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APARECIDA DE GOIÂNIA-GO
2018
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE GOIÀS - IFG
CAMPUS APARECIDA DE GOIÂNIA
DEPARTAMENTO DE ÁREAS ACADÊMICAS
CURSO BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL
APARECIDA DE GOIÂNIA-GO
2018
RESUMO
In construction, construction sites must provide workers with safety and productivity to
the works in order to have success and operational development and efficiency methods.
This is the reason for the research work of course completion aiming at productivity and
quality of services, as a way to promote the effectiveness of the procedures, following a
line of thinking where planning and controlling the construction sites has given
satisfactory results, to increase to the quality and management. In this, we will also show
that the compatibility of the projects and the sustainable constructive alternatives in
works make the difference, when it comes to bringing productivity to the construction
sites. The work was developed in two stages where the first one through a refined
bibliographical research, we put in question data and pertinent articles showing the
effectiveness in theoretical research. The second part carried out a field research
showing through spreadsheets and data of work diary, and intensifying the control of the
work through schedules and performance charts.
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 8
1.1 PROBLEMATICA ................................................................................. 9
1.2 JUSTIFICATIVAS DE PESQUISA ........................................................ 9
1.3 OBJETIVOS............................................................................................ 10
1.3.1. Objetivo geral ................................................................................. 10
1.3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................... 11
2. OS CANTEIROS DE OBRAS E AS FASES DO PLANEJAMENTO
OPERACIONAL ............................................................................................... 12
2.1 CONDIÇÕES BÁSICAS SOBRE LAYOUT DO CANTEIRO DE
OBRAS ......................................................................................................... 13
2.1.1 Tipos de canteiros de obra ............................................................ 15
2.2 PLANEJAMENTO DO CANTEIRO DE OBRAS ..................................... 17
2.2.1 O que é planejamento no canteiro de obra .................................. 17
2.2.2 A importância de um planejamento .............................................. 17
2.2.3 Os benefícios do planejamento ..................................................... 18
2.2.4 As deficiências das empresas ....................................................... 20
2.2.5 As causas das deficiências de planejamento .............................. 20
3. LOGÍSTICA NOS CANTEIROS DE OBRAS ............................................... 23
3.1 LOGÍSTICA APLICADA AO CANTEIRO DE OBRAS ........................... 23
3.2 A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA NA DISTRIBUIÇÃO DO LAYOUT DE
CANTEIROS ................................................................................................. 24
3.3 DISTRIBUIÇAO DO CANTEIRO DE ACORDO COM A FASE DA
OBRA ........................................................................................................... 25
3.4 CANTEIROS DE OBRAS SUSTENTAVEIS E OS SEUS ELEMENTOS
CONSTRUTIVOS EM OBRAS ..................................................................... 26
4. PLANEJAMENTO DE INCORPORAÇAO LIGADO AO PLANEJAMENTO
OPERACIONAL ............................................................................................... 32
4.1 A IMPORTÂNCIA DE TODOS OS PROJETOS ESTAREM PRONTOS
ANTES DO COMEÇO DA OBRA ................................................................. 32
4.2 O CRONOGRAMA É A BASE DO PLANEJAMENTO ........................... 32
4.3 CRONOGRAMA DE GANTT .................................................................. 33
4.4 O CRONOGRAMA INTEGRADO GANTT-PERT/CPM .......................... 34
4.4.1 Objetivo do método PERT/CPM ..................................................... 36
4.5 CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO ................................................. 37
4.6 SUPRIMENTOS E PRODUÇÃO NO CANTEIRO DE OBRAS ............... 38
5. PLANEJAR A DISTRIBUIÇAO DE MÃO DE OBRA ................................... 39
5.1 A IMPORTÂNCIA DA PREVISÃO DE PRODUTIVIDADE DE MÃO DE
OBRA ........................................................................................................... 39
5.2 CÁLCULO DE QUANTIDADE DE FUNCIONÁRIOS NECESSÀRIOS À
MÃO DE OBRA ............................................................................................ 42
5.3 AVALIAR AS CONTRATAÇÕES PARA REDUZIR GASTOS ............... 43
5.4 REMUNERAÇÃO FINANCEIRA E MOTIVAÇÃO .................................. 45
6. METODOLOGIA .......................................................................................... 47
6.1 LISTA DE VERIFICAÇÃO (Check-List) ................................................ 48
6.2 OBTENÇÃO DE DADOS NAS OBRAS ................................................. 48
6.3 ENTREVISTA ......................................................................................... 49
6.4 REGISTROS FOTOGRÁFICOS ............................................................. 49
7. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................... 50
7.1 ESCLARECIMENTOS SOBRE INFORMAÇÕES ADOTADAS ............. 50
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 66
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 67
8
1. INTRODUÇÃO
Uma das principais causas da insatisfação dos clientes é o atraso de entrega de uma
obra, geralmente relacionado ao planejamento, que muitas vezes na prática somente se
resume ao cronograma e orçamento da obra, e deixa-se de lado o processo de produção,
associando-se a grandes perdas, baixas produtividade, e grande desperdício de tempo e
dinheiro.
1.1 PROBLEMATICA
A construção civil torna se cada vez mais racionalizada e precisa nos processos
operacionais, devido à industrialização e a tecnologia operacional empregada por países
desenvolvidos, notórios em gerenciar e planejar métodos construtivos. O Brasil, contudo,
ainda está deficitário na ênfase de planejar e construir com a racionalidade devida, pois a
maioria das construtoras ignora a relevante etapa de projetar seus canteiros de obra, de
produzir sem gastar desordenadamente materiais e de usar técnicas construtivas mais
adequadas ao método construtivo.
Planejar sem reavaliar os detalhes de layouts dos canteiros de obra, torna o processo
devidamente confuso. Geralmente a pressa sem o planejamento, pode se tornar algo muito
dispendioso no futuro da construção, em termos de sequência operacional no canteiro de
obras, o que pode gerar atrasos e posteriormente, prejuízos.
1.3 OBJETIVOS
O terceiro passo é a preparação dos planos. Essas são baseadas na avaliação das
informações coletadas na fase anterior. Geralmente, são utilizadas técnicas de planejamento
e programação de recursos, como diagrama de Gantt, técnicas de rede, dentre outras
(LAUFER & TUCKER, 1987).
O quarto caminho a ser seguido é a difusão da informação. Essa deve ser transmitida
de acordo com as necessidades de seus usuários e o responsável pelo planejamento na
empresa deve discernir quem deve recebê-las e qual seu formato necessário (LAUFER &
TUCKER, 1987).
Planejar e projetar um canteiro de obras, visa obter uma melhor disposição do espaço
físico disponível, em uma determinada fase de produção, passando aos trabalhadores
segurança e organização, com a integração de homens e máquinas no canteiro de obra e
minimizando deslocamento de materiais, desperdício em remanejamentos e retrabalhos
(Figura 1).
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Assinala Moore (1962), que um projeto de layout ótimo é aquele que satisfaz ao
máximo todas, ou a maioria das partes envolvidas, resultando nos seguintes objetivos: a)
simplificação total; b) minimizar custos de movimentação de materiais; c) implementar alta
rotatividade de trabalho em processo; d) prover a efetiva utilização do espaço; e) prover a
satisfação e segurança do trabalhador; f) evitar investimentos desnecessários de capital; g)
estimular a efetiva utilização da mão de obra.
2. Cronograma físico;
3. Cronograma de compras;
Segundo Illingworth (1993) com relação à tipologia, os canteiros de obras podem ser
divididos em três tipos: restritos, amplos e longos e estreitos. Os canteiros restritos podem ser
encontrados com maior frequência nos grandes centros das cidades ou onde o custo por área
construída é mais elevado, um exemplo neste caso são as edificações que ocupam
geralmente o terreno total na tentativa de aproveitar o máximo de lucro.
O planejamento e o controle nas obras permitem uma visão sistêmica real da obra,
onde decisões são mais agilizadas, como: mobilização e redirecionamento de frentes de
serviço, aumento operacional, melhorias de processos construtivos, terceirização de serviço,
este quando for vantajoso ao processo, substituição e desmobilização operacional e de
implementos pouco produtivos, etc.
Segundo Rosana Leal (2012), por não saber o quanto irá ganhar ou perder, as
construtoras ainda não se convenceram da importância da logística de produção. O
planejamento logístico e racional é a melhor maneira de evitar deficiências operacionais,
contudo exige dedicação em todos os âmbitos da construção.
Pode-se notar que no mundo da construção civil recente, ainda há falhas como o
despreparo de execução racionalizada, a falta e a ineficiência de planejamento operacional
de obras. Obras de pequeno e médio portes, que muitas vezes estagnadas em
desenvolvimento, utilizam profissionais autônomos e com modelos construtivos informais, ou
seja, sem seguir procedimentos de execução, métodos construtivos, o próprio controle de
obras e planejamento operacional.
O planejamento deve ser proposto como um exercício técnico de tentar prever dentro
de um verdadeiro cenário os impactos das operações em obra. Dúvidas, com o passar do
tempo vão sendo distribuídas e reunidas por meio de alterações e adaptações, otimizando a
busca de produtividade dos serviços e fazendo a obra se tornar menos onerosa.
O canteiro de obra difere de outros tipos de trabalhos, neste não há soluções prontas,
rápidas ou fáceis. Isso se deve ao grande número de variáveis envolvidas em cada projeto.
Contudo, existem princípios básicos, que ajudam a nortear no planejamento, que ao aplicado
com muito critério e bom senso, leva a construção a uma expectativa satisfatória (VIEIRA,
2006).
Nos dias de hoje, onde tudo é bem informatizado e rastreado é difícil pensar em um
canteiro produtivo sem a aplicação de uma logística. O recebimento de materiais, transporte
e aplicação deve ser planejado antes mesmo da compra.
Logística nada mais é que planejamento operacional. É preciso estudar a obra, olhar
ao entorno da obra, estudar os fornecedores, equipamentos, e acabar com o tradicional
‘quando acontecer a gente resolve’, contudo, logística também é estratégia (ROSANA LEAL,
2012).
O conceito de logística, nada mais é, que planejar e realizar projetos, e está ideia
aplica-se no canteiro de obra. Exige estudo e dedicação de conhecimento amplo de projetos
e espaço disponível. Planejar a entrada e saída de materiais é um dos itens extremamente
importante, assim como a escolha de materiais e equipamentos necessários, contemplando
seu posicionamento.
Estimar o pico máximo de operários na obra para saber a área de vivencia que deve
ser disponível.
É importante que se faça uma listagem para cada fase da obra de todos os elementos,
sejam para estoque de equipamentos, materiais, locais para processamento e
estocagem.
Analisar o quantitativo a ser utilizado na obra, prevendo áreas para ser estocadas,
partindo do pico máximo.
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Para falar sobre distribuição de canteiro de acordo com a fase da obra e necessário
entender sobre programação de serviço. Segundo Mattos (2010), a programação liga o setor
de planejamento com o de produção. A programação deve ser seguida à risca, servindo de
agenda do projeto. A mesma serve como um filtro de atividades, a fim de mostrar as atividades
de acordo com cada dia, mês e ano.
Para Maia, Souza (2003), definem como o “local no qual se dispõem todos os
recursos de produção (mão-de-obra, materiais e equipamentos), organizados e distribuídos
de forma a apoiar e a realizar os trabalhos de construção, observando os requisitos de gestão,
racionalização, produtividade e segurança/conforto dos operários”.
FIGURA 10 – Forma de apresentação e definição dos termos da estratégia para implantação de um canteiro
de obras mais sustentável
FONTE: Araújo (2009, p.170)
Em cada uma destas são propostas preocupações, entendidas como “onde agir”.
Para cada preocupação são apresentados requisitos, ou seja, “condições para se alcançar
determinado fim”. Dentro de cada requisito são propostas ações, classificadas como: Básica
(B), Intermediária (I) ou Superior (S) em função de sua complexidade.
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Essa avaliação é feita por níveis, sendo as escalas: nível Base (B) - critérios
baseados em indicadores normalizados ou regulamentares, ou correspondentes às práticas
usuais; nível Intermediário (I) - critérios superiores aos das práticas usuais; nível Superior (S)
- critérios definidos a partir das melhores práticas constatadas em empreendimentos similares
já realizados no Brasil.
Dessa forma, as ações tomadas como básicas são exigências das legislações,
práticas constatadas nos canteiros de obra para as boas condições, visando à gestão
ambiental do canteiro de obras. Já, as Superiores, são aquelas pouco ou não encontradas em
canteiros de obras, porém, de grande benefício ambiental sendo assim, consideradas as
melhores práticas no planejamento ambiental. As ações intermediárias são o meio termo das
ações entre as básicas e superiores. Vale lembrar que a implantação das ações consideradas
intermediárias, pressupõe que ações básicas tenham sido implantadas e assim vale para
superior com as intermediárias e básicas. Abaixo, temos o Quadro 1 de categorias, com as
seguintes preocupações e requisitos:
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A estratégia para uma obra mais limpa, e com ações de âmbito de gestão ambiental
nos canteiros de obra, com a formação de um ambiente de trabalho mais tecnológico são
propícios para dimensionar o termo sustentabilidade e adequação de um canteiro de obras.
Propõe-se que a análise anterior seja expressa por meio de um quadro, como o
apresentado no Quadro 2. Este deve ser preenchido de acordo com a relevância apresentada
pelas categorias, como no exemplo do Quadro 3.
31
Segundo Mattos (2010), a primeira tarefa que deve ser executada é a escolha das
atividades que farão parte do cronograma geral do empreendimento. Qualquer omissão ou
negligência nessa etapa pode gerar problemas de proporções futuras, tornando-se assim o
motivo do insucesso do projeto. Por esse motivo, essa etapa não deve ser encaminhada por
uma única pessoa e sim com participação de todos os envolvidos no processo.
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Desmembrar cada etapa do projeto não é uma tarefa fácil, pois depende de estudos
de viabilidade anteprojetos, memoriais, documentos, entendimentos metodológicos da
construção e a transformação de todo conteúdo em compreensão para execução do trabalho.
A visualização das atividades pode ser descrita através do cronograma de Gantt, que
enumera dias de início e dias de fim da obra. O cronograma Gantt é um gráfico de simples
entendimento, à esquerda descreve-se as atividades, e a direita são desenhadas barras em
uma escala de tempo de acordo com a passagem da fase da obra. Essas barras horizontais
representam a duração de início e fim das atividades, e podem ser lidas nas subdivisões da
escala de tempo.
PERT/CPM
(PDI – primeira data de início; UDI – última data de início; PDT – primeira data de término
UDT – última data de término; FT – folga total; FL – folga livre; FD – folga dependente; FI – folga independente)
Conforme (MATTOS, 2010) é que o caminho crítico é a sequência que une os eventos
cujos Tempos Mais Cedo e Mais Tarde são iguais. Portanto, como Cedo é igual à
Tarde, esse evento não possui folga e, se não for atingido exatamente naquele
instante, refletirá no atraso do projeto.
O processo de controle, com relação as datas de início e fim de cada atividade são
devidamente definidas, torna-se enviada a definição de mobilização a cada responsável
assumido no processo, e da sua atribuição na duração e participação neste. Também permite
prever as datas de adjudicação de contratos a serem realizados por projetistas e
fornecedores, envolvidos no processo.
Estimativa de Contas
Itens Lineares
Contas de Custos
Pacotes de Trabalho
Na obra por meio de extração de dados de campo, são feitas as despesas contas de
custo, com a estimativa de custos para determinação de gastos, verifica se o custo está
excedido, abaixo ou no limiar estimado do pré-orçamento. A estimativa de contas é definida
para providenciar os valores de meta para as contas de custo, que serão utilizadas para
coletar custos, já em fase de andamento da obra.
com os autores, “prescreve a ordem na qual os meios serão disponibilizados para que a
operação da construção execute as diversas tarefas de trabalho”.
Mas para isso, deve ser elaborada a etapa de planejamento, controle e analise
organizacional da mão de obra no canteiro de obras. Este deve ser realizado, para minimizar
riscos e dúvidas que surgirão, ao longo do processo construtivo. Através, do reconhecimento
prévio dos riscos, o planejar será bem mais produtivo, com isso trará resultados positivos e
satisfatórios, mediante a previsão e solução de variados problemas.
Segundo Mendes Junior (1999), a técnica das linhas de balanço ou também conhecida como
tempo-caminho é um método de planejamento do tempo indicado para situações nas quais
ocorrem processos repetitivos. Entende-se por unidade da construção, repetitiva a parte da
obra que se repete ao longo dela.
Fôrmas.
Armaduras.
Concretagem.
Alvenaria.
Revestimentos.
Pintura
6−1
0,115 = = 52,1 dias
t6 − 8,7
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GRÁFICO 8 – Exemplo de linha de balanço para a atividade de alvenaria de blocos cerâmicos em edifício
de múltiplos pavimentos com 425 m² de parede por pavimento.
FONTE: Maggi, Santos e Barbosa (2008, p. 130)
Deve analisar cada atividade separadamente, propondo para cada uma delas uma
oferta suficiente de mão de obra, material e equipamento.
O cálculo de atividade deve ser considerado a jornada normal do dia, horas extras não
é a melhor pratica, está induzirá tendenciosidade.
O correto é montar a rede com durações calculadas de forma isenta e só então avaliar
se a duração total está coerente ou se precisa de ajuste. O ideal é que cada atividade
seja tratada individualmente.
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A duração não deve ser considerada dias corridos, e sim dias úteis.
Uma empresa que busca a satisfação de seus clientes e façam que estes, divulguem
a qualidade empregada, consegue produzir edificações com mais qualidade, com isso, o
feedback entre empresa e o cliente é altamente positivo com retorno certo. Para ter qualidade
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em tudo o que se faz deve-se ter pessoas qualificadas produzindo, e para ter estas pessoas,
a empresa deve investir na preparação das mesmas através de treinamentos.
Para Vasconcellos (2007), o custo deve ser levado em consideração, e este deve ser
confrontado com os benefícios que o treinamento irá proporcionar ao cliente. Pode-se
identificar como custo os seguintes pontos: salários dos instrutores ou consultores externos,
despesa com local, refeições, passagens, estadas, materiais, entre outros.
Público-alvo
Objetivos
Definição dos temas
Metodologia
Processos e técnicas
Tempo e custo
Para Vasconcellos (2007), o custo deve ser levado em conta, e este ser comparado
com os reais benefícios que o treinamento irá trazer ao cliente. Pode se identificar como custo
os seguintes pontos.
Refeições
Passagens
Estadas
Materiais
Com o funcionário devidamente treinado, e com uma visão mais ampla do processo
construtivo, também reduzirá desperdícios e prejuízos nos canteiros de obra, o que acarretará
em benefícios para a empresa que inovar em treinamento e qualidade aos seus clientes.
6. METODOLOGIA
Por permitir uma ampla análise qualitativa do canteiro de obras, a lista de verificação
(check-list) é de grande importância para o trabalho e com uma complexidade ímpar,
abrangendo todas as etapas da obra. Neste trabalho serão abordados itens importantes
quando se diz respeito a produção no canteiro.
Isso é feito para se evitar improvisações nas instalações, que fatalmente levam a
desorganização da obra, ociosidade e a subutilização dos equipamentos e mão-de-obra. As
improvisações também corroboram ao armazenamento inadequado dos materiais, transporte
desnecessário e inseguro, desperdícios de materiais, perdas de produtividade, de tempo e da
qualidade dos serviços.
Como gerenciamento dos projetos foi utilizado o MS Project. Esta é uma ferramenta
que permite criar diagramas de rede, gráficos de GANTT, linhas de balanço interligadas, aos
serviços descritos no programa de atividades e seu tempo de execução.
6.3 ENTREVISTA
Por mais amplo que seja o check-list, não se consegue somente com ele responder
todas as questões necessárias para um ótimo diagnóstico, precisando portanto, de uma
ferramenta que complemente essa carência de informação. A entrevista com os
colaboradores é uma dessas ferramentas, tendo objetivo de esclarecer assuntos que não
foram tratados e que não foram explanados no check-list, possibilitando assim ao
pesquisador, que entenda a percepção dos clientes internos quanto à satisfação, em função
dos meios para haver uma elevada produção.
Para uma boa apresentação dos resultados do diagnóstico, é importante ter registro
visual da situação encontrada. Sendo assim, esse recurso serviu como uma ferramenta de
avaliação, e também como registro para melhorar a avaliações dos check-list.
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7. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os dados do que foi executado foram coletados do diário de obra fornecido pela
construtora, conforme exemplo do Quadro 7:
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ITEM ANOTAÇÕES
1 Execução de estacadas das periferias
2 Montagem das ferragens das vigas de coroamento
3 Execução das formas da viga de coroamento
4 Execução da instalação das ferragens nas vigas de coroamento
5 Execução de vestiário/banheiros provisórios dos funcionários
QUADRO 7 – Etapas do serviço
FONTE: Os autores (2017)
As porcentagens foram calculadas atrás de índices percentuais de serviços, conforme exemplo do Quadro 9:
Nota-se a diferença nos laudos, onde o primeiro não aparece material rochoso, e no
segundo detecta o mesmo, Figura 9.
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A solução para fundação foi estaca raiz na rocha, este tipo de serviço além de 6
vezes mais caro que a fundação hélice continua, provocou um grande impacto no cronograma
do empreendimento, devido sua dificuldade de execução.
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Abaixo está exibido no Gráfico 9, a análise gráfica de acompanhamento de execução das estacas raiz na rocha:
A meta é 6 estacas por dia, para assim alcançar a finalização no dia previsto no cronograma de Gant , sendo a linha pontilhada a
situação ideal.
A execução é feita por uma empresa terceirizada, está tem grandes dificuldades com mãos de obra e produtividade.
O atraso provocará impacto no orçamento, portanto todo gerencialmente de suprimento, maquinário, mão de obra, logística no canteiro
é fundamental, destacando todos os itens a segurança.
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Portanto, o primeiro passo foi planejar a logística do canteiro, estabelecida em um projeto de canteiro, conforme destacado na Figura
10:
Depois disso foi verificado que os funcionários não estavam trabalhando sobre o incentivo de tarefamento, cujo incentivo financeiro
Rynes (2014) é fundamental para aumentar a produção.
Uma falha detectada foi a grande quantidade de funcionários, segundo o Engenheiro responsável a contratação foi feita no planejamento
executando a estaca hélice continua, esta fundação tem maior velocidade, sendo dessa forma os operários com frente de serviço estabelecidas
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rapidamente, devido a mudança, a frente de serviço não saiu, e os operários estavam trabalhando sem tarefamento, somente para não ser
mandado embora, tornando percebível a falha de planejamento de incorporação impactando no custo e planejamento de funcionários. O
planejamento operacional está totalmente ligado ao planejamento de incorporação, havendo qualquer falha, provocará grande impacto nos
processos.
A velocidade é importante nesta fase, está poderá provocar impacto na qualidade, e para evitar patologias, a construtora estabelece
planilhas de recebimento de serviços, as chamadas Fichas de Verificação de Serviço (FVS), conforme exemplo da Figura 11:
FIGURA 12 – Grua
FONTE: Os autores (2017).
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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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