A festa junina tem ligações com o candomblé devido ao sincretismo religioso durante a escravidão, quando santos católicos como Santo Antônio, São Pedro e São João foram associados aos orixás Ogum, Xangô e Oxossi, respectivamente. Embora essa associação tenha sido feita aleatoriamente para permitir que os escravos cultuassem seus orixás, algumas tradições como festejos nessas datas ainda são marcantes, especialmente em Salvador.
A festa junina tem ligações com o candomblé devido ao sincretismo religioso durante a escravidão, quando santos católicos como Santo Antônio, São Pedro e São João foram associados aos orixás Ogum, Xangô e Oxossi, respectivamente. Embora essa associação tenha sido feita aleatoriamente para permitir que os escravos cultuassem seus orixás, algumas tradições como festejos nessas datas ainda são marcantes, especialmente em Salvador.
A festa junina tem ligações com o candomblé devido ao sincretismo religioso durante a escravidão, quando santos católicos como Santo Antônio, São Pedro e São João foram associados aos orixás Ogum, Xangô e Oxossi, respectivamente. Embora essa associação tenha sido feita aleatoriamente para permitir que os escravos cultuassem seus orixás, algumas tradições como festejos nessas datas ainda são marcantes, especialmente em Salvador.
No sincretismo religioso, os santos católicos Santo Antônio, São
Pedro e São João, muito lembrados neste mês de festas juninas, são, respectivamente, Ogum, Xangô e Oxossi, no candomblé. A associação entre os santos e orixás, no entanto, não leva em conta a história de cada santo nem as características que o tornam conhecido. “Esse sincretismo teve origem durante a escravidão, porque os negros não podiam ter sua própria fé, eles eram obrigados por seus senhores a rezar para santos católicos. Para resolver esse problema, eles usavam imagens de santos católicos em suas orações e as equiparavam a seus orixás, mas essa associação foi feita aleatoriamente”, diz ao G1 o Pai de Santo Maurício dos Santos Roberto, conhecido como Pai Rouxiluanda.
Os dias em que são realizadas as festas dos santos e dos orixás
também coincidem, segundo Pai Rouxiluanda. O dia de Santo Antônio é comemorado em 13 de junho e abre os festejos juninos. Apesar de não ter em seus sermões nada específico sobre casamentos, Santo Antônio ficou conhecido como o santo casamenteiro por ajudar moças humildes a conseguirem um dote e um enxoval para poderem se casar.
Pai Rouxiluanda esclarece que, com o passar dos anos, alguns
terreiros deixaram de associar a imagem de santos católicos a orixás. Ainda assim, em Salvador, por exemplo, a tradição ainda é marcante e as celebrações juninas contam com festas para os orixás, assim como fazem os católicos para os santos.
“Uma celebração do candomblé é como uma festa, em que
fazemos oferendas aos orixás, dançamos, cantamos para as entidades e nos confraternizamos”, diz o Pai de Santo.