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O desafio do auto-conhecimento
Material de apoio: o teste dos oito temperamentos
Instruções:
É importante que durante as respostas seja mantido um clima de silêncio, não haja
comentários e não se façam quaisquer juízos de valor. Há que recomendar que respondam
como são naturalmente, de acordo com a sua tendência instintiva, e não como “deveriam”
ou “gostariam” de ser, ou como se mostram por educação ou por critérios já adquiridos. É
importante que a resposta não seja demasiado elaborada.
Perguntas do questionário
Pergunta 1
Entusiasmas-te ou indignas-te com facilidade? (Mesmo que não o manifestes
exteriormente)
Ou permaneces sempre tranquilo, exterior e interiormente?
Ou é raro entusiasmares-te ou indignares-te?
Pergunta 2
És muito mexido e inquieto? (Gesticular, saltar vivamente da cadeira, andar para trás e
para a frente sem que haja uma emoção forte, mas sim por “necessidade de mexer-se,
de fazer exercício)
Ou estás geralmente quieto, quando não te agita alguma emoção
Pergunta 3
Tens tendência para insistir mentalmente nas mesmas ideias, recordar os mesmos
acontecimentos, alegres ou tristes, “dar muitas voltas” ao mesmo sentimento, como se
tudo se te gravasse fortemente?
Ou tens tendência para variar de ideias, sucedendo-se os sentimentos, as recordações,
etc., umas às outras? (Facilidade para esquecer ou prescindir de coisas passadas)
Pergunta 4
Por temperamento, tendes, nas tuas tarefas ou trabalhos, a cumprir o que te é pedido,
honestamente, mas “a traços largos”, a cingir-te ao “essencial”, sem te angustiares por
não ires até aos últimos detalhes? (“Assim já está bem...”, “senão é uma perda de
tempo...”)
Ou só ficas sossegado se fores até ao mais pequeno pormenor, pensando em todos os
detalhes, e deixando tudo “bem acabado”? (“Ainda falta qualquer coisa”, “só mais isto...”)
Pergunta 5
Quando te fazem algumas injustiça ou ofensa, tendes a protestar violentamente,
“aconteça o que acontecer”, enfrentando energicamente quem quer que seja?
Ou instintivamente (mesmo que por dentro te sintas ferido) tendes a suavizar as coisas
dentro do possível, procurando compromissos?
Pergunta 6
Gostas de falar quase sempre das tuas próprias coisas, procurando atrair a atenção para
os teus projectos, os teus êxitos, os desgostos ou alegrias que tiveste, etc.?
Ou interessas-te por saber o que aconteceu aos outros, perguntando-lhes e escutando
as suas ideias e projectos, etc., pensando de um modo como que instintivo, que os teus
próprios assuntos interessam menos?
Pergunta 7
Ao saber (pelo jornal, ou numa conversa, etc.) que alguém foi justamente condenado ou
punido, comoves-te interiormente, pensando no réu, na sua família, etc.?
Ou pensas instintivamente no delito e - mesmo sendo sensível - em que é necessário o
castigo?
Pergunta 8
És daquelas pessoas que só “estão como peixe na água” rodeadas de livros sérios,
revistas de grande informação ou, pelo menos, de divulgação científica etc., por amor ao
estudo repousado, investigador?
Ou fazes parte dos que precisam do convívio social intenso e de actividades
predominantemente práticas?
Pergunta 11
Notas que o teu humor é muito variável? (Passar facilmente da alegria à tristeza, do
optimismo ao abatimento, por coisas de pouca importância e, às vezes, sem saber
porquê)
Ou, sem qualquer esforço, tens um humor sempre igual?
Pergunta 12
Gostas de “sonhar acordado”? (Estar muito tempo a fazer planos por vezes utópicos,
castelos no ar, recordando o passado, etc)
Ou, por impulso interior, preferes actuar, e quando planeias alguma coisa, estás
impaciente até a realizares?
Pergunta 13
Tens tendência para te adaptares ao ambiente em que estás? Com frequência modificas
os teus planos para os adaptares aos dos teus amigos, ao que o grupo quer fazer, etc.?
(referimo-nos a coisas boas e lícitas)
Ou segues o teu caminho sem considerar o que os outros pensam; quer dizer - mesmo
que te mostres cortês -, é só com dificuldade que te fazem mudar de planos?
Pergunta 14
Rejeitas vivamente e por instinto tudo o que vem tirar-te da ocupação em que estás?
Irritas-te - pelo menos interiormente - contra qualquer distracção?
Ou acolhes estas perturbações sem te irritares, com reacção suave e sem esforço?
Pergunta 15
Ao actuar, por temperamento, não te preocupas com o que os outros possam pensar ou
sentir? (“Se não gostarem, o problema é deles...”, “Tenho muita pena, mas eu sou
assim...”)
Ou não estás tranquilo, se não estiveres bem com toda a gente, preocupando-te, de um
modo espontâneo, com o que os outros pensam e sentem, para não chocar com eles?
Pergunta 16
Desejas quase sempre que os outros colaborem nos teus planos, ficando aborrecido se
não os consegues convencer?
Ou costumas colaborar nos planos de outros, ou com uma organização à qual pertenças,
etc., sem pensar em tomares tu a iniciativa?
Pergunta 17
Tens necessidade de ver frequentemente os teus amigos?
Ou ficas muito tempo sem os ver - sem sentir a sua ausência -, ainda que isso não
debilite a tua amizade?
Pergunta 18
És um “teórico”? Gostas de justificar as tuas ideias, o teu modo de proceder, com base
em teorias, de uma maneira séria, profunda?
Ou pensas que basta um “bom senso comum” para justificar e explicar as coisas da vida
diária, e tudo o resto a complica desnecessariamente.
Pergunta 21
Ficas pálido ou coras com facilidade, sem poder evitá-lo?
Ou só numa ou noutra ocasião especial?
Ou isso nunca te acontece?
Pergunta 22
Quando se trata de fazer algo obrigatório (uma tarefa, um trabalho), tens tendência
natural para começar o quanto antes?
Ou instintivamente tendes a adiar, a “esperar um bocadinho”, etc. (Mesmo que consigas
dominar esta tendência, sente-la)?
Pergunta 23
Depois de um acesso de cólera ou de ter sofrido uma ofensa, reconcilias-te
imediatamente, com facilidade, sem pensar mais nisso, como se nada se tivesse
passado?
Ou ficas algum tempo de mau humor?
Ou tens - por temperamento - muita dificuldade em reconciliar-te (rancor persistente,
involuntário)?
Pergunta 24
Preferes a pintura, quadros, gravuras, etc., em que o desenho é nítido, preciso,
pormenorizado?
Ou preferes a pintura que com uns traços ou manchas de cor produz um efeito de
conjunto, sem se debruçar nos pormenores?
Pergunta 25
Gostas de praticar ou assistir a desportos violentos (boxe, luta, etc.)?
Ou de uma maneira espontânea sentes-te mais atraído pelos que exigem menos
violência física?
Pergunta 26
És algo ciumento nos teus afectos, em relação às tuas amizades, pessoas de família,
etc.?
Ou és pouco inclinado ao ciúme?
Pergunta 27
Gostas de crianças? Gostas da sua companhia? Gostas de participar nos seus jogos?
Ou põem-te nervoso? Incomodam-te?
Ou talvez gostes deles de um modo teórico e, por assim dizer, “à distância”?
Pergunta 28
Sentes necessidade de interpretar o significado ou “mensagem” das obras de arte que
te causam admiração?
Ou basta-te experimentar simplesmente “sem complicações” o prazer que produz a mera
contemplação e gozo dessas obras de arte?
Pergunta 31
Sentes-te fácilmente e profundamente ferido no teu íntimo, quando te fazem alguma
observação antipática ou trocista, ou quando te criticam?
Ou instintivamente, não dás importância a essas coisas?
Pergunta 32
Quando ao realizar um projecto ou trabalho, tropeças com uma dificuldade, tendes
naturalmente ao desânimo e experimentas de imediato uma forte tentação de abandonar
a tarefa (ainda que de facto continues a realizá-la, dominando-te)?
Ou - instintivamente - sentes-te ferido, precisamente pela dificuldade, e isso parece que
te estimula a redobrar os esforços?
Pergunta 33
Gostas de tudo o que suponha novidade e mudança (casa nova, novas ocupações, ver
“caras novas”)?
Ou incomodam-te as mudanças, e gostas do que é habitual e conhecido (sentes gosto
pela “tua casa”, o teu local de trabalho, a tua tarefa diária, bem conhecida; gostas de te
dar sempre com as mesmas pessoas)?
Pergunta 34
Maçam-te instintivamente as responsabilidades ou tarefas complexas, em que é preciso
tratar ao mesmo tempo de muitas coisas (vigiar um local, distribuir objectos - tomando
notas e respondendo ao mesmo tempo a múltiplas perguntas)?
Ou “sentes-te em casa” em tais circunstâncias, e tratas com facilidade e gosto de muitas
coisas ao mesmo tempo, “sem perder pitada” e sem grande esforço?
Pergunta 35
Quando discutes com outra pessoa, tendes instintivamente a “chegar a um acordo”,
procurando convencer diplomaticamente o interlocutor, com simpatia, cedendo um pouco
da tua parte, etc?
Ou preferes que “as coisas fiquem claras”, e fixas-te nos pontos em que não estás de
acordo, para discuti-los com firmeza e energia?
Pergunta 36
Quando não te deram o que te é justamente devido ou te foi prometido, procuras
consegui-lo através de reclamações, ou acções “diplomáticas” mas eficazes?
Ou o “reclamar algo” ou estar preocupado por consegui-lo, ainda que justa e
correctamente, é-te muito desagradável, e pela tua parte preferes instintivamente não
o fazer, deixando com facilidade de receber o que te é devido?
Pergunta 37
Partilhas “por dentro” os estados de ânimo alheios, sentindo-te alegre ou triste com os
outros?
Ou “compreendes” as alegrias e tristezas alheias, de uma maneira intelectual, diríamos
“fria”, sem repercussão no sentimento?
Pergunta 38
Perante um aparelho ou uma máquina que não conheces, interessas-te sobretudo pelas
aplicações que podem ter?
Ou antes pelos princípios científicos aplicados na sua construção?
Ou interessa-te o funcionamento engenhoso do mecanismo?
Pergunta 41
Sentes frequentemente - por temperamento - a sensação de “nó na garganta”? (quando
tens que fazer algo que te preocupa)
Ou só te aconteceu isso uma vez ou outra?
Ou nem sequer sabes o que isso é, porque nunca te acontece?
Pergunta 42
Depois de fazer espontaneamente os trabalhos obrigatórios aproveitas os tempos de
descanso “descansando” plenamente?
Ou não podes estar sossegado sem te ocupares noutra coisa ou actividade, mesmo em
tempo de descanso?
Pergunta 43
És - sem esforço, por temperamento - constante nos teus projectos e planos? Acabas
sempre aquilo que começaste?
Ou sentes com frequência o desejo de abandonar uma coisa antes de acabá-la, para
começar outra, começando muitas coisas e nunca acabando nenhuma, ou quase
nenhuma?
Pergunta 44
Tens tendência para repetir uma palavra ou frase, algum gesto habitual ou “tique”
inofensivo?
Ou quase nunca te repetes, nem tens gestos “característicos” teus (tiques)?
Pergunta 45
Quando não simpatizas com um colega, desejas instintivamente a oportunidade de lho
dizer claramente?
Ou preferes, por carácter, disfarçar e suavizar as coisas, evitando encontrar-te com ele,
etc?
Pergunta 46
És naturalmente inclinado à desconfiança? Suspeitas com facilidade dos outros?
Ou confias espontaneamente?
Pergunta 47
Sentes afecto pelos animais, como por seres que têm uma certa personalidade e
inquietas-te pelo que podem sentir?
Ou, sem lhes fazeres mal, considera-los como gado, rebanho, quer dizer, simplesmente
como “coisas”?
Pergunta 48
Tendes a orientar espontaneamente a conversa para temas abstractos, de ideias
(científicas, religiosas, filosóficas, etc)?
Ou - sem que isso queira dizer nada do teu talento - gostas mais de conversar dos
acontecimentos diários, dos projectos, realizações, etc., de tipo prático?
Pergunta 51
Sentes-te frequentemente angustiado por dúvidas ou escrúpulos sobre o que hás-de
fazer, ou o que fizeste?
Ou só raramente conheces este doloroso estado de preocupação?
Pergunta 52
Nunca hesitas em empreender uma transformação útil, arranjar as tuas coisas, etc.,
mesmo sabendo que isso te exigirá trabalhos, diligências, etc.?
Ou tendes instintivamente a retroceder ante o trabalho que há que empreender,
contentando-te em deixar as coisas tal como estão?
Pergunta 53
És um improvisador natural? Preferes decidir “no terreno” o que se deve fazer, sem
muitos planos prévios; ou, se fazes planos, depois, no momento de actuar, não te
sujeitas a eles, pois sempre te ocorrem novas ideias ou procedimentos?
Ou sentes instintivamente horror a todo a improvisação, e na tua acção realizas ponto
por ponto o que previamente planeaste com detalhe?
Pergunta 54
Quando te explicam algo novo, tens tendência pelo menos interiormente, a dizer: “pouco
a pouco; vamos por partes”. Preferes considerar os pormenores, analisando, para
compreender a fundo uma demonstração, o funcionamento de uma máquina, etc.?
Ou maça-te uma grande análise, e basta-te uma ideia geral, uma visão de conjunto para
te aperceberes do que se trata?
Pergunta 55
Com facilidade, quando achas que deves fazê-lo, “dizes as verdades” aos outros,
criticando a sua conduta?
Ou custa-te muito fazê-lo, e evitas ver-te em tais situações?
Pergunta 56
Quando dás um presente, embora o faças com gosto, interiormente e “sem poder evitá-
lo”, pensas no valor do objecto? Ou quando fazes um favor ou um serviço - repetimos:
com gosto, sem segunda intenção - pensas espontaneamente em que quem o recebe
deve estar justamente agradecido pelo teu sacrifício?
Ou nunca te lembras de pensar nisso?
Pergunta 57
És bastante sensível às manifestações de afecto dos outros, e - diríamos - “não podes
viver” sem te sentires querido, estimado pelos que te rodeiam?
Ou incomodam-te - por carácter - as manifestações de afecto?
Ou isso não te preocupa muito?
Pergunta 58
Preferes as distracções de carácter intelectual (estudo, discussão de ideais, jogos de
reflexão - xadrez, etc.)?
Ou distracções de outra ordem (quer sejam físicas: desportos, excursões; sociais:
visitas, reuniões diversas; ou sentimentais: leitura de romances, músicas, etc.)?
Pergunta 61
És muito impressionável? (Por exemplo, sobressaltas-te com um ruído inesperado, sofres
de uma profunda comoção interior por coisas que não têm grande importância, etc.)
Ou não costumas perturbar-te, pelo teu temperamento tranquilo?
Pergunta 62
Se, mediante uma compensação ou remuneração suficiente, te encomendam um
trabalho ou tarefa nova, que exija movimento, esforço, etc, no fundo sentes-te satisfeito
diante da perspectiva dessa actividade?
Ou antes interiormente maça-te esse esforço e actividade obrigatória, e instintivamente
pensas em desculpar-te ou procurar ajuda?
Pergunta 63
Esqueces com facilidade o que prometeste? (Sem culpa, quer dizer, sinceramente “sem
querer”, mas ... quase sempre esqueces)
Ou nunca esqueces o que prometeste e lembras-te disso com frequência? (Ainda que,
possivelmente, tardes em cumpri-lo por qualquer motivo)
Pergunta 64
És amante da ordem, e tens ordem nas tuas coisas? (Cada coisa sempre no seu sítio,
livros perfeitamente classificados que depois de usar, voltam ao seu lugar; etiquetas e
separadores nos dossiers, etc)
Ou és antes, por temperamento, algo desordenado e nunca consegues ter uma ordem
perfeita, embora “saibas onde está cada coisa”?
Pergunta 65
És por temperamento muito amável, obsequioso, e procuras agradar e conquistar a
amizade dos que te rodeiam - ainda que não lhes tenhas, necessariamente, grande
afecto?
Ou preferes tratá-los com simplicidade, quer dizer, com certa rudeza?
Pergunta 66
Gostas - espontaneamente - de emprestar os teus próprios livros, coisas ou
instrumentos?
Ou custa-te interiormente emprestá-los (embora os emprestes cortesmente)?
Pergunta 67
Afeiçoas-te aos teus colaboradores, empregados, camaradas de trabalho, ao ponto de
continuar com eles, embora isso te seja abertamente desfavorável? (Por exemplo, não
despedir um empregado negligente, continuar a amizade com um amigo, etc., por puro
afecto)
Ou não vacilas em realizar essas separações úteis (substituir um colaborador, mudar de
amizades, etc)?
Pergunta 68
Perante um problema sério (científico, social, filosófico, etc.), interessas-te, quando
procuras a solução, em conhecer por ti mesmo com rigor científico as diversas opiniões,
analisando os prós e os contras, etc?
Ou espontaneamente, mas de maneira consciente - e legítima - admites a solução que
propõem pessoas com autoridade científica (especialistas na matéria) sem desejo de
investigar por ti mesmo a solução ou as razões teóricas que a justificam, etc?
Pergunta 71
Pelo teu temperamento impressionável (embora consigas dominar-te por completo -
nisso consiste a coragem), sentes interiormente medo com frequência e intensidade?
(Escuridão, paragens desconhecidas, etc.)
Ou nunca sentes medo, por não ser minimamente impressionável?
Ou só em raras ocasiões de perigo excepcional?
Pergunta 72
Gostas mais de ver do que de fazer? (Por exemplo, gostas mais de estar a olhar, às
vezes longo tempo, um jogo ou um desporto que outros praticam)
Ou - pelo contrário - gostas mais de fazer que de ver, e o simples espectáculo
rapidamente te maça e excita-te passar pessoalmente à acção? (No exemplo anterior:
desejo de entrar no campo do desporto, de intervir no jogo)
Pergunta 73
Quando tens a tua opinião formada, é fácil convencer-te de outra coisa? Manténs-te
firme - pelo menos interiormente - quanto ao que consideras evidente, embora não
gostes realmente de discutir?
Ou com facilidade - instintivamente - tendes a coincidir com a opinião ou ponto de vista
de quem conversa contigo?
Pergunta 74
És meticuloso no teu cuidado e apresentação pessoal (não descuidas os detalhes, ainda
que não sejas amaneirado)?
Ou és negligente com a apresentação (roupas, etc.) porque não tens paciência para
muitos pormenores?
Pergunta 75
És combativo por natureza? Procuras - instintivamente - a competição, a luta?
Ou repugnam-te naturalmente as lutas e confrontos? Preferes ceder logo ao princípio
(pelo menos aparentemente) do que dar ocasião de conflito?
Pergunta 76
Procuras “tirar o máximo partido possível” do tempo? Organizas as coisas de maneira
que aproveitas até ao último minuto, e portanto, poucas vezes estás disponível?
Ou fazes a tua programação com folgas, acontece sobrar-te tempo e “estás disponível”
para tarefas e coisas dos outros?
Pergunta 77
Quando simpatizas com alguém, sentes-te inclinado a manifestá-lo com palavras
afectuosas ou meigas, com atenções delicadas?
Ou isso “não te sai” espontaneamente, e tendes mais a provar o afecto com factos
positivos (prestar serviços, ajudar, etc)?
Pergunta 78
Gostas das coisas pouco complicadas, as poesias que se entendem facilmente, as
histórias sem complicações?
Ou desagradam-te as coisas demasiado simples, e preferes as obras e pessoas que
despertam a inteligência para uma intensa investigação ou exercício mental?
Pergunta 81
Ao falar, gostas de palavras muito expressivas? (“formidável, fantástico, espantoso”)
Ou quase nunca as usas?
Pergunta 82
Perante um caso prático, difícil e inesperado, tendes por temperamento a tomar decisões
rápidas e actuar com prontidão?
Ou és indeciso, e hesitas longo tempo, antes de intervir ou actuar?
Pergunta 83
Sentes-te frequentemente pensativo ou preocupado pelo que tens que fazer? Dás voltas
- mentalmente - ao que pode acontecer vendo os possíveis riscos, vantagens,
consequências - porventura sérias - desta ou daquela acção ou decisão, etc?
Ou não pensas excessivamente nisso, preferindo espontaneamente “pensar quando
chegar a altura”, e confiando em que sempre haverá uma solução para tudo?
Pergunta 84
Absorve-te quase sempre o que estás a fazer, ao ponto de não te dares conta do que se
passa à tua volta?
Ou tens facilidade em fazer o que é preciso, sem perder de vista o que se passa à tua
volta, ou dar atenção a uma conversa, etc.?
Pergunta 85
Gostas de riscos? Sentes particular prazer em enfrentar um perigo?
Ou foges das aventuras incertas (o que não quer dizer que não tenhas coragem para
enfrentar um perigo sem tê-lo procurado)?
Pergunta 86
Tens tendência instintiva para tirar partido de todas as ocasiões que se apresentam,
mesmo que não tivesses desejado particularmente o que te oferecem, simplesmente
tendes a “aproveitar a ocasião”?
Ou deixas passar indiferentemente as ocasiões que se apresentam, quando se trata de
coisas que, à partida, não te interessavam?
Pergunta 87
Quando tens que repreender outra pessoa, sofres interiormente por ter que causar-lhe
desgosto?
Ou espontaneamente, nesses momentos, “deixas-te de sentimentalismos” e repreendes
simplesmente?
Pergunta 88
Procuras com frequência a solução de problemas desprovidos de qualquer aplicação
prática, pelo simples gosto de pensar, raciocinar, investigar?
Ou achas isso uma pura “perda de tempo”?
Pergunta 91
Ficas interiormente muito nervoso - sem poder evitá-lo - quando alguma coisa não
acontece como desejas, ou “sai pior” do que o previsto, ainda que não seja grave ou
importante?
Ou antes aceitas com calma interior os contratempos, sem ter que fazer grande esforço
para isso, porque és naturalmente pouco nervoso?
Pergunta 92
Depois de um esforço físico duro (caminhar, desporto fatigante, etc), recuperas
rapidamente? Depois de um descanso relativamente breve sentes-te com novas forças,
“disposto a recomeçar”?
Ou, por constituição fisiológica, necessitas de descansar longamente para recuperar
forças? (Mesmo que sejas fisicamente robusto)
Pergunta 93
Custa-te muito ter de mudar de horário e sair da habitual e metódica distribuição do
tempo, que cumpres com tanto gosto e constância?
Ou maça-te sujeitar-te a um horário metódico, porque vês que os problemas e assuntos
que se apresentam são sempre novos e há que adaptar-se às circunstâncias?
Pergunta 94
Quando tens que desempenhar alguma tarefa, gostas que ta expliquem com precisão,
com pormenores que depois cumpres escrupulosamente?
Ou preferes que te indiquem em linhas gerais o que se pretende, e te deixem uma
margem de iniciativa?
Pergunta 95
Gostas de mandar, de “te impôr”, mesmo nos casos em que é preciso obrigar os outros
a obedecer, forçar a sua obediência?
Ou repugna-te naturalmente impor a outros a tua vontade, preferindo manobrar
diplomaticamente para conseguir a realização dos teus planos?
Pergunta 96
Quando estás perante circunstâncias em que “cada um trata de si” (arranjar rapidamente
um lugar sentado quando a sala está cheia, obter algo que está a ser distribuido quando
sabes que não vai chegar para todos, etc.) sentes um vivo interesse e ânsia por
consegui-lo, e fazes todo o possível por ser um dos favorecidos?
Ou - de uma maneira instintiva, natural - não sentes interiormente qualquer ansiedade
e facilmente te desprendes do que conseguiste, para satisfazer quem “tinha um desgosto
se não conseguisse”?
Pergunta 97
Se alguém te conta uma desgraça - familiar, pessoal, etc - para conseguir a tua ajuda,
espontaneamente - por dentro - sentes-te comovido com facilidade?
Ou instintivamente manténs-te na expectativa, sem te comoveres facilmente? (Ainda que,
de facto, depois o ajudes)
Pergunta 98
De um modo espontâneo, preferes as novelas em que “acontece alguma coisa”, e em
que todos os acontecimentos são contados em pormenor (quer dizer: têm muito
argumento)?
Ou sentes-te instintivamente atraído por aquelas que permitem investigar o jogo dos
mecanismos psicológicos nos personagens, ou o valor de uma ideia filosófica, moral,
social, etc?
Instruções para a avaliação do Teste dos oito temperamentos
Logo depois de responder a todas as perguntas, cada pessoa faz a sua avaliação. Transferem-se
as respostas para a Ficha de avaliação (fotocopiada) e escreve-se a pontuação de cada resposta
segundo a seguinte chave: -10 pontos; - 5 pontos; - 0 pontos. Depois somam-se as colunas,
e identificam-se os traços principais:
COLUNA 5: Polaridade combativa: Gosto e desejo de luta, disputa (perigo: falta de caridade).
O contrário: “polaridade diplomática” (perigo: falta de firmeza ou de sinceridade).
Combativo: mais de 50 pontos - Diplomático: até 50 pontos inclusive
COLUNA 8: Tendência teórica: Contraposta com a “tendência prática”, não indica maior ou
menor inteligência, mas a inclinação à investigação ou abstracção teórica.
Teórico: mais de 50 pontos - Prático: até 50 pontos inclusive
As colunas decisivas para o temperamento são as três primeiras; as outras oferecem informação
complementar. A fórmula caracterológica ou tipo é a combinação dos resultados das primeiras três
colunas (por exemplo: EnAP, nEAS, etc.). Existe um sub-tipo quando algum dos três factores
fundamentais tem uma intensidade aproximada dos 50 pontos (ou exactamente 50). Ex. 70; A: 55;
S: 25 = como tipo: EAP, e subtipo EnAP.
Ficha de resposta do teste dos oito temperamentos
1 (Nº de pergunta)
(chave) | 5 (pontos)
1 2 3 4 5 6 7 8
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11 12 13 14 15 16 17 18
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21 22 23 24 25 26 27 28
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31 32 33 34 35 36 37 38
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41 42 43 44 45 46 47 48
| | | | | | | |
51 52 53 54 55 56 57 58
| | | | | | | |
61 62 63 64 65 66 67 68
| | | | | | | |
71 72 73 74 75 76 77 78
| | | | | | | |
81 82 83 84 85 86 87 88
| | | | | | | |
91 92 93 94 95 96 97 98
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Totais e resultados