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Centro Universitário
Bacharelado em Engenharia Civil
Paripiranga
2021
CLEISSON REIS MIRANDA
Paripiranga
2021
Miranda, Cleisson Reis, 1997
Planejamento de obras de pequeno porte por meio da metodologia
BIM 4D: Estudo de caso em edificação na cidade de Tucano (BA)/
Cleisson Reis Miranda. – Paripiranga, 2021.
71 f.: il.
BANCA EXAMINADORA
Essa é uma carta aberta (nem tão aberta assim, kkkkk) de agradecimentos a todas as
pessoas que contribuíram de alguma forma com a minha vida e formação.
A gratidão é um dos sentimentos mais sublimes que o ser humano pode sentir, ela é uma
óptica de vida, um colírio que restaura a visão e permite sentir o simples, os detalhes, e o start
para esse sentimento é a graça, “onde abundou o pecado superabundou a graça”, isso graças ao
sacrifício de amor de Jesus na cruz. E por esse motivo eu posso ser grato, por Ele me amar
primeiro eu sei o que é amar. A Deus seja toda honra, glória, força, domínio e toda a minha
gratidão, pelos séculos dos séculos.
Tendo agradecido ao motivo de eu saber agradecer, agradeço a minha família por todo
amor, paciência e cuidado para comigo. A minha mãe, Marta, e ao meu pai, José, por não medir
esforços para que nunca me faltasse nada, aos meus irmãos, Ernande, Josiene e Weslei, pelo
companheirismo e risos. Vocês são minha base, minha força e motivo pelo qual eu sigo.
Agradeço também, minha família por completo, meus avós, tios, primos... toda a
parentela. Em especial cito minhas tias Nega e Vera, por serem minhas mães por adoção, meu
tio Galego, por todo cuidado e incentivo, a Tia Maria do Carlito, representante da família
Nascimento e coluna forte desta, e ao Neguinho, por todo incentivo. A vocês todo meu
agradecimento.
Recebi também uma família da parte de Deus, a Primeira Igreja Batista em Creguenhem
(PIBC), um pedacinho do céu na terra e onde me encontrei, agradeço a todos os membros por
todo amor e comunhão. Ao Paistor Jardel, por me discipular e acreditar tanto em mim, aos meus
meninos (Gui, Maria Clara, David, Kayque, Duda, Deise, João Antônio e Marco Antônio) por
todos os momentos felizes que me proporcionam, além das crianças, meus exemplos de vida e
leveza (Pietra, Sophia, Bernardo, Alice, Milla, Davi, Valentina e Ravi Lucca). A Edilene e Érica
por serem a corretora e tradutora, obrigado.
Abro espaço para agradecer as instituições responsáveis pela minha formação, a escola
Olavo Bilac, Afro Júlio, Luís Eduardo Magalhães e UniAges, sou grato a cada profissional,
desde os serviços gerais até a diretoria. Agradeço também ao Governo PT por todo incentivo à
educação, na criação de bolsas, o que possibilitou que filhos de agricultores, como eu, pudessem
cursar o Ensino Superior, em especial agradeço aos presidentes Lula e Dilma. Sou grato também
a Autodesk e Microsoft por disponibilizarem versão estudante e teste grátis de seus programas,
os quais utilizei na minha pesquisa.
E que profissão linda é a que ensina; aos meus professores, desde o primário até hoje,
meu muito obrigado. Muito obrigado por me ensinarem o que sei, por acreditarem, por
cuidarem do meu aprendizado e de mim. Em especial agradeço aos professores do Ensino
Básico, Adenilde, Portela e Ernestino. Aos do Ensino Superior agradeço a Herbert (responsável
por despertar meu amor pela engenharia), Bruno (a quem dedico esse trabalho e admiração),
Paulo Ricardo (por todas as risadas), Sapucaia (a comédia em pessoa), Leonardo (por toda a
preocupação e ensinamentos), Tayanara (meu orgulho e por sorrir com os olhos), Vanessa (pela
amizade, pelo coração e por viver sorrindo) e Alberto (por me orientar durante o TCC).
Aos meus colegas e amigos que trilharam comigo essa parte do caminho, os agradeço
demais, inclusive aos que nunca conversei ou vi. Meu singelo agradecimento a: Jarlene
(conterrânea de duas cidades e companheira de todas as horas), Jane Kelly (por todo amor,
cuidado e ciúmes), Joelson (neguinho, o melhor), Mary (por toda força, leveza e identificação),
Davi (parceiro dessa jornada, obrigado por repartir tantos momentos), Veronica (minha dupla
nas besteiras e loucuras), Sâmia (miga minha, SâMinha, obrigado por tanto), Brenda (a mais
doida amorosa, e phina), Flávia (minha Nenis, obrigado por me ouvir, pela paciência e cuidado).
Meus agradecimentos aos divisores de república e transporte, e despesas, que se
tornaram amigos. Agradeço a Dyana (por cuidar de mim desde o primeiro dia, minha prima,
minha irmã – acrescento aqui o Douglas), Luana e Bia (os melhores risos, perrengues e
loucuras), Maricelia e Açucena (por toda a diversão no caminho, cuidado e amor), Washington,
Samuel, Yana, Jucy, Keylla, Jeniffer, Aline e Diana.
Meu coração transborda em gratidão, que o Senhor Jesus retribua cada um
abundantemente de acordo com Sua boa, perfeita e agradável vontade. Deus seja louvado e
engrandecido para todo o sempre. Amém!
Porque sou eu que conheço os planos que tenho para
vocês’, diz o SENHOR, ‘planos de fazê-los prosperar e
não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança
e um futuro.
Bíblia Sagrada
RESUMO
The civil construction industry is undergoing important transformations with the insertion of
technologies that aim to facilitate and improve the accuracy of construction planning throughout
its life cycle. BIM (Building Information Modeling) is a method of modeling the construction
information that is generated and stored during its process. In this way, this paper aims to raise
the awareness of professionals in the area for the use of BIM in the conception of works, for
this it makes use of a case study applying the method in a small building, especially the software
Navisworks, Revit and MsProject.
During the study, a step-by-step approach is presented for the construction of an effective
planning and its benefits, BIM is presented, its dimensions and characteristics. Revit will be
used as a tool to generate the 3D project and therefore the quantity of each activity, MsProject
will provide the EAP (Project Analytical Structure) and Navisworks will receive this
information in order to generate the 4D BIM planning.
BIM facilitates the conceptual process of the works, and increases the reliability of information,
thus, in addition to enabling the production flow, it ensures its quality. This work makes it
possible to investigate the contributions of BIM to construction planning.
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 16
3. METODOLOGIA............................................................................................................... 49
3.1 Identificação do caso estudado ....................................................................................... 49
3.2 Etapas de desenvolvimento do projeto ........................................................................... 51
3.2.1 Modelação 3D .......................................................................................................... 51
3.2.2- Identificação das atividades .................................................................................... 51
3.2.3- Definição das durações ........................................................................................... 53
3.2.3.1- Quantidade de trabalho a ser executado ........................................................... 53
3.2.3.2- Produtividade da mão de obra .......................................................................... 55
3.2.4- Criação do diagrama de Gantt................................................................................. 59
5- CONCLUSÕES .................................................................................................................. 66
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 68
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1. INTRODUÇÃO
O mundo passa por transformações a todo instante, assim como as pessoas e suas
necessidades, por conseguinte, a construção civil não fica alheia a tais mudanças e necessita de
atualizações constantes para satisfazer as demandas de seus usufrutuários. As novas
tecnologias, os novos métodos construtivos, novos materiais, tudo isso força a atualização desse
setor que carece de adaptações.
Como acrescenta De Almeida (2015), as ferramentas digitais estão intrínsecas nos
estabelecimentos construtivos, os escritórios de engenharia e arquitetura, de todos os tamanhos
e finalidades, trabalham muito tempo com programas de modelação 3D e desmaterializam o
fluxo de informação, realiza esse movimento por meio de computadores, smartphones e afins.
A partir dessa premissa, as inovações necessitam de um novo pensamento sobre o
planejar as construções, e urgentemente, visto que o planejamento é as primícias da construção,
e algo que começa com erros tende a acabar com erros. Portanto, o planejamento da obra ditará
o grau de sucesso que a mesma alcançará.
O planejamento de tarefas é uma atividade que, com o decorrer dos anos, tem vindo a
adquirir cada vez mais importância, na medida em que o não cumprimento de prazos
previamente estabelecidos pode resultar em multas severas. Neste sentido, o
planejamento adquire uma índole fundamental, pois é necessário garantir, com uma
boa estratégia prévia e cuidadosamente planificada, que os objetivos traçados sejam
cumpridos (DE SÁ, 2014, p. 14).
Além da liberdade de escolha das ordens de execução, existe uma gama de softwares
para planejar obras, e a escolha do programa deve ser feita levando em consideração os custos
e a qualificação do profissional no manuseio deste. A metodologia BIM (“Building Information
Modeling”) revoluciona o mercado da construção civil e os softwares que se adequam a esta
são de grande valia para o planejador de obras.
benefícios trazidos à obra que foi previamente planejada. Soma-se a isso as vantagens agregadas
ao se planejar com o método BIM e suas ferramentas colaborativas, o que aumenta a visão do
projeto, evita erros e aumento de custos. Para fomentar a justificativa o Brasil possui decretos,
já supracitados, relacionados ao BIM como o Nº 9.983, de 22 de agosto de 2019, e o decreto Nº
10.306, de 2 de abril de 2020.
Os caminhos seguidos para atingir os objetivos propostos são a pesquisa bibliográfica
em de artigos científicos, teses de mestrado e doutorado e livros, assim como, um estudo de
caso de um projeto de edificação de dois pavimentos, projeto este de ampliação de uma igreja
localizada na cidade de Tucano-Ba.
Para o planejamento do estudo foram utilizados o Revit e Navisworks pertencentes à
Autodesk, além do Excel e Ms Project da Microsoft. Estas ferramentas foram escolhidas por
questões pessoais do pesquisador, como contato anterior com esses programas e aptidão em
utilizá-los, além, deles atenderem eficientemente os objetivos da pesquisa. Acrescenta-se a isso
os fatos de a Autodesk disponibilizar versões estudante de ambos os softwares a ela pertencente
usados na pesquisa e a Microsoft ofertar uma versão teste de seus programas por tempo
limitado. A Tabela 1 apresenta os programas utilizados nesta pesquisa e suas respectivas
fornecedoras:
Software Logotipo Fornecedora
Revit Autodesk
Navisworks Autodesk
MsProject Microsoft
Excel Microsoft
Tabela 1: Softwares usados no trabalho.
Fonte: O autor.
Para tanto, a pesquisa foi dividida em cinco partes, sendo a primeira a presente
introdução, que apresenta o tema, sua problemática, objetivos e justificativa. Seguida de um
referencial teórico que elucida os assuntos pertinentes ao planejamento de obras, seus
benefícios, técnicas, métodos e um roteiro de planejamento, além da apresentação da
metodologia BIM, seus principais conceitos (modelação orientada por objeto, relações
paramétricas, ciclo de vida, níveis de desenvolvimento, interoperabilidade e dimensões),
20
2- REFERENCIAL TEÓRICO
Esse capítulo é dividido em duas partes, planejamento de obras e BIM. A primeira parte
se desenvolve acerca do planejamento na construção, seus benefícios e etapas, além de mostrar
os profissionais envolvidos em uma obra de pequeno porte e a importância da gestão. A segunda
parte apresenta o BIM, seus benefícios, características e dificuldades de implementação, mostra
também o planejamento por meio da modelação 4D tradicional e BIM.
2.1- Planejamento
que a destinação dos recursos seja realizada no tempo adequado, assim cumpre o escopo do
projeto e finaliza-o com a qualidade esperada.
O planejamento de uma obra deve ser realizado de maneira ampla e detalhada. Todas as
partes do todo devem receber a devida atenção, tudo deve ser planejado de tal maneira plausível
que todos os possíveis erros sejam detectados e corrigidos antecipadamente e não acarretem
prejuízos futuros.
Como dizem Laufer e Tucker (1987), a construção civil tem um dos processos de
produção mais dispersos em volta do custo esperado, do prazo de acabamento ou do valor total
de uma obra. O planejamento e controle da produção são de exímia importância para o
gerenciamento da edificação e são acatadas como funções gerenciais basais.
O planejamento começa no pensar em realizar algo, logo, é importante que todas as
ideias sejam anotadas para que nenhuma seja esquecida e perdida. Obter conhecimento de como
realizar tal planejamento também é indispensável já que novas ideias podem surgir de outras já
existentes, e como não há um roteiro único e definido de como deve ser feito o planejamento,
adquire-se experiência com a vivência, aprender com o sucesso e erros pré-existentes é o melhor
caminho.
Os produtos existem para satisfazer as necessidades dos usufruintes, e com os produtos
da construção civil não é diferente. As pessoas mudam, assim como suas necessidades; a partir
dessa premissa, a construção civil passa por transformações importantes visando o bem estar
do homem e da natureza, a sustentabilidade.
Essas mudanças transformam o modo de pensar e planejar as construções, o que torna
esse planejamento bem específico. A Tabela 2 apresenta características da construção
tradicional e as das construções sustentáveis, com um comparativo.
De acordo com o que foi descrito até aqui fica evidente a importância de planejar uma
obra. Mattos (2010) enumera os benefícios alcançados quando realizado um planejamento
eficaz:
• Conhecimento pleno da obra: O profissional necessitará fazer o estudo de todos os
projetos, definir cada detalhe executivo, considerar a produtividade dos operários e definir o
tempo de trabalho, caso isso não seja previamente planejado não haverá tempo hábil para
análises e tomadas de decisões mais assertivas.
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O planejamento de uma obra pode ocorrer em alguns níveis e com período de tempo
definido, pode ser planejado por fases ou a obra por completo. Por conseguinte, o planejamento
pode ser desenvolvido para curto prazo ou tático, médio prazo ou operacional, e longo prazo
ou estratégico.
Como proferem Ballard e Tommelein (2016), existem o planejamento de longo, fase,
médio e curto prazo. O de longo prazo, gerencia as grandes etapas da construção, as principais
atividades do empreendimento. Com baixo detalhamento pela ausência de informações sobre a
duração exata destas atividades e ofertas dos recursos. A fase é o nível intermediário entre o
longo e o médio prazo, às atividades que vão ser concretizadas são dissecadas das principais.
O de médio prazo são assinaladas e retiradas as restrições a fim de facilitar a execução
das atividades definidas no planejamento de fase. Nesse nível é delineado o encadeamento dos
serviços e definida a logística para executá-los. Por último, no de curto prazo os trabalhos que
estão para ser executados são inclusos nos planos de curto prazo, comumente ciclos de uma
semana, cujo objetivo é guiar os operários na construção, com orientações para execução da
obra e detalhamento das atividades (BALLARD; TOMMELEIN, 2016).
Silva (2011, p. 30) reitera ao afirmar que:
Portanto, o planejamento deve ser feito com uma óptica tanto geral quanto particular,
pensar na obra como um todo (produto final) e em cada processo e subprocesso (produtos
intermediários) necessários para sua concretização. Caso contrário, a deficiência do
planejamento pode trazer consequências desastrosas para uma obra e, por extensão, para a
empresa que a executa. Um descuido em uma atividade pode acarretar atrasos e escalada de
custos, assim como colocar em risco o sucesso do empreendimento (MATTOS, 2010).
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São diversas as fases de construção de uma edificação desde a preparação do terreno até
a limpeza final e entrega ao cliente, e essas etapas ainda são divididas em subetapas. Algumas
dessas fases possuem projeto, como é o caso da elétrica, hidrossanitário, estrutura, arquitetura,
e todos esses devem ser de conhecimento integral daquele que vai realizar o planejamento da
construção.
Antes de gerenciar é necessário conhecer o projeto, definido por Gray e Larson (2010,
p. 05) como “um projeto é um esforço único, complexo e não rotineiro limitado por tempo,
orçamento, recursos e especificações de desempenho criadas de acordo com as necessidades do
cliente”.
Na NBR 5674 (ABNT, 1999, p. 2), projeto tem por conceito “a descrição gráfica e
escrita das características de um serviço ou obra de Engenharia ou de Arquitetura, definindo
seus atributos técnicos, econômicos, financeiros e legais”.
Eastman et al. (2014, p. 152) complementam, “o projeto é a atividade em que a maior
parte da informação sobre um empreendimento é inicialmente definida e em que a estrutura
documental é organizada para a adição das informações em fases posteriores”.
Gray e Larson (2010) descrevem as principais características de um projeto, objetivo
estabelecido, período de validade definido (início e fim), participação de diversos
departamentos e profissionais, elaboração de algo inovador, tempo, custos e requerimentos de
desempenho específicos.
Logo, o projeto deve seguir normas e diretrizes regulamentares estabelecidas por setores
competentes a fim de assegurar segurança e qualidade de vida aos usufruintes, além de respeitar
as peculiaridades de cada cliente, limite orçamentário, tempo de entrega, intenção de uso, dentre
outras.
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Silva (2011) afiança que o gerenciamento como projeto provém desde a antiguidade,
com as construções das pirâmides do Egito por arquitetos, faraós, com uso da matemática e
métodos construtivos eficazes que surpreendem até hoje. Afirma ainda que quanto disciplina o
gerenciamento de projetos surgiu nos Estados Unidos na década de 50.
A autora define gerenciamento como: “Gerenciamento nada mais é que direcionar,
organizar, executar e elaborar projetos pelas organizações no intuito de introduzir inovações e
mudanças aos mesmos, agregando valor, otimizando prazos e recursos” (SILVA, 2011, p. 21).
Aldabó (2001) reitera que gerenciamento de projetos incide em planejar, programar e
controlar as tarefas, com vista no alcance dos objetivos estabelecidos no projeto, e enquanto a
gerência e gerenciamento ocorre apenas uma vez as demais atividades são repetitivas. À vista
disso, o gerenciamento é totalmente necessário e complementar ao planejamento, pois é por
meio desse controle que o planejamento é atualizado.
insumos e equipes de trabalho). Controlam padrões produtivos da obra tais como inspeção da
qualidade dos materiais e insumos utilizados, orientação sobre especificação, fluxo e
movimentação dos materiais e sobre medidas de segurança dos locais e equipamentos da obra.
Administram o cronograma da obra.
• Pedreiros: Organizam e preparam o local de trabalho na obra; constroem fundações e
estruturas de alvenaria. Aplicam revestimentos e contrapisos.
• Serventes: Demolem edificações de concreto, de alvenaria e outras estruturas; preparam
canteiros de obras, limpam a área e compactam solos. Efetuam manutenção de primeiro nível,
limpam máquinas e ferramentas, verificam condições dos equipamentos e reparam eventuais
defeitos mecânicos nos mesmos. Realizam escavações e preparam massa de concreto e outros
materiais.
• Encanadores: Operacionalizam projetos de instalações de tubulações, definem
traçados e dimensionam tubulações; especificam, quantificam e inspecionam materiais;
preparam locais para instalações, realizam pré-montagem e instalam tubulações. Realizam
testes operacionais de pressão de fluidos e testes de estanqueidade. Protegem instalações e
fazem manutenções em equipamentos e acessórios.
• Gesseiros: Preparam ferramentas, equipamentos, materiais e selecionam peças de
acordo com o projeto de decoração. Fabricam e recompõem placas, peças e superfícies de gesso.
Revestem tetos e paredes e rebaixam tetos com placas de painéis e gesso. Realizam decorações
com peças de gesso e montam paredes divisórias com blocos e painéis de gesso.
• Carpinteiros: Planejam trabalhos de carpintaria, preparam canteiro de obras e montam
formas metálicas. Confeccionam formas de madeira e forro de laje (painéis), constroem
andaimes e proteção de madeira e estruturas de madeira para telhado. Escoram lajes de pontes,
viadutos e grandes vãos. Montam portas e esquadrias. Finalizam serviços tais como desmonte
de andaimes, limpeza e lubrificação de formas metálicas, seleção de materiais reutilizáveis,
armazenamento de peças e equipamentos.
• Armadores: Preparam a confecção de armações e estruturas de concreto e de corpos de
prova. Cortam e dobram ferragens de lajes. Montam e aplicam armações de fundações, pilares
e vigas. Moldam corpos de prova.
• Pintores: Pintam as superfícies externas e internas de edifícios e outras obras civis,
raspando-as amassando-as e cobrindo-as com uma ou várias camadas de tinta; revestem tetos,
paredes e outras partes de edificações com papel e materiais plásticos e, para tanto, entre outras
atividades, preparam as superfícies a revestir, combinam materiais, etc.
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Mattos (2010) pronuncia que incide no identificar das atividades que comporão o
planejamento, logo as atividades que irão integrar o cronograma da edificação. Requer muita
atenção, já que a ausência de algum serviço tornará o cronograma incompleto e impróprio, no
futuro os atrasos e complicações serão percebidos.
A identificação das atividades pode ser realizada por meio de uma EAP (Estrutura
Analítica do Projeto), assim descrita por Vargas (2009, p.201) “é a ferramenta de gerenciamento
do escopo do projeto. Cada nível descendente do projeto representa um aumento no nível de
detalhamento do projeto, como se fosse um organograma. O detalhamento pode ser realizado
até o nível desejado, apresenta dados genéricos ou detalhados. A Figura 1 mostra um exemplar
de EAP.
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“Toda a atividade do cronograma precisa ter uma duração associada a ela a duração é a
quantidade de tempo — em horas, dias, semanas ou meses — que a atividade leva para ser
executada” (MATTOS, 2010, p. 47). O mesmo autor ainda afirma que algumas atividades,
como a cura do concreto, possuem duração fixa e algumas dependem apenas da quantidade de
mão de obra.
Para calcular a duração de cada atividade Mattos (2010) aponta a Equação 2.1.
Ainda cabe salientar que quem planeja deve definir, a depender das condições de cada
obra a relação entre o prazo e a equipe, cuja relação é inversamente proporcional, para diminuir
o prazo aumenta-se a equipe e o contrário é válido.
Outra forma para definir a duração das atividades é a análise PERT (Program
Evaluation and Review Technique) “onde a duração de cada atividade é calculada através da
estimativa da duração otimista, pessimista e mais provável da atividade. A duração única final
da atividade será determinada através da média ponderada das três estimativas” (VARGAS,
2009, p. 208).
Para calcular a duração de cada atividade por meio da PERT são atribuídos pesos para
cada tipo de duração. Vargas (2009) afirma que esses pesos variam de projeto para projeto,
porém o mais comum é que a otimista receba peso 1, a provável peso 4 e a pessimista peso 1,
em vista disso, o autor apresenta a Equação 2.2:
Uma atividade que comece ou finalize antes que outra atividade possa começar é
chamada predecessora. Uma atividade que dependa do início ou do final de outra
atividade é chamada sucessora.
Além das dependências, as atividades podem ter atrasos ou adiantamentos
intencionalmente provocados, de modo a permitir um intervalo de tempo entre a
predecessora e a sucessora, ou até mesmo uma sobreposição entre elas (VARGAS,
2009, p. 213).
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No método das flechas (ou ADM - Arrow Dicgramming Metbod) as atividades são
representadas por flechas (setas) orientadas entre dois eventos, que são pontos de
convergência e divergência de atividades. Toda seta parte de um evento e termina em
outro e não pode haver duas atividades com o mesmo par de eventos de começo e de
término.
34
“No método dos blocos (ou PDM - Precedente Diogramrrting Method), as atividades
são representadas por blocos ligados entre si por flechas que mostram a relação de
dependência”.
De acordo com o mesmo autor essa representação é a mais antiga técnica de gerir
projetos e foi desenvolvida por Henry Gantt com fins militares e estratégicos. As vantagens
desse modelo são a facilidade de entendimento, visualizar atrasos e bem definição da escala de
tempo, e as desvantagens, inadequado para projetos grandes, dificuldade na visualização das
dependências e pouca informação relativo à reação quanto a mudanças no escopo do projeto
(VARGAS, 2009).
As atividades não integrantes do caminho crítico não influenciam diretamente na
duração do projeto até certo ponto, pois como afiança Mattos (2010) essas atividades usufruem
de um maior tempo de execução além do que é realmente determinado, suas datas iniciais e
finais são limitadas apenas pelas suas sucessoras e predecessoras. O tempo extra a que essas
atividades dispõem são as chamadas folgas.
As principais aplicações dos modelos BIM: (a) a visualização do projeto; (b) a criação
de desenhos para fabricação/venda, pois se torna fácil criar desenhos de vários pontos
de vista uma vez que o modelo está completo; (c) utilização dos modelos BIM em
revisões de projetos de construção, como, por exemplo, de prevenção de incêndios;
(d) estimativa de custos, através da geração automática de dados dos modelos; (e)
visualização do sequenciamento de construção; (f) detecção de conflitos,
interferências; (g) análise gráfica de possíveis falhas; (h) gestão de facilidades,
utilizando o modelo para reformas, planejamento do escopo e operações de
manutenção (BORTOLINI, 2015, p. 51 apud AZHAR, 2011).
De Almeida (2015, p. 9) afirma que o BIM possui três termos chaves e os define da
seguinte maneira:
"Precisão". Todos os modelos digitais, para cada uma das especialidades, fornecem
informações precisas que podem então ser reexploradas para reduzir os custos de
manutenção num projeto, por exemplo. "Reutilização". Criar um modelo digital
permite uma otimização da construção e uma melhoria na gestão de custos, não é um
fim em si mesmo. Os dados também podem ser “alimentados” de volta por forma a
otimizar a vida plena do edifício. "Acessibilidade". O BIM é um processo digital
desenvolvido tendo em conta a atualidade, nomeadamente com a existência da nuvem,
permitindo o acesso e uma exploração de dados de construção em qualquer lugar e a
qualquer hora.
Biotto, Formoso e Isatto (2015) anunciam que na sua maneira mais simplória, um
exemplar 4D pode ser formado somente por meio da agregação dos componentes de um modelo
3D (arquitetado por meio de CAD entre outros) e os cronogramas de sua construção ou
demolição. Junta-os de acordo com o andamento da obra, e visualiza-os com a ativação ou
desativação com uso de filtros que exemplificam o progresso da construção.
O processo de modelagem pode ser realizado de duas maneiras principais, por meio de
tecnologia CAD, onde entra-se com desenho em duas dimensões e o plano, posteriormente são
transformados em 3D conforme constrói, liga e desliga layer do modelo para criação das etapas
construtivas ao longo do tempo; e por meio de ferramentas BIM/3D, nas quais se entra com o
modelo BIM ou 3D e o plano, na modelagem ambos são manipulados e reagrupados, o 3D são
atividades executivas e as do plano em construção, demolição ou temporária, os membros 3D
são enfim ligados as tarefas do plano (EASTMAN et al., 2014).
Na Figura 11 é ilustrado como ocorre os processos criativos da modelação 4D tanto no
âmbito CAD 4D quanto no BIM 4D.
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Monteiro et al. (2017, p. 57) dizem que “a plataforma BIM permite a interação de
diversos projetos, analisa-os tridimensionalmente e organiza-os, fazendo com que não haja um
elemento no mesmo espaço que outro. Esse é seu diferencial da plataforma CAD, que
desenvolve apenas uma representação em linhas do desenho.
Como, geralmente, em tudo existem lados negativos, com o BIM não é diferente, a
seguir são descritos alguns desafios no que se refere a implementação do uso da modelagem
BIM 4D na construção civil. Biotto (2012) enumera dois grupos de barreiras encontrados em
sua pesquisa (ilustrado na Figura 12): 1) barreiras econômicas e organizacionais – impacto
econômico sem determinação; inércia, ausência de atitude e conhecer das empreses
construtoras; escassa mão de obra com treinamento; custo, apesar de alguns autores
discordarem e verem que os custos têm caído com o tempo; nova forma de trabalhar em equipe,
exige a colaboração entre os participantes. E 2) barreiras técnicas – tempo requerido para
construir um modelo, a depender de sua complexidade; simplificação do modelo, o projeto é
um agregado de ideias dos envolvidos e deve ser de simples entendimento para todos;
interoperabilidade, necessária para o fluxo de informações entre os softwares; interface visual,
47
Muitos acreditam que BIM é um software, mas isso não é correto. BIM quer dizer
Modelagem da Informação da Construção de um Edifício. Existem diversos softwares
que trabalham com o BIM (cerca de 150 homologados pela Building Smart). Cada
produto apresenta características e capacidades distintas, tanto em relação aos
sistemas orientados ao projeto quanto às ferramentas de produção BIM. Dessa forma,
a escolha de um software afeta as práticas de produção, interoperabilidade e as
48
Poças (2015) complementa, que os softwares podem ser separados em duas categorias,
os que tem por competência a criação dos modelos BIM e os que tem por função auxiliar o
projeto em alguma etapa de seu ciclo de vida. A primeira categoria inclui o Revit, Archicad,
Bentley, Cype e Tekla. Já na segunda categoria, enquadra-se o Vico Office, usado em
medições, planejamento e controle de custo e o Solibri, visualizador e avaliador de qualidade.
No mais, este grupo ainda engloba, o Ecotec e o Green Building Studio mais direcionados à
análise energética.
A Figura 13 mostra alguns softwares BIM utilizados nas diversas etapas do ciclo de vida
do projeto, logo, sua funcionalidade, e suas respectivas empresas fornecedoras:
3. METODOLOGIA
Mediante os passos desenvolvidos nesta pesquisa sua metodologia pode ser classificada
levando em consideração alguns parâmetros. Em primeiro lugar ela é classificada quanto sua
natureza como aplicada, pois procura gerar conhecimento para aplicações práticas direcionadas
a problemas específicos (PRODANOV e FREITAS 2013), busca propor métodos de
planejamento de obras.
Quanto ao que objetiva é vista como exploratória, por apresentar o máximo de
informações acerca do tema a fim de aperfeiçoar ideias e encontrar opiniões, definida por Gil
(2002) como pesquisas que buscam familiarizar o problema, explicita-o e possibilita a criação
de hipóteses, cujo alvo é aprimorar ideias ou descobrir opiniões.
Com base em seu delineamento, procedimentos de coleta dos dados, a pesquisa é
considerada como bibliográfica, uma vez que foram consultadas teorias existentes como artigos
científicos, teses de mestrado e doutorado, e livros. Esse tipo de pesquisa é fundamentado em
material já publicado como livros, revistas, artigos científicos, monografias, dissertações, teses
(PRODANOV e FREITAS 2013).
Ainda com base no seu delineamento, a pesquisa é classificada como estudo de caso,
visto que realiza e analisa planejamentos para uma edificação de pequeno porte. Gil (2002)
menciona que o estudo de caso compreende o estudo aprofundado e exaustivo de um ou poucos
objetos para conhecimento amplo e detalhado. Consiste na coleta e análise de informações sobre
algum indivíduo, ou grupo, a procura de seus aspectos relacionados com a pesquisa
(PRODANOV e FREITAS 2013).
Quando o parâmetro é a forma de abordagem do problema sua classificação é a
qualitativa, Prodanov e Freitas (2013) afirmam que o ambiente é a fonte direta de dados e estes
são interpretados e significados, eles não necessitam ser quantificados nem tratados
estatisticamente.
térreo e superior. No primeiro pavimento (Figura 14) se encontram os seguintes espaços: área
externa, cozinha, duas salas, dois banheiros, quarto, circulação e casa de máquinas, já no
segundo (Figura 15): dois banheiros e auditório.
3.2.1 Modelação 3D
Em primeiro lugar o projeto foi modelado no Revit em 3D, como é possível averiguar
na Figura 16, a vista de alcançar os objetos de modelá-lo posteriormente no BIM 4D. Os objetos
foram nomeados de acordo com as tarefas de planejamento para serem atribuídas corretamente
e evite incompatibilidades e erros futuramente.
O próximo passo foi a realização da identificação das atividades por meio da montagem
de uma estrutura analítica de projeto (Tabela 3). Esta é organizada em etapas e subetapas que
compõem a execução do projeto.
52
Etapas Subetapas
Serviços Preliminares Limpeza do terreno
Escavação
armação
Fundação
Fôrma
concretagem
Fôrma
Pilares Superior Armação
Concretagem
Fôrma
Pilares Térreo Armação
Concretagem
Fôrma
Estrutura Vigas Superior Armação
Concretagem
Fôrma
Vigas Térreo Armação
Concretagem
Fôrma
Lajes treliçadas Armação
Concretagem
Marcação Superior
Execução Superior
Alvenaria
Marcação Térreo
Execução Térreo
Estrutura de madeira
Cobertura
Telhamento
Hidráulica Superior
Sanitária Superior
Elétrica Superior
Instalações
Hidráulica Térreo
Sanitária Térreo
Elétrica Térreo
Impermeabilização Superior
Impermeabilização
Impermeabilização Térreo
Contrapiso Superior
Contrapiso
Contrapiso Térreo
Chapisco Superior
Emboço Superior
Reboco Superior
Revestimento interno
Chapisco Térreo
Emboço Térreo
Reboco Térreo
PVC Superior
Forro
PVC Térreo
Chapisco Superior
Revestimento externo Emboço Superior
Reboco Superior
53
Chapisco Térreo
Emboço Térreo
Reboco Térreo
Parede Superior
Piso Superior
Revestimento Cerâmico
Parede Térreo
Piso Térreo
Portas Superior
Janelas Superior
Esquadrias
Portas Térreo
Janelas Térreo
Pintura Externa Tinta Acrílica, selador e duas demãos
Vidros, louças e metais Louças e metais
Pintura Interna Tinta Acrílica, selador e duas demãos
Limpeza final Limpeza
Tabela 3: EAP do projeto.
Fonte: O autor.
A produtividade da mão de obra que executa cada tarefa foi encontrada na 13ª edição
do livro TCPO – Tabelas de Composição de Preços para Orçamentos – (2010) que é organizada
em paralelo com a MasterFormat, utilizada nos Estados Unidos e Canadá, e atribui para cada
atividade códigos que descrevem a atividade a ela pertencente. Os dois primeiros dígitos
representam a divisão (etapa da obra à qual a tarefa pertence), os três seguintes subdivisão
(subetapas que a tarefa pertence), após esse a natureza do item (diz a que grupo o item pertence,
se é serviço, mão de obra, verba, dentre outros), o próximo dígito é o tipo (o nome do material,
56
serviço), e por fim, os dois últimos dígitos é o item (descreve o item, suas dimensões tipo de
componentes usados na confecção).
Para concretizar o entendimento a seguir são apresentas algumas figuras que permitem
a visualização de algumas tarefas com sua respectiva codificação e índice de produtividade. A
Figura 21 mostra o índice de produtividade do servente quando escava manualmente um solo
de primeira categoria (solos em geral, exceto rocha) com profundidade de até 2 metros. A
Figura 22 expõe o índice de produtividade do pedreiro e servente executores da alvenaria com
blocos furados inclusos a produção de insumos, e por fim, a Figura 23 apresenta o índice de
produtividade do servente quando realiza a limpeza geral no fim da obra.
1
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = (3.1)
Índice de produtividade
0,060 16,667
armação
0,060 16,667
Fundação 0,806 1,241
Fôrma
0,202 4,950
1,650 0,606
concretagem
9,000 0,111
Agora, com os dois termos necessários para o cálculo da duração, pode-se efetuá-lo,
isso resulta na Tabela 5.
58
16,667 17,424
armação 290,4
16,667 17,424
Fundação 1,241 3,627
Fôrma 4,5
4,950 0,909
0,606 8,316
concretagem 5,04
0,111 45,36
Etapas Subetapas Equipe Qtd de Operários Duração (dias) Duração Provável (dias)
Serviços Preliminares Limpeza do terreno Servente 3 2,247458333 2
Armador 2 1,089
armação 1
Ajudante 2 1,089
Fundação Carpinteiro 1 0,453375
Fôrma 1
Ajudante 1 0,113625
Pedreiro 1 1,0395
concretagem 1
Servente 3 1,89
O cronograma foi realizado de três maneiras distintas. A primeira por meio do Excel
(planejamento sem modelação 4D), a segunda por meio do MsProject e Revit (planejamento
4D tradicional) e por fim, por meio do Naviswork (planejamento BIM 4D).
No Excel, software que não é especifico para planejamento e sim um editor de planilhas,
foi feita uma tabela onde as colunas definem a duração em dias, semanas e meses e as linhas os
pavimentos da construção. Ao longo do tempo insere as atividades com suas respectivas
durações, cada atividade é representada por uma cor mostrada na legenda, como mostra a
Tabela 7.
Meses 1
Semanas 1 2 3
Dias 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Pav. Térreo
Pav. Superior
Cobertura
Legenda
Serv Prel.
Fundação
Estrutura
Alvenaria
Cobertura
Contrapiso
Elétrica
Tabela 7: Cronograma de Gantt no Excel.
Fonte: O autor.
4- RESULTADOS E DISCUSSÃO
O planejamento sem uso da modelagem 4D foi realizado no Excel, que não é específico
para planejamentos de obras, como já mencionado, mas que é utilizado e atende bem ao
propósito, porém, encontra-se algumas dificuldades em relação aos outros dois tipos de
planejamento.
A obra foi dividida em 19 atividades e cada atividade foi representada por uma cor
distinta (Figura 26), e esse trabalho deve ser realizado de maneira manual, esse é o primeiro
empecilho dessa maneira de planejar, por mais que haja uma vasta quantidade de cores no
programa algumas diferenciam apenas no tom o que pode acabar confundindo as atividades,
além disso, a procura de cores distintas acaba por demandar uma grande quantidade de tempo.
5- CONCLUSÕES
comunicação entre as ferramentas, além de apresentar algumas destas ferramentas que podem
ser utilizadas para modelação no BIM 4D.
Foi proposto ainda um estudo de caso de uma edificação de pequeno porte localizada
na cidade de Tucano-BA, e os softwares Excel, MsProject, Revit e Navisworks foram utilizados
para desenvolver os planejamentos da obra propostos nos objetivos. Para a definição das
durações das atividades foi averiguado a TCPO 13 e para a escolha adequada dos profissionais
foi respeitada as funções da CBO e da Lei n° 5.194, de 24 de dezembro de 1966.
Portanto, essa obra tem uma significativa relevância perante o campo da construção civil
sustentável que busca inovações nos métodos construtivo, tecnológicas, na maneira de
pensar/planejar, flexibilidade, menor agressividade ao ambiente, pensamento nas futuras
gerações, materiais e energias alternativos e renováveis, e economicamente viável.
Por fim, para futuros trabalhos que envolvam esta temática é sugerido o avanço no uso
das demais dimensões do BIM (5D, 6D e 7D) e acompanhamento de uma obra planejada,
realizar as alterações necessárias no planejamento e analisar o comportamento do projeto,
comparar o modelo 3D com a obra, no que diz respeito as atividades e suas porcentagens já
executadas em datas específicas.
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REFERÊNCIAS
BAIA, Denize Valéria Santos. Uso de ferramentas BIM para o planejamento de obras da
construção civil. Distrito Federal: 2015. 99 p. Dissertação (mestrado em estruturas e
construção civil) – Universidade de Brasília. Faculdade de Tecnologia. Departamento de
Engenharia Civil e Ambiental.
BALLARD, G.; TOMMELEIN, I. Current process benchmark for the Last Planner System.
Lean Construction Journal, Berkeley, p. 57-89, 2016.
2022/2019/decreto/D9983.htm#:~:text=DECRETO%20N%C2%BA%209.983%2C%20DE%
2022,que%20lhe%20confere%20o%20art.>. Acesso em: 5 de abr. de 2021.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua
portuguesa. 3 ed. totalmente rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª edição. São Paulo: Atlas,
2002.
70
MATTOS, Aldo Dórea. Planejamento e controle de obras. São Paulo: Pini, 2010.
PERETTI, Luiz Celso, et al. Princípios de construção enxuta em empresa de pequeno porte
em Guarulhos (SP). Revista Organizações em Contexto, v. 12, n. 23, p. 261-285, jan/jun.
2016. ISSN 1982-8756.
TCPO. Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos. 13ª Ed. São Paulo: PINI,
2010.
71
TERMO DE RESPONSABILIDADE
Eu, Edilene Jesus do Nascimento, declaro inteira responsabilidade pela revisão da Língua
a ser entregue por Cleisson Reis Miranda, acadêmico do curso de Engenharia Civil.
Assinatura do revisor
73
TERMO DE RESPONSABILIDADE
Eu, Érica Tereza Pimentel Guimarães, declaro inteira responsabilidade pela tradução do
Resumo (Abstract/Resumen/Résumé) referente ao Trabalho de Conclusão de Curso
(Monografia), intitulada:
PLANEJAMENTO DE OBRAS DE PEQUENO PORTE POR MEIO DA
METODOLOGIA BIM 4D:
Estudo de caso em edificação na cidade de Tucano (BA)
a ser entregue por Cleisson Reis Miranda, acadêmico (a) do curso de Engenharia Civil.
Assinatura do tradutor