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LICENCIAMENTO DE

EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO

Bernardino Gomes
LICENCIAMENTO DE
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
1. Novas PED e SPVD. Estrutura, e o que muda nas novas versões;
2. O que muda no novo Regulamento.
3. Regulamento de instalação, de funcionamento, de reparação e de
alteração de ESP aprovado pelo DL 131/2019, bem como as
instruções técnicas aplicáveis (ITC);
4. Identificação cada tipo de ESP, bem como suas características;
5. Regras de exclusão da aplicação do regulamento;
6. Etapas de licenciamento de ESP;
7. Como elaborar um projeto de instalação de ESP;
8. Reparações e pequenas reparações;
9. Órgãos de segurança e controlo obrigatórios;
10. Ensaios e verificações periódicas aplicáveis aos ESP, incluindo os
alternativos;
11. Regime sancionatório aplicável aos ESP.

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Diretivas PED e SPVD
Existem duas diretivas europeias que estabelecem regras para disponibilização
no mercado de recipientes sob pressão.

Recipientes sob pressão simples (SPVD) Equipamentos sob pressão (PED)


Diretiva 2014/29/EU Diretiva 2014/68/EU

Revoga Diretiva 2009/105/CE Revoga Diretiva 97/23/CE

Transposto pelo DL 37/2017 de 29 março Transposto pelo DL 111-D/2017 de 31 agosto

Aplica-se a rRecipientes de construção soldada, Aplica-se à conceção, fabrico e avaliação de


destinados a conter ar ou nitrogénio, e que não conformidade dos equipamentos sob pressão
se destinem a ser submetidos à ação de uma e dos conjuntos sujeitos a uma pressão
chama, fabricados em aço ou alumínio. máxima admissível (PS) superior a 0,5 bar.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Diretiva SPVD (RSP simples)
É aplicável a recipientes de ar ou nitrogénio não sujeitos a chama, com as seguintes
características:
• 30 bar > PS > 0,5 bar
• PS*V < 10.000 bar*litro.
PED
• TS min > -50 ºC
• TS max < 300 ºC (aço)
• TS max < 100 ºC (alumínio)
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Diretiva SPVD (RSP simples)
São excluídos:
• Recipientes especificamente concebidos para fins nucleares;
• Recipientes especificamente destinados ao equipamento ou à propulsão de
barcos e aeronaves;
• Extintores de incêndios.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Diretiva SPVD
Requisitos essenciais de segurança
O fabricante deve ter em conta as seguintes disposições:
• Deve ser possível inspecionar o interior dos recipientes;
• Deve ser possível purgar os recipientes;
• A pressão interior não deve exceder a pressão máxima de serviço PS de forma
permanente. Pode, contudo, haver sobrepressões momentâneas até um limite máximo
de 10 %;
• Se o produto PS × V não for superior a 3000 bar*L, o fabricante pode escolher efetuar a
conceção por cálculo, ou pelo método experimental.
• Se o produto PS × V for superior a 3000 bar*L ou se a temperatura máxima de serviço
exceder 100 °C, a espessura de paredes deve ser determinada por cálculo.
• No método experimental, a espessura das paredes deve ser determinada de tal modo
que os recipientes possam, à temperatura ambiente, resistir a uma pressão igual a pelo
menos cinco vezes a pressão máxima de serviço (PS).
• A espessura efetiva das paredes não deve, contudo, ser inferior a 2 mm no caso dos
recipientes de aço e a 3 mm no caso dos recipientes de alumínio.
• No final do fabrico, todos os recipientes são sujeitos a uma prova de pressão hidráulica a
1,5 *Pressão de cálculo.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Diretiva SPVD
Marcação CE e inscrições
Os recipientes cujo produto PS × V exceda 50 bar*L devem ostentar a
marcação CE.
Os recipientes ou as placas sinaléticas devem exibir, pelo menos, as
seguintes inscrições:
a) A pressão máxima de serviço, PS, em bar;
b) A temperatura máxima de serviço, Tmax, em graus Celsius (°C);
c) A temperatura mínima de serviço, Tmin, em graus Celsius (°C);
d) A capacidade do recipiente, V, em litros;
e) O nome, o nome comercial registado ou a marca registada e o
endereço do fabricante;
f) O tipo e a identificação do lote ou da série do recipiente.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Diretiva SPVD
Marcação CE e inscrições
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Diretiva SPVD
Declaração UE de conformidade
A declaração UE de conformidade deve indicar que foi demonstrado o cumprimento dos
requisitos essenciais de segurança, deve respeitar o modelo previsto no anexo IV da Diretiva,
ser redigida em língua portuguesa, e conter a seguinte informação:
1 — Recipiente/modelo de recipiente (número do produto, do tipo, do lote ou de série):
2 — Nome e endereço do fabricante e, se for o caso, do seu mandatário:
3 — A presente declaração de conformidade é emitida sob a exclusiva responsabilidade do
fabricante.
4 — Objeto da declaração (identificação do recipiente que permita rastreá-lo; se for
necessário para a identificação do recipiente, pode incluir uma imagem):
5 — O objeto da declaração acima descrito está em conformidade com a legislação de
harmonização da União Europeia aplicável:
6 — Referências às normas harmonizadas aplicáveis utilizadas ou às outras especificações
técnicas em relação às quais é declarada a conformidade:
7 — O organismo notificado… (nome, número) efetuou… (descrição da intervenção) e emitiu
o certificado:
8 — Informações complementares: Assinado por, e em nome de: (local e data de emissão):
(nome, cargo) (assinatura)
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Diretiva PED
Aplica-se a todos os equipamentos sob pressão (ESP), cuja pressão máxima de
serviço (PS) seja superior a 0,5 bar, ou seja:
• ESP para conter gases, ou gases liquefeitos;
• ESP para conter líquidos;
• Tubagens;
• ESP sujeitos a chama tais como os destinados à geração de vapor de água
ou de água sobreaquecida a temperaturas superiores a 110°C.

Em função do tipo de ESP, da energia armazenada (PS*V), e do fluido que


contém, existem as seguintes classes de risco (da mais reduzida para a mais
elevada): I, II, III, e IV.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Diretiva PED
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Diretiva PED
Requisitos essenciais de segurança
1. O fabricante é obrigado a analisar os perigos e os riscos, a fim de
determinar os que se aplicam aos seus equipamentos devidos à
pressão.
2. Ao escolher as soluções mais adequadas, o fabricante deve:
• eliminar ou reduzir os perigos, tanto quanto seja razoavelmente
possível;
• aplicar medidas de proteção adequadas contra os perigos que
não possam ser eliminados;
• informar os utilizadores, se aplicável, dos perigos residuais.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Diretiva PED
Requisitos essenciais de segurança
1. Os ESP devem ser concebidos para esforços conformes com o fim a que se
destinam, e bem assim para outras condições de serviço razoavelmente
previsíveis. Em particular, há que atender aos seguintes fatores:
•pressão interna/externa,
•temperaturas ambiente e de serviço,
•pressão estática e massa do conteúdo nas condições de funcionamento e de
ensaio,
•solicitações devidas ao tráfego, ao vento e a sismos,
•forças e momentos de reação resultantes dos suportes, fixações, tubagens,
etc.,
•corrosão e erosão, fadiga, etc.,
•decomposição dos fluidos instáveis.
2. Há que considerar as várias solicitações suscetíveis de surgir ao mesmo
tempo, tendo em conta a probabilidade da sua ocorrência em simultâneo.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Diretiva PED
Verificação final
A verificação final dos equipamentos sob pressão deve
incluir um ensaio de resistência à pressão, que assumirá
normalmente a forma de um ensaio hidrostático.
A pressão de ensaio hidrostático deve ser pelo menos
igual à mais elevada das seguintes pressões:
— a pressão correspondente à carga máxima que pode
suportar o equipamento em serviço, tendo em conta a sua
pressão máxima admissível e a sua temperatura máxima
admissível, multiplicada pelo coeficiente 1,25;
— a pressão máxima admissível multiplicada pelo coeficiente
1,43.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Diretiva PED
Marcação e rotulagem
Para além da marcação «CE», devem ser prestadas as seguintes informações, no que respeita a
todos os equipamentos sob pressão:
— ano de fabrico,
— identificação do equipamento sob pressão (indicação do tipo, da série, lote e do número de
fabrico)
— limites essenciais máximos/mínimos admissíveis;
Se aplicável, da manutenção e da inspeção periódica, como:
— volume (V) do equipamento sob pressão, em L,
— dimensão nominal dos tubos (DN),
— pressão de ensaio (PT) aplicada, expressa em bar, e data do ensaio,
— pressão, em bar, para que estão regulados os dispositivos de segurança,
— potência do equipamento sob pressão, em kW,
— tensão da alimentação, em V (volts),
— utilização prevista,
— razão de enchimento, em kg/L,
— massa máxima de enchimento, em kg,
— tara, em kg,
— grupo a que pertence o fluido;
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Marcação PED

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Diretiva PED
Declaração UE de conformidade
— Equipamento sob pressão ou conjunto (produto, tipo, lote ou série):
— Nome e endereço do fabricante ou, se for caso disso, do respetivo mandatário:
— A presente declaração de conformidade é emitida sob a exclusiva responsabilidade do
fabricante.
— Objeto da declaração (identificação do equipamento ou conjunto sob pressão que permita
rastreá-lo; a) descrição do equipamento sob pressão ou do conjunto,
b) processo de avaliação da conformidade aplicado,
c) no caso dos conjuntos, descrição dos equipamentos sob pressão de que se compõe o conjunto e
processo de avaliação da conformidade aplicado.
— O objeto da declaração acima mencionado está em conformidade com a legislação da União
aplicável em matéria de harmonização:
— Referências às normas harmonizadas aplicáveis utilizadas ou às outras especificações técnicas
em relação às quais é declarada a conformidade:
— o organismo notificado
— Informações complementares:
— Assinado por e em nome de; i) (local e data da emissão) ii) (nome, cargo)(assinatura)
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Declaração UE de conformidade PED
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Diretivas PED e SPVD o que muda?
Qualquer operador económico que colocar no mercado ESP ou RSPS em seu
próprio nome ou sob a sua marca ou alterar o equipamento, deverá ser
considerado fabricante e, por conseguinte, cumprir os seus deveres enquanto
tal.
Ao garantir-se a rastreabilidade de um ESP ou de um RSPS ao longo de todo o
circuito comercial contribui-se para simplificar e tornar mais eficiente a
fiscalização do mercado.
As diretivas PED e SPVD, limitam-se à expressão de requisitos essenciais de
segurança. O recurso (voluntário) a normas harmonizadas, adotadas nos
termos do Regulamento (UE) nº 1025/2012 dão presunção de conformidade
com aqueles requisitos.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
PED SPVD
Livre circulação

Os recipientes / ESP só podem ser colocados no mercado e entrar em funcionamento


se não comprometerem a segurança das pessoas, dos animais domésticos ou dos bens,
quando instalados e mantidos em condições adequadas e utilizados em conformidade
com o fim a que se destinam.

Presunção da conformidade

Consideram-se em conformidade com todas as disposições dos diplomas os ESP /


recipientes que tenham aposta a marcação «CE» e que estejam munidos da declaração
«CE» de conformidade. Presumem-se em conformidade com os requisitos essenciais
os ESP / recipientes que obedeçam ao disposto nas normas nacionais de transposição
de normas harmonizadas cujas referências tenham sido publicadas no Jornal Oficial
das Comunidades Europeias.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Novas Diretivas PED e SPVD o que muda?
Por opção não houve alterações nos requisitos técnicos das
diretivas tendo havido a preocupação em alinhar a estrutura
organizacional, conforme o seguinte:

Capítulo 1 - Disposições Gerais


Capítulo 2 - Obrigações dos operadores económicos
Capítulo 3 - Conformidade do equipamento
Capítulo 4 - Notificação
Capítulo 5 - Vigilância do mercado
Capítulo 6 - Disposições finais e transitórias
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Novas Diretivas PED e SPVD o que muda?
As diretivas abrangem os equipamentos sob pressão produzidos por um fabricante
sediado na União ou a equipamentos sob pressão, quer novos, quer em segunda mão,
importados de um país terceiro.
Os ON apenas pode iniciar a sua actividade, se nem a Comissão nem os Estados-
Membros tiverem levantado objeções nas duas semanas seguintes à notificação,
sempre que seja utilizado um certificado de acreditação, e nos dois meses seguintes à
notificação, se a acreditação não for utilizada.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Novas Diretivas PED e SPVD o que muda?
A lista dos ON pode ser consultada na base de dados NANDO
(https://ec.europa.eu/growth/tools-databases/nando/?locale=en)
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO

Conceção
Fabrico PED SPVD
Colocação no
Todos os fluidos Ar e Nitrogénio
Mercado

Instalação
Utilização DL 131/2019
Alteração ITC
Reparação Regulamento
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
DL 131/2019 de 30 de agosto

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
O novo regulamento

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
O que muda no novo regulamento
Objetivos:
• simplificar os regimes de licenciamento dos
equipamentos sob pressão, nomeadamente através da
desmaterialização dos respetivos procedimentos, a
concretizar através da sua tramitação em plataforma
eletrónica acessível através do Portal eportugal;
• uma gestão mais eficaz e uma maior celeridade dos
procedimentos de licenciamento da responsabilidade do
IPQ;
• Redução dos custos de contexto que lhes estão
associados;
Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
O que muda no novo regulamento
Medidas:
• a eliminação do ato de registo autónomo;
• a comunicação prévia de funcionamento de RSPS;
• a redução dos prazos de decisão e de emissão de declarações e
certificados pelo IPQ, de 45 para 30 dias;
• o alargamento do prazo de validade geral dos certificados, de 5 para
6 anos, sem prejuízo dos prazos estabelecidos para equipamentos
específicos;
• a emissão de parecer aos projetos de instalação por um organismo
de inspeção (OI);
• a isenção de apresentação do projeto de instalação para recipientes
de gás de petróleo liquefeito (GPL), atendendo às competências de
outras entidades.
• Obrigatoriedade de os OI serem previamente autorizados pelo IPQ.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
O que muda no novo regulamento
Medidas (cont):
• Separação no licenciamento de ESP e RSPS
RSPS ESP
Comunicação prévia Aprovação da instalação
Validação do funcionamento Aprovação do funcionamento
Revalidação do funcionamento Renovação da aprovação do
funcionamento

Atos complementares
Averbamentos
Reparações e Alterações
Instalação em condições provisórias
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Definições
Artº 3º alínea l) - PED
O que é um Equipamento sob pressão (ESP)?
Os ESP são todos os recipientes, tubagens, acessórios de segurança, acessórios sob
pressão, abrangendo os componentes ligados às partes sob pressão, tais como
flanges, tubuladuras, acoplamentos, apoios e olhais de elevação.

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Definições
Artº 3º alínea aa) +
artº 2º alínea o) PED
O que é um Recipiente sob pressão?
Recipiente é um vaso constituído por um invólucro rígido, com um ou mais
compartimentos, concebido e construído para conter fluidos sob pressão (acima
de 0,5 bar), incluindo os elementos a ele diretamente ligados, nomeadamente o
dispositivo previsto para a ligação a outros equipamentos.

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Definições Artº 3º alínea t)

O que se entende por um Recipiente ou ESP não fixo?


ESP não fixos, que são aqueles que pela natureza da sua utilização não estão
instalados de um modo permanente. Trata-se por exemplo dos ESP instalados em
estaleiros temporários.

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Definições
O que é um fluido?

Quaisquer gases, líquidos ou vapores puros e respectivas misturas, podendo


conter sólidos em suspensão.

O que se entende por gás liquefeito criogénico?

Gás liquefeito criogénico é um fluido cuja temperatura de ebulição à pressão


atmosférica é inferior a – 40 ºC;

Artº 3º alíneas g) + alínea n)


nº 2,1 ITC criogénicos

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Definições Artº 3º alínea q)

O que é a pressão máxima admissível (PS)?


Pressão máxima em bar, em relação à pressão atmosférica,
indicada na declaração de conformidade do equipamento ou
no certificado de aprovação de construção, ou ainda a que
seja especificada pelo IPQ, I. P.;
Artº 3º alínea y) + artº
3º alínea ff) PED
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Definições Artº 3º alínea y) + artº
3º alínea ff) PED

Como se define o Volume (V) de um ESP?


Trata-se do volume interno de todos os compartimentos, incluindo o
volume das tubuladuras até à primeira ligação e excluindo o volume dos
elementos internos permanentes, indicado pelo fabricante na declaração
de conformidade ou contida no certificado de aprovação de construção,
ou ainda o que seja especificado pelo IPQ;
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Placas de fabricante

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Placas de fabricante

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
O que se entende por Dimensão Nominal (DN)? artº 3º alínea i) PED

É a designação numérica da dimensão comum a todos os componentes de um


sistema de tubos, com excepção dos componentes para que sejam referidos
diâmetros exteriores ou dimensões de rosca, tratando-se de um valor arredondado
para efeitos de referência, que apenas está aproximadamente ligado às dimensões
de fabrico, e que é designado pela sigla «DN» seguida de um número.

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
O que se entende por ESP usado? artº 3º alínea u)

Entende-se por ESP usado aquele que já foi colocado em serviço ou, não
estando em serviço, já tenha sido fabricado há mais de seis anos.
O que significa ITC?
ITC é a sigla que significa Instrução Técnica Complementar, criada no
âmbito do DL nº 97/2000 para cada família de ESP, constituída por regras
técnicas relativas à instalação, funcionamento, reparação e alteração a
aplicar a esses equipamentos. São aprovadas por despacho do presidente
do conselho diretivo do IPQ,
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
O que são acessórios de segurança? artº 3º alínea a) PED
São os dispositivos destinados a proteger os equipamentos sob
pressão contra a ultrapassagem dos limites admissíveis, incluindo
dispositivos destinados à limitação directa da pressão, tais como:
• válvulas de segurança
• dispositivos de segurança de disco
• tirantes antienfolamento
• dispositivos de segurança comandados (CSPRS)
• dispositivos de limitação que accionem meios de intervenção ou
que provoquem o corte ou o corte e bloqueio do equipamento, tais
como pressostatos, termóstatos e comutadores accionados pelo nível
do fluido e dispositivos de «medida, comando e regulação
relacionados com a segurança (SRMCR)».
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Acessórios de segurança

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Acessórios de segurança

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
O que são «Acessórios sob pressão»? artº 3º alínea b) PED

São os dispositivos com função operativa cuja carcaça está sujeita a


pressão.

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Quais os diversos tipos de recipientes que existem?

RSPS
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Quais os diversos tipos de recipientes que existem?

RAC
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Hidropneumáticos

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Hidropneumáticos

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
GPL

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Criogénicos

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Geradores de vapor

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Tubagens

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Frigorigénicos

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Outros

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Outros

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO

Os fluidos são divididos em 2 grupos, em função do seu grau


de perigosidade, conforme estipula o Regulamento (CE)
n. º 1272/2008, que aplica na União Europeia o Sistema
Mundial Harmonizado de Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos, cuja execução na ordem jurídica interna
é assegurada pelo DL n.º 220/2012 de 10 de outubro.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Grupo 1 (perigosos)
• explosivos instáveis ou explosivos das divisões 1.1, 1.2, 1.3, 1.4 e 1.5,
• gases inflamáveis, categorias 1 e 2,
• gases comburentes, categoria 1, Artº 3º alínea h)
• líquidos inflamáveis, categorias 1 e 2,
• líquidos inflamáveis, categoria 3, quando TS for superior ao ponto de inflamação,
• sólidos inflamáveis, categorias 1 e 2,
• substâncias e misturas auto-reativas, tipos A a F,
• líquidos pirofóricos, categoria 1,
• sólidos pirofóricos, categoria 1,
• substâncias e misturas que, em contacto com a água, libertam gases inflamáveis, categorias 1, 2, e 3,
líquidos comburentes, categorias 1, 2 e 3,
• sólidos comburentes, categorias 1, 2 e 3,
• peróxidos orgânicos, tipos A a F,
• toxicidade aguda por via oral, categorias 1 e 2,
• toxicidade aguda por via cutânea, categorias 1 e 2,
• toxicidade aguda por via inalatória, categorias 1, 2 e 3,
• toxicidade para órgãos-alvo específicos – exposição única, categoria 1.
O grupo 1 compreende também as substâncias e misturas contidas num ESP com uma temperatura máxima
admissível (TS) que exceda o ponto de inflamação do fluido
Grupo 2 (não perigosos)
Os restantes fluidos
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Como saber a que determinado grupo um fluido pertence?
Através da ficha de dados de segurança que é fornecido pelo
fabricante do fluido.

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EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
A ficha de dados de segurança (FDS) deve conter a seguinte informação:

1. Identificação da substância/preparação e da sociedade/empresa;


2. Identificação dos perigos;
3. Composição/informação sobre os componentes;
4. Primeiros socorros;
5. Medidas de combate a incêndios;
6. Medidas a tomar em caso de fugas acidentais;
7. Manuseamento e armazenagem;
8. Controlo da exposição/proteção individual;
9. Propriedades físicas e químicas;
10. Estabilidade e reatividade;
11. Informação toxicológica;
12. Informação ecológica;
13. Considerações relativas à eliminação;
14. Informações relativas ao transporte;
15. Informação sobre regulamentação;
16. Outras informações.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Exclusões
Excluem-se do âmbito de aplicação do Regulamento os equipamentos em
relação aos quais se verifique alguma das seguintes condições:
Para os Equipamentos, que não sejam geradores de vapor e água
sobreaquecida, geradores de água quente, e caldeiras de óleo destinados a:

Conter gases, gases liquefeitos e vapores do grupo 1 (perigosos):


PS menor ou igual a 2 bar;
PS × V menor ou igual a 1000 bar vezes litro;
Artº 2º, nº 2
Conter líquidos do grupo 1 (perigosos):
PS menor ou igual a 4 bar;
PS × V menor ou igual a 10 000 bar vezes litro;
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Exclusões
Conter gases, gases liquefeitos e vapores do grupo 2:
PS menor ou igual a 4 bar;
PS × V menor ou igual a 3000 bar vezes litro;

Conter líquidos do grupo 2:


PS menor ou igual a 10 bar;
PS × V menor ou igual a 20 000 bar vezes litro;
TS menor ou igual a 80°C;
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Exclusões
Para geradores de vapor e água sobreaquecida:
PS menor ou igual a 0,5 bar;
PS × V menor ou igual a 200 bar vezes litro;
TS menor ou igual a 110°C;

Para geradores de água quente:


Potência útil máxima menor ou igual a 400 kW;
PS × V menor ou igual a 10 000 bar vezes litro;

Para caldeiras de óleo térmico:


PS menor ou igual a 2 bar;
PS × V menor ou igual a 500 bar vezes litro;
TS menor ou igual a 125°C;
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Exclusões
Para tubagens:
Destinadas a gases, gases liquefeitos e vapores do grupo 1:
PS menor ou igual a 4 bar;
PS × DN menor ou igual a 2000 bar;
DN menor ou igual a 32;

Destinadas a líquidos do grupo 1:


PS menor ou igual a 4 bar;
PS × DN menor ou igual a 2000 bar;
DN menor ou igual a 50;
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Exclusões
Destinadas a gases, gases liquefeitos e vapores do
grupo 2:
PS menor ou igual a 4 bar;
PS × DN menor ou igual a 5000 bar;
DN menor ou igual a 100;

Destinadas a líquidos do grupo 2.


EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Exemplos de como verificar se determinado ESP é
excluído ou não da aplicação do regulamento:
ESP hidropneumatico com as seguintes
características:

PS= 4 bar
Volume= 4000 litros

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Resolução
Fluido: gás do grupo 2 (considera-se apenas o gás)
PS*V= 4*4000= 16.000 bar*litro

Sendo um gás do grupo 2, as condições de exclusão são as


seguintes:
PS menor ou igual a 4 bar;
PS × V menor ou igual a 3000 bar vezes litro;

Assim, apesar de PS*V>3000, acontece que PS=4 bar, logo o ESP


em questão encontra-se excluído da aplicação do regulamento!
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
2º Exemplo:
ESP para conter ácido sulfuríco com as seguintes
características:
PS= 5 bar
Volume= 2000 litros

Bernardino Gomes -
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Resolução
Fluido: líquido do grupo 1
PS*V= 5*20000= 10.000 bar*litro

Sendo um líquido do grupo 1, as condições de exclusão são as seguintes:


PS menor ou igual a 4 bar;
PS × V menor ou igual a 10 000 bar vezes litro;

Assim, apesar de PS >4 bar, 10.000<10.000 bar*litro, logo o ESP em questão


encontra-se excluído da aplicação do regulamento!
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
3º Exemplo:

ESP criogénico para conter oxigénio com as seguintes


características:

PS= 6 bar
Volume= 2000 litros

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Resolução
Fluido: gás liquefeito do grupo 1
PS*V= 6*2000= 12.000 bar*litro

Sendo um gás liquefeito do grupo 1, as condições de isenção são:


PS menor ou igual a 2 bar;
PS × V menor ou igual a 1000 bar vezes litro;

Assim, PS >2 bar, e 12.000>1.000 bar*litro, logo o ESP em questão é


LICENCIÁVEL!
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
LICENCIAMENTO
Para o licenciamento, na classificação do ESP composto por vários
compartimentos considera-se:
a maior pressão máxima admissível (PS) Artº 10º

a soma dos volumes dos compartimentos (V)


devendo o ESP ser classificado na mais elevada das classes de risco em que
cada um dos compartimentos.
Em caso de dúvida, o IPQ, I. P., poderá considerar cada compartimento como
um ESP.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
LICENCIAMENTO
Por exemplo, consideremos um permutador com as seguintes características:

Fluido PS Volume
Camara 1 Àgua quente 8 bar 800 L
Camara 2 Ácido Nitroso 4 bar 450 L

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
LICENCIAMENTO
Assim, para efeitos de licenciamento, vamos considerar:
• A maior PS: 8 bar
• A soma dos volumes dos compartimentos: 800+450= 1250 litros
• Classe de risco mais elevada: Ácido Nitroso (grupo 1)
Assim o ESP em questão fica com a seguinte classificação:

Fluido Ácido Nitroso/água


PS 8 bar
V 1250 L
PS*V 10.000
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Reavaliação da conformidade
1. Destina-se a comprovar a aptidão Equipamento usado, quer seja nacional ou
importado, bem como de origem incerta, tendo em conta uma determinada PS,
volume e condições de funcionamento.
2. Os Equipamentos novos, que sejam alterados após colocação no mercado, estão
igualmente sujeitos à reavaliação da conformidade.
3. é necessária a realização de uma inspeção por um OI, tendo em conta as
características de desempenho do Equipamento definidas aquando do seu fabrico, o
seu histórico e o nível de segurança definido na PED ou SPVD.
4. Concluído o processo de reavaliação da conformidade com a emissão pelo IPQ, da
respetiva aprovação de conformidade do Equipamento, poderá ser iniciado o
processo de licenciamento.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
LICENCIAMENTO de ESP e RSPS
1 — O pedido de licenciamento é apresentado pelo proprietário ou pelo seu representante.
2 — É necessária a realização de inspeções a efetuar por um OI.
3 — Em caso de venda ou de cedência do Recipiente ou Equipamento, o proprietário deve
entregar toda a documentação ao novo proprietário, informando o IPQ.
4 — O IPQ pode realizar vistoria à instalação durante o processo de licenciamento.
5 — A contagem dos prazos, para resposta do IPQ, tem início após pagamento da taxa
aplicável e desde que o processo tenha sido adequadamente instruído.
6 — Sempre que se verifiquem deficiências na instalação ou no funcionamento do Recipiente
ou Equipamento, o IPQ pode condicionar os parâmetros de funcionamento e de instalação,
bem como reduzir a PS ou a validade das aprovações de funcionamento.
7 — A data de realização do ensaio de pressão ou ensaio equivalente, determina o início do
prazo de validade, da validação ou aprovação de funcionamento.
8 — O IPQ pode declarar a caducidade das validações ou aprovações de funcionamento.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Requisitos de instalação de ESP e RSPS (equipamento)
1 — A instalação do Equipamento deve ser concebida de modo a salvaguardar a segurança
de pessoas e de bens.
2 — O Equipamento deve ser instalado em condições adequadas à natureza do fluido que
contém e às condições de funcionamento, preferencialmente em local resguardado, amplo,
arejado, com iluminação adequada e acessos fáceis, devendo as portas, caso existam, abrir
para o exterior.
3 — Na envolvente do Recipiente ou Equipamento deve ser reservado espaço para que
sejam asseguradas, em condições adequadas, as operações de inspeção e de manutenção.
4 — As tubagens, os cabos elétricos ou quaisquer outros componentes da instalação não
podem impedir o livre acesso ao Equipamento.
5 — Sem prejuízo do indicado nas ITC, a distância de referência ao limite de propriedade, a
locais habitados e a terceiros é de 5 metros, podendo ser aumentada, ou reduzida para 2
metros, caso existam barreiras de proteção apropriadas.
6 — As barreiras de proteção devem ser concebidas por engenheiro ou engenheiro técnico,
legalmente habilitado para a elaboração e subscrição de projetos, o qual emite um termo de
responsabilidade.
7 — Em Equipamentos não fixos devem ser asseguradas as condições de elevação e a
proteção contra embates em serviço e durante o transporte.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Requisitos da instalação

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Requisitos da instalação

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Maus Exemplos

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Maus Exemplos

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
LICENCIAMENTO de Equipamentos

RSPS ESP
Comunicação prévia Aprovação da instalação
Validação do funcionamento Aprovação do funcionamento
Revalidação do funcionamento Renovação da aprovação do funcionamento

Atos Complementares
Alteração titular/Designação social
Alteração utilizador
Averbamentos Suspensão temporária
Retirada serviço de forma definitiva
Reparações e Alterações
Instalação em condições provisórias
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
LICENCIAMENTO de Equipamentos
RSPS

Os RSPS podem entrar em funcionamento desde que tenham sido objeto de inspeção
por um OI, com resultado favorável

O requerente dispõe de 60 dias (úteis), após o início do funcionamento do RSPS, para


solicitar a validação do funcionamento ao IPQ.

O IPQ emite a declaração de validação do funcionamento no prazo de 15 dias, bem


como a placa de identificação do RSPS.

A declaração de validação do funcionamento é válida por seis anos.

Artº 9º
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
LICENCIAMENTO de Equipamentos
Efetuar a comunicação prévia de RSPS (até 60 dias após inicio funcionamento)

Identificação do proprietário ou utilizador; Anexo IIi


Morada do local de instalação;
Código da atividade económica principal do proprietário;
Número de identificação (número de registo) do RSPS, se aplicável;
Características do RSPS:
Designação social do fabricante, com indicação do país;
Modelo;
Número e ano de fabrico;
PS, volume, fluido e temperaturas máxima e mínima admissíveis;
Declaração de conformidade ou certificado de aprovação da construção ou
documento de reavaliação da conformidade;
Fotografia da placa de características do RSPS;
Relatório de inspeção do OI com resultado favorável.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
LICENCIAMENTO de Equipamentos
Documento de validação do funcionamento de RSPS (15 dias) Anexo IV

Número de identificação do Recipiente;


Identificação do proprietário;
Identificação do utilizador;
Identificação do local da instalação;
Características do RSPS:
Designação social do fabricante, com indicação do país;
Modelo;
Número e ano de fabrico;
PS, volume, fluido e temperaturas máxima e mínima admissíveis;
Tipo de recipiente;
Data de execução do ensaio de pressão;
Número do relatório de inspeção, data de execução e identificação do OI;
Data da vistoria do IPQ;
Eventuais condicionantes;
Prazo de validade.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
LICENCIAMENTO de Equipamentos
ESP Anexo VI

Aprovação da instalação (Projeto de instalação)


A aprovação de instalação só é aplicável aos seguintes equipamentos:

ITC PS*V Tipo


> 5 000 Gerador de vapor
GV e equiparados
> 10 000 Caldeira de óleo térmico
RAC
Criogénicos > 15 000
Conjuntos processuais
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
LICENCIAMENTO de Equipamentos
ESP Anexo VI

Aprovação da instalação

Ficam dispensados de aprovação de instalação os seguintes :

• ESP não fixos;


• Reservatórios de GPL, se o projeto de instalação tiver sido aprovado pela
Câmara Municipal ou pela DGEG;
• Tubagens
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
LICENCIAMENTO de Equipamentos
ESP Artigo 11º

Aprovação da instalação
• O projeto da instalação do equipamento, deve ser elaborado por um
engenheiro ou engenheiro técnico, e verificada a sua conformidade por um
OI, e posterior submissão ao IPQ.
• O IPQ emite uma declaração de aprovação no prazo de 30 dias
• Sempre que se verifique uma mudança de local de instalação do ESP, ou
alteração de localização, deve ser requerida nova aprovação.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
LICENCIAMENTO de Equipamentos
ESP
Anexo V
Aprovação da instalação
O projeto de instalação é, composto pelos seguintes elementos:
• Memória descritiva
• Planta de localização à escala conveniente (1:500 ou 1:1000), abrangendo um
círculo de 30 m de raio (centrado no equipamento), de modo a evidenciar o
local da instalação, vias públicas e edifícios circunvizinhos;
• Desenhos de implantação do ESP em planta, alçados e cortes, devidamente
cotados (escala de referência 1:100), de modo a mostrar a localização do ESP
em relação à fábrica, à via pública e a edifícios adjacentes, bem como o local ou
edifício onde se pretende instalar o ESP;
• Desenhos do equipamento e seus componentes relevantes;
• Termo de responsabilidade do projetista.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Memória Descritiva
Local de instalação
• Ar Livre/Sala
• Subsolo, Interior, Superior
• Acesso Restrito? Sinalética
• Portas de acesso (Nº, tipo, etc) e aberturas de ventilação
• Identificação de outros ESP no local
• Distâncias da periferia do ESP a obstáculos incluindo paredes
• Tipo de parede (betão, alvenaria, etc) e espessura
• Pé direito
• Distância do ESP a locais públicos (incluindo local de permanência de
pessoas), estradas e terceiros
• Outros condicionantes referidos na ITC aplicável

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Memória Descritiva
Características do ESP:
• Tipo (Caldeira, RAC, Separador, Permutador, etc);
• Fabricante, nº fab, nº registo, PS, Volume
• Fluido
Condições de funcionamento (P, T, Q, Transformações)
• Fim a que se destina (Armazenamento, Instrumentação,
Transf./produção, etc)
Orgãos de segurança
• Tipo e nº
• Valv. Segurança (características)
• Manómetro
• Pressostato
• Redundância?
• Comuns a outros ESP?

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Memória Descritiva
Orgãos de segurança
• Controlo
• Corte entrada/saída?

• Pressão/Temperatura?
• Alarme?
• Tipo ajuste/controlo
• Valores ensaio/ajuste/verificação
Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Reservatório, Processual, Criogénico,
Tipo? Caldeira, Permutador, etc
Fabricante, nº fab, registo, PS, Volume
Características do ESP
Fluido(s)? Ar, Vapor, GPL, etc
Pressão, Temperatura, Caudal,
Condições de funcionamento
Transformações no fluido
Valv. Segurança/alívio; Manómetros;
Pressostatos, Outros
Tipo e nº Fabricante, nº fab e outras marcações
relevantes
Orgãos de Controlo e Redundância? Comuns a outros ESP?
Segurança Corte na entrada/saída?
Pressão/Temperatura?
Controlo
Alarme?
Tipo de ajuste/controlo, Valores
Ar livre/Sala, Subsolo, Interior, Superior?
Acesso Restrito? Sinalética, Acessos,
Local da Instalação Aberturas?
Distâncias de Segurança e de Inspeção
Tipo de paredes, Pé direito, Outros
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Planta Localização
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Planta

Bernardino Gomes - Sobpressão - Estudos, Consultadoria e Formação


EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Planta

Bernardino Gomes - Sobpressão - Estudos, Consultadoria e Formação


EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Alçado

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Alçado

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Distâncias de segurança

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Aprovação da instalação

EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
LICENCIAMENTO de ESP
Aprovação de funcionamento Anexo VII

O pedido deverá ser instruído com:

Identificação do proprietário ou utilizador;


Morada do local de instalação;
Código da atividade económica principal do proprietário;
Número de identificação (número de registo) do RSPS, se aplicável;
Características do ESP:
Designação social do fabricante, com indicação do país;
Modelo;
Número e ano de fabrico;
PS, volume, fluido e temperaturas máxima e mínima admissíveis (para cada câmara);
Isométrica (tubagens);
Declaração de conformidade ou certificado de aprovação da construção ou documento
de reavaliação da conformidade;
Fotografia da placa de características do ESP;
Relatório de inspeção do OI com resultado favorável e efetuada há menos de 60 dias.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
LICENCIAMENTO de ESP
Certificado de aprovação de funcionamento (prazo 30 dias) Anexo VIII

Número de identificação do Recipiente;


Identificação do proprietário;
Identificação do utilizador;
Identificação do local da instalação;
Características do RSPS:
Designação social do fabricante, com indicação do país;
Modelo;
Número e ano de fabrico;
PS, volume, fluido e temperaturas máxima e mínima admissíveis;
Tipo de recipiente;
Data de execução do ensaio de pressão;
Número do relatório de inspeção, data de execução e identificação do OI;
Data da vistoria do IPQ;
Eventuais condicionantes;
Prazo de validade.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Certificado de aprovação de funcionamento
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
LICENCIAMENTO de ESP
Artigo 9º nº3 + Artigo 12º nº3
Placa de identificação artigo 8º + artigo 8º

Juntamente com o certificado de aprovação de funcionamento (ESP), ou a declaração


de validação do funcionamento (RSPS), o IPQ fornece a placa de identificação, que é
marcada pelo IPQ, a data do ensaio de pressão
considerado válido para fins da aprovação/validação
do funcionamento.
O OI marcará a placa na sequência de outros ensaios,
com o propósito de licenciamento do equipamento.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Organismos de Inspecção
Os Organismos de inspecção, para que possam exercer as actividades
referidas no Regulamento aprovado pelo DL 131/2019, terão que ser
acreditadas pelo IPAC, e autorizados pelo IPQ.
Artigo 19º
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Organismos de Inspecção
A acreditação consiste no reconhecimento da competência técnica dessas
entidades para executar determinadas actividades de avaliação da
conformidade como sejam ensaios, e inspecções.

A acreditação diferencia-se da certificação por não só exigir um sistema da


qualidade, mas ainda requerer a necessária competência técnica para garantir
confiança nos resultados e produtos das actividades acreditadas.
Os relatórios de inspeção inicial, periódica, intercalar e extraordinária devem
ser emitidos pelo OI, nos termos do anexo XIII do Regulamento, e entregues ao
requerente no prazo de 30 dias a contar da data da inspeção, exceto no caso
da inspeção extraordinária, cujo relatório deve ser remetido ao requerente no
prazo de 5 dias.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Organismos de Inspecção

Os relatórios das inspeções intercalares devem adicionalmente ser submetidos ao IPQ,


I. P., pelo OI, por via eletrónica, no prazo de 30 dias a contar da data da inspeção.

Caso sejam detetadas não conformidades no decurso das inspeções, os respetivos


relatórios devem indicá-las, bem como as medidas adotadas pelo proprietário ou
utilizador para a sua resolução.

Caso o relatório de uma inspeção, com exceção da inspeção inicial, apresente um


resultado conclusivo desfavorável, que coloque em causa a segurança de
funcionamento do Recipiente ou Equipamento, deve o OI remeter o respetivo relatório
por via eletrónica ao IPQ, I. P., no prazo de 3 dias a contar da data da inspeção.

O OI deve manter em arquivo os relatórios de inspeção emitidos e respetivos anexos,


no mínimo, pelo prazo estabelecido para a realização das inspeções periódicas.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Organismos de Inspecção (OI)
Atualmente encontram-se acreditados pelo IPAC os seguintes OI para inspecções a ESP:
http://www.ipac.pt/pesquisa/acredita.asp
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Atos Inspetivos
Artigo 20º
Os OI realizam as seguintes inspeções:
a) Inspeção para efeito de reavaliação da conformidade;
b) Inspeção inicial, destinada a verificar a aptidão do RSPS ou ESP e as condições da
instalação;
c) Inspeção intercalar;
d) Inspeção periódica;
e) Inspeção extraordinária, destinada a verificar a aptidão do RSPS ou ESP e as
condições de segurança da instalação fora do âmbito das inspeções regulares;
f) Inspeção a reparações ou alterações, destinada a comprovar a adequabilidade do
projeto e a verificar que a reparação ou alteração foi efetuada conforme o mesmo;
g) Inspeção a pequenas reparações;
h) Inspeção baseada no risco (IBR), destinada a comprovar, de um modo
continuado, as condições de segurança e de funcionamento dos ESP integrados em
conjuntos processuais;
i) Verificação da conformidade do projeto de instalação e do projeto de reparação
ou de alteração.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Ensaios e Verificações Artigo 21º

OS OI realizam os seguintes ensaios e verificações:

• O ensaio de pressão;
• O ensaio de estanquidade;
• O ensaio e a verificação dos acessórios de segurança e controlo;
• Os END.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Ensaio de pressão Artigo 22º

O ensaio deve ser hidráulico. PH =1,25 x PS;


O ensaio de pressão realizado para efeitos da aprovação da reparação ou
da alteração deve ser efectuado com o ESP sem qualquer revestimento na
parte afectada.
A temperatura do líquido no interior do ESP, durante a prova de pressão,
não deve ser superior a 40°C, nem inferior a 10°C.
A prova de pressão pode ser pneumática, não devendo o gás ser do grupo
1, devendo estar a uma temperatura entre 10º a 40°C. PH=1,1 PS
Os instrumentos de medição utilizados no controlo da prova de pressão
devem estar verificados de acordo com a legislação nacional.
Em casos devidamente fundamentados e aceites pelo OI ou quando
previsto na ITC respectiva, o ensaio de pressão pode ser substituído por
END+ ensaio de estanquidade. Exceção: GV e equiparados.
.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Ensaio de pressão Artigo 22º

O ensaio de pressão efetuado há menos de um ano no âmbito da


reavaliação da conformidade, é válido para a inspeção inicial à
instalação.
O ensaio de pressão efetuado aquando do fabrico, é válido para a
inspeção inicial à instalação se realizado há menos de dois anos.
O ensaio de pressão efetuado fora do local da instalação no âmbito
da reparação ou da alteração é válido caso tenha sido realizado há
menos de um ano.
Para efeitos do disposto nos dois n.os anteriores, é necessária a
apresentação de um termo de responsabilidade sobre o adequado
transporte e manuseamento do Equipamento até à sua instalação.
Os ensaios de pressão ou ensaios equivalentes realizados no âmbito
das inspeções periódicas devem ser marcados pelo OI na placa de
identificação.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Ensaio de pressão

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Ensaio de ESTANQUIDADE Artigo 23º

O ensaio de estanquidade destina-se a verificar a existência de fugas nas


ligações nos órgãos de acesso ao interior do ESP e nas válvulas
É efectuado a uma pressão 10% acima da pressão máxima de serviço, sem
ultrapassar PS.
Pode ser usado o fluido contido no ESP, salvo disposição em contrário prevista
na ITC respectiva.

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Inspeções Intercalares
Inspeções intercalares de acordo com as ITC:
Criogénicos Exame visual incidindo sobre a estanquidade das válvulas e o estado geral da instalação;
Verificação da pressão de disparo das válvulas;
Verificação do nível de vácuo, quando aplicável, ou verificação por outros meios, do estado
do isolamento térmico;
Ensaio de estanquidade com a pressão de ensaio igual à pressão máxima admissível.

Caldeiras Estado dos limitadores;


Estado dos órgãos de controlo e válvulas de segurança;
Controlo de espessuras;
Verificação e análise de estados de degradação;
Verificação das sequências de acendimento.

Processuais O estado dos órgãos de controlo e segurança;


O controlo de espessuras (se aplicável);
O estado de degradação do ESP e estrutura de suporte;
O exterior do ESP
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Atos Inspetivos
Inspeções intercalares de acordo com as ITC:
GPL inspeção visual da superfície exterior do reservatório;
verificação do estado dos diferentes órgãos e dispositivos de segurança;
substituição ou ajuste da válvula de segurança com mola externa;
Estado de corrosão ou danos visíveis do reservatório;
Acessórios dos reservatórios e tubagem adjacentes quanto a corrosão ou danos das válvulas de enchimento,
de segurança e nível fixo de enchimento, fugas e ligações roscadas gastas ou danificadas;
Cobertura das válvulas, quando aplicável;
Ligação à terra (elétrodo de terra e ligação ao veículo-cisterna);
Funcionamento dos indicadores de nível;
Local da instalação quanto à não existência de materiais inflamáveis, distâncias de segurança recomendáveis
e meios de proteção quanto a danos mecânicos, placas de aviso devidamente colocadas e legíveis, bom
funcionamento de sistemas de aspersão de água e validade dos extintores.)
A validade da verificação do manómetro;
O estado das válvulas de corte de fase gasosa e de fase líquida quanto a fugas externas;
Verificação se as condições que deram origem à aprovação da instalação se mantêm;
Verificação do cumprimento das regulamentações específicas aplicáveis
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Atos Inspetivos
Inspeções intercalares de acordo com as ITC:

GPL> 200 m3 inspeção visual da superfície exterior do reservatório;


verificação do estado dos diferentes órgãos de segurança e controlo;
substituição ou ajustada a válvula de segurança com mola externa;
o estado das válvulas de corte de fase gasosa e de fase líquida quanto a fugas;
verificado se as condições que deram origem à aprovação se mantêm;
Estado de corrosão ou danos nas partes visíveis do reservatório e nos acessórios do
reservatório;
Estado dos suportes e fundações;
Ligações à terra;
Cobertura das válvulas, quando aplicável;
Verificação dos indicadores de nível;
Funcionamento dos sistemas de aspersão de água e de combate a incêndios;
Funcionamento dos sistemas de deteção de fogo ou gás eventualmente existentes;
Local de instalação quanto à não existência de materiais inflamáveis, sinalética e meios de
proteção quanto a danos mecânicos.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
END
Os END aplicam-se na caracterização dos materiais e na deteção de defeitos,
destacando-se para esse feito as seguintes técnicas:
Ultrassons;
Partículas magnéticas;
Líquidos penetrantes;
Campos elétricos;
Radiografia;
Ensaio de dureza;
Emissão acústica. Artigo 25º
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
END

Magnetoscopia Ultra-sons
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
END
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
END

Líquidos Penetrantes Radiografia


EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
END

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Ensaio da válvula de segurança

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
LICENCIAMENTO de Equipamentos
Anexo IX

Os ESP estão ainda sujeitos a Inspeção intercalar, destinada a verificar as


condições de instalação e de funcionamento do Equipamento, bem como dos
acessórios de segurança e controlo, realizada de acordo com a seguinte
periodicidade:
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Acessórios de segurança e controlo
Todos os ESP/RSPS devem estar munidos de órgãos de segurança e controlo, de
forma a garantir que os parâmetros limites de funcionamento estabelecidos
não sejam ultrapassados.
Artigo 7º

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Acessórios de segurança e controlo
Segundo o Regulamento, consideram-se como acessórios de
segurança e controlo essenciais os manómetros e as válvulas de
segurança.
As válvulas de segurança, que podem assumir várias
configurações conforme a PED, devem:
• Abrir a uma pressão não superior ao valor de PS;
• Ser adequadas ao fluido do Recipiente ou Equipamento;
• Estar seladas;
• Ter um caudal adequado à fonte geradora de pressão;
• Estar devidamente instalada de acordo com as instruções do
fabricante e ter o tubo de saída orientado para local seguro.

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
válvulas de segurança

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Acessórios de segurança e controlo
• Os manómetros devem respeitar a norma NP EN 837,
sendo a classe de exactidão de referência de 1,6
• alcance máximo sensivelmente igual ao dobro da
pressão PS, mas nunca inferior a 1,5 × PS
• estar verificados de acordo com a legislação aplicável
• a PS estar marcada com um traço vermelho no
mostrador, sempre que o equipamento o permita.
Quando condições particulares o justifiquem, pode o IPQ
dispensar alguns dos órgãos de segurança e controlo ou
autorizar a sua substituição por outros.
Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Manómetros

Bernardino gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Manómetros - OVM

Bernardino gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
REPARAÇÕES/ALTERAÇÕES
Considera-se reparação todos os trabalhos que envolvam
soldaduras ou outras técnicas construtivas que não alterem as
condições de funcionamento, instalação ou o desempenho.

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
REPARAÇÕES/ALTERAÇÕES
Define-se alteração a modificação efectuada num ESP com o objectivo de
alterar as condições de funcionamento, da instalação ou do desempenho.

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
REPARAÇÕES/ALTERAÇÕES
Para se efectuar reparações e alterações num ESP:
• Projecto aprovado por um OI.
• As entidades que efectuam reparações e alterações nos equipamentos
devem para o efeito, possuir os meios técnicos adequados e o pessoal
qualificado, nomeadamente soldadores certificados por organismo de
certificação de pessoas;
• Reparação/alteração aprova por um OI;

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Pequenas Reparações
As pequenas reparações não sendo aplicáveis a ESP destinados a conter gases
liquefeitos, estão dispensadas de projecto, sendo que, no entanto, o OI deve
remeter ao IPQ a seguinte documentação:
• Termo de responsabilidade da entidade reparadora, juntando comprovativo
da qualificação dos soldadores e dos procedimentos de soldadura;
• Memória descritiva, juntando desenho simplificado;
• Relatórios das verificações e dos ensaios;
• Certificado dos materiais utilizados.

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Pequenas Reparações
Consideram-se pequenas reparações as seguintes:
1. A eliminação de pequenas fissuras no corpo sob pressão, sem
substituição de componentes;
2. A reposição da espessura de construção para correção de estados de
degradação, desde que:
i) Os materiais de adição sejam de qualidade idêntica aos utilizados na construção;
ii) Não seja requerido tratamento térmico;
3. A eliminação de fissuras nas tubuladuras e seus acessórios;
4. A substituição de tubuladuras e seus acessórios por outros do mesmo
material, de igual diâmetro e espessura, desde que:
i) O DN das tubuladuras seja igual ou inferior a 100;
ii) As tubuladuras não possuam chapa de reforço no corpo sob pressão;
iii) Não seja requerido tratamento térmico;
5. A substituição, até 10 %, dos tubos de transferência térmica;
6. A selagem em tubos mandrilados ou equivalentes.
Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Atos complementares ao licenciamento
a) Averbamentos;
b) Reparações e alterações;
c) Instalação e funcionamento em condições provisórias.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Atos complementares ao licenciamento

São objeto de averbamento:

• Alteração da designação social do titular ou mudança de


titularidade do equipamento

• Alteração do utilizador do equipamento

• Suspensão temporária da utilização do equipamento

• Retirada de serviço de forma definitiva do equipamento.


EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Atos complementares ao licenciamento

A comunicação ao IPQ dos averbamentos, deve ser efetuada no prazo de 60


dias a contar da sua ocorrência.

A reentrada em serviço do Equipamento, deve ser comunicada ao IPQ, no


prazo de 30 dias, estando a mesma sujeita a revalidação de funcionamento ou
a renovação da aprovação de funcionamento, se decorrido mais de um ano
sobre a colocação do mesmo em suspensão temporária de utilização.

A retirada de serviço de forma definitiva, corresponde ao cancelamento do


processo, devendo ser remetida ao IPQ, a placa de identificação.

A eventual utilização do equipamento fica condicionada a um novo processo


de licenciamento, antecedido de uma reavaliação da conformidade
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Atos complementares ao licenciamento
O proprietário ou utilizador pode requerer a instalação e o funcionamento de
um ESP em condições provisórias, pelo prazo máximo de 60 dias, mediante
inspeção extraordinária a efetuar por um OI com resultado favorável.

O IPQ, emite uma declaração de aprovação da instalação e funcionamento em


condições provisórias, no prazo de 10 dias.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
REGIME SANSIONATÓRIO
A fiscalização do cumprimento do regulamento compete à Autoridade de
Segurança Alimentar e Económica (ASAE), sem prejuízo das competências
próprias de outras entidades.
Constituem contra-ordenações e punidas com coimas as infracções referidas
no quadro seguinte:
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
REGIME SANSIONATÓRIO

Bernardino Gomes
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
REGIME
INFRACÇÃO
Funcionamento do Recipiente ou
SANSIONATÓRIO COIMA
De 500 € a 3740 € quando cometidas por
Equipamento usado sem realização da pessoas singulares;
reavaliação da De 5000 € a € 10 000 € quando cometidas
conformidade por pessoas colectivas.
De 500 € a 3740 € quando cometidas
Eliminação ou adulteração da válvula de por pessoas singulares;
segurança De 5000 € a € 10 000 € quando
cometidas por pessoas colectivas.
De 250 € a 1000 € quando cometidas por
Adulteração ou utilização indevida da pessoas singulares;
placa de identificação De 1500 € a 2500 € quando cometidas por
pessoas colectivas.
De 500 € a 3740 € quando cometidas por
Funcionamento do RSPS sem documento pessoas singulares;
de validação ou revalidação do
funcionamento De 5000 € a € 10 000 € quando cometidas
por pessoas colectivas.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
INFRACÇÃO COIMA

De 500 € a 3740 € quando cometidas por


Funcionamento do ESP sem certificado pessoas singulares;
válido de aprovação de funcionamento De 5000 € a € 10 000 € quando cometidas
por pessoas colectivas.
De 500 € a 3740 € quando cometidas por
Funcionamento do ESP sem certificado
pessoas singulares;
válido de renovação da aprovação de
De 5000 € a € 10 000 € quando cometidas
funcionamento
por pessoas colectivas.
Não comunicação ao IPQ de:
• Alteração da designação social ou da
De 250 € a 1000 € quando cometidas por
mudança da titularidade do ESP;
pessoas singulares;
• Suspensão temporária da utilização de
De 1500 € a 2500 € quando cometidas por
um equipamento;
pessoas colectivas.
• Retirada de serviço de forma definitiva
do ESP
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
INFRACÇÃO COIMA

De 500 € a 3740 € quando cometidas por


Funcionamento do Recipiente ou Equipamento pessoas singulares;
após reparação e ou alteração não aprovada De 5000 € a € 10 000 € quando cometidas por
pessoas colectivas.
De 500 € a 3740 € quando cometidas por
Funcionamento do Recipiente ou Equipamento pessoas singulares;
após pequena reparação não aprovada De 5000 € a € 10 000 € quando cometidas por
pessoas colectivas.
Alteração da instalação e do Recipiente ou De 500 € a 3740 € quando cometidas por
Equipamento após o acidente e antes da pessoas singulares;
intervenção De 5000 € a € 10 000 € quando cometidas por
do IPQ pessoas colectivas.
De 500 € a 3740 € quando cometidas por
pessoas singulares;
Não realização das inspeções intercalares
De 5000 € a € 10 000 € quando cometidas por
pessoas colectivas.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
Em Resumo
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO

Obrigado pela V/ presença!

Bernardino Gomes
Tel: 912292301/969064024
email: bmax@sapo.pt

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