Você está na página 1de 73

Caso Roswell

partes de um balão meteorológico


encontrado em 1947 e ligado a diversas
teorias sobre OVNIs

Esta página cita fontes, mas que não cobrem todo o conteúdo.
Saiba mais

O Caso Roswell, ou Incidente em


Roswell (em inglês: The Roswell Incident)
se refere à alegada recuperação, em
julho de 1947, dos fragmentos de um
balão em um rancho próximo à cidade de
Roswell, no estado do Novo México, nos
Estados Unidos. Em 8 de julho, o
primeiro comunicado à imprensa feito
pela Base Aérea local afirmou ter
recuperado um "disco voador". Pouco
depois o exército se retratou afirmando
que teria sido um balão meteorológico
comum. Por fim, anunciou tratar-se de
um balão-sonda do Projeto Mogul.[1][2]
Caso Roswell

O jornal local Roswell Daily Record


anunciando a captura de um disco voador,
em 8 de julho de 1947.

Outros nomes Incidente em Roswell

Localização Roswell, Novo México

Data julho de 1947

Resultado Caso mais conhecido


da história de OVNIs

O interesse sobre o caso era pouco até


os anos 70, quando ufólogos
começaram a formar variadas teorias da
conspiração, afirmando que uma ou
mais naves extraterrestres se haviam
despenhado, e que os tripulantes
alienígenas haviam sido recuperados por
militares que depois encobriram a
situação e tentaram esconder o que
realmente tinha acontecido.[3]

Em 1994, a Força Aérea dos EUA


publicou um relatório identificando o
objecto despenhado como um balão de
vigilância de testes nucleares do Projeto
Mogul.[4] Um segundo relatório da Força
Aérea, publicado em 1997, alegou que as
histórias de "corpos de extraterrestres"
provavelmente resultaram da queda de
bonecos de ensaio (crash test dummies)
a partir de altitudes elevadas, em 1953,
vários anos depois do acontecimento.[5]

O incidente de Roswell continua a ser do


interesse da mídia popular, e persiste a
criação de teorias da conspiração em
torno deste caso. B. D. Gildenberg
descreveu-o como "a mais famosa, mais
exaustivamente investigada e mais
minuciosamente desacreditada alegação
de OVNIs".[6] Bill Richardson, ex-
governador democrata do Novo México,
declarou:"O mistério em torno deste
acidente nunca foi adequadamente
explicado — nem por investigadores
independentes, nem pelo governo dos
EUA ."[7]
Incidente
No dia 8 de julho de 1947, Walter Haut, o
porta-voz da Base Aérea de Roswell, na
altura comandada pelo coronel William
Blanchard, distribuiu o seguinte
comunicado de imprensa:[8][9]

"Os diversos boatos relativos ao


disco voador tornaram-se ontem
uma realidade quando o setor de
informação do 509º Grupo de
Bombardeio da VIII Força Aérea,
Aeroporto Militar de Roswell, teve a
sorte de tomar posse de um disco,
graças à cooperação de um
fazendeiro local e do gabinete do
xerife do condado de Chavez.
O objeto voador pousou em uma
fazenda das proximidades de
Roswell no decorrer da semana
passada. Como não tinha telefone, o
fazendeiro guardou o disco até
poder entrar em contato com o
gabinete do xerife, que por sua vez
notificou o Major Jesse A. Marcel,
do Setor de Informação do 509º
Grupo de Bombardeio.
Providenciou-se imediatamente para
que o disco fosse recolhido na
residência do fazendeiro.
Examinado na Base Aérea Militar de
Roswell, foi mais tarde confiado pelo
Major Marcel às autoridades
competentes".

Na localidade de Roswell, Novo México,


o jornal Roswell Daily Record logo
publicou em primeira página a notícia de
que o 509º Grupo de Bombardeiros da
então Força Aérea do Exército dos EUA
havia tomado posse dos destroços de
um disco voador.[10] A notícia causou
rebuliço na cidade, mas já no dia
seguinte, em Fort Worth, a Força Aérea (e
os jornais) desmentiram a história,
afirmando que os restos eram apenas de
um balão meteorológico.[11]
O artigo do jornal Sacramento Bee de 8 de Julho de 1947, detalhando as declarações da Base Aérea de Roswell.

Os destroços haviam sido encontrados


originalmente por um fazendeiro
chamado William "Mac" Brazel. Nos
primeiros dias de Julho de 1947,
(provavelmente a 3) teria havido uma
grande tempestade local, e algumas
testemunhas afirmam ter ouvido um
estrondo , entre os trovões, que não lhes
era semelhante.[12] Numa data incerta
após a tempestade, W. Brazel, enquanto
andava a cavalo com Timothy, de sete
anos de idade, um filho de vizinhos seus,
deparou-se, a cerca de doze quilómetros
do rancho em que vivia, com uma série
de destroços.[13][14] Brazel estava
acostumado a encontrar restos de
balões meteorológicos, mas estes,
segundo as suas próprias palavras, [15]
eram diferentes. Estavam espalhados
por uma área bastante grande e não
tinha as habituais instruções para
devolução âs entidades oficiais. "Tenho a
certeza que o que encontrei não foi
nenhum balão de observação
meteorológica", disse ele. "Mas se eu
encontrar mais alguma coisa para além
de uma bomba, eles vão ter dificuldade
em conseguir que eu diga alguma coisa
sobre o assunto". [15] Os animais
evitavam a área.[16]

Brazel e o jovem Timothy levaram algum


desse material, e foram contando do
achado a vários vizinhos e conhecidos. A
4 de Julho, fragmentos já passavam de
mão em mão em Corona. Durante alguns
dias, muitos se deslocaram ao local da
descoberta para levar consigo um dos
pedaços dos estranhos materiais.[17]   
Localização de Roswell, no Novo México.

Alguns jornais estariam a oferecer até


três mil dólares por uma prova dos
chamados "discos voadores",[18] assunto
que estava causando furor na imprensa
devido às declarações do piloto Kenneth
Arnold feitas duas semanas antes.
Arnold relatou que, ao sobrevoar o
Oregon, avistou o que seriam nove
aeronaves, sem caudas visíveis, em
forma de crescente, e voando em
formação a grande velocidade, e
descreveu o seu movimento irregular
como o de pires deslizando na superfície
de um lago. [19][20]A imprensa logo
cunhou o tal termo "disco voador",
excitando as imaginações, o que
estimulou quase mil relatos de
avistamentos de objetos voadores
desconhecidos nas semanas seguintes
[21][22] —hoje alguns sustentam que o que
Arnold viu foram, na verdade, pássaros
migrando ( no caso, o pelicano branco
americano). [23]

No dia 6 de julho de 1947, Brazel dirigiu-


se até a delegacia do xerife George
Wilcox, no Condado de Chaves, levando
alguns dos destroços, e informando-o de
que teria talvez encontrado os restos de
um disco voador.[24] O xerife telefonou
para a base aérea de Roswell, que enviou
o major Jesse Marcel, do 509.º Grupo de
Bombardeiros, juntamente com o capitão
Sheridan Cavitt, para analisarem os
destroços.[24] Os destroços teriam sido
transportados para a base de Fort Worth.
[carece de fontes

?
] Enquanto isso o comunicado à
imprensa da Força Aérea deu origem à
manchete do "Roswell Daily Record" do
dia 8. No dia seguinte, o exército norte-
americano tratou de desmentir a sua
versão do disco voador, afirmando que
afinal os destroços encontrados eram de
um balão meteorológico. Donald R.
Schmitt e Thomas J. Carey perguntam-se
como foi possível que oficiais altamente
treinados e experientes confundissem
um instrumento meteorológico
convencional com um objecto que eles
concluíram ser um verdadeiro "disco
voador". Os materiais do balão - borracha
, folha reflectora, paus de madeira, fita
adesiva, e cordel - seriam facilmente
identificáveis.[25]
O Coronel Thomas J. DuBose afirmou
em 1979 que a explicação do balão tinha
sido um encobrimento da verdadeira
história, e os destroços encontrados
tinham sido trocados para a
apresentação aos jornalistas.[26]

Crescente interesse (1978–


1997)
A história do objeto encontrado caiu no
esquecimento até 1978, quando o físico
nuclear e ufólogo [27] Stanton Terry
Friedman ouviu falar pela primeira vez do
caso através de Lydia Sleppy, que
trabalhara numa estação de rádio em
Albuquerque. Ela mencionou que há
alguns anos a sua estação tinha
recebido uma chamada da sua filial em
Roswell, Novo México, sobre um "disco"
acidentado, e foi-lhe pedido que
escrevesse a história. A fonte de Roswell
dissera que um disco se tinha
despenhado e estava a ser enviado para
Wright Field em Ohio. Segundo Lydia
Sleppy, enquanto transmitia o relato para
a Associated Press, foi interrompida por
uma mensagem: "Não continue com a
transmissão, FBI". [28]

Completamente por acaso, Friedman


ouviu falar de Jesse Marcel, sobre quem
pairavam rumores de já ter tocado um
disco voador e procurou-o.[29] [28]Marcel
era a única pessoa que se sabia ter
acompanhado os destroços do local
onde foi encontrado até Fort Worth, e foi
entrevistado em 1979 por Moore e
Friedman. As afirmações feitas por
Marcel na entrevista contradizem o que
ele havia dito à imprensa em 1947.[30][31]

Em Fort Worth , o Major Jesse A. Marcel segurando fragmentos do balão encontrado em Roswell.

Em Novembro de 1979, a primeira


entrevista filmada de J. Marcel foi
apresentada num documentário
intitulado "UFO's Are Real",escrito com a
colaboração de Friedman. A 28 de
Fevereiro de 1980, o tablóide The
National Enquirer chamou a atenção para
a história de Marcel. Este afirmava que
nunca tinha visto nada como o material
encontrado em Roswell, que acreditava
ser de origem extraterrestre. Assim, o
assunto Roswell voltou às
manchetes.[29][32] A 20 de Setembro de
1980, a série de televisão In Search of...
transmitiu uma entrevista em que Marcel
descreveu a sua participação na
conferência de imprensa de 1947, onde
se manteve em silêncio.[33]
Baseando-se em relatos de diversas
testemunhas descobertas a partir da
volta do Caso Roswell às primeiras
páginas, pesquisadores publicaram os
primeiros livros defendendo a tese de
que os destroços de 1947 eram de uma
nave alienígena. São exemplos The
Roswell Incident (1980), de Charles
Berlitz e William L. Moore; UFO crash at
Roswell (1991) e The truth about the UFO
crash at Roswell (1994), de Kevin Randle
e Donald Schmitt e Crash at Corona, de
Don Berliner e Stanton Terry Friedman
(1997).

Ainda que divergissem em alguns


detalhes, as teorias apresentadas nesses
livros seguiam a mesma lógica básica.
Os destroços encontrados em Roswell
seriam de uma nave alienígena que, por
algum motivo desconhecido, teria se
acidentado. Ao identificarem os
destroços, os militares americanos
teriam iniciado uma campanha de
desinformação para acobertar a
verdadeira origem do material,
apresentando a versão oficial de que
seriam restos de um balão
meteorológico. O material teria sido, na
verdade, encaminhado para análise em
instalações secretas de pesquisa e
escondido do público.
Variações encontradas nas teorias
incluem os locais onde teriam sido
encontrados destroços, o número de
naves que teriam se acidentado, a
quantidade de destroços encontrados, a
existência ou não de corpos de
alienígenas e seu número, bem como a
descrição dos materiais.

Com o decorrer dos anos, muitos livros


foram escritos sobre o assunto, alguns
pouco fiáveis, outros bem referenciados
em relatos de testemunhas. Como notou
Les Carpenter no The Guardian, o meio
da investigação OVNI pode ser um
mundo vicioso, cheio de investigadores
autoproclamados, certos de que podem
encontrar provas que outros não
encontraram. "Não é preciso um diploma
avançado para se ser investigador de
OVNIs", diz Kevin Randle, ele próprio um
investigador de OVNIs, bem como autor,
blogueiro e apresentador de rádio. "Em
10 minutos pode dizer: 'Sou um
investigador de OVNIs e começar a
publicar mensagens na Internet".[34]

A polémica continua até aos nossos


dias. Tanto do lado dos defensores da
versão oficial dos factos, como do dos
defensores da versão contrária, são
apontadas muitas incongruências por
investigadores, cientistas, jornalistas e
blogueiros.
Relatórios oficiais (1994–
1997)

Em 1997, um relatório do Governo dos EUA concluiu que o incidente de Roswell resultou de um balão do Projecto
MOGUL e de bonecos de teste.

Em 1994, Steven Schiff, congressista do


Novo México, pediu à General Accounting
Office (GAO) - Escritório Geral de
Auditoria que buscasse a documentação
referente ao Caso Roswell.[35] Quando a
Força Aérea dos Estados Unidos (USAF)
recebeu a petição da GAO, publicou dois
relatórios conclusivos sobre o caso: o
primeiro, de 25 páginas, intitulado O
relatório Roswell: a verdade diante da
ficção no deserto do Novo México (The
Roswell Report – Fact versus Fiction in
the New Mexico Desert) , foi publicado
ainda em 1994 e se concentra na origem
dos destroços encontrados. Já o
segundo, publicado três anos depois e
denominado O incidente de Roswell: caso
encerrado (The Roswell report : case
closed), aborda os relatos de corpos de
alienígenas. No primeiro relatório a USAF
afirmava que os restos encontrados
eram de balões do Projeto Mogul,
altamente secreto, projetado para
detectar possíveis testes nucleares
soviéticos (o primeiro teste nuclear
soviético só aconteceria em 1949). Para
isso, detectores acústicos de baixa
frequência eram colocados em balões
lançados a altas altitudes. Outros
pesquisadores também chegaram, de
forma independente, à relação entre
Roswell e o Projeto Mogul: Robert Todd,
e Karl Pflock, autor de Roswell:
Inconvenient Facts and the Will to Believe.
[carece de fontes

?
] O relatório de 1997 (Case Closed)
conclui classificando as alegadas
testemunhas em duas categorias:
"confusas" ou "tentando perpetrar um
embuste, acreditando que nenhum
esforço sério seria feito para verificar as
suas histórias".[36]

Os pesquisadores do Projeto Mogul


ainda vivos por ocasião da investigação
foram entrevistados, em especial o
professor Charles B. Moore, que era o
engenheiro-chefe do projeto.
Inicialmente baseados na Universidade
de Nova Iorque, os pesquisadores se
mudaram para a base de Alamogordo,
Novo México, de onde os balões eram
lançados. O equipamento utilizado para
pesquisas era carregado por uma série
de balões (inicialmente de neoprene e
mais tarde de polietileno) conectados
entre si. Pendurado à série de balões, ia
um alvo de radar - uma estrutura
multifacetada de compensado recoberto
com papel-alumínio - utilizada para
rastrear os balões após o lançamento.
[carece de fontes

?
]

A partir dos registros ainda disponíveis


sobre o projeto, concluiu-se que os
destroços encontrados em Roswell
seriam provavelmente do quarto voo,
ocorrido em 4 de junho de 1947. Este
voo consistia em cerca de vinte e um
balões meteorológicos de neoprene
ligados entre si, um microfone sonda,
explosivos para regular a altitude do
aparelho, interruptores de pressão,
baterias, anéis de lançamento e de
alumínio, três pára-quedas de
pergaminho reforçado de cor vermelha
ou laranja e três alvos refletores de radar
de um modelo não normalmente usado
no continente dos Estados Unidos.
[carece de fontes

?
]
De acordo com o diário do Dr. Crary, um
dos responsáveis do projeto, o voo NYU
4 foi acompanhado pelo radar até que
desapareceu a cerca de 27 km de
distância do Rancho Foster. As cartas
meteorológicas da época demonstram,
contudo, que de acordo com os ventos
prevalecentes de então, os alegados
balões podem ter sido levados
exatamente para o local onde Mac Brazel
os teria encontrado dez dias depois.
[carece de fontes

?
]
Já no relatório de 1997, a Força Aérea
dos Estados Unidos afirmou que os
estranhos corpos descritos por algumas
das testemunhas eram na verdade
bonecos de teste do Projeto High
Dive,[37] que apenas foi iniciado, no
entanto, em Março de 1953.[38] Concluiu
a Força Aérea dos EUA que: diversas
atividades da Força Aérea ocorridas ao
longo de vários anos foram misturadas
pelas testemunhas, que as lembraram
erroneamente como tendo ocorrido em
julho de 1947;[39] os supostos corpos de
alienígenas observados no Novo México
"provavelmente" eram bonecos de testes
carregados por balões de alta altitude,
que o próprio relatório informa que só
foram usados no Novo México a partir de
Maio de 1950;[39][40] as atividades
militares suspeitas observadas na área
eram as operações de lançamento e
recuperação dos balões e dos bonecos
de testes;[39] e que os relatos envolvendo
alienígenas mortos no hospital da base
de Roswell em 1947 "provavelmente" se
originaram da combinação de dois
acidentes, cujos feridos foram para aí
transportados (a queda de um avião KC-
97 em 1956, (nove anos depois) no qual
onze militares morreram, e um incidente
com um balão tripulado em 1959 (doze
anos depois) em que dois pilotos ficaram
feridos). [39]Para explicar a disparidade
de datas, a Força Aérea alegou que as
testemunhas foram vítimas involuntárias
de um fenómeno mental, a "compressão
temporal ", em que as recordações de
acontecimentos passados se tendem a
contrair no tempo à medida que se
envelhece.[41]

Atualmente, bonecos de teste são


amplamente conhecidos pelo público em
geral (principalmente por causa de seu
uso em testes de segurança de
automóveis), mas na década de 1950
eles eram desconhecidos fora dos
círculos da pesquisa científica. Os
primeiros bonecos de teste (crash test
dummies), porém, teriam sido
desenvolvidos apenas a partir de 1949, e
tinham o tamanho de um adulto
normal.[42]

Entre junho de 1954 (isto é, sete anos


após o caso Roswell) e fevereiro de
1959, sessenta e sete bonecos foram
lançados de balões na região do Novo
México, sendo que a maioria caiu fora
dos limites das bases militares. Os
bonecos eram transportados em grandes
caixas de madeira, semelhantes a
caixões, para evitar danos aos sensores
montados em seu interior. Pelo mesmo
motivo, quando retirados das caixas ou
após recuperados no campo, os bonecos
eram normalmente transportados dentro
de sacos plásticos em macas. Em
alguns lançamentos, os bonecos vestiam
uma roupa de alumínio que protegia os
sensores das baixas temperaturas das
altas altitudes. Todos estes fatos, além
de sua aparência, provavelmente
contribuíram, segundo a Força Aérea,
para sua identificação como corpos de
alienígenas.[43][44] [37]Quando o porta-voz
da Força Aérea apresentou estes
argumentos aos jornalistas, foi acolhido
com risos. [41]

Desenvolvimentos
posteriores
A partir de 1979, após as declarações de
Jesse Marcel, a versão oficial dos
acontecimentos começou a ser posta
em dúvida. A opinião pública também,
decorridos mais de trinta anos, tinha
menos confiança nos governos. Já se
tinham dado os escândalos de
Watergate (1974) e o caso Irão- Contras
(1987), que contribuíram para o
sentimento de muitos cidadãos de que
as autoridades costumavam mentir e
escondiam fatos.[45]

Publicações e procura de
testemunhos

Em 1980, foi publicado o primeiro de


centenas de livros sobre o assunto: The
Roswell Incident, de William Leonard
Moore e Charles Berlitz, baseado nos
testemunhos de cerca de noventa
indivíduos. Berlitz, professor e linguista,
já era conhecido na altura como autor de
livros sobre mistérios como a Atlântida,
o Triângulo das Bermudas e outros.[46]

Os autores alegam encobrimento do


episódio logo no seu início, com pressão
sobre as testemunhas, essencialmente
sobre William Brazel, mantido sob
custódia militar por cerca de uma
semana, e que não tardaria a arrepender-
se de ter sequer falado do assunto. [47]
Pela primeira vez são mencionados
supostos cadáveres de alienígenas, que
contudo Brazel nunca referiu. [48]
Os autores levantam a hipótese de o
objecto voador, cerca do dia 2 de Julho
de 1947, ter sido atingido por um
relâmpago, a norte de Roswell, sofrendo
importantes danos, mas continuando no
ar até se despenhar por fim num
segundo sítio, que pensam ter sido num
local conhecido como Plains of San
Agustin, onde os corpos dos tripulantes
teriam sido descobertos por várias
testemunhas, entre elas um grupo de
estudantes de arqueologia.[48]

Onze anos depois deste primeiro livro, o


militar e escritor Kevin Randle, junto com
Donald Schmitt, publicam UFO Crash at
Roswell. O livro reune os testemunhos de
cerca de duzentos indivíduos, cada um
deles com a sua parte no incidente.
Apesar de tantos anos decorridos, de
acordo com os autores, vários
recusaram falar ou invocaram um "voto
de silêncio" feito em 1947; outros
afirmaram nem sequer terem estado no
local dos acontecimentos, apesar de
provas em contrário; alguns receavam
que lhes fosse retirada a reforma e
outros tinham receio do ridículo.[49] Por
fim, alguns já tinham falecido. Entre as
testemunhas, encontram-se duas altas
patentes militares: o Coronel Thomas J.
DuBose e o Tenente-Coronel Arthur Exon.
O livro afirma que o caso foi abafado
durante anos pelo governo dos EUA (o
Senador Davis Chavez alegadamente
ordenou à imprensa local que se
mantivesse calada sobre o incidente[50]),
e os destroços explicados como sendo
partes de balões meteorológicos.
Aqueles que tinham qualquer informação
sobre o evento juraram segredo, e o
próprio Brazel teria aceite um novo
camião em troca do seu silêncio.[51]

Os relatos das testemunhas reafirmam a


existência de um segundo local de
impacto,[52] o cerco dos dois locais por
um cordão militar, a passagem do solo a
pente fino por dezenas de homens[53] e o
envio de todo o material recolhido em
voos especiais para várias bases
militares, entre elas a de Fort Worth.[54]
Algumas testemunhas dizem ter
observado cadáveres de tripulantes do
objecto, descritos como pequenos seres
de pouco mais de um metro de altura,
cinzentos claros, de cabeças grandes em
forma de pera, braços e pernas magros.
vestindo fatos metálicos ajustados. Os
olhos eram grandes, negros e sem
pupilas, e afastados. O nariz era uma
ligeira protuberância e a boca era uma
fenda. As mãos tinham quatro dedos.[55]

Em 1992, S. Friedman e Don Berliner


publicaram Crash at Corona: the U.S.
military retrieval and cover-up of a UFO,
que em parte modificou a teoria do
incidente com base em novos
testemunhos: os autores sustentam que
um OVNI foi destruído no ar no rancho
de Brazel, e um segundo OVNI se teria
despenhado noutro local (Plains of San
Agustin), quase intacto. [56] O número de
tripulantes dos objectos poderia atingir
oito. [57]

Em 1994, Randle e Schmitt escreveram


outro livro, The Truth about the UFO Crash
at Roswell, que incluía uma alegação de
que corpos dos alienígenas foram
levados por avião para serem
examinados por Dwight D.
Eisenhower.[58]

Roswell como mito moderno


americano

Em 1997, os antropólogos Benson Saler,


Charles Ziegler e o físico, engenheiro e
meteorologista Charles Moore publicam
UFO Crash at Roswell: the genesis of a
modern myth.

Para os dois antropólogos, o "mito de


Roswell" não passa de um "motivo
folclórico tradicional revestido com
trajes modernos". Ziegler desdenha os
testemunhos contidos nos vários livros
até aí publicados sobre o caso - que
deveriam ser classificados pelas
bibliotecas como relatos de ficção - e
propõe nova terminologia: os
testemunhos seriam antes "lendas
personalizadas" e as testemunhas
seriam "traditores". Explica Ziegler que
um traditor é "um portador activo das
tradições de um grupo (neste caso, o
grupo OVNI) que as pode comunicar
verbalmente de uma forma eficaz."
Quanto aos autores dos livros sobre
Roswell, o seu papel seria similar ao dos
folcloristas que registaram os contos
folclóricos que a maioria de nós
aprendeu quando crianças.[59]
A obra UFO Crash at Roswell também
inclui o relato meticuloso de C. Moore
sobre como as experiências de 1947
para lançar refletores de radar por meio
de balões podem ter levado ao mito dos
OVNIs de Roswell.[60]

Majestic 12

Em 1984, Jaime Shandera, ligado aos


meios ufologistas, recebeu na caixa do
correio um envelope contendo um rolo
de película de 35mm a preto e branco
que, quando revelado, mostrava imagens
de oito páginas de documentos oficiais
descrevendo a "Operação Majestic 12".
Os documentos supostamente
revelavam um comité secreto de 12
indivíduos, autorizado pelo Presidente
dos Estados Unidos Harry S. Truman em
1952, e explicavam como a queda de
uma nave espacial alienígena em
Roswell em Julho de 1947 tinha sido
escondida, como a tecnologia alienígena
recuperada poderia ser explorada, e
como os Estados Unidos deveriam
envolver-se com a vida extraterrestre no
futuro.[61][62]

Stanton Friedman publicou mais tarde


(2005), no livro Top Secret/Majic, o que
seriam evidências documentais da
existência do grupo governamental
clandestino. Infelizmente para Friedman,
investigações do FBI e uma análise
independente de Joe Nickell,
proeminente investigador cético de
fenômenos paranormais, concluíram que
os documentos são completamente
falsos. [carece de fontes

?
] Uma das maiores evidências disso é
que foi encontrada uma carta original do
Presidente Harry Truman, de 1 de
outubro de 1947, cuja assinatura foi
fotocopiada e reproduzida pelo(s)
falsário(s) nos documentos MJ-12.
[carece de fontes
?
]

A autenticidade dos documentos é posta


em dúvida pela maioria dos
ufologistas.[63][64] Carl Sagan nota que o
ponto mais suspeito é exactamente a
questão da proveniência - as provas
miraculosamente postas à porta de casa,
como num conto de fadas.[65] Os críticos
notaram que o formato das datas não
estava em conformidade com o estilo
governamental, os documentos não
tinham um número de registo, os títulos
militares estavam incorretamente
anotados, e as assinaturas pareciam ser
copiadas para os documentos. Jacques
Vallee ficou convencido de que a fonte
do MJ-12 funcionou como manipulador
de uma fuga de informação artificial e
não como uma verdadeira denúncia.[66]

Ver também
Queda em Trinity
Conspiração de ocultação alienígena
Lista de teorias da conspiração
OVNIs nazistas
Lista de relatos de avistamentos de
OVNIs

Referências
1. Frazier, Kendrick (16 de Julho de
2017). «Roswell myth lives on
despite the established facts» (http
s://www.abqjournal.com/1033584/ro
swell-myth-lives-on-despite-the-estab
lished-facts.html) (em inglês).
Albuquerque Journal

2. Olmsted, Kathryn S. (2009). Real


Enemies: Conspiracy Theories and
American Democracy, World War I to
9/11 -. [S.l.]: Oxford University Press.
p. 184
3. Rothman, Lily (7 de julho de 2015).
«How the Roswell UFO Theory Got
Started» [Como a teoria OVNI de
Roswell começou] (https://time.com/
3916193/roswell-history/) . Time.
Consultado em 10 de novembro de
2021. Cópia arquivada em 28 de
outubro de 2021 (https://web.archiv
e.org/web/20211028041353/https://
time.com/3916193/roswell-history/)

4. McAndrew, James; Weaver, Richard


L. (1995). The Roswell Report – Fact
versus Fiction in the New Mexico
Desert. [S.l.]: Headquarters United
States Air Force. 994 páginas
5. McAndrew, James (1997). The
Roswell report : case closed. [S.l.]:
Headquarters United States Air
Force. pp. 3, 17,23

6. Gildenberg, B.D. (2003). «A Roswell


requiem» (https://go.gale.com/ps/i.d
o?id=GALE%7CA101495912&sid=go
ogleScholar&v=2.1&it=r&linkaccess=
abs&issn=10639330&p=AONE&sw=
w&userGroupName=anon%7Ec6fac1
aa) 1 ed. Skeptic. 10: 60
7. The Roswell Dig Diaries (https://book
s.google.pt/books?id=uYKg-2ZLMp8
C&printsec=frontcover&dq=roswell+d
ig+diaries&hl=en&sa=X&redir_esc=y#
v=onepage&q=roswell%20dig%20diar
ies&f=false) (em inglês). [S.l.]:
Simon and Schuster. 2004. p. VII

8. Printy, Timothy (1999). Roswell 4F:


Fabrications, Fumbled Facts, and
Fables (https://web.archive.org/web/
20130120065845/http://home.comc
ast.net/~tprinty/UFO/Roswell4F.ht
m) . [S.l.: s.n.] Consultado em 5 de
fevereiro de 2013. Arquivado do
original (http://home.comcast.net/~t
printy/UFO/Roswell4F.htm) em 20
de janeiro de 2013
9. Friedman, Stanton T. (1994). Crash at
Corona : the U.S. military retrieval
and cover-up of a UFO. [S.l.]: Marlowe
& Company. p. xiii

10. Jon Austin. «ROSWELL


BREAKTHROUGH? New official
witness to 'alien UFO crash' comes
forwar» (http://www.express.co.uk/n
ews/weird/811158/Roswell-UFO-cra
sh-new-witness-flying-saucer-aliens-
UFOs-Today-Dr-Irena-Scott) .
express.co.uk. Consultado em 14 de
outubro de 2017
11. «Todos os discos levam a Roswell»
(https://super.abril.com.br/tecnologi
a/todos-os-discos-levam-a-roswell/
#) . Super Interessante. Abril. 31 de
outubro de 2016. Consultado em 14
de outubro de 2017

12. Carey 2007, p. 21, 55.


13. Carey 2007, p. 46.
14. Rincon, Maria Luciana (7 de julho de
2017). «70 anos do caso Roswell: o
que sabemos sobre esse suposto
acidente OVNI?» (https://www.mega
curioso.com.br/aliens/103170-70-an
os-do-caso-roswell-o-que-sabemos-s
obre-esse-suposto-acidente-ovni.ht
m) . Mega Curioso
15. «ufo - UFOS at close sight: The
Roswell 1947 incident in the Press,
The Roswell Daily Record, July 9,
1947» (http://ufologie.patrickgross.o
rg/rw/p/roswelldailyrecord9jul1947.h
tm) . ufologie.patrickgross.org.
Consultado em 9 de novembro de
2021. “"Tenho a certeza que o que
encontrei não foi nenhum balão de
observação meteorológica", disse
ele. "Mas se eu encontrar mais
alguma coisa para além de uma
bomba, eles vão ter dificuldade em
conseguir que eu diga alguma coisa
sobre o assunto".”

16. Carey 2007, p. 45.


17. Carey 2007, p. 47.
18. Carey 2007, p. 55.
19. Arnold, Kenneth. «Project 1947 -
Kenneth Arnold» (http://www.project
1947.com/fig/ka.htm) . Project
1947. Consultado em 18 de maio de
2021

20. «Transcript of Ed Murrow-Kenneth


Arnold Telephone Conversation» (htt
p://www.project1947.com/fig/kamur
row.htm) . Project 1947. Março de
1984
21. «1947: First American sighting wave»
(https://www.bibliotecapleyades.net/
ciencia/ufo_briefingdocument/1947.
htm#33) . Biblioteca Pleyades.
Consultado em 22 de maio de 2021

22. Associated Press (6 de Julho de


1947). «More "flying saucers" seen
as men of science ponder serious
angles» (https://chroniclingamerica.l
oc.gov/data/batches/ncu_iris_ver01/
data/sn78002169/00279558297/19
47070601/0071.pdf) (PDF). The
Sunday Star-News
23. Printy, Tim (2007). «Skeptics,
Debunkers, and Pelicanists, Oh my!»
(http://www.astronomyufo.com/UF
O/SDP.htm) . AstronomyUFO

24. Carey 2007, p. 56, 67,68, 69.


25. Schmitt, Donald R. (e outro) (2014).
«Roswell: 52 years of unanswered
questions» (http://www.cufos.org/Ro
swell/Unanswered%20Questions.pd
f) (PDF). CUFOS

26. Eberhart, George M. (1991). The


Roswell Report a Historical
Perspective -. [S.l.]: J. Allen Hynek
Center for UFO Studies. p. 73
27. McPhail, Colin (14 de Maio de 2019).
«Stanton Friedman, famed UFO
researcher, dead at 84» (https://www.
cbc.ca/news/canada/new-brunswic
k/stanton-friedman-ufologist-dead-1.
5135588) . CBC

28. Friedman, Stanton (2008). «Cap.:


Update on Crashed Saucers at
Roswell». Flying saucers and
Science. [S.l.]: New Page Books

29. «Roswell author who said he handled


UFO crash debris dies at 76» (https://
www.theguardian.com/world/2013/a
ug/28/roswell-jesse-marcel-dies)
(em inglês). The Guardian. 28 de
agosto de 2013
30. «New Mexico Rancher's 'Flying Disk'
Proves to Be Weather Balloon-Kite».
Fort Worth Star-Telegram. Fort
Worth, TX. 9 de julho de 1947. pp. 1,4

31. «Fort Worth Star-Telegram, July 9,


1947, Front page.» (http://roswellpro
of.homestead.com/FortWorthST_Jul
y9.html) .
roswellproof.homestead.com. 1947.
Consultado em 4 de setembro de
2022

32. Clary, David (2000). Before and Ater


Roswell: the Flying Saucer in America
1947-1999. [S.l.]: Exlibris
Corporation. pp. 102, 105
33. «Aliens Changed Roswell, Even
Without Proof» (https://abcnews.go.
com/Technology/Primetime/story?id
=528860&page=1) (em inglês). ABC
News. 7 de Janeiro de 2006

34. Carpenter, Les (30 de setembro de


2017). «The curious case of the alien
in the photo – and a mystery that
took years to solve» (https://www.the
guardian.com/science/2017/sep/30/
alien-photo-roswell-new-mexico-myst
ery) . The Guardian (em inglês).
ISSN 0261-3077 (https://www.worldc
at.org/issn/0261-3077)
35. «Government Records : Results of a
Search for Records Concerning the
1947 Crash Near Roswell, New
Mexico» (https://sgp.fas.org/othergo
v/roswell.pdf) (PDF). United States
General Accounting Office. Julho de
1995

36. McAndrew, James (1997). The


Roswell report : Case Closed. [S.l.]:
Headquarters United States Air
Force. pp. 123–125

37. McAndrew 1997, p. 23.


38. Kennedy, Gregory. «Joseph W.
Kittinger and the Highest Step in the
World» (http://stratocat.com.ar/artic
s/excelsior-e.htm) . StratoCat.
Consultado em 6 de maio de 2021

39. McAndrew 1997, p. 3.


40. McAndrew 1997, p. 17.
41. Carey 2007, p. 28.
42. Bellis, Mary (17 de Abril de 2019).
«The History of Crash Test Dummies,
Starting With Sierra Sam» (https://w
ww.thoughtco.com/history-of-crash-t
est-dummies-1992406) (em inglês).
ThoughtCo
43. Printy, Timothy (2014). «Popular
Roswell myths» (http://www.astrono
myufo.com/UFO/Rosmyths.htm) .
www.astronomyufo.com

44. Moraes e Silva, Dario Antonio


moraes e silva (21 de julho de 2009).
«Mitos Populares sobre Roswell» (htt
ps://www.ceticismoaberto.com/ufol
ogia/2060/mitos-populares-sobre-ro
swell) . Ceticismo Aberto

45. Saler, Benson; Ziegler, Charles A.;


Moore, Charles B. (1997). UFO Crash
at Roswell : the genesis of a modern
myth. [S.l.]: Smithsonian Institution
Press. p. 18
46. Bernstein, Adam (31 de Dezembro de
2003). «Linguist Charles Berlitz Dies»
(https://www.washingtonpost.com/a
rchive/local/2003/12/31/linguist-cha
rles-berlitz-dies/e7a23743-733d-498
3-bd89-5a9ced04b30f/) . The
Washington Post

47. «Harassed rancher who located


"saucer" sorry he told about it» (http
s://web.archive.org/web/201402251
14758/http://www.angelfire.com/indi
e/anna_jones1/daily_record02.htm
l) . The Roswell Daily Record (Arq.
em WayBack Machine). 9 de Julho
de 1947
48. Berlitz, Charles (e Moore, William)
(1980). The Roswell Incident. [S.l.]:
Crosset & Dunlap. 184 páginas

49. Randle, Kevin; Schmitt, Donald


(1991). UFO crash at Roswell. [S.l.]:
Avon Books. pp. 267–272

50. Randle 1991, p. 71,79, 284.


51. Randle 1991, p. 228.
52. Randle 1991, p. 66,181,206.
53. Randle 1991, p. 63-67.
54. Randle 1991, p. 61-96-98.
55. Randle 1991, p. 31, 82, 87,90-107.
56. Friedman 1994, p. 10, 87-89.
57. Friedman 1994, p. 114,116,129.
58. Goldberg 2001, p. 200.
59. Saler 1997, p. 35-36.
60. Saler 1997, p. 74-113.
61. Knight, Peter (editor) (2003).
Conspiracy Theories in American
History: An Encyclopedia. [S.l.]: ABC
Clio. pp. 489–490

62. Goldberg 2001, p. 205.


63. Donovan, Barna William (2011).
Conspiracy Films: A Tour of Dark
Places in the American Conscious (h
ttps://books.google.pt/books?id=bJk
hqU1IXHAC&pg=PA107&redir_esc=y
#v=onepage&q&f=false) (em
inglês). [S.l.]: McFarland. pp. 107–
108

64. Goldberg 2001, p. 206-207.


65. Sagan, Carl (1997). «Cap. 5: Spoofing
and Secrecy». The Demon-haunted
World : Science as a Candle in the
Dark. [S.l.]: Headline Book Publishing.
p. 88

66. Goldberg 2001, p. 206.

Bibliografia
Berlitz, Charles (e Moore, William) -
(1980) -The Roswell Incident -Crosset &
Dunlap
Carey, Thomas J., Schmitt, Donald R. -
(2007) -Witness to Roswell: unmasking
the 60-year cover-up -New Page Books

Eberhart, George M.(editor) - (1991) -


The Roswell Report a Historical
Perspective - J. Allen Hynek Center for
UFO Studies
Friedman, Stanton T. (1994)- Crash at
Corona : the U.S. military retrieval and
cover-up of a UFO - Marlowe &
Company
Goldberg, Robert Allan (2001) -Enemies
Within: The Culture of Conspiracy in
Modern America - Yale University Press

McAndrew, James & Weaver, Richard


L. (1995) - The Roswell Report – Fact
versus Fiction in the New Mexico Desert
- Headquarters United States Air Force
McAndrew, James (1997) - The
Roswell report : case closed -
Headquarters United States Air Force
Olmsted, Kathryn S. (2009) - Real
Enemies: Conspiracy Theories and
American Democracy, World War I to
9/11 - Oxford University Press

Pflock, Karl T. (2001) - Inconvenient


Facts and the Will to Believe -
Prometheus Books
Randle, Kevin ; Schmitt, Donald (1991) -
UFO crash at Roswell (1991) -Avon
Books
Randle, Kevin ; Schmitt, Donald (1994) -
The truth about the UFO crash at
Roswell -

Sagan, Carl (1997) - The Demon-


haunted World : Science as a Candle in
the Dark - Headline Book Publishing
Saler, Benson (e Ziegler,Charles e
Moore, Charles ) (1997) - UFO Crash at
Roswell : the genesis of a modern myth
- Smithsonian Institution Press

Ligações externas
Os relatos do caso "Roswell versus
ficção" no deserto do Novo México (htt
p://www.roswellfiles.com/Articles/AirF
orceReport.htm)
Skeptical Inquirer The Magazine for
Science and Reason (https://skepticali
nquirer.org)
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?
title=Caso_Roswell&oldid=65307291"

Esta página foi editada pela última vez às


05h26min de 15 de fevereiro de 2023. •
Conteúdo disponibilizado nos termos da CC BY-
SA 3.0 , salvo indicação em contrário.

Você também pode gostar