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Recife, PE.
2022
Macius Vinícius Almeida Marques
Recife, PE.
2022
AVALIAÇÃO DA DEFESA PÚBLICA
No dia 28 de outubro de 2022, às 20:00h, reuniu-se a banca de avaliação de defesa pública do Projeto de Final de Curso
para obtenção de título de bacharel em Engenharia Civil submetido à Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco.
Coorientador -
Dados do Projeto de Final de Curso
Aprovada
Resultado final Aprovada com restrições (1) (1) obrigatório o preenchimento do campo de comentários para o autor.
Reprovada
Nota final (2) 9,50 (nove e meio) (2) média aritmética das notas dos membros da banca de avaliação.
O discente terá 5 (cinco) dias para entrega da versão final da monografia a contar da data deste documento.
Comentários
Assinatura de
Aceite do Data 28/10/2022
orientador
Inicialmente eu agradeço a Deus por me guiar durante toda a caminhada. Foi uma
jornada difícil, tortuosa, mas necessária. Muitas vezes me encontrei perdido, sem saber o
caminho a seguir, mas a fé me fez ver mesmo sem enxergar. As dificuldades do caminho me
ajudaram a crescer, e sem elas eu não seria quem sou hoje.
Ao meu orientador pela sua compreensão, pela paciência e pelas correções a este
trabalho. Fico muito feliz e orgulhoso pelo aprendizado obtido e com o nosso resultado.
À mainha (Dona Márcia) e à painho (Seu Julius). A vida por muitas vezes não foi fácil
com a gente, e nos cobrou muitos sacrifícios. Mas vocês são fortes, e ver vocês vencendo as
dificuldades da vida serviu de exemplo para mim sobre a força necessária para conquistar os
meus sonhos. Ao mesmo tempo vocês me ensinaram a ser sempre gentil, mesmo diante das
adversidades, o que talvez seja a minha maior qualidade. Vocês sempre acreditaram em mim e
me incentivaram a estudar, e se cheguei até aqui eu devo tudo a vocês. Obrigado por todo o
amor e o carinho, eu amo muito vocês, do fundo do meu coração!
À Dona Maíra, Seu Guedes, Vovó Leninha e toda a família. Obrigado por me receberem
de forma tão gentil e por confiar em mim pra cuidar do nosso maior tesouro. Espero sempre
poder retribuir toda a confiança e carinho que vocês me deram. É impressionante o poder que
o amor tem de se multiplicar e de unir as pessoas. Além disso, agradeço à Dona Maíra por toda
a força, carinho e suporte que teve por mim durante esses anos, a senhora é ótima!
À toda a minha família, em especial às minhas irmãs Gaby, Isabelly e Julia, à vovó Ilda
e vovô Laércio, à vovó Cleide e vovô Everaldo, aos meus tios Netinho, César, Everaldinho e
Bruno, à tia Patrícia e tia Valda, e a todos os meus primos e primas. Vocês são as raízes que me
sustentam e me alimentam com o seu carinho, e permitem que eu possa dar bons frutos.
Aos meus irmãos de farda do Tiro de Guerra 07-004, ao cachorro Supino, aos cabos
Viturino e Otacílio, à dona Rose, ao sargento Vieira e ao Subtenente Soares. Durante um dos
anos mais difíceis da minha vida, a camaradagem de vocês me deu forças para levantar e
continuar a jornada pelos meus sonhos.
Aos meus amigos da Escola Municipal CAIC Diogo de Braga, em especial à Dona Elza,
Dona Ana, Dona Gil, Josilda, Victor, Adriana, Michele, Sales, Pirulito, Dona Avani, Dona
Karine, Seu Brivaldo, Dona Marluce, Dona Adeilma, Dona Flávia, Seu Edinaldo, Seu Clécio,
Seu Adriano, Seu Valdriano, Bruno, João, Dona Cristiane, Maria, Sylvia, Teresa, Simone,
Cleidinha, aos felinos Caic e Diogo, enfim, a todos. Não foi fácil conciliar os estudos com o
trabalho, e por isso agradeço muito pela ajuda e pelo apoio de todos vocês durante esses anos.
Não poderia escolher um lugar melhor para trabalhar.
Aos meus amigos, a todos vocês que estiveram comigo e que fizeram parte da minha
caminhada. São tantos que chega a ser injusto citar apenas alguns, mas espero que no fundo
vocês saibam o quão importantes foram pra mim. Cada um contribuiu de alguma forma para
que eu chegasse até aqui, e levo um pouco de vocês junto comigo a cada passo. “Nenhum
homem é uma ilha, completo em si próprio. Cada ser humano é uma parte do continente, uma
parte de um todo.”
RESUMO
With the advent of the Federal Constitution of 1988, it became a duty of the State to create
public policies with the aim of democratizing access to education for all children and
adolescents in the country. To this end, in the 1990s, the National Child and Adolescent Care
Program was created, with the proposal to build school complexes throughout Brazil. Designed
by renowned architect João Filgueiras based on his previous experiences, an industrialized
construction system was used, with the manufacture of constructive elements composed of
reinforced mortar that were transported and assembled on site, bringing agility and economy to
the process. However, a few decades after their construction, the buildings begin to show a
series of pathological manifestations that raise concerns about their useful life. With this in
mind, this study aimed to identify, diagnose and suggest treatment proposals for the
pathological manifestations identified in Block A of one of these school complexes, located in
Vitória de Santo Antão. The study was based on the guidelines defined by ABNT NBR
16747:2020, which establishes criteria for the execution of building inspection services, and
included data collection, information, inspections, photographic records of observed
irregularities and their subsequent diagnosis. A series of pathological manifestations caused by
design errors were found that raise concerns about the structural integrity of the building, and
among the recommendations offered, the need for further studies on the irregularities observed
in the pillars and stairs stands out.
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 13
2.1 João da Gama Filgueiras Lima (o Lelé) e a concepção do projeto dos CAICs ..... 16
3 METODOLOGIA ....................................................................................................... 31
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................................................................. 33
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 62
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1 INTRODUÇÃO
O projeto arquitetônico dos CAICs foi elaborado pelo renomado arquiteto brasileiro
João da Gama Filgueiras Lima, mais conhecido como Lelé, sendo composta por elegantes
palácios escolares constituídos, em sua maioria, por quatro blocos prediais semi-interligados,
sendo um deles uma quadra poliesportiva com uma icônica cobertura em formato de pirâmide
ou de prisma triangular, o que dá um aspecto arquitetônico único a este edifício.
manifestações patológicas cada vez mais complexas na estrutura, elevando também os custos
para a correção dos problemas (SILVA JUNIOR, RIBEIRO e MEDEIROS, 2020).
Tendo em vista a importância desta escola para a comunidade daquela região, faz-se
necessária a elaboração de um estudo criterioso das patologias existentes na estrutura, de forma
a realizar um diagnóstico dos tipos e das causas das mesmas. Além disto, é preciso sugerir
métodos de tratamento para as manifestações e de prevenção de novos problemas, de forma a
prolongar a vida útil da edificação e permitir que a escola continue a oferecer seus serviços com
qualidade e segurança.
1.1 Justificativa
1.2 Objetivos
Com base nas justificativas expostas, seguem abaixo, de forma sucinta, os objetivos
pretendidos com o desenvolvimento deste estudo.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Este capítulo aborda conceitos importantes para o estudo das manifestações patológicas
realizado no complexo escolar localizado na cidade de Vitória de Santo Antão-PE.
2.1 João da Gama Filgueiras Lima (o Lelé) e a concepção do projeto dos CAICs
João da Gama Filgueiras Lima, também conhecido como Lelé, nasceu em 1932 no Rio
de Janeiro, onde se formou em Arquitetura no ano de 1955 pela então Universidade do Brasil,
que atualmente é a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 1957, ainda recém-
formado, mudou-se para Brasília, convidado a trabalhar em conjunto com o também arquiteto
Oscar Niemeyer durante as obras de implantação do Plano Piloto da nova capital federal.
Foi durante este período que começou a ligação de João Filgueiras com a racionalização
das construções. Trabalhando para o Instituto de Assistência e Previdência dos Bancários
(IAPB) como arquiteto construtor, esteve entre as suas responsabilidades a implantação do
acampamento dos operários e o gerenciamento das obras de blocos de apartamentos das
superquadras 108 e 109 da Asa Sul. E para contornar as dificuldades enfrentadas, Lelé apostou
na utilização de elementos pré-fabricados, que já eram enviados prontos para Brasília e
montados no local.
Gerais (1962) e o Edifício de Apartamentos para Professores (1962), mais conhecido como
Colina (Imagem 1), os quais serviram de laboratório experimental do uso de estruturas pré-
fabricadas em concreto armado.
Em 1982, Lelé saiu de Salvador e foi até Abadiânia, uma cidade do estado de Goiás
extremamente pobre, a convite do então prefeito Vander Almada, onde atuou em conjunto com
o líder comunitário Frei Matheus Rocha na criação de uma pequena fábrica de produção de
elementos pré-fabricados em argamassa armada, como vedações, piso, cobertura e estrutura. O
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objetivo de Lelé era criar um método de implantação de escolas rurais sem a necessidade do
uso de mão de obra especializada, e que pudesse ser replicado em todo o estado de Goiás
(MIYASAKA et al., 2016), como mostra a Imagem 4. Durante este experimento, o método
desenvolvido por Lelé ganhou maturidade, e serviu como um laboratório fundamental para
verificar o potencial da argamassa armada na construção de edifícios mais complexos e em
maior escala.
Imagem 4 – Escola transitória de Abadiânia
Leonel Brizola, governador eleito do estado do Rio de Janeiro em 1983, delegou a Darcy
Ribeiro, seu vice, a missão de estabelecer centenas de CIEPs (Centros Integrados de Educação
Pública). Projetados por Oscar Niemeyer, eram grandes escolas que visavam transformar a
educação pública de todo o estado, funcionando em tempo integral e atendendo crianças e
adolescentes em situações de vulnerabilidade. Darcy, com base na sua experiência trabalhando
com Lelé em Brasília, visitou a escola de Abadiânia e viu a possibilidade de replicar este
protótipo com mais escala como solução para a implantação dos CIEPs (Imagem 5). Desta
forma, convidou Lelé para implantar a Fábrica de Escolas e Equipamentos Urbanos do Rio de
Janeiro, entre os anos de 1984 a 1986. Além da construção de escolas em todo o estado, a
fábrica também produzia diversos elementos pré-fabricados que foram utilizados na
infraestrutura urbana e em equipamentos públicos, assim como foi feito na RENURB em
Salvador (MELO; PEREIRA, 2020).
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Voltando a Salvador no segundo mandato de Mário Kertész como prefeito, Lelé foi
incumbido de construir a Fábrica de Equipamentos Comunitários (FAEC), onde seguiu as
experiências anteriores de produção de elementos pré-fabricados como forma de melhorar as
condições de vida das populações mais carentes. Foi também na FAEC que Lelé incorporou o
uso de estruturas em aço em conjunto com a argamassa armada, levando esta técnica adiante
nos seus próximos projetos.
As experiências obtidas com os CIEPs e com a FAEC foram utilizadas como referência,
pelo governo federal, para a criação do projeto de implementação dos Centros Integrados de
Atenção à Criança e ao Adolescente (CIAC). Criados durante o governo de Fernando Collor,
eram parte do Projeto Minha Gente, uma política pública que tinha como objetivo construir
5000 unidades educacionais em todo o Brasil, oferecendo creches, pré-escolas e o ensino de 1º
e 2º grau, além de ações integradas nas áreas da saúde, de assistência e de promoção social, de
forma a diminuir os impactos da pobreza sobre a população das periferias brasileiras (IPEA,
1995).
Mas por conta de questões políticas e pela instabilidade do governo, agravada com o
processo de impeachment de Fernando Collor, houve uma série de cortes orçamentários na
implantação do projeto. Itamar Franco, após assumir a presidência, fez uma série de mudanças
na estrutura do Projeto Minha Gente no ano de 1994, mudando a sua denominação para
Programa Nacional de Atenção à Criança e ao Adolescente (PRONAICA), e os CIACs
passaram a ser chamados de Centros de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (CAIC).
A responsabilidade sobre o projeto foi também descentralizada, sendo agora dividida entre a
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União, os estados e os municípios, conforme explicado no Texto para Discussão nº 363: “CAIC:
solução ou problema?” do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) (1995, p. 11):
Após essa experiência, Lelé atuou em muitos outros projetos de destaque, como o seu
trabalho no Centro de Tecnologia da Rede Sarah (CTRS) (Imagem 6), onde elaborou os projetos
e as obras dos hospitais da Rede Sarah de Hospitais do Aparelho Locomotor, e também várias
unidades do Tribunal de Contas da União na região nordeste, assim como o Tribunal Regional
Eleitoral da Bahia.
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Lelé faleceu em Salvador no dia 21 de maio de 2014, aos 82 anos, e deixou um legado
enorme para a Arquitetura e a Engenharia Civil nacional. Teve uma carreira marcada pelo
apreço à inovação e pela busca constante da melhoria da qualidade de vida das populações em
situação de vulnerabilidade.
É importante ressaltar que o perfil das obras nas quais esteve envolvido favoreceu a
aplicação das suas experiências com seu novo método construtivo. Projetos de edifícios que,
em sua grande maioria, tinham caráter institucional, escolar ou hospitalar, permitiam a Lelé
uma maior liberdade no desenvolvimento conjunto de sua técnica e criatividade, onde o mesmo
mostrou seu conhecimento refinado e a sua capacidade de se adaptar a projetos dos mais
diversos tipos.
Pode-se dizer que seu trabalho se caracterizou pelo apreço à inovação. Investindo na
racionalização e na industrialização das construções, Lelé propôs processos construtivos com o
uso de elementos pré-fabricados que evoluíram ao longo de sua carreira, começando com o uso
do concreto armado, passando pelo uso pioneiro da argamassa armada e chegando ao uso do
aço estrutural, tudo isso como forma de oferecer construções mais eficientes e econômicas a
fim de resolver problemas estruturais de muitas cidades brasileiras.
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O complexo escolar que é o objeto deste estudo está localizado no município de Vitória
de Santo Antão, na Zona da Mata do estado de Pernambuco (Imagem 7). Foi inaugurado em 27
de dezembro de 1994, no final do governo do presidente Itamar Franco, pelo então prefeito
Elias Alves de Lira. O ano de 1995 foi dedicado à aquisição de equipamentos e a resoluções de
questões burocráticas, dentre as quais a cedência da responsabilidade administrativa do prédio,
por parte do Ministério da Educação e do Desporto, para a gestão da prefeitura do município,
em 30 de junho de 1995.
Ele está localizado na região nordeste da cidade, no bairro de Águas Brancas, a cerca de
2,0 km da Praça da Matriz, no centro da cidade, e também atende a população dos bairros do
Cajá, Matadouro, Militina e Santana, além de regiões da zona rural do município. Está
posicionado numa área da cidade que passa por um processo de acelerada urbanização nos
últimos quinze anos, com o surgimento de diversos loteamentos e conjuntos habitacionais,
como o Loteamento Major Expedito, o Loteamento Veneza, o Loteamento Bairro Nobre, o
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Residencial Águas Claras e o Residencial Jardins da Vitória, além de outras áreas de habitações
e ocupações clandestinas (Imagem 8).
Apesar disto, é uma das poucas escolas públicas deste ponto da cidade, e oferece turmas
das Modalidades de Ensino Infantil, de Ensino Fundamental e de Educação de Jovens e Adultos
(EJA), além do Atendimento Educacional Especializado (AEE) para alunos com necessidades
especiais. No total, admite cerca de 1000 alunos em dois turnos de aula, pela manhã e pela
tarde, e tem por volta de 120 professores e funcionários.
Por vida útil de projeto, entende-se o período de tempo durante o qual se mantêm as
características das estruturas de concreto, sem intervenções significativas, desde que
atendidos os requisitos de uso e manutenção prescritos pelo projetista e pelo
construtor, [...] bem como de execução dos reparos necessários decorrentes de danos
acidentais. (ABNT, 2014, p. 15).
Uma estrutura atinge o final de sua vida útil quando não consegue mais desempenhar a
função para a qual foi projetada. Embora isso possa ser revertido por meio de reparos,
eventualmente os custos para tal tornam o serviço antieconômico ou até mesmo impraticável.
O tempo de serviço, determinado em projeto, é o período em que a estrutura se mantém útil, o
que depende de vários fatores, como sua natureza, sua função, os materiais empregados, entre
outros (DYER, 2015).
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O desempenho pode variar de uma estrutura para outra, pois depende das exigências
empregadas no seu projeto e execução, e nos cuidados com a sua manutenção durante o seu
uso. Além disto, dependem também das condições ambientais as quais estão expostas
(POSSAN; DEMOLINER, 2013). Algumas estruturas já iniciam o seu funcionamento de forma
insatisfatória, enquanto outras atingem o fim da sua vida útil demonstrando ainda um bom
desempenho. Quando uma estrutura apresenta um mal desempenho em algum momento isto
não significa que ela está condenada, e a avaliação deste tipo de situação é um dos maiores
objetivos do estudo das manifestações patológicas, que busca intervir tecnicamente para
reabilitar a estrutura sempre que possível (SOUZA; RIPPER, 2009).
2.5 Manutenção
Uma estrutura deve ser projetada com um determinado tempo de vida útil, como forma
de garantia da qualidade do serviço executado para o cliente. Porém, os materiais e sistemas
utilizados na sua construção nem sempre acompanham a vida útil dela, e nem poderiam, sob o
risco de encarece-la demasiadamente. Tendo isso em vista, entende-se o conceito de
manutenção como o conjunto de atividades que têm a finalidade de garantir o desempenho e
prolongar a vida útil de uma estrutura a um baixo custo-benefício.
Sob os pontos de vista econômico e ambiental, é inaceitável tratar uma estrutura como
se fosse um produto descartável, e isto exige o cuidado constante com a manutenção delas para
evitar que sejam tiradas de serviço antes de atingirem a sua vida útil. Devido aos seus custos a
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manutenção não pode ser feita de modo improvisado, e deve ser entendida como um serviço
técnico programável e um investimento que preserva o valor patrimonial do imóvel (ABNT,
2012).
Os problemas patológicos, em sua grande maioria, são originados por falhas decorrentes
da realização dos processos de concepção, execução e utilização das estruturas. E como forma
de se evitar estes problemas, são necessários alguns cuidados durante estas etapas. Na
concepção de um projeto, o profissional deve utilizar seu conhecimento técnico e a sua
experiência para se antecipar aos possíveis problemas que que possam decorrer das suas
escolhas projetuais. Durante a execução, o responsável por esta etapa deve seguir fielmente o
estabelecido no projeto, e utilizar materiais de qualidade durante os serviços. E durante a
utilização da estrutura, devem ser realizados periodicamente os procedimentos de manutenção
preventiva e corretiva, como forma de zelar pela vida útil da mesma (SOUZA; RIPPER, 2009).
Fissuração
Considerando que a resistência à tração do concreto é bem menor que a sua resistência
à compressão, o aparecimento de fissuras pode ser provocado por certos esforços localizados
de tração. Muitas vezes, ela decorre de esforços associados a fenômenos térmicos ou de
retração, ou até mesmo por conta de movimentações diferenciais em pontos de contato entre
diferentes materiais. Nestes casos, a sua repercussão na estabilidade da estrutura é baixa, mas
pode ocasionar problemas de desempenho e estanqueidade. Porém, em alguns casos, ela resulta
da incapacidade da estrutura de suportar as cargas e tensões atuantes, o que gera preocupações
sobre a segurança estrutural (SILVA FILHO; HELENE, 2011).
Infiltração
A água é um dos maiores fatores de degradação das estruturas, seja de forma direta,
atuando como agente deletério, ou indireta, ao atuar como meio de transporte de outros agentes
agressivos. Existem várias formas de infiltração de água nas construções, que pode advir da
umidade presente no solo, das águas pluviais, infiltrada através de fissuras ou aberturas, dentre
outras maneiras (RIGHI, 2009).
também pode causar problemas patológicos sérios, ao permitir a infiltração constante de águas
pluviais e o entupimento de drenos, fatores que aceleram o processo de deterioração da estrutura
e diminuem o seu desempenho.
Após a concretagem é formada uma solução aquosa no concreto de pH alcalino, que cria
uma película passivante em volta de toda a superfície das barras. Essa película protege as barras,
impedindo a dissolução do ferro e a sua oxidação. Mas a ação de agentes agressivos no concreto
armado tem o potencial de diminuir esse pH, até o ponto de causar um diferencial eletroquímico
que dá início ao processo de deterioração das armaduras.
O processo de corrosão das armaduras ocorre de sua periferia para o seu interior, com a
transformação gradual da seção de aço em ferrugem. Este é o aspecto mais perigoso da
corrosão, por diminuir a capacidade resistente da armadura ao diminuir a sua área de aço. Além
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disto, ocorre a perda de aderência entre o aço e o concreto, prejudicando ainda mais o
desempenho da estrutura com relação às solicitações atuantes (SOUZA; RIPPER, 2009).
Causas biológicas
A maior parte dos fatores biológicos que causam manifestações patológicas causam
pouca preocupação com relação a durabilidade das estruturas, mas o crescimento de mofo, bolor
e musgos causam problemas estéticos. Em alguns casos, o surgimento de vegetação pode causar
danos significativos, devido ao crescimento de raízes dentro dos elementos construtivos. A
atividade bacteriana, porém, pode produzir substâncias capazes de danificar o concreto por
diversos tipos de ataques químicos, como o ataque de sulfatos (DYER, 2015).
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3 METODOLOGIA
Foi realizada uma pesquisa de natureza aplicada, com abordagem qualitativa e objetivo
exploratório, na qual a coleta e a análise dos dados foram feitas por meio da associação de uma
pesquisa bibliográfica com a pesquisa de campo. Este estudo foi desenvolvido entre os meses
de março e outubro do ano de 2022.
A lógica do sistema de inspeção predial proposto por esta NBR baseia-se na realização
de um exame “clínico geral”, onde são avaliadas as condições globais da edificação e a
existência ou não de problemas relacionados a sua conservação ou funcionamento, baseados
por uma análise fundamentalmente sensorial feita por um profissional habilitado para tal.
Posteriormente, de acordo com os resultados obtidos, podem ser recomendadas análises mais
específicas, com a intenção de aprofundar o diagnóstico das anomalias encontradas (ABNT,
2020).
Desta forma, a pesquisa de campo procurou seguir, sempre que possível, as etapas da
metodologia da inspeção predial propostas por esta NBR, planejando os procedimentos
adotados em cada etapa conforme a tipologia do edifício, as suas características construtivas, a
idade da construção, as instalações e equipamentos e a qualidade das informações e
documentações obtidas.
Pode-se dividir a execução das etapas da inspeção predial em quatro fases. Na primeira,
foi realizado o levantamento de dados e documentações sobre a edificação, seguida da análise
do material obtido. Ainda nesta fase realizou-se a anamnese do edifício, por meio do seu
histórico de utilização e de entrevistas com funcionários. Esta fase inicial tem o objetivo de
coletar informações relevantes que auxiliem no planejamento das etapas seguintes, como o
histórico de manutenções e reformas do edifício.
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Posteriormente, na terceira fase, foi realizada uma análise dos dados obtidos durante a
inspeção predial, com a classificação das irregularidades constatadas, a determinação e o
mapeamento dos tipos de manifestações patológicas existentes e as suas possíveis causas.
Seguindo as diretrizes da ABNT NBR 16747:2020, este estudo visa identificar, de forma
sensorial, as anomalias presentes nos elementos estruturais e de vedação do edifício em questão,
sejam elas de ordem estrutural ou estética, como infiltrações, fissuras, trincas e outros vícios
e/ou defeitos construtivos, de forma a fazer um exame preliminar das condições de uso e
manutenção do edifício.
Devido ao caráter preliminar deste estudo, não foram previstos no seu escopo trabalhos
de prospecção e ensaios de laboratórios, além de vistorias de outros profissionais especializados
como engenheiro eletricista, mecânico, ou formação de equipe multidisciplinar. Porém, com
base nos resultados encontrados, elencou-se uma série de medidas e estudos complementares
necessários para o refinamento do diagnóstico e a confirmação das hipóteses levantadas sobre
as causas das anomalias encontradas. Também foram feitas recomendações técnicas acerca das
medidas necessárias para a reparação das anomalias, e indicou-se a ordem de prioridade da
execução das mesmas com relação ao grau de risco que estas patologias oferecem aos usuários
desta edificação.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Tipo do terreno:
Topografia: Terreno nivelado, com cortes e aterros em alguns pontos dos muros de
divisa.
Coordenadas geográficas: -8.10240º S, -35.28414º O.
Área total: aproximadamente 21.000 m2
Limites do terreno: Sua fachada Sul está voltada para a Rua Água Branca, e contém o
acesso para o estacionamento; A fachada Oeste faceia toda a extensão da Rua 01, e nela
está localizado o acesso principal do edifício; A fachada Norte faz divisa com o
Condomínio Águas Claras; a fachada Leste faz divisa com algumas residências e
terrenos baldios (Imagem 11).
Imagem 11 – Limites do terreno da Unidade Escolar
Tipo da edificação:
Tipologia: Complexo escolar composto por três blocos de edifícios com salas de aula e
uma quadra poliesportiva.
Método construtivo: Construção modulada, com o uso de peças pré-fabricadas de
argamassa armada em todos os elementos construtivos, como pilares, vigas, lajes,
cobertura, escadas, pisos e vedações verticais.
Idade: 27 anos
Área total edificada do complexo: 6.500 m2
Área total edificada do Bloco A: 1.610 m2
Documentação:
Plantas do edifício;
Projetos executivos;
Manual de uso, operação e manutenção.
Este hall contém duas escadas que levam ao piso superior do edifício, onde existem 12
salas de aula, uma sala dos professores e duas salas de armazenamento de material, como mostra
a Imagem 13.
Imagem 13 – Planta baixa do Bloco A (Térreo e 1º pavimento)
Durante essas quase três décadas de existência, a ausência dos devidos cuidados com a
manutenção preventiva do edifício acabou dando margem para o surgimento de manifestações
patológicas nos elementos construtivos. Além disto, as ações antrópicas negativas da
comunidade ao redor também contribuíram para a aceleração da deterioração de alguns
elementos.
Assim como visto em outros CAICs, a situação da escola em questão evoluiu para um
estado de total abandono por parte do poder público, devido à falta de investimentos e de
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funcionários suficientes para atender um edifício deste porte, tendo salas de aula funcionando
com a ausência de itens básicos como portas, janelas, energia elétrica, entre outros. A escola
chegou ao ponto de ter partes do seu muro de divisa derrubadas, o que piorou ainda mais a
segurança do local, tornando-se alvo da prática de atividades ilícitas como o uso e venda de
entorpecentes em alguns pontos do local, além de atos de vandalismo e de furto de
equipamentos.
Porém nota-se que, durante os serviços de reforma, não houve o devido cuidado com o
tratamento das causas de algumas das manifestações patológicas e com a recuperação dos
elementos construtivos, pois poucos meses após à obra a edificação já mostra sinais de que as
manifestações patológicas preexistentes continuam a danificar algumas das peças componentes
da construção, como pode ser visto na Imagem 14.
Cobertura e impermeabilização
Sistema de captação de águas pluviais
Pestanas
Lajes
Vigas-calha
Pilares
Escadas
Vedações verticais
Pisos
Cobertura e impermeabilização
A cobertura do edifício foi feita com o uso de um tipo de telha capa e canal plana
diferente do utilizado comumente em residências, como pode ser visto na Imagem 15. Elas são
elementos pré-fabricados em argamassa armada com dimensões maiores do que o normal e
espessura de 1 cm, e, de acordo com a metodologia utilizada pelo seu idealizador, tinham a
função extra de criar um colchão de ar entre as telhas que deveria servir como isolante para
melhorar o desempenho térmico da construção.
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em instalações elétricas, sendo necessária a paralisação das atividades da escola até o reparo
destes problemas.
Imagem 19 – Obstrução dos ralos e acúmulo de água na cobertura
Não se sabe até que ponto o problema foi resolvido, mas nota-se que uma das medidas
tomadas foi tampar alguns dos ralos presentes no meio da cobertura, o que pode ter diminuído
ainda mais a capacidade de drenagem do sistema.
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Pestanas
Entre as pestanas existe uma espécie de telha de metal do tipo capa, que serve para cobrir
o espaço entre duas pestanas. Durante a vistoria verificou-se que em alguns desses espaços essa
telha estava mal posicionada ou até mesmo inexistia, o que gera um ponto de infiltração na
estrutura das pestanas e dos pilares abaixo. Em alguns pontos, nota-se a tentativa de substituir
esta telha com a colocação de uma argamassa cimentícia, mas devido às movimentações
naturais do edifício essa argamassa não é adequada para esta função, e já começa a apresentar
fissuras (Imagem 20).
Imagem 20 – Irregularidades constatadas nas pestanas
Lajes
As lajes do edifício são compostas por placas pré-fabricadas de argamassa armada que
estão biapoiadas nas vigas-calha. Durante a vistoria, não foram constatadas anomalias neste
elemento estrutural.
Vigas-calha
Pilares
Os pilares do edifício, assim como os outros elementos, são compostos por peças pré-
fabricadas de argamassa armada. Eles são ocos por dentro, com uma seção tubular interna de
75 mm que serve como tubo de queda do sistema de captação das águas pluviais. Além disto,
contém protuberâncias nos seus quatro vértices, que servem como encaixe das vedações
verticais, conforme mostra a Imagem 24.
Imagem 24 – Seção dos pilares
Durante a vistoria foi observado que na parte inferior da maioria dos pilares do térreo
as armaduras sofrem corrosão, e nota-se o desplacamento do concreto causado pela expansão
das armaduras (Imagem 25). Não foram detectadas anomalias nos pilares do 1º pavimento.
Observou-se também que, durante a última reforma, tentou-se realizar o reparo destes
desplacamentos de forma incorreta, com a aplicação de argamassa e pintura, como mostra a
Imagem 26, o que denota que este problema é antigo e que este reparo teve caráter apenas
estético, e supõe-se que a prefeitura não contratou serviços de recuperação estrutural destes
elementos.
Como não foram tratadas as causas da corrosão, nota-se que pouco tempo após a reforma
a argamassa de reparo utilizada já começa a desplacar novamente em vários pontos por conta
da continuação do processo corrosivo. Além de não terem sido feitos reparos de forma efetiva,
este tipo de procedimento gera riscos ao esconder os reais problemas que acometem uma
estrutura deste porte.
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Chama a atenção a extensão dos danos causados por esta patologia nos pilares, o que
acende um alerta sobre o estado estrutural desta edificação. Neste caso específico, diversos
fatores podem ter relação com a situação, sendo necessários mais estudos para a comprovação
do diagnóstico. Numa análise preliminar, elenca-se os seguintes fatores como possíveis elos da
corrente de causas que causaram esta situação:
Escadas
Ainda durante a reforma, no 1º pavimento foi colocada uma grade no início da escada
que fica em frente aos banheiros do térreo, com o objetivo de direcionar o fluxo de alunos para
a outra escada e assim ter um melhor controle do fluxo dos alunos.
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No caso das escadas, a provável causa destas anomalias é a fadiga causada pela vibração
constante deste elemento estrutural. Os funcionários da escola relatam que, na hora do intervalo
dos alunos, os mesmos descem as escadas em grande volume e correndo muito, de forma tão
forte que dá pra sentir e ouvir a vibração da escada de longe. Além disto, estas fissuras acabam
expondo a armadura do consolo, e já se pode notar o início do processo corrosivo em alguns
pontos (Imagem 29), o que agrava ainda mais a situação e expõe os alunos a um risco constante.
Vedações verticais
As vedações verticais deste edifício são compostas pelas paredes divisórias, portas,
janelas e grades. Abaixo das janelas, as divisórias são compostas por um elemento pré-fabricado
com um perfil “C”. As portas e janelas são os elementos que foram mais alterados durante a
última reforma, sendo trocados por novos modelos em quase todo o edifício, e que, até o
momento, apresentam desempenho satisfatório. Todas as salas apresentavam uma janela
basculante entre a janela/parede e o teto, que tinham a função de melhorar a ventilação do
prédio, mas durante a reforma essas janelas foram removidas. Em alguns pontos foram
colocados cobogós no seu lugar, mas na maioria das salas foi deixado o vão aberto.
extremidades, essas paredes divisórias são fixadas nos pilares, por meio de um encaixe entre as
peças. Essas placas podem estar dispostas uma ao lado da outra, configurando uma parede
simples, ou intercaladas, formando uma parede dupla, como mostra a Imagem 30.
Pisos
Os pisos do térreo são compostos, em sua grande maioria, por placas pré-fabricadas de
argamassa armada, com exceção das áreas molhadas, como banheiros e cozinha, que receberam
um novo piso cerâmico durante a última reforma, e da sala de informática, que tem um piso
composto por placas de algum tipo de material plástico. Em alguns pontos da sala de
informática constatou-se o desplacamento deste piso (Imagem 32), possivelmente causado pela
umidade ou pelos produtos utilizados na limpeza do mesmo.
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Extensão das
Elemento da Origem da
Tipo de irregularidade irregularidades Classificação
construção irregularidade
no edifício
Elemento da
Tipo de irregularidade Medidas recomendadas
construção
É importante mencionar que as medidas descritas no Quadro 2 devem ser realizadas por
uma equipe técnica capacitada para tal, como forma de garantir a correta execução destes
serviços.
Suspeita-se que o sistema de captação de águas pluviais é responsável por grande parte
das irregularidades constatadas em elementos estruturais importantes, como vigas e pilares. E
no caso das escadas, é extremamente necessária a avaliação estrutural das suas condições de
uso por conta dos danos observados durante a vistoria. Desta forma, recomenda-se a contratação
de uma equipe multidisciplinar, que possa realizar estudos complementares e ensaios que
comprovem as causas destas irregularidades e que consigam verificar de forma mais efetiva a
real situação destes elementos. Além das medidas recomendadas anteriormente, ressalta-se a
necessidade de avaliações complementares sobre o estado das instalações elétricas e
hidrossanitárias, que não foram contempladas neste estudo.
Nível de Prioridade 1
Nível de Prioridade 2
Nível de Prioridade 3
relataram que, além da reforma, eles não têm lembrança de ter visto algum tipo de serviço de
manutenção periódica da edificação por parte da prefeitura.
Durante a vistoria verificou-se que não há nenhum acesso às áreas da cobertura, o que
dificulta ainda mais a sua manutenção. Isto posto, recomenda-se a instalação de uma escada
fixa, conforme as normas de segurança do trabalho, que permita o acesso à cobertura com maior
segurança. Recomenda-se também a criação de um plano de manutenção preventiva para este
complexo escolar, como forma de identificar e tratar futuras manifestações patológicas no seu
início e prolongar a vida útil desta edificação de forma mais econômica.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A concepção dos CIACs, que posteriormente viraram CAICs, surgiu como um dos
esforços para democratizar o acesso à educação, saúde e assistência social para crianças e
adolescentes de todo o país, um compromisso assumido pelo governo brasileiro no contexto da
Constituição Federal de 1988 como forma de reduzir os efeitos negativos da pobreza sobre as
populações mais carentes.
Por fim, a situação dos pilares e das escadas acende um alerta sobre o nível de
integridade estrutural do edifício. É indispensável a realização de estudos complementares
sobre a real situação das manifestações patológicas e do comportamento da estrutura do local
por profissionais especializados de modo a preservar a vida útil deste equipamento público,
para que o mesmo possa continuar a oferecer os seus serviços à comunidade local sem riscos
para a segurança de centenas de crianças, adolescentes e adultos que usam as suas instalações
diariamente.
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REFERÊNCIAS
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Ltda., 2015. 536 p. ISBN 9788539906086.
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