Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
UNIDADE CURVELO
Departamento de Engenharia Civil e Meio Ambiente
Curso de Graduação em Engenharia Civil
CURVELO – MG
2020
2
Banca Examinadora:
______________________________________________
Prof. Msc. Marcos de Paulo Ramos (orientador)
_____________________________________________
Prof. Msc. Thiago Pena Bortone (coorientador)
_______________________________________________
Prof. Msc. Alexandre Magno (CEFET-MG)
_______________________________________________
Prof. Msc. Antônio Ribeiro de Oliveira Netto
AGRADECIMENTOS
Agradecer sempre á Deus, por ter me dado força em todos os momentos de desânimo e
estresse.
A minha família, em especial a minha mãe que sempre me deu todo o conforto para
conseguir estudar com tranquilidade.
Ao meu grande amigo Edson, que estudou o tema comigo e sempre foi muito paciente
em suas explicações.
A todos os membros do Laboratório de Avaliação e Reabilitação do Ambiente
Construído do CEFET/MG Curvelo - LAR, destacando meu orientador e coorientador que
sempre foram muito solícitos e presentes em suas orientações.
Ao Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - CEFET/MG, por todos
os conhecimentos adquiridos e por toda a infraestrutura disponibilizada.
A todos aqueles que contribuíram para o meu aprendizado, de forma direta e indireta.
6
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo avaliar dois métodos de inspeção visual de
edificações: a metodologia Grau de Deterioração da Estrutura da Universidade de Brasília
(GDE/UnB), criada por Castro (1994) em sua última modificação adaptada por Fonseca
(2007), e a metodologia prescrita pela Norma de Inspeção Predial Nacional do Instituto
Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (IBAPE), visando incorporá-los em fluxos
de processo para fins de gerenciamento de manutenções. Além disso, é feita avaliação da
condição estrutural do edifício com intuito de se estabelecer o seu G d (Grau de Deterioração
da Estrutura) e recomendações. Para o seu desenvolvimento realizou-se, inicialmente, a
revisão bibliográfica dos temas primordiais no quesito de inspeção Predial. Para seu
desenvolvimento, realizou-se a avaliação do Edifício conforme determina a Metodologia
GDE/UnB. O Trabalho foi dividido em quatro partes, Introdução; Capítulo 1: Avaliação das
Metodologias de Inspeção Visual de Edificações para fins de Gerenciamento de Manutenções;
Capítulo 2: Aplicação da Metodologia GDE em ema Edificação Pública- Estudo de Caso:
Curvelo MG; e Considerações Finais. O conteúdo desses capítulos corresponde a dois artigos
aprovados e publicados no IV Congresso Brasileiro de Patologia das Construções (CBPAT
2020).
Com este trabalho, foi possível determinar as semelhanças e diferenças da utilização
desses métodos e determinar o nível de deterioração da estrutura avaliada e ações a serem
tomadas.
ABSTRACT
The present work aims to evaluate two methods of visual realization of buildings: the
Method of Degree of Deterioration of the Structure of the University of Brasília (GDE /
UnB), created by Castro (1994) in its last modification adapted by Fonseca (2007), and the
methodology prescribed by the National Building Inspection Standard of the Brazilian
Institute of Engineering Assessments and Expertise (IBAPE), qualified to incorporate them in
process flows for the purpose of maintenance management. In addition, the structural
condition of the building is assessed in order to establish its Gd (Degree of Structure
Deterioration) and recommendations. For its development, a bulletin was made, a
bibliographic review of the main themes in the item of Building information. For its
development, the evaluation of the Building was carried out as determined by the GDE / UnB
Methodology. The Work was divided into four parts, Introduction; Chapter 1: Evaluation of
Visual Inspection Methodologies for Buildings for the purpose of Maintenance Management;
Chapter 2: Application of the GDE Methodology in Public Building - Case Study: Curvelo
MG; and Final Considerations. The content of these chapters corresponds to two articles
written and published at the IV Brazilian Congress of Construction Pathology (CBPAT 2020).
With this work, it was possible to determine the similarities and differences in the use
of methods and to determine the level of deterioration of the evaluated structure and actions to
be separated.
LISTA DE FIGURAS
INTRODUÇÃO
Figura 1.1– Origem dos problemas patológicos com relação às etapas de produção.. .18
LISTA DE TABELAS
INTRODUÇÃO
Tabela 1.1 –Vida Útil de Projeto (VUP).......................................................................14
Tabela 1.2- Dano e Fator de Ponderação em lajes........................................................21
Tabela 1.3 - Dano e Fator de Ponderação em Escadas e Rampas.................................23
Tabela 1.4 - Dano e Fator de Ponderação em Vigas.....................................................24
Tabela 1.5 - Dano e Fator de Ponderação em Pilares...................................................25
Tabela 1.6 – Classificação do Fator de Intensidade......................................................26
Tabela 1.7 – Historico da Norma de Inspeção Predial..................................................28
Tabela 1.8– Classificação de Prioridades......................................................................32
Tabela 1.9– Itens do Laudo de Inspeção ......................................................................33
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 13
1.1 JUSTIFICATIVA E IMPORTANCIA.....................................................................15
1.2 OBJETIVOS.............................................................................................................15
1.2.1 Objetivo Geral..............................................................................................16
1.2.2 Objetivos específicos....................................................................................16
1.3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................................17
1.3.1 Principais Causas das Patologias no Concreto Armado...............................17
1.3.1.1 Manifestações Patológicas Decorrentes da Concepção......................18
1.3.1.2 Manifestações Patológicas Geradas na Etapa de Execução...............18
1.3.1.3 Manifestações Patológicas Geradas na Etapa de Manutenção...........19
1.3.2 METODOLOGIA GDE/UnB.......................................................................20
1.3.3 NORMA DE INSPEÇÃO PREDIAL NACIONAL DO IBAPE.................26
1.3.3.1 Histórico da Inspeção Predial.............................................................26
1.4 INSPEÇÃO PREDIAL –DIRETRIZES, CONCEITOS, TERMINOLOGIA E
PROCEDIMENTO (ABNT-NBR 16747)................................................................29
1.4.1 Levantamento de dados e documentação.....................................................29
1.4.2 Levantamento de dados e documentação.....................................................30
1.4.3 Anamnese para a identificação de característica construtivas......................30
1.4.4 Vistoria da edificação de forma sistêmica;...................................................30
1.4.5 Classificação das irregularidades constatadas..............................................30
1.4.6 Recomendação das ações necessárias para restaurar o desempenho............30
1.4.7 Organização das prioridades.........................................................................31
1.4.8 Avaliação da manutenção e uso....................................................................31
1.4.9 Redação e emissão do Laudo técnico de inspeção predial...........................32
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO.............................................................................33
1.6 REFERÊNCIAS.......................................................................................................34
2 CAPÍTULO 1: AVALIACÃO DAS METODOLOGIAS DE INSPECÃO VISUAL
DE EDIFICACÕES PARA FINS DE GERENCIAMENTO DE MANUTENÇÕES
36
2.1 INTRODUÇÃO........................................................................................................38
2.2 METODOLOGIA DE INSPEÇÃO EM EDIFICAÇÕES........................................39
2.2.1 Metodologia GDE/UnB................................................................................39
12
1 INTRODUÇÃO
Toda obra após concluída possui um período de vida útil estimado. Helene (1992)
propôs a definição objetiva de vida útil, mostrando que podem ser distinguidas pelo menos
quatro situações:
a) Período de tempo que vai até a despassivação da armadura que é geralmente
chamado de período de iniciação. Esse período de tempo pode-se associar a chamada vida útil
de projeto, que corresponde ao período de tempo necessário para que a frente de carbonatação
ou a frente de cloretos atinja a armadura. O fato de a região carbonatada atingir a armadura,
não significa que partir desse momento haverá corrosão significativa, apesar de geralmente
ocorrer;
b) A vida útil de serviço ou de utilização é o período de tempo que vai até o
momento em que aparecem manchas no concreto, ou fissuras de cobrimento, ou ainda quando
há o destacamento do concreto de cobrimento;
c) A vida útil última ou total é o período de tempo no qual há uma redução
considerável da armadura ou uma perda importante da aderência armadura / concreto,
ocasionando o colapso da estrutura;
d) A vida útil residual corresponde ao período de tempo em que a estrutura ainda
será capaz de desempenhar suas funções, contado a partir da data de uma vistoria. Essa
vistoria e correspondente diagnóstico pode ser efetuado a qualquer instante da vida em uso da
estrutura.
A vida útil de um edifício está relacionada com o seu desempenho ao longo do tempo
e, de acordo com a Norma Brasileira - NBR 15575 (ABNT, 2013), é estabelecido um nível de
desempenho estrutural do edifício de no mínimo 50 anos (Tabela 1.1).
Entretanto, há casos em que antes do prazo final atribuído a vida útil, a edificação já
apresenta um quadro de desempenho abaixo do esperado devido à falta de manutenções
periódicas, que fazem com ocorra manifestações patológicas (SCHEIDEGGE; CALENZANI,
2019).
14
≥50 anos
Estrutura
Conforme NBR 8681(ABNT, 2004)
Cobertura ≥20
Hidrosanitário ≥20
Até o ano de 2020, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), não possuía
normativo publicado acerca das recomendações técnicas da atividade de inspeção predial.
Assim, para realizar uma inspeção predial, tínhamos a já existente e amplamente aplicada
Norma de Inspeção Predial Nacional elaborada pelo Instituto Brasileiro de avaliações e
Perícias de Engenharia (IBAPE, 2012b).
A Norma de Inspeção Predial elaborada pelo IBAPE é um grande avanço quanto às
recomendações técnicas de execução da inspeção predial e de elaboração de laudo técnico,
considerando a edificação como o corpo humano é como em um check-up médico, avalia
cada parte ou elemento construtivo (IBAPE, 2012a). Porém, tal normativa, em alguns casos,
não contém diretrizes suficientes para a padronização destas atividades, deixando muitas
lacunas na responsabilidade do profissional responsável pela elaboração do Laudo de
Inspeção Predial. Sabe-se que uma inspeção executada por procedimentos insuficientes não
15
1.2 OBJETIVOS
Figura 1.1– Origem dos problemas patológicos com relação às etapas de produção.
Execução Uso Planejamento Projetos Materiais
18%
28%
4%
40% 10%
Na maioria dos casos essas anomalias e falhas são detectadas pelos próprios usuários
da edificação. Quanto mais cedo for detectada, menor terá sido a perda de desempenho, e
mais simples e barato pode ser sua recuperação. Portanto, é de grande importância a
realização de inspeções periódicas e vistorias feitas por profissional habilitado e qualificado,
para que os sintomas das falhas e anomalias possam ser detectados precocemente. Nas
vistorias o técnico deve levantar o maior número de informações possíveis (LAPA, 2008).
anteprojetos equivocados. Os principais erros em projetos, citados pelos autores, que podem
ser origens de manifestações patológicos a edificação, são:
Elementos de projeto inadequados (má definição das ações atuantes ou da
combinação mais desfavorável dessas, escolha errônea do modelo analítico,
deficiência no cálculo da estrutura ou na avaliação da resistência do solo e etc.);
Falta de compatibilização entre a estrutura e a arquitetura;
Especificação inadequada de materiais;
Projeto pouco detalhado ou detalhado de maneira errada;
Inexequibilidade de projetos;
Falta de padronização das representações;
Erros de dimensionamento estrutural.
Após a fase de realização do projeto, segue-se para a próxima etapa que é denominada
execução (construção), a partir do planejamento da obra (SOUZA; RIPPER, 1998).
O construtor deve ficar atento a cada fase concluída, pois um erro pode ser responsável
por grandes problemas futuros, como por exemplo na etapa de execução das fundações, que
são elementos responsáveis pela sustentação da estrutura e se executadas com falhas, podem
ser responsáveis por problemas relacionados a recalques contribuindo para o aparecimento de
fissuras nas peças componentes da estrutura, sendo mais evidentes nas paredes e
revestimentos (VIEIRA, 2016).
De acordo com Olivari (2003), pode-se citar os seguintes defeitos durante a fase de
execução, sendo responsáveis por futuras manifestações patológicas:
Erro de interpretação dos projetos;
Falta de controle tecnológico;
Uso de concreto vencido;
Falta de limpeza ou estanqueidade das formas;
Falta de saturação das formas;
Armadura mal posicionada;
Falta de espaçadores e pastilhas para garantir o cobrimento;
19
Além disso, Azevedo (2011) evidencia um fator que contribui muito para o aumento do
número de acidentes na fase de utilização e manutenção que são as reformas sem
acompanhamento técnico, quando proprietários/responsáveis pela edificação optam por fazer
alterações ou utilizar a construção de forma diferente do especificado em projeto, gerando
consequências para a estabilidade do empreendimento.
São comuns acidentes decorrentes do mau uso e/ou falta manutenção das estruturas. Por
isso é importante a manutenção periódica, podendo evitar os surgimentos de patologias
oriundos dessa prática e em, pois, alguns casos, pode evitar a ruína da estrutura.
20
Danos Fp
Carbonatação 3
Cobrimento Deficiente 3
Corrosão de Armaduras 5
Desagregação 3
Desplacamento 3
Eflorescência 2
Falhas de Concretagem 2
Fissuras 2a5
Flechas 5
Manchas 3
Umidade 3
Danos Fp
Carbonatação 3
Cobrimento Deficiente 3
Corrosão de Armaduras 5
Desagregação 3
Desplacamento 3
Eflorescência 2
Falhas de Concretagem 2
Fissuras 2a5
Flechas 5
Manchas 3
Sinais de Esmagamento 4
Umidade 3
Danos Fp
Carbonatação 3
Cobrimento Deficiente 3
Corrosão de Armaduras 5
Desagregação 3
Desplacamento 3
Eflorescência 2
Fissuras 2a5
Falhas de Concretagem 2
Flechas 5
Manchas 3
Sinais de Esmagamento 4
Umidade 3
Danos Fp
Carbonatação 3
Cobrimento Deficiente 3
Corrosão de Armaduras 5
Desagregação 3
Desplacamento 3
Desvio da Geometria 4
Fissuras 2a5
Falhas de Concretagem 2
Flechas 5
Manchas 3
Sinais de Esmagamento 4
Umidade 3
Fi Lesões
0 Sem lesões
1 Lesões leves
2 Lesões toleráveis
3 Lesões graves
4 Estado Crítico
Essa metodologia sofreu modificações, quando observado que a mesma poderia levar algumas
vezes a resultados incoerentes, dessa maneira, Lopes (1998) modificou a fórmula do Grau de
Deterioração do Elemento (Gde). Boldo (2002), utilizou o princípio de Lopes (1998) para o Grau de
Deterioração da Família (Gdf), em diferentes edificações, alterando-se sua denominação do Caderno de
Inspeções para Inspeção para Estruturas de Concreto. Posteriormente Fonseca (2007) utilizou a
metodologia GDE/UnB para calcular o Grau de Deterioração de Estruturas de concreto armado e
realizou mais adaptações, alterando as formulações dos cálculos do Grau de Deterioração da Família
(Gdf) e do Grau do Dano (D) e apresentou uma mudança nos tipos mais usuais de danos (BOAS et al.,
2018).
Para a aplicação da metodologia GDE/UnB em estruturas de concreto armado, deve-se adequar
e adaptar se necessário, as fórmulas e fatores de intensidade e ponderação, de acordo com as variações
de cada ambiente em específico (BOAS et al., 2018).
25
A Inspeção Predial foi trazida para o Brasil no ano de 1999, através de um trabalho técnico
apresentado no X Congresso Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia – COBREAP (NEVES
e BRANCO, 2009). Após esta data, os estudos sobre o tema foram aperfeiçoados, novas técnicas
foram introduzidas e algumas adaptações foram realizadas para adequar a Inspeção Predial às
necessidades do nosso mercado. Com o intuito de padronizar a Inspeção Predial, em 2001, o Instituto
Brasileiro de Avaliações e Perícias do estado de São Paulo - IBAPE/SP publicou a primeira norma
técnica sobre o tema, proporcionando ao profissional responsável pela elaboração do serviço, um
balizador das atividades a serem executadas (NEVES e BRANCO, 2009).
Em 2012, o IBAPE disponibiliza a Norma de Inspeção Predial Nacional, baseada em texto
normativo pioneiro do IBAPE/SP. A modificação foi realizada para atender as exigências da NBR
5674 (ABNT, 2012), NBR 15575-1 (ABNT, 2013) e colaborar com a “saúde dos edifícios”.
A Tabela 1.7, apresenta detalhes do histórico das revisões da Norma de Inspeção Predial, até a
última modificação que ocorreu em 2012. Desde esse período a norma do IBAPE Nacional prevaleceu
na realização de Inspeções Predial. Entretanto, no ano de 2020 a NBR 16747 (ABNT, 2020) foi
publicada e define os novos parâmetros para realização de uma Inspeção.
Ano Fatos/Ocorrências
26
A NBR 16747 (ABNT, 2020), a partir de 21 de maio de 2020, estabelece as condições para a
gestão da manutenção de edificações. A gestão do sistema de manutenção inclui meios que mantenham
as características originais da edificação e que previnam a perda de desempenho da estrutura e de seus
elementos. Como a norma é recente, é importante ressaltar que as edificações existentes antes da
vigência desta Norma precisam se adequar ou criar os seus programas de manutenção atendendo as
exigências estabelecidas. Além disso, não faz parte do processo de avaliação, a identificação de
28
problemas que não tenham manifestado nada aparente ou que precisem de ensaios específicos para a
identificação.
O processo de inspeção predial definidos por essa norma engloba os seguintes processos:
Nesta fase, deve-se obter informações e coletar dados, por meio de entrevistas sobre a
edificação e seu histórico para auxiliar o profissional na realização da inspeção predial.
As recomendações técnicas para a recuperação dos sistemas, devem ser apresentadas de forma
clara e objetiva, facilitando a compreensão do responsável legal, gestor, síndico ou proprietário. É
importante que indique manuais, ilustrações e normas pertinentes para facilitar as futuras providencias.
As recomendações técnicas devem podem indicar a necessidade de contratação adicional de
profissional especialista para uma inspeção predial mais especializada, e/ou dos serviços técnicos com
ensaios e avaliações específicas, para a elaboração de relatórios e e pareceres ao laudo de inspeção
predial.
Grau Gravidade
Prioridade 1 Perda de desempenho comprometendo a saúde e/ou
segurança dos usuários e/ou funcionamento dos
sistemas construtivos e a vida útil e quando geram
danos ao meio ambiente.
Prioridade 2 Perda parcial do desempenho sobre a funcionalidade da
edificação; sem prejuízo a ação direta dos sistemas,
sem comprometer a saúde e segurança dos usuários.
Prioridade 3 Perda de desempenho pode ocasionar pequenos prejuízos à
estética. Não existe necessidade de intervenções imediatas. Não
comprometem a saúde e segurança dos usuários
Fonte: Adaptado de NBR 16747 (ABNT, 2020).
O laudo técnico é um documento completo, que deve ser no mínimo os itens da Tabela 1.9.
31
Esta pesquisa efetua uma análise dos métodos de inspeção visual de edificações, e realiza a
avaliação da condição estrutural do Prédio Administrativo do CEFET/MG - Campus Curvelo
conforme estabelece a Metodologia GDE/UnB. Durante o percurso desta pesquisa foram
desenvolvidos dois estudos complementares, que foram publicados no IV Congresso Brasileiro de
Patologia das Construções (CBPAT-2020) . O presente documento foi dividido em quatro tópicos
principais, descritos a seguir:
INTRODUÇÃO – Apresenta uma introdução geral sobre a vida útil de estruturas; revisão
bibliográfica acerca das principais causas das patologias em concreto armado, uma vez que
conhecendo essa origem do é possível definir com eficiência como resolver problema; Metodologia
GDE/UnB, Norma de Inspeção Predial Nacional do IBAPE e Norma NBR 16747 (ABNT, 2020), já
que a partir da data de implementação da norma, essa sobressai de qualquer norma anteriormente
publicada.
32
REFERÊNCIAS
NBR 14037: Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e manutenção das edificações —
Requisitos para elaboração e apresentação dos conteúdos. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.
AZEVEDO, M. T. et al. Concreto: Ciência e Tecnologia. 2011, v.2. São Paulo: Ibracon.
FORTALEZA. Lei Nº 9.913 de 16 de Julho de 2012. Dispõe sobre obrigatoriedade de vistoria técnica,
manutenção preventiva e periódica das edificações e equipamentos públicos ou privados no âmbito do
Município de Fortaleza, e dá outras providências. Fortaleza, CE, 2012.
HELENE, P. Manutenção para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto. 2ª ed. SP: Pini,
1992.
Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (IBAPE). Norma de Inspeção Predial, 2012
b. Disponível < http://ibape-nacional.com.br/biblioteca/wp-content/uploads/2012/12/Norma-de-Inspe
%C3%A7%C3%A3o-Predial-IBAPE-Nacional.pdf >
34
LAPA, J..S., Patologia, Recuperação e Reparo das estruturas de Concreto. 2008. Dissertação
(Mestrado em Construção Civil), Departamento de Engenharia Civil. Universidade Federal de Minas
Gerais, Minas Gerais, BH.
NEVES, D. R. R.; BRANCO, L. A. M. N., Estratégia de Inspeção Predial. In: Construindo, v.1, n.2,
p.12-19. Belo Horizonte, MG, 2009.
SOUZA, V.C.; RIPPER, T. Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto. 2ª ed. SP:
PINI, 1998.
Este capítulo visa avaliar como é realizada uma inspeção visual utilizando a norma de
Inspeção Predial Nacional do IBAPE e a metodologia GDE/UnB, com o intuito de definir parâmetros
de comparação entre essas.
RESUMO
A determinação da vida útil residual e de projeto de uma edificação está intimamente ligada ao
planejamento e execução dos processos de manutenção da mesma. A importância dessa manutenção é
destacada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, em sua norma técnica NBR 6118
(ABNT, 2014), que exige a elaboração de um manual de utilização, inspeção e manutenção, contendo
especificações para garantir a vida útil das estruturas. De forma complementar, a NBR 5674 (ABNT,
2012) trata exclusivamente do tema de requisitos para o sistema de gestão de manutenção de
edificações. O presente trabalho tem como objetivo avaliar as metodologias de inspeção visual de
edificações, particularmente a Metodologia GDE/UnB (Grau de Deterioração do Elemento) e a
metodologia prescrita pela Norma de Inspeção Predial Nacional do IBAPE (Instituto Brasileiro de
Avaliações e Perícias de Engenharia), visando incorporá-las em fluxos de processo para fins de
gerenciamento de manutenções. Para o seu desenvolvimento, na primeira etapa, foram detalhadas,
através de pesquisa bibliográfica, as características dessas metodologias e suas aplicabilidades, bem
como o estudo das principais causas das manifestações patológicas que podem ocorrer nessas
estruturas. Na segunda etapa, comparou-se os parâmetros de avaliação dessas metodologias. Com este
trabalho, foi possível concluir que estas metodologias levam a resultados equivalentes, porém a
Metodologia GDE/UnB se mostrou mais eficaz na escolha da intervenção primária.
Palavras-chave: inspeção predial, gerenciamento de manutenções, concreto armado.
ABSTRACT
37
The determination of the residual and service life of a building is closely linked to the planning
and execution of maintenance processes. The importance of this maintenance is highlighted by the
Brazilian Association of Technical Standards - ABNT, in its technical standard NBR 6118 (ABNT,
2014), which requires the elaboration of a user manual, inspection and maintenance, containing
specifications to ensure the structures service life. Complementarily, NBR 5674 (ABNT, 2012)
exclusively deals with the theme of requirements for the building maintenance management system.
This paper aims to evaluate the methodologies of visual inspection of buildings, particularly the GDE
Methodology (Degree of Element Deterioration) / UnB and the methodology prescribed by the IBAPE
(Brazilian Institute of Engineering Assessment and Expertise) National Building Inspection Standard,
to incorporate them into process flows for maintenance management purposes. For its development, in
the first stage, the characteristics of these methodologies and their applicability were detailed and the
main causes of the pathological manifestations that may occur in these structures were studied. In the
second stage, the evaluation parameters of these methodologies were compared. With this work, it was
concluded that these methodologies lead to similar results, but the GDE Methodology / UnB was more
effective in choosing the primary intervention.
Keywords: building inspection, maintenance management, reinforced concrete.
2.1 INTRODUÇÃO
A determinação da vida útil residual e de projeto de uma edificação está intimamente ligada ao
planejamento e execução dos processos de manutenção da mesma. A importância dessa manutenção é
destacada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, em sua norma técnica NBR 6118
38
(ABNT, 2014), que exige a elaboração de um manual de utilização, inspeção e manutenção, contendo
especificações para garantir a vida útil das estruturas. De forma complementar, a NBR 5674 (ABNT,
2012) trata exclusivamente do tema de requisitos para o sistema de gestão de manutenção de
edificações.
De forma a acompanhar o estado técnico de conservação, uso e manutenção das edificações, a
inspeção predial se torna uma ferramenta indispensável. Desde 2001, alguns municípios brasileiros
tornaram obrigatória a inspeção predial regular das edificações (VERVLOET, 2018). Tem-se como
exemplo, Salvador (BA), a Lei Nº 5.907 (SALVADOR, Lei 5.907, 2001); Fortaleza (FORTALEZA,
Lei n° 9.913, 2012); e outros Municípios que também criaram leis tornando obrigatória a inspeção
predial regular (DOLACIO, 2013), devido à ocorrência de acidentes com causas relacionadas à falta de
conservação dos edifícios. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que é o órgão
regulador nacional, não possui normativo publicado acerca das recomendações técnicas da atividade de
inspeção predial. Entretanto, o Instituto Brasileiro de avaliações e Perícias de Engenharia (IBAPE)
elaborou a Norma de Inspeção Predial Nacional, que objetiva:
Fi Lesões
0 Sem lesões
1 Lesões leves
2 Lesões toleráveis
3 Lesões graves
4 Estado Crítico
Fonte: CASTRO (1994).
40
Essa metodologia sofreu modificações por Lopes (1998), quando observado que este critério
poderia levar, algumas vezes, a resultados incoerentes. Dessa maneira, Lopes (1998) modificou a
fórmula do grau de deterioração do elemento (G de) (Equação 02). Boldo (2002), utilizou o princípio de
Lopes (1998) para o grau de deterioração da família (G df), em diferentes edificações, alterando-se sua
denominação no Caderno de Inspeções para Inspeção para Estruturas de Concreto. Posteriormente,
Fonseca (2007) utilizou a metodologia GDE/UnB para calcular o grau de deterioração de estruturas de
concreto armado, além de alterar as formulações dos cálculos do Grau de deterioração da família (G df)
(Equacão 2.3) e do Grau do Dano (D) (Equação 01) e apresentar uma mudança nos tipos mais usuais
de danos (BOAS et al., 2018). Para a avaliação de estruturas em Concreto Armado, foram utilizadas as
seguintes formulações, adaptadas por Fonseca (2007):
Sendo:
D: Grau do Dano
Fi: Fator de Intensidade
Fp: Fator de Ponderação
∑ D(i )−Dmáx
Gde =Dmax [1+ i=1 m
] (Equação 2.2)
∑ D(i)
i=1
Em que:
Gde= Grau de deterioração de um elemento estrutural;
Dmáx= Maior grau de dano no elemento;
m: Número de danos detectados no elemento; e
D(i): O grau de dano de ordem (i).
41
Com base no valor encontrado para o G de, tem-se a classificação do nível de deterioração e as
medidas a serem tomadas, conforme Tabela 2.2.
Utiliza-se a Equação 03 apenas para elementos com nível de deterioração superior ou médio,
ou seja, Gde ≥ 15.
√
m
∑ Gde (i)−Gdem á x
Gdf =Gdem á x 1+ i=1 (Equação 2.3)
m
∑ Gde(i)
i=1
Em que:
Gdf: Grau de deterioração de uma família de elementos;
Gdemáx: Grau de deterioração máxima do elemento;
Gde(i):Grau de deterioração do elemento de ordem (i);
42
O fator de relevância estrutural tem por objetivo considerar a importância relativa das diversas
famílias que subdividem a estrutura, quanto ao comportamento e desempenho. Na Tabela 2.3 tem-se a
classificação do Fr.
De acordo com a Norma de Inspeção Predial do IBAPE (2012, p.5), a inspeção predial é a
“análise isolada ou combinada das condições técnicas, de uso e de manutenção da edificação”. O
método de avaliação técnica descrito nessa norma consiste nos seguintes procedimentos:
l) Responsabilidades.
Para a elaboração do laudo de vistoria é importante, também, realizar entrevista com gestor ou
síndico para obtenção de informações sobre o uso do local, histórico de reformas e manutenções,
dentre outras intervenções ocorridas.
As anomalias e falhas são não conformidades que acarretam na perda precoce de desempenho
real ou futuro dos elementos de sistemas construtivos, e redução de sua vida útil. Podem comprometer
a segurança, funcionalidade, operacionalidade, saúde de usuários, conforto térmico, acessibilidade,
46
durabilidade, vida útil, e outros critérios de desempenho conforme estabelece a NBR 15575 (ABNT,
2013). As anomalias e falhas podem ser classificadas conforme a Tabela 2.7.
Para análise do grau de risco devem ser considerados: fatores de conservação, as manutenções
previstas, agentes de deterioração precoce, depreciação, riscos à saúde, segurança, funcionamento e
comprometimento de vida útil. Os graus de risco são classificados em estado crítico, regular e mínimo
(Tabela 2.8).
Tabela 2.8– Classificação do grau de risco.
De acordo com a ordem do problema constatado, deve-se elaborar uma lista de prioridades
técnicas, onde essa lista é ordenada do mais crítico ao menos crítico, sendo estabelecidas através de
metodologias técnicas específicas, sendo uma delas a elas a matriz GUT.
47
Ao final da atribuição dos pesos para os problemas é calculado o produto (G) x (U) x (T). O
resultado definirá qual o grau de prioridade do problema. Para organizar os dados, é importante a
elaboração de “planilhas de prioridades” a qual indicará a lista de prioridades para intervenções.
48
Com base no que foi constatado elaboram-se recomendações ou orientações técnicas para a
solução dos problemas, podendo estar relacionadas à adequação do plano de manutenção ou aos
reparos e reformas para solução de anomalias. Deve-se indicar manuais, ilustrações e normas
pertinentes para facilitar o entendimento do contratante.
Realizada a inspeção predial, é necessário a elaboração do laudo técnico. Para sua construção,
há itens importantes que devem constar na em sua estrutura (Tabela 2.10).
49
Grau Gravidade
1 Identificação do Solicitante;
2 Classificação do objeto da inspeção;
3 Localização;
4 Data da Diligência
5 Descrição Técnica do Objeto
6 Tipologia e padrão construtivo
7 Utilização e Ocupação
8 Idade da Edificação
9 Nível Utilizado
10 Documentação solicitada, entregue e analisada
11 Descrição do Critério e Método da Inspeção predial
12 Das informações Gerais Consideradas
Lista de verificação dos elementos construtivos e equipamentos vistoriados,
13
descrição e localização das respectivas anomalias e falhas.
14 Classificação das anomalias e falhas quanto ao grau de risco
15 Indicação de prioridade
Avaliação da manutenção e condições de uso da Edificação e dos sistemas
16
construtivos
17 Recomendações Técnicas
18 Recomendações gerais e de sustentabilidade
19 Relatório fotográfico
20 Recomendação do prazo para nova inspeção predial
21 Data do Laudo
22 Assinatura do profissional responsável
Anotação da Responsabilidade Técnica (ART) ou Registro de Responsabilidade
23
Técnica (RRT)
50
2.3 METODOLOGIA
2.5 CONCLUSÕES
Diante do exposto, pode-se observar que ambas as metodologias tendem a apresentar resultados
semelhantes. Entretanto, a Metodologia GDE/UnB se mostrou mais eficaz em uma escolha de
intervenção estrutural primária, uma vez que indica prazos para a realização de uma intervenção em
famílias específicas do edifício.
52
Outro fator importante a se considerar, é que a Norma de Inspeção Predial do IBAPE permite
uma inspeção completa, englobando diversos sistemas construtivos. Já a Metodologia GDE/UnB
permite a classificação somente de elementos de estruturas em concreto armado.
Sendo assim, os métodos citados podem ser utilizados para se complementarem em termos de
análise de elementos estruturais, uma vez que a Metodologia GDE/UnB poderia ser utilizada na
classificação das prioridades de intervenção. Isto está diretamente relacionado ao fluxo de processos
para fins de gerenciamento de manutenções, o que auxiliaria no estabelecimento de prazos para a
realização de novas intervenções, de forma que a inspeção predial ficasse mais eficiente.
53
2.6 REFERÊNCIAS
https://leismunicipais.com.br/a/ce/f/fortaleza/decreto/2015/1361/13616/decreto-n-13616-2015-
regulame
nta-lei-n-9913-de-16-de-julho-de-2012-que-dispoe-sobre-as-regras-gerais-e-especificas-a-
serem-obedecidas-na-manutencao-e-conservacao-das-edificacoes-no-municipio-de-fortaleza-e-da-
outras-providencias>. Acesso em : 10 out. 2019.
RESUMO
ABSTRACT
The design of a building is made up of the project design, materials specification, execution
and maintenance. If failures occur in one or more of these phases may arise pathologies that
compromise safety, durability and the future performance of the building. The present work aims to
analyze the structural condition of a reinforced concrete building using the GDE (Element
Deterioration Degree) Methodology / UnB. For its development, in the first stage, through
bibliographical research, the characteristics of this methodology and the main causes of the
pathological manifestations that may occur in this type of structure were detailed. In the second stage,
the building was inspected to identify anomalies and faults. In the third stage, the structural condition
of this building was evaluated, and the inspection report was prepared. In the last step it determined the
degree of deterioration of the structure with the measure to be taken in the building in question. This
work assists in the registration of the pathologies of this building, as well as the monitoring of their
evolution, as well as being an important tool for the rehabilitation process.
3.1 INTRODUÇÃO
O concreto já foi conhecido como um material livre de falhas e anomalias, que não sofria
deterioração. Este pensamento foi criado a partir de algumas observações de suas características, como
a durabilidade e resistência. Em antigos métodos ocorriam exageros nos cálculos, o que gerava peças
estruturais bem robustas, resultado de cálculos com margens muito altas de segurança (HELENE,
1992).
Quando dimensionadas, executadas e utilizadas de forma correta as estruturas de concreto
armado devem resistir às ações mecânicas e à agressividade ambiental. Os fatores como falta de
conhecimento adequado dos processos de construção, do comportamento dos materiais utilizados e
negligências quanto à utilização das normas técnicas, são os principais motivos que provocam a
diminuição da vida útil da estrutura. É comum que proprietários de imóveis, usuários e gestores
prediais negligenciem atividades preventivas, corretivas, dentre outras, que poderiam melhorar o
desempenho nos elementos construtivos (IBAPE, 2012).
Com o intuito de aumentar a vida útil da edificação, de acordo com a NBR 5674 (ABNT,
2012), tem-se necessidade de realizar manutenções nas edificações, uma vez que a manutenção visa
preservar ou recuperar as condições de uso previsto para as edificações, incluindo todos os serviços
realizados para prevenir ou corrigir a perda de desempenho decorrente da deterioração dos seus
componentes, ou de atualizações nas necessidades dos seus usuários.
Uma metodologia utilizada para realizar a inspeção predial é a metodologia criada no Programa
de Pós-Graduação em Estruturas e Construção Civil da Universidade de Brasília (PECC-UnB) com o
intuito de realizar a avaliação quantitativa do grau de deterioração de estruturas de concreto,
denominada metodologia de Grau de Deterioração do Elemento (GDE/UnB) (CASTRO, 1994).
O presente trabalho tem como objetivo analisar a condição estrutural de um edifício em
concreto armado, utilizando a Metodologia GDE/UnB (Grau de Deterioração do Elemento), de forma a
auxiliar no cadastramento das patologias desta edificação, assim como no acompanhamento de suas
evoluções. Além de ser uma importante ferramenta para o processo de reabilitação.
59
(a) (b)
(a) Imagem de satélite. (b) Vista frontal.
Fonte: esquerda - Google Earth (2019) e direita - autores.
Fonte: Autor
Fonte: Autores.
Figura 3.5 – Fissura na base dos elementos em alvenaria.
61
Fonte: Autores. .
Fonte: Autor
Fonte: Autores.
Fonte: Autores.
62
Fonte: Autores
Fonte: Autores.
Figura 3.9 – Fissura (ausência de base de assentamento).
63
Fonte: Autores.
Fonte: Autores.
64
Fonte: Autores.
Fonte: Autores
65
A partir dos fatores de intensidade (Fi) e fatores de ponderação (Fp) referentes a cada patologia
e fator de relevância (Fr) de cada elemento foi possível o cálculo do grau de dano (D), grau de
deterioração do elemento(Gde), grau de deterioração da família de elementos tipos (G df) e grau de
deterioração da estrutura(Gd). Os resultados são apresentados na Tabela 3.1.
Tabela 3.12- Cálculo do Grau de Deterioração da Estrutura (Gd).
Solapamento
Figura 3.3 3 2 4,8
solo
Fissura na base
Figura 3.5 3 2 4,8
do elemento
Fissura
Figura 3.4 agravada por 3 2 4,8
umidade
Solapamento
Figura 3.6 com surgimento 3 2 4,8
de vegetação
Elementos de
Infiltração na
composição 1 Figura 3.7 3 2 4,8 38,2 38,2
parede
arquitetônica
Fissura devido
à ausência de
Figura 3.8 3 3 24
base de
assentamento
Figura Descascamento
3 1 1,2
3.10 da pintura
Desplacamento
Figura 3.8 3 2 4,8
do revestimento
Figura Fissura na
2 2 4,8
3.11 alvenaria
Fissura
Juntas de Figura próximo às 1
3 3 3 12 -
dilatação 3.12 juntas de 2
dilatação
GRAU DE DETERIORAÇÃO DA ESTRUTURA (Gd) 38,2
Fonte: Autores
A partir dos valores obtidos, foi possível encontrar o grau de deterioração dos elementos de
composição arquitetônica (Gd) igual a 38,2, indicando que deve-se definir prazo/natureza para nova
inspeção em médio prazo (máx. 2 anos).
No caso das juntas de dilatação, tem-se o grau de deterioração desta família igual a 12, o que
apresenta nível de deterioração baixo, sendo classificado como aceitável. Para este caso é necessária a
realização de manutenção preventiva.
66
Com base nos valores encontrados, deve-se calcular o Grau de Deterioração da família (G df) e
Grau de Deterioração do da estrutura (G d) apenas a partir dos Elementos de Composição
Arquitetônica, visto que a outras famílias avaliadas foi obtido G df inferior a 15. As demais famílias do
edifício em questão não apresentaram sinais de danos. Sendo assim, tem-se o Grau de deterioração da
estrutura igual a 38,2. Para esse valor de deterioração da Estrutura tem-se que é preciso prazo/natureza
para nova inspeção. Em médio prazo (máx. 2 anos).
3.4 CONCLUSÕES
A partir deste trabalho, verifica-se que a Metodologia GDE/UnB identificou uma quantidade
considerável de danos na família de elementos de composição arquitetônica, sendo necessário realizar
uma intervenção em médio prazo. A eficiência da metodologia é evidenciada ao analisar os elementos
de forma isolada, possibilitando intervenções na família desejada. Esta é uma ferramenta que auxilia
no cadastramento das patologias, assim como no acompanhamento de suas evoluções, além de ser
importante para um processo futuro de reabilitação.
Além disso, é importante salientar que esta Metodologia não avalia a condição das instalações
elétricas e hidráulicas do edifício. Sendo assim, é importante sugerir que as mesmas sejam avaliadas
em trabalhados futuros, principalmente por se tratar de um edifício escolar frequentado diariamente
por estudantes, professores e colaboradores.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
67
ANEXO A
Tabela A – Documentação ABNT 16 747
DOCUMENTOS TÉCNICOS E ADMNISTRATIVOS
68