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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO


CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE
NÚCLEO DE TECNOLOGIA
ENGENHARIA CIVIL

DANYLO FERREIRA CAVALCANTE

CONCEPÇÃO E PROJETO DE UMA RESIDÊNCIA FAMILIAR E ESTUDO DE


CASO DE ALVENARIA DE FECHAMENTO DAS PAREDES VIA PROGRAMA
AUTODESK REVIT

CARUARU
2020
1

DANYLO FERREIRA CAVALCANTE

CONCEPÇÃO E PROJETO DE UMA RESIDÊNCIA FAMILIAR E ESTUDO DE


CASO DE ALVENARIA DE FECHAMENTO DAS PAREDES VIA PROGRAMA
AUTODESK REVIT

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Curso de Engenharia Civil da Universidade
Federal de Pernambuco, como requisito parcial
para a obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil.

Área de concentração: Construção Civil –


Projeto Arquitetônico

Orientador: Profº. Dr. José Moura Soares.

CARUARU
2020
2

Catalogação na fonte:
Bibliotecária – Simone Xavier - CRB/4 - 1242

C376c Cavalcante, Danylo Ferreira Cavalcante.


Concepção e projeto de uma residência familiar e estudo de caso de alvenaria de
fechamento das paredes via programa Autodesk revit. / Danylo Ferreira Cavalcante. -
2020.
60 f. ; il.: 30 cm.

Orientador: José Moura Soares.


Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) – Universidade Federal de
Pernambuco, CAA, Engenharia Civil, 2020.
Inclui Referências.

1. Orçamento. 2. Construção Civil. 3. Alvenaria. I. Soares, José Moura


(Orientador). II. Título.

CDD 620 (23. ed.) UFPE (CAA 2020-023)


3

DANYLO FERREIRA CAVALCANTE

CONCEPÇÃO E PROJETO DE UMA RESIDÊNCIA FAMILIAR E ESTUDO DE


CASO DE ALVENARIA DE FECHAMENTO DAS PAREDES VIA PROGRAMA
AUTODESK REVIT

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Graduação em
Engenharia Civil da Universidade Federal
de Pernambuco, como requisito parcial
para a obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil.

Aprovado em: 21/02/2020


.
BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________
Prof.º Dr. José Moura Soares:
Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (Orientador)

___________________________________________________
Prof.ª Dr. Saul Barbosa Guedes
Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (Examinador Interno)

___________________________________________________
Prof.ª Dr. Saulo de Tarso Marques Bezerra
Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (Examinador Interno)
4

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ter me dado saúde e persistência. Dedico
também a minha família, que me deu todo apoio para que eu conseguisse realizar meu sonho.
5

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado força, saúde e persistência para
conseguir chegar até este momento. Agradeço a minha família, principalmente aos meus pais
José Ferreira (in memorian) e Aurora Celeste, pois sem eles eu não teria nascido e me tornado
quem eu me tornei, sem eles eu não teria metade da força que tenho, mesmo meu pai não
estando mais presente fisicamente em minha vida, tenho certeza que durante toda essa jornada
ele me acompanhou, foi ele quem deu o pontapé inicial ao pagar minha inscrição no
vestibular e sou eternamente grato pelo pai magnifico que eu tive, assim como sou grato por
ter a melhor mãe do mundo, que apesar de todas as dificuldades enfrentadas todos esses anos
de graduação, ela sempre me apoiou e me deu amor, sem ela eu não teria chegado até aqui e
tudo que eu conquistei é por ela e para ela. Agradeço também as minhas irmãs Danielly e
Vanesa que sempre me ajudaram e me deram força, meus sobrinhos Alicya, Carlos, Claryssa
e Pedro que me divertiram nos momentos em que precisei. Agrdeço também ao meu cachorro
Jimmy que muitas vezes mesmo calado, me trazia paz.

Agradeço também aos meus familiares que de alguma forma me apoiaram e que
estiveram comigo nos momentos alegres e tristes, em especial aos meus padrinhos Cloves e
Aurilene e minhas primas Emylly e Camyla.

Agradeço a todos os meus mestres que me presentearam com o conhecimento, que é


uma das coisas mais bonitas que alguém pode ganhar, graças a eles, consegui conquistar meus
objetivos e me tornar engenheiro civil.

Agradeço em especial ao meu orientador Dr. José Moura Soares por ter aceitado o
desafio de fazer este projeto, por ter me dado orientação e por ter sempre me pressionado ao
fazer o melhor, agradeço a ele também por toda a paciência e conhecimento compartilhado,
além de todas as conversas e descontrações.

Agradeço a todos os amigos que a UFPE me proporcionou, que estiveram comigo


durante alguma parte da caminhada, que me divertiram quando estava triste, que ajudaram em
momentos difíceis e que comemoraram comigo os momentos alegres. Especialmente a
Gabriel Queiroz e Alison que estiveram comigo do começo ao fim da graduação e que sei que
estarão comigo pelo resto da vida, pois se tornaram dois irmãos para mim. Agradeço também
a André, Carlos Henrique, Marcelo, Ricardo, Wyllyan, Layla e Pedro por todos os momentos
de alegria compartilhados e por serem tão especiais na minha vida.

Agradeço também de forma especial a Emanuella, Eulina, Josielly, Maria Renata,


Tallys, Matheus, Jadson, Marcio, Marilia, Joelithon, Felipe Renam, Diogo Rosendo, Djlama,
Gabriel Dormindo e a toda galera do grupo do banquinho do whats, que dividiram os
momentos de intervalos e almoços, me fizeram rir e esquecer um pouco dos problemas e que
me apoiaram também nos momentos tristes.

Agradeço também por todos meus colegas que começaram comigo essa jornada e
iniciaram junto comigo esse sonho e me deram apoio, em especial a José Germano, Anderson,
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Felipe Dabés, Thássia, Caio, Henrique. Agradeço também a Augusto, Elton e Jonhatam que
dividiram apartamento comigo e se tornaram muito especiais em minha vida.

Por fim, agradeço a todas as pessoas que conheci durante esses últimos anos e que
marcaram a minha vida de alguma forma, que me trouxeram felicidade e se tornaram
especiais para mim, assim como os amigos de ensino médio que continuaram presentes,
mesmo com a distância, em especial a Karla, Edja, Adryell, Lorenna, Claudiane, Jomar,
Bruna e Dayane.
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RESUMO

O setor da construção civil no Brasil tem passado por uma crise nos últimos anos.
Devido a isso, há uma necessidade de se buscar cada vez mais soluções para aumentar a
produtividade e diminuir os custos e desperdícios nas obras. O Governo Federal instituiu que
a partir de 2021 será obrigatório o uso do Building Information Modelling (BIM) na
elaboração de projetos, como forma de tornar as praticas para execução de projetos mais
condizentes com os padrões internacionais. Além disso, a busca por novos métodos de
construção que possam garantir o desempenho das edificações, mas, de forma mais
econômica e mais ágil, torna-se cada vez mais necessário no cenário atual. Sendo assim, esse
estudo aborda um comparativo entre um sistema de vedação interna com alvenaria de blocos
cerâmicos e um sistema com drywall. Para isso será descrito e analisado as características de
execução, planejamento e orçamento de cada sistema, traçando suas vantagens e
desvantagens. Para a elaboração desse trabalho foi utilizado como fonte de pesquisa normas,
artigos técnicos, referenciais de preço e páginas da internet que serão referenciadas no
decorrer do estudo. Como conclusão pode-se observar que as Paredes em drywall são mais
econômicas e mais eficazes.

Palavras-Chave: BIM. Orçamento. Comparativo. Alvenaria de Bloco Cerâmico. Drywall


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ABSTRACT

The civil construction sector in Brazil has been experiencing a crisis in recent years.
Due to this fact, there is a need to seek even more solutions to increase productivity and
reduce costs and waste in the constructions. The Federal Government has established that,
from 2021, it will be mandatory the use of Building Information Modeling (BIM) in the
conception of projects, as a way to make the practices for the execution of projects more
aligned with international standards. In addition, the search for new construction methods that
can assure the performance of the buildings, but, in a more economical and fastest way,
becomes each time more necessary in the current prospect. Therefore, this study makes a
comparison between an internal sealing system with masonry of ceramic blocks and a system
with drywall. For that, the execution, planning and budget characteristics of each system will
be described and analyzed, pointing their advantages and disadvantages. For the elaboration
of this work, norms, technical articles, price references and internet pages were used as a
source of research that will be referenced during the study. In conclusion, it can be seen that
drywall walls are more economical and more effective.

Keywords: BIM. Budget. Comparative. Ceramic Block Masonry. Drywall


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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Tijolo cerâmico de face lisa.......................................................... 22
Figura 2 – Tijolo cerâmico de face ranhurada............................................... 23
Figura 3 – Marcação da primeira fiada…….................................................. 24
Figura 4 – Assentamento de bloco cerâmico................................................. 24
Figura 5 – Consumo de drywall no mundo.................................................... 26
Figura 6 – Histórico do consumo de drywall no Brasil................................. 27
Figura 7 – Consumo de m² de drywall por região......................................... 27
Figura 8 – Chapas de gesso acartonado (tipo RU, RF e ST)......................... 28
Figura 9 – Processo de fabricação de placas de gesso acartonado…………. 29
Figura 10 – Tipos de perfis metálicos.............................................................. 32
Figura 11 – Localização de Caruaru-PE.......................................................... 34
Figura 12 – Localização do loteamento Luar do Jurití.................................... 35
Figura 13 – Indices urbanisticos do municipio de caruaru.............................. 36
Figura 14 – Planta humanizada (pav. Térreo).................................................. 38
Figura 15 – Planta humanizada (1º pavimento)............................................... 38
Figura 16 – Planta humanizada (cobertura / terraço)....................................... 39
Figura 17 – Fachada frontal............................................................................. 39
Figura 18 – Fachada lateral.............................................................................. 40
Figura 19 – Parede externa............................................................................... 41
Figura 20 – Parede interna (alvenaria de bloco cerâmcio)............................... 41
Figura 21 – Detalhamento das paredes internas............................................... 42
Figura 22 – Núcleo da parede interna de drywall............................................ 42
Figura 23 – Chapa de gesso acartonado standard (st)...................................... 43
Figura 24 – Chapa de gesso acartonado resistente à umidade (ru).................. 43
Figura 25 – Detalhamento das paredes internas de drywall (st + st)............... 44
Figura 26 – Detalhamento das paredes internas de drywall (st + ru)............... 44
Figura 27 – Comparação dos custos (alvenaria de bloco cerâmico)................ 49
Figura 28 – Comparação dos custos (drywall)................................................. 50
10

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Taxa de variação - Setor da construção civil.................................. 12


Tabela 2 – Levantamento de paredes internas.................................................. 45
Tabela 3 – Composição do custo - assentamento de alvenaria......................... 46
Tabela 4 – Composição do custo – chapisco………........................................ 46
Tabela 5 – Composição do custo – emboço + reboco...................................... 46
Tabela 6 – Composição do custo - parede de drywall...................................... 47
Tabela 7 – Custo total de alvenaria de bloco cerâmico.................................... 47
Tabela 8 – Comparativo de custos totais.......................................................... 47
Tabela 9 – Peso sobre a estrutura..................................................................... 48
Tabela 10 – Custo com mão de obra................................................................... 49
11

SÚMARIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 12
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS...................................................................... 12
1.2 OBJETIVOS...................................................................................................... 13
1.2.1 Objetivo Geral................................................................................................. 13
1.2.2 Objetivo Específico.......................................................................................... 13
1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO...................................................................... 14
2 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................... 16
2.1 PROJETO ARQUITETÔNICO........................................................................ 16
2.2 REVIT................................................................................................................ 17
2.3 ALVENARIA.................................................................................................... 18
2.4 VEDAÇÃO VERTICAL................................................................................... 19
2.4.1 Alvenaria De Bloco Cerâmico......................................................................... 21
2.4.2 Drywall.............................................................................................................. 25
3 METODOLOGIA ........................................................................................... 34
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO............................................................. 34
3.2 LEGISLAÇÃO.................................................................................................. 35
3.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES................................................................ 36
3.4 MODELAGEM DO PROJETO........................................................................ 37
3.5 DETALHAMENTO DAS PAREDES.............................................................. 40
3.6 QUANTITATIVOS E ORÇAMENTOS.......................................................... 45
3.7 CUSTOS TOTAIS............................................................................................. 47
3.8 PESO NA ESTRUTURA.................................................................................. 48
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................... 49
4.1 ANÁLISE DOS CUSTOS TOTAIS.................................................................. 49
4.2 ANÁLISE DO PESO DA ESTRUTURA........................................................ 50
5 CONCLUSÕES................................................................................................ 51
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 52
APÊNDICE A  PROGRAMA DE NECESSIDADES................................ 55
12

1 INTRODUÇÃO

1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O setor da construção civil tem passado por uma crise que já vem durando alguns anos.
Podemos observar através de índices de pesquisas realizadas (IBGE 2018) que o setor vem
apresentando taxas de variações, no crescimento do setor da construção civil em relação ao
mesmo trimestre do ano anterior, negativas em todos os trimestres do ano desde 2015, como
pode-se observar na Tabela 1.

Tabela 1 - Taxa de variação - Setor da construção civil


TRIMESTRE 2013 2014 2015 2016 2017
1º TRIMESTRE 1,2 8,4 (-10,5) (-5,9) (-6,4)

2º TRIMESTRE 7,9 (-2,7) (-11,4) (-3,6) (-7,1)

3º TRIMESTRE 5,5 (-9,0) (-6,7) (-5,0) (-4,7)

4º TRIMESTRE 3,3 (-4,2) (-7,3) (-8,0) (-1,6)

ACUM. 4 4,5 (-2,1) (-9,0) (-5,6) (-5,0)


TRIM.
Nota: Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e Acumulada em 4 trimestres
Fonte: Adaptado de IBGE - Diretoria de Pesquisas. Coordenação de Contas Nacionais. Elaboração: Banco de
Dados-CBIC (2018).

Neste contexto, é cada vez mais indispensável se pensar em práticas que aumente a
produtividade do setor e maneiras de diminuir custos para construção. A indústria da
construção civil ainda é um setor resistente à mudanças, apesar de sofrer grande influência das
novas tecnologias e descobertas cientificas, o setor ainda sofre para romper as barreiras da
cultura construtiva tradicional.

A partir de 2021 será obrigatório o uso do Building Information Modelling (BIM), essa
medida foi tomada pelo Governo Federal como forma de tornar as práticas para execução de
projetos mais condizentes com os padrões internacionais.

Essa obrigatoriedade é também importante para solucionar alguns dos grandes


problemas enfrentados na indústria da construção civil, que são os erros ou má elaboração de
projetos. O Tribunal de Contas da União também aponta que dentre as principais causas da
deficiência no processo de orçamentação de obras, encontram-se os projetos incompletos,
13

defasados e deficientes, o uso inadequado de referência de preços e incoerências no


referencial de preço utilizado (TCU, 2014).

Segundo Hardin (2005), o BIM promove melhorias em vários âmbitos do setor de


construção, como exemplo ele cita a facilidade de integração eliminando a necessidade de
encontros, economia de tempo ao utilizar suas funções automáticas e economia financeira nas
tomadas de decisões, pois possibilita a obtenção de informações prévias e precisas.

A construção civil, assim como outras áreas, vem apresentando cada vez mais um
acelerado processo de renovação tecnológica de seus componentes, materiais, técnicas e
métodos. Atualmente, diversas empresas e construtoras buscam nas inovações a melhoria
qualitativa e também produtiva (PESSANHA et al., 2002).

Sendo assim, é extremamente importante buscar novas alternativas construtivas para


maximizar, cada vez mais, a produtividade do setor de construção civil, assim como, buscar
materiais que substituam os tradicionais trazendo melhorias mas mantendo a qualidade dos
materiais culturalmente mais utilizados.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

O objetivo geral deste trabalho é realizar a concepção do projeto de uma residência


unifamiliar através do software Revit e fazer uma análise do melhor tipo de alvenaria de
vedação.

1.2.2 Objetivos Específicos

• Conceber um projeto arquitetônico de uma residência unifamiliar através de um


plano de necessidades;
• Criar dois modelos de projeto com alvenaria de fechamento diferentes;
• Comparar e discutir os resultados obtidos através dos quantitativos gerados pelo
software Revit para os dois modelos de alvenaria interna criados.
14

1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho está subdividido em 5 capítulos, distribuídos da seguinte maneira.

• CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO

No capitulo 1 será apresentada uma introdução mostrando qual a importância da


utilização dessa ferramenta para projetos de arquitetura de uma forma geral e levantamento de
quantitativos para fim de orçamento, na quall se tem uma visualização geral do trabalho
desenvolvido, incluindo as considerações iniciais, justificativas, os objetivos e a estrutura do
trabalho.

• CAPÍTULO 2. REFERENCIAL TEÓRICO

No capitulo 2 é apresentado uma revisão da literatura sobre os conceitos do software


Revit, utilizado para execução do projeto arquitetônico e para geração dos quantitativos para
para fim de orçamento. Além disso, apresenta uma revisão da literatura sobre os conceitos de
elaboração de projetos arquitetônicos e dos tipos de alvenaria de fechamento que são são o
foco do trabalho.

• CAPÍTULO 3. METODOLOGIA

No capitulo 3 é apresentado a metodologia utilizada neste trabalho. Explica as


características do projeto, o programa de necessidades aplicado para a concepção do projeto,
a regulamentação necessária para concepção do projeto, além das etapas de modelagem do
projeto através do software, assim como os procedimentos adotados para se fazer o estudo de
caso das alvenarias.
15

• CAPÍTULO 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO



No capitulo 4 é apresentado a análise e interpretação dos resultados gerados através dos
quantitativos extraídos pelo software Revit para os dois tipos de alvenaria de fechamento
escolhidas para estudo.

• CAPÍTULO 5. CONCLUSÕES

Apresenta as principais conclusões do presente trabalho.


16

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Este capítulo apresenta uma revisão da literatura sobre conceitos do software Revit, bem
como uma revisão da literatura sobre elaboração de projetos arquitetônicos e sobre tipos de
alvenaria.

2.1 PROJETO ARQUITETÔNICO

Pode-se definir projeto arquitetônico como a representação da concepção do projeto, ou


seja, é o processo pelo qual uma obra de arquitetura é concebida e também a sua
representação final.
Segundo Pierre (1998), o termo concepção em projeto, no campo da arquitetura, designa
indistintamente, um estado (a concepção da obra em si) é um processo (o encaminhamento de
ideias que permite chegar à solução projetual).
Esse encaminhamento de ideias, segundo Odebrecht (2006), deve seguir uma
metodologia, acontecer de forma organizada e obedecendo a uma sequência no processo da
concepção, pois ao se seguir uma linha de pensamento, mais fácil se chega a uma solução
projetual satisfatória.
Para Frota e Schiffer (1988) conhecer os recursos naturais é necessário para elaboração
de um bom projeto, segundo eles ao projeto arquitetônico cabe amenizar as sensações de
desconforto impostas por climas muitos rígidos, como locais com excessivo calor, frio ou
ventos.
Montenegro (1987) indica que também é essencial para concepção de um projeto
arquitetônico a criatividade e a produção artística. Este autor exemplifica que precisa-se ser
criativos para usar melhor as disponibilidades do que resta, pois, se a população continuar a
crescer e os recursos disponíveis de água, energia e alimentos forem dissipados certamente
teremos a cada ano menos coisas distribuídas para mais gente.
O projeto arquitetônico por muito tempo foi considerado desnecessário e só era adotado
quando se queria ter obras com mais detalhes, ou seja, era utilizado apenas para efeitos
estéticos e práticos, mas, com o passar dos anos, observou-se a necessidade de que as
construções dialogassem com seu entorno e os projetos arquitetônicos passaram a se
preocupar também com o urbanismo. Além disso, o projeto arquitetônico tornou-se
importante para prever possíveis problemas de execução do projeto proposto e garantia de que
a obra seja executada da forma como se era esperada.
17

2.2 REVIT

Existem diversos softwares atualmente capazes de executar um projeto arquitetônico,


dentre tantas opções, um dos que mais se destaca é o Revit, software introduzido pela
Autodesk que trabalha com a tecnologia BIM, ele além de incluir recursos para projetos
arquitetônicos, ele também inclui recursos para projetos de engenharia de sistemas mecânicos,
hidráulicos e elétricos, engenharia estrutural e construção (AUTODESK, 2018).

Para Justi (2008), o Revit é uma plataforma da Autodesk que usa a tecnologia BIM
(Building Information Modeling). É um software de design de projeto de arquitetura e
engenharia, onde o encontramos segmentado em disciplinas, para arquitetura (Revit
Architecture), para estrutura (Revit Strucuture) e para instalações prediais (Revit MEP).

O Revit tem se tornado um dos principais softwares para se projetar uma edificação,
principalmente após o Decreto Presidencial que instituiu que o uso do Building Information
Modelling (BIM) será obrigatório a partir de 2021 nos projetos e construções brasileiras.

Gaspar e Lorenzo (2015) dizem que o Revit é uma ferramenta capaz de criar um
projeto completo 3D, não apenas um desenho, mas um modelo do qual se pode extrair
pranchas de documentação, tabelas e todo tipo de dados e informações que estão associados
ao projeto. Os mesmos autores explicam, que ao se criar uma parede no Revit, não se estará se
desenhando apenas linhas, mas se criando uma parede real, que contêm informações sobre
dimensões, aberturas, componentes, etc.

Justi (2008) informa que a tecnologia BIM, encontrada em softwares paramétricos


como o Revit (da Autodesk Inc.) suporta a disponibilidade imediata e contínua de informações
confiáveis, de alta qualidade e totalmente coordenadas sobre o escopo, quantificação e custo
do projeto.

Segundo Eastman et al. (2014), as principais vantagens do Revit são a interface de fácil
entendimento, a facilidade de aprendizado, o grande numero de bibliotecas disponíveis e a
geração e gerenciamento de informações tanto no desenho quanto nas vista de modelo.

Para Justi (2008), as principais vantagens competitivas que o BIM oferece são: a maior
velocidade na entrega, (gerando economia de tempo); melhor coordenação (que diminui erros
nos desenhos); diminuição de custos; maior produtividade usando um único modelo digital;
18

trabalho com maior qualidade; novas oportunidades de receita e negócios; mais foco no
design e redução do retrabalho.

Um dos maiores problemas do software, citada por Eastman et al (2014), é a lentidão


que o programa apresenta ao se trabalhar com projetos maiores, visto que o sistema é baseado
em memória, além disso, explicam que o Revit possui limitações nas regras paramétricas que
trabalham com ângulos e que superfícies curvas muito complexas não são suportadas pelo
programa.

Justi (2008) aponta:

O Revit sozinho identifica a espessura necessária ao traçado em corte e em vista


(quais elementos devem ser representados com espessuras grossas, médias e finas);
altera as alturas de textos, de cotas e símbolos, automaticamente conforme a
mudança de escala; executa automaticamente cortes e fachadas conforme o comando
do projetista; nomeia e numera automaticamente os desenhos nas pranchas; e ainda
permite a realização de maquete eletrônica automaticamente com foto realismo e
animação gráfica tornando-se, dessa forma, um software completo para escritórios
de arquitetura e engenharia.

Também segundo Justi (2018), a engrenagem de parametrização pode ser considerada o


“coração do Revit”, onde qualquer mudança no modelo acarreta mudanças em todos os
documentos do projeto, realizando um efeito cascata em suas alterações, Ou seja, qualquer
alteração em uma planta, por exemplo, acarretará em mudança nos cortes, vistas, fachadas,
quantitativo, etc.

2.3 ALVENARIA

Segundo Tauil e Nesse (2010), é chamado de alvenaria, o conjunto de peças justapostas,


coladas em sua interface por argamassa apropriada e que forma um elemento coeso que serve
para resistir a cargas oriundas da gravidade, promover segurança, conforto térmico e acústico,
vedar espaços, entre outras funções.

Pode-se dizer que existem dois tipos de alvenaria, estrutural e de vedação. No Brasil, as
paredes de alvenaria mais utilizadas são as de vedação, constituintes do processo construtivo
tradicional onde há uma estrutura reticulada de concreto armado e fazendo com que as
paredes possuam função somente de vedação.
19

No Brasil, existe uma predominância na construção civil pela alvenaria de vedação feita
com blocos cerâmicos e caracterizada por grandes desperdícios em obras e pela sua baixa
produtividade, no entanto, novas tecnologias construtivas estão surgindo e o país já começa
adotar, de forma ainda tímida, materiais alternativos para execução de alvenarias, gerando
menores volumes de entulho e mais agilidade para construção.

No presente trabalho foi escolhido o sistema de alvenaria de vedação, sendo assim, será
abordado um pouco mais sobre ele.

2.4 VEDAÇÃO VERTICAL

Bernardi (2014) aponta que desde as primeiras construções, o homem utiliza vedações
verticais para proteção contra intempéries, animais e inimigos. Segundo ele, com o decorrer
dos anos, os métodos de construção de vedações verticais foram aprimorados com a utilização
de materiais que concedem melhor, desempenho estrutural, térmico e acústico.

Com a publicação da norma de desempenho (ABNT NBR 15575-4 / 2013), as vedações


passaram a ter um papel mais relevante na construção civil, visto que foram estabelecidos
critérios mínimos de desempenho para diversas características do sistema, visando maior
conforto e segurança aos usuários.

De acordo com Sabbatini (2003) e Elder (1997), pode-se classificar a vedação vertical
em externa ou interna. Para eles a vedação vertical é classificada externa quando uma de suas
faces está voltada para o meio externo do edifício, protegendo a parte interna contra a ação de
intempéries e agentes indesejáveis. Já, segundo ele, a vedação vertical interna é aquela que
compartimenta o volume interno em mais de um ambiente. No projeto em estudo, serão
estudadas as paredes de vedação interna.

Segundo Sabbatini (1988), pode-se classificar as vedações verticais internas de acordo


com as seguintes características:

• Função estrutural;
• Mobilidade;
• Estruturação do sistema;
• Forma de execução;
• Densidade superficial.
20

Para o autor, a primeira das classificações da vedação vertical interna pode ser dividida
ainda em dois grupos: resistente e auto-portante. Onde a resistente é a vedação que possui
função estrutural e a auto-portante é a vedação não-estrutural que é responsável apenas pela
compartimentação dos ambientes. Essa ultima é a função abordada em projeto.

Sabbatini (2003) diz que as vedações podem, ainda, serem classificadas quanto a
mobilidade em outros três grupos: Fixas, desmontáveis e móveis. Sendo as fixas aquelas que,
quando prontas, não podem ser realocadas devido à impossibilidade de reaproveitamento do
material, como por exemplo a alvenaria de bloco cerâmico. Ainda segundo Sabbatini, as
desmontáveis são aquelas que, se necessário, podem ser realocadas passando por um processo
de desmontagem e posteriormente uma remontagem, como por exemplo as paredes de gesso
acartonado. Por fim, as móveis são as vedações que podem ser transportadas sem a
necessidade de desmontagem, como por exemplo os biombos.

Quanto à estruturação, Sabbatini (2003) propõe a classificação das vedações verticais


em dois grupos: auto-suporte e estruturada. Em seu entendimento as vedações classificadas
como auto-suporte são as que se auto-sustentam, sem que se necessite de estruturação
complementar. Já as vedações estruturadas são as que necessitam de estruturação
complementar para se manterem estáveis.

Sabbatini (2003) sugere, também, que as vedações podem ainda ser classificadas pela
forma de execução, podendo ser por conformação ou por acoplamento a seco. Onde, por
conformação, remete as vedações que são executadas com a utilização de insumos compostos
com água. Já a classificação por acoplamento a seco engloba as vedações que possuem
fixações com materiais que não utilizam água, como por exemplo pregos, rebites e parafusos.

Outra possível classificação é quanto a densidade superficial. A NBR 11685 (ABNT,


1990) sugere que as vedações sejam classificadas em dois grupos: leves e pesadas. As leves
são as vedações que possuem densidade superficial inferior a 60kg/m² e as pesadas são as que
possuem a densidade superficial superior a 60kg/m²

Segundo Franco (1998), as vedações verticais devem ser projetadas de modo a


compartimentar os ambientes de um edifício de maneira a atender as características
necessárias para o desenvolvimento das atividades para as quais foram planejados.
21

Segundo Sabbatini (2003), as vedações devem atender de forma prioritária a função de


compartimentação de ambientes e de forma secundária as seguintes funções:

• Auxiliar no conforto térmico e acústico;


• Servir de suporte e proteção às instalações do edifício;
• Servir de proteção de equipamentos de utilização do edifício;
• Em alguns casos, suprir a função estrutural do edifício.

2.4.1 Alvenaria de Bloco Cerâmico

É o tipo de alvenaria predominante no Brasil, isso se dá devido a forte cultura


construtiva brasileira e por ser a alternativa que demande o menor tempo de planejamento,
visto que se encontra mão de obra especializada com maior facilidade.

Segundo Lourenço (2002), o tijolo cerâmico é o material mais utilizado nas paredes de
alvenaria em países desenvolvidos e o tijolo maciço é a unidade de alvenaria cerâmica mais
tradicional.

Uma estratégia construtiva apontada por Lourenço (2002) é a utilização de tijolos


perfurados semelhantes aos tijolos maciços, com uma percentagem de furação pequena (15 -
20% ) para tornar o material mais leve e econômico.

Pereira (2005) diz que as paredes de alvenaria possuem um bom desempenho funcional,
principalmente em termos de isolamento acústico e térmico, estanqueidade á agua, resistência
mecânica e ao fogo. Além disso, ele cita que a durabilidade desse sistema é superior à de
qualquer outro material, que as paredes tem alto grau de flexibilidade e versatilidade, entre
outros fatores.

De acordo com Kazmierczak (2010), a indústria cerâmica surgiu no período neolítico


(entre 12000 e 4000 a.C.), sendo uma das mais antigas do mundo. Naquela época existia
grande necessidade de armazenar alimentos, o que levou o homem a fabricar compostos de
barro e posteriormente cerâmicas cozidas. Ainda segundo Kazmierczak a cerâmica vidrada
teve surgimento no Egito por volta de 3000 a.C. Nessa época foram produzidos colares,
estatuetas e amuletos com o material. No século XVIII, na Europa Central, já era fabricada
22

cerâmica branca. Durante muitos anos, objetos cerâmicos foram considerados requintes de
luxo.

Kazmierczak (2010) aponta que nas ultimas décadas, o desenvolvimento de novas


tecnologias levou a indústria ao aperfeiçoamento dos materiais cerâmicos e ao
desenvolvimento de 17 tipos de cerâmicas de alta tecnologia capazes de suportar temperaturas
extremas e que possuem alta resistência, segundo ele, são utilizadas na indústria aeroespacial,
eletrônica e nuclear.

Kazmierczak (2010) informa também que, segundo a Associação Nacional da Indústria


Cerâmica - ANICER, 4,8% da indústria da construção civil é referente à indústria da cerâmica
vermelha, portando aproximadamente 7.400 empresas e consumo de 10.300.000 toneladas de
argila por mês.

Segundo Kazmierczak (2010), o processo de fabricação da cerâmica pode ser divido nas
seguintes etapas: Preparação da massa; moldagem; secagem; queima e resfriamento Segundo
Gerolla (2012), após as 5 (cinco) etapas de produção do bloco cerâmico, são realizados testes
por amostragem e os lotes são estocados.

Segundo Tres (2017), existem tijolos cerâmicos de vedação com face lisa (Figura 1) ou
ranhurada (Figura 2). Os tijolos cerâmicos de vedação com face lisa tendem a ser mais
robustos e são utilizados para execução de paredes mais espessas, remetendo a obras de alto
padrão. Já os tijolos de vedação com face ranhurada, segundo ela, são mais leves, mas
possuem alta resistência. São os habitualmente utilizados nas obras, necessitando de
acabamento em chapisco, emboço e reboco, aceitando também gesso.

Figura 1 - Tijolo cerâmico de face lisa.

Fonte: Blog Engenharia Concentra (2017).


23

Figura 2 - Tijolo cerâmico de face ranhurada.

Fonte: Lojão do Pedreiro (2019)

Existem três sub etapas na execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e
blocos cerâmicos, são elas: marcação, assentamento e encunhamento, com o intuito de
originar mais velocidade e qualidade no processo executivo da alvenaria. Devendo ser
respeitados os prazos de início de cada próxima etapa, evitando futuras patologias.

Segundo Tres (2017)

O processo de marcação é a fase inicial da execução da alvenaria, consiste na


execução da primeira fiada de tijolos. Esta marcação deve seguir as indicações do
projeto arquitetônico, levando a uma perfeita linearidade dos blocos. Para auxiliar
neste alinhamento, é primordial a execução primária do nivelamento do piso,
retirando ou acrescendo argamassa, caso isso se faça necessário. É recomendado que
o início da marcação seja projetado pelos cantos das paredes, encontros e aberturas,
promovendo o enquadramento perfeito. Cotas acumuladas tendem a diminuir erros
de medição, a fim de finalizar a parede na altura desejada. Conforme a NBR 8545
(1984, p.10) as juntas de argamassa devem ser executadas com no máximo 10
milímetros e não podendo apresentar vazios.
24

Figura 3 - Marcação da primeira fiada.

Fonte: KF Comércio (2012)

Posteriormente deve ser feito o assentamento dos tijolos, que deve ser executado em
conformidade com o projeto executivo, obedecendo as suas espessuras e posições. Além
disso, as fiadas devem ser executadas umas sobre as outras, fazendo com que os blocos
fiquem dispostos com suas juntas verticais descontinuadas. Conforme visto na Figura 4.

Figura 4 - Assentamento de bloco cerâmico.

Fonte: Pedreirão (2017)


25

O assentamento da alvenaria de ser executando no mínimo de 24 horas após a


impermeabilização da viga de baldrame tendo como garantia a estanqueidade da alvenaria. A
cada fiada deve ser utilizada como guia uma linha esticada para assegurar a horizontalidade

Por fim, deve ser feito o encunhamento, segundo Tres (2017):

A maior ocorrência de fissuras nas alvenarias é originária na ligação entre a


alvenaria e a viga estruturada do pavimento superior, devido à diferença de materiais
e a transmissão de esforços. Diante disso é orientada a execução da etapa de
encunhamento, que consiste no preenchimento dessas lacunas com o uso de
concreto, tijolos maciços e argamassas aditivadas com expansor.

2.4.2 Drywall

Segundo Mitidieri (2009), a expressão drywall trazida da língua inglesa significa


“Parede Seca”, consiste em uma técnica diferenciada e competitiva diante da maneira
conservadora da construção convencional utilizada no Brasil. Diante disso há insegurança do
cliente sobre o produto, sua qualidade e eficiência, o que limita a expansão e difusão desse
método construtivo.
O gesso acartonado surgiu no Brasil no ano de 1974, mas começou a ganhar
importância a partir de 1995 aproximadamente. No entanto, o uso do gesso acartonado já
estava consolidado e difundido em vários países do exterior. Atualmente, ainda se possui um
atraso em relação a diversos países, que já possuem um estágio de desenvolvimento do
produto bastante avançado e com uso bastante expressivo desse sistema.
Segundo Corbiolli (1995), cerca de 90% dos fechamentos internos nos Estados Unidos
são realizados com gesso acartonado. Segundo Losso e Viveiros (2004), existem três
elementos que compõem basicamente o sistema construtivo do gesso acartonado, que são as
placas de gesso, os elementos estruturais e os acabamentos e acessórios. Estes autores
apontam que:
O sistema de construção a seco possui vantagens que vão desde a produção,
passando pelos métodos construtivos empregados em obra, alcançando o
consumidor final e o desempenho pós-ocupação. O processo de produção
racionalizado garante rapidez na confecção das placas de gesso e nos demais
componentes, que possuem alto grau de industrialização. Não há procedimentos
artesanais, garantindo assim, além da rapidez, um controle de qualidade mais
apurado.
26

Placo (s/d) aponta ainda, que em relação as qualidades do sistema em obra, pode-se citar
redução do peso em relação a alvenaria de blocos cerâmicos, o que acarreta também uma
redução de custos com estrutura e fundação, redução de tempo de execução, mínimo
desperdício e retrabalho por ser um método industrializado, facilidade de execução das
instalações que são feitas evitando-se quebras.

O consumidor também recebe vantagem nesse tipo de alvenaria, segundo Ciocchi


(2003), o consumidor possui maior possibilidade de flexibilização nos layouts, ganho de até
4% de área útil com a redução das espessuras das paredes, entre outros.

Heringer (2018) aponta também como vantagem nesse tipo de vedação o fato de uma
parede em alvenaria convencional pesa, em média, 150 kg/m² enquanto uma de drywall pesa
apenas 30 kg/m².

Dados da Associação Brasileira do Drywall (2010) mostram um comparativo entre o


uso do sistema em relação a outros países (Figura 5):

Figura 5 - Consumo de drywall no mundo.

Fonte: Associação Brasileira do Drywall (2014)

Além disso, houve um constante aumento no consumo de drywall no mercado


brasileiro, a Figura 6 apresenta os valores em milhões de m² consumidos no Brasil durante os
anos informados.
27

Figura 6 - Histórico de consumo de drywall no Brasil.

Fonte: Associação Brasileira do Drywall (2014)

Dentro do mercado brasileiro há também uma grande diferenciação no consumo por


região. Pode se observar na Figura 7 que o Nordeste é o que menos consume chapas de
drywall no país (Associação Brasileira de Drywall, 2014).

Figura 7 - Consumo de m² de drywall por região.

Fonte: Associação Brasileira de Drywall (2014)


28

O sistema construtivo é composto de chapas de gesso com dimensões padrões de 120


cm de largura e comprimento variando de 180 a 360 cm, e espessura de 12,5 mm sendo a de
uso mais comum. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011).
Segundo a Associação Brasileira do Drywall (2011), as chapas são combinadas com
massa de gesso e aditivos, prensadas entre duas lâminas de cartão. Existem no mercado três
tipos de chapas principais (Figura 8): Standard (ST), de uso geral; resistente à umidade (RU),
também conhecida como “chapa verde”, para usos em ambientes sujeitos a umidade; e a
chapa Resistente ao Fogo (RF), para áreas que façam exigência maior a resistência a
incêndios, conhecidas como “chapa rosa”.

Figura 8 - Chapas de gesso acartonado (tipo RU, RF e ST)

Fonte: Revista Arquitetura e Construção (2014)

Figueiredo et al. (2008) diz que o processo de fabricação de placas de gesso acartonado,
em geral, consiste em encapar o gesso com papel cartão e passar o gesso envelopado por
aquecimento e resfriamento. Como pode ser visto na Figura 9.
29

Figura 9 - Processo de fabricação de placas de Gesso acartonado

Fonte: Construfácil RJ (2014)

A fabricação das placas tem origem com a extração da gipsita da mina, que é
diretamente encaminhada para fábrica onde passa pelo processo de peneiramento. A gipsita,
então, passa pela secagem em forno para obtenção do gesso que é, em seguida, moído e
pesado (FIGUEIREDO et al., 2008).

Segundo Figueiredo et al. (2008) após a pesagem, são adicionados aditivos que variam
conforme o tipo de placa a ser produzida. Exemplos de aditivos utilizados são o amido, a fibra
de vidro e vermiculita. O composto, então, é direcionado para o misturador, no qual é
adicionado água, formando uma pasta.

Figueiredo et al. (2008) apontam que esta pasta, então, é colocada sobre uma folha de
papel e vibrada para expulsão das bolhas de ar. Outra folha é colocada por cima formando um
sanduíche. Aguarda-se o endurecimento das placas, que são cortadas e levadas ainda úmidas
para o forno. As placas passam, finalmente, por um circuito de ar frio para evitar a perda das
propriedades e são empacotadas e estocadas.

A ABNT NBR 15.217/2018 estabelece que os elementos estruturais devam ser


compostos de perfis de aço galvanizado protegidos com tratamento de zincagem mínimo Z
30

275, em chapas de 0,50mm de espessura, acomodados à frio em perfiladeiras de rolete,


viabilizando sua precisão dimensional.

A COMAT (2012) afirma que os elementos utilizados para a fixação dos componentes
do sistema Drywall são: buchas plásticas e parafuso com diâmetro mínimo de 6 milímetros e
para sua fixação devem ser utilizadas pistolas para a finalidade à base de “tiros”

A COMAT (2012) também aponta que a fixação entre os componentes do sistema


drywall se divide em dois tipos: Fixação dos perfis metálicos entre si (metal/metal) e fixação
das chapas de gesso sobre os perfis metálicos (chapa/metal). Além disso, segundo ele, para as
juntas e colagens devem ser utilizadas massas e fitas adequadas para o acabamento, não deve
ser feito o uso de gesso em pó ou massa corrida para pintura na execução das juntas.

A COMAT (2012) ainda faz uma relação de equipamentos utilizados para montagem do
sistema:

• Marcação, medição e alinhamento (nível laser ebola, prumo e mangueira de nível e


linha de náilon);
• Corte das chapas (faca retrátil ou estilete, serrote comum e de ponta);
• Parafusamento automático das chapas nos perfis (parafusadeira);
• Furação (furadeira);
• Desbaste das bordas das chapas (plaina);
• Aberturas articulares (serra copo);
• Corte de perfis metálicos (tesoura);
• Fixação dos perfis entre si (alicate puncionador);
• Posicionamento e ajustes das chapas (levantador de chapa de pé e levantador
manual);
• Tratamento das juntas entre as chapas (espátula metálica, espátula metálica larga,
espátula metálica de ângulo e desempenadeira metálica);
• Preparo das massas (batedor);
• Fixação (pistola finca-pino).

Para Voitille (2012), os perfis de aço galvanizado que formam a estrutura interna,
necessitam ser compatíveis com a configuração da parede, atendendo por inteira as
necessidades do ambiente. Os perfis estruturais apresentam as seguintes espessuras:
31

• 48 mm – parede estreita, sem o uso de materiais para isolamento termo acústico no


interior da estrutura – ideal para ganhar mais área útil (o som passa mais facilmente
pela parede);
• 70 mm - parede comum, perfil mais utilizado;
• 90 mm - indicado para quando utilizar algum material isolante no interior da
estrutura.

A ABNT NBR 15217/2018 refere-se à fabricação das guias e dos montantes que são
produtos particulares para estruturação e montagem de paredes, forros, revestimentos e
mobiliários integrados de drywall. As guias fazem parte da estruturação horizontal de paredes,
enquanto os montantes são utilizados na parte vertical da estrutura.

Além disso a ABNT NBR 15217/2018 indica o uso de canaletas e cantoneiras e


estabelece os métodos para fabricação e utilização destes. As cantoneiras são utilizadas para
arremates, reforço e estruturação tanto dos forros, paredes e até mobiliários integrados de
drywall. Podendo ser aplicadas em áreas secas ou molhadas.

Segundo a COMAT (2012) Existem duas alternativas de paredes, as paredes simples


(compostas por uma única camada de chapas de gesso acartonado em cada face) e as paredes
duplas (compostas por duas camadas de chapas de gesso acartonado em cada face), que
permite a utilização de isolamento acústico através do uso da lã mineral ou lã de rocha alojada
entre as chapas.
32

Figura 10 – Tipos de perfis metálicos

Fonte: Associação Brasileira de Drywall (2006)

Segundo Diniz (2015), o responsável técnico deve efetuar o acompanhamento da série


de etapas que compreendem a execução, em especial as fases iniciais pela equipe de
montagem. Sendo que as etapas são as seguintes:
33

• Locação e marcação: Tomar cuidado com as referências utilizadas e esquadro;


• Montagem da estrutura: Seguir os detalhes e recomendações de projeto;
• Fixação das guias: Checar se está sendo usada a fita banda acústica, que fica entre a
estrutura metálica e o substrato (importância fundamental no isolamento acústico);
• Fixação dos montantes: Checar detalhes estruturais em portas e janelas;
• Reforços nos pontos indicados em projeto;
• Checar prumo;
• Fixação das placas de gesso acartonado: Prendê-las 1 cm acima do nível do chão,
usando pedaços de placa de gesso como apoio. Posteriormente será aplicada massa
tapando a fresta;

Com as placas instaladas, inicia-se o acabamento, passando massa de rejunte nas


emendas das chapas. Em seguida aplica-se a fita microperfurada por cima da primeira demão
de massa e passa-se outra demão escondendo a fita. E após a secagem, aplica-se outra demão
para um acabamento liso e uniforme.
34

3 METODOLOGIA

Neste capítulo serão apresentados aspectos relacionados ao estudo de caso, bem como
as etapas desenvolvidas para a modelagem 3D do empreendimento e detalhes para garantir
confiabilidade nos resultados extraídos para as etapas subsequentes.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO

O estudo se refere à modelagem de um projeto de residência de uma família composta


por um casal e seus dois filhos. O local do desenvolvimento do projeto é no estado de
Pernambuco, na cidade de Caruaru (Figura 12), no Loteamento Luar do Jurity situado às
margens da BR-104 (Figura 13).

Figura 11 - Localização de Caruaru-PE

Fonte: Google Imagens (2019)


35

Figura 12 - Localização do loteamento Luar do Jurití

Fonte: Google Maps (2019)

3.2 LEGISLAÇÃO

Todo projeto em território municipal deve seguir as regulamentações do município que


é escrito embasado nas leis federais e estaduais. A legislação básica do município de Caruaru
para o projeto e edificação é o Plano Diretor de Caruaru, através da Lei Complementar 0005
de 27 de julho de 2004. A Lei 0005 institui o código de obras do município de Caruaru e
disciplina, regula e estabelece normas para execução de obras.

A Lei Complementar 0005 também indica os zoneamentos em que a cidade foram


divididas e os índices urbanístico de cada zona. O projeto em estudo encontra-se no Eixo de
Atividades Múltiplas e seus índices urbanísticos podem ser encontrados no quadro
apresentado no Anexo III da referida lei, que é apresentado na Figura 14 a seguir com
identificação do zoneamento do projeto.
36

Figura 13 - Indices Urbanisticos do Municipio de Caruaru

Fonte: Plano Diretor de Caruaru (2004)

Sendo assim, foram determinados para o projeto os seguintes índices urbanísticos:

• Coeficiente de utilização – 2,0


• Afastamentos
• frontal – 5,00m
• lateral – 1,50m
• fundos – 2,50m
• Taxa de solo natural – 20%

3.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES

Para Voordt e Van Wegen (2005), a formulação de pressupostos básicos, objetivos,


requisitos e desejos do cliente, a forma como a edificação funciona hoje e a forma como ela
vai funcionar no futuro devem estar organizadas e de acordo com as características do
proprietário. Sendo assim, é de extrema importância de um Programa de Necessidades, pois
ele busca relacionar o cliente e suas expectativas com o projeto.
37

No Apêndice A é apresentado um questionário de perguntas sobre expectativas


relacionando as características dos futuros proprietários, sendo um casal e dois filhos, com o
futuro projeto foi desenvolvido.
Para Voordt e Van Wegen (2005) O número de requisitos do cliente pode ser
considerável, dependendo do tamanho do edifício e a complexidade da tarefa. Na prática uma
série de arranjos diferentes são usados.

3.4 MODELAGEM DO PROJETO

Após as respostas obtidas com o Programa de Necessidades e com os índices


urbanísticos obtidos no Plano Diretor de Caruaru foi-se feito o projeto da residência através
do Revit e posteriormente foram feitas modificações nas paredes internas, que são um dos
objetivos de estudo do presente trabalho, além disso, foram elaboradas tabelas com o próprio
software de modo a extrair as informações necessárias para se fazer o comparativo.

Foi projetada uma casa com 2 pavimentos, sendo 8 cômodos no pavimento térreo e 12
cômodos no 1º pavimento. Na cobertura, aproveitou-se o espaço livre e foi planejada a área de
serviço junto com um terraço.

No pavimento térreo foi projetado uma garagem para dois carros, um escritório na parte
frontal da casa com banheiro interno, que pode ser revertido em quarto de hóspede, sala de
estar, sala de jantar e cozinha em conceito aberto, promovendo maior integração entre a
família, uma despensa, banheiro social e uma varanda nos fundos integrada com o quintal e a
área de lazer. Como pode ser visto na Figura 15.
38

Figura 14 - Planta humanizada (pav. térreo)

Fonte: Autor (2020)

No 1º pavimento, foram projetados 3 quartos, sendo todos suítes, e um deles, o do casal,


com closet, foi projetado também uma sala de tv e 4 varandas, uma em cada quarto e uma
social com acesso pela sala de tv., conforme mostrado na Figura 16.

Figura 15 - Planta humanizada (1º pavimento)

Fonte: Autor (2020)


39

Na cobertura foi projetado uma área de serviço e um terraço, que pode ser utilizado para
receber eventos, como mostrado na Figura 17.

Figura 16 - Planta humanizada (cobertura / terraço)

Fonte: Autor (2020)

Nas fachadas, foi escolhida dois tipos de revestimento, uma pastilha na cor marrom e
uma cerâmica do tipo filetada na cor cinza, foram escolhidas esquadrias de madeira e vidro e
guarda corpo na varanda de metal e vidro, conforme mostrado na Figura 18.

Figura 17 – Fachada frontal

Fonte: Autor (2020)


40

Na fachada lateral foi projetada uma parede de vidro para dar iluminação a escada e a
parte interna da casa, como pode-se ver na Figura 19.

Figura 18 - Fachada lateral

Fonte: Autor (2020)

3.5 DETALHAMENTO DAS PAREDES

O recurso de paredes é definido como sistema de famílias, dentro do qual estão


disponíveis três tipos básicos:

• Paredes Básicas – que se refere a qualquer parede simples, com composição básica.
Através dela podem ser definidos diferentes parâmetros para as camadas que
compõe a parede que se deseja criar;
• Paredes Cortina – consiste em painéis divididos por linhas. Permite especificar o
material de cada painel e inserir suportes de formas e tamanhos específicos nas
linhas para definir esquadrias.
• Empilhada – são tipos de parede que podem ser sobrepostas verticalmente sobre os
tipos paredes básicas.

As paredes podem ter suas propriedades alteradas, o que permite modificar sua
estrutura, comportamento de revestimento e função. Para o desenvolvimento do modelo em
estudo, inicialmente foi feito uma diferenciação entre parede externa e interna, visto que
somente as paredes internas são objetivos de estudo.

A partir de uma parede básica, foram criadas as parede do tipo externa e as do tipo
interna do sistema de alvenaria de bloco cerâmico que compõe a edificação. Conforme
mostrado nas Figuras 20 e 21.
41

Figura 19 - Parede externa

Fonte: Autor (2020)

Figura 20 - Parede interna (alvenaria de bloco cerâmico)

Fonte: Autor (2020)

Como se pode observar, as paredes são constituídas por um núcleo de alvenaria de


blocos cerâmicos com espessura de 9,0 cm, uma camada de chapisco em cada face de 5,0
mm, uma camada de emboço em cada face de 2,0 cm e uma camada de reboco em cada face
de 5,0 mm. Pode-se se observar melhor detalhado na Figura 22.
42

Figura 21 - Detalhamento das paredes internas com alvenaria de bloco cerâmico

Fonte: Autor (2020).

Para a modelagem das paredes internas do sistema de drywall foi necessário utilizar
uma família de parede cortina que representasse a configuração do núcleo constituído por
estrutura de alço galvanizado. Dessa forma, as paredes internas, de maneira diferente das do
sistema de alvenaria de blocos cerâmicos, foram executadas em etapas. Primeiro foi criado o
núcleo de alço galvanizado através do modelo de parede cortina (Figura 23) e após foi criado
as chapas de gesso acartonado de diferentes modelos através de uma família básica de paredes
(Figuras 24 e 25).

Figura 22 - Núcleo da parede interna de drywall

Fonte: Autor (2020).


43

Figura 23 - Chapa de gesso acartonado standard (ST)

Fonte: Autor (2020).

Figura 24 - Chapa de gesso acartonado resistente à umidade (RU)

Fonte: Autor (2020).


44

A estrutura de aço galvanizado do núcleo da parede de drywall possui espessura de 9,0


cm, e as chapas de gesso acartonado possuem espessura de 12,5 mm. Para o projeto foram
criados dois tipos de configuração nas paredes de drywall. A primeira configuração é a que a
parede é composta pelo núcleo de aço galvanizado e chapas de gesso acartonado tipo
standard nas duas faces, conforme mostrado na Figura 26.

Figura 25 - Detalhamento das paredes internas de drywall (ST + ST)

Fonte: Autor (2020).

A segunda configuração é a que a parede é composta pelo núcleo de aço galvanizado e


chapa de gesso acartonado tipo standard em uma face e chapa de gesso acartonado resistente
à umidade na outra face, conforme mostrado na Figura 27.

Figura 26 - Detalhamento das paredes internas de drywall (ST + RU)

Fonte: Autor (2020).


45

3.6 QUANTITATIVOS E ORÇAMENTO

Como já mencionado, o estudo de caso do projeto refere-se apenas as paredes de


vedação interna, dessa forma, através da ferramenta que gera tabelas quantitativas no Revit,
foi possível extrair as informações necessários para o estudo em questão. A Tabela 2 mostra a
quantidade de paredes estudadas, assim como suas respectivas áreas, além disso, apresenta o
valor total de área de parede interna igual a 136,75 m².

Tabela 2 - Levantamento de paredes internas


Tipo Contador Comprimento(m) Altura (m) Área (m²)
Parede interna 1 2,48 2,70 6,70
Parede interna 1 3,96 2,70 7,34
Parede interna 1 2,02 2,70 5,24
Parede interna 1 2,76 2,70 7,45
Parede interna 1 1,44 2,70 2,20
Parede interna 1 2,46 2,70 6,64
Parede interna 1 2,62 2,85 7,47
Parede interna 1 1,51 2,85 4,08
Parede interna 1 4,45 2,85 10,58
Parede interna 1 4,38 2,85 12,27
Parede interna 1 5,72 2,85 11,05
Parede interna 1 4,45 2,85 10,58
Parede interna 1 3,09 2,85 8,59
Parede interna 1 1,74 2,85 4,52
Parede interna 1 3,09 2,70 6,46
Parede interna 1 2,46 2,85 5,33
Parede interna 1 3,35 2,85 9,53
Parede interna 1 4,27 2,85 10,72
Totais: 18 56,23 136,75
Fonte: Autor (2020)

Com base na tabela SINAPI da Caixa Econômica Federal de agosto de 2019 foram
realizadas composições com preços de alvenaria, chapisco, reboco e drywall para p projeto
em análise. Para alvenaria de bloco cerâmico foi realizado uma composição com blocos
cerâmicos de 9,0 cm x 19 cm x 19 cm com furos horizontais para vedações internas.
Conforme a Tabela 3.
46

Tabela 3 - Composição do custo - assentamento de alvenaria


Quantidade Insumo Consumo Consumo Preço Preço Custo
orçada /m² total unitário total
(R$)
136,75 bloco cerâmico (mil) 0,02793 3,82 390,00 1489,58
136,75 tela de aço (m) 0,785 107,35 1,66 178,20
136,75 pino de aço (cento) 0,0094 1,28 26,57 34,15
8861,23
136,75 argamassa para assentamento (m³) 0,0098 1,34 454,10 608,56
136,75 pedreiro (h) 1,69 231,11 20,22 4672,99
136,75 servente (h) 0,845 115,55 16,25 1877,75
Fonte: Autor (2020).

Para o revestimento de alvenaria, foram realizadas duas composições, uma para o


chapisco sobre a alvenaria (Tabela 4) e outra para o emboço mais o reboco (Tabela 5).

Tabela 4 - Composição do custo – chapisco


Quantidade Consumo/ Consumo Preço Custo total
Insumo Preço
orçada m² total unitário (R$)
argamassa industrializada
273,5 0,0032 0,87 4306,27 3768,85
(m³)
273,5 pedreiro (h) 0,141 38,56 20,22 779,75 4611,27
273,5 servente (h) 0,0141 3,85 16,25 62,67
Fonte: Autor (2020).

Tabela 5 - Composição do custo – emboço + reboco


Quantidade Consumo Preço
Insumo Consumo/m² Preço Custo total
orçada total unitário
argamassa industrializada
273,5 0,0376 10,2836 397,99 4092,77
(m³)
273,5 pedreiro (h) 0,47 128,545 20,22 2599,18 7451,94
273,5 servente (h) 0,171 46,7685 16,25 759,99
Fonte: Autor (2020).

Para as vedações de Drywall, não há a necessidade de revestimento, sendo assim, foi


elaborado uma composição para a parede composta por uma placa de 12,5 mm (ST ou RU) +
uma placa de 12,5 mm (ST ou RU), fixadas em guias de 70 mm e montantes espaçados em
400 mm. Conforme mostrado na tabela 6.
47

Tabela 6 - Composição do custo - parede de drywall


Preço Custo
Quantidade Consumo Preço
Insumo Consumo/m² unitário total
orçada total (R$)
(R$) (R$)
136,75 Pino de aço (cento) 0,0243 3,323 30,9 102,68
136,75 placa de gesso (m²) 2,1060 287,996 10,44 3006,67
136,75 guia (m) 0,7604 103,985 5,05 525,12
136,75 montante (m) 1,9910 272,269 5,73 1560,10
136,75 fita para juntas (m) 2,5027 342,244 0,12 41,07
136,75 fita para reforços (m) 0,7407 101,291 1,54 155,99 8237,15
136,75 massa para junta (kg) 1,0327 141,222 2,07 292,33
136,75 parafuso TA (un) 20,0077 2736,053 0,07 191,52
136,75 parafuso LB (un) 0,8076 110,439 0,17 18,77
136,75 montador (h) 0,5449 74,515 27,38 2040,22
136,75 servente (h) 0,1362 18,625 16,25 302,66
Fonte: Autor (2020).

3.7 CUSTOS TOTAIS

Com base nas composições previamente apresentadas, pode-se calcular os custos totais
de cada tipo de vedação. Para a vedação com alvenaria de bloco cerâmico o valor total do
orçamento é de R$ 20924,44 (Tabela 7). Para a vedação em drywall o valor orçado é de R$
8237,15 (Tabela 8).

Tabela 7 - Custo total de alvenaria de bloco cerâmico


Serviços Custo (R$)
Assentamento de alvenaria 8861,23
Chapisco 4611,27
Emboço + Reboco 7451,94

Custo total= 20924,44


Fonte: Autor (2020).

Tabela 8 - Comparativo de custos totais

Sistema Custo total (R$)


Alvenaria de Bloco Cerâmico 20924,44
Drywall 8237,15
Fonte: Autor (2020).
48

3.8 PESO NA ESTRUTURA

É possível se fazer uma analise do peso gerado por cada sistema de vedação na estrutura
geral da obra, para isso, foram considerados os valores de peso médio do m² de cada sistema.
(Tabela 9).

Tabela 9 - Peso sobre a estrutura


Sistema Quantidade (m²) Peso (kg/m²) Peso Total (t)
Alvenaria de Bloco Cerâmico 136,75 150 20,51
Drywall 136,75 30 4,10
Fonte: Autor (2020).
49

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 ANÁLISE DOS CUSTOS TOTAIS

Ao analisar os valores dos orçamentos para execução das vedações verticais internas da
residência em estudo, percebe-se que o valor final da vedação em drywall é de
aproximadamente 60,6% menor do que o valor de alvenaria com revestimento de argamassa.
A diferença em valor monetário é de R$ 12687,29.

A principal diferença nos custos totais está nos valores de mão de obra dos dois
métodos (Tabela 10). O valor reduzido do serviço de drywall se deve, principalmente, ao alto
índice de produtividade do método e à ausência de necessidade de revestimento.

Tabela 10 - Custo com mão de obra


Custo com Mão de Obra
Sistema Custo total (R$)
Alvenaria de Bloco Cerâmico 10752,33
Drywall 2342,88
Fonte: Autor (2020).

Entretanto, nos custos de materiais, percebe-se que a alvenaria é mais econômica.


Porém, a diferença entre os métodos nesse aspecto é consideravelmente menor em relação à
diferença nos custos de mão de obra.

Do custo total do sistema de alvenaria de bloco cerâmico, de R$ 20924,44, percebe-se


que 49% é referente a materiais e 51% referente à mão de obra (Figura 28)

Figura 27 - Comparação dos custos (alvenaria de bloco cerâmico)

Materiais Mão de
R$10172,1 Obra
1 R$10752,3
49% 3
51%

Fonte: Autor (2020).


50

Ao fazer a mesma análise para a vedação de drywall, percebe-se que do valor orçado em
R$ 8237,15, 72% é referente aos materiais e apenas 28% à mão de obra. (Figura 25)

Figura 28 - Comparação dos custos (drywall)

Mão de
Obra
R$2342,88
28%
Materiais
R$5894,26
72%

Fonte: Autor (2020).

4.2 ANÁLISE DO PESO DA ESTRUTURA

Ao analisar a diferença entre as cargas atuantes na estrutura da residência, percebe-se


que a carga devido ao peso de uma vedação em alvenaria é aproximadamente 5 vezes maior
do que quando utilizado o sistema de drywall. Dessa forma, a utilização de placas de gesso
possibilita uma significativa redução nos dimensionamentos das peças estruturais e de
fundações.
51

5 CONCLUSÕES

O mercado da construção civil no Brasil ainda se encontra em atraso quando comparado


com os grandes países. O uso de novas tecnologias, softwares, materiais alternativos e novas
técnicas de construção torna-se cada vez mais necessário para que o pais acompanhe o ritmo
de crescimento do resto do mundo.
O uso da tecnologia BIM pode contribuir muito para que os projetos sejam elaborados de
forma mais eficaz e eficiente, minimizando erros de compatibilização de projetos e gerando
planilhas de orçamento com maior precisão.
O Revit mostrou-se uma ferramenta eficiente para modelagem de uma residência e para
gerar quantitativos de materiais. A facilidade fornecida pelo software através da sua
engrenagem de parametrização acelera os processos de modelagem e minimiza a quantidade
de erros de projeto. No entanto, a lentidão apresentada pelo programa na medida que se ia
adicionando novos elementos, dificultou bastante o projeto.
Outra dificuldade enfrentada foi a dificuldade de se encontrar boas famílias de móveis
para adicionar ao projeto, fazendo com que se perdesse mais tempo tendo que modelar
famílias mais interessantes que as que o próprio programa oferece..
Do ponto de vista arquitetônico, apesar do programa possibilitar que o projetista
renderize imagens no próprio software, isso se dá de forma extremamente lenta, e com uma
qualidade ainda muito inferior se comparada com softwares de renderização profissional.
Ao analisar o uso do sistema de vedação por drywall no Brasil, podemos observar que ele
se mostra um sistema inovador, que devido as suas vantagens, tende a ganhar cada vez mais
espaço no setor da construção civil no país.
Quando comparado o sistema de vedação por drywall e o sistema de vedação com
alvenaria de bloco cerâmico, podemos observar que o custo do primeiro é bem inferior ao
método mais tradicional. Isso se dá, principalmente, pelo fato do sistema de drywall não
necessitar de revestimento superficial, o que diminui não só o custo com material mas
também o custo de mão de obra.
Além disso, o sistema de vedação com drywall gera menos peso sobre a estrutura da
residência, gerando mais economia nos materiais necessários para se executar a fundação e a
estrutura.
52

REFERÊNCIAS

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55

APÊNDICE A  PROGRAMA DE NECESSIDADES

Programa de Necessidades
1. Dados do Cliente

Cliente: José Moura Soares

Idade: 47 anos

Estado Civil: Casado

Profissão: Professor

2. Localização da Obra

Logradouro: Loteamento Colorado, Lote 08, quadra 09.

Bairro: Nova Caruaru

Cidade : Caruaru - PE

3. Questionamentos
 Você quer uma casa com poucas divisões?
Suficientes.

 Quantos cômodos? ( quartos, sala, cozinha, banheiros)


3 quartos, 2 salas, 1 cozinha, 3 banheiros.

 Seria uma planta baixa com divisões tradicionais?


Sim.

 Quantos filhos você tem?


2.

 Pretende ter mais algum filho?


Não.
56

 Algum morador da casa teria necessidades especiais?


Não.

 Você costuma receber hóspedes com frequência?


Sim.

 Qual a idade possui seus filhos?


14 e 21.

 Qual o nível de escolaridade deles?


Ensino Fundamental 2 e Ensino Superior.

 Costuma oferecer festas?


Não.

 Qual é o tamanho típico de uma reunião em sua casa?


No máximo 1 família.

 Gostaria de alguma sala que seria utilizada principalmente para festas ou jogos?
Sim.

 Você tem alguma preferência por um estilo particular, ou seja, Moderno, Europeu,
Contemporâneo, de Campo, de Praia, etc? Se sim, qual?
Sim, contemporâneo.

 Você prefere uma casa térrea de um piso ou sobrado com dois ou três andares?
Sobrado, com 2 pisos.

 Que material de cobertura que você prefere? telha cerâmica, concreto, metálica? Ou outro
tipo?
Laje plana impermeabilizada.
57

 Qual estilo de janela que você prefere? Esquadrias de madeira, de ferro, de alumínio, ou
outro tipo?
De alumínio com vidro.

 Há algum ponto de visão que você deseja evidenciar? Na frente da casa, laterais ou
fundos?
Frente e laterais.

 Há algum ponto de visão que devem ser evitadas?


Fundos.

 Você quer luz da manhã em todos os locais ou recintos ao ar livre?


No máximo possível.

 Gostaria de ter acesso a partir de uma determinada sala (s) a determinadas áreas ao ar
livre?
Sim, para a piscina no quintal.

 Você quer espaço externo com churrasqueira e lazer?


Sim.

 Você quer uma grade ou algum cercado, muro, desnível de pisos em determinado local ?
Sim, muro de pelo menos 3m de altura.

 Você quer uma piscina? banheira de água quente? Sauna? Chuveiro ao ar livre? Ofurô ?
Sim, chuveiro próximo a piscina.

 Você quer algum lugar especial para alojar animais de estimação ?


Sim.

 Como você descreveria o ambiente que você imagina? Uma sala, duas?
Ampla, ventilada e iluminada.
58

 Como você quer usar esta sala? Receber amigos ? Sala de Tv e entretenimento familiar?
Receber amigos, assistir TV e usá-la para entretenimento.

 Quantas pessoas você deseja que tenham assento confortavelmente?


4 pessoas.

 Em relação aos quartos. como você quer usá-lo?


Para dormir e descansar.

 Quantas pessoas você deseja que ocupem o espaço confortavelmente?


No máximo 2 pessoas.

 Deve ter um ponto de vista principal?

Não.

 Em relação a cozinha, prefere que ela seja aberta a outras salas? Se sim, quais?
Sim, para sala de jantar.

 Tem algum ponto de vista importante para você?


Não.

 Você cozinha com frequência?


Sim.

 Geralmente há mais do que uma pessoa cozinhando ao mesmo tempo?


Não.

 Você quer na cozinha uma mesa ou balcão, ou ambos?


Ambos.

 Você quer uma sala de pequenos-almoços, lanches, separada?


Não.
59

 Você quer uma despensa de alimentos ou sala de mordomo?


Sim, uma despensa.

 Você quer uma auxiliar doméstica para trabalho de casa?


Sim.

 Você tem um material em mente para os pisos?


Porcelanato.

 Seria necessária uma entrada secundária com acesso por aqui?


Não.

 Em relação a sala de jantar, como você quer usar esta sala?


Fazer as refeições.

 Você pretende oferecer jantar formal ou informalmente?


Informalmente.

 Com que freqüência você vai usar esta sala?


Eventualmente.

 Quantas pessoas você pretende ter sentadas?


6 pessoas.

 Deve ser acessível a áreas ao ar livre (externas)?


Não.

 Deve ter um ponto de vista especial?


Não.

 Você deseja ter um escritório ou home office?


Sim.
60

 Poderia esta sala funcionar como um quarto de hóspedes?


Sim.

 Você prefere uma suíte master localizada no primeiro andar ou segundo?


Segundo.

 Você quer uma área de estar ou sala de estar adjacente?


Sim.

 Tem algum ponto de vista importante para ser visto do quarto principal?
Sim, o jardim.

 Você vai ler aqui? Assistir TV? Curtir musica?


Sim.

 Você quer acesso ao ar livre (área externa) ?


Sim.

 Você quer um closet separado? Se assim for, para uso por uma ou duas pessoas?
Sim, para 2 pessoas.

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