A palavra mão está ligada a palavra conhecimento, tocar e apertar a mão é se
apresentar, firmar um conhecimento. Na tradição dos terapeutas dizem que através das mãos comunicamos a nossa energia, e nosso coração, e que também através das mãos podemos comunicar com algo maior que nós e que não nos pertence. Em determinadas práticas orientais, trabalha-se muito com mudras, que são gestos rituais das mãos e dos dedos. Fazendo as mãos dançarem, podemos curar uma pessoa. É verdade que a ponta dos nossos dedos está ligada ao cérebro, No monte athos monges tricotavam, essa prática para eles, era uma maneira de apaziguar o mental. Poderíamos falar também sobre o simbolismo dos cinco dedos.
O polegar na tradição antiga, representava o dedo de Vénus e, também,
a cabeça. Nas arenas da Roma antiga, durante as lutas entre os gladiadores, o povo reclamava a cabeça do gladiador vencido girando o polegar para baixo. O indicador é o dedo de Júpiter e está ligado à vesícula biliar. O médio é o dedo de Saturno, ligado ao baço e ao pâncreas. O anelar é o dedo do Sol ligado ao fígado. O mínimo é o dedo de Mercúrio ligado ao coração. Vejamos então que na antropologia antiga, esta relação é feita entre uma parte do corpo humano e todo o universo, todos os planetas com os quais esta parte está em ressonância. Pegamos na mão de alguém para cuidá-lo - na reflexologia há técnicas muito precisas sobre isso. Podemos pegar os pés, as mãos, as orelhas, porque cada parte está ligada à totalidade do corpo. E podemos cuidar do fígado, do pâncreas, da vesícula biliar, simplesmente massageando e trabalhando as mãos. Nos mudras, nos gestos simbólicos das danças indianas, existe não só uma função estética como também uma função de cura