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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
CURSO: GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
DISC. TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO I - 2006/2
PROF. GERALDO F. MONTEIRO, M.SC.
ALUN:SILAS VALVERDE DOS SANTOS

SHORT PAPER:JÁ É TEMPO DE CONSIDERAR A TECNOLOGIA


ADMINISTRATIVA;ÊNIO RESENDE

Boa parte das empresas ainda não descobriu que existe uma tecnologia administrativa
composta de sistemas organizacionais,instrumentos de gerencia e métodos de atuação.

São fatores que que impedem esse acesso:


• Desinteresse dos diretores
• Falta de divulgação
• Visão administrativa limitada

A gerência como suporte da estrutura organizacional apresenta baixo nível de


competência gerencial . Na literatura administrativa, há uma certa concordância nas
atribuições básicas de gerência, quais sejam: dirigir, organizar e controlar pessoas ou
grupos de pessoas (Mattos, 1985). É uma função que lida com pessoas, sendo o
responsável pela consecução dos objetivos da organização. O produto de seu trabalho é
avaliado através do desempenho de sua equipe.

Assim, o desempenho da função gerencial requer conhecimentos e habilidades que


passam pelas dimensões técnica, administrativa, política e social. Essas dimensões
possuem significados próprios, permitindo caracterizar não um único estilo de gerência
eficaz, mas qualidades que devem permear a ação do gerente. Apesar de já ser do
conhecimento comum que um bom técnico não será, necessariamente, um bom gerente,
também não é possível um bom gerente sem conhecimento específico do trabalho
gerenciado. Não se esperam conhecimentos de especialista, mas um conhecimento que
o legitime, diante de seus subordinados, podendo, inclusive, constituir fonte de
prestígio.

O impacto da tecnologia na realização do trabalho abrange desde alterações na forma de


realização do trabalho individual até a maneira pela qual as empresas trabalham juntas
em processos interorganizacionais, passando pela redefinição da maneira pela qual os
grupos de pessoas realizam suas tarefas grupais (Gonçalves,
1993).
A tecnologia empregada induz algumas dessas modificações e facilita a ocorrência de
outras. O emprego de sistemas integrados de gestão empresarial, por exemplo, exige
que as pessoas passem a executar suas tarefas de acordo com as rotinas e os
procedimentos determinados pela tecnologia, por maior que seja a diferença com
relação aos padrões anteriores.
Por outro lado, a utilização de ferramentas de comunicação modernas, como o correio
eletrônico e a teleconferência, viabiliza a montagem e o funcionamento de novos
modelos de trabalho grupal, como os grupos interfuncionais remotos. Por causa disso,
a tecnologia é considerada a ferramenta do redesenho de processos por excelência
(Gonçalves, 1995).
A preocupação com os processos empresariais deu origem ao desenvolvimento das
chamadas .disciplinas de processo. Quando utilizadas de forma consistente na empresa,
permitem que as pessoas assumam mais responsabilidades, adotem mecanismos mais
eficazes de participação na realização do trabalho (Kanter, 1997) e empreguem
melhores meios de comunicação e produção.
Muitas empresas já fizeram esforços para melhorar seus processos, o que não significa
que se tenham tornado centradas nos seus processos nem que estejam fazendo as coisas
da melhor maneira possível. Também não quer dizer que estejam obtendo o melhor
resultado possível nem que estejam centrando seus recursos e esforços no seu cliente
final.
A falta de um entendimento claro sobre o conceito de processo e a aplicação apenas
pontual desse conceito na administração das empresas podem explicar parte dessa
limitação na obtenção de resultados pelas nossas empresas. Ainda há muito o que fazer
na aplica ção do conceito de processo empresarial às empresas.
O entendimento do funcionamento das organizações tem sido tão limitado, que ainda
resta muito a ser feito para aperfeiçoá-lo.
A importância do emprego do conceito de processo aumenta à medida que as empresas
trabalham com conteúdo cada vez mais intelectual, oferecendo produtos cada vez mais
ricos em valores intangíveis.
É maior ainda nas empresas de conteúdo puramente intelectual. As técnicas e práticas de
gestão empresarial deverão se adequar às organizações que estão se estruturando
por processos.

A prática administrativa do planejamento, direção, coordenação e controle constitui a


gerência, em qualquer organização, independente do tamanho e, mesmo, da autonomia
de gestão. Isso significa planejar e controlar pessoas e recursos na realização de tarefas
que permitam que a organização atinja seus objetivos. Nesse sentido, a função gerencial
não implica apenas que o gerente possua conhecimentos administrativos e técnicos, mas
a capacidade de lidar com pessoas, conhecer suas necessidades, valores e motivá-las
para a realização da tarefa organizacional.

BIBLIOGRAFIA

GONÇALVES, José Ernesto Lima. Os novos desafios da empresa do futuro, RAE -


Revista de Administração de Empresas, v. 37, n. 3, jul./set. 1997
GONÇALVES, José Ernesto Lima. Reengenharia das empresas: passando a limpo.
São Paulo: Atlas, 1995a. p.110-117:
KANTER, Rosebeth Moss. Frontiers of management. Cambridge: Harvard Business
School Press, 1997.
MATTOS, Ruy A. Desenvolvimento de Recursos Humanos e Mudança
Organizacional, Rio de Janeiro, LTC/ANFUP, 1985.
_____. Gerência e Democracia nas Organizações. 2a ed., Brasília. Ed. Livre Ltda.,
1988.

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