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O amianto trata-se de um mineral fibroso que foi amplamente utilizado na indústria devido às

suas propriedades isolantes e resistência ao calor. Porém, ao longo dos anos, ficou comprovado
que a exposição ao amianto pode causar graves problemas de saúde, incluindo câncer de
pulmão, mesotelioma e asbestose.

No país, houve uma extensa discussão sobre o banimento do amianto. O país foi um dos maiores
produtores e consumidores de amianto no mundo, principalmente do tipo crisotila, também
conhecido como amianto branco. Em 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu a produção,
comercialização e uso do amianto do tipo crisotila em todo o país.

O banimento do amianto foi resultado de uma longa batalha jurídica e debate político,
envolvendo interesses econômicos, saúde pública e proteção ambiental. Os defensores do
banimento argumentaram que a proibição era necessária para proteger os trabalhadores,
consumidores e o meio ambiente dos riscos associados à exposição ao amianto.

Por outro lado, alguns setores da indústria do amianto contestaram o banimento, alegando que
a crisotila poderia ser utilizada com segurança, desde que fossem adotadas medidas de controle
adequadas. Esses setores afirmaram que a proibição resultaria em impactos econômicos
negativos, como perda de empregos e impacto em empresas que dependiam da produção e
comercialização do mineral.

No entanto, o STF considerou que os riscos à saúde e ao meio ambiente superavam qualquer
possível benefício econômico e decidiu pelo banimento do amianto crisotila. Cabe ressaltar que
o banimento não se aplica ao amianto anfibólio, considerado ainda mais perigoso e que já estava
proibido anteriormente.

É importante ressaltar que o banimento do amianto no Brasil não é um consenso absoluto. Ainda
há vozes que defendem a utilização controlada e segura do mineral, mas, por enquanto, o país
segue com a proibição do amianto crisotila, alinhado com a preocupação mundial em relação
aos riscos para a saúde associados a essa substância.

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