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São Paulo
2023
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
São Paulo
2023
RESUMO
The present study inquiries and analyzes civil engineers graduated between
2017 and 2021 at Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) regarding
their experiences during graduation, as well as their insertion in the professional
market. Through two stages presented in chronological order, qualitative and
quantitative research, it outlines what are the factors that distance the students from
the technical area during the choice of professional activity, ranking the most relevant
ones. Finally, the study offers suggestions and recommendations that POLI-USP can
adopt, seeking to solve problems encountered in order to retain more professionals in
the market related to civil engineering areas.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................... 10
2. OBJETIVOS ........................................................................................ 13
6. PROPOSTAS ...................................................................................... 76
7. CONCLUSÃO ...................................................................................... 90
8. BIBLIOGRAFIA ................................................................................... 92
9. ANEXOS ............................................................................................. 94
9.6. Anexo VI - Orientação Verbal: Prof. Dr. Edson Crescitelli ........... 100
9.8. Anexo VIII - Matriz com faixa salarial por ano de formatura ........ 116
FIGURAS
Figura 1 - Universo profissional do Engenheiro Civil .................................... 11
Figura 2 - Produto Interno Bruto da Construção - Crescimento Acumulado dos
Últimos 12 meses (%) ............................................................................................. 19
Figura 3 - Índice de Nível Atividade do Setor de Construção e Índice de
Expectativa de Nível de Atividade do Setor de Construção..................................... 19
Figura 4 - Número de Empregados no Setor de Construção Civil (em milhões)
............................................................................................................................... 20
Figura 5 - Pesquisa ao público: Avaliação sobre inovação no setor ............. 21
Figura 6 - Pesquisa ao público: Avaliação sobre percepção de oportunidades
de inovação no setor ............................................................................................... 21
Figura 7 - Etapas da pesquisa qualitativa ..................................................... 27
Figura 8 - Etapas da análise de conteúdo .................................................... 33
Figura 9 - Propostas de solução para os principais problemas encontrados 77
GRÁFICOS
Gráfico 1 – Total de respondentes divididos por ano de ingresso................. 49
Gráfico 2 - Respondentes divididos por ano de ingresso .............................. 50
Gráfico 3 - Respondentes divididos gênero e por grupo de análise proposto 50
Gráfico 4 – Respondentes por cidade natal e cidade de moradia ................. 51
Gráfico 5 - Respondentes por área de atuação ............................................ 52
Gráfico 6 - Respondentes que trabalham com Engenharia Civil divididos por
segmentos do mercado .......................................................................................... 52
Gráfico 7 - Participação dos respondentes em grupos de extensão
mencionados .......................................................................................................... 57
Gráfico 8 - Influência de grupos de extensão selecionados na decisão de
carreira ................................................................................................................... 58
Gráfico 9 - Influência percentual de grupos de extensão selecionados na
decisão de carreira ................................................................................................. 59
Gráfico 10 - Respostas sobre o módulo acadêmico ..................................... 62
Gráfico 11 - Segmentação por tipos de respostas nos grupos propostos ..... 63
Gráfico 12 - Distribuição dos respondentes por grupo e por faixa salarial anual
(FSA) [R$ mil] ......................................................................................................... 64
Gráfico 13 - Média ponderada das FSA por ano de formatura ..................... 64
Gráfico 14 - Número total de benefícios e respostas válidas por grupo ........ 66
Gráfico 15 - Número de respostas para cada benefício selecionado ............ 66
Gráfico 16 - Porcentagem de cada grupo de respondentes para benefícios
selecionados ........................................................................................................... 67
Gráfico 17 - Dificuldades do mercado de trabalho na Engenharia Civil ........ 69
Gráfico 18 - Proporção dos principais problemas do mercado de trabalho de
engenharia civil ....................................................................................................... 69
QUADROS
Quadro 1 - Capacidades mínimas esperadas dos alunos de Engenharia Civil
na POLI-USP para as diferentes competências e momentos de formação ............. 17
Quadro 2 - Classificação de métodos de coleta de dados ............................ 24
Quadro 3 - Informações dos entrevistados ................................................... 29
Quadro 4 - Temas abordados nas entrevistas .............................................. 31
Quadro 5 - Premissas adaptadas ................................................................. 41
Quadro 6 - Premissas ranqueadas ............................................................... 43
Quadro 7 - Resumo da análise qualitativa .................................................... 45
Quadro 8 - Escala Likert com cinco seções (Adaptado) ............................... 48
Quadro 9 - Resumo dos itens 5.2.1. e 5.2.2. ................................................ 53
Quadro 10 - Resumo das informações do item 5.2.3. ................................... 62
Quadro 11 - Resumo do item 5.2.5. ............................................................. 70
Quadro 12 - Resumo do item 5.2.5. ............................................................. 71
Quadro 13 - Resumo das conclusões da análise quantitativa ...................... 75
Quadro 14 - Propostas de atividades práticas para as disciplinas ................ 78
TABELAS
Tabela 1 - Classificação das hipóteses ........................................................ 55
Tabela 2 - Classificação das respostas sobre abordagens de ensino .......... 60
Tabela 3 - Classificação das respostas sobre satisfação de compensação atual
e benefícios ............................................................................................................ 65
Tabela 4 - Classificação das respostas sobre o mercado de Engenharia Civil
............................................................................................................................... 68
10
1. INTRODUÇÃO
Posto isso, o grupo definiu como prioridade estudar quais seriam as influências
que levam os formandos à escolha de carreira, destacando os fatores: curso,
experiências na graduação e mercado de trabalho. Assim, num primeiro momento
foram tratadas ideias pré-concebidas de interesse dos integrantes do grupo,
baseadas em referências teóricas, e, na segunda fase, são analisadas ideias
advindas dos ensinamentos da primeira fase, com maior exploração de temas que
envolvem a atuação da POLI-USP.
A primeira delas é sobre o caráter teórico dos cursos da Escola Politécnica
como um todo. Ao longo do curso, as diferentes disciplinas propostas pela estrutura
curricular trouxeram pouco contato com a prática, focando muito em conteúdos
acadêmicos. Claro que, no nível de excelência que a faculdade apresenta, se espera
um embasamento teórico extremamente aprofundado e bem construído, porém, a
percepção é de que o corpo discente sente a falta de atividades mais voltadas às
práticas da profissão.
Além disso, existem três grandes componentes que definem a trajetória
profissional do Engenheiro Civil. São eles: a função exercida, o setor de atuação e a
área da engenharia (BRINGHENTI, 1993). Desse modo, podemos obter a Figura 1:
2. OBJETIVOS
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Publicações acadêmicas;
• Livros;
• Reportagens e notícias em jornais e revistas de relevância;
• Relatórios do setor de construção civil;
• Documentos da Escola Politécnica da USP, como Projeto Acadêmico 2019-
2023;
4. ANÁLISE QUALITATIVA
4.1. METODOLOGIA
4.1.1. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
Dessa forma, o método utilizado pelo grupo é descrito de acordo com Oliveira
e Giraldi (2016), mostrado no Quadro 2.
24
4.1.2.1. PREMISSAS
1. Atualização do curso
Seguindo o planejamento estratégico da Escola, é clara a necessidade de
mudanças profundas na estrutura do curso, promovendo a inovação e a adequação
26
4.1.2.2. ENTREVISTAS
perfil dos entrevistados. Trata-se de uma etapa cujo objetivo principal é coletar
qualitativamente informações de caráter subjetivo que ofereçam fundamentos para a
geração de insights.
Neste contexto, se aplica o conceito de “entrevista semiestruturada”, isto é,
com o propósito de coleta de dados (LEGARD, 2003). Nessa etapa, tomou-se cuidado
para que não houvesse a interferência de vieses e interpretações pessoais por parte
dos entrevistadores em nenhuma das etapas: seleção do perfil e dos entrevistados,
criação e aplicação das perguntas.
O desenvolvimento e aplicação da etapa de pesquisa qualitativa seguiu a
lógica detalhada Figura 7 abaixo:
Antes da graduação
1 Como foi a decisão de cursar Engenharia Civil? Já tinha tido algum contato
(ex. Ensino técnico)? Era um sonho?
Durante a graduação
2 Como foi sua graduação na Poli? Teve alguma matéria que se identificava
mais ou se via trabalhando? E departamentos?
Depois da graduação
7 Caso tenha saído de Civil, o que levou à mudança de carreira? Algo levaria a
voltar?
4.1.3.1. ORGANIZAÇÃO
4.1.3.2. CODIFICAÇÃO
4.1.3.3. CATEGORIZAÇÃO
Esse último pilar é uma fase não obrigatória para a Análise de Conteúdo. Ela
é responsável por agrupar as unidades de registro em grupos com características
comuns (BARDIN, 2009). Entretanto, essa fase foi realizada, porque a categorização
visa estabelecer conexões entre os documentos analisados, sendo esse o objetivo
final da pesquisa.
Assim, foram identificadas semelhanças entre as respostas dos entrevistados,
as quais serviram como base não só para os resultados apresentados no item 4.2.
35
• Pergunta 1: “Como foi a decisão de cursar engenharia civil? Já tinha tido algum
contato (ex. Ensino técnico)? Era um sonho?”
O objetivo da pergunta era entender o contexto em que o entrevistado foi
aprovado na Universidade para posteriormente verificar se seus interesses mudaram
ou não ao longo e após a graduação.
A maior parte das respostas dos entrevistados convergiu, principalmente,
para:
i) afinidade com ciências exatas durante o Ensino Médio;
ii) curiosidade ou interesse por assuntos relacionados a Arquitetura e
Construção; e
iii) influência de família ou conhecidos atuantes no setor.
Entretanto, um grupo menor relatou ter optado pelo curso de engenharia civil
na POLI-USP sem intenção de trabalhar na área ou mesmo sem ser sua primeira
opção. A escolha foi justificada pela possibilidade de trabalhar em outras áreas com
o diploma de engenheiro e pelo fato da Civil ser considerada uma engenharia mais
generalista, na opinião deles.
• Pergunta 2: Como foi sua graduação na POLI-USP? Teve alguma matéria que
se identificava mais ou se via trabalhando? E departamentos?
Grande parte dos entrevistados que trabalham com engenharia civil não
consideram a mudança de área e indicaram estarem satisfeitos com suas atuações
profissionais. Esses casos foram justificados pela identificação com a profissão e
prazer em exercê-la. Uma parte, porém, relata que não descartaria uma oportunidade
fora da área, uma vez que esta viesse com uma proposta de emprego com uma
remuneração alta e com plano de carreira estruturado.
PREMISSAS
vez que os alunos conseguem ter uma experiência mais parecida com o mercado de
trabalho dentro das extensões e, consequentemente, conseguem experienciar melhor
suas opções de carreira.
Dado esse contexto, ainda é necessário definir uma divisão clara da análise de
conteúdo: a diferença entre aqueles que foram para carreiras relacionadas
diretamente com Engenharia Civil e aqueles que foram para Outras Áreas, a partir de
agora chamados de EC e OA, respectivamente. Mesmo com essa divisão, os pontos
de conclusão da análise ainda não eram diferentes: o problema maior está
relacionado com o mercado de trabalho, mas também não se pode descartar a
influência da POLI-USP.
O que segmenta os dois grupos é o seu olhar para a dada situação, como
mostrado no Quadro 7. Enquanto os entrevistados do grupo EC expressavam que,
mesmo com a dificuldade presente no mercado de trabalho técnico, ainda era
possível encontrar boas oportunidades com remunerações e desenvolvimento de
carreira satisfatórios, o grupo OA expressava os problemas do mercado de
engenharia civil com mais ênfase e com pouca esperança de mudança.
Em relação à experiência universitária, os dois grupos apresentaram
comportamentos mais convergentes, ambos relataram a dificuldade com o curso
juntamente com pontos similares de dor, como a alta carga horária. Porém, foi
claramente perceptível a oposição de reações entre EC e a OA. No primeiro, o relato
mais comum é a demonstração de ânimo para continuar estudando e performar acima
da média nas matérias. Já no segundo, relatava-se mais o desânimo para realmente
aprender os assuntos propostos, de forma que realizavam o esforço necessário
apenas para serem aprovados nas disciplinas, dando menos atenção para a
aprendizagem de fato.
Com esse parecer, é interessante aprofundar ainda mais essa análise, guiando
parte da segunda fase do TCC para entender se o comportamento observado e
mencionado pode ser generalizado para um conjunto cada vez maior de estudantes
de engenharia civil na POLI-USP. Caso isso seja comprovado, o processo de
identificação de métodos de solução para esses problemas ocorre de forma mais
45
rápida, permitindo que haja menos migração de alunos para o grupo OA, o que seria
amplamente benéfico para a engenharia civil do país.
EC OA
5. ANÁLISE QUANTITATIVA
5.1. METODOLOGIA
Insatisfeito 1 2 3 4 5 Satisfeito
Me aproximou da Me distanciou da
engenharia civil engenharia civil
Diante disso, o tratamento dos dados foi feito de forma estatística. Foram
obtidas 143 respostas, porém apenas 113 foram consideradas nas análises abaixo,
uma vez que 30 respondentes estavam fora do público-alvo pré-estabelecido, ou seja,
Engenheiros Civis formados pela POLI-USP com no máximo 5 anos de formatura.
Vale ressaltar que parte da análise seguiu a abordagem conduzida por
hipóteses. Isso torna possível testar se a diferença anteriormente encontrada na
primeira parte do Trabalho de Conclusão de Curso se mostrava válida para uma
população maior, como mencionado no item 4.3.2. Dois caminhos e dois perfis. Em
outras palavras, foi utilizado como hipótese que existia uma diferença comportamental
entre aqueles que estão em carreiras ainda relacionadas a Engenharia Civil (grupo
EC) e aqueles que estão em Outras Áreas do mercado de trabalho (grupo OA).
49
53
30
20
15
12 13
Agora, analisando apenas os 113 por ano de ingresso (Gráfico 2), constata-se
que há três anos com maior número de respondentes, 2014, 2016 e 2017. Os dados
50
se relacionam com os dados mostrados no Gráfico 1, uma vez que o curso possui
uma duração ideal de cinco anos, mas pode ser realizado em no máximo de 7 anos
e meio ou de 9 anos, considerando a Estrutura Curricular 3 e Estrutura Curricular 2,
respectivamente.
27
25
20
15
13
11
1 1
82
52
31 30
18
13
Masculino Feminino EC - M EC - F OA - M OA - F
(M) (F)
Ademais, a respeito da cidade natal (Gráfico 4), 63% dos respondentes são de
São Paulo, enquanto 88% dizem morar atualmente na cidade. Isso indica que uma
parcela considerável de ex-alunos vem de outras cidades estudar na POLI-USP e é
comum que continuem em São Paulo após ingressar no mercado de trabalho,
independente da área de atuação, enquanto a segunda maior parte corresponde a
pessoas que não moram no Brasil.
71
100
42
9
4
São Paulo Outras cidades São Paulo Fora do Brasil Outras cidades
48
23
15 15
12
No item 5.2.2. Sobre trabalho com engenharia civil, foram estudadas as áreas
para onde os respondentes dentro do grupo EC vão atuar depois de formados.
Pelo resultado do questionário (Gráfico 6), 44% dos respondentes indicaram
que trabalham com Projetos, enquanto 17% trabalham com Incorporadoras e Real
Estate e 13% trabalham em Gestão de Obras.
Gráfico 6 - Respondentes que trabalham com Engenharia Civil divididos por segmentos do
mercado
21
8
6 6
3
2 2
Média
GRUPO Discordo Neutros Concordo
simples
Os grupos de extensão e atividades extracurriculares me incentivaram a seguir no mercado
de engenharia civil (Ex: intercâmbio, IC, centro acadêmico etc.)
Geral 2.64 49.6% 23.9% 26.5%
Engenharia Civil (EC) 2.98 39.6% 20.8% 39.6%
Outras áreas (OA) 2.38 56.9% 26.2% 16.9%
A teoria passada em sala de aula se adequava aos conhecimentos práticos necessários no
mercado de trabalho
Geral 2.80 40.7% 33.6% 25.7%
Engenharia Civil (EC) 3.04 31.3% 37.5% 31.3%
Outras áreas (OA) 2.62 47.7% 30.8% 21.5%
As disciplinas me permitiram conhecer o dia a dia no mercado de trabalho, facilitando a
transição entre vida acadêmica e profissional
Geral 2.05 71.7% 20.4% 8.0%
Engenharia Civil (EC) 2.17 64.6% 27.1% 8.3%
Outras áreas (OA) 1.97 76.9% 15.4% 7.7%
A estrutura do curso e o estilo de aulas promoviam a inovação e estimulavam o meu
aprendizado
Geral 2.27 61.1% 27.4% 11.5%
Engenharia Civil (EC) 2.40 52.1% 39.6% 8.3%
Outras áreas (OA) 2.17 67.7% 18.5% 13.8%
Os pacotes de compensação oferecidos na área de Engenharia Civil são atrativos para mim
Geral 2.00 70.8% 18.6% 10.6%
Engenharia Civil (EC) 2.52 50.0% 31.3% 18.8%
Outras áreas (OA) 1.62 86.2% 9.2% 4.6%
Meu contato com empresas e oportunidades na Engenharia Civil foi tão próximo quanto com
empresas de outras áreas
Geral 2.27 65.5% 14.2% 20.4%
Engenharia Civil (EC) 2.44 64.6% 10.4% 25.0%
Outras áreas (OA) 2.14 66.2% 16.9% 16.9%
O nível de atualização do mercado de Engenharia Civil me motiva a trabalhar na área
Geral 2.06 64.6% 26.5% 8.8%
Engenharia Civil (EC) 2.56 45.8% 37.5% 16.7%
Outras áreas (OA) 1.69 78.5% 18.5% 3.1%
não só fazem menos atividades extracurriculares, mas também acreditam que realizar
tais atividades não influencia na decisão de carreira.
49
41
38
19
31
28
18
30 22
15
14
30
11 13 12
20 7 6
7 6
16 14
5 4 4
11 11 3 3
7 3
6 6 4 2
2 3
EC OA
Científica e Centro Acadêmico, que acumuladas representam 60% das atividades que
influenciaram o grupo na decisão de carreira.
Realizando o mesmo raciocínio estabelecido na análise do Gráfico 7, o grupo
EC ainda possui os mesmos 46 integrantes, enquanto o grupo OA agora possui
apenas 60. Na média, o número de extensões que exerceram influência no primeiro
grupo é de 1,4, enquanto no segundo, 1,0, o que mais uma vez ratifica a menor
participação e menor influência nos formados que não seguiram a carreira técnica da
área.
28
26
24
5
13
18
12
21
5 8
7
15 6
5
6 3 3 3 5
7 4 2
6 4 1 1
2
2 2 1 1 2
EC OA
86%
75%
72% 70%
74%
64% 62%
60% 59%
55% 55%
53% 50% 50%
45%
OA EC Total
Média
GRUPO 1-2 3 4-5
simples
Com base na sua experiência, em relação ao cenário acadêmico atual, o ensino na POLI-USP deveria se
aproximar de uma abordagem mais teórica (1) ou mais prática (5)?
Geral 3.90 7.1% 24.8% 68.1%
Engenharia Civil (EC) 3.83 8.3% 29.2% 62.5%
Outras áreas (OA) 3.95 6.2% 21.5% 72.3%
Como o nível de conteúdo prático interferiu na sua decisão de carreira? Sendo 1 pouco e 5 muito
Geral 3.20 25.7% 33.6% 40.7%
Engenharia Civil (EC) 2.71 41.7% 37.5% 20.8%
Outras áreas (OA) 3.57 13.8% 30.8% 55.4%
Dado o mercado de Engenharia Civil, além da área acadêmica, o quão preparado você se sente para
exercer função de Engenheiro Civil? Sendo 1 pouco e 5 muito
Geral 2.68 48.7% 23.9% 27.4%
Engenharia Civil (EC) 3.06 33.3% 27.1% 39.6%
Outras áreas (OA) 2.40 60.0% 21.5% 18.5%
Você acredita que o curso de Engenharia Civil deveria ser mais generalista (1) ou especializado (5)?
61
Média
GRUPO 1-2 3 4-5
simples
Geral 2.93 33.6% 33.6% 32.7%
Engenharia Civil (EC) 3.08 33.3% 27.1% 39.6%
Outras áreas (OA) 2.82 33.8% 41.5% 24.6%
Você acredita que o curso de Engenharia Civil deveria ser mais superficial (1) ou aprofundado (5)?
Geral 3.56 10.6% 38.1% 51.3%
Engenharia Civil (EC) 3.81 10.4% 25.0% 64.6%
Outras áreas (OA) 3.37 60.0% 21.5% 18.5%
Fonte: Elaboração própria
55
33
29
24
15
16
22 5
14
8 4
A partir do quarto ano A partir do quinto ano A partir do terceiro ano Não deveria haver
especialização
EC OA
82
51
31 29
13 16
1 1 2
OA EC Total
Gráfico 12 - Distribuição dos respondentes por grupo e por faixa salarial anual (FSA) [R$ mil]
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
FSA > 40 40 < FSA < 80 80 < FSA < 120 120 < FSA < 160
160 < FSA < 200 200 < FSA < 240 FSA > 240
250
41% 50%
193 198
180 31%
40%
200
140 135
150
21%
108
20%
103 10%
87
100
0%
50
-10%
-15%
0 -20%
EC OA EC OA EC OA EC OA EC OA
2017 2018 2019 2020 2021
Média
GRUPO 1-2 3 4-5
simples
Você se sente satisfeito com a sua compensação atual? Sendo 1 muito insatisfeito e 5 muito
satisfeito
Geral 3.89 10.6% 22.1% 67.3%
Engenharia Civil (EC) 3.67 18.8% 22.9% 58.3%
Outras áreas (OA) 4.05 4.6% 21.5% 73.8%
Você está satisfeito com seu pacote de benefícios? Sendo 1 muito insatisfeito e 5 muito
satisfeito
Geral 3.92 17.7% 20.4% 61.9%
Engenharia Civil (EC) 3.63 41.7% 37.5% 20.8%
Outras áreas (OA) 4.11 4.6% 18.5% 76.9%
entre os grupos EC e OA, uma vez que o primeiro grupo apontou 158 benefícios
ganhos, enquanto o segundo, 341 benefícios. Portanto, a média é de 4,2 benefícios
para cada respondente do grupo EC contra 5,4 do OA.
499
158
341
101
38
63
OA EC
86 78
68 67 64
54
47
32
86%
82%
74% 74%
68%
63%
52% 55% 52%
42% 40% 42% 38%
27% 31%
25%
3% 2%
Plano de Vale Refeição Bônus Auxílio Plano Seguro de Vale Curso de Outros
saúde transporte odontológico vida alimentação capacitação benefícios
OA EC
Média
GRUPO 1-2 3 4-5
simples
Como você considerava o seu conhecimento nas áreas de atuação de um Engenheiro Civil
até o momento em que você se formou? Sendo 1 pouco e 5 muito
Geral 3.19 31.0% 33.6% 35.4%
Engenharia Civil (EC) 3.09 35.4% 33.3% 31.3%
Outras áreas (OA) 3.26 27.7% 33.8% 38.5%
Como você considerava o seu contato com empresas do setor de engenharia civil até o
momento em que você se formou? Sendo 1 pouco e 5 muito
Geral 3.24 60.2% 18.6% 21.2%
Engenharia Civil (EC) 3.10 54.2% 22.9% 22.9%
Outras áreas (OA) 3.36 64.6% 15.4% 20.0%
91
36 65
54
49 49 46
26 41
18
18 12
30 18
55 19
39 36 34
31 9
19 23
10
OA EC
85%
75%
60% 63%
54% 55% 52%
48%
38% 38% 38% 35%
29% 25%
19% 15%
Remuneração Falta de Hierarquia Falta de Falta de visão Trabalho Mão-de-obra Tempo ocioso
não inovação rígida otimização de do negócio repetitivo desqualificada
competitiva processos como um todo
OA EC
em média, cada respondente apontou que pelo menos uma das atividades realizadas
foram importantes na decisão profissional.
Por fim, existe uma última convergência entre os dois grupos. 60% dos
respondentes acreditam que tiveram pouco contato com empresas de engenharia civil
durante a faculdade, sendo que no grupo EC esse número é de 54%, enquanto no
OA, 65%. Vale ressaltar que naturalmente se esperava uma porcentagem menor
dessas respostas no grupo EC, dado que trabalham na área em questão, mas a
pequena variação entre os grupos reafirma a convergência. Mas, por outro lado,
também pode indicar que esse contato com empresas de outros ramos fez com que
o então aluno perdesse o interesse em carreiras mais técnicas.
EC OA
Maiores influências na decisão 1º Mercado de trabalho
profissional 2º Abordagem da POLI-USP
Atividades extracurriculares mais Iniciação Grupo de finanças &
importantes científica Clube de consultoria
Remuneração fixa R$40 mil e R$ R$80 mil e R$ 160
(FSA) 120 mil mil
Número de benefícios 4,2 5,4
76
6. PROPOSTAS
Com base na análise realizada, foram propostas soluções que podem ser
adotadas pela POLI-USP, visando mitigar os principais problemas identificados e,
consequentemente, reter um maior número de alunos formados no mercado de
trabalho relacionado a áreas da engenharia civil.
Além do referencial bibliográfico já citado neste trabalho: o Parecer
CNE/CES nº 1/2019 das Diretrizes Curriculares Nacionais e o Projeto Pedagógico do
Curso de Graduação em engenharia civil da Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo (2021), o grupo também procurou orientação verbal do Prof. Dr. Cláudio
Luiz Marte, que participou ativamente da elaboração do novo Projeto Pedagógico e
ocupa atualmente o cargo de Vice Coordenador de Curso. A conversa está resumida
no Anexo V.
As propostas elaboradas foram divididas em grupos de curto e médio prazo,
utilizando como critério a necessidade ou não da realização de mudanças estruturais
na base curricular do curso, tais como criação de disciplinas e alteração de carga
horária. Além disso, foi estimado um período máximo de aplicação das soluções de
curto prazo de até um semestre, tendo em vista que, caso aceitas pelos agentes
envolvidos (professores, monitores, coordenadores de curso e departamentos), sua
implementação é simples. A rápida implementação também permite agilidade de
adaptação para mitigar eventuais problemas durante a transição da aplicação de tais
medidas. No caso das soluções de médio prazo, como exigem alterações estruturais,
haveria necessidade de discussões mais aprofundadas de tais medidas em órgãos
como Conselhos de Departamentos, Coordenação do Curso e Comissão de
Graduação. Portanto, se trata de uma implementação mais longa e complexa.
Vale ressaltar, entretanto, que alguns dos problemas mais relevantes
apontados pelos respondentes são ligados a questões estruturantes do mercado de
trabalho da engenharia civil no Brasil e a situação macroeconômica nacional.
Mencionando-as, a falta de remuneração e benefícios satisfatórios e a falta de
inovação do mercado são problemas que fogem do escopo de atuação da POLI-USP,
tendo em vista que também envolvem a atuação de agentes externos (empresas,
incentivos públicos). Entretanto, elas foram levantadas visando uma abordagem mais
completa do assunto, podendo ser adotadas no longo prazo.
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Dito isso, o esquema abaixo (Figura 9) resume as propostas que serão melhor
detalhadas em seguida:
10). Fica evidente, portanto, que não faltam atividades práticas aplicadas ao longo do
curso.
Porém, vale ressaltar que empresas de engenharia civil não são comuns na
feira. O cenário é diferente do que é visto na Semana Temática de Engenharia Civil
(SeTEC), onde o objetivo maior é gerar proximidade com o mercado de trabalho de
engenharia civil. Na semana, ocorrem diversos eventos relacionados à área
específica, sendo um ótimo exemplo de como essa solução poderia ser trazida para
dentro da sala de aula.
Por fim, o início da especialização a partir do quarto ano está de acordo com o
modelo europeu, baseado no Processo de Bolonha, que conta com dois ciclos de
estudos (LIMA, 2008), detalhados abaixo:
1. Primeiro ciclo: Bacharelado Interdisciplinar, com duração de seis semestres.
Confere ao aluno base teórica aplicada à área de estudo, mas ainda sem
competências profissionais;
2. Segundo ciclo: Mestrado, com duração de quatro a seis semestres. Consiste
em formação especializada no exercício da profissão escolhida.
Ainda é importante dizer que essa proposta não gira em torno da mudança de
grau acadêmico (Titularidade e Grau de Instrução), mas sim da profundidade e
especificidade dos assuntos ensinados ainda em nível de bacharelado em engenharia
civil.
7. CONCLUSÃO
levariam a um melhor apreço à engenharia civil, tanto como curso quanto como
carreira.
8. BIBLIOGRAFIA
13. LIMA, Licínio C.; AZEVEDO, Mario L. N.; CATANI, Afrânio M (2008), “O Processo
de Bolonha, A avaliação da Educação Superior e algumas considerações sobre a
14. MOSLEY, Layna. (2013), Interview Research in Political Science. Cornell Univ.
Press: Ithaca.
15. NAKAO, Osvaldo S.; BORGES, Mario N; SOUZA, Eduardo P.; GRIMONI, Jose A.
(2012), “Mapeamento de Competências dos Formandos da Escola Politécnica da
USP”
16. Regimes de Trabalho da Universidade de São Paulo. Disponível em
<https://sites.usp.br/cert/outros-regimes/>. Acesso em 02/01/2023.
17. Resolução Nº 7231, 23 de Novembro de 2016. Reitoria da Universidade de São
Paulo. Dísponível em <http://leginf.usp.br/?resolucao=resolucao-no-7271-23-de-
novembro-de-2016-2>. Acesso em 02/01/2023.
18. ROCHA, V. (2020) “DA TEORIA À ANÁLISE: Uma introdução ao uso de
entrevistas individuais semiestruturadas na ciência política”, Universidade Federal
de Pernambuco.
19. Universidade de Coimbra. O Processo de Bolonha e o Espaço Europeu de Ensino
Superior. Disponível em <uc.pt/candidatos-
internacionais/sistema_graus/processo-bolonha>. Acesso em 23/06/2022
20. USP, “Personalidades que passaram pela USP, 15/10/2011”. Disponível em
https://www5.usp.br/noticias/sociedade/personalidades/. Acesso em 23/06/2022.
21. [BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011, 229 p.]
22. MACIENTE, Aguinaldo Nogueira; ARAUJO, Thiago Costa. A demanda por
engenheiros e profissionais afins no mercado de trabalho formal. Revista Radar.
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. IPEA, 2011.
23. BARBOSA FILHO, Fernando de Holanda. A crise econômica de 2014/2017.
Estudo av., vol. 31, nº 89, São Paulo, jan/apr, 2017.
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9. ANEXOS
FASES PERGUNTAS
Antes da Como foi a decisão de cursar Engenharia Civil? Já tinha
Graduação tido algum contato (ex. Ensino técnico)? Era um sonho?
Como foi sua graduação na Poli? Teve alguma matéria que
se identificava mais ou se via trabalhando? E
departamentos?
Na sua opinião, quais foram as maiores dificuldades
Durante a enfrentadas durante sua graduação? Como seria possível
graduação solucioná-las/amenizá-las?
PREMISSAS HIPÓTESES
As disciplinas oferecidas pela Escola devem se aproximar As disciplinas não estão em contato com os grupos de
Interdisciplinaridade umas das outras e dos grupos extracurriculares, garantindo Extensão e
extensão, fazendo com que o interesse em outras áreas
e extensão que construção do conhecimento ocorra de maneira evolutiva Extracurriculares
cresça durante o curso
ao longo da faculdade
Os instrumentos pedagógicos devem buscar fortalecer a
Vínculo prático- Vínculo prático-
relação dos conceitos teóricos com a prática, apresentando de A teoria passada em sala de aula é abstrata, não oferecendo
teórico teórico
fato o dia-a-dia de um engenheiro civil aos alunos uma visão verdadeira do que ocorre na prática
As disciplinas devem estar mais próximas do mercado de
As disciplinas não permitem que os alunos conheçam o dia-a-
Conexão com construção civil, expondo cada vez mais o aluno a carreiras Conexão com o
dia no mercado de trabalho, dificultando a transição entre
mercado de trabalho relacionadas às disciplinas que despertam seu interesse fora mercado de trabalho
acadêmico e mercado de trabalho
da área acadêmica
Necessidade de mudanças na estrutura do curso, promovendo
a inovação e a adequação ao estilo de aprendizagem dos A estrutura do curso não promove a inovação e o estilo de
Atualização do curso Atualização do curso
estudantes, aumentando a motivação dos estudantes na área aulas prejudica o aprendizado dos estudantes
da Engenharia Civil.
A Engenharia Civil não apresenta uma remuneração tão A Engenharia Civil não apresenta uma remuneração tão
Remuneração Pacote de
competitiva quanto outras áreas que atraem Engenheiros competitiva quanto outras áreas que atraem Engenheiros
competitiva compensação
Politécnicos, gerando uma evasão de talentos Politécnicos, gerando uma evasão de talentos
Os alunos estão muito expostos a outras áreas do mercado de
trabalho e, assim como as disciplinas deveriam atrair
Os alunos não são tão expostos a empresas de Engenharia
Exposição dos empresas de Engenharia Civil para o dia-a-dia dos alunos, Exposição dos
Civil quanto são expostos a outras empresas que se
alunos ao mercado essas empresas também deveriam se promover no campus alunos ao mercado
promovem no campus
da Escola, como forma de atrair mão de obra extremamente
qualificada
O mercado está voltando a ficar aquecido após a pandemia, O mercado está voltando a ficar aquecido após a pandemia,
Inovação no mas acredita-se que a inovação deve estar mais presente Inovação no mas a inovação ainda deve estar mais presente para que ele
mercado de trabalho para que ele possa crescer verdadeiramente e apresentar mercado de trabalho possa crescer verdadeiramente e apresentar boas
boas oportunidades oportunidades
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10. Para a área acadêmica, faz sentido começar o módulo antes. Aluno escolhe a
carreira cedo, mas pode deixar o aluno mais livres para fazer seu curso;
11. Carga horária de 12h semanais lá fora (internacional), na POLI-USP alguns
alunos chegam a fazer 30-35h. É uma tendência que precisa reduzir - 4.800h
total vs. 3600h Conselho Estadual de Educação de SP (mínimo 3.760h);
12. Módulo com bem menos disciplinas, ter menos do que tem hoje;
13. Estudo de caso como principal metodologia ativa, sala de aula invertida.
Conceito não é bem conhecido, então não se sabe se é realmente aplicável;
14. A discussão na CG está dividida em 6 grupos, discussão muito longa, bem
inicial. Engenharias Química e Elétrica estão fazendo, mas estão ensaiando -
Marte está vendo vários pontos de vista para reformular o de Civil;
15. Competência final de semestre vs. final do curso - Olhar por competência, ver
as disciplinas que desenvolvem elas, esse é o quebra cabeça que o Prof. está
tentando montar (São Carlos fez isso ;
16. Projeto interdisciplinar ao longo de cada semestre - Quais competências o
aluno tem que ser desenvolvido? Esse projeto força os professores a
pensarem em interdisciplinaridade. Dificuldade: alunos fora do semestre ideal;
17. Mais aulas virtuais com o decorrer do curso;
9.8. Anexo VIII - Matriz com faixa salarial por ano de formatura
Até R$40.000,00 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 14.3% 0.0% 13.3% 13.8%
Entre R$40.000,01 e
0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 12.5% 14.3% 12.5% 46.7% 17.2%
R$80.000,00
Entre R$80.000,01 e
0.0% 33.3% 40.0% 33.3% 66.7% 0.0% 28.6% 12.5% 20.0% 31.0%
R$120.000,00
Entre R$120.000,01
0.0% 33.3% 20.0% 0.0% 0.0% 0.0% 42.9% 50.0% 6.7% 27.6%
e R$160.000,00
Entre R$160.000,01
100.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 25.0% 0.0% 25.0% 13.3% 3.4%
e R$200.000,00
Entre R$200.000,01
0.0% 33.3% 20.0% 0.0% 33.3% 25.0% 0.0% 0.0% 0.0% 3.4%
e R$240.000,00
Acima de
0.0% 0.0% 20.0% 66.7% 0.0% 37.5% 0.0% 0.0% 0.0% 3.4%
R$240.000,00
Respondentes 1 3 5 3 3 8 7 8 15 29
Subtotal 4 8 11 15 44
Total 82
117
1º ano
2º ano
3º ano
4º ano
PEF3404 Pontes e Grandes Estruturas Utilização de softwares e modelos 3D com simulações de pontes