Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CARUARU
2020
1
CARUARU
2020
2
Catalogação na fonte:
Bibliotecária – Simone Xavier - CRB/4 - 1242
___________________________________________________
Prof.º Dr. José Moura Soares:
Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (Orientador)
___________________________________________________
Prof.ª Dr. Saul Barbosa Guedes
Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (Examinador Interno)
___________________________________________________
Prof.ª Dr. Saulo de Tarso Marques Bezerra
Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (Examinador Interno)
4
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ter me dado saúde e persistência. Dedico
também a minha família, que me deu todo apoio para que eu conseguisse realizar meu sonho.
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado força, saúde e persistência para
conseguir chegar até este momento. Agradeço a minha família, principalmente aos meus pais
José Ferreira (in memorian) e Aurora Celeste, pois sem eles eu não teria nascido e me tornado
quem eu me tornei, sem eles eu não teria metade da força que tenho, mesmo meu pai não
estando mais presente fisicamente em minha vida, tenho certeza que durante toda essa jornada
ele me acompanhou, foi ele quem deu o pontapé inicial ao pagar minha inscrição no
vestibular e sou eternamente grato pelo pai magnifico que eu tive, assim como sou grato por
ter a melhor mãe do mundo, que apesar de todas as dificuldades enfrentadas todos esses anos
de graduação, ela sempre me apoiou e me deu amor, sem ela eu não teria chegado até aqui e
tudo que eu conquistei é por ela e para ela. Agradeço também as minhas irmãs Danielly e
Vanesa que sempre me ajudaram e me deram força, meus sobrinhos Alicya, Carlos, Claryssa
e Pedro que me divertiram nos momentos em que precisei. Agrdeço também ao meu cachorro
Jimmy que muitas vezes mesmo calado, me trazia paz.
Agradeço também aos meus familiares que de alguma forma me apoiaram e que
estiveram comigo nos momentos alegres e tristes, em especial aos meus padrinhos Cloves e
Aurilene e minhas primas Emylly e Camyla.
Agradeço em especial ao meu orientador Dr. José Moura Soares por ter aceitado o
desafio de fazer este projeto, por ter me dado orientação e por ter sempre me pressionado ao
fazer o melhor, agradeço a ele também por toda a paciência e conhecimento compartilhado,
além de todas as conversas e descontrações.
Agradeço também por todos meus colegas que começaram comigo essa jornada e
iniciaram junto comigo esse sonho e me deram apoio, em especial a José Germano, Anderson,
6
Felipe Dabés, Thássia, Caio, Henrique. Agradeço também a Augusto, Elton e Jonhatam que
dividiram apartamento comigo e se tornaram muito especiais em minha vida.
Por fim, agradeço a todas as pessoas que conheci durante esses últimos anos e que
marcaram a minha vida de alguma forma, que me trouxeram felicidade e se tornaram
especiais para mim, assim como os amigos de ensino médio que continuaram presentes,
mesmo com a distância, em especial a Karla, Edja, Adryell, Lorenna, Claudiane, Jomar,
Bruna e Dayane.
7
RESUMO
O setor da construção civil no Brasil tem passado por uma crise nos últimos anos.
Devido a isso, há uma necessidade de se buscar cada vez mais soluções para aumentar a
produtividade e diminuir os custos e desperdícios nas obras. O Governo Federal instituiu que
a partir de 2021 será obrigatório o uso do Building Information Modelling (BIM) na
elaboração de projetos, como forma de tornar as praticas para execução de projetos mais
condizentes com os padrões internacionais. Além disso, a busca por novos métodos de
construção que possam garantir o desempenho das edificações, mas, de forma mais
econômica e mais ágil, torna-se cada vez mais necessário no cenário atual. Sendo assim, esse
estudo aborda um comparativo entre um sistema de vedação interna com alvenaria de blocos
cerâmicos e um sistema com drywall. Para isso será descrito e analisado as características de
execução, planejamento e orçamento de cada sistema, traçando suas vantagens e
desvantagens. Para a elaboração desse trabalho foi utilizado como fonte de pesquisa normas,
artigos técnicos, referenciais de preço e páginas da internet que serão referenciadas no
decorrer do estudo. Como conclusão pode-se observar que as Paredes em drywall são mais
econômicas e mais eficazes.
ABSTRACT
The civil construction sector in Brazil has been experiencing a crisis in recent years.
Due to this fact, there is a need to seek even more solutions to increase productivity and
reduce costs and waste in the constructions. The Federal Government has established that,
from 2021, it will be mandatory the use of Building Information Modeling (BIM) in the
conception of projects, as a way to make the practices for the execution of projects more
aligned with international standards. In addition, the search for new construction methods that
can assure the performance of the buildings, but, in a more economical and fastest way,
becomes each time more necessary in the current prospect. Therefore, this study makes a
comparison between an internal sealing system with masonry of ceramic blocks and a system
with drywall. For that, the execution, planning and budget characteristics of each system will
be described and analyzed, pointing their advantages and disadvantages. For the elaboration
of this work, norms, technical articles, price references and internet pages were used as a
source of research that will be referenced during the study. In conclusion, it can be seen that
drywall walls are more economical and more effective.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Tijolo cerâmico de face lisa.......................................................... 22
Figura 2 – Tijolo cerâmico de face ranhurada............................................... 23
Figura 3 – Marcação da primeira fiada…….................................................. 24
Figura 4 – Assentamento de bloco cerâmico................................................. 24
Figura 5 – Consumo de drywall no mundo.................................................... 26
Figura 6 – Histórico do consumo de drywall no Brasil................................. 27
Figura 7 – Consumo de m² de drywall por região......................................... 27
Figura 8 – Chapas de gesso acartonado (tipo RU, RF e ST)......................... 28
Figura 9 – Processo de fabricação de placas de gesso acartonado…………. 29
Figura 10 – Tipos de perfis metálicos.............................................................. 32
Figura 11 – Localização de Caruaru-PE.......................................................... 34
Figura 12 – Localização do loteamento Luar do Jurití.................................... 35
Figura 13 – Indices urbanisticos do municipio de caruaru.............................. 36
Figura 14 – Planta humanizada (pav. Térreo).................................................. 38
Figura 15 – Planta humanizada (1º pavimento)............................................... 38
Figura 16 – Planta humanizada (cobertura / terraço)....................................... 39
Figura 17 – Fachada frontal............................................................................. 39
Figura 18 – Fachada lateral.............................................................................. 40
Figura 19 – Parede externa............................................................................... 41
Figura 20 – Parede interna (alvenaria de bloco cerâmcio)............................... 41
Figura 21 – Detalhamento das paredes internas............................................... 42
Figura 22 – Núcleo da parede interna de drywall............................................ 42
Figura 23 – Chapa de gesso acartonado standard (st)...................................... 43
Figura 24 – Chapa de gesso acartonado resistente à umidade (ru).................. 43
Figura 25 – Detalhamento das paredes internas de drywall (st + st)............... 44
Figura 26 – Detalhamento das paredes internas de drywall (st + ru)............... 44
Figura 27 – Comparação dos custos (alvenaria de bloco cerâmico)................ 49
Figura 28 – Comparação dos custos (drywall)................................................. 50
10
LISTA DE TABELAS
SÚMARIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 12
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS...................................................................... 12
1.2 OBJETIVOS...................................................................................................... 13
1.2.1 Objetivo Geral................................................................................................. 13
1.2.2 Objetivo Específico.......................................................................................... 13
1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO...................................................................... 14
2 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................... 16
2.1 PROJETO ARQUITETÔNICO........................................................................ 16
2.2 REVIT................................................................................................................ 17
2.3 ALVENARIA.................................................................................................... 18
2.4 VEDAÇÃO VERTICAL................................................................................... 19
2.4.1 Alvenaria De Bloco Cerâmico......................................................................... 21
2.4.2 Drywall.............................................................................................................. 25
3 METODOLOGIA ........................................................................................... 34
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO............................................................. 34
3.2 LEGISLAÇÃO.................................................................................................. 35
3.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES................................................................ 36
3.4 MODELAGEM DO PROJETO........................................................................ 37
3.5 DETALHAMENTO DAS PAREDES.............................................................. 40
3.6 QUANTITATIVOS E ORÇAMENTOS.......................................................... 45
3.7 CUSTOS TOTAIS............................................................................................. 47
3.8 PESO NA ESTRUTURA.................................................................................. 48
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................... 49
4.1 ANÁLISE DOS CUSTOS TOTAIS.................................................................. 49
4.2 ANÁLISE DO PESO DA ESTRUTURA........................................................ 50
5 CONCLUSÕES................................................................................................ 51
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 52
APÊNDICE A PROGRAMA DE NECESSIDADES................................ 55
12
1 INTRODUÇÃO
O setor da construção civil tem passado por uma crise que já vem durando alguns anos.
Podemos observar através de índices de pesquisas realizadas (IBGE 2018) que o setor vem
apresentando taxas de variações, no crescimento do setor da construção civil em relação ao
mesmo trimestre do ano anterior, negativas em todos os trimestres do ano desde 2015, como
pode-se observar na Tabela 1.
Neste contexto, é cada vez mais indispensável se pensar em práticas que aumente a
produtividade do setor e maneiras de diminuir custos para construção. A indústria da
construção civil ainda é um setor resistente à mudanças, apesar de sofrer grande influência das
novas tecnologias e descobertas cientificas, o setor ainda sofre para romper as barreiras da
cultura construtiva tradicional.
A partir de 2021 será obrigatório o uso do Building Information Modelling (BIM), essa
medida foi tomada pelo Governo Federal como forma de tornar as práticas para execução de
projetos mais condizentes com os padrões internacionais.
A construção civil, assim como outras áreas, vem apresentando cada vez mais um
acelerado processo de renovação tecnológica de seus componentes, materiais, técnicas e
métodos. Atualmente, diversas empresas e construtoras buscam nas inovações a melhoria
qualitativa e também produtiva (PESSANHA et al., 2002).
1.2 OBJETIVOS
• CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
• CAPÍTULO 3. METODOLOGIA
• CAPÍTULO 5. CONCLUSÕES
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Este capítulo apresenta uma revisão da literatura sobre conceitos do software Revit, bem
como uma revisão da literatura sobre elaboração de projetos arquitetônicos e sobre tipos de
alvenaria.
2.2 REVIT
Para Justi (2008), o Revit é uma plataforma da Autodesk que usa a tecnologia BIM
(Building Information Modeling). É um software de design de projeto de arquitetura e
engenharia, onde o encontramos segmentado em disciplinas, para arquitetura (Revit
Architecture), para estrutura (Revit Strucuture) e para instalações prediais (Revit MEP).
O Revit tem se tornado um dos principais softwares para se projetar uma edificação,
principalmente após o Decreto Presidencial que instituiu que o uso do Building Information
Modelling (BIM) será obrigatório a partir de 2021 nos projetos e construções brasileiras.
Gaspar e Lorenzo (2015) dizem que o Revit é uma ferramenta capaz de criar um
projeto completo 3D, não apenas um desenho, mas um modelo do qual se pode extrair
pranchas de documentação, tabelas e todo tipo de dados e informações que estão associados
ao projeto. Os mesmos autores explicam, que ao se criar uma parede no Revit, não se estará se
desenhando apenas linhas, mas se criando uma parede real, que contêm informações sobre
dimensões, aberturas, componentes, etc.
Segundo Eastman et al. (2014), as principais vantagens do Revit são a interface de fácil
entendimento, a facilidade de aprendizado, o grande numero de bibliotecas disponíveis e a
geração e gerenciamento de informações tanto no desenho quanto nas vista de modelo.
Para Justi (2008), as principais vantagens competitivas que o BIM oferece são: a maior
velocidade na entrega, (gerando economia de tempo); melhor coordenação (que diminui erros
nos desenhos); diminuição de custos; maior produtividade usando um único modelo digital;
18
trabalho com maior qualidade; novas oportunidades de receita e negócios; mais foco no
design e redução do retrabalho.
2.3 ALVENARIA
Pode-se dizer que existem dois tipos de alvenaria, estrutural e de vedação. No Brasil, as
paredes de alvenaria mais utilizadas são as de vedação, constituintes do processo construtivo
tradicional onde há uma estrutura reticulada de concreto armado e fazendo com que as
paredes possuam função somente de vedação.
19
No Brasil, existe uma predominância na construção civil pela alvenaria de vedação feita
com blocos cerâmicos e caracterizada por grandes desperdícios em obras e pela sua baixa
produtividade, no entanto, novas tecnologias construtivas estão surgindo e o país já começa
adotar, de forma ainda tímida, materiais alternativos para execução de alvenarias, gerando
menores volumes de entulho e mais agilidade para construção.
No presente trabalho foi escolhido o sistema de alvenaria de vedação, sendo assim, será
abordado um pouco mais sobre ele.
Bernardi (2014) aponta que desde as primeiras construções, o homem utiliza vedações
verticais para proteção contra intempéries, animais e inimigos. Segundo ele, com o decorrer
dos anos, os métodos de construção de vedações verticais foram aprimorados com a utilização
de materiais que concedem melhor, desempenho estrutural, térmico e acústico.
De acordo com Sabbatini (2003) e Elder (1997), pode-se classificar a vedação vertical
em externa ou interna. Para eles a vedação vertical é classificada externa quando uma de suas
faces está voltada para o meio externo do edifício, protegendo a parte interna contra a ação de
intempéries e agentes indesejáveis. Já, segundo ele, a vedação vertical interna é aquela que
compartimenta o volume interno em mais de um ambiente. No projeto em estudo, serão
estudadas as paredes de vedação interna.
• Função estrutural;
• Mobilidade;
• Estruturação do sistema;
• Forma de execução;
• Densidade superficial.
20
Para o autor, a primeira das classificações da vedação vertical interna pode ser dividida
ainda em dois grupos: resistente e auto-portante. Onde a resistente é a vedação que possui
função estrutural e a auto-portante é a vedação não-estrutural que é responsável apenas pela
compartimentação dos ambientes. Essa ultima é a função abordada em projeto.
Sabbatini (2003) diz que as vedações podem, ainda, serem classificadas quanto a
mobilidade em outros três grupos: Fixas, desmontáveis e móveis. Sendo as fixas aquelas que,
quando prontas, não podem ser realocadas devido à impossibilidade de reaproveitamento do
material, como por exemplo a alvenaria de bloco cerâmico. Ainda segundo Sabbatini, as
desmontáveis são aquelas que, se necessário, podem ser realocadas passando por um processo
de desmontagem e posteriormente uma remontagem, como por exemplo as paredes de gesso
acartonado. Por fim, as móveis são as vedações que podem ser transportadas sem a
necessidade de desmontagem, como por exemplo os biombos.
Sabbatini (2003) sugere, também, que as vedações podem ainda ser classificadas pela
forma de execução, podendo ser por conformação ou por acoplamento a seco. Onde, por
conformação, remete as vedações que são executadas com a utilização de insumos compostos
com água. Já a classificação por acoplamento a seco engloba as vedações que possuem
fixações com materiais que não utilizam água, como por exemplo pregos, rebites e parafusos.
Segundo Lourenço (2002), o tijolo cerâmico é o material mais utilizado nas paredes de
alvenaria em países desenvolvidos e o tijolo maciço é a unidade de alvenaria cerâmica mais
tradicional.
Pereira (2005) diz que as paredes de alvenaria possuem um bom desempenho funcional,
principalmente em termos de isolamento acústico e térmico, estanqueidade á agua, resistência
mecânica e ao fogo. Além disso, ele cita que a durabilidade desse sistema é superior à de
qualquer outro material, que as paredes tem alto grau de flexibilidade e versatilidade, entre
outros fatores.
cerâmica branca. Durante muitos anos, objetos cerâmicos foram considerados requintes de
luxo.
Segundo Kazmierczak (2010), o processo de fabricação da cerâmica pode ser divido nas
seguintes etapas: Preparação da massa; moldagem; secagem; queima e resfriamento Segundo
Gerolla (2012), após as 5 (cinco) etapas de produção do bloco cerâmico, são realizados testes
por amostragem e os lotes são estocados.
Segundo Tres (2017), existem tijolos cerâmicos de vedação com face lisa (Figura 1) ou
ranhurada (Figura 2). Os tijolos cerâmicos de vedação com face lisa tendem a ser mais
robustos e são utilizados para execução de paredes mais espessas, remetendo a obras de alto
padrão. Já os tijolos de vedação com face ranhurada, segundo ela, são mais leves, mas
possuem alta resistência. São os habitualmente utilizados nas obras, necessitando de
acabamento em chapisco, emboço e reboco, aceitando também gesso.
Existem três sub etapas na execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e
blocos cerâmicos, são elas: marcação, assentamento e encunhamento, com o intuito de
originar mais velocidade e qualidade no processo executivo da alvenaria. Devendo ser
respeitados os prazos de início de cada próxima etapa, evitando futuras patologias.
Posteriormente deve ser feito o assentamento dos tijolos, que deve ser executado em
conformidade com o projeto executivo, obedecendo as suas espessuras e posições. Além
disso, as fiadas devem ser executadas umas sobre as outras, fazendo com que os blocos
fiquem dispostos com suas juntas verticais descontinuadas. Conforme visto na Figura 4.
2.4.2 Drywall
Placo (s/d) aponta ainda, que em relação as qualidades do sistema em obra, pode-se citar
redução do peso em relação a alvenaria de blocos cerâmicos, o que acarreta também uma
redução de custos com estrutura e fundação, redução de tempo de execução, mínimo
desperdício e retrabalho por ser um método industrializado, facilidade de execução das
instalações que são feitas evitando-se quebras.
Heringer (2018) aponta também como vantagem nesse tipo de vedação o fato de uma
parede em alvenaria convencional pesa, em média, 150 kg/m² enquanto uma de drywall pesa
apenas 30 kg/m².
Figueiredo et al. (2008) diz que o processo de fabricação de placas de gesso acartonado,
em geral, consiste em encapar o gesso com papel cartão e passar o gesso envelopado por
aquecimento e resfriamento. Como pode ser visto na Figura 9.
29
A fabricação das placas tem origem com a extração da gipsita da mina, que é
diretamente encaminhada para fábrica onde passa pelo processo de peneiramento. A gipsita,
então, passa pela secagem em forno para obtenção do gesso que é, em seguida, moído e
pesado (FIGUEIREDO et al., 2008).
Segundo Figueiredo et al. (2008) após a pesagem, são adicionados aditivos que variam
conforme o tipo de placa a ser produzida. Exemplos de aditivos utilizados são o amido, a fibra
de vidro e vermiculita. O composto, então, é direcionado para o misturador, no qual é
adicionado água, formando uma pasta.
Figueiredo et al. (2008) apontam que esta pasta, então, é colocada sobre uma folha de
papel e vibrada para expulsão das bolhas de ar. Outra folha é colocada por cima formando um
sanduíche. Aguarda-se o endurecimento das placas, que são cortadas e levadas ainda úmidas
para o forno. As placas passam, finalmente, por um circuito de ar frio para evitar a perda das
propriedades e são empacotadas e estocadas.
A COMAT (2012) afirma que os elementos utilizados para a fixação dos componentes
do sistema Drywall são: buchas plásticas e parafuso com diâmetro mínimo de 6 milímetros e
para sua fixação devem ser utilizadas pistolas para a finalidade à base de “tiros”
A COMAT (2012) ainda faz uma relação de equipamentos utilizados para montagem do
sistema:
Para Voitille (2012), os perfis de aço galvanizado que formam a estrutura interna,
necessitam ser compatíveis com a configuração da parede, atendendo por inteira as
necessidades do ambiente. Os perfis estruturais apresentam as seguintes espessuras:
31
A ABNT NBR 15217/2018 refere-se à fabricação das guias e dos montantes que são
produtos particulares para estruturação e montagem de paredes, forros, revestimentos e
mobiliários integrados de drywall. As guias fazem parte da estruturação horizontal de paredes,
enquanto os montantes são utilizados na parte vertical da estrutura.
3 METODOLOGIA
Neste capítulo serão apresentados aspectos relacionados ao estudo de caso, bem como
as etapas desenvolvidas para a modelagem 3D do empreendimento e detalhes para garantir
confiabilidade nos resultados extraídos para as etapas subsequentes.
3.2 LEGISLAÇÃO
Foi projetada uma casa com 2 pavimentos, sendo 8 cômodos no pavimento térreo e 12
cômodos no 1º pavimento. Na cobertura, aproveitou-se o espaço livre e foi planejada a área de
serviço junto com um terraço.
No pavimento térreo foi projetado uma garagem para dois carros, um escritório na parte
frontal da casa com banheiro interno, que pode ser revertido em quarto de hóspede, sala de
estar, sala de jantar e cozinha em conceito aberto, promovendo maior integração entre a
família, uma despensa, banheiro social e uma varanda nos fundos integrada com o quintal e a
área de lazer. Como pode ser visto na Figura 15.
38
Na cobertura foi projetado uma área de serviço e um terraço, que pode ser utilizado para
receber eventos, como mostrado na Figura 17.
Nas fachadas, foi escolhida dois tipos de revestimento, uma pastilha na cor marrom e
uma cerâmica do tipo filetada na cor cinza, foram escolhidas esquadrias de madeira e vidro e
guarda corpo na varanda de metal e vidro, conforme mostrado na Figura 18.
Na fachada lateral foi projetada uma parede de vidro para dar iluminação a escada e a
parte interna da casa, como pode-se ver na Figura 19.
• Paredes Básicas – que se refere a qualquer parede simples, com composição básica.
Através dela podem ser definidos diferentes parâmetros para as camadas que
compõe a parede que se deseja criar;
• Paredes Cortina – consiste em painéis divididos por linhas. Permite especificar o
material de cada painel e inserir suportes de formas e tamanhos específicos nas
linhas para definir esquadrias.
• Empilhada – são tipos de parede que podem ser sobrepostas verticalmente sobre os
tipos paredes básicas.
As paredes podem ter suas propriedades alteradas, o que permite modificar sua
estrutura, comportamento de revestimento e função. Para o desenvolvimento do modelo em
estudo, inicialmente foi feito uma diferenciação entre parede externa e interna, visto que
somente as paredes internas são objetivos de estudo.
A partir de uma parede básica, foram criadas as parede do tipo externa e as do tipo
interna do sistema de alvenaria de bloco cerâmico que compõe a edificação. Conforme
mostrado nas Figuras 20 e 21.
41
Para a modelagem das paredes internas do sistema de drywall foi necessário utilizar
uma família de parede cortina que representasse a configuração do núcleo constituído por
estrutura de alço galvanizado. Dessa forma, as paredes internas, de maneira diferente das do
sistema de alvenaria de blocos cerâmicos, foram executadas em etapas. Primeiro foi criado o
núcleo de alço galvanizado através do modelo de parede cortina (Figura 23) e após foi criado
as chapas de gesso acartonado de diferentes modelos através de uma família básica de paredes
(Figuras 24 e 25).
Com base na tabela SINAPI da Caixa Econômica Federal de agosto de 2019 foram
realizadas composições com preços de alvenaria, chapisco, reboco e drywall para p projeto
em análise. Para alvenaria de bloco cerâmico foi realizado uma composição com blocos
cerâmicos de 9,0 cm x 19 cm x 19 cm com furos horizontais para vedações internas.
Conforme a Tabela 3.
46
Com base nas composições previamente apresentadas, pode-se calcular os custos totais
de cada tipo de vedação. Para a vedação com alvenaria de bloco cerâmico o valor total do
orçamento é de R$ 20924,44 (Tabela 7). Para a vedação em drywall o valor orçado é de R$
8237,15 (Tabela 8).
É possível se fazer uma analise do peso gerado por cada sistema de vedação na estrutura
geral da obra, para isso, foram considerados os valores de peso médio do m² de cada sistema.
(Tabela 9).
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao analisar os valores dos orçamentos para execução das vedações verticais internas da
residência em estudo, percebe-se que o valor final da vedação em drywall é de
aproximadamente 60,6% menor do que o valor de alvenaria com revestimento de argamassa.
A diferença em valor monetário é de R$ 12687,29.
A principal diferença nos custos totais está nos valores de mão de obra dos dois
métodos (Tabela 10). O valor reduzido do serviço de drywall se deve, principalmente, ao alto
índice de produtividade do método e à ausência de necessidade de revestimento.
Materiais Mão de
R$10172,1 Obra
1 R$10752,3
49% 3
51%
Ao fazer a mesma análise para a vedação de drywall, percebe-se que do valor orçado em
R$ 8237,15, 72% é referente aos materiais e apenas 28% à mão de obra. (Figura 25)
Mão de
Obra
R$2342,88
28%
Materiais
R$5894,26
72%
5 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
______. ABNT NBR 15217. Perfilados de aço para sistemas construtivos em chapas de gesso
para drywall - Requisitos e métodos de ensaio. 2018.
DINIZ, Fábio Fiarlis. Passo a passo: como instalar drywall sem falhar no acabamento
final. Disponível em: . Acesso em: 16 ago. 2017.
FROTA, Anésia Barros; SCHIFFER, Sueli Ramos. Manual de Conforto Térmico. São
Paulo: Nobel, 1988. 228 p.
GASPAR, João; LORENZO, Natália. Revit: passo a passo - volume 1. São Paulo: ProBooks,
2015.
HARDIN, Brad; MCCOOL, Dave. BIM and Construction Management: Proven Tools,
Methods, and Workflows. 2. ed. Indianapolis: John Wiley & Sons, Inc., 2015.
MONTENEGRO, Gildo A. A Invenção do Projeto. São Paulo: Edgard Blucher Ltda., 1987.
131 p.
TAUIL, Carlos Alberto; NESE, Flávio José Martins. Alvenaria estrutural. São Paulo: Pini,
2010.
VOORDT, Djm van Der; VAN WEGEN, Hbr. Architecture In Use: An Introduction to the
Programming, Design and Evaluation of Buildings. Amsterdam: Elsevier, 2005. 225 p.
55
Programa de Necessidades
1. Dados do Cliente
Idade: 47 anos
Profissão: Professor
2. Localização da Obra
Cidade : Caruaru - PE
3. Questionamentos
Você quer uma casa com poucas divisões?
Suficientes.
Gostaria de alguma sala que seria utilizada principalmente para festas ou jogos?
Sim.
Você tem alguma preferência por um estilo particular, ou seja, Moderno, Europeu,
Contemporâneo, de Campo, de Praia, etc? Se sim, qual?
Sim, contemporâneo.
Você prefere uma casa térrea de um piso ou sobrado com dois ou três andares?
Sobrado, com 2 pisos.
Que material de cobertura que você prefere? telha cerâmica, concreto, metálica? Ou outro
tipo?
Laje plana impermeabilizada.
57
Qual estilo de janela que você prefere? Esquadrias de madeira, de ferro, de alumínio, ou
outro tipo?
De alumínio com vidro.
Há algum ponto de visão que você deseja evidenciar? Na frente da casa, laterais ou
fundos?
Frente e laterais.
Gostaria de ter acesso a partir de uma determinada sala (s) a determinadas áreas ao ar
livre?
Sim, para a piscina no quintal.
Você quer uma grade ou algum cercado, muro, desnível de pisos em determinado local ?
Sim, muro de pelo menos 3m de altura.
Você quer uma piscina? banheira de água quente? Sauna? Chuveiro ao ar livre? Ofurô ?
Sim, chuveiro próximo a piscina.
Como você descreveria o ambiente que você imagina? Uma sala, duas?
Ampla, ventilada e iluminada.
58
Como você quer usar esta sala? Receber amigos ? Sala de Tv e entretenimento familiar?
Receber amigos, assistir TV e usá-la para entretenimento.
Não.
Em relação a cozinha, prefere que ela seja aberta a outras salas? Se sim, quais?
Sim, para sala de jantar.
Tem algum ponto de vista importante para ser visto do quarto principal?
Sim, o jardim.
Você quer um closet separado? Se assim for, para uso por uma ou duas pessoas?
Sim, para 2 pessoas.