O espetáculo "Dona Zilda, memórias compartilhadas" pretende investigar como a bisavó do diretor, Zilda Goes Porciuncula, uma mulher negra e crente, resistiu a adversidades na velhice sem Deus, através de diálogos entre eles e depoimentos de outras pessoas sobre ela. O espetáculo misturará elementos litúrgicos pentecostais com cânticos como "Amazing Grace" para criar uma atmosfera espiritual e nostálgica onde memórias e reflexões serão compartilhadas
O espetáculo "Dona Zilda, memórias compartilhadas" pretende investigar como a bisavó do diretor, Zilda Goes Porciuncula, uma mulher negra e crente, resistiu a adversidades na velhice sem Deus, através de diálogos entre eles e depoimentos de outras pessoas sobre ela. O espetáculo misturará elementos litúrgicos pentecostais com cânticos como "Amazing Grace" para criar uma atmosfera espiritual e nostálgica onde memórias e reflexões serão compartilhadas
O espetáculo "Dona Zilda, memórias compartilhadas" pretende investigar como a bisavó do diretor, Zilda Goes Porciuncula, uma mulher negra e crente, resistiu a adversidades na velhice sem Deus, através de diálogos entre eles e depoimentos de outras pessoas sobre ela. O espetáculo misturará elementos litúrgicos pentecostais com cânticos como "Amazing Grace" para criar uma atmosfera espiritual e nostálgica onde memórias e reflexões serão compartilhadas
É possível resistir a perda de pessoas importantes, a doenças, as adversidades na
velhice sem crer em Deus? “Dona Zilda, memórias compartilhadas” é um espetáculo que pretende investigar essas questões à luz de diálogos entre Luis Filipe Maciel Jacinto, diretor e produtor do espetáculo, e sua bisavó, Zilda Goes Porciuncula, mulher negra e crente. A proposta além de retratar essa relação, também será composta por depoimentos que revelarão outras perspectivas sobre Zilda. Tendo em vista que ambos, bisneto e bisavó, guardam ou guardaram relação com a Igreja evangélica, especificamente de matriz Pentencostal, a proposta contemplará cenicamente elementos litúrgicos do culto pentecostal. A figura do pastor, do coral, da oração, do testemunho e dos cânticos serão trabalhados de forma a criar uma ambientação espiritual e nostálgica na qual memórias, fatos, e reflexões filosóficas serão mesclados numa única narrativa. Além de elementos litúrgicos próprios dos cultos pentecostais das igrejas brasileiras, também serão adotados elementos de outras igrejas cristãs, como das igrejas batistas norte-americanas numa tentativa de casar esteticamente o universo pentecostal brasileiro ao universo black gospel norte americano. A trilha será composta por louvores clássicos como “Amazing Grace” que serão cantados tanto em coral, quanto individualmente pelos atores. O espetáculo inteiro será acompanhado por um tecladista que solará as melodias e fará interferências pontuais na dramaturgia. A cenografia será composta basicamente por uma cadeira de balanço, abajur, dispositivos portáteis de luz, figurinos e um púlpito. O intuito é mesclar objetos do imaginário familiar de Zilda com elementos litúrgicos. A iluminação transitará entre momentos íntimos, os quais Zilda será representada enquanto personagem, com momentos “culto”´, mais narrativos, no qual uma luz ampla e “espetacular” será utilizada. O estilo de atuação terá como base os cultos que estimulam um “espírito comunitário” ou a irmandade. No culto todos são irmãos em Cristo, todos compartilham de adversidades semelhantes e buscam consolação e acolhimento na igreja. Logo, os atores trocarão diretamente com público, como se estivessem em uma grande santa ceia, que ora transita através de momentos de “quebrantamento”, ora através de momentos festivos, de celebração. Os figurinos serão de dois tipos: neutros ou que ajudem a compor imageticamente um coral uno, e, inspirados na biografia de Zilda e/ou no universo black gospel norte-americano.