. As pernas das cintas podem ser simétricas ou não,
devendo-se sempre levar em conta o centro de gravidade da carga no cálculo de comprimento das pernas.
No caso de cintas de três pernas, se estas não forem simetricamente dispostas em plano, a tensão maior está
naquela em que a soma dos ângulos do plano às pernas adjacentes for maior. O mesmo efeito ocorre em cintas
de quatro pernas, quando a rigidez da carga também deve ser considerada.
NOTA Com uma carga rígida, a maior parte do peso pode ser acomodada em apenas três, ou mesmo duas pernas do
conjunto, com as demais servindo somente para equilibrar a carga.
A.1.3.7 As cintas devem ser protegidas de bordas cortantes, fricção e abrasão, seja da carga ou do
equipamento de elevação. Quando reforços e proteções contra danos de bordas e/ou de abrasão são fornecidos
como parte da cinta, estes devem ser corretamente posicionados. Pode ser necessária uma proteção
complementar adicional no ponto de contato da cinta com a carga a ser movimentada.
A.1.3.8 A carga deve ser segura pelas cintas de tal maneira que não tombe ou caia da(s) cinta(s) durante
a elevação. A(s) cinta(s) deve(m) ser disposta(s) de tal modo que o ponto de elevação fique diretamente acima do
centro de gravidade e a carga fique equilibrada e estável. O movimento da cinta sobre o ponto de elevação
é possível se o centro de gravidade da carga não estiver abaixo desse ponto.
Ao utilizar cinta em forma de cesto, a carga deve ficar segura, já que não existe ação de agarramento, como
ocorre com acessórios, e a cinta pode rolar através do ponto de elevação. Para cintas utilizadas aos pares,
recomenda-se o uso de um balancim, de modo que as pernas da cinta fiquem pendentes o mais verticalmente
possível, e para garantir que a carga seja dividida igualmente entre as pernas.
O método correto de segurar uma carga na forma de forca dupla está ilustrado na Figura A.2, sem sobreposição
da cinta. Esta forma de movimentação fornece maior segurança e minimiza a possibilidade de deslizamento
da carga pela cinta, porém recomenda-se a utilização de cintas em pares.
A.1.3.9 Deve-se providenciar a segurança do pessoal durante a elevação. As pessoas em circulação na área
de perigo devem ser alertadas da operação e, se necessário, evacuadas da área imediatamente.
As mãos e outras partes do corpo devem ser mantidas longe da cinta, para evitar lesão quando a carga
for elevada.
Em longos percursos deve-se utilizar cabo-guia não metálico com comprimento preferencialmente acima de 4,5 m.
A.1.3.10 Deve-se proceder a uma elevação parcial, sendo recomendado elevar-se até que a cinta esteja esticada.
A carga deve então ser levemente elevada, procedendo-se a uma verificação quanto a ela estar segura
e ter assumido a posição pretendida. Esse procedimento é especialmente importante com engates de cesto
ou outras formas, nas quais a fricção pode reter a carga.
Se houver tendência à inclinação, a carga deve ser baixada e as fixações reposicionadas. A elevação parcial deve
ser repetida até que se tenha garantia da estabilidade da carga.
A.1.3.11 Ao se proceder à elevação, é preciso assegurar-se de que a carga esteja sob controle, por exemplo,
para evitar rotação acidental ou colisão com outros objetos. Deve-se evitar o comando intermitente de içamento,
pois isso aumenta as forças atuando sobre a cinta. Uma carga na cinta ou a própria cinta não pode ser arrastada
no chão ou sobre superfícies ásperas.
A.1.3.12 A carga deve ser baixada de maneira igualmente controlada, como no procedimento de elevação.
Deve-se evitar o aprisionamento da cinta na operação de baixar a carga. Na carga que possuir cantos vivos
ou cortantes, estes devem ser protegidos e não podem ser depositadas cargas sobre a cinta em contato direto
com o solo, para evitar danos na estrutura da cinta. Em casos específicos, como armazenamento de tubos,
os quais são depositados em estrados e empilhados, as cintas não sofrem desgastes devido à sua acomodação.
Não se deve tentar puxar a cinta debaixo da carga quando esta estiver descansando sobre ela.
A.1.3.13 Ao se completar a operação de elevação da carga, a cinta deve voltar a seu armazenamento
apropriado. Quando fora de uso, as cintas devem preferencialmente ser armazenadas em locais limpos,
sem exposição solar e à temperatura ambiente.
A.2.1 Durante o período de utilização devem ser realizados regularmente controles para a verificação de
defeitos ou danos que podem influenciar no uso seguro dacinta. Estas inspeções devem também ser realizadas
em todos os acessórios e equipamentos que são utilizados junto com a cinta.
A.2.2 São exemplos para defeitos ou danos que podem influenciar no uso seguro:
a) desfiamento da superfície: sob uso normal, pode surgir desfiamento nas fibras de superfície. Isso é normal e
seu efeito é mínimo. Entretanto, os efeitos são variáveis e, à medida que o processo continua, pode-se
esperar alguma perda de resistência. Qualquer desfiamento substancial e pontual deve ser examinado
criticamente. A abrasão local, distinta daquela decorrente de uso geral, pode ser provocada por bordas
agudas enquanto a cinta está sob tensão, podendo provocar perda de capacidade;
b) cortes transversais ou longitudinais, danos às bordas provocados por cortes e desfiamentos e cortes
na costura ou nos olhais;
c) ataques químicos: podem ocasionar enfraquecimento do material e são identificados por descamação
na superfície, perda de área e amolecimento da cinta;
d) dano por aquecimento ou fricção: indicado pelas fibrasque assumem aparência lisa e brilhante e, em casos
extremos, através de fusão das fibras;
A.2.3 Os períodos de inspeção devem ser determinados por um responsável qualificado, considerando-se
as aplicações, o ambiente, a freqüência de uso e questões similares. Entretanto, as cintas devem ser
inspecionadas pelo menos uma vez ao ano, para estabelecer sua adequação quanto à continuidade de uso.
Deve-se manter registros dessas inspeções conforme Portaria MTE 3214/78, NR 11.
A.2.4 As cintas danificadas devem ser recolhidas do serviço. Quando tecnicamente possível, as cintas devem
ser reparadas apenas pelo fabricante da cinta.
Bibliografia