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Universidade Federal de Pernambuco

Centro de tecnologia e Geociências


Departamento de Engenharia Civil

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ESTUDO DE CASO DE ALVENARIA DE VEDAÇÃO RACIONALIZADA EM


CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS

Luiz Marinho dos Santos Neto


Rodrigo Melo Moura
Recife
2013
Luiz Marinho dos Santos Neto
Rodrigo Melo Moura

ESTUDO DE CASO DE ALVENARIA DE VEDAÇÃO RACIONALIZADA EM


CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao departamento de Engenharia Civil da


Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), como requisito parcial para a obtenção do
grau de Engenheiro Civil

Orientador: Prof. Sérgio Dias

Recife
2013
Luiz Marinho dos Santos Neto
Rodrigo Melo Moura

2
Catalogação na fonte

Bibliotecária Valdicéa Alves, CRB-4 / 1260

S231e Santos Neto, Luiz Marinho dos .

Estudo de caso de alvenaria de vedação racionalizada em construção


de edifícios residenciais / Luiz Marinho dos Santos Neto, Rodrigo Melo
Moura - Recife: O Autor, 2013.

37 folhas, il., gráfs., tabs.

Orientador: Prof. DSc. Sérgio Dias.

TCC (Graduação) – Universidade Federal de Pernambuco. CTG. Curso


de Engenharia Civil, 2013.

Inclui Referências.
3

1. Engenharia Civil. 2. Alvenaria racionalizada. 3. Coordenação modular.


ESTUDO DE CASO DE ALVENARIA DE VEDAÇÃO RACIONALIZADA EM
CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao departamento de Engenharia Civil da


Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), como requisito parcial para a obtenção do
grau de Engenheiro Civil

Orientador: Prof. Sergio Dias


Comissão Examinadora:

______________________________
Prof. Sérgio Dias
Universidade Federal de Pernambuco

______________________________
Prof. Tibério
Universidade Federal de Pernambuco

_____________________________

Universidade Federal de Pernambuco

Recife
2013

4
RESUMO

O objetivo deste trabalho é estudar a viabilidade econômica de substituição da alvenaria


convencional de vedação pela alvenaria de vedação racionalizada em edifícios de concreto armado,
com enfoque na construtibilidade e no custo do insumo de blocos. A metodologia aplicada a este
trabalho é apresentada numa proposta de projeto de produção para alvenaria de vedação
racionalizada, por meio de um estudo de caso, envolvendo empreendimento de uma empresa
construtora da cidade de Recife. A proposta oferece análise de compatibilização dos projetos e uma
linguagem técnica voltada para o aumento da construtibilidade, onde estão apresentadas paginações,
detalhes e técnicas construtivas, ou seja, trata-se de uma gestão racionalizada da produção por meio
da coordenação modular.

Palavras - Chave: Alvenaria racionalizada, Coordenação modular, Construtibilidade e custos.

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ABSTRACT

The objective of this work is to study the economic feasibility of replacing conventional
masonry sealing the masonry fence rationalized in reinforced concrete buildings, focusing on
constructability and cost of input blocks. The methodology applied in this work is presented a
design proposal of production for masonry fence rationalized through a case study involving
development of a construction company in the city of Recife. The proposed analysis offers
compatibility of projects and one facing increased constructability technical language, which are
presented layouts, details and construction techniques, ie, it is a streamlined production
management through modular coordination.

Masonry streamlined, modular Coordination, Constructability and cost: Key - words.

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus, a quem devemos pela nossa existência, saúde e inteligência.

À nossas famílias que sempre nos incentivaram e acreditaram em nós.

Agradecemos ao professor Sérgio Dias, nosso orientador, pelo apoio e pela paciência para
esclarecer nossas dúvidas.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 08

1.1 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................... 08

1.2 OBJETIVOS .............................................................................................................................. 08

2 REVISÃO .................................................................................................................................... 10

2.1 O PORQUÊ DAS MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS E O DOMÍNIO DE PROCESSOS


PELA ENGENHARIA .................................................................................................................... 10

2.2 CONCEITOS E IMPORTÂNCIA DOS PROJETOS PARA PRODUÇÃO DE ALVENARIA


DE VEDAÇÃO RACIONALIZADA ............................................................................................ 11

2.3 CARACTERÍSITICAS DOS PROJETOS DE PRODUÇÃO PARA ALVENARIA VEDAÇÃO


RACIONALIZADA ........................................................................................................................ 13

2.4 INTERFACES DOS PROJETOS DE PRODUÇÃO PARA ALVENARIA VEDAÇÃO


RACIONALIZADA ......................................................................................................................... 13

2.5 MATERIAIS .............................................................................................................................. 14

3 METODOLOGIA ........................................................................................................................ 15

4 ESTUDO DE CASO .................................................................................................................... 16

4.1 CARACTERÍSITCAS DO EMPREENDIMENTO .................................................................. 16

4.2 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................................. 16

5 CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 34

REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 34

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1. INTRODUÇÃO

1.1 JUSTIFICATIVA

Diante do atual contexto da construção de edificações, em que se discutem questões


econômicas e sustentáveis, tem-se a necessidade de tornar a “indústria” da construção civil
capacitada ao ponto de apresentar domínio de projeto e de execução. Reduzir custos ou tornar-se
sustentável a partir da redução de qualidade do produto, não compete a manter a atratividade, muito
menos a sobrevivência da empresa no mercado, motivo pelo qual está levando as construtoras a dar
importância à fase de projeto. Neste contexto procura-se criar medidas de racionalização da
construção civil que proporcionem maior planejamento e controle da produção. O uso de projeto
para produção se torna uma considerável ferramenta, pois trazem incorporada uma linguagem
técnica, com todas as características definidas, objetivando maior eficácia no desenvolvimento do
produto.

Fundamentada por diversos autores, por sua significativa participação nos edifícios de
concreto armado, condicionar bom desempenho do edifício e contemplar interfaces com demais
subsistemas, as vedações verticais tem-se apresentado como importante estratégia na racionalização
construtiva, bem como no desempenho global do edifício. Contemplando assim, os projetos de
produção para alvenaria de vedação racionalizada.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

O objetivo deste trabalho é estudar a viabilidade econômica de substituição da alvenaria


convencional de vedação pela alvenaria de vedação racionalizada em edifícios de concreto armado,
com enfoque na construtibilidade e no custo do insumo de blocos. E apresentar uma proposta de
projeto para produção de alvenaria de vedação racionalizada, considerando a obra em fase de
execução.

1.2.2 Objetivos Específicos

Descrever as características dos projetos para produção de alvenaria de vedação


racionalizada, bem como suas principais interfaces, materiais e seu processo construtivo.

Desenvolver uma proposta de projeto para produção de alvenaria de vedação racionalizada


por meio de mecanismos de coordenação modular e da compatibilização das interfaces dos demais
subsistemas, sendo eles: arquitetura, estrutura, instalações hidráulicas e instalações elétricas.
Diagnosticar vantagens e desvantagens oferecidas pela implantação de projeto para produção de
alvenaria de vedação racionalizada no edifício em estudo.

Analisar, a partir de estimativas, os custos dos insumos de blocos cerâmicos inerentes à


solução com alvenaria.

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2. METODOLOGIA

A metodologia aplicada a esta pesquisa se subdivide em duas etapas. O método proposto


está estruturado, a partir de revisões bibliográficas. Também foi desenvolvida uma proposta de
projeto de produção para alvenaria de vedação racionalizada, por meio de um estudo de caso
envolvendo uma empresa construtora da cidade de Recife.

Inicialmente se discorre de uma abordagem em revisões bibliográficas com embasamento


teórico referente ao tema, a partir da consulta em livros, teses, dissertações, periódicos, seminários
publicados e normas da ABNT.

Na segunda e mais extensa etapa, no que sucede a revisão bibliográfica, estão apresentadas
as características do empreendimento e também uma proposta de projeto de produção para alvenaria
de vedação racionalizada incorporada ao mesmo. A proposta oferece análise de compatibilização
entre os projetos arquitetônico, estrutural, hidrossanitário, elétrico e executivo. Projetos estes que
representam o conteúdo do pavimento de maior número de repetições, num total de sete pavimentos
tipo. As deficiências listadas na sobreposição dos projetos estão compatibilizadas, segundo o
projeto de furação e rebaixos, locação dos pontos elétricos e projeto arquitetônico revisado. Além é
claro, da análise compatibilização a proposta incorpora o desenvolvimento de um projeto
propriamente dito, apresentado numa linguagem técnica, voltada para o aumento da
construtibilidade, ou seja, paginações, detalhes e técnicas construtivas, desenvolvidas por meio da
otimização dos encaixes entre os elementos dos diferentes sistemas construtivos. Para exemplificar
essas características do projeto para produção, foram desenvolvidas quatro paginações distintas, que
incorporassem também diferentes detalhes. As paginações correspondem a paredes com: presença
de instalações, aberturas de janelas, abertura de portas e shafts. Durante a apresentação das
paginações e detalhes discutisse as técnicas construtivas adotadas, bem como as vantagens e as
desvantagens oferecidas pelo sistema de alvenaria racionalizada.

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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 O PORQUÊ DAS MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS E O DOMÍNIO DE


PROCESSOS PELA ENGENHARIA

De acordo com Barros (1998), a competitividade estabelecida por uma economia


globalizada certamente tem sido o impulso para que as empresas do setor da construção de edifícios
revejam as suas atuais formas de produção, a fim de alcançarem um patamar mais elevado de
qualidade de seus produtos e do processo produtivo.

Junior e Neves (2009) comentam que, o emprego mais recente de medidas de racionalização
construtiva tem sido utilizado como um importante elemento na estratégia das empresas
construtoras. Particularmente, a racionalização construtiva por meio das alvenarias de vedação do
edifício tem-se tornado um diferencial para se alcançar o sucesso neste cenário de competição no
mercado.

Como explica Sabbatini (1998), a organização de produção atual da construção civil no


Brasil é inadequada, pois não se dispõe de projetos construtivos (projetos para produção) que
definam precisamente, sem margem para decisões de obra, como construir o que está previsto;
utilizam-se para o planejamento ferramentas tecnicamente adequadas, mas baseadas em parâmetros
incompletos e dados irreais (entre outras origens, também porque não se baseia em projetos
construtivos); utilizam-se métodos de gestão incoerentes e pouco eficientes; não se dispõe de
sistemática de controle de processo que permitam a tomada de decisões gerenciais eficazes e nos
momentos adequados; utiliza-se uma estrutura organizacional, no canteiro, não propícia para a
condução do processo pela engenharia, sem técnicos, sem tecnólogos, com mestres e encarregados
“assumindo” responsabilidade incoerentes com sua própria capacitação; não premia, não estimula,
não valoriza a qualificação profissional dos operários e a produtividade dos mesmos. Isto tudo,
entre inúmeras outras deficiências, as quais justificam a ineficiência e a inadequabilidade da
organização atual.

Sabbatini (1998) diz ainda que os projetos com os quais a construção de edifícios
normalmente trabalha: o projeto arquitetônico; o de estruturas e os de instalações prediais, são
basicamente projetos conceituais. Isto significa que eles se propões em estabelecer os conceitos
essenciais que definem o produto edifício e não como construí-lo. O autor explica ainda, que o
projeto arquitetônico define, por exemplo, o layout, as formas, os detalhes de acabamento do
produto. Mesmo quando se contrata o denominado “projeto executivo” este normalmente nada mais
é que um conjunto de detalhes dos componentes do produto acabado e não um detalhamento de
como produzir (executar) estes componentes. Da mesma forma, o projeto estrutural não diz como
executar a estrutura. Ele a conceitua geometricamente, especifica materiais, define posições de
ferragens, etc. O autor resume que, os projetos conceituais estabelecem o que fazer e não o como
fazer. O como fazer é o objetivo dos projetos de produção (ou também chamados projetos
construtivos.

Sabbatini (1998) comenta que, a construção civil de edifícios no Brasil somente há poucos
anos começou a utilizar-se, ainda timidamente, de projetos para produção. Por exemplo, os projetos
de alvenaria (projetos de como executar as paredes do edifício) é prática dos últimos três ou quatro
anos. O autor comenta ainda que, sem projetos para produção é perfeitamente possível construir.
Com pessoas experientes e voluntariosas constrói-se.

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Segundo Sabbatini (1998), é comum o paradigma “é possível construir um edifício sem
engenheiro mas, não dá sem um bom mestre”. Para o autor, o mestre e os encarregados, se
competentes, dominam apenas o saber prático. Conseguem produzir em edifício, a partir de alguns
poucos projetos, fundamentando-se apenas em experiências apreendidas na construção de obras
semelhantes. No entanto não tem a capacidade, nem a obrigação, de otimizar o uso de recursos, de
tomar decisões sistêmicas, decisões estas voltadas para a obtenção da máxima eficácia do processo
e do melhor desempenho do produto.

3.2 CONCEITOS E IMPORTÂNCIA DOS PROJETOS PARA PRODUÇÃO DE


ALVENARIA DE VEDAÇÃO RACIONALIZADA

Segundo Barros (2003) o conceito dos projetos voltados à produção é: “um conjunto de
elementos de projeto elaborado segundo características e recursos próprios da empresa construtora,
para utilização no âmbito das atividades de produção em obra, contendo as definições dos principais
itens necessários à realização de uma atividade ou serviço e, em particular: especificações dos
detalhes e técnicas construtivas a serem empregadas, disposição e seqüência de atividades de obra e
frentes de serviço e uso e características de equipamentos”.

Os projetos para produção são definidos por Fabrício e Melhado (1989, apud CHALITA,
2010), como um projeto “voltado para definição (em projeto) das sequências e métodos de
execução de determinada etapa crítica da obra e sua função é ampliar o desempenho na produção
dessas etapas. Os autores ainda afirmam que os projetos para produção , tem foco na
construtibilidade dos projetos e na otimização da obra, enfatizando o desenvolvimento dos
processos críticos de cada obra, simultaneamente com a geração das soluções de produto.

De acordo com os autores Silva, Gonçalves e Alvarenga (2006), a alvenaria de vedação


tradicional Figura 1, que é usual nas edificações, apresenta as seguintes características:

a) como não se utiliza projeto de alvenaria, as soluções construtivas são improvisadas durante a
execução dos serviços;

b) a mão-de-obra pouco qualificada executa os serviços com facilidade, mas nem sempre com a
qualidade desejada;

c) o retrabalho: os tijolos ou blocos são assentados, as paredes são seccionadas para a passagem de
instalações e embutimento de caixas e, em seguida, são feitos remendos com a utilização de
argamassa para o preenchimento dos vazios;

d) o desperdício de materiais: a quebra de tijolos no transporte e na execução, a utilização de


marretas para abrir os rasgos nas paredes e a frequência de retirada de caçambas de entulho da obra
evidenciam isso;

e) falta de controle na execução: eventuais problemas na execução são detectados somente por
ocasião da conferência de prumo do revestimento externo, gerando levados consumos de argamassa
e aumento das ações permanentes atuantes na estrutura.

Barros (1998), afirma que o processo de desenvolvimento da “alvenaria racionalizada” em


contraponto à “alvenaria tradicional” teve início a partir de um extenso programa de
desenvolvimento tecnológico da construtora ENCOL e a Escola Politécnica. O primeiro projeto
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desenvolvido, denominado EP/EM-1, teve como escopo a racionalização das alvenarias e
revestimentos empregados em edifícios de múltiplos pavimentos, com estrutura de concreto armado
moldado no local.

Junior e Neves (2009) comentam ainda que as paredes de alvenaria são os elementos mais
frequentemente empregados no processo produtivo tradicional brasileiro, sendo muito vezes
responsáveis por parcela expressiva do desperdício verificado nas obras de construção de edifícios
(as perdas de tijolos/blocos estão comumente entre 15% e 20%). Ainda, pela racionalização das
alvenarias é possível a redução de custos, o aumento de produtividade e a própria diminuição de
patologias no conjunto de esquadrias e das instalações hidrossanitárias e nos revestimentos, os quais
juntos, certamente influenciam de 20% a 40% do custo total do edifício.

O Banco Nacional da Habitação; Instituto de Desenvolvimento Econômico e Gerencial


(1976, apud BREVEN; BALDAUF, 2007), diante desses preceitos, para que se possam levar à
indústria da construção civil as mesmas vantagens presentes nos processos de outras indústrias,
verifica-se a necessidade da adoção de um sistema de medidas que ordene a construção desde a
fabricação dos componentes, passando pelo projeto, chegando à execução da obra e, ainda, mais
tarde, à manutenção. O sistema capaz de atingir esse objetivo é a Coordenação Modular.

A partir da norma NBR 15873 (ABNT, 2010) de coordenação modular para edificações, se
estabelece requisitos de coordenação modular que visa promover a compatibilização dimensional
entre elementos construtivos (definidos nos projetos das edificações) e componentes construtivos
(definidos pelos respectivos fabricantes), isso significa: ampliar a cooperação entre os agentes da
cadeia produtiva da construção civil, racionalizar a variedade de medidas de coordenação
empregadas na fabricação de componentes construtivos, simplificar o processo de marcação no
canteiro de obras para posicionamento e instalações de componentes construtivos e aumentar a
intercambiabilidade de componentes tanto na construção inicial quanto em reformas e melhorias ao
longo da vida útil projetada da edificação.

Segundo o Construction Industry Institute (1987, apud FRANCO; PENÃ, 2006), as decisões
tomadas nas fases iniciais do empreendimento, principalmente na fase de concepção e projeto, são
as que têm maior capacidade de influenciar o custo final.

Para Barros (1998), a aplicação do projeto para produção nas obras de edifícios deve ser
encarada como um contínuo aprendizado, assim como o seu desenvolvimento. E, ainda que as
empresas construtoras estejam no início desse aprendizado, muitos benefícios já puderam ser
observados ao se realizar visitas aos canteiros, tais como as citadas a seguir:

a) menor consumo de argamassa de assentamento;


b) drástica redução de retrabalho, com menores desperdícios (evitam-se cortes na alvenaria
para embutimento de instalações);
c) maior precisão no posicionamento das instalações;
d) redução das espessuras dos revestimentos interiores (5mm) e exteriores (25~30mm);
e) aumento da produtividade e da qualidade dos serviços;
f) maior limpeza na obra.

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3.3 CARACTERÍSITICAS DOS PROJETOS DE PRODUÇÃO PARA ALVENARIA
VEDAÇÃO RACIONALIZADA

Segundo Barros (1998) para que realmente atenda às necessidades da produção, um projeto
de alvenaria deverá contemplar:
a) posicionamento da primeira fiada a partir de um eixo preestabelecido na obra e coincidente com
os demais projetos;
b) a planta de primeira e segunda fiadas (distribuição dos componentes);
c) as elevações das paredes contendo instalações ou aberturas;
d) as características de preenchimento das juntas entre componentes e na ligação alvenaria-
estrutura;
e) as características das amarrações entre fiadas;
f) as características e o posicionamento da amarração da alvenaria com a estrutura;
g) posicionamento, o dimensionamento e as características de produção das vergas e contravergas;
h) posicionamento e as características das passagens de instalações, tanto nas elevações quanto na
laje, considerando-se sempre as cotas acumuladas a partir do eixo de referência;
i) as características da argamassa de assentamento a ser empregada.

Segundo Silva, Gonçalves e Alvarenga (2006), a elevação de cada parede deve contemplar
os tipos de blocos, a quantidade de cada um, as dimensões das aberturas, a posição de vergas e
contravergas, o posicionamento de eletrodutos e caixas de luz, telefone, antena, internet e outros,
além dos detalhes de ligação entre paredes e entre as paredes e a estrutura.

3.4 INTERFACES DOS PROJETOS DE PRODUÇÃO PARA ALVENARIA VEDAÇÃO


RACIONALIZADA

3.4.1 Relação Vedação e Estrutura


De acordo com Franco (1998b), a análise do projeto estrutural no qual irá se inserir a
vedação vertical é de fundamental importância para determinar tanto as características inerentes dos
vedos que a compõe, como dos detalhes construtivos necessários ao bom desempenho desta, frente
ao nível de solicitação esperadas. Desta forma além de conhecer as características mecânicas se
estabelece a forma de ligação dos elementos da vedação vertical com a estrutura em cada uma das
situações do projeto.

3.4.2 Interferências de Instalações Hidrossanitárias

Segundo Franco (1998a), a execução de instalações prediais hidrossanitárias de forma


racionalizada sempre representou um grande desafio. Este é, pela tradição construtiva nacional um
dos serviços de maior interferência com a vedação vertical. Tradicionalmente as instalações
elétricas e hidrossanitárias são embutidas na vedação vertical. Este embutimento é feito
tradicionalmente em operações de baixa racionalização, com o “rasgamento” das paredes, e o
posterior preenchimento e arremates dos rasgos efetuados.

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De acordo com a Associação Brasileira da Construção Industrializada – ABCI (1990), as
instalações hidráulicas executadas nas alvenarias podem ser feitas de duas maneiras: embutidas ou
externas às mesmas. Em ambos os casos é muito importante que o projeto dessas instalações seja
orientado no sentido de se evitar ao máximo a interferência do encanador durante a elevação das
alvenarias estruturais e das lajes, deixando que tais serviços possam ser feitos independentemente e
a posteriori, o que facilitará em muito a racionalização.

3.4.3 Interferência das Instalações elétricas e comunicação


Segundo a ABCI (1990), quando desejamos executar as instalações elétricas e telefônicas
sem cortar a parede já pronta, será obrigatória a colocação das caixinhas e dos conduítes durante a
elevação das alvenarias e da montagem da laje. Comenta CHALITA (2010), como resultado tem-se
a instalação elétrica embutida concluída simultaneamente à conclusão das alvenarias do pavimento.

3.4.4 Interferências das Esquadrias

De acordo com Franco (1998b) as esquadrias de portas e janelas representam uma parcela
bastante significativa do custo das vedações verticais e sua colocação é atividade crítica para a
liberação de outras frentes de serviço para a complementação da obra.

Segundo Barros (1998), no que se refere á interferência entre alvenaria e a esquadria,


algumas ações de racionalização podem ser destacadas, tais como:
a) emprego de vergas e contravergas pré-fabricadas em substituição às moldadas no local;
b) especificação de contramarcos pré-moldados para janelas, eliminando-se a necessidade dos
elementos de reforço (vergas e contravergas);
c) emprego de batentes metálicos incorporados à alvenaria durante a sua elevação;
d) uso de portas e janelas aplicadas “prontas”, após a execução dos revestimentos e pintura, com
sistemas de fixação adequados.

3.4.5 Coordenação Modular

Segundo Franco (1998b), a coordenação dimensional e modular levaria a padronização dos


detalhes construtivos, que além de facilitar a execução e controle dos mesmos, permitiria a
padronização das soluções e o desenvolvimento de alternativas cada vez melhores para as diversas
situações padrão. O autor complementa, que a muito que se evoluir. Geralmente as soluções
dimensionais do projeto, como espessuras diferenciadas das paredes, espessuras dos elementos das
vedações verticais frente aos elementos da estrutura, do revestimento e das esquadrias, as alturas de
portas e janelas e dos vãos deixados para serem preenchidos pela vedação vertical são concebidas
sem se considerarem os valores que otimizariam os sistemas de vedação vertical a serem
empregados. Esta posturaleva, na grande maioria dos casos, à compatibilização dos diversos
elementos que compõe o edifício sejam compatibilizados, pela utilização de componentes que
podem ser recortados com baixo desperdício. Exemplo destes componentes são os blocos de
alvenaria que são particionáveis sem a perda dos parte, ou os componentes que permitem o corte
como os blocos de concreto celular autoclavado ou as placas de gesso acartonado. Estes ajustes,
ainda assim representam uma atividade adicional que não incorpora valor ao serviço produzido,
representando uma diminuição no potencial de racionalização destes componentes.
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A ABCI (1990) comenta que, existem no mercado vários modelos de blocos nas mais
variadas dimensões para atender a diversas linhas de modulação; a modulação americana, que usa
blocos múltiplos de 20 cm na altura e comprimento e a modulação européia, que emprega múltiplos
de 12,5 cm; e outras modulações, tais como a que utiliza múltiplos de 15 cm, ou ainda blocos que
não obedecem a nenhuma modulação padronizada.

3.5 MATERIAIS

3.5.1 Argamassa

A NBR 132812 (2001) define argamassa como mistura homogênea de agregado(s)


miúdo(s), aglomerante(s) inorgânico(s) e água, contendo ou não aditivos ou adições, com
propriedades de aderência e endurecimento, podendo ser dosada em obra ou em instalação própria
(argamassa industrializada).

3.5.2 Blocos

A NBR 15280-1 (2005) define bloco cerâmico de vedação como, componente da alvenaria
de vedação que possui furos prismáticos perpendiculares às faces que os contêm. A Norma faz nota
que o bloco cerâmico para vedação é produzido para ser usado especificamente com furos na
horizontal e também pode ser produzido para utilização com furos na vertical.

3.5.3 Componentes Metálicos

Arcelor Mittal (2009), empresa produtora de aço que entre os quais se incluem as telas,
explica que, as telas utilizadas para amarração entre alvenarias e ligação da estrutura com alvenaria,
são do tipo soldadas produzidas com fio de 1,65 mm de diâmetro e malha de 15 x 15 mm,
galvanizadas, o que proporciona maior proteção contra a corrosão. A empresa traz também uma
recomendação quanto a aplicação da tela de acordo com a largura do bloco.

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4. ESTUDO DE CASO

4.1 CARACTERÍSITCAS DO EMPREENDIMENTO

O estudo de caso foi desenvolvido junto a uma construtora GB - Gabriel Bacelar


Construções S.A. O empreendimento é o Condomínio do edifício Jardins Madalena, localizado na
Rua Monsenhor Silva, Nº223 – Madalena, de uso residencial, o qual contempla uma torre com 01
pavimento térreo, 01 pavimento vazado, 29 pavimentos tipo, 01 pavimento tipo duplex, 01
pavimento coberta (casa de máquina). O edifício possuirá 03 elevadores (02 sociais e 01 serviço),
03 vagas de garagem (apartamento tipo), 05 vagas de garagem (cobertura duplex).

A torre contempla 58 apartamentos tipo e 02 apartamentos tipo duplex, num total de 60


unidades. Os apartamentos tipo tem 157m². O empreendimento conte uma área total construída de
13.706,05 m². De maneira geral os imóveis contemplam, área de serviço, cozinha, dependência de
empregada, WC de serviço, sala de estar, sala de jantar, varanda, corredor, lavabo, 4 suítes.

O edifício é construído em estrutura convencional de concreto armado. Quanto às esquadrias


externas, no caso janelas e portas, janelas serão confeccionadas em estrutura de alumínio e vidro
respectivamente, quanto às portas, essas serão confeccionadas em madeira com largura mínima de
60 cm que correspondem às portas de banheiro.

4.2 RESULTADOS E DEBATES

4.2.1 Proposta de Implantação do Projeto para Produção de Alvenaria de Vedação


Racionalizada - Enfoque na Construtibilidade

Segundo Taralli (1984. Apud CHALITA, 2010), os processos racionalizados devem


incorporar princípios de planejamento e controle, tendo por objetivo eliminar desperdícios de mão
de obra e materiais, aumentar a produtividade, planejar o fluxo de produção e centralizar e
programar as decisões.

A alvenaria, sem dúvida deve ser encarada pela engenharia como um projeto para produção
e não simplesmente ser negligenciada e resumida por um par de linhas num projeto arquitetônico.

Relembrando o citado por Sabbatini, “a organização de produção atual” da construção civil


no Brasil é inadequada, pois não se dispõe de projetos construtivos (projetos para produção) (...)
utilizam-se para o planejamento ferramentas tecnicamente adequadas, mas baseadas em parâmetros
incompletos e dados irreais.

Para que os projetos de vedação tragam uma linguagem técnica voltada para aumento da
construtibilidade, deve-se buscar uma gestão racionalizada da produção por meio da coordenação
modular. Pois a mesma possibilita obter a compatibilidade dimensional entre os elementos
construtivos, fazendo com que a construção das vedações ocorra como uma simples montagem,
cujo espaço já está previamente definido. Elimina-se assim, cortes e ajustes, resultando na redução
de desperdícios e custos inerentes ao processo. A produção também se torna mais simples, pois os
detalhes mais comuns são solucionados por meio da padronização, é o estabelecimento de uma
interface única entre todos os agentes envolvidos.

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Questiona-se: O projeto de produção de alvenaria consegue se moldar perfeitamente as
características do projeto arquitetônico e complementares? Conforme exposto por Barros (2003) na
revisão bibliográfica, “o desenvolvimento do projeto de produção posterior aos demais projetos,
ainda que não desejável é uma situação bastante comum de ocorrer(...)com a elaboração desse
projeto será possível identificar as principais interferências que irão ocorrer, podendo-se, inclusive,
minimizá-las através de alterações nos subsistemas que ainda permitem alguma modificação”. Em
suma, não há como propor um de projeto para produção se não puder interferir ou modificar o
objeto em estudo, no caso a alvenaria e seus subsistemas. Deve-se buscar a partir do projeto para
produção soluções além de eficientes também eficazes.

No estudo de viabilidade da proposta do projeto de produção de alvenaria foi abordada uma


análise para qual seria o melhor tipo de paginação, detalhes e técnicas construtivas, redigidas por
meio de uma linguagem técnica e voltadas para o aumento da construtibilidade. Para o
desenvolvimento da proposta foi necessários uma série de ações, por meio das quais foi possível
identificar e se discutir as vantagens e desvantagens oferecidas pelo sistema. As principais ações
adotadas referem-se a:

a) escolha do componente cerâmico e sua respectiva família;

b) paginação das alvenarias;

c) modulação vertical;

d) dimensões de aberturas de portas e janelas;

e) instalações elétricas e hidrossanitárias;

f) elementos pré-moldados.

4.2.2.1 Escolha do Componente Cerâmico e sua Respectiva Família – Vantagens e Desvantagens

O componente cerâmico aqui proposto é o bloco cerâmico modular com furos na vertical,
escolha esta que tem por finalidade passagem de instalações elétricas no interior do bloco.

Sabe-se que, diferentes larguras de vigas ocasionam o uso de diferentes espessuras de


componentes cerâmicos, e incorporar um processo “racionalizado” onde se utiliza blocos cerâmicos
modulados se convêm adotar apenas 1 única espessura de alvenaria, uma vez que, para cada família
adotada utiliza-se um mínimo de 5 blocos, ou seja, 2 blocos compensadores, 2 blocos de vedação e
1 bloco elétrico, conforme exemplo na Figura 1.

18
Figura 1 - Exemplo de família de blocos de espessura 9 cm (bloco compensador, bloco vedação e
bloco elétrico)

Fonte: CINCERA CONSTRUINDO SONHOS

O fato de se propor a incorporação do uso de blocos cerâmicos modulados, em uma


estrutura convencional de concreto armado que apresenta medidas de espaço amodular, não é
impossível a utilização dos mesmos. O mercado disponibiliza famílias de componentes como
blocos compensadores, que permitem a elaboração do projeto de alvenaria independentemente da
modulação do projeto arquitetônico. Os blocos compensadores são incrementos submodulares,
conforme anteriormente citado pela NBR 15873 (2010), de uso imprescindível em espaço
amodular. O Bloco 4x19x9 cm é exemplo de bloco compensador e que foi utilizado na paginação
da alvenaria.

4.2.2.2 Paginação da Alvenaria – Vantagens e Desvantagens

As paginações da alvenaria partem do princípio da coordenação modular, onde se promove


uma distribuição de blocos sobre o vão projetado, utilizando-se como ferramenta a padronização
dimensional, permitindo que as peças se encaixem umas às outras e também mantenham um
relacionamento entre as interfaces da estrutura, instalações e aberturas (portas e janelas).

Conforme exposto na metodologia, a proposta do projeto incorpora diferentes condições de


contorno de formato complexo, onde foi possível apresentar um grande número de informações de
maneira a similar as características dos projetos de produção para alvenaria. As paginações das
alvenarias apresentadas referem-se a paredes com: presença de instalações hidráulicas e elétricas
(Figura 2), aberturas de janelas (Figura 3), abertura de portas (Figura 4).

Como pode ser observado nas figuras de todas as paginações estão representadas, as
instalações e aberturas, preenchimento de juntas, amarrações entre fiada e ligações com a estrutura,
pois compreendem característica do projeto de produção conforme citado por Barros (1998).
19
As paginações são detalhes de grande importância no projeto para produção, pois ao serem
projetadas permitem identificar claramente possíveis interferências entre os componentes da
alvenaria e de outros subsistemas que o fazem interfaces. Por exemplo, posicionamento de blocos
em função das aberturas existentes ou no posicionamento de eletrodutos. O que a simples paginação
de 1ª fiada não permitiria. Além de importantes durante a fase de projeto as paginações são
fundamentais na fase de execução ou conformação da parede, pois trazem incorporada uma
linguagem de fácil entendimento e ao mesmo tempo dinâmica para conferência pelo encarregado ou
mestre de obra.

É durante a fase de paginação que grande parte das ações técnicas de construtibilidade é
tomada, entre qual o melhor modo de se fazer, pois permitem uma visualização das paredes pronta.
O que um simples par de linhas, num projeto arquitetônico não permite.

A respeito das juntas verticais, para que o projeto de produção atenda ao objetivo proposto
de possibilitar a passagens de instalações elétricas no interior dos furos, deverá se manter o
alinhamento dos mesmos, mas isso só é possível uma vez que se pratique o ajuste de coordenação
de 1cm, ou seja, segue-se a modulação para o qual o componente foi fabricado. Além é claro, deixar
de preencher juntas verticais em paredes de periferia, não é uma ação muito inteligente, quanto a
possíveis problemas de infiltração, bem como deixar de respeitar as condições expostas por
Sabbatini, o que tornaria o processo de produção muito engessando, devido à ação sobre soluções
particulares e não genéricas.

Quanto aos detalhes de amarração entre alvenarias e ligação entre alvenaria e estrutura,
como anteriormente exposta na bibliografia, seu grau de importância, foi aqui também apresentado
seu detalhamento, conforme a Figura 2 e a Figura 3.

Figura 2-Paginação da alvenaria: parede com instalações

Fonte: Poli Tech (2013)

20
Figura 3 - Paginação da alvenaria: parede com abertura de
janela

Fonte: Poli Tech (2013)

Figura 4 - Paginação da alvenaria: parede com abertura de porta

Fonte: Poli Tech (2013)


21
Figura 5- Detalhamento de amarração com tela

Fonte: Cincera Construindo Sonhos

Figura 6 - Detalhe de amarração com a tela

Fonte: POLI TECH

4.2.2.3 Modulação Vertical – Vantagens e Desvantagens

A modulação vertical é rígida sob princípios da coordenação modular, e trata-se de uma


representação gráfica da distribuição dos blocos em função da altura livre do vão que vai do fundo

22
das vigas ou laje, ao piso. Resume-se em detalhes genéricos que incorporam as diferentes condições
de contorno que a estrutura apresenta em sua verticalidade. Para melhor entendimento, pode ser
verificada na Figura 7 a modulação vertical desenvolvida para o empreendimento em estudo, onde
estão representadas as oito diferentes alturas de alvenaria, sendo elas: alvenaria sob vigas de 117
cm, 99 cm, 70 cm, 60 cm, 55 cm, 30 cm e alvenaria sob lajes.

Em função de não haver coordenação modular nas dimensões verticais e insuficiente


flexibilidade dimensional dos complementos ou submúltiplos. Referencialmente ao estudo de caso
exposto contempla-se uma solução padrão na espessura de juntas horizontais para as diferentes
alturas de alvenaria. As modulações estão generalizadas com juntas com 1 cm de espessura, exceto
a juntas de 1ª fiada e as de travamento, ambas com 2 cm de espessura.

Outra grande vantagem dos detalhes de modulação vertical é que trazem inclusas as medidas
da face inferior das vigas e lajes à face superior do bloco de primeira fiada. Conforme citado por
Chalita, “essa informação evita que referida medida seja calculada erroneamente pela equipe de
campo e facilitada à conferência e aceitação do serviço de marcação pelo encarregado ou mestre de
obra. Caso haja estrangulamento da medida em função de imperfeições geométricas da estrutura de
concreto armado, detecta-se facilmente o problema e se buscar soluções antes da elevação da
alvenaria”.

Figura 7 - Modulação Vertical

Fonte: Poli Tech

4.2.2.4 Dimensões de Aberturas de Portas e Janelas – Vantagens e Desvantagens

Uma grande vantagem do projeto para produção é seu potencial de padronização dos
elementos que o fazem interfaces, obtidos por meio da coordenação modular.

23
Quanto às aberturas de janelas, o projeto arquitetônico do empreendimento é composto por
quatro diferentes dimensões, sendo elas:

a) janela de quarto (correr): 180 cm x 110 cm;

b) janela de cozinha (correr): 180 cm x 50 cm;

c) janela de banheiro (correr): 60 cm x 110 cm;

d) janela de banheiro (fixa): 30 cm x 110 cm.

A proposta aqui apresentada tomou como base para análise duas das quatro aberturas
representadas no projeto arquitetônico, sendo elas: janela de quarto e janela e banheiro. No processo
de análise constatou-se, a necessidade de ambas terem seu posicionamento modificado
horizontalmente em função do ajuste modular, e verticalmente pelo motivo de se eliminar o uso da
verga, posicionando-a assim logo abaixo da viga. Na Figura 8 pode ser observada a posição das
janelas abaixo da viga e a existência de contravergas acima das janelas.

Figura 8 - Análise entre abertura de janelas em função da modulação

Fonte: Poli Tech (2013)

Quanto à abertura de portas, incluem-se no projeto arquitetônico do empreendimento quatro


tipologias:

a) porta de entrada, sala de estar (madeira): 90 cm x 210 cm;

b) porta de entrada, cozinha (madeira): 80 cm x 210 cm;

c) porta dos quartos (madeira): 70 cm x 210 cm;

24
d) portas de banheiro (madeira): 60 cm x 210 cm.

Na Figura 9 tem-se representado exemplo da paginação com a abertura para colocação das
portas de madeira característica do projeto para produção, detalhe para a verga em cima da posição
de abertura do vão da porta.

Figura 9 - Paginação com abertura para colocação das portas de madeira

Fonte: Poli Tech (2013)

Na Figura 10, temos o estudo detalhado, dos vãos na alvenaria das portas de madeira.

Figura 10 – detalhe da amarração da porta com a alvenaria

Fonte: Poli Tech

25
Deve-se perguntar o porquê das dimensões da porta de madeira não necessitarem ser
alteradas em função da modulação dos componentes cerâmicos? A resposta está vinculada ao
posicionamento das mesmas, o fato de estarem nos extremos das paredes e se apresentarem como
sendo a única abertura do vão, fica fácil então propor uma abertura desejável mínima, mesmo sendo
amodular para posterior encaixe da porta.

Uma importante observação que deve ser tomada e que deve ser um dos parâmetros a ser
respeitado no desenvolvimento dos projetos arquitetônicos é a largura mínima necessária para o
perfeito posicionamento das portas de madeira. Não se trata de apenas respeitar as juntas
perimetrais, mas também conceber espaço para a sobreposição da vista de madeira sobre a parede,
caso contrário, as vistas deverão ser cortadas para possibilitar o encaixe e terão sua estética
comprometida.

4.2.2.5 Instalações Elétricas e Hidrossanitárias - Vantagens e Desvantagens

Tratando-se inicialmente das instalações elétricas. Parte-se do pressuposto que todas as


paginações serão projetadas com furos na vertical perfeitamente alinhada, exceto nas regiões que se
faz necessário o uso de blocos compensadores, onde a seção do furo do bloco estará parcialmente
comprometida. A grande vantagem em se utilizar o caminhamento dos eletrodutos no interior dos
furos dos blocos, está vinculada principalmente em eliminar geração de entulho causada pela
abertura de sulcos na superfície da alvenaria e o posterior retrabalho em repará-los, ações onerosas e
de alto consumo de energia, ou melhor, construtibilidade e sustentabilidade altamente prejudicada.
Ainda, o sistema convencional ou tradicional de alvenaria não garante a padronização quanto ao
posicionamento de caixas de luz, muito menos uma padronização do caminhamento dos eletrodutos
no interior da alvenaria, diferente de se ter uma parede paginada com detalhes simples e
inteligentes. Detalhes genéricos de instalações elétricas podem vistos na Figura 11.

Figura 11 – Posicionamento das caixas e passagem dos eletrodutos

Fonte: Poli Tech (2013)

26
Uma vez definido o projeto de furação da laje, cabe apenas desenvolver o detalhamento de
soluções dos ramais e sub-ramais que percorrem o interior do apartamento. Importante observar que
durante o projeto de furação não cabe à função de detalhar o caminhamento de ramais apenas prevê-
los, até porque, algumas incompatibilidades possam surgir apenas no momento de paginação da
alvenaria.

De maneira a atender as incompatibilidades apresentadas pelo projeto hidráulico e questões


de possível geração de ruídos, foi adotado shafts nas prumadas. Ainda, adotaram-se soluções de
hidráulica externa, conforme recomendação da ABCI (1990).
A Figura 12, mostra em detalhes, o enchimento total de prumada da hidráulica.

Figura 12 – detalhamento de prumada da hidráulica

Fonte: Poli Tech

4.2.2.6 Componentes Pré Moldados: Vantagens e Desvantagens

A grande vantagem dos componentes pré-moldados utilizados em vergas e contravergas a


execução da alvenaria é a terminalidade dos serviços, durante a elevação da parede, ou seja, o
serviço não precisa ser interrompido para confecção de vergas e contravergas moldadas in loco. E
pelo fato de serem pré-moldadas e possuírem detalhamento e quantitativo de acordo com o projeto
para produção (Figura 13).

27
Figura 13 – detalhamento de pré-moldados

Fonte: Poli Tech

É importante salientar que, o emprego de pré-moldados em portas geralmente necessitam


que a alvenaria sob o qual será apoiado, adquira resistência mecânica de aderência adequada para
resistir ao peso da peça. Outra desvantagem, do pré-moldado é que não se recomenda utilizá-lo para
grandes vão.

28
Quanto a soluções para cintas de amarração da alvenaria de respaldo em sacadas. Em nosso
estudo de caso, apesar de não desenvolvido sua paginação, recomenda-se o uso de blocos canaletas
U com 9 cm de altura, como mostra a Figura 14, posicionado na 6ª fiada, concebendo assim uma
altura de peitoril com 110cm. O uso de canaletas U é uma possibilidade apresentada pela NBR
15270-1 (2005).

Figura14-Canaletas Fonte: Cincera Construindo Sonhos

4.2.3 Análise de Viabilidade Econômica a partir do Custo do Insumo de Blocos Cerâmicos

A estimativa dos custos aqui apresentada, inerentes à solução de alvenaria convencional


versus solução alvenaria racionalizada, foi desenvolvida apenas em função do principal componente
que a compõe “blocos”. Pois se acredita que a diferença de custo inerente ao bloco com furos na
vertical utilizado na alvenaria racionalizada, comparado ao bloco com furos na horizontal utilizado
na alvenaria tradicional, seja o principal impasse na tomada de decisão, entre aderir ou não ao
sistema construtivo proposto.

A partir da sobreposição do projeto arquitetônico e estrutural do empreendimento, foi


quantificada a metragem quadrada de alvenaria referente ao pavimento tipo e o seu subtotal de vinte
e nove (29) repetições, apresentada no Quadro 10. Os parâmetros utilizados no levantamento foram
à soma da metragem quadrada dos panos fechados e deles descontando as áreas de aberturas (portas
e janelas). Quanto ao acréscimo devido às porcentagens de perda, recorremos o que foi citado na
revisão bibliográfica por Agopyan et al (2003 apud ÂNGULO, 2009) “existe uma grande variação
nos índices de perdas de blocos de alvenaria (de 3% a 48%) (...) deve-se procurar os índices de
desperdício abaixo da média. Perdas de 12% para blocos de alvenaria”. Sendo assim, utilizaram-se
acréscimos de 3% para solução em alvenaria racionalizada 12% para solução em alvenaria
tradicional, conforme exposto no Quadro 10.

29
Quadro 1 – Quantitativo da metragem quadrada de alvenaria dos pavimentos tipos

4.2.3.1 Orçamento – Solução em Alvenaria Racionalizada

A partir do quantitativo de metros quadrados da alvenaria, realizou-se a estimativa de


orçamento referente ao sistema de alvenaria racionalizada, utilizando-se blocos cerâmicos com
furos na vertical.

Utilizando O caderno de paginação estimou-se o quantitativo de blocos da família “9”. O


quantitativo foi desenvolvido a partir de uma estimativa da média de alvenaria externa e da
alvenaria interna.

. O resultado obtido está exposto no Quadro 2, onde estão apresentadas as porcentagens da


tipologia dos blocos.

Quadro 2 – Estimativo da % de tipologias de blocos

Fonte: Próprio autor, 2013.

Utilizou-se o preço dado pelo fornecedor, Cincera, Quadro 3, empresa na qual fornece os
blocos de alvenaria para o empreendimento.

30
Quadro 3 – Tabela de preço da empresa CINCERA

Fonte: Euzébio Azevedo, engenheiro civil, 2013.

A partir do Quadro 1, Quadro 2 e Quadro 3, se obteve o orçamento da solução em alvenaria


racionalizada, apresentado no Quadro 4.

Quadro 4 – Orçamento, solução em alvenaria racionalizada.

Fonte: Próprio autor, 2013.

Porem, o engenheiro de contrato da Gabriel Bacelar, fechou o contrato com a Cincera, com
os preços, conforme mostra no quadro 5.

31
Quadro 5 – Tabela de preço do contrato GB – Gabriel Bacelar / Cincera.

Fonte: Gabriel Bacelar, 2013.

A partir do Quadro 3, Quadro 4 e Quadro 5, se obteve o orçamento da solução em alvenaria


racionalizada, agora com o orçamento original fechado em contrato entre às empresas, apresentado
no Quadro 6.

Quadro 6 – Orçamento original, solução em alvenaria racionalizada.

Fonte: Próprio autor, 2013.

4.2.3.2 Orçamento – Solução em Alvenaria Tradicional

Em função da metragem quadrada de alvenaria apresentada no Quadro 10, se realizou a


segunda estimativa de consumo de componentes, agora referente ao sistema tradicional. Quanto à
tipologia do componente, trata-se do bloco cerâmico de vedação com furos na horizontal. Conforme
anteriormente discutido, a variedade de espessuras de tijolos utilizadas pela solução em alvenaria
tradicional é diversificada. No Quadro 7, está apresentado o quantitativo de blocos cerâmicos com
furo na horizontal, o qual incorpora apenas um tipo de dimensão 9 cm x 19 cm x 19 cm.

32
Quadro 7 – Quantitativo de blocos com furo na horizontal

Fonte: Próprio autor, 2013.

Portanto, a partir Quadro 6, Quadro 7, se obteve o orçamento da solução em alvenaria


tradicional, apresentado no Quadro 8. O fornecedor utilizado como referência foi a empresa GE
Teobaldo Mateus ME, para blocos cerâmicos de 8 furos, com os furos na horizontal.

Quadro 8 – Orçamento, solução em alvenaria tradicional.

Fonte: Próprio autor, 2013.

4.2.3.3 Análise dos Orçamentos

Conforme observado no Quadro 15 e Quadro 17 estão expostos os custos aproximados dos


blocos para a projeção de vinte e nove pavimentos, sendo a solução em alvenaria racionalizada no
valor de R$ 193.591,82 e alvenaria tradicional no valor de R$ 150.643,40 respectivamente, ou seja,
uma diferença de R$ 42.948,42. A partir dos resultados obtidos é possível generalizar o custo
aproximado do bloco por metro quadrado dos 13.449,60 m² de alvenaria projetada. Para a alvenaria
racionalizada, o custo é de R$14,39/m² e para alvenaria tradicional de R$ 11,20/m², ou seja, a
alvenaria racionalizada representa uma diferença de aproximadamente 29% (R$ 3,19) de acréscimo
sobre o custo da alvenaria tradicional. Para muitas empresas construtoras esse acréscimo no custo
sobre o insumo do bloco, é o principal motivo por não optar pela solução de vedação em alvenaria
racionalizada.

Em contra partida, expressando-se um simples cálculo a respeito de uma das vantagens


citadas por Barros (1998), que é a redução no revestimento interior para aproximadamente 5 mm,
faz com que seja repensado a decisão em se optar pelo sistema racionalizado de alvenaria. Supondo
que, a solução em alvenaria tradicional fornecesse uma espessura de revestimento de 20 mm e a
solução em alvenaria racionalizada 10 mm, muito mais que o exposto acima que é 5 mm, e essa
redução de 10 mm, projetada nos 13.449,60 m² de superfície interna dos 29 pavimentos tipo,
33
representaria um significativa redução de custos. Os 13.449,60 m² representariam um total de 134,5
m³ de argamassa que, acrescido de perdas de 10%, teria uma economia de aproximadamente 148 m³
de argamassa. Utilizando-se como base de cálculo o preço de balcão praticado por indústrias
produtoras de argamassa industrializada da cidade de Recife - PE no valor de R$ 230,00/ m³, se
obtém uma redução no custo de R$34.040,00.

Na simples análise exposta acima é possível entendermos, o potencial que o projeto de


produção possa proporcionar, por mais que apresente um custo de componentes diferenciado. A
alvenaria racionalizada oferece outros benefícios, que incidem diretamente na redução dos custos,
são exemplos aqui apenas citados de acordo com a bibliográfica, como é o caso da redução na
geração de resíduo, o aumento da produtividade, a redução do retrabalho, entre outros.

34
5. CONCLUSÃO

Pode-se concluir que este trabalho atingiu o principal objetivo de estudar a viabilidade
econômica de substituição da alvenaria convencional de vedação pela alvenaria de vedação
racionalizada em edifícios de concreto armado, com enfoque na construtibilidade e no custo do
insumo de blocos. Sendo apresentada uma proposta de projeto para produção de alvenaria de
vedação racionalizada, considerando a obra em fase de execução.

Na revisão bibliográfica, que representa a primeira etapa do trabalho, se desenvolveu uma


pesquisa com um grande número de informações que comporão o conteúdo técnico para a tomada
de decisões nas etapas seguintes. Fato observado durante a elaboração da pesquisa foi às inúmeras
soluções fundamentadas no empirismo, resultado da negligência, talvez da falta de diligência por
parte da “engenharia”, a respeito do sistema de vedações. Na segunda etapa do trabalho, o
desenvolvimento da proposta de projeto para produção de alvenaria, foi atingido conforme o
objetivo proposto. Utilizando-se das quatro diferentes paginações, detalhes e técnicas construtivas,
redigidas por meio de uma linguagem técnica e voltadas para o aumento da construtibilidade,
tornaram possível o entendimento da proposta dos projetos para produção de alvenaria de vedação
racionalizada. Bem como, permitiram identificar e discutir as vantagens e desvantagens oferecidas
pelo sistema. Na terceira e última etapa, a análise dos custos dos insumos de blocos cerâmicos
também foi desenvolvida com êxito, apesar do alto custo apresentado, quanto ao emprego da
solução em alvenaria racionalizada. Nessa fase foi observado a falta de uma análise econômica
consistente de todos os insumos e subsistemas vinculados à alvenaria, pois tornariam os resultados
muito mais íntegros e consistentes, diante da aceitação do mercado.
Em suma conclui-se que, em função do objetivo proposto, trata-se de uma medida que exige
investimentos em tecnologia para o seu desenvolvimento, mas apresenta efeito indutor na melhoria
da qualidade no edifício e se torna intrínseco seu grau de abrangência e seu potencial integrador
entre os subsistemas que o fazem interfaces. Motivo pelo qual se deva investigar sua potencialidade
e seu grau de aceitação frente ao mercado da cidade de Recife e na região.

35
REFERÊNCIAS

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