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A Parábola do

Bom Pastor

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ELABORAÇÃO, REALIZAÇÃO e DISTRIBUIÇÃO

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A Parábola do
Bom Pastor
Este E-book foi elaborado para DISTRIBUIÇÃO GRATUITA pelo
CREIA - Centro de Reinclusão Social Ágape.
É proibida a sua Venda e Comercialização.

1ª Edição em Livro Digital


Junho de 2023

Tiragem Inicial
Sob Demanda / Download e Compartilhamento

Versão Bíblica Utilizada

Almeida Revista e Atualizada - ARA - SBB/2015

As imagens e as ilustrações que foram usadas neste E-book,


a exceção da logomarca do CREIA,
foram obtidas na Internet
aonde não foram citadas as fontes e/ou autorias.

Espírito Santo do Pinhal/SP

‘Anno Domini’ de 2023

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Prefácio do Autor
Este Livro Digital (E-book), nasceu, da reflexão sobre o Texto do Evangelho de João, Capítulo 10,
versículos 1 a 14. Jesus, em obediência a Deus, veio para o seu ministério salvífico com muitas
orientações Divinas na sua bagagem. E, dentre as suas atividades, a serem desenvolvidas na sua
missão, estava o fato, dele revelar o Pai e a si mesmo de uma forma correta e verdadeira: “Quem me
vê a mim vê o Pai”. João 14.9. Jesus, portanto, é o audiovisual do Pai em toda a sua Plenitude. A
Palavra de Deus, como sabemos, embora muitos não aceitem esse fato, ela é textual e sem mistérios.
Jesus, usou de muitas parábolas para ensinar o evangelho aos seus discípulos, a todos os que o
rodeavam e a nós. A parábola do Bom Pastor, é uma, de uma série de Parábolas que o Mestre nos
deixou no NT. Nesta Parábola, Jesus deixa bem claro, a exponencial diferença que existe, entre ele
e aquele que está no mundo. Nessa parábola, Jesus se apresenta claramente, ou seja, ele mostra as
suas credenciais divinas, dizendo: “*Eu sou o bom pastor” (*Grifo Meu). Quando Deus, o Pai, se
apresentou a Moisés, e Moisés perguntou a ele qual era o seu nome, ele disse, ‘Eu Sou! – Diga ao
povo de Israel que Eu Sou’ (Leia → Êxodo 3.13-15). Por isso, é totalmente significativo e
elucidativo, o fato, de Jesus se apresentar também como ‘Eu Sou’, isso nos mostra, claramente, a
sua total divindade no humano. Quanto mais nós conhecemos uma pessoa, mais nós nos tornamos
íntimos dela e passamos a amá-la com maior intensidade. João, o discípulo amado, não perdeu tempo
e conheceu profundamente Jesus absorvendo dele todos os seus ensinamentos. Por isso, nada melhor,
também para nós, do que darmos mais um passo no nosso relacionamento com ele que pode ser
através deste E-book. Precisamos, portanto, estreitar o nosso relacionamento com o Senhor. Numa
rápida consulta, na Concordância Bíblica de Gilmer, Jacobs e Vilela (Editora Hagnos - 2006),
podemos ver que, em pelo menos sete oportunidades, Jesus confirmou a sua divindade se
identificando da mesma forma como Deus, o seu Pai, se identifica, senão, vejamos: “Eu sou o pão
da vida” (Leia → João 6.35); “Eu sou a luz do mundo”. (Leia → João 8.12); “Eu
sou a Ressurreição e a vida” (Leia → João 11.25) “Eu sou a porta” (Leia → No Texto Básico deste
E-book); “Eu sou o Bom Pastor” (Leia → No Texto Básico deste E-book); “Eu sou o Caminho, a
Verdade e a Vida” (Leia → João 14.6); “Eu sou a videira verdadeira” (Leia → João 15.1). A
intensificação da perseguição dos judeus fariseus e do império Romano, mergulhou os prosélitos de
João, numa crise profunda. Sendo então, nesse tempo, que surgiu o Evangelho de João para orientar
a caminhada dos seus adeptos cristãos. E, é no nosso texto básico em que iremos refletir, que João
aborda, as figuras, do Bom Pastor e do pastor mercenário. Para os cristãos, Jesus é o seu Pastor, ele,
é aquele que realiza a esperança da salvação na figura do Messias. O Bom Pastor, ele conduz e cuida
do seu rebanho, seja a que custo for. Por isso, Davi nos escreveu o Salmo 23 – ‘O Senhor é o meu
pastor’. Confesso que eu sempre me surpreendi com a leitura bíblica em geral, contudo, algumas
passagens se tornam memoráveis e nos impressionam muito. E uma delas, para mim, é essa Parábola
do Bom Pastor. Na narrativa desta Parábola, é possível percebermos claramente, que nós temos em
quem depositar a nossa confiança futura no pós-morte. A forma, como Jesus se apresentou, na minha
opinião, faz dele, não só o Cordeiro de Deus, mas o Leão da Tribo de Judá, e, em sendo assim, o que
mais eu devo ter de resistência para me colocar como uma boa ovelha debaixo dos seus cuidados?
Quando Jesus se identifica como O Bom Pastor, cumpre-se a profecia de Ezequiel, Capítulo 34,
Versículos de 22 a 23: “Eu livrarei as minhas ovelhas, para que já não sirvam de rapina, e julgarei
entre ovelhas e ovelhas. Suscitarei para elas um só pastor, e ele as apascentará”. A narrativa da
Parábola do Bom Pastor, tem como pano de fundo, o conflito com os fariseus e com as autoridades
religiosas da época. O modo de agir dos fariseus, ele sempre está em conflito direto com as obras de
Jesus, pois eles, sempre se julgaram os únicos líderes dos judeus, os donos de Deus e os donos das
Escrituras. E, quando Jesus diz, que ele é ‘O Bom Pastor’, fatalmente ele coloca termo a essa pretensa
posse dos fariseus, pois Jesus sim, é que é o Filho de Deus e, portanto, o único dono de tudo. Se
estudarmos e meditarmos com afinco nesta Parábola, iremos conhecer mais um pouco do nosso
Senhor e Salvador. Vamos lá?

Pr. Helio de Freitas Filho,


Diretor Executivo do CREIA.

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A Parábola do
Bom Pastor

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Prólogo
Olá, meu amigo e minha amiga,
Meditarmos sobre a Parábola do Bom Pastor não é nada fácil. Essa Parábola, ela nos leva, a uma
reflexão profunda e séria sobre quem realmente é Jesus em nossas vidas. Ou seja, ela nos levará a
pensarmos, profundamente, em como está o meu relacionamento com Ele. Essa Parábola, ela vai
nos mostrar, um contraste tremendo, que existe, entre o pastor necessário e o pastor desnecessário.
O texto contrasta, claramente, o modo de agir de Jesus com a atuação dos pastores mercenários que
não defendem o rebanho, mas que somente cuidam dos seus próprios interesses. E, para um
embasamento bíblico sobre a figura do pastor desnecessário, precisamos dar um pulo no livro de
Ezequiel, Capítulo 34, em cuja raiz, essa analogia está atrelada. Vale a pena, uma leitura acurada do
texto de Ezequiel. Aquele texto, ele condena, peremptoriamente, os maus pastores que tem a
incumbência de apascentar o rebanho de Jesus. E, em analogia total, podemos ver, quanta coisa do
tempo de Ezequiel e de Jesus pode ser aplicada quase que diretamente a muitos líderes religiosos do
nosso tempo. Para mim, a dificuldade em meditar nesta Parábola, está no fato, de que se existe,
analogicamente falando o bom e o mau pastor, existe também, da mesma forma, a ovelha boa e a
ovelha má. E é nesse ponto que eu preciso parar e refletir para descobrir que tipo de ovelha eu sou,
uma ovelha boa ou má? E essa questão, ela é bem séria, e, ao nos conscientizarmos disso, um
escaneamento minucioso precisa ser executado no meu coração. E, vai então, que de repente, eu
descubro que estou bem longe de ser uma ovelha e que eu estou mais para um bode marrento!? Ao
meditar neste texto, eu fico cá pensando comigo mesmo, naquela figura das ovelhas que vão atrás
do seu pastor. O pastor cuidadoso, que é o pastor necessário, ele vai conduzindo, direcionando,
corrigindo, orientando, disciplinando, curando e cuidando de todo o rebanho, sem distinguir, ovelha
de ovelha, mas só ovelha mesmo, boa e fiel ao seu pastor. Precisamos ver, porém, que de repente,
neste caminhar, tem uma ovelhinha al, que foge para longe e, o pastor, sem sequer pensar, vai lá a
pega, coloca nas costas e a traz de volta para o rebanho. E é então, que outra ovelha mais adiante,
cai no meio da estrada porque tropeçou nas pedras do caminho, e o pastor cuidadoso, com todo o
amor, sem pensar em si mesmo, vai lá e cuida da ferida dela. Esse é o bom pastor, cujo cruzamento
com essa Parábola pode ser visto, no Evangelho de Lucas, Capítulo 15, onde lemos, sobre a Parábola
da Ovelha Perdida. Sabermos, portanto, quem é Jesus, esse fato vai nos confrontar no nosso íntimo
com a Verdade do Evangelho das Boas-Novas. E é claro, que ninguém gosta de ser confrontado
consigo mesmo. Pois essa confrontação, quando ela acontece na real, ela nos leva ao extremo de
temos de tomar uma decisão sobre a nossa vida pessoal. E quando nós vemos os desafios de uma
vida nova ao tomarmos essa decisão, nem sempre, gostamos do que vemos e das mudanças que
teremos. Claro, mas isso, é só para aqueles que se decidem por Jesus, pois, para quem o rejeita, nada
muda. E é por esse fato, que muitos de nós, não gostamos desta Parábola do Bom Pastor, pois a
nossa tendência é a de permanecermos como estamos. Quando nós nos encontramos com Jesus, e,
dia ou outro nós nos encontraremos com ele, não há como sairmos desse encontro sem que algo
tenha mudado em nossa condição de vida. Meditemos, portanto, nesta Parábola do Bom Pastor com
o coração aberto e a mente vazia de atavismos de qualquer espécie. Fica aqui, o nosso enfático
convite a você, leitor e leitora, para que você perca alguns minutos do seu precioso tempo na leitura
integral deste E-book. Não se deixe desanimar, leia-o até o fim, pois só assim é que você vai poder
ter uma visão bem mais clara sobre esse assunto tão relevante para a nossa vida. E, se você se sentir,
profundamente impactado por aquilo que vai aprender neste E-book, pense, com muito carinho nos
seus entes queridos, nos seus amigos e nas pessoas a quem você tanto ama, incentive-os, para que
eles também tenham acesso a esse E-Book. Compartilhe-o sem receios, a exaustão mesmo, para que
todos eles possam ter, assim como você, a oportunidade de lê-lo e de tomar conhecimento do seu
conteúdo. Somos muito gratos pela sua atenção, disposição e pelo o seu tempo, dedicado à leitura
desta obra. E, caso você queira nos contactar depois desta leitura, é possível fazê-lo seguindo as
instruções contidas na página 35. Muito obrigado!
Pr. Helinho.

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“Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a
mim”. João 10.14

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A Parábola do
Bom Pastor

CREIA / 2023

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Sumario

Prefácio do Autor ............................................................................................... 6

Prólogo ................................................................................................................ 8

Sumario ................................................................................................................ 11

Texto Bíblico Base .............................................................................................. 13

Introdução .......................................................................................................... 15
O Que é Uma Parábola

Capítulo 1 ............................................................................................................ 17
O Bom Pastor - versus - o Mal pastor

Capítulo 2 ............................................................................................................ 20
Jesus - O Bom Pastor

Capítulo 3 ............................................................................................................ 24
As Ovelhas do Bom Pastor

Capítulo 4 ............................................................................................................ 27
A Visão no Mundo Bíblico e a Visão no Mundo Hoje

Capítulo 5 ............................................................................................................ 31
Oportunizando

Bibliografia Utilizada ......................................................................................... 34

Como Nos Contactar? ......................................................................................... 35

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§

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Texto Bíblico Base
Nesta reflexão, o nosso texto base do qual lançaremos mãos, está no Evangelho de João. E ele
aborda, a Parábola do Bom Pastor, que o Senhor Jesus propôs aos seus discípulos a certa altura do
seu ministério. Essa parábola, como as outras que Ele nos deixou, também nos soa como um grande
e sério aviso sobre quem é o Bom Pastor, ou seja, o único Bom Pastor, e para nós, conhecê-lo é
fundamental para chegarmos ao Aprisco Eterno.

Evangelho de João, Capítulo 10, Versículos de 1 a 14.

“1. Em verdade, em verdade vos digo: o que não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe
por outra parte, esse é ladrão e salteador.
2. Aquele, porém, que entra pela porta, esse é o pastor das ovelhas.
3. Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias
ovelhas e as conduz para fora.
4. Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe
reconhecem a voz;
5. mas de modo nenhum seguirão o estranho; antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos
estranhos.
6. Jesus lhes propôs está parábola, mas eles não compreenderam o sentido daquilo que lhes falava.
7. Jesus, pois, lhes afirmou de novo: Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas.
8. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram
ouvido.
9. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem.
10. O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham
em abundância.
11. Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas.
12. O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as
ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa.
13. O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas.
14. Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim”.

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§

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Introdução

O Que é Uma Parábola


No dicionário, temos, a seguinte definição de Parábola: ‘narrativa alegórica que transmite uma
mensagem indireta por meio de uma comparação ou analogia’. Uma Parábola é uma história
analógica contada para explicar uma verdade complexa. Jesus, contava Parábolas para ensinar o
evangelho aos seus discípulos. Uma Parábola, ela não narra, necessariamente, coisas que tenham
acontecido de verdade. Elas, porém, não são mentiras, mas alegorias didáticas. A grande diferença
que existe entre uma Parábola Bíblica e uma História Bíblica é a citação de nome (s). As Parábolas,
não citam nomes específicos de pessoas especificas, diferentemente das Histórias. O melhor
exemplo a ser citado, é o dessa Parábola em que estamos refletindo, em comparação com a História
contada por Jesus no Capítulo 16 do Evangelho de Lucas, ali, naquele texto, nós temos uma História
Bíblica embasada num exemplo real. As Parábolas, são apenas narrativas, comparativas e ilustrativas
que revelam verdades profundas em analogia. Alguns conceitos nas Parábolas são difíceis de
explicar porque são abstratos. A ideia da Parábola é trazer sempre uma aplicação prática a vida dos
ouvintes e levá-los a refletirem sobre o seu conteúdo. No tempo de Jesus era muito comum usar
Parábolas para ensinar. Uma Parábola, é fácil de se lembrar, pois ela usa uma linguagem que as
pessoas entendem. Jesus, muitas das vezes, respondia com Parábolas as perguntas que as pessoas
lhe faziam. Ele contava Parábolas às multidões curiosas e explicava o seu significado depois aos
seus discípulos Quando lemos uma Parábola de Jesus na Bíblia é muito importante analisarmos o
contexto em que Jesus a contou para entendermos o seu significado. A Parábola, como uma narrativa
alegórica, deseja sempre nos transmitir uma lição moral. As Parábolas são muito comuns na
literatura oriental e consistem em narrativas que pretendem trazer algum ensinamento de vida, pois
elas possuem muito simbolismo onde, cada elemento da narrativa, tem um significado específico
para aplicação pessoal. As Parábolas mais famosas são as Parábolas Bíblicas. As Parábolas de Jesus
eram narrativas com elementos comuns da cultura daquele tempo que tinham como objetivo ensinar
coisas sobre o Reino de Deus. A Parábola do Bom Pastor é uma dessas narrativas. E, apesar de ela
apresentar um conteúdo material comparativo, ela simboliza o mundo espiritual. E essa Parábola
específica, em que vamos refletir, ela trata, principalmente, para todo observador mais atento, sobre
conhecer o verdadeiro e único Bom Pastor. Shalom!

Pr. Helinho.

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§

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Capítulo 1
O Bom Pastor - versus - O mal pastor

Quando Jesus, propôs essa parábola aos fariseus, nós podemos ver com toda clareza, que esse
Capítulo 10, ele vem totalmente no embalo do Capítulo 9, ou seja, ele vem emendando um assunto
no outro, porém, dentro da mesma pauta. Jesus, mostra, com transparência e riqueza de detalhes aos
fariseus, o quão pecadores eles eram. E esse fato se deu, logo após a cura de um cego de nascença
que foi quando os fariseus inquiriram Jesus a respeito desse ato duramente, e foram rechaçados
amorosamente, mas com a verdade estampada para eles da real condição em que eles estavam:
“Alguns dentre os fariseus que estavam perto dele perguntaram-lhe: Acaso, também nós somos
cegos? Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora
dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado”. João 9.40-41. Os cegos não veem, e por isso estão
livres de pecado, mas os que veem, não tem como fugir do pecado, caso desejem permanecer nele.
Os que veem, sucumbem facilmente quando estão sem Jesus, aos apelos prazerosos da carne, do
dinheiro, do poder (e seja lá que poder for esse, religioso ou secular). E Jesus, com todo o amor
do mundo (mas com toda a autoridade que lhe é peculiar), ao dar continuidade na conversa com
eles, já no Capítulo 10, ele começa de pronto, mandando o papo reto pros fariseus, e os chama de
ladrões e de salteadores. E Ele deixa, bem falado aos mesmos, por onde é que eles entram no
aprisco. E sem aliviar em nada, Jesus lhes diz, que aquele que entra desta forma no redil, é ladrão
e salteador. Jesus, não odiava os fariseus, ele os amava, por isso os advertia. Jesus sabia, que iria
morrer por eles, tanto quanto morreu por qualquer criatura deste planeta. E, ao lhes mandar essas
verdades, Jesus devia ter em mente (inferência minha), o texto do profeta Ezequiel no seu Capítulo
34: “Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, profetiza contra os pastores de
Israel; profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam
a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas? Comeis a gordura, vestis-vos da lã e
degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. A fraca não fortalecestes, a doente não
curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes;
mas dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim, se espalharam, por não haver pastor, e se
tornaram pasto para todas as feras do campo. As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os
montes e por todo elevado outeiro; as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a terra, sem
haver quem as procure ou quem as busque. Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: Tão
certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, visto que as minhas ovelhas foram entregues à rapina e se
tornaram pasto para todas as feras do campo, por não haver pastor, e que os meus pastores não
procuram as minhas ovelhas, pois se apascentam a si mesmos e não apascentam as minhas ovelhas,
— portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu estou
contra os pastores e deles demandarei as minhas ovelhas; porei termo no seu pastoreio, e não se
apascentarão mais a si mesmos; livrarei as minhas ovelhas da sua boca, para que já não lhes sirvam
de pasto. Porque assim diz o Senhor Deus: Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e as
buscarei”. Ezequiel 34.1-11. Essa descrição de Ezequiel, é a mesma que Jesus deu, resumidamente
aos fariseus, destacando somente os pontos principais que os identificavam com esse discurso
profético. Os fariseus, aqui nesta Parábola, eles representam, figurativamente, os ‘pastores
hodiernos’. E, em os representando, eles nos mostram como são e como agem os ‘pastores’
desnecessários. Contudo, em contrapartida a essa Parábola, temos, através de Jesus, a descrição
perfeita dos bons pastores, e, a despeito dos fariseus e dos pecadores estarem também nesta cena
que Jesus descreveu, mesmo assim, ele fala do bom pastor humano que é obediente ao Ide:
“Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E murmuravam os
fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles. Então, lhes propôs Jesus
está parábola: Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas,
não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? Achando-
a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-
lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. Digo-vos que, assim, haverá
maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não
necessitam de arrependimento”. Lucas 15.1-7. E Jesus, fez exatamente isso, quando obedeceu a
Deus vindo nos salvar: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de
testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia,
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corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e
Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não
fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois,
atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não
vos fatigueis, desmaiando em vossa alma. Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes
resistido até ao sangue”. Hebreus 12.1-4. Jesus, o Bom Pastor, resistiu até o sangue na luta dele
contra o pecado. O pastor humano, fiel, é aquele, que se propõem por uma única e pequena ovelha,
a sair da sua zona de conforto e fazer de tudo a qualquer hora para ir buscá-la e seja lá onde ela
estiver. E mais, ele não somente se dispõe a isso, como, quando a acha, ele a coloca sobre os
ombros e a traz de volta ao redil. Não vemos, porém, essa mesma atitude e disposição no mal
pastor, esses, que são mercenários por natureza, eles abandonam a ovelha que se afastou e que
pode estar muito ferida, pois eles sabem, que outras ovelhas virão para não deixarem cair o
faturamento. Uma ovelha a mais ou uma a menos para eles não faz diferença. A ovelha perdida, e
sabe-se lá porque é que ela se extraviou, mas de uma coisa podemos ter certeza pelas palavras de
Jesus, elas precisam de arrependimento, e para que isso ocorra, é preciso alguém para conduzi-las
de volta ao aprisco. E, se para o mal pastor não faz diferença uma ovelha que se perde, para o
pastor fiel sim, pois essa ovelha pertence a Jesus que é o verdadeiro dono dela e ela foi comprada
pelo mesmo preço das noventa e nove que ficaram lá no redil, qual seja, o Sangue de Jesus. E foi
por isso, por esse amor, que Jesus, segundo registrou o escritor da carta aos Hebreus, resistiu até
o sangue. Paz!

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§

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Capítulo 2
Jesus - O Bom Pastor

Quando Jesus encarnou, estava delineado para Ele, a maior missão que um Deus já cumpriu por seus
amados. A história de Jesus é rica em detalhes. Não foi uma história fácil e nem teve um script
tranquilo. Desde o princípio, Jesus, foi alvo das mais ferrenhas perseguições. Quando Deus fez
aquela promessa no Éden: “Então, o Senhor Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita
és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o
teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida. Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua
descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. Gênesis
3.14-15. Ali, naquele instante, pela Graça, Jesus já sabia que viria e o que teria de fazer para nos
religar novamente com Deus no Paraíso. E Jesus, em momento algum, sequer cogitou em não vir
cumprir a ordem do Pai. Verdade é, que ele relutou, mas obedeceu: “Adiantando-se um pouco,
prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice!
*Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres”. (*Grifo Meu) Mateus 26.39. Quando
Jesus assinou a sua própria sentença de morte, e morte de cruz, que foi quando ele nos ensinou a
orar assim: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; *faça-
se a tua vontade, assim na terra como no céu”. (*Grifo Meu) Mateus 6.9-10. Nesse momento,
Jesus tinha plena consciência de que o jardim do Getsêmani estava logo ali na frente, e que, na
sequência, viria o calvário. Jesus nunca fez caso do que ele iria sofrer fisicamente e nem fez caso
de tudo o que ele teve de deixar, como vimos no texto de Hebreus, anotado no Capítulo 1 deste E-
Book. O que Jesus mais temia e que teve de enfrentar, foi a separação de Deus, o Pai, naquelas
três últimas horas de expiação em que ele passou sozinho na cruz separado da Trindade (Leia o
nosso E-book ‘As Sete Palavras de Jesus na Cruz’). Você já parou, para sequer cogitar, sobre todo
o poder que Jesus tem? Senão, vejamos: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus,
e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio
dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A
luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela”. João 1.1-5. Jesus é o criador
de todas as coisas juntamente com Deus e com o Espírito Santo. Nada do que vemos hoje neste
universo em que vivemos existiria sem Jesus, pois, ‘todas as coisas foram feitas por intermédio
dele’, Jesus, foi o intermediário, entre Deus e a obra da criação, da mesma forma como ele, e
somente ele, é quem é o intermediário entre nós e Deus para a salvação eterna. E eu fico aqui,
imaginando então, Jesus, assentado no ‘cockpit’ da encarnação fazendo o ‘check list’ da sua
missão, qual seja: 1. Revelar o Pai, ser o audiovisual de Deus. 2. Pregar o evangelho do Reino. 3.
Ser a luz do mundo. 4. Ser o sal da terra. 5. Ser o Pão da vida. 6. Ser a Água da vida. 7. Curar. 8.
Libertar os cativos 9. Expulsar demônios. 10. Pisar a cabeça da serpente de uma vez por todas. 11.
Não pecar de forma alguma. 12. Sofrer o castigo que seria dos homens. 13. Morrer como o
Cordeiro Inocente de Deus. 14. Instituir o meu Corpo Místico na terra. 15. Ser a Ressurreição e a
vida. 16. Ser traído, preso, e julgado sem justiça alguma, e ser condenado, crucificado, e morrer,
ser sepultado e ir ao inferno tirar das mãos do satanás as chaves da morte e depois disso ressuscitar;
17. E por fim, voltar para casa vencedor, de onde voltarei para julgar os vivos e os mortos, etc.,
etc., etc. Jesus, sabia com clareza, ao elaborar essa lista de afazeres terrenos, que o fundamento do
grandioso plano do Pai, estava nele desempenhando a figura do Salvador com todo o seu sofrimento.
Como salvador, Jesus romperia os laços da morte eterna, definitivamente. Como Salvador, ela sabia
que pagaria totalmente o preço dos nossos pecados e das nossas transgressões. E é Jesus, o Salvador,
quem nos livra da morte espiritual. Pois essa, foi a expiação de Jesus, em nosso favor. Jesus Cristo
é única a fonte da possibilidade que temos de vivermos novamente com esperança nesta vida de que
ganharemos a vida eterna no mundo vindouro. O sacrifício expiatório de Jesus, o Salvador, é o ato
central de toda a história humana. E esse sacrificio, ele somente é bem compreendido e apreciado
por nós, quando nós nos ligamos a Jesus verdadeiramente. E, para sabermos realmente quem é o
Bom Pastor, temos de dar um pulo no evangelho de Marcos em seus Capítulos 4 e 5, aonde, o
evangelista, de uma forma absoluta e irretocável, nos mostra pelo Espírito Santo, a singularidade da
pessoa de Jesus e a magnitude excelsa do seu poder. 1. No versículo 39, do Capítulo 4, Marcos, nos
mostra sem delongas todo o poder de Jesus sobre a natureza, o que não poderia ser diferente, haja
vista, ele a ter criado: “Ora, levantou-se grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam
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contra o barco, de modo que o mesmo já estava a encher-se de água. E Jesus estava na popa,
dormindo sobre o travesseiro; eles o despertaram e lhe disseram: Mestre, não te importa que
pereçamos? E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento
se aquietou, e fez-se grande bonança”. Marcos 4.37-39. E sendo Jesus, o criador do universo, ele
tem poder sobre toda a natureza sem exceção alguma. Ele manda, e o sol cessa o seu percurso. Ele
ordena, e as estrelas aparecem. Ele dá uma ordem, e o vento se acalma. Ao comando da sua palavra,
o mar se encolhe. A sua ordem não pode ser contestada. O seu poder não pode ser desafiado. Ele
tem toda a autoridade sobre todas as leis da natureza. 2. Em segunda instância, Marcos nos mostra,
todo o poder de Jesus sobre os demônios: “Ao desembarcar, logo veio dos sepulcros, ao seu
encontro, um homem possesso de espírito imundo, o qual vivia nos sepulcros, e nem mesmo com
cadeias alguém podia prendê-lo; porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as
cadeias foram quebradas por ele, e os grilhões, despedaçados. E ninguém podia subjugá-lo.
Andava sempre, de noite e de dia, clamando por entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com
pedras. Quando, de longe, viu Jesus, correu e o adorou, exclamando com alta voz: Que tenho eu
contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes! Porque
Jesus lhe dissera: Espírito imundo, sai desse homem!”. Marcos 5.2-8. Jesus então, liberta aquele
homem do poder dos demônios e devolve-lhe a sanidade mental. E tendo-o transformado pelo seu
poder, ele o envia de volta à sua família a fim de lhes contar tudo quanto o Senhor havia feito por
ele. Os demônios estão totalmente debaixo da autoridade de Jesus. Sob a ordem de Jesus, eles
precisam bater em retirada. Pois Jesus, que é o libertador dos cativos, é também o atormentador dos
demônios. 3. Em terceiro lugar, Marcos nos mostra, todo o poder de Jesus sobre as enfermidades:
“Aconteceu que certa mulher, que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia e muito
padecera à mão de vários médicos, tendo despendido tudo quanto possuía, sem, contudo, nada
aproveitar, antes, pelo contrário, indo a pior, tendo ouvido a fama de Jesus, vindo por trás dele,
por entre a multidão, tocou-lhe a veste. Porque, dizia: Se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei
curada. E logo se lhe estancou a hemorragia, e sentiu no corpo estar curada do seu flagelo”. Marcos
5.25-29. Uma mulher anônima, no meio da multidão que aperta Jesus enquanto o Senhor caminhava
para a casa de Jairo, aquela mulher estava sofrendo há doze anos de uma hemorragia. Os médicos já
haviam desistido de seu caso. Seus recursos já haviam se esgotado na busca de um tratamento eficaz.
Mas ela, pela fé, apenas tocou nas vestes de Jesus e, imediatamente, a hemorragia foi estancada.
Jesus demonstrou ali todo o seu poder sobre as enfermidades de qualquer natureza. Pois, pelo seu
poder, os cegos viram, os mudos falaram, os surdos ouviram, os coxos andaram, os leprosos foram
purificados e até os mortos ressuscitaram. Para Jesus não tem doença incurável. Ele, é o médico
Onipotente, que sara todas as nossas enfermidades. 4. Em quarto lugar, Marcos enfatiza, todo o
poder de Jesus sobre a morte: “Chegando à casa do chefe da sinagoga, viu Jesus o alvoroço, os que
choravam e os que pranteavam muito. Ao entrar, lhes disse: Por que estais em alvoroço e chorais?
A criança não está morta, mas dorme. E riam-se dele. Tendo ele, porém, mandado sair a todos,
tomou o pai e a mãe da criança e os que vieram com ele e entrou onde ela estava. Tomando-a pela
mão, disse: Talitá Cumi! que quer dizer: Menina, eu te mando, levanta-te! Imediatamente, a
menina se levantou e pôs-se a andar; pois tinha doze anos. Então, ficaram todos sobremaneira
admirados”. Marcos 5.38-42. Na verdade, Jesus venceu a morte ali, naquele episódio, e a venceu
totalmente, retirando e arrancando o seu aguilhão que estava sobre nós. Na sua morte e ressurreição
está a vida. A morte, ela foi tragada pela vitória de Jesus no Calvário e na sua Ressurreição. A morte,
mesmo sendo o rei dos terrores, e o último inimigo a ser vencido, já não tem mais a última palavra.
Jesus, por paradoxal que nos pareça, matou a morte, ressuscitando e reinaugurando a imortalidade
como era no Éden. O homem, não foi criado por Deus para morrer, mas para viver eternamente. E
ele, Jesus, é a ressurreição e a vida, e todo aquele que nele crê nunca mais morrerá eternamente. E
para sedimentarmos o nosso conhecimento sobre o Bom Pastor, e sabermos que ele é o único dono
das ovelhas, e que é ele quem tem todo o poder do universo, precisamos ler com atenção esse texto
de Paulo aos Filipenses: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si
mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e,
reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e
morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de
todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra,
e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”. Filipenses 2.5-11. O
21
Bom Pastor é Jesus, e ele, simplesmente, detêm todo o Poder que há no Universo. Jesus, antes de
terminar o seu ministério na Terra e partir para estar a destra de Deus Pai, ele nos revestiu de poder
e autoridade. Esse é o Bom Pastor, que mesmo, aparentemente ausente, cuida do seu rebanho
prevenindo o que as suas ovelhas poderiam enfrentar. Esse conhecimento do poder de Jesus é o que
nos tranquiliza em razão da vida após a morte. O poder do Bom Pastor, é tão evidente e tão magnifico
que até os ímpios o reconhecem. Portanto, se você é ovelha do Bom Pastor, e o mal está vencendo
em sua vida e no seu entorno, é por que está faltando aí a presença do Senhor. E depois de refletirmos
sobre o Bom Pastor já podemos ver se somos ovelhas boas ou más. Jesus é o Bom e Único Pastor!

22
§

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Capítulo 3
As Ovelhas do Bom Pastor

“Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações,
tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas,
com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no
trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação”. Apocalipse 7.9-10. Esses, que compõem a incontável
multidão, são as ovelhas de Jesus. E é essa multidão, que ninguém poderá sequer enumerar e nem
contar, que são as ovelhas compradas pelo preço do sangue dele que foi derramado em nosso favor.
Teve um personagem bíblico, a quem Deus fez esse desafio, qual seja, ‘conte se te for possível’:
“Disse mais Abrão: A mim não me concedeste descendência, e um servo nascido na minha casa
será o meu herdeiro. A isto respondeu logo o Senhor, dizendo: Não será esse o teu herdeiro; mas
aquele que será gerado de ti será o teu herdeiro. Então, conduziu-o até fora e disse: *Olha para
os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade”. (*Grifo
Meu) Gênesis 15.3-5. Um dia desses, meditando na Palavra, me deparei com o seguinte texto de
Jesus: “Mas Jesus respondeu: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel”. Mateus
15.24. Esse texto, por si só, me causou um tremendo mal estar por estar diretamente em
contradição ao seguinte texto: “Então, falou Pedro, dizendo: Reconheço, por verdade, que Deus
não faz acepção de pessoas; pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é
justo lhe é aceitável”. Atos 10.34-35. E ali fiquei eu ruminando esses dois textos aparentemente
confrontantes entre si, pois sabido é, que a Palavra de Deus é perfeita e sem contradições. Mas os
meus pensamentos se estenderam em dúvidas até o momento, em que o Espírito Santo, me soprou
suavemente no ouvido, o seguinte: ‘Leia a Parábola do Bom Pastor!’. Eu li, e descobri ali, nas
palavras de Jesus, que na realidade, ele veio para todos, mas primeiro aos de Israel. Era só uma
questão de ordem e de prioridades divinas. O nosso texto base, se você prestou atenção, ele parou
no versículo 14, mas a verdade que veio para me esclarecer estava estampada em dois versículos
depois, quando Jesus, no verso 16, diz o seguinte: “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco;
a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um (*só) rebanho e um
(*só) pastor”. João 10.16 (**Inserções Minhas). E, depois de ler essas palavras, o Espírito Santo
colocou claramente no meu pensamento o texto da visita de Pedro a casa de Cornélio, sendo, que
ali, todos os gentios se converteram a Jesus e foram preenchidos pelo Espírito Santo (Leia → Atos
Capítulo 10). No Capítulo 11, porém, foi onde Deus me mostrou que aos gentios foi dado o mesmo
dom que aos Judeus Messiânicos: “E, ouvindo eles estas coisas, apaziguaram-se e glorificaram a
Deus, dizendo: Logo, também aos gentios foi por Deus concedido o arrependimento para vida”.
Atos 11-18. E agora, quando eu leio esse texto do Apocalipse, usado na abertura deste Capítulo,
eu vejo claramente que todas as pessoas que compõem a multidão, elas são, de todas as nações e
de todas as línguas, povos e tribos, sendo elas sim, as ovelhas de Jesus que estarão de pé diante do
Trono da Graça num número incontável a humanos, mas todas elas, porém, conhecidas de Deus e
do Cordeiro. Pedro tinha razão, ‘Deus não faz acepção de pessoas’. Todos são iguais perante ele,
e todos tem o mesmo valor perante ele, pois ele ama cada um de forma exatamente igual. Todos nós
descendemos de um único ser humano, Adão. E todos nós, os salvos, somos feitos filhos e herdeiros
de Deus através do sacrificio vicário do segundo Adão que é Jesus. A Lei de Deus, ela é colocada
no coração de toda a humanidade, todos os seres humanos são capazes de fazer distinção entre o
bem e o mal, mas qual é atitude ele vai realizar é só uma questão de livre-arbítrio. Deus não deixou
as pessoas de outras nações sem a oportunidade de arrependimento. Jesus, veio pra oportunizar a
salvação a todas as ovelhas. O Santo de Israel, colocou também uma medida de espiritualidade e de
desejo por Deus no coração de cada ser humano. De acordo com Paulo, aqueles que sentem a
presença do Espírito de Deus, quando são colocados frente-a-frente com ele se revolvem de uma
forma inquietante para poder recebê-lo. Não há como resistir ao amor do Deus quando a gente se
dispõe. Sabe aquele vazio imenso que temos em nosso coração e que nada do que fazemos preenche
e nos satisfaz? É o anseio espiritual que temos do Espírito Santo preenchendo o nosso ser. Muitas
pessoas sentem um vazio no coração que não pode ser preenchido pelas coisas que o mundo oferece,
quais sejam: fama, poder, dinheiro, sexo ou qualquer outra coisa. Na sua essência essa foi a
mensagem do livro de Eclesiastes. E esse vazio, e essa insatisfação, muitas das vezes, levam as
pessoas a uma busca por algo que vai além, algo que transcenda a rotina da existência. E elas, são
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então, atraídas para a Palavra da verdade revelada e ouvem o chamado do Bom Pastor. Essas pessoas,
como eu e você, que somos cristãos, conhecemos a voz do Bom Pastor, mesmo que nunca a tenhamos
ouvido sonoramente, e isso, é algo, que vem do Espírito Santo para o nosso espírito. E lá estaremos
nós, vestidos de vestiduras brancas como a mais alva lã de uma ovelha. Lá estaremos nós, com
palmas nas mãos como numa analógica reedição do Domingo de Ramos onde veremos o Leão da
Tribo de Judá reinando triunfante depois de ter pisado lagar e ter vencido sobre todas as hordas do
mal. E ali estará Jesus, reinando absoluto no Redil da Cidade Santa, a Jerusalém Celestial. Sendo
então, que a salvação pertence ao nosso Deus e ao Cordeiro, e as ovelhas que creram nesta verdade
e que por ela fizeram opção nesta vida, estarão por lá, de toda tribo, nação, povos e línguas. Paz e
Salvação!

25
§

26
CAPÍTULO 4
A Visão no Mundo Bíblico e a Visão no Mundo Hoje

Para nós, chegarmos até as Palavras de Pedro, aonde ele reconhece que Deus não faz acepção de
pessoas, e até ao envio de Paulo como o apóstolo dos gentios, houve um longo caminho a ser
percorrido. Paulo, foi separado pelo próprio Senhor Jesus para essa missão, pois assim, ele estava
cumprindo as palavras dele nesta Parábola de que ele deveria ajuntar as outras ovelhas que não eram
do aprisco Judeu: “Ora, havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. Disse-lhe o Senhor
numa visão: Ananias! Ao que respondeu: Eis-me aqui, Senhor! Então, o Senhor lhe ordenou:
Dispõe-te, e vai à rua que se chama Direita, e, na casa de Judas, procura por Saulo, apelidado de
Tarso; pois ele está orando e viu entrar um homem, chamado Ananias, e impor-lhe as mãos, para
que recuperasse a vista. Ananias, porém, respondeu: Senhor, de muitos tenho ouvido a respeito
desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e para aqui trouxe
autorização dos principais sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome. Mas o
Senhor lhe disse: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome
perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel”. Atos 9.10-15. Já a história de
Pedro foi um pouco mais longa, pois ele teve de passar por um tratamento de descontaminação
das tradições orais do Judaísmo e se livrar do etnocentrismo Judaico quebrando paradigmas. A
visão do mundo bíblico, era uma visão sem visão, era como nos lemos no texto acima sobre a
reação preconceituosa de Ananias que se achou no direito de explicar para Deus quem era Paulo,
como se o Senhor não o soubesse. Pedro, da mesma forma, tinha a sua visão limitada por atavismos
religiosos. O caminho do tratamento de Pedro, começa com Cornélio, um centurião Romano que
comandava 100 soldados. Cornélio residia em Cesareia uma cidade portuária. A cultura grega e a
influência Romana estavam presentes nos prédios públicos, nas pistas de corridas, nos palácios, no
aqueduto, no teatro e num magnífico porto. Tudo isso, atraiu uma população mista de várias
nacionalidades para Cesareia, inclusive judeus. Cornélio era temente a Deus por ter se aproximado
e praticar a religião dos Judeus. Isso quer dizer que ele frequenta os ofícios santos na sinagoga local,
e dava, generosamente, contribuições materiais para aliviar as necessidades dos pobres e orava
diariamente em determinados horários. No entanto, ele não consentia com a circuncisão. E desse
modo, ele seguia o exemplo de vários gentios, que adoravam a Deus, mas não eram admitidos na
comunidade judaica por não serem circuncidados. Cornélio, porém, tem uma fé genuína no Deus de
Israel, ele tem também conhecimento verdadeiro dos seus preceitos e aguardava a vinda do Messias.
E já que Cornélio é um temente a Deus, e não um judeu convertido, isso o impedia de apresentar
ofertas no Templo de Jerusalém. Mas as suas orações, e esmolas, subiram até a presença de Deus e,
enquanto ele orava as 3 da tarde, um anjo enviado, passa a dar-lhe instruções para que ele envie
homens a Jope a 56 km ao sul de Cesareia, na casa de Simão o curtidor onde Pedro se hospedava.
Esses homens, que foram enviados, convidariam Pedro para ir à casa de Cornélio. E, enquanto os
enviados de Cornélio estavam a caminho de Jope, Pedro, vai orar no terraço da casa onde está
hospedado, e, no meio da guerra da carne que quer comer e o espírito que quer orar, ele cai em êxtase
e tem uma visão fascinante. Deus lhe deu uma visão (vale muito a pena ler o Capítulo 10 de Atos na
íntegra) divina da quebra de barreiras que impedia os Judeus de se aproximarem e de conviverem
com os gentios. As objeções religiosas, culturais e tradicionais enraizadas em Pedro, eram tão fortes,
a ponto de ele recusar a nova obrigatoriedade sobrenatural vinda da revelação de Deus. Pedro, é um
judeu, que desde a sua meninice, aprendera a não entrar na casa de um gentio e não ter comunicação
à mesa com um não-judeu. Os judeus também se recusavam a comer carne vendida por um
açougueiro gentio, evitando assim, se contaminar com algo ritualmente impuro. Contudo, a voz
celestial lhe fala pela segunda vez, para ele não considerar nada impuro do que Deus santificou. Isso
nos mostra, que Deus, está ensinando ao apóstolo para ele abolir as leis farisaicas religiosas e orais,
pois foi o próprio Deus quem removeu essa barreira. Ele é o Legislador. E isso, deixa Pedro
estarrecido, meditando sobre a visão celestial e tentando entende-la, já que a sua visão era limitada,
incompleta e parcial. Pedro, como todo bom religioso, tem a eterna mania de ver problemas demais
naquilo que Deus ordena. Era o velho etnocentrismo judaico em ação em Pedro. Pois, da mesma
forma como eu me entristeci ao ler o texto onde Jesus falava que tinha vindo somente para as ovelhas
de Israel, mas depois tive que entender que não era nada disso. Para Pedro, era assim, salvação
mesmo só para as ovelhas de Israel, contudo, essa é uma visão distorcida do Evangelho do Reino.
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Deus, nesta altura, ele estava quebrando paradigmas. E ele começa a tratar a vida de Pedro revelando-
lhe através de Seu Espírito Santo que os enviados de Cornélio estão procurando por ele e que ele
não deve hesitar em ir com eles, pois Deus mesmo é quem os estava enviando. Os emissários
chegaram e se apresentaram dizendo a Pedro quem Cornélio era. Pedro os convida a entrar e no
outro dia segue com eles para a casa de Cornélio. E lá, Pedro, vai finalmente pegar a visão do
Evangelho da Salvação e declarar que qualquer um pode ser ovelha de Jesus se assim o desejar.
Pedro, aprendeu a vencer o preconceito, e a aceitar como irmãos e irmãs os gentios alcançados pela
Palavra e que são tementes a Deus. Todo aquele que crer em Jesus de verdade pode entrar no Aprisco.
No mundo hodierno isso não tem sido diferente. Muitos cristãos tem a visão limitada a respeito do
evangelho da salvação. Por isso, nós vemos com clareza, o preconceito religioso que há de igreja
denominacional para igreja denominacional com relação a dogmas, tradições, teologias, praticas,
rituais e doutrinas, tendo, cada uma, a interpretação que lhe convêm das Escrituras. E Pedro, na
sequência desta quebra de paradigmas e do tratamento espiritual que ele teve da parte de Deus, ele
escreveu, sob a inspiração do Espírito Santo: “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra
profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que
o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração, sabendo, primeiramente, isto: que
nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer
profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens falaram da parte de Deus, movidos pelo
Espírito Santo”. II Pedro 1.19-21. As religiões denominacionais, ditas evangélicas ou não, elas
digladiam-se entre si por tradições e teologias de homens e de demônios. Precisamos quebrar
paradigmas em nosso meio e ouvirmos a voz de Deus que é audível na Palavra e pegarmos, como
Pedro, a verdadeira visão do Evangelho. Por isso, temos tanta confusão na Babilônia religiosa,
aonde, cada um quer ter razão nisso ou naquilo, mas, que na verdade mesmo, não tem razão alguma
diante de Deus. E é pela particular interpretação da profecia bíblica que se instala o caos babilônico
religioso no seio das igrejas denominacionais. Ou somos todos nós ovelhas ou não somos nada. Há
um mal existente entre os que professam pertencer ao Redil de Jesus, tão grosseiro, vil, blasfemo e
herege em sua imprudência, como o de Pedro. Nós podemos ver que até mesmo a maioria dos que
possuem uma pouca visão espiritual dificilmente deixará de perceber a ação deste mal no meio
religioso denominacional. Nas décadas passadas, vieram os líderes religiosos, desenvolvendo, ao
usarem o fermento dos fariseus, uma igreja denominacional que está muito longe de preocupar-se
com as ovelhas. A massa está levedada. O satanás, sabiamente, criou algo muito perspicaz ao sugerir
que missão da igreja consiste, em prover entretenimento e prosperidade para as pessoas tendo em
vista ganhá-las para Cristo. Isso é blasfêmia, as pessoas são ganhas para Jesus apenas por Jesus
através do mover do Espírito Santo mediante a pregação da Palavra com vistas a evangelizar: “Não
há diferença entre judeus e gentios, pois o mesmo Senhor é Senhor de todos e abençoa ricamente
todos os que o invocam, porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como,
pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar?
E como ouvirão, se não houver quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como
está escrito: Como são belos os pés dos que anunciam boas novas! No entanto, nem todos os
israelitas aceitaram as boas novas. Pois Isaías diz: Senhor, quem creu em nossa mensagem?
Consequentemente, a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra
de Cristo”. Romanos 10.12-17 (NVI). Os pés de quem é que são belos? Daqueles que pregam as
boas-novas! E nada mais além disso, pois ‘o que passa disso tem procedência maligna’. Na
anunciação, o anjo disse: “Mas o anjo lhes disse: "Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas
novas de grande alegria, que são para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador
que é Cristo, o Senhor”. Lucas 2.10-11. O que é que o anjo trouxe? As Boas-Novas do nascimento
de Jesus que é o salvador. Por isso, Paulo escreveu: “A fé vem por ouvir a mensagem, e a
mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo”. Não é pela palavra de ninguém que as ovelhas
são alcançadas, mas somente pela Palavra de Cristo. Cada grupo denominacional agarrou-se as suas
próprias interpretações bíblicas e se esqueceram que a teologia bíblica do Espírito Santo é o que
importa realmente quando se trata de ganhar almas para o Reino de Deus. E tem sido assim no
decorrer das décadas, que as igrejas, impregnada pelo fermento dos fariseus, pelo clamor do joio e
pelas doutrinas de demônios que ela abandonou a pregação ousada do Evangelho do Reino e,
gradualmente, amenizou a Palavra de Deus. Palavra essa que não dá mole pra ninguém. O primeiro
sinal da queda eclesiástica foi quando a igreja passou a aceitar e a justificar as frivolidades, o
politicamente correto e as vaidades que estão em voga no mundo. Passo seguinte, ela mundanizou a
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mensagem e começou a tolerar a conformação com o mundo em suas fronteiras sob o pretexto de
ganhas as multidões. Hipocrisia. Quem não obtêm a salvação por meio de Jesus não a obtêm de
forma alguma. Quando Jesus ordenou o Ide, ele disse, que era para ir por todo o mundo e pregar o
evangelho a toda criatura e ponto e pronto. Ele não disse, e nem se vê na Bíblia palavra alguma,
sobre: ‘prover o seu público de entretenimento ou riquezas’. Tais palavras não se encontram na
Bíblia e sequer passaram pela mente do Senhor Jesus. Os profetas, e os discípulos, eles foram
perseguidos porque divertiam as pessoas ou porque se recusavam a fazê-lo? Se Jesus houvesse
introduzido elementos facilitadores e agradáveis em seu ministério e em suas palavras ele teria sido
mais popular em seus resultados, porque os seus ensinos eram, na verdade nua e crua, perscrutadores,
reveladores e confrontantes. Nunca houve margem para a enganação teológica nas palavras de Jesus
para as ovelhas que são dele, ou seja, a Palavra dele sempre foi e sempre será o: Sim, sim e Não,
não! O talvez, não faz parte do vocabulário de Jesus, quando se trata de vidas em jogo e de ovelhas.
A visão bíblica, do mundo de Pedro, estava centrada no bairrismo e no etnocentrismo. Já a visão
pastoral hodierna, está baseada, em quase 95% dos casos, no texto de Ezequiel 34 (Leia-o na Íntegra).
A visão de Pedro, com relação a evangelho, ela teve que mudar radicalmente e divinamente para
comtemplar todas as ovelhas de todas as nações. E eu espero, em Jesus, que a visão hodierna também
mude e que se cumpra o Ide a todas as nações nos moldes das Escrituras. Shalom!

29
§

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CAPÍTULO 5
Oportunizando
Creio eu, que se você leu esse E-book, diligentemente, a maior lição que nos fica é a certeza de que
precisamos estar verdadeiramente cientes da nossa posição perante Jesus. Precisamos entender, que
sem o Azeite da Graça da Salvação, que temos no sacrificio Vicário do Senhor Jesus na Cruz do
Calvário, não estaremos no descanso eterno ao lado dele. E isso é certo, independentemente do
Tempo da Sua Volta, tanto faz, se ele volta para mim ou pra você ou no Segundo Advento. Morrer
sem Jesus é a maior tragédia que o ser humano pode enfrentar em sua vida (Leia → Lucas Capítulo
16 - a História de Dives e Lázaro, ou solicite, gratuitamente, o nosso E-book: ‘Hades - A Morada
dos Injusto Mortos’ que aborda esse tema). Nenhum homem pode se salvar pelo seu próprio esforço
e nem apenas por ter medo do inferno, e nem ainda, por comodismo ou conhecimento, e por isso, se
ele vier a óbito sem Jesus, ele será punido eternamente no Lago de Fogo, e, temporariamente no
Hades. Precisamos correr para Cristo que prometeu nos aceitar a todos os que vêm a Ele, pois Ele
disse:
“O que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora”. João 6.37.
E como sacrifício vivo, Jesus Cristo veio a este mundo, predestinado a levar sobre si todas as escórias
do nosso pecado (sem, contudo, pecar), as nossas doenças, dores e sofrer a dolorosa separação de
Deus numa agonizante morte física e espiritual, substituindo-nos, naquela cruz. A Escritura nos diz:
“Sua Alma Como Oferta Pelo Pecado”. Isaías 53.10.
Posto isso, pergunto a você, meu amigo e minha amiga, interessados em se tornarem ovelhas de
Jesus e em alcançarem a Vida Eterna no Céu? Interessados em estarem preparados para aquele
momento de encontrar o Criador quando ele nos chamar? Para isso, é necessário haver uma decisão
e um arrependimento verdadeiro e não simplesmente um desejo de escapar do Lago de Fogo, lugar
de sofrimento eterno. Ter remorso, depois do fato consumado, de nada vai valer (a salvação, repito
enfaticamente, não é apenas uma questão de medo, de comodidade, ou de conveniência, mas de uma
entrega e de uma aceitação em amor, e do pleno reconhecimento da nossa condição pecaminosa e a
aceitação incondicional do único sacrifício vivo, santo e completo que pode nos livrar da condição de
separação eterna de Deus, nos dando acesso a Vida Eterna no Céu). O tempo da oportunidade é hoje,
não deixe para descobrir tarde demais que é necessário mais do que apenas uma reforma superficial
religiosa, mas uma transformação total. No Capítulo 16, de Lucas, nós vemos que Dives descobriu
tarde demais que era necessário um genuíno arrependimento. Como alguns, que hoje em dia, ficam
sabendo tarde demais que deveriam ter recebido o Senhor Jesus Cristo como o seu único e
suficiente, Salvador e Senhor. Naquele texto de Lucas, vemos, que as palavras de Abraão, que
foram ditas a Dives, implicavam, que aqueles que fossem entrar no Paraíso precisariam estar
dispostos a fazer da Palavra de Deus a regra suprema da sua vida. Na época de Dives, “...a lei e os
profetas” eram a Palavra de Deus ao povo. Hoje, Deus tem nos dado uma luz adicional, pois agora,
nós temos o NT como a nossa herança, e nele se inclui, as palavras de Jesus, que disse:
“Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de
Deus”. João 3.3.
Precisamos ser Nascidos de Novo. Nossas naturezas precisam ser mudadas. Nossa natureza não
convertida ela tem somente uma tendência que é para baixo, para o pecado e para o Hades. Aqueles,
que se entregam às suas naturezas não regeneradas, são atraídos cada vez mais fundo para os laços
do mal, até que, as suas inclinações se tornem totalmente ímpias e irreversíveis. Morrer nesta
condição, significa, que a pessoa irá para aquela região na qual a sua natureza tem afinidade. Ela
será atraída para o elemento predominante, ao qual, a sua natureza caída corresponde. O homem, até
hoje, jamais conseguiu compreender o amor que está em Cristo e que o capacitou a beber do cálice
de sofrimento e do sacrifício. As mentes humanas não são capazes de medir ou captar isso (Leia →
João 3.16). O sacrifício de Jesus foi o suficiente. Foi o quanto bastou. A obra foi feita. E, as palavras
finais de Jesus quando estava morrendo na cruz, foram:
“Está consumado!”. João 19.30.
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E por saber que isso era suficiente, Jesus nos avisou e avisou, sobre o estar-se preparado com base,
unicamente, na sua Palavra para o momento de se partir desta terra. E, por causa da magnitude do
amor de Cristo, Ele, pessoalmente, cancelou os pecados de cada ser humano que já viveu ou que
vier a viver do início até o fim dos tempos e que esteja disposto a nascer de novo (se converter a Ele).
Jesus disse:
“Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. João 10.10;
“E aquele que crê em mim, a ele eu darei o poder de se tornar FILHO DE DEUS”. João 1.12;
“Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono”. Apocalipse 3.21.
Que todos aqueles que lerem essas páginas virtuais, e que ainda estão fora de Cristo, que possam
entregar as suas vidas a Ele! Determine agora que você não irá para a sepultura sem Jesus.
Decida-se, por aceitar a Sua Graça e Redenção, e deixe a sua vida ser transformada para quando a
hora de você deixar o seu corpo chegar, o seu espírito não seja atraído para os elementos maus do
mundo inferior; e, ao invés disso, os anjos é quem o conduzirão ao Paraíso, para a terra dos
redimidos e dos Justos Mortos.

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo
Jesus, nosso Senhor”. Romanos 6.23;

“Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o
Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus”. João 3.36.

Você quer receber a Jesus Cristo agora, como o seu único Senhor e suficiente Salvador?

Se a sua resposta é sim, e se ela é verdadeira, repita essa oração de todo o seu coração e confesse
todos os seus pecados a Deus:
“Deus, meu Criador, eu reconheço que tenho vivido até agora, a minha vida, totalmente longe de Ti. Tenho
vivido, apenas para mim mesmo e para os meus prazeres pecaminosos e isso é errado. Meu Deus, eu preciso
do Senhor em minha vida. Eu Te quero em minha existência. Reconheço, nesta oração, o sacrifício completo
e aceito do Teu Filho Jesus Cristo em ter dado a sua vida por mim na cruz do Calvário. Eu desejo muito, de
toda a minha alma, obter o perdão dos meus pecados e ser livre de verdade. Senhor Jesus, eu te rogo pelo
Teu perdão? Perdão esse, que o Senhor tem oferecido a mim tão livremente através do seu sacrifício vicário
no Calvário. Eu te confesso agora, todos os meus pecados neste momento, todos eles. Entre na minha vida
agora Senhor Jesus. Faça morada no meu coração, e me sele com o selo da salvação, escreve o meu nome
no Livro da Vida. Seja o meu Rei, o meu Senhor e o meu Salvador. De hoje em diante, eu buscarei, por não
ser mais controlado pelos meus pecados e desejos carnais, mas seguirei ao Senhor e obedecerei aos seus
mandamentos todos os dias da minha vida. Dias esses, que estão nas Tuas mãos, a partir de agora. Eu
declaro aqui, Senhor Jesus, de todo o meu coração, que te reconheço e te recebo como o meu único Senhor
e Salvador. E por isso, eu oro a Ti Deus, no Nome precioso e santo de Jesus, me recebe como teu filho, para
que eu possa te chamar de Pai. Em Nome de Jesus. Amém!”.
Tomei a minha decisão por Jesus nesta data (anote aqui a data da sua decisão por Jesus)

_______/__________________/20_______.
Amigo, e amiga, se você foi verdadeiramente sincero (a) nessa sua oração, no seu arrependimento,
e na sua decisão de receber a Jesus Cristo como o seu Senhor e Salvador, tenham a plena e
completa certeza de que o Lago de Fogo não será a sua morada eterna.

Que possamos então, estarmos prontos para o nosso encontro com o Bom Pastor, para que assim,
estejamos aptos a ter parte no melhor da continuidade eterna do grande programa de Deus que tem
se desdobrado no decorrer dos séculos e que se estenderá pelos séculos dos séculos, amém! E, caso
você queira receber mais informações sobre os assuntos que foram abordados aqui, e desejar se
corresponder conosco, siga as instruções da página 35 que nós estaremos a sua disposição. Em Jesus,
sou vosso servo nEle! Um grande e fraterno abraço!
Pr. Helinho - Diretor Executivo do CREIA.
32
§

33
Bibliografia Utilizada
Bíblia Sagrada - Almeida Revista e Atualizada (ARA) - Sociedade Bíblica do Brasil - 2015
Bíblia Sagrada - Almeida Corrigida e Fiel (ACF) - Sociedade Bíblica Trinitariana - 1994
Bíblia Sagrada - Edição Contemporânea de Almeida (ECA) / Bíblia Thompson - Vida - 2000
Bíblia Sagrada - Bíblia de Estudo Arqueológica (NVI) - Vida - 2013
Bíblia Sagrada - Bíblia em Ordem Cronológica (BOC) - Vida - 2003
Bíblia Sagrada - King James Atualizada (KJA) - Abba Press/Sociedade Bíblica Ibero-Americana - 2011
Bíblia Sagrada - King James Fiel (KJF) - BVBooks/LifeWay - 1611
Ferreira, A. B. H. - Novo Dicionário da Língua Portuguesa - Nova Fronteira - 1986
Van Den Born, A. - Dicionário Enciclopédico da Bíblia - Vozes - 1992
Strong, J. - Dicionário Bíblico / Hebraico, Aramaico e Grego - Sociedade Bíblica do Brasil - 2002
Ed/Org Douglas, J. D. - NDB - O Novo Dicionário da Bíblia / 3ª Ed Rev - Vida Nova - 2006
Merrill, C. T. - Enciclopédia da Bíblia / Vols. 1, 2, 3, 4 e 5 - Cultura Cristã - 2008
Bruce, F. F. - Comentário Bíblico NVI / AT e NT - Vida - 2002
Macdonald, W. - Comentário Bíblico Popular / NT - Mundo Cristão - 2008
Lawrence, O. R. - Comentário Histórico-Cultural do NT - CPAD - 2008
Warren, W. W. - Comentário Bíblico Expositivo - Geográfica Editora - 2007
Stern, D. H. - Comentário Judaico do Novo Testamento - Atos - 2008
Trad. Ribas, D. - Comentário Bíblico do Novo Testamento Aplicação Pessoal / Vols 1 e 2 - CPAD - 2010
Trad. Ribas, D. - A Difícil Doutrina do Amor de Deus - CPAD - 2007
Trad. Ribas, D. - Dicionário Bíblico Wycliffe / 2ª Ed - CPAD - 2007
Bruce, F. F. - Comentário Bíblico NVI / AT e NT - Vida - 2002
Vários Autores - Pesquisas Diversas ®Google - https://www.google.com.br – Consultas / 2021 ↔ 2023
Vários Autores - https://www.dicio.com.br - Consultas Diversas / 2021 ↔ 2023

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“O bom pastor dá a vida pelas ovelhas”. João 10.11.

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