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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS – IFG

CAMPUS APARECIDA DE GOIÂNIA


DEPARTAMENTO DE ÁREAS ACADÊMICAS
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

ANÁLISE DO CUSTO DE PROJETO E EXECUÇÃO DE


IMPERMEABILIZAÇÃO EM PARALELO À CORREÇÃO DAS
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

RAPHAEL CINTRA SANTOS


STÉFANI CRISTINA ALVES SILVA

APARECIDA DE GOIÂNIA
2018
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS - IFG
CAMPUS APARECIDA DE GOIÂNIA
DEPARTAMENTO DE ÁREAS ACADÊMICAS
CURSO BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

RAPHAEL CINTRA SANTOS


STÉFANI CRISTINA ALVES SILVA

ANÁLISE DO CUSTO DE PROJETO E EXECUÇÃO DE


IMPERMEABILIZAÇÃO EM PARALELO À CORREÇÃO DAS
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

Trabalho de conclusão de curso de


graduação apresentado ao Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
– Campus Aparecida de Goiânia como
requisito parcial para a obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Civil e desenvolvido
na linha “Construção Civil: Materiais e
Tecnologias” sob orientação da Prof. Esp.
Lorrayne Correia Sousa.

APARECIDA DE GOIÂNIA
2018
TERMO DE APROVAÇÃO

RAPHAEL CINTRA SANTOS


STÉFANI CRISTINA ALVES SILVA

ANÁLISE DO CUSTO DE PROJETO E EXECUÇÃO DE


IMPERMEABILIZAÇÃO EM PARALELO À CORREÇÃO DAS
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

Trabalho de conclusão de curso de


graduação apresentado ao Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
– Campus Aparecida de Goiânia como
requisito parcial para a obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Civil e desenvolvido
na linha “Construção Civil: Materiais e
Tecnologias” sob orientação da Prof. Esp.
Lorrayne Correia Sousa.

Aprovado em ____de______________de________.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________
Prof. Esp. Lorrayne Correia Sousa (Orientadora)

__________________________________
Prof. Me. Murilo Meiron de Pádua (Membro Interno)

__________________________________
Prof. Me. Ricardo Fernandes de Andrade (Membro Interno)
RESUMO

A falta ou falha de execução de uma impermeabilização é uma das maiores responsáveis


pelas manifestações patológicas em uma construção, sendo este um tema bastante
recorrente dentro da Engenharia Civil. A presença da umidade em locais onde não foi feita
uma correta impermeabilização podem causar problemas de natureza estética e até
estruturais. Neste contexto, este trabalho visa apresentar, através de dados e informações
colhidas in loco (em edifícios situados na cidade de Goiânia/Goiás), que a
impermeabilização é mais viável economicamente na fase de execução, do que na fase pós
obra. Neste trabalho, também serão discutidos alguns tipos de sistemas impermeabilizantes,
os possíveis métodos a serem utilizados e as corretas técnicas de execução. Além disso,
são apresentados estudos de caso (edifícios residenciais), onde ocorreram manifestações
patológicas decorrentes da incorreta aplicação das técnicas de impermeabilização e/ou da
falta delas. Ainda sobre o tema, há também um estudo sobre os projetos de
impermeabilização, suas características e funcionalidades. Ao final, é feito uma análise dos
custos da manutenção corretiva da impermeabilização, apresentando as metodologias
utilizadas, com o objetivo de comparar os custos da manutenção corretiva (reforma), em
relação aos custos das alternativas propostas na fase de execução da edificação.

Palavras-Chave: Impermeabilização. Manifestações patológicas. Acompanhamento técnico.


Análise de custo.
ABSTRACT

The lack or failure

(INSERIR NOVO TEXTO TRADUZIDO! )

e the costs of correction with respect to the costs of the proposed alternatives.

KEYWORDS: Waterproofing. Pathological manifestations. Technical monitoring. Cost


analysis.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Custo total das etapas de uma obra, em porcentagem........................................11

Figura 2 – Estrutura de concreto com corrosão das armaduras............................................33

Figura 3 – Teste de carbonatação do concreto......................................................................34

Figura 4 – Eflorescência no concreto.....................................................................................35

Figura 5 – Fissura/trinca em uma estrutura............................................................................36

Figura 6 – Nicho e falha de concretagem...............................................................................38

Figura 7 – Custo da impermeabilização durante as etapas de uma obra..............................41


LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Cronograma de execução...................................................................................45


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira das Normas Técnicas

APP Polipropileno Atático

CaCO3 Carbonato de Cálcio

CAP Cimento Asfáltico de Petróleo

cm Centímetro

EPDM Etileno-Dieno-Monômero

IBI Instituto Brasileiro de Impermeabilização

IFG Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás

IIR Poliisobutileno Isopreno

in loco No próprio local

KPa Kilopascals (Unidade de Pressão)

mm Milímetro

NBR Norma Brasileira (Aprovada pela Associação Brasileira de Normas


Técnicas)

PEAD Polietileno de Alta Densidade

PVC Policloreto de Vinila

Raios UV Raios Ultravioletas

SBS Estireno-Butadieno-Estireno

single ply Manta Aplicada em Uma Camada

TCC Trabalho de Conclusão de Curso


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................10
2 JUSTIFICATIVA..........................................................................................12
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................14
3.1 TIPOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO............................................................14
3.1.1 IMPERMEABILIZAÇÃO RÍGIDA...............................................................15
3.1.1.2 ARGAMASSA POLIMÉRICA......................................................................17
3.1.2 IMPERMEABILIZAÇÃO FLEXÍVEL...........................................................20
3.1.2.1 MEMBRANAS.............................................................................................21
3.1.2.2 MANTAS.....................................................................................................24
3.1.2.2.1 MANTAS ASFÁLTICAS..............................................................................24
3.2 PROJETOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO..................................................28
3.3 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS.........................................................30
3.3.1 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DO GRUPO 1..................................33
3.3.1.1 CORROSÕES DAS ARMADURAS............................................................33
3.3.1.2 CARBONATAÇÃO DO CONCRETO..........................................................34
3.3.1.3 EFLORESCÊNCIAS...................................................................................34
3.3.2 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DO GRUPO 2..................................36
3.3.2.1 TRINCAS E FISSURAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO....................36
3.3.2.2 VARIAÇÕES TÉRMICAS............................................................................37
3.3.2.3 DEFORMAÇÕES EXCESSIVAS DO CONCRETO ARMADO....................37
3.3.2.4 RECALQUES DIFERENCIAIS.....................................................................37
3.3.2.5 RETRAÇÃO HIDRÁULICA..........................................................................38
3.3.2.6 NINHOS E FALHAS DE CONCRETAGEM.................................................38
3.3.2.7 RECOBRIMENTO DAS ARMADURAS.......................................................39
3.3.2.8 CHUMBAMENTO DE PEÇAS ....................................................................39
3.3.2.9 FALHAS EM INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS..................................40
3.4 MANUTENÇÃO CORRETIVA.....................................................................41
4 OBJETIVOS.................................................................................................43
5 METODOLOGIA..........................................................................................44
6 CRONOGRAMA.......................................................................................... 45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................46

MUDAR SUMARIO!!!!
1 INTRODUÇÃO

A construção civil vem se tornando cada vez mais foco de estudo científico, no qual
se objetiva o aprimoramento de técnicas construtivas, visando fundamentalmente o controle
de manifestações patológicas. Um dos problemas constantes em edificações causador de
diversas manifestações patológicas é a infiltração de fluidos através de poros e trincas.

O uso de técnicas para impermeabilizar não é algo recente como se imagina. Moraes
(2002) cita Picchi (1986), afirma que os primeiros materiais usados nas construções com a
finalidade de impermeabilizar foram os óleos e betumes naturais, já que forneciam
características impermeabilizantes. Tais materiais, segundo o mesmo autor, foram utilizados
na Muralha da China, nas piscinas das termas romanas e nos Jardins da Babilônia. Já os
Egípcios, usavam óleos aromáticos para proteger os sarcógrafos. Na Era Romana,
utilizavam a “albumina”, composta por clara de ovo, sangue, óleos, entre outros, materiais
que também tinha a função de impermeabilizar, principalmente saunas e aquedutos.
(PICCHI, 1986, apud MORAES, 2002).

No Brasil, observam-se igrejas e pontes históricas em perfeito estado de


conservação em detrimento do uso de óleo de baleia (usado como plastificante) como
aditivo em argamassas de assentamento de pedras naturais. (VEDACIT, 2010).

De acordo com Borges (2009), o concreto e as argamassas utilizadas nos


revestimentos são dotados de poros, trincas e pequenas fissuras na maioria das vezes
imperceptíveis a olho nu, mas que com a presença da água (fluido mais utilizado em
edificações), seja por capilaridade ou percolação, dão origem a pontos de umidade ou até
mesmo vazamentos que são complicados de solucionar.

Para a solução de problemas de infiltração da água nas edificações, executa-se a


impermeabilização, que nada mais é que “[...] conjunto de operações e técnicas (serviços),
composto por uma ou mais camadas, que tem por finalidade proteger as construções contra
a ação deletéria de fluidos, de vapores e da umidade. ” (NBR 9575, ABNT, 2010, p.5).
Figura 1 – Aplicação de impermeabilizante na viga baldrame. Fonte: Os autores.

Atualmente no mercado, há vários tipos de impermeabilizações sendo usados nas


construções, sendo que em diversas situações são aplicados vários tipos de produtos
impermeabilizantes, ao invés de somente um, formando um sistema de impermeabilização.

Em relação ao custo da implantação da impermeabilização em uma edificação, este


representa algo em torno de 3% do custo total da obra, conforme ilustra a Figura 2:

FUNDAÇÃO - 12%
ESTRUTURA - 25%
ALVENARIA - 10%
ELEVADOR - 10%
REVESTIMENTO-22%
IMPERMEABILIZAÇÃO - 3%
PINTURA, LIMPEZA FINAL - 10%

Figura 2 – Custo total das etapas de uma obra, em porcentagem. Fonte: Adaptado de VEDACIT (2010).

Buscando melhorar a funcionalidade dos sistemas impermeabilizantes, e visando


garantir a vida útil da estanqueidade nas edificações, torna-se cada vez mais comum a
procura por projetos de impermeabilização e seus projetistas competentes. Tais projetos
visam descrever os produtos impermeabilizantes e modo de execução de cada um deles,
com o propósito de evitar problemas oriundos da infiltração da água.

É importante salientar sobre a importância da etapa de impermeabilização dentro de


uma construção, pois, quando se opta pela não impermeabilização ou impermeabilização
inadequada, a edificação fica sujeita à várias manifestações patológicas, trazendo futuros
prejuízos econômicos e estruturais.
2 OBJETIVOS

A presente pesquisa tem como objetivo geral analisar comparativamente custos de


correção de manifestações patológicas, provenientes de infiltração, em paralelo aos custos
de projeto e execução de impermeabilização, através de amostras e dados colhidos nas
edificações acompanhadas nos últimos meses.

. Com a realização da pesquisa espera-se atingir os seguintes objetivos específicos:

a. Apresentar as técnicas e metodologias executivas utilizadas no tratamento das


manifestações patológicas;

b. Identificar, nas obras visitadas, os problemas causados pela falta ou falha da


impermeabilização;

c. Orçar os custos referentes ao tratamento das manifestações patológicas


analisadas;

d. Propor técnicas que deveriam ter sido utilizadas nas diversas fases da obra
(projeto, execução ou acabamento) para que essas manifestações não
ocorressem;

e. Ao final, levantar um comparativo dos custos referentes à impermeabilização


na fase de projeto e execução, em paralelo aos custos referentes da
impermeabilização na fase pós-obra;
3 JUSTIFICATIVA

Estabelecer uma análise de custo ao executar um projeto de impermeabilização,


comparada ao investimento gasto para sanar manifestações patológicas oriundas de sua
ausência ou falha.

Segundo SOARES (2014) a etapa da impermeabilização é uma das fases mais


importantes para tornar a construção protegida, e, a sua implementação e correta execução
dos materiais empregados evita comprometimentos da edificação (surgimento de manchas,
descolamento de revestimentos, goteiramentos, ataque na parte estrutural da edificação,
dentre outras patologias comuns nas construções devido à presença da umidade) e
preserva sua vida útil.

Fazer a impermeabilização durante a execução da obra é mais fácil e econômico do


que executá-la posteriormente quando surgirem os inevitáveis problemas com a
umidade, tornando os ambientes insalubres e com aspecto desagradável.
(VEDACIT, 2010).

Um fator relevante que ressalta a importância da implantação de projetos de


impermeabilização em edificações seria o atendimento aos requisitos regulamentados pela
Norma de Desempenho 15575-1 (ABNT, 2013).

Conforme a parte 1 da referida Norma de Desempenho (ABNT NBR 15575-1, 2013)


mais especificamente do item 10 (dez) que se trata da Estanqueidade, devem ser
consideradas em projeto a exposição à agua da chuva, à umidade proveniente do solo e
aquela proveniente do uso da edificação habitacional, pois a umidade acelera os
mecanismos de deterioração, além de acarretar a perda das condições de habitabilidade e
de higiene do ambiente construído.

Para que a edificação seja o mais estanque possível, a Norma de Desempenho


estabelece as premissas de projeto, o qual deve prevenir a infiltração da água de chuva e da
umidade do solo nas habitações, por meio dos seguintes detalhes:

[...] a) condições de implantação dos conjuntos habitacionais, de forma a drenar


adequadamente a água de chuva incidente em ruas internas, lotes vizinhos ou
mesmo no entorno próximo ao conjunto; b) impermeabilização de porões e subsolos,
jardins contíguos às fachadas e quaisquer paredes em contato com o solo, ou pelo
direcionamento das águas, sem prejuízo da utilização do ambiente e dos sistemas
correlatos e sem comprometer a segurança estrutural. Em havendo sistemas de
impermeabilização, estes devem seguir a NBR 9575; c) impermeabilização de
fundações e pisos em contato com o solo; d) ligação entre os diversos elementos da
construção (como paredes e estrutura, telhado e paredes, corpo principal e pisos ou
calçadas laterais). (ABNT, 2013, p.19).

Quanto à estanqueidade à água utilizada na operação e manutenção da edificação, a


norma (ABNT 15575-1, 2013) afirma que devem ser previstos no projeto detalhes que
assegurem a estanqueidade de partes do edifício que tenham a possibilidade de ficar em
contato com a água gerada na ocupação ou manutenção do imóvel, verificando-se a
adequação das vinculações entre instalações de água, esgotos ou águas pluviais e
estrutura, além de pisos e paredes, para evitar que as tubulações não venham ser rompidas
ou desencaixadas por deformações impostas.

Visando atender aos requisitos básicos de desempenho de uma edificação, a maioria


prescritos pela Norma de Desempenho 15575-1 (ABNT, 2013), observa-se a importância de
se realizar uma boa impermeabilização. A execução correta da etapa de impermeabilização,
em uma edificação, como visto anteriormente, compreende um valor pouco significativo para
o orçamento total de uma obra, quando se analisa comparativamente as várias vantagens
que ela proporciona à edificação (aumento da durabilidade dos edifícios; impedimento das
corrosões das armaduras do concreto; proteção das superfícies de umidade, manchas e
fungos; e, garantia de ambientes salubres e higiênicos).
4 METODOLOGIA

Este trabalho apresenta características bibliográficas e de pesquisa de campo, com


visão qualitativa e quantitativa, utilizando-se de métodos comparativos e estatísticos, com
ajuda de ferramentas como pesquisa de mercado e entrevistas.

Visando exemplificar melhor a metodologia utilizada para a realização deste trabalho,


foi feito o Fluxograma a seguir:

Revisão
bibliográfica Orçar os custos referentes ao
tratamento das manifestações
patológicas analisadas;

Estudo e apresentação do Propor técnicas que deveriam


tema, e suas vertentes
ter sido utilizadas nas diversas
fases da obra (projeto,
execução ou acabamento)
para que essas manifestações
Visitas em obras com não ocorressem;
problemas de infiltração e
umidade

Comparar os custos
Identificar as manifestações da
patológicas destas obras, e impermeabilização,
suas possíveis causas em fases distintas
de uma obra

Figura 11 – Fluxograma apresentando as etapas seguidas para realização deste trabalho acadêmico. Fonte: Os
autores.

Na primeira etapa, será feita uma revisão bibliográfica, utilizando como fonte principal
artigos e dissertações sobre o tema, buscando informações que auxiliem na compreensão
do assunto abordado.
Na segunda etapa, serão feitos contatos com especialistas do assunto, incluindo
empresas com foco em aplicação e manutenção de impermeabilização, e, empresas
especializadas em projetos de impermeabilização, com objetivo de conhecer e entender
melhor sobre os temas e suas abordagens.

Posteriormente, ocorrerão visitas às edificações que tenham manifestações


patológicas que estejam sendo tratadas por profissionais especialistas em
impermeabilizações. Será analisado, também, o projeto de impermeabilização proposto para
a obra, caso exista.

Logo em seguida, será feito o acompanhamento do tratamento das manifestações


patológicas.

Na etapa seguinte, será realizado um levantamento de custos destas correções


causadas pela falha ou ausência de impermeabilizantes.

Finalizado o acompanhamento técnico e prático, será feita uma análise de custos


dos resultados obtidos. Em seguida, apresentar novas metodologias construtivas ou de
projeto para que não ocorram novamente tais manifestações patológicas.

Pretende-se, ao fim, comparar os custos de correção em relação aos custos das


alternativas propostas.
5 CRONOGRAMA

Este trabalho de Conclusão de Curso foi desenvolvido em um prazo de 12 meses a


contar do momento da sua aprovação pelo Colegiado do Curso de Graduação em
Engenharia Civil.

O Quadro 1, a seguir, mostra o tempo necessário gasto para o desenvolvimento de


cada etapa do projeto.

PERÍODO (ANO/ MÊS)


ATIVIDADE

2017 2018

07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06

1ª etapa

2ª etapa

3ª etapa

4ª etapa

5ª etapa

6ª etapa

Quadro 1 – Cronograma de execução. Fonte: Os autores (2017).

1ª etapa – Revisão Bibliográfica 4ª etapa – Comparativo entre os custos


2ª etapa – Acompanhamento técnico de correção, em relação aos custos de
3ª etapa – Levantamento de custos de alternativas propostas
execução dos serviços e projetos 5ª etapa – Ajustes e considerações finais
6ª etapa – Apresentação do TCC final
6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

6.1 TIPOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO

Os sistemas de impermeabilização têm por finalidade proteger a construção contra


passagem de fluidos. A principal função destes sistemas é o de “[...] proteger as edificações
dos malefícios de infiltrações, eflorescências e vazamentos causados pela água.” (RIGHI,
2009, p.26). Podem ser aplicadas em reservatórios, piscinas, caixas de água, fundações,
poços de elevadores, subsolos, pisos, paredes de encosta, muros de arrimo, paredes
externas expostas à intempéries, lajes de cobertura, terraços, abóbadas, áreas de serviço,
áreas frias, calhas de concreto e demais ambientes e/ou elementos de uma edificação for
submetida constantemente à umidade.

No decorrer dos anos, foram feitas várias classificações dos sistemas de


impermeabilização em manuais técnicos, artigos científicos e periódicos. Em sua
dissertação de mestrado, Moraes (2002) cita a classificação feita por Schlaepfer e Cunha
(2001), que projeta uma divisão dos diversos sistemas conforme o tipo de estrutura, sua
rigidez e situação perante os fluxos d’água:

Dizem os mesmos autores que basicamente os sistemas de impermeabilização


dividem-se nos seguintes fatores: Pressão d’água e direção do fluxo a ser contido;
rigidez/flexibilidade da estrutura; aderência do sistema à estrutura; metodologia de
preparação e aplicação; estruturação do produto impermeabilizante; quantidades de
camadas de impermeabilizantes. (SCHLAEPFER e CUNHA, 2001 apud MORAES,
2002, p.13).

Dessas classificações ditas por Schlaepfer e Cunha (2001) no trabalho de Moraes


(2002), vale ressaltar e caracterizar a classificação quanto à aderência do sistema à
estrutura/substrato, que se subdivide em: aderido, semi-aderido e flutuante.

a) Aderido: Quando o material impermeabilizante é totalmente fixado à


estrutura/substrato, seja por fusão da própria estrutura/substrato ou por colagem com
adesivos, asfalto quente ou maçarico;

b) Semi-aderido: Quando a aderência não ocorre por completa, ou seja, é parcial e


localizada em alguns pontos, como platibandas e ralos;

c) Sistema flutuante: quando a impermeabilização é totalmente desligada da


estrutura/substrato, geralmente utilizada em estruturas de grande deformabilidade.

10
Todavia, de acordo com a NBR 9574 (ABNT, 2008), os sistemas impermeabilizantes
são divididos em dois grandes grupos: rígidos e flexíveis. Neste trabalho, será adotada esta
mesma classificação.

6.1.1 IMPERMEABILIZAÇÃO RÍGIDA

Conforme NBR 9575 (ABNT, 2010), a impermeabilização rígida seria um “conjunto


de materiais ou produtos que não apresentam características de flexibilidade compatíveis e
aplicáveis às partes construtivas não sujeitas à movimentação do elemento construtivo”.

Em outras palavras, são sistemas adotados em estruturas que serão submetidas a


mínimas variações térmicas, vibrações e/ou exposição solares, em decorrência da sua baixa
capacidade de absorver deformações (trincas e fissuras) da estrutura receptora do produto
impermeabilizante. O sistema rígido é indicado para estruturas que não se movimentam ou
que não sofrem deformações. É usualmente empregado em muros de arrimo, paredes de
encosta, pisos, subsolos, poços de elevadores, fundações, reservatórios, piscinas e caixas
de água totalmente enterradas.

De acordo com a NBR 9574 (ABNT, 2008), os tipos principais de impermeabilizações


rígidas são:

a) Argamassa impermeável com aditivo hidrófugo;

b) Argamassa modificada com polímero;

c) Argamassa polimérica;

d) Cimento cristalizante para pressão negativa;

e) Cimento modificado com polímero;

f) Membrana epoxídica.

Neste trabalho, será abordado mais profundamente dentro do sistema rígido de


impermeabilização apenas a argamassa polimérica, um dos principais impermeabilizantes
utilizados nos estudos de caso apresentados posteriormente.

6.1.1.1 ARGAMASSA POLIMÉRICA

De acordo com Soares (2014), a argamassa polimérica é um “material


bicomponente, ou seja, composto por dois materiais distintos que devem ser misturados

11
antes da utilização, no caso um componente em pó e outro na forma de resina”. Pela
composição de polímeros acrílicos, o sistema torna-se flexível, fazendo com que seja capaz
de suportar pequenas movimentações da estrutura. Em razão disso, muitos fabricantes
classificam o produto como semi-flexível. No entanto, apesar dessa característica, ainda se
trata de uma argamassa, rígida com cimento. Outra característica seria a capacidade de
resistir tanto a pressões hidrostáticas positivas, quanto negativas, a incapacidade de alterar
a potabilidade da água e de ser também uma importante barreira contra sulfatos e cloretos.
Tais características fazem com que esse sistema de impermeabilização seja indicado para
reservatórios enterrados.

Outra aplicação da argamassa polimérica seria na forma de pintura ou revestimento,


como enuncia RIGHI (2009):

A argamassa polimérica pode ser aplicada na forma de pintura com trincha ou


brocha ou ser aplicado na forma de revestimento final com desempenadeira, nesse
caso requer uma diminuição da quantidade de componente liquido da mistura.
(RIGHI, 2009, p.30).

Para a implementação desse tipo de impermeabilizante, deve-se obedecer às


prescrições da NBR 9574 (ABNT, 2008), que conduz a preparação do substrato assim como
a correta fixação da argamassa polimérica a ele:

O substrato deve se apresentar firme, coeso e homogêneo. O substrato deve ser


limpo, isento de corpos estranhos, restos de formas, pontas de ferragem, restos de
produtos desmoldantes ou impregnantes, falhas e ninhos. Elementos trespassantes
ao substrato devem ser previamente fixados. O substrato deve estar úmido, porém
deve estar isento de filme ou jorro de água. Na existência de jorro de água,
promover o tamponamento com cimento e aditivo de pega rápida [...]. Adicionar aos
poucos o componente em pó à componente resina e misturar homogeneamente, de
forma natural ou mecânica, dissolvendo os possíveis grumos. Uma vez misturados
os componentes pó e resina, o tempo de utilização da mistura não deve ultrapassar
o período recomendado pelo fabricante. Aplicar sobre o substrato as demãos em
sentido cruzado da argamassa polimérica, com intervalos de 2 a 6 horas entre
demãos, dependendo da temperatura ambiente. Caso a demão anterior esteja seca,
molhar o local antes da nova aplicação. Quando da utilização de armadura tipo tela,
esta deve ser posicionada após a primeira demão e ser totalmente recoberta pelas
demãos subsequentes. Em áreas abertas ou sob incidência solar, promover a
hidratação da argamassa polimérica por no mínimo 72 horas. (ABNT, 2008, p.3).

Mesmo com as orientações das normas brasileiras, deve-se atentar para as


orientações preconizadas pelos fabricantes dos materiais impermeabilizantes, seja o
transporte, armazenamento e preparação do material bem como sua aplicação/manuseio.

12
6.1.2 IMPERMEABILIZAÇÃO FLEXÍVEL

Na prática, os sistemas de impermeabilização flexíveis são os mais utilizados e são


várias as opções no momento de escolher o melhor para cada situação. A NBR 9575
(ABNT, 2010, p.5) define a impermeabilização flexível como “conjunto de materiais ou
produtos que apresentam características de flexibilidade compatíveis e aplicáveis às partes
construtivas sujeitas à movimentação do elemento construtivo”.

Moraes (2002) afirma que esse sistema é aplicável em estruturas sujeitas a


variações térmicas diferenciadas e/ou grandes vibrações, cargas dinâmicas, recalques e/ou
forte exposição solar.

São normalmente empregados em lajes de cobertura, terraços, calhas de concreto,


áreas frias (banheiros, cozinhas), áreas de serviço, abóbadas, reservatórios elevados,
piscinas suspensas, fossos, reatores de usinas nucleares, jardins suspensos, galerias de
trens metropolitanos, dentre outras.

Alguns autores subdividem o sistema de impermeabilização flexível em sistema


flexível moldado no local e pré-fabricado. Soares (2014, p.84) diz que “o sistema é
subdividido em dois tipos, as moldadas no local e chamadas de membranas e as pré-
fabricadas e chamadas de mantas”.

Dessa forma, têm-se basicamente dois tipos de sistema de impermeabilização


flexível:

a) Membranas;

b) Mantas.

A principal vantagem das membranas em relação às mantas é que as membranas


não apresentam emendas. Segundo Cichinelli (2004) as membranas exigem um rígido
controle da espessura e, consequentemente, da quantidade de produto aplicado por metro
quadrado, sendo essa uma falha que fica difícil de visualizar.

6.1.2.1 MEMBRANAS

As membranas têm como sua principal característica o fato de serem moldadas no


local. Também se caracterizam por exigirem um rígido controle de espessura e, com isso,
da quantidade de produto a ser aplicado por área e seu rendimento. Desta maneira, as
membranas exigem um controle tecnológico mais sofisticado durante sua execução.

13
A necessidade do controle tecnológico devido ao controle de rendimento e
espessura faz com que, em muitos casos, se evite tal especificação, dando
preferência aos sistemas pré-fabricados, já que o bom resultado depende muito da
qualidade dos produtos e de sua aplicação, necessário contar com mão de obra
capacitada e utilizar produtos normalizados. (SOARES, 2014, p.91).

No entanto, as membranas apresentam uma grande vantagem em relação os


produtos pré-fabricados: o fato de não apresentarem emendas. Visto que, quanto maior o
número de emendas maiores as chances de falhas, este ponto é visto como preponderante
em áreas muito recortadas e com muitas interferências. Pois, por ser moldável, torna mais
fácil sua execução evita às diversas emendas que uma área como essa teria se fossem
utilizadas mantas.

Os principais tipos de membranas impermeabilizantes, de acordo com a NBR 9574


(ABNT, 2008), são:

a) Membrana de polímero com cimento;

b) Membrana asfáltica;

c) Membrana acrílica.

6.1.2.2 MANTAS

As mantas são sistemas de impermeabilização flexível pré-fabricado. São


subdivididas conforme o principal composto agente da impermeabilização. Os tipos
principais, tendo como base a NBR 9574 (ABNT, 2008) são:

a) Mantas asfálticas,

b) Mantas de PVC (Policloreto de vinila),

c) Mantas de PEAD (Polietileno de alta densidade);

d) Mantas elastoméricas.

Neste trabalho, serão abordadas dentro desse grupo de impermeabilizantes, apenas


as mantas asfálticas, aplicadas nos estudos de casos apresentados posteriormente.

6.1.2.2.1 MANTAS ASFÁLTICAS

Soares (2014) diz que as mantas asfálticas, por serem pré-fabricadas, são
componentes de um sistema considerado industrializado. Sendo essas mantas compostas à
14
base de asfaltos modificados com polímeros e armados com estruturantes especiais, seu
desempenho depende da composição desses dois componentes.

São os produtos impermeabilizantes mais utilizados no Brasil, compondo o método


de impermeabilização mais difundido no país devido o conhecimento da aplicação pela mão
de obra e a facilidade de se encontrar o material no mercado brasileiro.

“As principais vantagens das mantas asfálticas são: Espessura constante, fácil
controle e fiscalização, aplicação do sistema de uma única vez, menor tempo de aplicação,
não é necessário aguardar a secagem” (MELLO, 2005 apud RIGHI, 2008, p.38).

No mercado de impermeabilizantes, existem vários tipos de mantas asfálticas em


razão da sua composição, do estruturante interno, do acabamento externo e da sua
espessura. Conforme a NBR 9952 (ABNT, 2007), os tipos de asfalto a serem utilizados nas
mantas são os seguintes:

a) Elastoméricas: São mantas que apresentam a adição de elastômeros em sua


massa. Usualmente é usado SBS (Estireno-Butadieno-Estireno).

b) Plastoméricas: São mantas que apresentam a adição de plastômeros 1 em sua


massa. Usualmente é usado APP (Polipropileno Atático).

c) Oxidado: São mantas de asfalto oxidado, policondensado, ou com a adição de


uma mistura genérica de polímeros.

A NBR 9952 (ABNT, 2007) classifica as mantas asfálticas, em relação ao


estruturante interno, nos seguintes tipos:

a) Filme de polietileno;

b) Véu de fibra de vidro;

c) Não tecido de poliéster;

d) Tela de poliéster.

Em relação à espessura, a mesma norma estabelece que as mantas podem ser de 3


mm até 5 mm, sendo que, quanto maior a espessura, melhor será seu desempenho. Já
quanto ao acabamento aplicado na superfície, as mantas podem ser classificadas em:

1
Os polímeros plastoméricos são aqueles que possuem capacidade de deformação quando submetidos a uma
determinada tensão, mudando de forma, porém ao cessar a tensão, não voltam à forma original, permanecendo
deformados. Possuem, portanto propriedades e comportamento plástico (DENVER, 2008).
15
a) Granular.

b) Metálico.

c) Antiaderente.

Righi (2008) descreve resumidamente o método de aplicação da manta asfáltica:

O método de aplicação deste produto inicia-se com uma demão de primer sobre a
superfície regularizada e seca, aguardando sua secagem [...]. Deve-se certificar-se
da boa aderência entre a manta e o substrato, evitando, assim, bolhas ou outros
problemas que possam comprometer o desempenho do sistema. As emendas são
os principais pontos crítico da impermeabilização com mantas asfálticas. Por isso,
deve-se fazer uma sobreposição de 10 cm entre as mantas. As emendas podem ser
executadas com a chama de maçarico a gás, asfalto aplicado a quente ou
elastômero especial de poliuretano. Após a colocação da manta deve ser feito um
teste de estanqueidade com uma lâmina d´água, por 72 horas, a fim de detectar

qualquer falha na impermeabilização. (RIGHI, 2008, p.38).

6.2 PROJETOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO

Os projetos de impermeabilização têm como objetivo especificar, orientar e informar


a execução de serviços relativos à execução da impermeabilização nas obras.

Com a entrada em vigor da NBR 15.575 - Norma de Desempenho “Edificações


habitacionais” (ABNT, 2013) - que exige que todos os sistemas que compõem os edifícios
habitacionais (estrutura, cobertura, paredes de vedação, instalações prediais, entre outros)
atendam um nível mínimo de desempenho ao longo de uma vida útil determinada em
projeto, aumentou-se a busca pela execução de projetos de impermeabilização para garantir
o atendimento e cumprimento das necessidades e exigências da norma.

Todos os projetos de impermeabilização devem seguir as normas da NBR 9575


(ABNT, 2010), que recomenda que a impermeabilização seja parte integrante do projeto do
edifício:

O projeto de impermeabilização deve ser desenvolvido em conjunto e


compatibilizado com os demais projetos de construção, tais como arquitetura
(projeto básico e executivo), estrutural, hidro sanitário, águas pluviais, gás, elétrico,
revestimento, paisagismo e outros, de modo a serem previstas as correspondentes
especificações em termos de tipologia, dimensões, carga, ensaios e detalhes
construtivos. (ABNT,2010, p.11).

16
Um projeto de impermeabilização, além de ser importante para evitar manifestações
patológicas causadas pela umidade, também tem como função prever caimentos, proteções,
rebaixos, altura dos pisos, entre outros.

Figura 3 – Modelo de um projeto de Impermeabilização. Fonte: JUNIOR (2018).

O IBI - Instituto Brasileiro de Impermeabilização, afirma em seu site, que, de acordo


com a NBR 13531:1995 - Elaboração de projetos de edificações - Atividades técnicas,
aplicável em conjunto com a NBR 9575:2010 - Projeto de impermeabilização, o projeto de
impermeabilização compõe-se de um conjunto de informações gráficas e descritivas que
definem integralmente as características de todos os sistemas de impermeabilização
empregados em uma dada construção, de forma a orientar sua produção.

Durante a criação de um projeto de impermeabilização, há 03 (três) fases distintas.


São elas: estudo preliminar; projeto básico; e, projeto executivo. Todas as três fases, são
amparadas pela NBR 9575 (ABNT, 2010).

Na fase de estudo preliminar, são feitos levantamentos /avaliações e orçamentos,


com base no arquivo/projeto inicial. Em seguida, na fase do projeto básico, há desenhos
simples (que normalmente sofrem alterações), nos quais são mostradas plantas de
localização e identificação das impermeabilizações, bem como dos locais de detalhamento
construtivo. Nesse tipo de projeto, também é contido um memorial descritivo dos tipos de
impermeabilização selecionados para os diversos locais que necessitem de
impermeabilização.

Na última fase do projeto, tem-se o projeto executivo. Nesta etapa, o projeto básico é
modificado e adaptado para a construção (sendo este compatibilizado com os demais
projetos da edificação). Também apresenta todos os aspectos e características do projeto

17
básico, porém é adicionado o memorial descritivo de materiais e camadas de
impermeabilização, além do material descritivo de procedimentos de execução e de
segurança do trabalho. Deve conter também planilha de quantitativos de materiais e planilha
de descrição de ensaios tecnológicos e de campo. Ao final, este projeto executivo que irá
para o canteiro de obras (para ser seguido e executado).

Assim como em outras etapas da construção civil, a impermeabilização também


deve ser pensada em detalhes, usando as especificações corretas e termos técnicos,
visando atender as normas correspondentes ao tema.

Os sistemas de impermeabilização a serem adotados devem atender à algumas


exigências, conforme citadas pela norma NBR 9575 (ABNT, 2010):

a. Resistir às cargas estáticas e dinâmicas atuantes sob e sobre a


impermeabilização, tais como puncionamento, fendilhamento, ruptura por tração,
desgaste, descolamento e esmagamento;

b. Resistir aos efeitos dos movimentos de dilatação e retração do substrato e


revestimentos, ocasionados por variações térmicas;

c. Resistir à degradação ocasionada por influências climáticas, térmicas, químicas


ou biológicas;

d. Resistir às pressões hidrostáticas, de percolação, coluna d’água e umidade de


solo, bem como descolamento ocasionado por perda de aderência;

e. Apresentar aderência, flexibilidade, resistência e estabilidade físico-mecânica


compatíveis com as solicitações previstas nos demais projetos;

f. Resistir ao ataque e agressão de raízes de plantas ornamentais.

Para atender as exigências citadas acima, o projeto executivo de impermeabilização


deve obedecer à alguns detalhes construtivos, apresentados também nesta mesma norma:

a. A inclinação do substrato das áreas horizontais deve apresentar no mínimo 1%


em direção aos coletores de água. Para calhas e áreas internas, o mínimo
permitido é 0,5%;

b. Os coletores devem ter diâmetro que garanta a manutenção da seção nominal


dos tubos, sendo o diâmetro nominal mínimo 75 mm.;

18
c. Deve ser previsto nos planos verticais encaixes para embutir a
impermeabilização para o sistema que assim o exigir, a uma altura mínima de 20
cm acima do nível do piso acabado ou 10 cm do nível máximo que a água pode
atingir;

d. Toda a tubulação que atravesse a impermeabilização deve ser fixada na


estrutura e possuir detalhes específicos de arremate e reforços da
impermeabilização;

e. As tubulações hidráulicas, elétricas, de gás e outras que passam paralelamente


sobre a laje devem ser executadas sobre a impermeabilização e nunca sob ela.
Se forem aparentes, devem ser executadas no mínimo 10 cm acima do nível
acabado, depois de terminada a impermeabilização e seus complementos;

f. Quando houver tubulações embutidas na alvenaria, deve ser prevista proteção


adequada para a fixação da impermeabilização;

g. As tubulações externas às paredes devem ser afastadas entre elas ou dos planos
verticais no mínimo 10 cm;

h. As tubulações que transpassem as lajes impermeabilizadas devem ser


rigidamente fixadas à estrutura;

i. Quando houver tubulações de água quente embutidas ou sistema de


aquecimento de pisos, deve ser prevista isolação térmica adequada destas para
execução da impermeabilização;

j. Nos locais onde a impermeabilização for executada sobre o contrapiso, deve-se


atentar para a perfeita aderência deste com o substrato sob ele.

6.3 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

A falta do planejamento (projeto de impermeabilização), e consequente serviço feito


desordenadamente, podem ocasionar graves problemas à edificação. Dentre eles,
destacam-se: retrabalhos de instalações hidráulicas; enchimentos desnecessários; mudança
no dimensionamento final dos acabamentos; manutenções e reparos futuros na própria
impermeabilização, diminuindo sua vida útil.

19
As manifestações patológicas consequentes da falha ou ausência da
impermeabilização são resultado do excesso de umidade no edifício. Segundo Lersch
(2003), essas manifestações podem ser divididas em:

a. Umidade de infiltração, que é a passagem de umidade da parte externa para a


parte interna, através de trincas ou da própria capacidade de absorção do
material;

b. Umidade ascensional, que é a umidade originada do solo, e sua presença pode


ser notada em paredes e solos;

c. Umidade por condensação, que é consequência do encontro do ar com alta


umidade, com superfícies apresentando baixas temperaturas, o que causa a
precipitação da umidade;

d. Umidade de obra, que é basicamente a umidade presente na execução da obra,


como em argamassas e concretos. Uma vez que, a água é um componente
primordial na composição destes elementos (argamassa e concreto), os quais,
são utilizados, durante a fase de execução, em lajes, paredes, e outros
elementos estruturais.

e. Umidade acidental, que é o fluido gerado por falhas nos sistemas de tubulações
hidrossanitárias, comumente encontrado em construções na fase de execução e
pós-obra, e que acabam ocasionando infiltração em outros elementos
construtivos.

Após a análise dos tipos de umidade, das condições da obra, e das obrigatoriedades
que as normas relacionadas estipulam, pode-se chegar ao sistema que será utilizado. Em
seguida, serão estudados os produtos mais viáveis, que são encontrados em grande
diversidade no mercado.

Porém, mesmo com a divulgação da importância desse processo, é comum a falta


de impermeabilização nas obras, e a sua ausência, ou falhas no serviço podem gerar vários
transtornos.

De acordo com o engenheiro Storte (2011), autor conhecido por escrever artigos
relacionados ao tema, as principais manifestações patológicas relacionadas com a
impermeabilização podem ser divididas em dois grupos:

20
GRUPO 1: Manifestações patológicas provocadas pela infiltração d’água, devido à
ausência ou falha da impermeabilização.

GRUPO 2: Manifestações patológicas originárias durante os processos construtivos,


que podem provocar o rompimento ou danos à impermeabilização.

6.3.1 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DO GRUPO 1

a) CORROSÃO DAS ARMADURAS

A corrosão das armaduras (Figura 4) é uma das principais manifestações


patológicas, responsáveis por prejuízos de grande escala em todo tipo de obra.

Figura 4 – Estrutura de concreto com corrosão das armaduras. Fonte: STORTE (2011).2

Ela se dá pela formação de uma pilha eletroquímica no interior do concreto armado,


desenvolvendo-se assim um cátodo e um ânodo numa barra de aço, sendo oxidado na parte
anódica e reduzido na parte catódica. Vários fatores são necessários para que haja a
corrosão de armaduras e um destes é a água, porque esta é essencial para que ocorra a
reação catódica de redução do oxigênio, e porque influi na resistividade do concreto e na
permeabilidade ao oxigênio (FIGUEIREDO, 2013).

Sabe-se que diversos fatores atuam para o aparecimento desta patologia, tais como:
recobrimento das armaduras abaixo dos valores recomendados pela norma NBR 6118
2
Disponível em: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=20&Cod=703>. Acesso em: 18 de
novembro de 2017.

21
(ABNT, 2014); concreto executado com elevado fator água/cimento, acarretando elevada
porosidade do concreto e fissuras de retração; ausência ou deficiência de cura do concreto,
proporcionando a ocorrência de fissuras, porosidade excessiva e diminuição da resistência;
segregação do concreto com formação de ninhos de concretagem, devido ao traço,
lançamento e vibração incorretos e formas inadequadas, entre outros.

b) CARBONATAÇÃO DO CONCRETO

A carbonatação do concreto (Figura 6) é outra patologia provocada pela infiltração de


água, devido à falta de impermeabilização.

Figura 6 - Teste de carbonatação do concreto. Fonte: PINI (2017).3

Nas estruturas de concreto, nos locais onde ocorrem fissuras, a alcalinidade é


reduzida e ocorre a despassivação da armadura da estrutura, devido à presença de gás
carbônico.

c) EFLORESCÊNCIA

A eflorescência (Figura 7) é a formação de depósitos salinos na superfície do


concreto ou argamassas, como resultado da sua exposição à água de infiltrações ou
intempéries. É considerado um dano, por alterar a aparência do elemento onde se deposita.

3
Disponível em: < https://dynamistechne.com/servicos-executados/tanque-de-concreto-imerys-rio-capim-caulim/
teste-de-carbnatacao-no-concreto/>. Acesso em: 29 de nov. de 2017.
22
Figura 7 – Eflorescência no concreto. Fonte: SABAI (2017).4

Há casos em que seus sais constituintes podem ser agressivos e causar degradação
profunda. A modificação no aspecto visual é intensa onde há um contraste de cor entre os
sais e o substrato sobre as quais se deposita. Como exemplo, a formação branca de
carbonato de cálcio sobre o concreto cinza.

Na maior parte dos casos as eflorescências não causam problemas maiores que o
mau aspecto resultante, mas há circunstâncias em que o sal formado pode levar a
lesões tais como o descolamento dos revestimentos ou pintura, desagregação das
paredes e até queda de elementos construtivos. (VERÇOZA, 1991, p.35).

Storte (2011) explica que, quimicamente, a eflorescência é constituída principalmente


de sais de metais alcalinos (sódio e potássio) e alcalino-ferrosos (cálcio e magnésio,
solúveis ou parcialmente solúveis em água). Pela ação da água, estes sais são dissolvidos e
migram para a superfície e a evaporação da água resulta na formação de depósitos salinos.

A água ácida ou a água com concentração alta de cloretos e sulfatos, ao adentrar-se


nos poros capilares do concreto, dissolve o hidróxido de cálcio da pasta de cimento que
pode, posteriormente, reagir com o dióxido de carbono do ar formando o carbonato de cálcio
(CaCO3). Este sal, ao ser carregado pela água, deposita-se na superfície da camada de
revestimento, formando uma mancha branca ou estalactites, dando uma estética indesejável
à construção (RIBEIRO E HELENE, 2014).

4
Disponível em: <http://www.mapadaobra.com.br/capacitacao/os-problemas-causados-pela-lixiviacao-do-
concreto/>. Acesso em: 02 de dez. de 2017.
23
6.3.2 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DO GRUPO 2

a) TRINCAS E FISSURAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO

As fissuras e trincas (Figura 8) são um tipo comum de patologia nas edificações, e


podem interferir na estética, na durabilidade e nas características estruturais da obra.

Tanto em alvenarias quanto nas estruturas de concreto, a fissura é originada por


conta da atuação de tensões nos materiais. Quando a solicitação é maior do que a
capacidade de resistência do material, a fissura tem a tendência de aliviar suas tensões.
Quanto maior for a restrição imposta ao movimento dos materiais, e quanto mais frágil ele
for, maiores serão a magnitude e a intensidade da fissuração.

Figura 8 – Fissura/trinca em uma estrutura. Fonte: STORTE (2011).5

A formação das fissuras está ligada a situações externas ou internas. Entre as


ações externas aos componentes, estão as fissuras causadas por movimentações térmicas,
higroscópicas, sobrecargas, deformações de elementos de concreto armado e recalques
diferenciais. Entre as ações internas, as causas das fissuras estão ligadas à retração dos
produtos à base de cimento e às alterações químicas dos materiais de construção
(CORSINI, 2010).

Storte (2011) alerta que entre os inúmeros problemas patológicos das estruturas de
concreto, as trincas são particularmente importantes por servirem de aviso sobre um
eventual problema estrutural ou de estado perigoso. Além disso, estas trincas também
comprometem a estanqueidade da edificação, causando problemas com umidade e
infiltração.

5
Disponível em: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=20&Cod=703>. Acesso em: 18 de nov.
de 2017.
24
b) VARIAÇÕES TÉRMICAS

Os componentes de uma estrutura de concreto estão sujeitos a variações térmicas


diárias e sazonais, que provocam sua variação dimensional. Em se tratando de uma laje,
por exemplo, a diferença entre as temperaturas das superfícies superior e inferior da laje faz
com que a dilatação seja mais intensa na face superior, provocando tensões de tração e
cisalhamento nas paredes.

Estes movimentos de dilatação e contração são restringidos pelos diversos vínculos


que envolvem os materiais, gerando tensões que podem provocar trincas ou fissuras.
Assim, com o surgimento destas manifestações patológicas, a edificação permite a
passagem de fluídos do ambiente externo para o ambiente interno, perdendo sua
estanqueidade, tornando-se mais propícia ao surgimento de problemas causados pela
umidade e infiltração.

c) DEFORMAÇÃO EXCESSIVA DO CONCRETO ARMADO

Naturalmente, vigas e lajes deformam-se sob ação do peso próprio, das demais
cargas permanentes e acidentais e mesmo sob efeito da retração e da deformação lenta do
concreto.

Com a evolução tecnológica do concreto armado, representada pela fabricação de


aços com grande limite de elasticidade, produção de cimentos de melhor qualidade
e desenvolvimento de métodos refinados de cálculo, as estruturas estão se tornando
cada vez mais flexíveis, o que torna a análise mais cuidadosa das suas deformações
e de suas respectivas consequências (THOMAS, 1989).

Os componentes estruturais admitem flechas que podem não comprometer em nada


sua própria estética, a estabilidade e a resistência da construção. Entretanto, tais flechas
podem ser incompatíveis com a capacidade de deformação de paredes e/ou outros
componentes que integram os edifícios. Desta forma, há os surgimentos de fissuras em
trincas nestes componentes da edificação, que propiciam os problemas com umidade.

d) RECALQUES DIFERENCIAIS

De acordo com o engenheiro Storte (2011), a deformação do solo sob o efeito de


cargas externas pode ser diferente ao longo das fundações de uma estrutura de concreto,
podendo gerar recalques diferenciais que geram tensões variáveis, que podem induzir na
ocorrência de trincas e fissuras.

25
e) RETRAÇÃO HIDRÁULICA

Outro causador de fissuras e trincas nas estruturas de concreto é a retração causada


pela água, misturada ao cimento. O concreto ou argamassa retrai quando seca e expande
quando absorve água. Estas variações de volume, devido à presença de água, são
inerentes ao concreto e argamassas.

Dessa forma, quando o concreto retrai ou expande além do seu coeficiente de


dilatação, começam a surgir as microfissuras, as quais vão se agravando, até o surgimento
de trincas e fissuras.

Para reduzir a retração hidráulica recomenda-se utilizar: menor relação


água/cimento; maior teor de agregados; e, a hidratação do concreto.

f) NICHOS E FALHAS DE CONCRETAGEM

É uma descontinuidade na concretagem, um vazio ou porosidade na massa do


concreto, gerando um ponto fraco na estrutura e permitindo a entrada de agentes agressivos
(Figura 9).

Figura 9 – Nicho e falha de concretagem. Fonte: CIMENTO ITAMBÉ.6

Segundo o engenheiro Tango (2000), ninhos ou falhas de concretagem são falhas


ocorridas no momento do adensamento do concreto, resultando em espaços não
preenchidos. Segundo o autor, o comportamento estrutural de um elemento de concreto
com este tipo de patologia é bem menor do que o esperado em projeto. Por isso, estas
falhas no concreto devem ser evitadas a todo custo, pois em caso de haver

6
Disponível em: < http://www.cimentoitambe.com.br/patologias-do-concreto/falhas-ninhos.html >. Acesso em: 03
de dez. de 2017.

26
comprometimento estrutural, em grande parte dos casos, tem-se demonstrado ser melhor
demolir e reconstruir a peça.

g) RECOBRIMENTO DAS ARMADURAS

A ausência de recobrimento adequado das armaduras do concreto armado, com os


valores mínimos recomendados pela NBR 6118 (2014), podem desencadear processos de
corrosão das armaduras, tendo como manifestação a expulsão da capa de cobrimento das
armaduras, interferindo na aderência, puncionamento ou rasgamento do sistema
impermeabilizante.

Nas estruturas de concreto, o cobrimento é uma das partes fundamentais, que exige
cuidados e rígido controle de qualidade. Caso contrário, a falta de cobrimento facilita a
implantação de processos de deterioração tal como a corrosão das armaduras, ao propiciar
acesso mais direto dos agentes agressivos externos. Em construções, o uso dos
espaçadores torna-se indispensável para evitar este tipo de problema.

Uma outra possível solução a ser adotada é o da aplicação de cimentos ou


argamassas poliméricas, compostas de cimento, quartzo de granulometria definida e
polímeros (acrílicos, SBR, SBS, entre outros), cuja propriedade de baixa permeabilidade a
agentes agressivos, evita ataque às armaduras.

h) FIXAÇÃO DE PEÇAS

Outro fator que tem relação direta com problemas de umidade acontece no
chumbamento (fixação) de esquadrias e contramarcos. É de extrema importância, que o
assentamento dessas peças passe por um rígido controle de qualidade, de forma a garantir
a estanqueidade das mesmas. Caso contrário, surgirão problemas de infiltração de água
próximos a essas peças.

i) FALHAS NAS INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS

As falhas nas instalações hidrossanitárias têm demonstrado ser um dos principais


causadores de manifestações patológicas originárias do processo construtivo,
especialmente, na fase pós-obra.

A maioria dos problemas encontrados nestas instalações estão relacionados com as


falhas de execução (como vazamentos e entupimentos), seguido pelas falhas de projeto e
falhas de uso (falta de informações). E ainda, por último, temos as falhas inerentes aos
materiais.
27
Em se tratando de instalações, é possível observar que há um elevado grau de
interface durante todo o período da obra. Inicia-se com as previsões deixadas na
estrutura para a posterior instalação das tubulações e termina na fase de
acabamento da obra com a colocação de louças e metais. Durante todo esse
processo é importante realizar reuniões periódicas de compatibilização de projetos.
Essa prática evita algumas falhas diante da dificuldade de se executar o que está
projetado, além de retroalimentar o sistema da qualidade para que futuros
empreendimentos não cometam o mesmo erro, tanto na parte de projeto, quanto na
parte de execução. (PEREIRA D. N. Q.; NOGUEIRA F. M.; FAUSTINO L. C.;
FIGUEIREDO L. G. S, 2014, p.17).

Estas falhas neste tipo de instalação são difíceis de identificar na edificação, e


complicadas de corrigir. Isso se deve ao fato destes vazamentos estarem na maioria das
vezes encobertos pela construção;

Quando estas instalações hidrossanitárias apresentam falhas, elas interferem em


vários outros subsistemas, tais como: vedações, revestimentos de paredes e de forro,
pintura, acabamentos e impermeabilizações, onerando ainda mais os custos de manutenção
pós-ocupação.

6.4 MANUTENÇÃO CORRETIVA

Segundo o site FiberSals (especializado em manutenção predial), a manutenção


corretiva, serve para corrigir os desgastes ou falhas na edificação. Este tipo de manutenção
prevê, por exemplo, a aplicação de uma série de procedimentos que visam corrigir, restaurar
e recuperar tudo que tenha sofrido alteração em seu funcionamento.

Este mesmo site, também afirma que se trata de uma técnica de atuação reativa que
aguarda pela falha, para aí sim determinar a ação de manutenção a ser seguida. Com isso,
esse tipo de manutenção gera sempre maiores custos, pois demandam mais tempo de
paralisação de uso, alto custo de material comprado em situação de emergência e
relacionado à mão de obra urgente. Veja um exemplo na Figura 10:

28
CUSTOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO
DURANTE AS ETAPAS DE UMA OBRA

Considere o R$ como
uma referência de valor. R$15.00

R$7.00

R$1.00 R$1.20

Projeto Edificação
Durante a obra Obra pronta
habitada

Figura 10 – Custo da impermeabilização durante as etapas de uma obra. Fonte: Adaptado de ARQUITETURA E
CONSTRUÇÃO, 2005.

A impermeabilização é um item bastante frequente de manutenção corretiva, pois a


maioria das edificações só busca soluções depois que as falhas acontecem. Recomendada
geralmente para áreas úmidas, essas manutenções devem ser realizadas por profissionais
especializados e capacitados pelos fabricantes de sistemas impermeabilizantes.

É consenso entre os especialistas que a impermeabilização preventiva – aquela feita


no momento da construção – é imprescindível.

Além do aspecto desagradável e de poder comprometer a estrutura da construção, a


umidade facilita o desenvolvimento de fungos e bactérias causadores de doenças
respiratórias, como asma e rinite alérgica.

No entanto, por diferentes motivos, alguns proprietários optam por não


impermeabilizar as áreas molháveis (banheiro, área de serviço, cozinha, jardim,
varanda, laje, piscina), deixando-as livres para que as infiltrações se instalem. E
quando isso acontece, é preciso colocar a mão no bolso para ‘salvar’ a casa, o
apartamento ou o edifício inteiro. E não é pouco: a chamada impermeabilização
corretiva costuma custar de três a quatro vezes mais que a preventiva. Além disso,
muitas vezes não é possível eliminar uma infiltração evitando o ‘quebra-quebra’.
(MARIANA DE VIVEIROS, 2016, p.23).

29
É importante destacar também que a norma de desempenho, NBR 15575 (ABNT,
2013), comenta sobre o tema, ao dizer que além da correta manutenção, diversos outros
fatores interferem na Vida Útil da edificação, como o correto uso e operação da edificação e
de suas partes, alterações climáticas, mudanças no entorno da obra, dentre outros.

“A impermeabilização é essencial para a saúde da edificação, pois garante a sua


longevidade”, afirma Wilson Simões das Neves, gerente executivo do Instituto Brasileiro de
Impermeabilização (IBI).

30
7 ESTUDOS DE CASOS

Neste trabalho, foram acompanhados dois estudos de casos em Goiânia (Goiás), as


quais apresentaram patologias decorridas da falha e/ou falta do sistema de
impermeabilização. Ambos receberam no período de escrita deste trabalho, tratamentos de
recuperação e reforma, na tentativa de controlar os malefícios oriundos da infiltração de
fluidos nos sistemas construtivos.

7.1 ESTUDO DE CASO 1

No estudo de caso 1, foram acompanhadas manifestações patológicas relacionadas


à falha do sistema de impermeabilização em um condomínio residencial vertical, situado no
Setor Nova Suíça (região metropolitana de Goiânia). O edifício foi construído em 1994,
conta com 11 andares, e 22 apartamentos, em uma área construída de.....

7.1.1 Verificação das manifestações patológicas in loco

Em uma visita técnica realizada por empresa especializada em reformas, foram


verificadas algumas manifestações patológicas na área de lazer do edifício, em decorrência
da falha e desgaste do sistema de impermeabilização (executado, sobretudo, com manta
asfáltica), tais como descolamento de cerâmicas, eflorescências nas pastilhas das piscinas,
deck, pisos e tetos do subsolo, como também em revestimentos do deck. Algumas dessas
manifestações verificadas no local estão ilustradas nas figuras 400 a 500 abaixo:

Figura 400 – Eflorescências nos revestimentos das piscinas. Fonte: Os autores.

31
Figura 500 – Descolamento de cerâmicas e eflorescências. Fonte: Os autores

Figura 600 – Eflorescências na pintura do deck. Fonte: Os autores

Figura 700 – Calhas improvisadas para proteção dos veículos da percolação de água através
da laje do térreo para o subsolo e escorrimento de CaOH (Hidróxido de Cálcio). Fonte: Os
autores.

7.1.2 Principais causas das manifestações patológicas encontradas

Em encontros com os responsáveis técnicos pela vistoria e reforma deste edifício


foram informadas que as principais causas dessas manifestações patológicas foram:

a) Na piscina: Desgaste da manta asfáltica empregada na etapa de execução da piscina


(Construído em 1994, a garantia da funcionalidade do sistema de impermeabilização de
32
cinco anos conforme NBR 15575-1 (ABNT, 2013) já se esgotou); Ausência de um sistema
de impermeabilização (foi utilizada apenas manta asfáltica, o recomendável para
impermeabilizações de piscinas seria a combinação da manta com uma argamassa
polimérica (impermeabilizante semiflexível)).

b) Lajes, decks, quadra poliesportiva e arredores da piscina: Além do fator durabilidade da


manta asfáltica mencionado anteriormente, constatou-se falhas de execução do sistema
como um todo – falha na instalação da manta, bem como a realização das emendas, e a
não execução de caimentos na manta (o que provoca o acúmulo de água em determinados
pontos).

7.1.3 Propostas de reparo/reforma

A reforma proposta pela empresa contratada englobou um reparo parcial na área de


lazer do condomínio, com o fornecimento de mão de obra, equipamentos e materiais
relacionados ao serviço executado. Os locais que passaram pelo processo de reforma estão
descritos no Quadro 2, e as etapas da reforma de cada item descritos logo abaixo:

QUANT.
ITEM LOCAL UND.
(M²)
01 Laje do térreo/lazer m² 138,74
02 Laje do corredor da churrasqueira/salão de festa m² 31,20
03 Junta de dilatação m 20,50
04 Rampa/escada m 31,73
05 Quadra poliesportiva m² 177,82
06 Piscina de adultos m² 59,80
07 Piscina infantil m² 24,10
08 Laje sobre o deck m² 149,57
09 Laje sob o deck e casa de máquinas da piscina m² 235,26
Quadro 2 – Discriminação dos locais onde passaram por reformas. Fonte: Os autores (2018).

a) Serviços executados no reparo dos Itens 01 e 02 do Quadro 700 – Laje do Térreo/Lazer e


Laje do corredor da churrasqueira/salão de festa (Figura 800):

Material Impermeabilizante: Manta asfáltica de 4mm Estruturada com Poliéster.

Preparação da superfície: Demolição de parede da área da churrasqueira; retirada


das regularizações e das impermeabilizações existentes; corte e preparação da parte
inferior das paredes; armazenamento e retirada do entulho em caçambas; confecção das
regularizações primárias com argamassa de cimento e areia no traço 1:3 com caimentos
para os ralos.

33
Aplicação do sistema impermeabilizante: Aplicação de fundo preparador primer;
aplicação de asfalto oxidado; impermeabilização com manta asfáltica de 4 mm Estruturada
com Poliéster, teste de estanqueidade por 72 horas (lâmina d’água).

Proteção Mecânica sarrafeada: Aplicação de chapisco e armação de tela PAD


(Policondensado de alta densidade) para proteção vertical da manta asfáltica; esticamento
de filme de polietileno (camada separadora entre concreto e manta asfáltica); execução da
proteção mecânica sarrafeada com espessura de 1 cm.

Acabamento: Execução do contrapiso com concreto; reconstrução com tijolos


maciços da parede da área de churrasco; assentamento e rejuntamento dos pisos em
porcelanato; pintura da parede e mureta com tinta texturizada.

Figura 800 – Reparo na lajes do térreo/ lazer e corredor da churrasqueira/salão de festa.


Fonte: Os autores (2018).

b) Serviços executados no reparo do Item 03 do Quadro 700 – Junta de Dilatação Perguntar


onde é isso na obra e acrescentar fotos (Figura 1000)

Material Impermeabilizante: Manta Asfáltica de 4 mm Estruturada com Poliéster.

Serviço: Impermeabilização com manta asfáltica no sistema dupla face.

34
c) Serviços executados no reparo do Item 04 do Quadro 800 – Rampa/Escada (Figura
34234)

Material Impermeabilizante: Manta Asfáltica de 4mm Estrutura com Poliéster.

Preparação da Superfície: Demolição do enchimento da rampa e escada; retirada


das regularizações e das impermeabilizações existentes; corte e preparação da parte
inferior das paredes; armazenamento e retirada do entulho em caçambas; reconstrução da
rampa e escada; instalação de corrimão na escada.

Aplicação do sistema impermeabilizante: Aplicação de fundo preparador primer;


aplicação de asfalto oxidado; impermeabilização com manta asfáltica de 4mm estruturada
com poliéster, fazendo-se as emendas com maçarico; teste de estanqueidade por 72 horas
(lâmina d’ água).

Proteção mecânica sarrafeada: Aplicação de chapisco e armação com tela PAD


(Policondensado de alta densidade) para proteção vertical da manta asfáltica; esticamento
de filme de polietileno (camada separadora entre concreto e manta asfáltica); execução de
proteção mecânica sarrafeada com espessura de 1 cm.

Acabamento: Execução do contrapiso com concreto; assentamento e rejuntamento


do piso em porcelanato.

Figura 2323 – Execução de reforma na escada e rampa de acesso à área de lazer. Fonte:
Os autores (2018).

d) Serviços executados no reparo do Item 05 do Quadro 800 – Quadra Poliesportiva (Figura


34234)

Material Impermeabilizante: Manta Asfáltica de 4mm Estruturada com Poliéster.

35
Preparação da superfície: Retirada das irregularizações e das impermeabilizações
existentes; corte e preparação da parte inferior das paredes; armazenamento e retirada do
entulho em caçambas; confecção das regularizações primárias com argamassa de cimento
e areia no traço 1:3 com caimentos para os ralos.

Aplicação do sistema impermeabilizante: Aplicação de fundo preparador primer;


aplicação de asfalto oxidado; impermeabilização com manta asfáltica de 4mm por 72 horas
(lâmina d’água).

Proteção mecânica sarrafeada: Aplicação de chapisco e armação com tela PAD


(Policondensado de alta densidade) para proteção vertical da manta asfáltica; esticamento
de filme de polietileno (camada separadora entre concreto e manta asfáltica); executar
proteção mecânica sarrafeada com espessura de 1 cm.

Acabamento: Execução do contrapiso com concreto usinado fck 20 Mpa com


espessura até 6 cm; pintura dos muros com tinta texturizada (área de 157,79m²), gradil com
tinta esmalte (área de 101,80m²) e piso (área de 157,82m²).

Figura 500 – Execução de reforma na quadra poliesportiva. Fonte: Os autores (2018).

e) Serviços executados no reparo dos Itens 06 e 07 do Quadro 800 – Piscina de adulto,


piscina infantil (Figura 34234)

Material Impermeabilizante: Manta Asfáltica de 4mm Estruturada com Poliéster e


Argamassa polimérica

Preparação da superfície: Retirada das regularizações e das impermeabilizações


existentes; armazenamento e retirada do entulho em caçambas; confecção das
regularizações primárias com argamassa polimérica com caimentos para os ralos.

36
Aplicação do sistema impermeabilizante: Aplicação de fundo preparador primer;
aplicação de asfalto oxidado; impermeabilização com manta asfáltica de 4mm Estruturada
com Poliéster; teste de estanqueidade por 72 horas (lâmina d’água).

Proteção mecânica sarrafeada: Aplicação de chapisco e armação de tela PAD


(Policondensado de alta densidade) para proteção vertical da manta asfáltica; esticamento
de filme de polietileno (camada separadora entre concreto e manta asfáltica); execução da
proteção mecânica sarrafeada com espessura de 1 cm.

Acabamento: Execução de contrapiso e reboco das laterais das piscinas, com o


acréscimo de argamassa polimérica; assentamento e rejuntamento de revestimentos;
assentamento e rejuntamento das bordas em granito (31,10 m).

Figura 577 – Execução de reparo nas piscinas de adulto e infantil. Fonte: Os autores (2018).

f) Serviços executados no reparo do Item 08 do Quadro 800 – Laje sobre o deck (Figura
34234)

Material Impermeabilizante: Manta Asfáltica de 4mm Estruturada com Poliéster.

Preparação da superfície: Retirada do guarda-corpo; demolição da laje; reconstrução da


laje; regularização da superfície; fixação da base para o guarda-corpo; confecção de portão
para acesso às piscinas/grade de proteção; montagem de guarda-corpo pintado com tinta
automotiva.

37
Aplicação do sistema impermeabilizante: Aplicação de fundo preparador primer;
aplicação de asfalto oxidado; impermeabilização com manta asfáltica de 4mm estruturada
com poliéster; teste de estanqueidade por 72 horas (lâmina d’água).

Proteção mecânica sarrafeada: Aplicação de chapisco e armação de tela PAD para


proteção vertical da manta asfáltica; esticamento de filme de polietileno (camada separadora
entre concreto e manta asfáltica); execução da proteção mecânica sarrafeada com
espessura de 1 cm.

Acabamento: Execução de contrapiso e reboco, utilizando argamassa polimérica;


assentamento de piso em porcelanato; pintura das paredes com tinta texturizada (área de
159,83 m²).

Figura 4545 – Execução de reforma da laje sobre o deck. Fonte: Os autores (2018).

g) Serviços executados no reparo do Item 09 do Quadro 800 – Laje sob o deck e casa de
máquinas da piscina (Figura 34234)

Material Impermeabilizante: Manta asfáltica de 4mm Estruturada com Poliéster

Preparação da superfície: Retirada das regularizações e das impermeabilizações


existentes; corte e preparação da parte inferior das paredes; armazenamento e retirada do
entulho em caçambas; confecção das regularizações primárias com argamassa polimérica
no traço 1:3 com caimentos para os ralos.

Aplicação do sistema impermeabilizante: Aplicação de fundo preparador primer;


impermeabilização com manta asfáltica de 4mm estruturada com poliéster; teste de
estanqueidade por 72 horas (lâmina d’água).

Proteção mecânica sarrafeada: Reconstrução dos apoios para laje com tijolo furado;
Aplicação de chapisco e armação com telas PAD para proteção vertical da manta asfáltica;

38
esticamento de filme de polietileno (camada separadora entre concreto e manta asfáltica);
execução de proteção mecânica sarrafeada com espessura de 1 cm;

Acabamento: Execução de contrapiso.

Figura 3453 – Execução de reforma da laje sob o deck e casa de máquinas da piscina. Fonte: Os
autores (2018).

7.1.4 Levantamento de custos

Como apresentado no Quadro 2, foram executadas reformas nas lajes do


térreo/lazer e corredor da churrasqueira/salão de festas, rampas/escadas, quadra
poliesportiva, nas piscinas de adulto e infantil, e lajes sobre e sob o deck, além da casa de
máquinas das piscinas. Neste trabalho, foi restringido o levantamento de custos
orçamentários apenas para as piscinas de adulto/infantil e laje sob o deck e casa de
máquinas.

Com o objetivo de comparar os custos para reparar os problemas oriundos da


falha/desgaste do sistema impermeabilizante das piscinas e laje sob o deck com os custos
orçados na época em que estas estruturas foram construídas, foram desenvolvidas planilhas
orçamentárias no Microsoft Excel, apresentadas logo abaixo. Estas foram construídas com o
respaldo das composições unitárias informadas pela TCPO, dados obtidos pela Sinapi () e
Sinduscon (). Os preços dos materiais informados nas planilhas foram obtidos através de
cotação realizada com três fornecedores distintos, escolhendo-se a mediana entre os três
valores levantados.
39
ACRESCENTAR PLANILHAS AQUI DO ESTUDO DE CASO 1 – RESIDENCIAL ANGRA DOS REIS

1 – CUSTO DA REFORMA

2 – CUSTO DA ÉPOCA EM QUE FOI CONSTRUÍDO

7.2 ESTUDO DE CASO 2

No estudo de caso 2, foram acompanhadas manifestações patológicas relacionadas


à falta de um sistema de impermeabilização, também em um condomínio residencial vertical,
situado no Parque Amazônia em Goiânia. Este edifício foi entregue em junho de 2012,
apresenta área do terreno igual a 1.912,4 m². Este apresenta torre única, contendo 96
apartamentos, sendo 06 unidades por pavimento, com 122 vagas de estacionamento.

7.2.1 Verificação das manifestações patológicas in loco

Em uma visita técnica realizada por empresa especializada em reformas, foram


verificadas algumas manifestações patológicas nas cortinas dos subsolos I e II, pavimentos
destinados às vagas de estacionamento. Estas manifestações patológicas, conforme
constatado in loco, ocorreram em decorrência da falta de um sistema de impermeabilização
(houve o contato direto do bloco de concreto com o solo natural), causando descolamento
da pintura dos blocos de concreto, umidade e infiltração em várias paredes laterais da
garagem, eflorescências nos blocos e na pintura (originadas pelo fluxo/percolação da água
pelos blocos). Algumas dessas manifestações verificadas no local estão ilustradas nas
figuras 400 a 500 abaixo:

Figura 4534 – Manifestações patológicas em cortinas dos subsolos I e II relacionadas à


ausência de um sistema impermeabilizante (contato direto dos blocos de concreto com o solo
natural). Fonte: Os autores (2018).

40
7.2.2 Principais causas das manifestações patológicas encontradas

Em encontros com os responsáveis técnicos pela vistoria e reforma dessas cortinas


nos subsolos I e II, foram informadas que as principais causas dessas manifestações
patológicas foram:

a) Ausência de um projeto de impermeabilização ou de sua execução nos subsolos I e II,


prevendo a proteção da contenção de bloco de concreto (cortina) contra à infiltração lateral
da água provida do solo de encosta;

b) Falta de tratamento e proteção nos blocos de concreto em ambas as faces, feita com
chapisco e reboco composto por argamassa polimérica;

c) Falha dos processos construtivos da contenção com blocos de concreto (cortinas);

d) Falta de um sistema impermeabilizante nas cortinas.

7.2.3 Propostas de reparo/reforma

A reforma proposta pela empresa contratada englobou um reparo nas cortinas dos
subsolos I e II que apresentaram manifestações patológicas decorrentes da falta de um
sistema de impermeabilização. Na proposta de reforma, foram fornecidos mão de obra,
equipamentos e materiais relacionados ao serviço executado. Os locais que passaram pelo
processo de reforma estão descritos no Quadro 3, e as etapas da reforma descritos logo
abaixo:

QUANT.
ITEM LOCAL UND.
(M²)
01 Cortina – subsolo I – vagas 60 a 68 (22,50 x 1,96) m² 44,10
02 Cortina – subsolo I – circulação/entrada de ventilação (7,20 x 1,96) m² 14,11
03 Cortina – subsolo II – vagas 112 a 122 (27,50 x 2,53) m² 69,57
04 Cortina – subsolo II – chanfro (6,20 x 6,12) m² 37,94
05 Cortina – subsolo II – próxima ao chanfro (10,20 x 2,53) m² 25,80
Cortina – subsolo II – pista de manobra em frente às vagas 92 a 95
06 m² 31,11
(12,30 x 2,53)
07 Cortina – subsolo II – vagas 73 a 77 (16,50 x 2,53) m² 41,74
Quadro 3 – Discriminação dos locais onde passaram por reformas. Fonte: Os autores (2018).

Todas as cortinas que apresentaram manifestações patológicas receberam o mesmo


tratamento. As etapas de reparo/reforma foram:

Material Impermeabilizante: Argamassa polimérica (classificada como


impermeabilizante semiflexível).

41
Preparação da superfície: Utilização de jato de areia para retirada dos revestimentos
dos blocos de concreto; utilização de lixa e vassoura para uma melhor limpeza da face dos
blocos.

Aplicação do material impermeabilizante: Aplicação de chapisco forte vassourado


nos blocos de concreto; aplicação de reboco com aditivo impermeabilizante no traço 1:2;
aplicação de argamassa polimérica semiflexível, sendo 3 demãos cruzadas.

Acabamento: Pintura texturizada nas faces dos blocos de concreto.

Figura 4543 – Execução de reparo nas cortinas de bloco de concreto dos subsolos com
argamassa polimérica. Fonte: Os autores (2018).

7.2.4 Levantamento de custos

42
8 – RESULTADOS E DISCUSSÕES

9 – CONCLUSÕES

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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67f. Monografia (Especialização em Construção Civil) - Universidade Federal de Minas
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Paulo, mai. 2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9574: Execução de


Impermeabilização. Rio de Janeiro, 2008.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9575:


Impermeabilização: Seleção e projeto. Rio de Janeiro, 2010.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9952: Manta asfáltica


para impermeabilização. Rio de Janeiro, 2007.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6118: Projetos de


Estrutura de Concreto - procedimento. Rio de Janeiro, 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 15575_1: Edifícios


Habitacionais – Desempenho. Rio de Janeiro, 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 13531: Elaboração


de projetos de edificações. Rio de Janeiro, 1995.

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45

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