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ISOLADA DE LÍNGUA PORTUGUESA PROFESSOR

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS ADEILDO JÚNIOR

ESTUDO DOS GÊNEROS TEXTUAIS

Os gêneros textuais são modalidades de textos que cumprem variadas funções comunicativas e sociais. Por
isso, são também variados em suas manifestações concretas, isto é, existem vários e vários gêneros textuais. Porém,
discutiremos apenas os mais representativos em provas do Enem. Para isso, utilizaremos definições, mapas
conceituais, exemplos de textos e questões de provas do Enem, de vestibulares e de concursos públicos.

GÊNEROS JORNALÍSTICOS

ARTIGO DE OPINIÃO

O artigo de opinião, como o próprio nome já diz, é um texto em que o autor expõe seu posicionamento diante
de algum tema atual e de interesse de muitos.
É um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto, o escritor além de
expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e admissíveis.
Logo, as ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por este motivo, o
mesmo deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados, além de assinar o texto no final.
Contudo, em vestibulares, a assinatura é desnecessária, uma vez que pode identificar a autoria e desclassificar o
candidato.
É muito comum artigos de opinião em jornais e revistas. Portanto, se você quiser aprofundar mais seus
conhecimentos a respeito desse tipo de produção textual, é só procurá-lo nestes tipos de canais informativos. A
leitura é breve e simples, pois são textos pequenos e a linguagem não é intelectualizada, uma vez que a intenção é
atingir todo tipo de leitor.
Uma característica muito peculiar deste tipo de gênero textual é a persuasão, que consiste na tentativa do
emissor de convencer o destinatário, neste caso, o leitor, a adotar a opinião apresentada. Por este motivo, é comum
presenciarmos descrições detalhadas, apelo emotivo, acusações, humor satírico, ironia e fontes de informações
precisas.
Como dito anteriormente, a linguagem é objetiva e aparecem repletas de sinais de exclamação e
interrogação, os quais incitam à posição de reflexão favorável ao enfoque do autor.
Outros aspectos persuasivos são as orações no imperativo (seja, compre, ajude, favoreça, exija, etc.) e a utilização
de conjunções que agem como elementos articuladores (e, mas, contudo, porém, entretanto, uma vez que, de forma
que, etc.) e dão maior clareza às ideias.
Geralmente, é escrito em primeira pessoa, já que trata-se de um texto com marcas pessoais e, portanto, com
indícios claros de subjetividade, porém, pode surgir em terceira pessoa.

Exemplo de um artigo de opinião

Droga: uma "doença degenerativa" que está debilitando


o "organismo social" em que vivemos

O consumo de drogas está cada vez mais presente em nosso dia a dia, isso por que a circulação e o tráfico
desse entorpecente se intensificaram enormemente nas últimas décadas por mais que as autoridades tenham
investido bastante no combate a entrada deste “vírus” que afeta toda e qualquer pessoa independentemente de
classe social.
Os usuários são indivíduos que, na maioria das vezes, não possuem boas condições financeiras o que os
levam a viverem em um verdadeiro inferno de desolações que é o mundo de fantasias dos dependentes químicos.
Infelizmente, as sociedades em geral jugam superficialmente os drogados sem saberem das suas intimidades e
história de vida, as quais estão diretamente ligadas ao convívio familiar.
Geralmente, os viciados químicos foram induzidos por amigos ou conhecidos a usarem drogas, uma vez
que estas lhes conferem uma sensação momentânea de prazer e bem estar. Mas, posso afirmar com certeza que
após os efeitos alucinantes dos entorpecentes as consequências são devastadoras e duradouras. Aliás, o uso de
drogas proporciona, sem dúvida alguma, mais desvantagens para quem consome do que vantagens, se bem que
esta última não existe para quem usa drogas, isso é simplesmente indiscutível. Creio que não preciso entrar em
detalhes a respeito desse argumento, afinal de contas esta não é a minha intenção, pois, suponho que todos ou

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quase todos sabem sobre as consequências do uso contínuo de drogas em geral. Só lembrando aos leitores que
semanticamente a palavra droga já define por completo a sua futilidade.
É importante lembrar também que conflitos familiares passam a ser constantes nos lares de qualquer
família que possui pelo menos um dos membros dependente das drogas.
Para finalizar quero deixar claro que o uso de drogas não só no Brasil, mas em todo o mundo está virando
uma epidemia sem controle. Aliás, já virou uma “doença degenerativa” que está sufocando e debilitando, de certa
forma, o “organismo social" em que vivemos. Em outras palavras, as autoridades devem e podem investir mais
em políticas públicas e campanhas educativas voltadas ao combate tanto do tráfico como do uso de drogas,
sobretudo em locais públicos. Afinal, os “donos” do poder também são seres humanos que, consequentemente,
fazem parte desse organismo social que, como uma joia preciosa, devemos zelá-lo e protegê-lo, pois é usufruto
de todos, inclusive das novas gerações. Acredito que em primeiro plano deve-se investir principalmente em
educação que é o combustível que move todo e qualquer país, estado ou cidade.

Marcondes Torres, estudante e blogueiro desde janeiro de 2012.

NOTÍCIA

Em se tratando da notícia, qual seria a intenção por ela pretendida? Certamente, a de nos informar sobre
uma determinada ocorrência. Trata-se de um texto bastante recorrente nos meios de comunicação de uma forma
geral, seja impressa em jornais ou revistas, divulgada pela Internet ou retratada pela televisão.
Em virtude de a notícia compor a categoria preconizada pelo ambiente jornalístico, caracteriza-se como uma
narrativa técnica. Tal atribuição está condicionada principalmente à natureza linguística, pois diferente da linguagem
literária, que, via de regra, revela traços de intensa subjetividade, a imparcialidade neste âmbito é a palavra de
ordem.
Assim sendo, como a notícia pauta-se por relatar fatos condicionados ao interesse do público em geral, a
linguagem necessariamente deverá ser clara, objetiva e precisa, isentando-se de quaisquer possibilidades que
porventura tenderem a ocasionar múltiplas interpretações por parte do receptor.
De modo a aprimorar ainda mais os nossos conhecimentos quanto aos aspectos inerentes ao gênero em
foco, enfatizaremos sobre seus elementos constituintes:
Manchete ou título principal – Geralmente apresenta-se grafado de forma bem evidente, com vistas a
despertar a atenção do leitor.
Título auxiliar – Funciona como um complemento do principal, acrescentando-lhe algumas informações, de
modo a torná-lo ainda mais atrativo.
Lide (do inglês lead) - Corresponde ao primeiro parágrafo, e normalmente sintetiza os traços peculiares
condizentes ao fato, procurando se ater aos traços básicos relacionados às seguintes indagações: Quem? Onde? O
que? Como? Quando? Por quê?
Corpo da notícia – Relaciona-se à informação propriamente dita, procedendo à exposição de uma forma
mais detalhada no que se refere aos acontecimentos mencionados.

Diante do que foi exposto, uma característica pertinente à linguagem jornalística é exatamente a veracidade
em relação aos fatos divulgados, predominando o caráter objetivo preconizado pelo discurso.

Exemplo de notícia

Belchior: corpo é velado em Sobral

O corpo de Belchior já está em Sobral, cidade natal do artista, localizada a 232 km de Fortaleza, no Ceará.
Desde às 6h desta segunda-feira (1º), há uma fila de fãs no Teatro São João, onde ocorre o velório, até pouco
depois das 10h. Familiares do artista saíram de Fortaleza para a cerimônia, entre eles, a viúva, Edna Prometheu.
As homenagens póstumas continuarão na capital, no Centro Cultural Dragão do Mar, na Praia de Iracema,
para onde o corpo será levado ainda nesta manhã. O sepultamento está marcado para as 9h desta terça-feira (2),
no cemitério Parque da Paz, logo após a missa de corpo presente, às 7h. O corpo do artista ficará, segundo o jornal
cearense O Povo, ao lado do dos pais.

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O translado do corpo de Belchior começou à 1h da madrugada, no Aeroporto Salgado Filho, em Porto


Alegre, em voo particular, fretado pelo Governo do Ceará. Belchior morava em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande
do Sul, há quatro anos. Mesmo recluso do cenário musical, o artista não deixou de compor.

A polícia acredita que Belchior tenha tido uma morte natural. "Em princípio, morte natural, porque não
havia sinais de violência, nada indicou qualquer outra coisa. Segundo a esposa, Edna, ele não usava medicação,
não apresentava problemas de saúde. Eles disseram que sequer tinham remédios em casa”, informou a delegada
da Polícia Civil de Santa Cruz do Sul.

O artista, que morava em Santa Cruz do Sul, há quatro anos, morreu em decorrência de um rompimento
da aorta. Familiares do artista comunicaram o governo do Ceará, que, em nota, decretou luto oficial de três dias
no Estado.

Disponível em: <http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/belchior-corpo-%C3%A9-velado-em-sobral/ar-


BBAAkGe?li=AAkXvDK&ocid=spartanntp> Acesso em: 01/05/2017.

REPORTAGEM

Os gêneros jornalísticos podem ser divididos em duas grandes categorias: os gêneros que compõem o
jornalismo opinativo e os gêneros que constituem o jornalismo informativo. No jornalismo opinativo, as opiniões do
autor do texto ficam explícitas; no jornalismo informativo, os textos têm como objetivo noticiar, ou seja, narrar
acontecimentos. A reportagem é considerada pelos estudiosos da linguagem como um gênero “problemático”, já
que não possui definição clara dentro do campo linguístico;

Alguns estudiosos defendem que a reportagem nada mais é do que uma notícia ampliada, enquanto outros
acreditam que se trata de um gênero autônomo. Entre os que defendem a primeira visão, a reportagem extrapola
os limites da notícia, mas apresenta relação direta com o gênero. Para aqueles que acreditam ser a reportagem um
gênero autônomo, ela não pode ser relacionada com a notícia, já que sua função não é a cobertura de um fato, ou
seja, não possui caráter noticioso;

O propósito comunicativo da reportagem é informar a respeito de um assunto, o que não significa que esse
assunto esteja necessariamente relacionado com temas do momento. Para Patrick Charaudeau, teórico que estuda
os discursos da mídia, a “reportagem jornalística trata de um fenômeno social ou político, tentando explicá-lo”. Esse
fenômeno social sobre o qual o estudioso se refere diz respeito aos acontecimentos produzidos no espaço público e
que são de interesse geral.

A reportagem apresenta elementos que não são próprios do gênero notícia, entre eles o levantamento de
dados, entrevistas com testemunhas e/ou especialistas e uma análise detalhada dos fatos. Embora preze pela
objetividade, característica importante dos gêneros jornalísticos, a reportagem invariavelmente apresenta um
retrato do assunto a partir de um ângulo pessoal, por isso, ao contrário da notícia, ela é assinada pelo repórter. Nesse
gênero é comum encontrar também o recurso da polifonia, pois nele existem outras vozes que não a do repórter,
por isso o equilíbrio entre os discursos direto e indireto. A finalidade maior da polifonia é permitir que o repórter
aborde o tema de maneira global e, dessa maneira, isente-se da apresentação dos fatos.

Exemplo de Reportagem

Professores não falam de educação


Tese de mestrado defendida na Universidade de São Paulo (USP)
expõe a falta de voz dos educadores na mídia

Por Cinthia Rodrigues

Os professores não contam para ninguém o que se passa dentro da escola – ao menos, não para jornalistas.
Há cerca de 10 anos, desde que a ONG Observatório da Educação começou a acompanhar o tratamento dado pela
mídia a políticas educacionais, o educador não tem voz nas reportagens sobre o tema. A cada novo índice ou

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política pública proposta, gestores falam, historiadores, economistas e acadêmicos opinam, mas educadores não
são ouvidos.

O fenômeno, acompanhado por Fernanda Campagnucci desde 2007, quando era editora do site do
Observatório da Educação, foi tema de mestrado defendido pela jornalista em 2014 na Faculdade de Educação da
Universidade de São Paulo (USP). A dissertação “O silêncio dos professores” identifica e analisa o processo de
construção desse silenciamento.

O trabalho mostra como os profissionais responsáveis por ensinar as pessoas a terem capacidades como
autonomia, pensamento crítico e capacidade de reflexão sentem-se tolhidos a não falar sobre sua profissão e
rotina. São figuras raras não apenas nas reportagens educacionais, mas no próprio debate sobre as medidas a
tomar para que seu desempenho seja bom.

“É um silêncio construído e reiterado”, afirma Fernanda, que entrevistou dez profissionais de várias regiões
da cidade de São Paulo para explicar por que não falam ou o que ocorre quando conversam com jornalistas. O
estudo também ouviu jornalistas que comentam suas tentativas frustradas de entrevistas. A conclusão é de que
os educadores não são silenciados propositalmente ou deixam de falar por convicção, mas por uma “impregnação
na cultura institucional” que inclui fatores como condições de trabalho e autoimagem do professor.

Muitos citam que declarações à imprensa são proibidas por lei. De fato, até 2009, um resquício da ditadura,
popularmente chamado de “lei da mordaça”, proibia as entrevistas. Uma campanha do próprio observatório
culminou na mudança da legislação, mas não do comportamento dos professores. “Mesmo os mais novos, quando
entram, aprendem com os mais velhos que não devem falar do que acontece dentro da escola. Eles não citam
exatamente o artigo, no máximo o estatuto do servidor sem ser específico”, conta.

As entrevistas também mostraram que o cuidado é aprendido na prática. Dos dez professores, dois foram
escolhidos por já terem falado em reportagens e um deles foi repreendido pela diretora. “Embora as secretarias de
Educação afirmem que há liberdade de expressão, o trabalho para silenciar é explícito”, diz Fernanda. Durante as
greves estaduais, por exemplo, um comunicado dúbio reforça que não é permitido falar pelas instituições e acaba
reprimindo qualquer fala. Da mesma forma, quando ocorre um caso pontual, como um episódio de violência, uma
equipe de “gestão de crise” é enviada para “intermediar” o diálogo. Como resultado, nenhum professor comenta o
assunto.

A desvalorização geral do educador também acaba por impactar subjetivamente o professor. “Ele vê
reportagens que falam sobre educação e sabe que não é assim. Às vezes vive um conflito entre a realidade que
vivencia e a que é retratada, mas acaba tão estigmatizado pela mídia, pela sociedade, até mesmo dentro da família
que muda a sua autoimagem e aceita”, lamenta a pesquisadora.

Outro problema é a precariedade do trabalho. A profissão tem grande número de profissionais temporários,
contratados sem concurso e que são dispensados após alguns meses. Também são muitos os docentes em estágio
probatório por terem sido aprovados há menos de três anos. Mesmo os que são efetivos têm pouco vínculo com a
direção, pela alta rotatividade ou pela jornada que, não raro, estende-se por mais de uma escola. No Estado de
São Paulo, por exemplo, 26% dos docentes lecionam em dois ou mais estabelecimentos. “Eles não se sentem
seguros o suficiente, estão em um ambiente burocrático e sem vínculos fortes, por isso uma entrevista é algo tão
difícil”, explica a mestre.

Segundo sua pesquisa, depois de certo ponto da carreira, falar sobre o próprio trabalho passa a ser estranho
para o professor que nunca tomou tal iniciativa. “A situação toda vai criando uma pré-disposição para não falar
que depois se torna permanente ao longo da carreira.”

O levantamento mostrou também que os casos de professores retratados em reportagens são exceções
extremas, em que os educadores aparecem como heróis apesar de um contexto ruim ou como responsáveis pela
má qualidade na Educação, de forma isolada. A constatação deu origem à campanha “Nem herói nem culpado,
professor tem que ser valorizado”, do mesmo Observatório da Educação. “Estas reportagens reforçam ainda mais
a visão de que os educadores em geral não estão preparados.”

Para ela, apesar de todos os setores da sociedade e especialmente os governos desempenharem um papel
de protagonista no silêncio, educadores e jornalistas podem ajudar a romper o ciclo vicioso. Por parte da imprensa,
Fernanda diz que é preciso enfocar a falta de liberdade de expressão. “A mídia não pode naturalizar o silenciamento
dos professores nem deixando de procurá-los e nem em respostas como ‘não respondeu à reportagem’. Quanto
mais for enfatizada a razão dos educadores não constarem nos textos, maior a visibilidade para este problema”,
diz.

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Ao mesmo tempo, ela acredita que o tema deve constar das formações continuadas dentro das escolas e
servir de reflexão para os educadores. “Todo esforço para mostrar a realidade influencia para que haja mudanças.
É um processo amplo, que envolve questões objetivas e subjetivas do educador sobre o seu papel. O primeiro
passo é tomar consciência”, conclui.

Disponível em: Carta na Escola. Acesso em 15/04/15.

EDITORIAL

O editorial é um tipo de texto utilizado na imprensa, especialmente em jornais e revistas, que tem por
objetivo informar, mas sem obrigação de ser neutro, indiferente.

É comum se ter uma seção chamada Editorial na mídia impressa.

Então, a objetividade e imparcialidade não são características dessa tipologia textual, uma vez que o redator
dispõe da opinião do jornal sobre o assunto narrado.

Logo, os acontecimentos são relatados sob a subjetividade do repórter, de modo que evidencie a posição da
mídia, ou seja, do grupo que está por trás do canal de comunicação, uma vez que os editoriais não são assinados por
ninguém.

Assim, podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo do que informativo.

O editorial possui um fato e uma opinião. O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite a
interpretação do que aconteceu.

Pelas características apontadas acima, podemos dizer que o editorial é um texto: dissertativo, pois
desenvolve argumentos baseados em uma ideia central; crítico, já que expõe um ponto de vista; informativo, porque
relata um acontecimento.

O jornal que apresenta matérias excessivamente críticas e opinativas e que não possui um ambiente
separado para editoriais é considerado “de opinião”!

Contudo, contrariando o fato do editorial levar em consideração a opinião do jornal como um todo, muitos
editoriais de revista mostram apreciações feitas por autores que assinam o texto e muitas vezes até mostram o rosto
em uma foto!

Exemplo de editorial

Estocar vento e luz

Em setembro de 2015, na ONU, a então presidente Dilma Rousseff (PT) dedicou um pronunciamento
confuso à impossibilidade de estocar vento. Foi na época ridicularizada pela defesa canhestra das hidrelétricas,
com sua alegada vantagem sobre as usinas eólicas.

Dilma não se deu conta, na ocasião, de que sua visão convencional da geração de eletricidade a levava
contra a corrente. Naquele momento, a energia dos ventos já se encontrava em franca ascensão.

O mesmo está para acontecer com a solar, como registrou caderno especial na sexta-feira (28) por esta
Folha.

A cultura no setor elétrico se formou na abundância de recursos hídricos, fonte renovável que fez da matriz
nacional uma das mais limpas do planeta. Só regrediu, em matéria ambiental, com a crise de 2001, quando nos
agarramos às poluidoras termelétricas.

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Desde então, as energias alternativas decolaram. Hoje, os parques eólicos somam uma capacidade
instalada equivalente à potência de uma central hidrelétrica como a controversa Belo Monte.

Algo comparável deve acontecer com a eletricidade obtida da luz solar por painéis fotovoltaicos. Neste ano
ela alcançará a marca de 1 GW implantado, o que fará o Brasil ingressar num clube com não mais que duas dezenas
de países.

São quase 10 mil conjuntos de placas disseminados pelo país, quase 80% em telhados residenciais. Se a
novidade se espalhar pelos tetos de galpões industriais e comerciais, o potencial de investimento é de R$ 6,8
bilhões, estima a associação do setor, ABSolar.

Há projetos para instalar até 5 GW nos próximos anos, mas a crise econômica, que arrefeceu a demanda
por energia, levou o governo a suspender o leilão de 2016 para novas usinas solares e eólicas.

O mesmo caderno especial traz um artigo do físico José Goldemberg chamando a atenção para a
necessidade de otimizar o fornecimento de eletricidade não só com base no preço -quesito em que hidrelétricas
ainda são campeãs-, mas também na sustentabilidade, em que brilham a solar e a eólica.

Não deixaria de ser, aliás, uma maneira de estocarmos vento e luz na forma de água, poupando-a nos
reservatórios das hidrelétricas.

Folha de S. Paulo, Opinião, Editorial, 01/05/2017

CHARGE

A charge é um gênero jornalístico que se utiliza da imagem para expressar à coletividade o posicionamento
editorial do veículo. É uma crítica carregada de ironia e que reflete situações do cotidiano.

O termo charge é oriundo do francês charger e que significa carga, exagero e ataque violento. As charges
retratam situações da atualidade.

Por meio da charge, o leitor tem a capacidade de compreender a dinâmica de acontecimentos ocorridos em
todo o mundo. O chargista, como é chamado o profissional que desenha charges, precisa estar inteiramente
familiarizado com os assuntos jornalísticos para conseguir retratar e transmitir a mensagem em um único quadro de
elementos gráficos.

Características da Charge

• Retrata a atualidade;
• É usada em uma notícia que retrata um fato social ou político de relevância;
• Se origina na notícia jornalística;
• Reflete na imagem o posicionamento editorial do veículo;
• A charge também pode ser chamada de texto visual em que utiliza o humor ao mesmo tempo em
que critica;
• Como se alimenta da novidade, é tida como uma narrativa efêmera;
• Caso não venha acompanhada de uma notícia, pode não ser compreendida pelo leitor.

Charge Política

Por ser íntima da atualidade, a charge é amplamente utilizada no debate jornalístico que trata da política. É
praticamente obrigatório aos jornais destinarem um espaço exclusivo à postagem de charges.
Pasquim

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E, no Brasil, não seria diferente. Entre os exemplos icônicos do uso da charge na política está a publicação O
Pasquim, semanário que circulou entre 1969 e 1991. Durante o período de ditadura militar no Brasil, o Pasquim fez
ácidas críticas ao regime e, nos anos 70, parte da redação foi presa.

Charge de o Pasquim sobre a Ditadura Militar

Charlie Hebdo

O Charlie Hebdo é uma publicação semanal francesa fundada em 1960 e que usa a
sátira para criticar as religiões - principalmente o catolicismo, o judaísmo e islamismo – e o
Partido Comunista Francês.

É polêmico e, o descontentamento em relação ao material que produz teria


motivado, em janeiro de 2015, um ataque de conotações terroristas em que 12 pessoas
foram assassinadas. O crime seria uma resposta a uma charge usada como sátira ao profeta
Maomé.

Hoje, o Charlie Hebdo está no centro do debate da liberdade de expressão à


imprensa. Esse conceito, na França, é apontado como indiscutível, colocando veículos e jornalistas na posição de
responderem sobre seus atos, mas nunca como alvo de censura.

CARTUM

O cartum é um gênero jornalístico de opinião e análise que pode usado como crítica. Entre suas
características está a sátira e o humor. É utilizado por todos os veículos que se utilizam da ilustração para transmitir
informação: os jornais, as revistas e a internet.

Como se utiliza da crítica, o cartum é, por vezes, mordaz ao expor os hábitos e comportamentos humanos.

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Diferença entre Charge e Cartum

Por meio das informações expressas no texto “Textos de humor”, temos uma vaga noção acerca das
características que demarcam essa modalidade de linguagem que se encontra voltada para o humor. Pois bem, tais
informações conduziram-nos ao conhecimento da anedota, que também compõe os vários exemplos de textos
considerados humorísticos.

Pois bem, aproveitando esse nosso precioso encontro, iremos ampliar ainda mais nosso conhecimento sobre
o cartum e a charge. Ora, para quem pensa que se trata de situações comunicativas distantes da nossa realidade,
engana-se completamente, pois ao contrário disso, representam aquelas com as quais estamos acostumados a
conviver diariamente, ou seja, podemos encontrá-los em jornais, revistas, livros didáticos, entre outros. Dessa forma,
passemos a conhecer, primeiramente, acerca dos pontos que consideramos como mais relevantes em se tratando
do cartum.

O cartum se caracteriza com uma anedota gráfica em que nele podemos visualizar a presença da linguagem
verbal associada à não verbal. Suas abordagens dizem respeito a situações relacionadas ao comportamento humano,
mas não estão situadas no tempo, por isso são denominadas de atemporais e universais, ou seja, não fazem
referência a uma personalidade em específico. Cientes disso, torna-se importante compreendermos que o nome
cartum proveio de um acontecimento ocorrido em Londres, em 1841. Tal acontecimento diz respeito ao fato de o
príncipe Albert, no intuito de decorar o Palácio de Westminster, ter promovido um concurso de desenhos feitos em
grandes cartões (cartoons em inglês), os quais seriam colados às paredes. Dessa forma, no intento de satirizar, a
revista Punch, considerada na época a primeira revista humorística do mundo, resolveu publicar seus próprios
cartoons. Vejamos, pois, um exemplo:

https://xelaluz.files.wordpress.com/2011/02/cartum2.jpg

Constatamos que o cartum em referência aponta para o fato de as pessoas estarem tão acostumadas às
redes sociais que até um bebê que ainda não nasceu já possui mais amigos no Facebook que os próprios pais,
revelando uma crítica a esse comportamento tão recorrente.

A charge, um tanto quanto diferente do cartum, satiriza situações específicas, situadas no tempo e no espaço,
razão pela qual se encontra sempre apontando para um personagem da vida pública em geral, às vezes um artista,
outras vezes um político, enfim. Em se tratando da linguagem, também costuma associar linguagem verbal e não
verbal. Outro aspecto para o qual devemos atentar diz respeito ao fato de a charge, expressa na língua francesa,

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possuir significado de “carga”, aderindo por completo à intenção do chargista, ou seja, a de que ele realmente atua
de forma crítica numa situação de ordem social e política. Que tal então conferirmos um exemplo?

http://1.bp.blogspot.com/-LJxKu3EjyhA/UFIbRCNmyDI/AAAAAAAAF20/MtQ3jn_rwxs/s1600/CUIDADO-CANDIDATOS.jpg

GÊNEROS NARRATIVOS

CONTO

O conto é um texto narrativo centrado em um relato referente a um fato ou determinado acontecimento.


Sendo que este pode ser real, como é o caso de uma notícia jornalística, um evento esportivo, dentre outros.
Podendo também ser fictício, ou seja, algo resultante de uma invenção.

No que se refere às origens, o mesmo remonta aos tempos antigos, representado pelas narrativas orais dos
antigos povos nas noites de luar, passando pelos gregos e romanos, lendas orientais, parábolas bíblicas, novelas
medievais italianas, pelas fábulas francesas de Esopo e La Fontaine, chegando até os livros, como hoje conhecemos.

Em meio a esta trajetória, revestiu-se de inúmeras classificações, resultando nas chamadas antologias, as
quais reúnem os contos por nacionalidade: brasileiro, russo, francês e por categorias relacionadas ao gênero,
denominando-se em contos maravilhosos, policiais, de amor, ficção científica, fantásticos, de terror, mistério, dentre
outras classificações, tais como tradicional, moderno e contemporâneo.

Perfaz-se de todos os elementos que compõem a narrativa, ou seja, tempo, espaço, poucos personagens,
foco narrativo de 1ª ou 3ª pessoa, corroborando em uma sequência de fatos que constituem o enredo, também
chamado de trama.

E um dos fatores de total relevância, é que o enredo apresenta-se de forma condensada e sintética, centrado
em um único conflito. Tal característica tende a criar o que chamamos de unidade de impressão, elemento que

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norteia toda a narrativa, criando um efeito no próprio leitor, manifestado pela admiração, espanto, medo,
desconcerto, surpresa, entre outros.

Exemplo de conto

Bruxas não existem


(Moacyr Scliar)

Quando eu era garoto, acreditava em bruxas, mulheres malvadas que passavam o tempo todo maquinando coisas
perversas. Os meus amigos também acreditavam nisso. A prova para nós era uma mulher muito velha, uma
solteirona que morava numa casinha caindo aos pedaços no fim de nossa rua. Seu nome era Ana Custódio, mas
nós só a chamávamos de "bruxa".

Era muito feia, ela; gorda, enorme, os cabelos pareciam palha, o nariz era comprido, ela tinha uma enorme verruga
no queixo. E estava sempre falando sozinha. Nunca tínhamos entrado na casa, mas tínhamos a certeza de que, se
fizéssemos isso, nós a encontraríamos preparando venenos num grande caldeirão.

Nossa diversão predileta era incomodá-la. Volta e meia invadíamos o pequeno pátio para dali roubar frutas e
quando, por acaso, a velha saía à rua para fazer compras no pequeno armazém ali perto, corríamos atrás dela
gritando "bruxa, bruxa!".

Um dia encontramos, no meio da rua, um bode morto. A quem pertencera esse animal nós não sabíamos, mas
logo descobrimos o que fazer com ele: jogá-lo na casa da bruxa. O que seria fácil. Ao contrário do que sempre
acontecia, naquela manhã, e talvez por esquecimento, ela deixara aberta a janela da frente. Sob comando do João
Pedro, que era o nosso líder, levantamos o bicho, que era grande e pesava bastante, e com muito esforço nós o
levamos até a janela. Tentamos empurrá-lo para dentro, mas aí os chifres ficaram presos na cortina.

- Vamos logo - gritava o João Pedro -, antes que a bruxa apareça. E ela apareceu. No momento exato em que,
finalmente, conseguíamos introduzir o bode pela janela, a porta se abriu e ali estava ela, a bruxa, empunhando
um cabo de vassoura. Rindo, saímos correndo. Eu, gordinho, era o último.

E então aconteceu. De repente, enfiei o pé num buraco e caí. De imediato senti uma dor terrível na perna e não
tive dúvida: estava quebrada. Gemendo, tentei me levantar, mas não consegui. E a bruxa, caminhando com
dificuldade, mas com o cabo de vassoura na mão, aproximava-se. Àquela altura a turma estava longe, ninguém
poderia me ajudar. E a mulher sem dúvida descarregaria em mim sua fúria.

Em um momento, ela estava junto a mim, transtornada de raiva. Mas aí viu a minha perna, e instantaneamente
mudou. Agachou-se junto a mim e começou a examiná-la com uma habilidade surpreendente.

- Está quebrada - disse por fim. - Mas podemos dar um jeito. Não se preocupe, sei fazer isso. Fui enfermeira muitos
anos, trabalhei em hospital. Confie em mim.

Dividiu o cabo de vassoura em três pedaços e com eles, e com seu cinto de pano, improvisou uma tala,
imobilizando-me a perna. A dor diminuiu muito e, amparado nela, fui até minha casa. "Chame uma ambulância",
disse a mulher à minha mãe. Sorriu.

Tudo ficou bem. Levaram-me para o hospital, o médico engessou minha perna e em poucas semanas eu estava
recuperado. Desde então, deixei de acreditar em bruxas. E tornei-me grande amigo de uma senhora que morava
em minha rua, uma senhora muito boa que se chamava Ana Custódio.

CRÔNICA

A crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que acontecem em nosso
cotidiano. Por este motivo, é uma leitura agradável, pois o leitor interage com os acontecimentos e por muitas vezes
se identifica com as ações tomadas pelas personagens.
Você já deve ter lido algumas crônicas, pois estão presentes em jornais, revistas e livros. Além do mais, é uma
leitura que nos envolve, uma vez que utiliza a primeira pessoa e aproxima o autor de quem lê. Como se estivessem
em uma conversa informal, o cronista tende a dialogar sobre fatos até mesmo íntimos com o leitor.

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O texto é curto e de linguagem simples, o que o torna ainda mais próximo de todo tipo de leitor e de
praticamente todas as faixas etárias. A sátira, a ironia, o uso da linguagem coloquial demonstrada na fala das
personagens, a exposição dos sentimentos e a reflexão sobre o que se passa estão presentes nas crônicas.

Como exposto acima, há vários motivos que levam os leitores a gostar das crônicas, mas e se você fosse
escrever uma, o que seria necessário? Vejamos de forma esquematizada as características da crônica:

• Narração curta;
• Descreve fatos da vida cotidiana;
• Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
• Possui personagens comuns;
• Segue um tempo cronológico determinado;
• Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
• Linguagem simples.

A crônica pode receber diferentes classificações:

- lírica, em que o autor relata com nostalgia e sentimentalismo;


- humorística, em que o autor faz graça com o cotidiano;
- crônica-ensaio, em que o cronista, ironicamente, tece uma crítica ao que acontece nas relações
sociais e de poder;
- filosófica, reflexão a partir de um fato ou evento;
- jornalística, que apresenta aspectos particulares de notícias ou fatos, pode ser policial, esportiva,
política etc.

Portanto, se você não gosta ou sente dificuldades de ler, a crônica é uma dica interessante, pois possui todos
os requisitos necessários para tornar a leitura um hábito agradável!

Alguns cronistas (veteranos e mais recentes) são: Fernando Sabino, Rubem Braga, Luis Fernando Veríssimo,
Carlos Heitor Cony, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Ernesto Baggio, Lygia Fagundes Telles, Machado de
Assis, Max Gehringer, Moacyr Scliar, Pedro Bial, Arnaldo Jabor, dentre outros.

Exemplo de crônica

Última Crônica
Fernando Sabino

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou
adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais
um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida
diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao
circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de
uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais
nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu
quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim,
onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao
longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar
pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se
instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao
redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade.
Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

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Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o
garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se
a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado,
o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se
da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês.

O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples,
amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de
Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai,
mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante,
retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como
um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto
ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o
queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito
compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra
você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as
duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo
crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se
convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram,
ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre
num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

GÊNEROS DA PROPAGANDA

TEXTO PUBLICITÁRIO

O Texto Publicitário um tipo de texto veiculado em campanhas publicitárias e podem ser textos de natureza
escrita, oral e visual.

Eles estão presentes no nosso cotidiano e possuem o intuito principal de convencer o leitor para a compra
de produtos e/ou serviços.

Geralmente são encontrados nos meios de comunicação: jornal, revista, televisão, rádio, internet, outdoors,
dentre outros.

Os textos publicitários são textos sugestivos, retóricos e persuasivos os quais contém uma linguagem
sedutora para despertar nos consumidores o desejo de consumir.
Desse modo, são produzidos através da função conativa ou apelativa da linguagem, ou seja, a mensagem
está centrada no receptor ou interlocutor com a finalidade de despertar emoções, sentimentos e sensações.
Lembre-se que os publicitários são as pessoas encarregadas de produzirem esse tipo de texto, ou seja, são os
emissores (locutores) da linguagem publicitária dirigidas para determinado público-alvo.
Estruturalmente, o anúncio publicitário compõe-se dos seguintes elementos:

Título – Deve ser algo conciso e chamativo, procurando despertar o interesse do interlocutor. Geralmente
comporta-se de frases curtas.

Imagem – Diversifica-se entre desenhos, montagens, fotografias. Como o texto possui um caráter persuasivo,
a mesma deve ser algo atraente e inusitado.

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Corpo do texto – É o objetivo em si, aquele que se pretende obter com a mensagem. O vocabulário deve ir
ao encontro do público–alvo, procurando corresponder às expectativas.

Identificação do produto ou marca – Esse funciona como uma assinatura do anunciante. Em muitos casos
vem acompanhado de um Slogan, o qual define-se por frases de efeito, com o objetivo de atrair o consumidor para
a aquisição do produto.

Exemplo de texto publicitário

Disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/-FNauWwXm-DE/VF0MhAi3WSI/AAAAAAAAAGY/8T1-fRiEyJw/s1600/burger%2Bking%2Bpropaganda.jpg>


Acesso em: 01/05/2017

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QUESTÕES

Questão 01

A última edição deste periódico apresenta mais uma vez tema relacionado ao tratamento dado ao lixo caseiro,
aquele que produzimos no dia a dia. A informação agora passa do material jogado na estrada vicinal que liga o
município de Rio Claro ao distrito de Ajapi. Infelizmente, no local em questão, a reportagem encontrou mais uma
forma errada de destinação do lixo: material atirado ao lado da pista como se isso fosse o ideal.
Muitos moradores, por exemplo, retiram o lixo de suas residências e, em vez de um destino correto, procuram
dispensá-lo em outras regiões. Uma situação no mínimo incômoda. Se você sai de casa para jogar lixo em outra
localidade, por que não o fazer em local ideal? É muita falta de educação achar que aquilo que
não é correto para a sua região possa ser para outra. A reciclagem do lixo doméstico é um passo inteligente e de
consciência. Olha o exemplo que passamos aos mais jovens! Quem aprende errado coloca em prática
o errado! Olha o perigo!
(Disponível em http://jornaldacidade.uol.com.br. Acesso em 10 ago. 2012 (adaptado)).

Esse editorial faz uma leitura diferenciada de uma notícia veiculada no jornal. Tal diferença traz à tona uma das
funções sociais desse gênero textual, que é
(A) apresentar fatos que tenham sido pelo próprio veículo.
(B) chamar a atenção do leitor para temas raramente abordados no jornal.
(C) provocar a indignação dos cidadãos por força dos argumentos apresentados.
(D) interpretar criticamente fatos noticiados e considerados relevantes para a opinião pública.
(E) trabalhar uma informação previamente apresentada com base no ponto de vista do autor da notícia.

Questão 02

Concordo plenamente com o artigo "Revolucione a sala de aula". É preciso que valorizemos o ser humano, seja ele
estudante, seja professor. Acredito na importância de aprender a respeitar nossos limites e superá-los, quando
possível, o que será mais fácil se pudermos desenvolver a capacidade de relacionamento em sala de aula. Como
arquiteta, concordo com a postura de valorização do indivíduo, em qualquer situação: se procurarmos uma relação
de respeito e colaboração, seguramente estaremos criando a base sólida de uma vida melhor.
Tania Bertoluci de Souza Porto Alegre, RS
Disponível em: <:http://www.kanitz.com.br/veja/cartas.htm>. Acesso em: 2 maio 2009 (com adaptações).

Em uma sociedade letrada como a nossa, são construídos textos diversos para dar conta das necessidades cotidianas
de comunicação. Assim, para utilizar-se de algum gênero textual, é preciso que conheçamos os seus elementos. A
carta de leitor é um gênero textual que
(A) apresenta sua estrutura por parágrafos, organizados pela tipologia da ordem da injunção (comando) e estilo de
linguagem com alto grau de formalidade.
(B) inscreve-se em uma categoria cujo objetivo é o de descrever os assuntos e temas que circularam nos jornais e
revistas do país semanalmente.
(C) organiza-se por uma estrutura de elementos bastante flexível em que o locutor encaminha a ampliação dos temas
tratados para o veículo de comunicação.
(D) constitui-se por um estilo caracterizado pelo uso da variedade não padrão da língua e tema construído por fatos
políticos.
(E) organiza-se em torno de um tema, de um estilo e em forma de paragrafação, representando, em conjunto, as
ideias e opiniões de locutores que interagem diretamente com o veículo de comunicação.

Questão 03

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O horóscopo, os classificados e as notícias, entre outros gêneros, aparecem nos jornais diariamente. Apesar da
especificidade de cada um, pode-se afirmar que se dirigem:
(A) a públicos diferentes, pois as notícias não costumam interessar aos jovens, apenas aos leitores adultos.
(B) a pequenos públicos, pois apenas uma pequena parcela de leitores se interessa por classificados.
(C) a públicos específicos, pois o horóscopo é destinado exclusivamente às mulheres.
(D) a públicos indeterminados, pois é impossível aos jornais pesquisar o perfil de seus assinantes e compradores nas
bancas.
(E) a grandes públicos, pois, mesmo tratando de assuntos mais gerais ou privados, podem interessar a uma enorme
quantidade de leitores.

Questão 04

Tendo em vista que os gêneros apresentam determinadas características, identifique os gêneros apresentados a
seguir:
I. Texto jornalístico que tem como função a exposição de informações. Esse texto pode ser descritivo e narrativo ao
mesmo tempo, apresentando, portanto, tempo, espaço e as “personagens” envolvidas.
II. É um texto jornalístico que informa e, ao mesmo tempo, cria uma opinião nos leitores, o que configura uma função
social muito importante.
III. É um texto jornalístico que tem como função a apresentação e defesa do ponto de vista do periódico em questão.
IV. É um texto que tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas de destaque sobre algum assunto
de interesse público.
As afirmações correspondem, respectivamente, a que gêneros textuais?
(A) Carta de leitor, carta argumentativa, editorial e notícia.
(B) Reportagem, notícia, editorial e entrevista.
(C) Notícia, reportagem, artigo de opinião e carta de leitor.
(D) Notícia, reportagem, editorial e entrevista.
(E) Reportagem, notícia, editorial e carta de leitor.

Questão 05

Partindo do pressuposto de que um texto estrutura-se a partir de características gerais de um determinado gênero,
identifique os gêneros descritos a seguir:
I. Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas de destaque sobre algum assunto de interesse.
Algumas revistas têm uma seção dedicada a esse gênero;
II. Caracteriza-se por apresentar um trabalho voltado para o estudo da linguagem, fazendo-o de maneira particular,
refletindo o momento, a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de imagens;
III. Gênero que apresenta uma narrativa informal ligada à vida cotidiana. Apresenta certa dose de lirismo e sua
principal característica é a brevidade;
IV. Linguagem linear e curta, envolve poucas personagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações encaminham-se diretamente para um desfecho;
V. Esse gênero é predominantemente utilizado em manuais de eletrodomésticos, jogos eletrônicos, receitas, rótulos
de produtos, entre outros.
São, respectivamente:
(A) texto instrucional, crônica, carta, entrevista e carta argumentativa.
(B) carta, bula de remédio, narração, prosa, crônica.
(C) entrevista, poesia, crônica, conto, texto instrucional.
(D) entrevista, poesia, conto, crônica, texto instrucional.
(E) texto instrucional, crônica, entrevista, carta e carta argumentativa.

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Questão 06
O Chat e sua linguagem virtual

O significado da palavra chat vem do inglês e quer dizer “conversa”. Essa conversa acontece em tempo real,
e, para isso, é necessário que duas ou mais pessoas estejam conectadas ao mesmo tempo, o que chamamos de
comunicação síncrona. São muitos os sites que oferecem a opção de bate-papo na internet, basta escolher a sala que
deseja “entrar”, salas são divididas por assuntos, como educação, cinema, esporte, música, sexo, entre outros. Para
entrar, é necessário escolher um nick, uma espécie de apelido que identificará o participante durante a conversa.
Algumas salas restringem a idade, mas não existe nenhum controle para verificar se a idade informada é realmente
a idade de quem está acessando, facilitando que crianças e adolescentes acessem salas com conteúdos inadequados
para sua faixa etária.

Segundo o texto, o chat proporciona a ocorrência de diálogos instantâneos com linguagem específica, uma vez que
nesses ambientes interativos faz-se uso de protocolos diferenciados de interação. O chat, nessa perspectiva, cria uma
nova forma de comunicação porque
(A) possibilita que ocorra diálogo sem a exposição da identidade real dos indivíduos, que podem recorrer a apelidos
fictícios sem comprometer o fluxo da comunicação em tempo real.
(B) disponibiliza salas de bate-papo sobre diferentes assuntos com pessoas pré-selecionadas por meio de um sistema
de busca monitorado e atualizado por autoridades no assunto.
(C) seleciona previamente conteúdos adequados à faixa etária dos usuários que serão distribuídos nas faixas de idade
organizadas pelo site que disponibiliza a ferramenta.
(D) garante a gravação das conversas, o que possibilita que um diálogo permaneça aberto, independente da
disposição de cada participante.
(E) limita a quantidade de participantes conectados nas salas de bate-papo, a fim de garantir qualidade e eficiência
dos diálogos, evitando mal-entendidos.

Questão 07
O dia em que o peixe saiu de graça

Uma operação do Ibama para combater a pesca ilegal na divisa entre os Estados do Pará, Maranhão e
Tocantins incinerou 10 km de redes usadas por pescadores durante o período em que os peixes se reproduzem.
Embora tenha um impacto temporário na atividade na região, a medida visa preservá-la ao longo prazo, evitando o
risco de extinção dos animais. Cerca de 15 toneladas de peixes foram apreendidas e doadas para instituições de
caridade.
Época. 23 mar. 2009 (adaptado).
A notícia acima, do ponto de vista de seus elementos constitutivos,
(A) apresenta argumentos contrários à pesca ilegal.
(B) tem um título que resume o conteúdo do texto.
(C) informa sobre uma ação, a finalidade que a motivou e o resultado dessa ação.
(D) dirige-se aos órgãos governamentais dos estados envolvidos na referida operação do Ibama.
(E) introduz um fato com a finalidade de incentivar movimentos sociais em defesa do meio ambiente.

Questão 08

Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista,
crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro
e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior
escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata,
que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que frequentou o autodidata Machado de Assis.

Disponível em: http://www.passeiweb.com. Acesso em: 1 maio 2009.

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Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de


(A) fatos ficcionais, relacionados com outros de caráter realista, relativos à vida de um renomado escritor.
(B) representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade por seus trabalhos e vida cotidiana.
(C) explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura argumentativa, destacando como tema seus
principais feitos.
(D) questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade histórica, ressaltando sua intimidade familiar
em detrimento de seus feitos públicos.
(E) apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem tipológica da narração, com um
estilo marcado por linguagem objetiva.

Questão 09

Assinale a alternativa que associa, respectivamente, as características e função social aos gêneros mencionados
abaixo:
1. Pequena narrativa em que os animais são as personagens protagonistas. Apresenta uma crítica ao comportamento
humano por meio da atitude de animais. Esse gênero serve como distração e moralização, pois apresenta
determinados valores considerados socialmente aceitos.
2. Texto com linguagem verbal e não verbal, da ordem do descrever/prescrever, com uso de elementos voltados para
determinado público-alvo, cujo objetivo é despertar sentidos ou desejos; apresenta predomínio da sugestão sobre a
informação.
3. Texto com as mesmas características básicas da narração, sem, contudo, apresentar conflito. Tem a função social
de representar experiências vividas situadas no tempo.
(A) Crônica, fábula, anúncio publicitário.
(B) Fábula, conto, notícia de jornal.
(C) Relato autobiográfico, anúncio publicitário, fábula.
(D) Fábula, anúncio publicitário, relato autobiográfico.
(E) Relato autobiográfico, fábula, anúncio publicitário.

Questão 10

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/images/adao11082007.gif

Os quadrinhos exemplificam que as Histórias em Quadrinhos constituem um gênero textual:


(A) em que a imagem pouco contribui para facilitar a interpretação da mensagem contida no texto, como pode ser
constatado no primeiro quadrinho.
(B) cuja linguagem se caracteriza por ser rápida e clara, que facilita a compreensão, como se percebe na fala do
segundo quadrinho.
(C) em que o uso de letras com espessuras diversas está ligado a sentimentos expressos pelos personagens, como
pode ser percebido no último quadrinho.

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(D) que possui em seu texto escrito características próximas a uma conversação face a face, como pode ser percebido
no segundo quadrinho.
(E) em que a localização casual dos balões nos quadrinhos expressa com clareza a sucessão cronológica da história,
como pode ser percebido no segundo quadrinho.

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MAPAS CONCEITUAIS

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