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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

PECE – PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA


USP

WILLIAM THOMÉ NETO

Utilização de novas tecnologias digitais para análise de descarbonização


relacionadas ao ESG (Environmental, social and Governance)

São Paulo
2022
WILLIAM THOMÉ NETO

Utilização de novas tecnologias digitais para análise de descarbonização


relacionadas ao ESG (Environmental, social and Governance)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Programa de Educação Continuada da
Escola Politécnica da Universidade de São
Paulo como requisito parcial para a obtenção
do diploma no curso de Especialização em
Energias Renováveis, Geração Distribuída e
Eficiência Energética.

Orientador: Professor Enio Kato

São Paulo
2022
Sobrenome, Nome do 1º Autor (citado na folha de rosto)
Título principal : subtítulo. / Nome completo do 1º autor, Nome
completo do 2º autor, Nome completo do 3º autor. — São Caetano do Sul
: CEUN-IMT, ano.
Número de páginas p.

Trabalho de Conclusão de Curso – Escola de Engenharia ou Administração


Mauá do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia, São
Caetano do Sul, SP, ano.

Orientador(a): Titulação e nome completo do Professor(a)

1. Palavra-chave1. 2. Palavra-chave2. 3. Palavra-chave3. 4. Palavra-


chave4. 5. Palavra-chave5. I. Sobrenome, Nome do 2º Autor. II.
Sobrenome, Nome do 3º Autor. III. Instituto Mauá de Tecnologia.
Escola de Engenharia ou de Administração. IV. Título.

Título principal : subtítulo. / Nome completo do 1º Autor (citado na


folha de rosto) [et al.] — São Caetano do Sul : CEUN-IMT, ano.
Número de páginas p.

Trabalho de Conclusão de Curso – Escola de Engenharia ou Administração


Mauá do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia, São
Caetano do Sul, SP, ano.

Orientador(a): Titulação e nome completo do Professor(a)

1. Palavra-chave1. 2. Palavra-chave2. 3. Palavra-chave3. 4. Palavra-


chave4. 5. Palavra-chave5. I. Sobrenome, Nome do 1º Autor. II.
Sobrenome, Nome do 2º Autor. III. Sobrenome, Nome do 3º Autor. IV.
Sobrenome, Nome do 4º Autor. V. Instituto Mauá de Tecnologia. Escola
de Engenharia ou de Administração. VI. Título.
WILLIAM THOMÉ NETO

Utilização de novas tecnologias digitais para análise de descarbonização


relacionadas ao ESG (Environmental, social and Governance)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Programa de Educação Continuada da
Escola Politécnica da Universidade de São
Paulo como requisito parcial para a obtenção
do diploma no curso de Especialização em
Energias Renováveis, Geração Distribuída e
Eficiência Energética.

Banca avaliadora:

Nome completo do professor(a) orientador(a) e título


Orientador(a)

Nome completo do professor(a) avaliador(a) 1 e título


Avaliador(a) ou Instituição, se externo

Nome completo do professor(a) avaliador(a) 2, se houver, e título


Avaliador(a) ou Instituição, se externo

São Paulo, data da apresentação de novembro de 2022.


Dedico este trabalho aos meus pais que sempre me incentivaram a nunca desistir.
AGRADECIMENTOS

Ao programa PECE, que proporcionou durante os dois anos da pós-graduação uma excelente
estrutura, os melhores professores e todo o apoio para o desenvolvimento profissional e
pessoal.

Ao meu orientador Prof. Enio Kato, por todo o conhecimento técnico e humano, pela
orientação dada durante o desenvolvimento deste trabalho e o apoio na busca por
informações técnicas e discussões que agregassem muito valor a este trabalho.
“It’s always yours next move.”
Napoleon Hill
RESUMO

Quando o assunto envolve mudanças climáticas e aquecimento global, é evidente que não são
questões muito desconhecidas. Mas cada vez mais a situação fica mais agravante devido a
produção de carbono que a sociedade produz. O presente trabalho traz uma discussão sobre
as novas tecnologias que podem ser utilizadas para poder analisar e ajuda a controlar a
descarbonização do planeta. A descarbonização vai de encontro com as estratégias adotadas
nas politicas do ESG, deixando em evidencia as questões sustentáveis e também
implementando a transformação digital. O autor resume a metodologia e fornece detalhes do
que foi estudado. Através das pesquisas e estudos de casos, foi possível ver quais os benefícios
e deficiências do emprego da tecnologia em favor da descarbonização. Entretanto, o trabalho
apresenta em sua conclusão os pontos discutidos no trabalho e é possível perceber o quanto
a tecnologia é favorável para o desenvolvimento do setor.

Palavras-chave: Sustentabilidade. ESG. Tecnologia. Cloud. Carbono.


ABSTRACT

When the subject involves climate change and global warming, it is evident that these are
not very unknown issues. But the situation is increasingly aggravating due to the production
of carbon that society produces. The present work brings a discussion about the new
technologies that can be used to be able to analyze and help to control the decarbonization
of the planet. Decarbonization is in line with the strategies adopted in ESG policies,
highlighting sustainable issues and also implementing digital transformation. The author
summarizes the methodology and provides details of what was studied. Through research
and case studies, it was possible to see the benefits and deficiencies of using technology in
favor of decarbonization. However, the work presents in its conclusion the points discussed in
the work and it is possible to see how much technology is favorable for the development of
the sector.

Keywords: Sustainability. ESG. Technology. Cloud. Carbon.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Gráfico da temperatura média da terra ................................................................... 24

Figura 2 - Mapa Mundial de emissão de carbono .................................................................... 25

Figura 3 - Gráfico de emissões globais ..................................................................................... 26

Figura 4 - Balanço de massa ao CO2 na Terra resultante dos ciclos naturais e das emissões
antropogênicas ......................................................................................................................... 36

Figura 5 - Mapa dos países que já atingiram o Net zero .......................................................... 38

Figura 6 - - Mapa dos países que ja adequaram suas leis ao Net zero .................................... 39

Figura 7 - Salesforce Netzero Cloud ......................................................................................... 49

Figura 8 - The Green Premium ................................................................................................. 50

Figura 9 - O Bug dos programas de Net Zero ........................................................................... 58

Figura 10 - Panorama do mercado de investimento ................................................................ 59

Figura 11 - Dashboard principal do Net Zero Cloud ................................................................. 61

Figura 12 - Mapeamento das emissões de carbono ................................................................ 62

Figura 13 - Projeções das emissões de carbono ....................................................................... 63

Figura 14 - Configurações dos Objetivos para o Net Zero ........................................................ 64

Figura 15 - Previsão de descarbonização ................................................................................. 65


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

API – Aplication Programming Interface

CEO – Chief Executive Officer

CIO – Chief Information Officer

COP21 – Conferência das partes 2021

CO2 – Dióxido de carbono

ESG – Environmental, social and Governance

GEE – Gases de Efeito Estufa

NIST – National Institute of Standards and Technology


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................... 23
OBJETIVO GERAL ........................................................................................ 27
OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................. 28
JUSTIFICATIVA ............................................................................................ 28
ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................ 28

2 REVISÃO DA LITERATURA ......................................................... 31


SUSTENTABILIDADE .................................................................................... 31
2.1.1 ESG ............................................................................................................. 31
2.1.1.1 Origem ............................................................................................................... 31
2.1.1.2 Conceitos ............................................................................................................ 31
2.1.2 MEIO AMBIENTE ............................................................................................. 33
2.1.2.1 Dióxido de carbono ............................................................................................. 33
2.1.2.1.1 Ciclo Biológico do carbono ................................................................................ 34
2.1.2.1.2 Ciclo Geológico do carbono .............................................................................. 35
2.1.2.2 Acordo de Paris ................................................................................................... 37
2.1.3 TRANSIÇÃO ENERGÉTICA ................................................................................... 37
2.1.3.1 Net Zero.............................................................................................................. 38
2.1.3.2 Neutralidade do Carbono .................................................................................... 39
TECNOLOGIA .............................................................................................. 39
2.2.1 TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ................................................................................ 40
2.2.1.1 A definição de transformação digital. .................................................................. 40
2.2.2 CLOUD COMPUTING ......................................................................................... 41
2.2.2.1 Computação em Nuvem ...................................................................................... 42
2.2.2.2 Características Essenciais .................................................................................... 44
2.2.2.3 Modelos de Serviços ........................................................................................... 44
2.2.2.3.1 Software como um Serviço (SaaS) .................................................................... 45
2.2.2.3.2 Plataforma como um Serviço (PaaS) ................................................................. 45
2.2.2.3.3 Infraestrutura como um Serviço (IaaS) ............................................................. 46
2.2.2.4 Papéis na Computação em Nuvem....................................................................... 47
2.2.2.5 Segurança dos Serviços de Dados ........................................................................ 47
FERRAMENTAS ........................................................................................... 48
2.3.1 SALESFORCE NET ZERO CLOUD............................................................................ 48
2.3.2 THE GREEN PREMIUM ...................................................................................... 49

3 DESENVOLVIMENTO ................................................................. 53
EFICIÊNCIA E DIGITALIZAÇÃO ...................................................................... 53
3.1.1 COMPRIMIR A DIGITALIZAÇÃO PARA EFICIÊNCIA ....................................................... 54
3.1.2 OLHE PARA SEUS PROCESSOS .............................................................................. 55
3.1.3 ACELERE A NUVEM E DIMENSIONE SUA AMBIÇÃO ..................................................... 55
3.1.4 DADOS E ANÁLISES SÃO A BASE ........................................................................... 56
DESVANTAGENS ......................................................................................... 57
ESTUDO DE CASO ....................................................................................... 59
3.3.1 DENTSU AOTEAROA ......................................................................................... 59
3.3.2 MASTERCARD................................................................................................. 60

4 CONCLUSÕES ........................................................................... 67
REFERÊNCIAS ........................................................................... 68
23

1 INTRODUÇÃO

Atualmente o tema de mudanças climáticas está mais em alta do que nunca. É fato de que
poderia ter sido evitado ou até mesmo controlado, porém não houve ações suficientes para
isso. Apesar da crítica, não é possível esquecer que a humanidade evoluiu de forma
exponencial e com isso muita tecnologia foi desenvolvida, porém o pensamento de
sustentabilidade não acompanhou e ficou em um segundo plano.

O lado positivo é que já foi notado o quanto esse desenvolvimento afetou nosso planeta e
algumas medidas já foram tomadas para podermos equilibrar esse jogo. Há quem diga que o
aquecimento global começou na época da revolução industrial, com a implementação de
fabricas, linhas de produção, métodos de produção em massa. Começar a analisar o que
fizemos no passado pode ajudar a entender como resolver os problemas atuais e do futuro,
mas é possível perceber que o mundo mudou rápido e isso pode ser comprovado através de
dados coletados durante esse tempo.

Através da Figura 1, conseguimos analisar como a nossa evolução impactou as condições de


temperatura do globo terrestre. Isso significa que mesmo consideram as mudanças naturais e
necessárias do planeta, a humanidade durante sua estadia tem impactado essas mudanças e
isso é ruim. O cenário negativo representa que essas mudanças podem se tornar reversíveis e
com isso ameaçar as condições ideias para que possamos viver e continuar nos
desenvolvermos aqui no planeta terra.
24

Figura 1 - Gráfico da temperatura média da terra

Fonte: (MORICE, KENNEDY, et al., 2020)

O intuito de falarmos de forma agressiva sobre este assunto é que algumas das medidas que
já foram tomadas ainda não impactaram da forma que deveria e temos que levar em
consideração que temos muito a fazer.

Com os avanços da tecnologia utilizadas pela humanidade, é possível perceber que o homem
ficou muito dependente do petróleo em uma forma geral. Se avaliarmos bem, o petróleo está
presente e quase tudo o que usamos no dia a dia. É evidente que esse produto resolveu a
maioria dos problemas encontrados pela sociedade, mas essa solução veio com um custo
muito caro a longo prazo para a mesma sociedade. As emissões de poluentes, em especifico
o dióxido de carbono (CO2), é um dos gases do efeito estufa mais presentes na atmosfera e
que é um dos principais responsáveis para todos os problemas relacionados as mudanças
climáticas.

Na Figura 2, conseguimos ver a situação das emissões de dióxido de carbono no mundo, é


notório que os países com um desenvolvimento melhor são os que mais emitem, devido a
uma série de fatores em que eles necessitam os combustíveis fosseis para viverem. Além
25

disso, é possível perceber que a china é o país que mais emite CO 2, pois é o maior com maior
número de industrias e isso justifica o alto nível de emissão.

Figura 2 - Mapa Mundial de emissão de carbono

Fonte: (PROJECT, 2022)

O acordo de paris é uma resposta para todos esses problemas. Foi acordado entre um grande
grupo de países que as emissões precisam ser reduzidas a zero para que as mudanças
climáticas não se tornem irreversíveis. A boa notícia é que desde que esse acordo entrou em
vigor, algumas soluções já têm mostrado um resultado positivo. Na Figura 3, conseguimos ver
que a situação está sendo convertida, mesmo que ainda haja um logo caminho pela frente.
Desde 2018, as reduções de emissão de CO 2 estão diminuindo.
26

Figura 3 - Gráfico de emissões globais

Fonte: (PROJECT, 2022)

Segundo Bill Gates, que vem investindo e trabalhando no problema apresentado


anteriormente, em seu livro ele cita 3 pontos fundamentais para evitarmos os desastres
climáticos:

1. Para evitar um desastre climático, devemos chegar a zero.


2. Temos de empregar as ferramentas de que já dispomos, como energia solar e eólica,
com mais rapidez e inteligência.
3. Precisamos criar e produzir tecnologias revolucionárias capazes de nos conduzir pelo
resto da jornada. (GATES, 2021)

Se já possuímos bastante tecnologia, por que não implementar em empresas para podermos
acelerar essa redução e aumentar o conhecimento sobre sustentabilidade? De acordo com a
pesquisa da Accenture, 60% dos CEOs veem a necessidade de sustentabilidade, mas
superestimam significativamente a capacidade de sua organização de adotar essas práticas
em toda a empresa. Apenas 27% das organizações veem seu CEO ou conselho apoiando a
sustentabilidade e ainda menos, 12%, veem esses mesmos CEOs ou conselhos liderando o
27

esforço. Apenas 40% das organizações têm equipes de sustentabilidade dedicadas e cerca de
um terço diz que as compras estão apoiando ativamente os esforços de sustentabilidade de
sua organização. (RUEHLE e LUTHRA, 2022)

Sabemos que a tecnologia é a chave para viabilizar um negócio e um planeta mais sustentável.
Por isso, os esforços necessários para que essas tecnologias auxiliem em uma transformação
melhor são encontrados, por exemplo, na adoção que cada negócio tem para a “Net zero”, no
fornecimento de mais opções sustentáveis para os clientes e incluindo mais as políticas
presentes no ESG. Com isso, é possível construir organizações sustentáveis.

Atualmente já existem plataformas que mapeiam todas as pegadas de carbono, portanto o


foco do trabalho não é criar ou desenvolver uma ferramenta parecida, mas sim analisar quais
benefícios elas trazem. Sabemos que já temos a tecnologia necessária para poder gerir de
forma mais eficiente a maneira como usamos as fontes de energia, porém ainda há muito
espaço para o aprimoramento das mesmas, assim como debate para seu uso. Então tendo
isso em vista, porque não implementar a ideia de além de aprimorar a estrutura das fontes de
energia, como por exemplo, melhor fator de rendimento de uma placa solar ou melhor
coeficiente de arrasto de uma pá eólica, que já são utilizadas e iremos continuar utilizando,
mas também atualizar ou até construir uma plataforma para poder auxiliar na escolha de
como usar a melhor fonte de energia no melhor cenário. Por isso, a utilização da ferramenta
como o Salesfore NetZero Cloud deve trazer toda essa análise e apresentar possibilidades
muito interessantes para atingir metas relacionadas as questões de sustentabilidade.

OBJETIVO GERAL

Este trabalho tem como objetivo trazer uma análise das vantagens que as novas tecnologias
digitais, mais especificadamente as tecnologias de cloud computing, podem oferecer para
além de ter um bom retorno financeiro, também já apresentar soluções eficientes para as
questões relacionadas as emissões de carbono e sobre o consumo de carbono. Com isso ter
um controle maior através do processo de descarbonização do planeta com essas tecnologias
pode ser uma opção bastante interessante.
28

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Com o objetivo geral estabelecido, foi possível associar objetivos específicos que o presente
trabalho apresentará e auxiliarão no desenvolvimento do mesmo. A ideia é poder pontuar
alguns objetivos que durante o desenvolvimento possam ser respondidas ou alcançadas. São
listados abaixo:

a) Trazer uma análise para o desenvolvimento de uma ferramenta ou aplicação de uma


ferramenta de análise de carbono para oferecer a melhor escolha e tentar não agredir
e muito menos impactar o planeta.
b) Com a ferramenta, é possível todas as empresas aderirem, a ponto das políticas da ESG
serem atendidas.
c) O desenvolvimento no setor com a transformação digital pode trazer impactos
positivos para as duas áreas e com isso trazer uma eficiência maior para todos.

JUSTIFICATIVA

Com o avanço da tecnologia, vemos atualmente que o avanço da estrutura de energia


renovável já está estabilizado mesmo com espaço para inovação. Mas com esse avanço é
interessante também utilizar ferramentas que possam ajudar na descarbonização ou pelo
menos trazer informação que auxiliam em manter o equilíbrio de geração e consumo de
carbono nivelado.

Trazer mais práticas sustentáveis que façam ter mais atrativos para o ESG e com isso aderir
ferramentas sustentáveis para ajudar a alcançar metas e objetivos estabelecidos no acordo
de paris

ESTRUTURA DO TRABALHO

No capítulo 1 deste trabalho foi feita uma introdução apresentando a relevância do assunto e
suas principais perspectivas, além de posicionar sobre os objetivos e motivações deste
trabalho. O capítulo 2 traz a pesquisa realizadas nos 3 pilares que fundamentam este trabalho,
onde esses pilares são sustentabilidade, tecnologia e ferramentas. O primeiro assunto está
29

voltado para os assuntos relacionados as questões chaves que englobam o trabalho, o


segundo assunto relata as atuais tecnologias que podem ser aplicadas ao trabalho e o terceiro
assunto apresenta algumas ferramentas já existentes.

No capítulo 3, o desenvolvimento, será apresentado como a digitalização auxilia a eficiência


energética, quais são as desvantagens da utilização da tecnologia e também as desvantagens
da própria tecnologia e por último alguns estudos de caso com o uso da tecnologia. No
capítulo 4, é feita a apresentação das conclusões obtidas neste trabalho e sugestões para que
o projeto possa ter continuidade em seu desenvolvimento
31

2 REVISÃO DA LITERATURA

SUSTENTABILIDADE

2.1.1 ESG

2.1.1.1 Origem

A popularidade da sigla ESG aumentou bastante nos últimos anos dentro do mundo
corporativo, porém a sigla foi criada há um pouco menos de 20 anos. Em 2004, o então
secretário das Nações Unidas Kofi Annan, convocou 55 CEOs de algumas das maiores
empresas do mundo e utilizou o termo ESG pela primeira vez (FABER, 2022). O intuito dele era
para que as empresas pudessem englobar em seus resultados a percepção dos aspectos que
não só envolvessem os lucros, mas também de sustentabilidade ambiental e dos aspectos
sociais.

2.1.1.2 Conceitos

O ESG surgiu para contrapor a visão imposta pelo economista Milton Friedman. Na década de
1970, o economista divulgou um manifesto importante, defendendo que “o papel social de
uma empresa era aumentar o seu lucro”. Essa afirmação fazia todo sentido porque o lucro é
uma recompensa direta pelo valor que aquela empresa gera para a sociedade. (FABER, 2022).

Em outras palavras, a única coisa que importava era o lucro que a empresa iria conseguir. Com
isso, o conceito do capitalismo de shareholder foi privilegiado e isso significou uma visão
centrada 100% nos acionistas da empresa. Essa visão começou a ocasionar alguns problemas
que no começo não era levados em consideração, que são chamadas de externalidades
negativas. As externalidades negativas são caracterizadas quando a curva do custo da
produção do produto é menor do que a curva de custo para a sociedade. A curva do custo
social se localiza acima da curva de oferta porque considera os custos externos impostos à
sociedade, onde a diferença entre as duas curvas reflete o custo da poluição emitida.
(MANKIW, 2019)
32

Com as externalidades em evidencia, os executivos e empresários entenderam que esses


problemas eram uma ameaça para a própria empresa. Para que as externalidades fossem
minimizadas foi preciso aderir a mudanças e fazer com que as empresas não olhassem mais
para o lucro apenas, mas também para outras questões, como por exemplo, a
sustentabilidade. O conceito de sustentabilidade sempre existiu, mas era visto como um custo
ou como um dever, e não como uma alavanca de resultados. (FABER, 2022)

Com isso, a incorporação da sustentabilidade e do ESG na estratégia do negócio foi e


atualmente é uma alternativa para as empresas não serem ameaçadas pelas externalidades
negativas. Alem disso, esses conceitos estão diretamente associados ao ESG:

 Environmental (E): Referimos a como a empresa consome matéria-prima, como gere


seus recursos hídricos e energéticos, como cuida dos seus resíduos sólidos e se ela tem
alguma política de neutralização de carbono. Lembrando que carbono zero, mais um
termo da moda, não significa zero emissão, mas uma emissão líquida neutra. (FABER,
2022)
 Social (S): Referimos a tudo que envolve o relacionamento com os stakeholders. Ou
seja, se a empresa respeita seus clientes, se trabalha em parceria com seus
fornecedores, se tem um ambiente saudável e sem assédio para seus colaboradores,
se promove diversidade, se treina sua força de trabalho, como lida com a proteção dos
dados e qual sua relação com a comunidade no seu entorno. (FABER, 2022)
 Governança (G): Referimos aos aspectos de gestão da empresa, como compliance,
conduta antissuborno, se o conselho de administração é diverso e independente, qual
é a política de remuneração da companhia, se há conflitos de interesse entre o
acionista minoritário e o controlador, ou entre os acionistas e colaboradores. (FABER,
2022)

Com esses conceitos definidos, agora é possível entender porque esse tema é importante
e como ele está diretamente relacionado com a redução de carbono.
33

2.1.2 MEIO AMBIENTE

2.1.2.1 Dióxido de carbono

Qualquer processo de transformação e de utilização de energia, mesmo que efetuado da


forma mais racional e com as melhores tecnologias disponíveis, nunca é 100% eficiente e gera
desperdício, causando poluição. Por exemplo, a combustão de matérias-primas fósseis origina
gases poluentes e gases com efeito de estufa (GEE), sobretudo dióxido de carbono (CO 2), cuja
concentração na atmosfera tem aumentado de forma exponencial, atingindo níveis nunca
antes verificados, desde a existência da espécie humana na Terra. (ARAÚJO, SILVA e RIBEIRO,
2020)

O dióxido de carbono (CO2) é um constituinte natural da atmosfera terrestre. O ar atmosférico


contém, em média, cerca de 20,9% de oxigénio, 78,1% de azoto, 0,9% de argônio e 0,1% de
outros gases (onde se inclui o dióxido de carbono com 0,04%) e, ainda, vapor de água em
quantidades muito variáveis. (ARAÚJO, SILVA e RIBEIRO, 2020)

O CO2 é, também, um gás produzido pela atividade metabólica de vários seres vivos, incluindo
a espécie humana, que o produz pela respiração, sendo expelido pela expiração com a
concentração de cerca de 4% e a um ritmo que é variável com a taxa de respiração, mas que,
normalmente, corresponde a cerca de 12 expirações por minuto. Considerando a taxa
respiratória média de uma pessoa saudável, de cerca de 12 exalações/minuto, as emissões
globais resultantes da respiração humana são estimadas em cerca de 2,63 mil milhões de
toneladas de CO2 por ano (ABAS e KHAN, 2014).

Todo o dióxido de carbono existente na atmosfera, nos seres vivos e dissolvido nas massas
de água, teve origem nas rochas da crusta terrestre que constituem o maior reservatório de
carbono do planeta. A exemplo da água, do azoto, do oxigénio e de outras substâncias
constituintes da biosfera e da litosfera, o carbono circula de um reservatório para outro num
processo cíclico natural que se designa por “ciclo do carbono”. Compreender a dimensão do
ciclo natural do carbono, quer à escala de tempo, quer de massa e de processos, é
verdadeiramente importante para compreender, com base científica, a importância do
34

problema das emissões antropogênicas de CO2 para a atmosfera. (ARAÚJO, SILVA e RIBEIRO,
2020)

Este grande ciclo do carbono resulta dos diferentes processos físicos, químicos, biológicos e
geológicos que envolvem a transferência de CO2 entre os diferentes reservatórios naturais.
Sob o ponto de vista da velocidade e duração temporal em que os processos de transferência
acontecem, há que distinguir dois ciclos de CO2: o ciclo biológico e o ciclo geológico do
carbono.

2.1.2.1.1 Ciclo Biológico do carbono

O ciclo biológico do carbono envolve processos de duração rápida (enquadrável numa escala
de tempo comparável à da esperança de vida humana) como sejam a fotossíntese, a
respiração ou a decomposição natural de matéria orgânica. Os seres fotossintéticos têm a
capacidade de absorver o CO2 existente na atmosfera ou dissolvido nas massas de água
convertendo-o, por ação da energia solar nas reações de fotossíntese, em hidratos de carbono
que servem de alimento a outros seres vivos, propagando-se assim o carbono através da
cadeia alimentar. (ARAÚJO, SILVA e RIBEIRO, 2020)

Os seres vivos que utilizam os organismos fotossintéticos como alimento obtêm energia do
carbono convertendo-o, por processos oxidativos (respiração e outros processos metabólicos)
– é o caso, também, dos seres humanos. Nestes processos oxidativos forma-se de novo CO2
que é libertado para a atmosfera, fechando o ciclo biológico do carbono no planeta. Neste
ciclo biológico do carbono estima-se que circulem anualmente cerca de 100 mil milhões de
toneladas de carbono e que cerca de 0,1% desta massa de carbono seja sedimentada nos
solos, sob a forma de matéria orgânica, passando a integrar os processos de formação das
rochas. (ROTHMAN, 2015)

Cada etapa deste ciclo biológico contém reservatórios naturais de CO2: as massas de água do
planeta, o solo, a atmosfera e os seres vivos, incluindo, sobretudo, a vegetação terrestre. O
tempo médio de residência do carbono nestes reservatórios varia de acordo com os processos
reativos naturais: nos seres fotossintéticos e no solo, o tempo médio de residência
corresponde a alguns anos; nos oceanos, a permanência poderá ser de alguns séculos; mas,
35

nas rochas, o tempo médio de permanência do carbono é de vários milhões de anos (BERNER
e KOTHAVALA, 2001)

2.1.2.1.2 Ciclo Geológico do carbono

O ciclo geológico do carbono envolve diversos fenómenos e eventos geológicos: erosão,


transporte, sedimentação, carbonatação, litificação, afundimento, metamorfismo,
subducção, fusão e regresso à superfície terrestre pelas erupções vulcânicas, gêiseres e
eventos sísmicos. Os processos e os eventos geológicos naturais (geodinâmica, tectónica)
contribuem para levar o carbono integrado nas rochas à superfície terrestre onde é
novamente oxidado a CO2, quer pelas reações químicas associadas à ação natural dos agentes
de erosão, quer pela ação humana. (ARAÚJO, SILVA e RIBEIRO, 2020)

O ciclo geológico é um conjunto de processos muito lentos que ocorre à escala geológica, ou
seja, em milhões ou milhares de milhões de anos. As atividades de exploração dos recursos
naturais, sobretudo o consumo contínuo de matérias-primas fósseis nos últimos 100 anos,
desestabilizaram o ciclo natural, fazendo com que a massa de carbono, sob a forma de matéria
orgânica fóssil, que é oxidada em CO2 e libertada para a atmosfera, ultrapasse largamente a
quantidade que é naturalmente introduzida nas rochas pelos processos de sedimentação
neste mesmo período de tempo. Sendo assim, não é, pois, possível falar-se, de forma séria,
em sustentabilidade na utilização de combustíveis fósseis considerando a forma como a sua
exploração tem sido realizada.

Os recursos fósseis acumulados na crusta terrestre ao longo de cerca de 450 milhões de anos
têm vindo a ser delapidados em cerca de 200 anos para servir apenas as últimas gerações,
ávidas de conforto e de meios tecnológicos e, mais recentemente, rendidas a uma cultura de
consumo massificado e não consciente na sociedade do consumo (BAUMAN, 1998), produtora
de consumidores sem limites movidos por uma insatisfação permanente. O diagrama da
Figura 4 ilustra, de forma muito resumida, os fluxos de dióxido de carbono entre as diversas
fontes emissoras e os sumidouros naturais. De acordo com as definições adotadas pela ONU,
no texto da United Nations framework convention on climate change (Convenção-quadro das
Nações Unidas sobre a mudança do clima (ONU, 1992), por “sumidouro” entende-se qualquer
36

processo, atividade ou mecanismo que remove GEE, aerossóis ou percursores de GEE da


atmosfera e, pelo contrário, “fonte” é a designação atribuída aos processos e atividades que
emitem (libertam) GEE, aerossóis ou percursores de GEE para a atmosfera. (ARAÚJO, SILVA e
RIBEIRO, 2020)

Figura 4 - Balanço de massa ao CO2 na Terra resultante dos ciclos naturais e das emissões antropogênicas

Fonte: Adaptado de (LE QUÉRÉ, 2015)

O ciclo global do carbono encontrava-se em equilíbrio dinâmico até há cerca de 250 anos
(1750 – Revolução Industrial) mas o aumento contínuo das emissões antropogênicas de CO2,
devidas sobretudo à utilização de combustíveis fósseis, veio perturbar o balanço de massa do
ciclo global do carbono pelo resultado da acumulação anual de cerca de 17 mil milhões de
toneladas de CO2 na atmosfera [valor médio anual para o período 2006 a 2015 (LE QUÉRÉ,
2015)].

O tempo de permanência do dióxido de carbono na atmosfera pode atingir 100 anos. Perante
este cenário de modificação da composição da atmosfera da Terra, que se manifesta nos
fenómenos das alterações climáticas, urge tomar medidas para, pelo menos, travar o aumento
das emissões de CO2 para a atmosfera. Este é um problema de dimensão global, à escala
planetária e amplamente debatido, não apenas nas comunidades científicas, mas como tema
recorrente nas agendas políticas. (ARAÚJO, SILVA e RIBEIRO, 2020)

É, no entanto, um problema de enorme complexidade, sem solução fácil, nem única e que
exige o empenho e participação de todos no objetivo de reduzir as emissões de CO2 para a
atmosfera. A gravidade deste problema é de tal ordem que, recorrendo aos valores já
37

mencionados neste texto, as emissões anuais de CO2 de toda a população do planeta, emitidas
naturalmente pela respiração, representam apenas cerca de 15% (ou seja 2,63 mil milhões de
toneladas) da acumulação anual total de CO2 na atmosfera da Terra que se situa em cerca de
17 mil milhões de toneladas. Ademais, ao ritmo a que atualmente se verifica a acumulação de
CO2 na atmosfera, bastam apenas cerca de seis anos para que o ganho cumulativo de dióxido
de carbono na atmosfera atinja a mesma quantidade que intervém no ciclo biológico do
carbono. (ARAÚJO, SILVA e RIBEIRO, 2020)

2.1.2.2 Acordo de Paris

O Acordo de Paris é um tratado global, adotado em dezembro de 2015 pelos países signatários
da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima UNFCCC, acrônimo em
inglês), durante a COP21. Esse acordo rege medidas de redução de emissão de dióxido de
carbono a partir de 2020, e tem por objetivos fortalecer a resposta à ameaça da mudança do
clima e reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos gerados por essa
mudança. (ONU, 2015)

Por meio deste acordo, os governos se comprometeram em agir para manter o aumento da
temperatura média mundial “bem abaixo” dos 2 °C em relação aos níveis pré-industriais e em
envidar esforços para limitar o aumento a 1,5 °C. Para tanto, os países apresentaram planos
de ação nacionais abrangentes para reduzirem as suas emissões por meio da formulação de
sua NDC. (ONU, 2015)

O governo brasileiro comprometeu-se em sua NDC a reduzir as emissões de gases de efeito


estufa em 37% em 2025, com uma contribuição indicativa subsequente de redução de 43%
em 2030, em relação aos níveis de emissões estimados para 2005. (ONU, 2015)

2.1.3 TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

A transição energética é a passagem, de uma matriz energética baseada nos combustíveis


fosseis, como carvão e o gás natural, para uma matriz com baixa ou zero emissões de carbono,
baseadas em fontes renováveis como as fontes eólica, solar, hídrica, etc. (ENEL, 2022)
38

A transição energética é o principal instrumento para atingir os compromissos firmados no


acordo de paris, de combate as mudanças climáticas (ENEL, 2022)

2.1.3.1 Net Zero

Net zero é o compromisso de zerar as emissões líquidas, diretas e indiretas, de gases de efeito
estufa na atmosfera, principalmente o dióxido de carbono (ENEL, 2022).

Numa política net zero, a empresa se compromete também com a eliminação ou


compensação das emissões indiretas na cadeia produtiva, desde fornecedores até
consumidores finais (Escopo 2 e 3), e não apenas das emissões diretas (Escopo 1) (ENEL, 2022)

Figura 5 - Mapa dos países que já atingiram o Net zero

Fonte: (NET ZERO TRACKER. UNIDADE DE ENERGIA E INTELIGÊNCIA CLIMÁTICA, 2021)


39

Figura 6 - - Mapa dos países que ja adequaram suas leis ao Net zero

Fonte: (NET ZERO TRACKER. UNIDADE DE ENERGIA E INTELIGÊNCIA CLIMÁTICA, 2021)

2.1.3.2 Neutralidade do Carbono

Neutralidade de carbono não é net zero. Neutralizar carbono é eliminar ou compensar as


emissões pelas quais se é diretamente responsável (escopo 1), e as emissões relacionadas à
compra de energia (escopo 2) (ENEL, 2022)

Ser net zero é eliminar ou compensar também as emissões indiretas, geradas por toda a cadeia
produtiva envolvida nas atividades do emissor (escopo 3). O que inclui emissões de
fornecedores, terceirizados e até mesmo de clientes. (ENEL, 2022)

TECNOLOGIA

A usabilidade tornou-se uma prioridade para os líderes empresariais que estão enfrentando
crescentes pedidos de mudança de consumidores, investidores, reguladores e seus próprios
funcionários. Há outra razão poderosa para abraçar a mudança também. As empresas que
assumem a liderança em questões de ESG também superam financeiramente, gerando até2,6
vezes mais valor para os acionistas do que seus pares. Cumprir a agenda de sustentabilidade
será impossível sem tecnologia. (DAUGHERTY, LACY, et al., 2022)l
40

2.2.1 TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

As tecnologias digitais mudaram a maneira como nos conectamos com os clientes e lhes
oferecemos valor. Muitos de nós crescemos em um mundo em que as empresas transmitiam
mensagens e forneciam produtos aos clientes. Hoje, porém, a relação é muito mais interativa,
de mão dupla. As mensagens e as avaliações dos clientes os tornam muito mais influentes que
a propaganda e as celebridades, transformando a participação dinâmica dos clientes em
indutor crítico do sucesso das empresas. (ROGERS, 2017)

Portanto quando o assunto é transformação digital, é possível definir como o processo em


que uma empresa implementa uma mentalidade digital em todos os seus setores. Não
importa qual o produto ou serviço oferecido – ele pode ser o mais analógico possível. O que
interessa é que os processos utilizados na sua produção e comercialização obedeçam à lógica
do mundo digital. (FIA, 2021)

2.2.1.1 A definição de transformação digital.

A transformação digital é o processo de uso de tecnologias digitais para criar novos — ou


modificar — processos de negócios, cultura e experiências de clientes existentes para atender
às mudanças nos negócios e nas necessidades do mercado. Essa reimaginação dos negócios
na era digital é a transformação digital. (SALESFORCE, 2021)

Ele transcende funções tradicionais como vendas, marketing e atendimento ao cliente. Em vez
disso, a transformação digital começa e termina com a forma como você pensa e se envolve
com os clientes. À medida que passamos de papel para planilhas para aplicações inteligentes
para gerenciar nossos negócios, temos a chance de reimaginar como fazemos negócios —
como engajamos nossos clientes — com a tecnologia digital do nosso lado. (SALESFORCE,
2021)

Para pequenas empresas que estão apenas começando, não há necessidade de configurar
seus processos de negócios e transformá-los mais tarde. Você pode provar o futuro de sua
organização a partir da palavra ir. Construir um negócio do século 21 sobre adesivos e livros
41

escritos à mão não é sustentável. Pensar, planejar e construir digitalmente faz com que você
seja ágil, flexível e pronto para crescer. (SALESFORCE, 2021)

2.2.2 CLOUD COMPUTING

Com o avanço da sociedade humana moderna, serviços básicos e essenciais são quase todos
entregues de uma forma completamente transparente. Serviços de utilidade pública como
água, eletricidade, telefone e gás tornaram-se fundamentais para nossa vida diária e são
explorados por meio do modelo de pagamento baseado no uso (VECCHIOLA, CHU e BUYYA,
2009). Recentemente, a mesma ideia de utilidade tem sido aplicada no contexto da
informática e uma mudança consistente neste sentido tem sido feita com a disseminação de
Cloud Computing ou Computação em Nuvem. (R. C. SOUSA, O. MOREIRA e C. MACHADO,
2010)

Computação em nuvem é uma tendência recente de tecnologia cujo objetivo é proporcionar


serviços de Tecnologia da Informação (TI) sob demanda com pagamento baseado no uso.
Tendências anteriores à computação em nuvem foram limitadas a uma determinada classe de
usuários ou focadas em tornar disponível uma demanda específica de recursos de TI,
principalmente de informática (BUYYA, YEO, et al., 2009).

Computação em nuvem pretende ser global e prover serviços para as massas que vão desde
o usuário final que hospeda seus documentos pessoais na Internet até empresas que
terceirizam toda infraestrutura de TI para outras empresas. Nunca uma abordagem para a
utilização real foi tão global e completa: não apenas recursos de computação e
armazenamento são entregues sob demanda, mas toda a pilha de computação pode ser
aproveitada na nuvem. (R. C. SOUSA, O. MOREIRA e C. MACHADO, 2010)

Na computação em nuvem, os recursos de TI são fornecidos como um serviço, permitindo aos


usuários acessarem os serviços sem a necessidade de conhecimento sobre a tecnologia
utilizada. Assim, os usuários e empresas passaram a acessar os serviços sob demanda e
independente de localização, o que aumentou a quantidade de serviços disponíveis. (R. C.
SOUSA, O. MOREIRA e C. MACHADO, 2010)
42

2.2.2.1 Computação em Nuvem

A computação em nuvem está se tornando uma das palavras chaves da indústria de TI. A
nuvem é uma metáfora para a Internet ou infraestrutura de comunicação entre os
componentes arquiteturais, baseada em uma abstração que oculta à complexidade de
infraestrutura. Cada parte desta infraestrutura é provida como um serviço e, estes são
normalmente alocados em centros de dados, utilizando hardware compartilhado para
computação e armazenamento (BUYYA, YEO, et al., 2009).

Para utilizarem os serviços, os usuários necessitam apenas ter em suas máquinas um sistema
operacional, um navegador e acesso à Internet. Todos os recursos computacionais estão
disponíveis na nuvem e as máquinas dos usuários não necessitam ter altos recursos
computacionais, diminuindo o custo na aquisição de máquinas. Todo hardware pode ser
utilizado para realizar alguma tarefa que seja adequada ao seu poder de processamento.
Novos recursos de hardware podem ser adicionados a fim de aumentar o poder de
processamento e cooperar com os recursos existentes. A infraestrutura do ambiente de
computação em nuvem normalmente é composta por um grande número, centenas ou
milhares de máquinas físicas ou nós físicos de baixo custo, conectadas por meio de uma rede.
(R. C. SOUSA, O. MOREIRA e C. MACHADO, 2010)

Cada máquina física tem as mesmas configurações de software, mas pode ter variação na
capacidade de hardware em termos de CPU, memória e armazenamento em disco (SOROR,
MINHAS, et al., 2010). Dentro de cada máquina física existe um número variável de máquinas
virtuais (VM) ou nós virtuais em execução, de acordo com a capacidade do hardware
disponível na máquina física. (R. C. SOUSA, O. MOREIRA e C. MACHADO, 2010)

O modelo de computação em nuvem foi desenvolvido com o objetivo de fornecer serviços de


fácil acesso, baixo custo e com garantias de disponibilidade e escalabilidade. Este modelo visa
fornecer, basicamente, três benefícios. O primeiro benefício é reduzir o custo na aquisição e
composição de toda infraestrutura requerida para atender as necessidades das empresas,
podendo essa infraestrutura ser composta sob demanda e com recursos heterogêneos e de
menor custo. (R. C. SOUSA, O. MOREIRA e C. MACHADO, 2010)
43

O segundo é a flexibilidade que esse modelo oferece no que diz respeito à adição e
substituição de recursos computacionais, podendo escalar tanto em nível de recursos de
hardware quanto software para atender as necessidades das empresas e usuários. O último
benefício é prover uma abstração e facilidade de acesso aos usuários destes serviços. Neste
sentido, os usuários dos serviços não precisam conhecer aspectos de localização física e de
entrega dos resultados destes serviços. (R. C. SOUSA, O. MOREIRA e C. MACHADO, 2010) A
computação em nuvem é uma evolução dos serviços e produtos de tecnologia da informação
sob demanda, também chamada de Utility Computing (BRANTNER, FLORESCU, et al., 2008).

O objetivo da Utility Computing é fornecer componentes básicos como armazenamento,


processamento e largura de banda de uma rede como uma “mercadoria” através de
provedores especializados com um baixo custo por unidade utilizada. Usuários de serviços
baseados em Utility Computing não precisam se preocupar com escalabilidade, pois a
capacidade de armazenamento fornecida é praticamente infinita. (R. C. SOUSA, O. MOREIRA
e C. MACHADO, 2010)

A Utility Computing propõe fornecer disponibilidade total, isto é, os usuários podem ler e
gravar dados a qualquer tempo, sem nunca serem bloqueados; os tempos de resposta são
quase constantes e não dependem do número de usuários simultâneos, do tamanho do banco
de dados ou de qualquer parâmetro do sistema. Os usuários não precisam se preocupar com
backups, pois se os componentes falharem, o provedor é responsável por substituí-los e tornar
os dados disponíveis em tempo hábil por meio de réplicas (BRANTNER, FLORESCU, et al.,
2008).

Uma razão importante para a construção de novos serviços baseados em Utility Computing é
que provedores de serviços que utilizam serviços de terceiros pagam apenas pelos recursos
que recebem, ou seja, pagam pelo uso. Não são necessários investimentos iniciais em TI e o
custo cresce de forma linear e previsível com o uso. Dependendo do modelo do negócio, é
possível que o provedor de serviços repasse o custo de armazenagem, computação e de rede
para os usuários finais, já que é realizada a contabilização do uso. (R. C. SOUSA, O. MOREIRA
e C. MACHADO, 2010)
44

O National Institute of Standards and Technology (NIST) (MELL e GRANCE, 2009) define
computação em nuvem como um paradigma em evolução. Suas definições, casos de uso,
tecnologias, problemas, riscos e benefícios serão redefinidos em debates entre os setores
público e privado e essas definições, atributos e características evoluirão com o tempo.
Tratando-se especificamente da definição, ainda não se tem uma definição amplamente
aceita.

O NIST apresenta a seguinte definição para computação em nuvem: “Computação em nuvem


é um modelo que possibilita acesso, de modo conveniente e sob demanda, a um conjunto de
recursos computacionais configuráveis (por exemplo, redes, servidores, armazenamento,
aplicações e serviços) que podem ser rapidamente adquiridos e liberados com mínimo esforço
gerencial ou interação com o provedor de serviços”. (ARMBRUST, FOX, et al., 2009) propõem
a seguinte definição: “A computação em nuvem é um conjunto de serviços de rede ativados,
proporcionando escalabilidade, qualidade de serviço, infraestrutura barata de computação
sob demanda e que pode ser acessada de uma forma simples e pervasiva”.

2.2.2.2 Características Essenciais

As características essenciais são vantagens que as soluções de computação em nuvem


oferecem. Algumas destas características, em conjunto, definem exclusivamente a
computação em nuvem e faz a distinção com outros paradigmas. Por exemplo, a elasticidade
rápida de recursos, amplo acesso e medição de serviço são características básicas para compor
uma solução de computação em nuvem. (R. C. SOUSA, O. MOREIRA e C. MACHADO, 2010)

2.2.2.3 Modelos de Serviços

O ambiente de computação em nuvem é composto de três modelos de serviços. Estes


modelos são importantes, pois eles definem um padrão arquitetural para soluções de
computação em nuvem. (ARMBRUST, FOX, et al., 2009)
45

2.2.2.3.1 Software como um Serviço (SaaS)

O modelo de SaaS proporciona sistemas de software com propósitos específicos que estão
disponíveis para os usuários através da Internet. Os sistemas de software são acessíveis a
partir de vários dispositivos do usuário por meio de uma interface thin client como um
navegador Web. No SaaS, o usuário não administra ou controla a infraestrutura subjacente,
incluindo rede, servidores, sistemas operacionais, armazenamento ou mesmo as
características individuais da aplicação, exceto configurações específicas. Com isso, os
desenvolvedores se concentram em inovação e não na infraestrutura, levando ao
desenvolvimento rápido de sistemas de software. (R. C. SOUSA, O. MOREIRA e C. MACHADO,
2010)

Como o software está na Web, ele pode ser acessado pelos usuários de qualquer lugar e a
qualquer momento, permitindo maior integração entre unidades de uma mesma empresa ou
outros serviços de software. Assim, novos recursos podem ser incorporados automaticamente
aos sistemas de software sem que os usuários percebam estas ações, tornando transparente
a evolução e atualização dos sistemas. O SaaS reduz os custos, pois é dispensada a aquisição
de licenças de sistemas de softwares. Como exemplos de SaaS podemos destacar os serviços
de Customer Relationship Management (CRM) da Salesforce (SALESFORCE, 2021)e o Google
Docs (CIURANA, 2009).

2.2.2.3.2 Plataforma como um Serviço (PaaS)

A PaaS oferece uma infraestrutura de alto nível de integração para implementar e testar
aplicações na nuvem. O usuário não administra ou controla a infraestrutura subjacente,
incluindo rede, servidores, sistemas operacionais ou armazenamento, mas tem controle sobre
as aplicações implantadas e, possivelmente, as configurações das aplicações hospedadas
nesta infraestrutura. (R. C. SOUSA, O. MOREIRA e C. MACHADO, 2010)

A PaaS fornece um sistema operacional, linguagens de programação e ambientes de


desenvolvimento para as aplicações, auxiliando a implementação de sistemas de software, já
que contém ferramentas de desenvolvimento e colaboração entre desenvolvedores. Em geral,
os desenvolvedores dispõem de ambientes escaláveis, mas eles têm que aceitar algumas
46

restrições sobre o tipo de software que se pode desenvolver, desde limitações que o ambiente
impõe na concepção das aplicações até a utilização de sistemas de gerenciamento de banco
de dados (SGBDs) do tipo chave-valor, ao invés de SGBDs relacionais. Do ponto de vista do
negócio, a PaaS permitirá aos usuários utilizarem serviços de terceiros, aumentando o uso do
modelo de suporte no qual os usuários se inscrevem para solicitações de serviços de TI ou
para resoluções de problemas pela Web. Com isso, pode-se melhorar o gerenciamento do
trabalho e as responsabilidades das equipes de TI das empresas. Como exemplos de SaaS
podemos destacar as PaaS Google App Engine (CIURANA, 2009) e Aneka (VECCHIOLA, CHU e
BUYYA, 2009). (R. C. SOUSA, O. MOREIRA e C. MACHADO, 2010)

2.2.2.3.3 Infraestrutura como um Serviço (IaaS)

O IaaS é a parte responsável por prover toda a infraestrutura necessária para a PaaS e o SaaS.
O principal objetivo do IaaS é tornar mais fácil e acessível o fornecimento de recursos, tais
como servidores, rede, armazenamento e outros recursos de computação fundamentais para
construir um ambiente sob demanda, que podem incluir sistemas operacionais e aplicativos.
(R. C. SOUSA, O. MOREIRA e C. MACHADO, 2010)

A IaaS possui algumas características, tais como uma interface única para administração da
infraestrutura, Application Programming Interface (API) para interação com hosts, switches,
balanceadores, roteadores e o suporte para a adição de novos equipamentos de forma
simples e transparente. Em geral, o usuário não administra ou controla a infraestrutura da
nuvem, mas tem controle sobre os sistemas operacionais, armazenamento e aplicativos
implantados, e, eventualmente, seleciona componentes de rede, tais como firewalls. O termo
IaaS se refere a uma infraestrutura computacional baseada em técnicas de virtualização de
recursos de computação. (R. C. SOUSA, O. MOREIRA e C. MACHADO, 2010)

Esta infraestrutura pode escalar dinamicamente, aumentando ou diminuindo os recursos de


acordo com as necessidades das aplicações. Do ponto de vista de economia e aproveitamento
do legado, ao invés de comprar novos servidores e equipamentos de rede para a ampliação
de serviços, pode-se aproveitar os recursos disponíveis e adicionar novos servidores virtuais à
infraestrutura existente de forma dinâmica. (R. C. SOUSA, O. MOREIRA e C. MACHADO, 2010)
47

2.2.2.4 Papéis na Computação em Nuvem

Os papéis são importantes para definir responsabilidades, acesso e perfil para os diferentes
usuários que fazem parte e estão envolvidos em uma solução de computação em nuvem. Para
entender melhor a computação em nuvem, pode-se classificar os atores dos modelos de
acordo com os papéis desempenhados (MARINOS e BRISCOE, 2009)

O provedor é responsável por disponibilizar, gerenciar e monitorar toda a estrutura para a


solução de computação em nuvem, deixando o desenvolvedor e o usuário final sem esse tipo
de responsabilidade e fornecendo serviços nos três modelos de serviços. Os desenvolvedores
utilizam os recursos fornecidos e disponibilizam serviços para os usuários finais. Esta
organização em papéis ajuda a definir os atores e os seus diferentes interesses. Os atores
podem assumir vários papéis ao mesmo tempo de acordo com os interesses, sendo que
apenas o provedor fornece suporte a todos os modelos de serviços. (R. C. SOUSA, O. MOREIRA
e C. MACHADO, 2010)

2.2.2.5 Segurança dos Serviços de Dados

A computação em nuvem é um modelo que utiliza a Internet para disponibilizar seus serviços.
Isso se torna mais complexo visto que os recursos computacionais utilizam diferentes
domínios de redes, sistemas operacionais, software, criptografia, políticas de segurança, entre
outros. Questões de segurança devem ser consideradas para prover a autenticidade,
confidencialidade e integridade. (R. C. SOUSA, O. MOREIRA e C. MACHADO, 2010)

No que diz respeito à confiabilidade e responsabilidade, o provedor deve fornecer recursos


confiáveis, especialmente se a computação a ser realizada é crítica e deve existir uma
delimitação de responsabilidade entre o provedor e o usuário. Dessa forma, devem-se ter
meios para impedir o acesso não autorizado a informações e que os dados sensíveis
permaneçam privados, pois estes podem ser processados fora das empresas (AGRAWAL,
ABBADI, et al., 2009).

Em geral, cada sistema tem seu próprio modelo de dados e política de privacidade destes
dados (COOPER, BALDESCHWIELER, et al., 2009). Quando ocorre a movimentação de dados
48

entre sistemas, deve-se garantir a privacidade dos dados mesmo com a mudança entre
modelo de dados diferente e que aplicações multi-inquilino acessem dados de outras
aplicações apenas de acordo com as políticas definidas. Técnicas de criptografia podem ser
utilizadas para garantir a privacidade dos dados. (R. C. SOUSA, O. MOREIRA e C. MACHADO,
2010)

No entanto, estas técnicas têm implicações significativas de desempenho de consultas em


SGBDs. Dessa forma, alternativas para a integração de técnicas de criptografia com SGBDs
devem ser investigadas e desenvolvidas, já que a complexidade computacional da criptografia
de dados aumenta o tempo de resposta da consulta. Em (AGRAWAL, ABBADI, et al., 2009) é
apresentado uma abordagem segura e escalonável para preservar a privacidade. Em vez de
utilizar a criptografia, que é computacionalmente caro, é utilizada uma estratégia de
distribuição dos dados em vários sítios do provedor e técnicas para acessar as informações de
forma secreta e compartilhada.

FERRAMENTAS

2.3.1 SALESFORCE NET ZERO CLOUD

A Salesforce acredita que o negócio é uma plataforma de mudança. Com o Salesforce Net Zero
Cloud, agora você tem uma visão de 360 graus de sua pegada de carbono e insights baseados
em dados. Com essas ferramentas, sua organização está um passo mais perto de ir para o zero
agora. (TRAILHEAD, 2022)

A Net Zero Cloud é uma plataforma completa de gestão de sustentabilidade, como é possível
ver na Figura 7. As empresas usam a Net Zero Cloud para rastreamento e redução de emissões
de carbono, que são os primeiros passos críticos no caminho para o zero líquido. Com o Net
Zero Cloud, eles podem visualizar, analisar e relatar rapidamente sua pegada ambiental com
dados confiáveis e de nível de investidor. Esses dados são essenciais para auditorias de
terceiros, arquivamentos financeiros, reputação corporativa e construção de confiança com
todas as partes interessadas. (TRAILHEAD, 2022)
49

A Net Zero Cloud dá às empresas uma única fonte de verdade para seus dados ambientais.
Eles podem carregar dados no Net Zero Cloud com APIs, varredura de contas ou uploads em
massa. Com todos os dados em um só lugar, as empresas gastam menos tempo coletando e
reportando manualmente, e mais tempo para avançar em iniciativas de sustentabilidade com
seus stakeholders. (TRAILHEAD, 2022)

Figura 7 - Salesforce Netzero Cloud

(TABLEAU, 2022)

2.3.2 THE GREEN PREMIUM

O Green Premium é o custo adicional de escolher uma tecnologia limpa em vez de uma que
emite mais gases de efeito estufa. Neste momento, as soluções limpas são geralmente mais
caras do que as de altas emissões, em parte porque não contabilizamos os verdadeiros custos
econômicos e ambientais das opções existentes, como combustíveis fósseis, no preço que
pagamos por elas. (ENERGY, 2022)

Mover nossa imensa economia energética para soluções líquidas zero custará algo — mas com
as políticas e o foco certos, podemos reduzir o Green Premium. Em última análise, precisamos
que esse prêmio seja tão baixo que todos em todos os lugares possam escolher a alternativa
limpa. É crucial entender quanto vai custar. (ENERGY, 2022)
50

O Green Premium nos ajuda a medir o progresso que fizemos para enfrentar as mudanças
climáticas e ver quais barreiras ainda precisamos superar, como pode ser visto na Figura 8.
Para algumas tecnologias, o Green Premium pode ser muito alto para pagar. Nesses casos,
precisamos concentrar a maior quantidade de investimento em P&D na redução desse prêmio
e tornar essas opções limpas mais acessíveis o mais rápido possível. (ENERGY, 2022)

Figura 8 - The Green Premium

Fonte: (ENERGY, 2022)

Os governos podem implementar políticas públicas que tornem as tecnologias baseadas em


carbono mais caras, ou tornar as contrapartes limpas mais baratas — ou, idealmente, fazer as
duas coisas. Essas políticas podem incluir regras sobre quanto carbono uma tecnologia pode
emitir, regulamentos que moldam os mercados financeiros e investimentos públicos em P&D.
(ENERGY, 2022)

As empresas e investidores, por sua vez, podem se comprometer a comprar alternativas mais
limpas para ajudar a reduzir seus custos, investir em P&D, apoiar startups de energia limpa e
defender políticas governamentais que derrubem o custo de chegar a zero. (ENERGY, 2022)
51

Os indivíduos também podem desempenhar um papel. Podemos responsabilizar nossos


funcionários eleitos, e podemos votar com nossas carteiras. Por exemplo, quando compramos
um veículo elétrico, mesmo que possa custar mais, mostramos que há demanda por essas
tecnologias mais limpas, e se as empresas ganharem mais, vamos comprá-las. (ENERGY, 2022)
52
53

3 DESENVOLVIMENTO

EFICIÊNCIA E DIGITALIZAÇÃO

Para começar as discussões sobre o assunto propostos na criação deste trabalho, é


interessante o ponto de vista de Andy Gales em que ele faz uma análise entre a eficiência e a
digitalização dos processos de energia.

A magnitude da crise de fornecimento de energia e segurança está afetando os modelos de


negócios de muitos setores; curiosamente, os clientes que operam em bens de consumo ou
industriais estão vendo seus custos de energia variarem de cerca de 1-2% de seus custos
operacionais para 6-10%. (GALES, 2022)

Enquanto isso, a transição energética não está se movendo rápido o suficiente para evitar a
crise climática. Nesse contexto, estou aconselhando meus clientes a dobrar em sua melhor
ferramenta de resiliência e descarbonização — cortando a demanda de energia através da
eficiência energética. E os resultados são convincentes. (GALES, 2022)

Melhor ainda, as abordagens que já temos podem causar impacto dentro de semanas e
meses, como parte de uma mudança acelerada a longo prazo para novas tecnologias e
processos. Vamos ver por que a eficiência energética é uma grande oportunidade para os
líderes. (GALES, 2022)

Logo após isso, ele faz três perguntas que estão relacionadas diretamente com a questão da
eficiência energética. As perguntas em questão são:

1. Sabe como são seus padrões de demanda de energia?


2. Você tem os dados certos para melhorar o uso de energia?
3. Sabe quais são suas principais fontes de ineficiência?
54

Refletindo sobre o status quo de eficiência energética. É um tema que costumava estar apenas
na agenda de sustentabilidade. E isso ainda importa mais do que nunca, com o imperativo
net-zero se aproximando na próxima década. Mas os CEOs estão falando sobre isso agora,
porque impacta profundamente a saúde financeira e com isso oferece a chance de correr o
risco contra choques de abastecimento. (GALES, 2022)

Não é de admirar que a Agência Internacional de Energia chame a eficiência energética de


"primeiro combustível" — o método mais barato para impulsionar o impacto sustentável, pois
não custa nada para não gastar dinheiro ou usar energia. Todas as tecnologias necessárias
para apoiá-lo são maduras e escaláveis, e trabalham em todos os setores de demanda. (GALES,
2022)

3.1.1 COMPRIMIR A DIGITALIZAÇÃO PARA EFICIÊNCIA

A digitalização pode ter um impacto dramático nos edifícios e na fabricação. Pense em


automação, sensores de IoT e redes inteligentes em todas as operações das organizações,
para reduzir o uso ineficiente de energia. Essas abordagens estão dando frutos além da
indústria, com as cidades também esverdeando o caminho para operações baseadas em
dados. (GALES, 2022)

Pegue nosso trabalho com a Metro de Madrid. Implantamos um algoritmo de otimização


usando grandes quantidades de dados em tempo real. Modelamos variáveis como arquitetura
da estação, temperatura do ar, frequência do trem, carga de passageiros e preço diário de
eletricidade. Ajudou a identificar oportunidades de cortar o uso de energia. (GALES, 2022)

Ao prever condições 72 horas antes — e usar aprendizado de máquina para ensinar o sistema
ao longo do tempo — o Metrô de Madrid economizou 25% no consumo de energia por
ventilação, enquanto melhorou o conforto dos passageiros. (GALES, 2022)

De forma mais geral, a digitalização também está apoiando a equidade energética e a


acessibilidade. Um grande utilitário está dirigindo para uma transição energética net zero e
equitativa, trazendo seu programa de resposta à demanda elétrica para o próximo nível,
centrado em torno de um programa de resposta à demanda comportamental. A empresa
55

introduziu o Peak Time Savings (PTS) — um programa de resposta à demanda residencial (DR)
que aproveita medidores inteligentes. Ele permite que os clientes respondam aos sinais de DR
para reduzir o uso de energia durante os horários de pico do verão. (GALES, 2022)

A PTS está permitindo que os clientes ganhem créditos de contas, evitem emissões de CO2 e
melhorem a confiabilidade da rede. Ao longo de cinco anos, os participantes do programa
cresceram mais de 400%, ao mesmo tempo em que alcançaram mais de três milhões de kWhs
de redução de energia. (GALES, 2022)

3.1.2 OLHE PARA SEUS PROCESSOS

Reavaliar melhor os processos e cadeias de suprimentos para melhorar os ganhos de


eficiência, mas também conseguir melhorar a eficiência voltada para a digitalização e a adoção
das tecnologias que podem ajudar muito nos quesitos relacionados a sustentabilidade.

Uma multinacional integrada de petróleo e gás, por exemplo, vê a gestão de energia como um
pilar fundamental de sua meta de alcançar o zero líquido até 2050. Para atingir esse objetivo,
a empresa quer reunir fontes de dados industriais para visualizar o uso de energia vegetal
utilizando sensores de equipamentos, aumentando assim o monitoramento e a eficiência
energética. (GALES, 2022)

Graças a essa análise foi possível alterar o processo e com isso, a economia estimada para a
multinacional atingiu a faixa de milhões de euros por ano, para cada planta industrial. Ainda
vale ressaltar que com a mesma fonte de dados a multinacional conseguiu também reverter
esse custo para as reduções de emissões de GEE.

3.1.3 ACELERE A NUVEM E DIMENSIONE SUA AMBIÇÃO

Sabemos que a adoção em nuvem em escala reduz o consumo de energia e as emissões. A


pesquisa Cloud Continuum da Accenture afirma: "Nossa pesquisa global com cerca de 4.000
empresas globais e líderes de TI descobriu que quase 65% dos entrevistados viram até 10% de
economia de custos, em média, de se mudar para a nuvem." Mas isso é só um resultado.
(GALES, 2022)
56

Dentro da mesma pesquisa, identificamos um grupo de artistas de alto desempenho que


superam a economia de energia de outros: eles têm 3x mais chances de usar nuvem para pelo
menos duas metas de sustentabilidade. Exemplos incluem o uso de fontes de energia verde,
projetar para menor consumo de energia e usar servidores melhor para uma menor pegada
de energia. (GALES, 2022)

Mas, crucialmente, esses artistas de alto desempenho também estão usando a nuvem como
fonte de inovação e reengenharia. Eles estão alcançando até 2,7x maior redução de custos do
que aqueles que apenas querem migrar cargas de trabalho. (GALES, 2022)

Significa que é hora de abraçar todo o potencial da nuvem como uma nova maneira de fazer
as coisas. Pense em projetar processos mais eficientes e circulares; inovar e pedalar através
de novas ideias em uma mentalidade de "falhar rápido ou levar à produção"; ou ser ágil e se
adaptar à medida que as condições mudam. (GALES, 2022)

3.1.4 DADOS E ANÁLISES SÃO A BASE

Se você quer economizar energia, a qualidade e a disponibilidade de seus dados são


primordiais, além das análises para entender o que tudo isso significa e como responder. É
necessário que reflita sobre questões como: Você sabe como é sua demanda de energia e
padrões de consumo? Você tem os dados certos para dizer onde procurar melhorar o uso de
energia? Sabe quais são suas principais fontes de desperdício e ineficiência?

Trata-se de priorizar sua fundação de dados e tratar dados como um ativo por si só. Isso pode
pagar enormes dividendos, especialmente quando se trata do enorme impacto que os
comportamentos podem ter.

Por exemplo, um varejista global analisou o desperdício de energia em suas lojas. Aplicamos
IA aos dados para identificar e corrigir comportamentos em nível de loja que levam ao
desperdício. O projeto proporcionou uma redução de 15% no consumo de energia,
economizando aproximadamente 15% nos custos de energia. É um exemplo convincente de
escorvar a resiliência, desar risco e conduzir para reduções significativas de emissões de GEE,
tudo na mesma respiração. (GALES, 2022)
57

Também serve como o desafio perfeito para as organizações que historicamente pensaram
que a eficiência energética é apenas para indústrias intensivas em energia. Claramente não é
— com economias como essas, essas estratégias podem trazer enormes benefícios para redes
de saúde, agências bancárias e outras com modelos similares de "estilo de loja". (GALES,
2022)

DESVANTAGENS

Para Lucas Joppa, diretor ambiental da Microsoft, a percepção inicial ainda está no cerne de
como ele vê seu trabalho como, onde ajudo a empresa a desempenhar seu papel no
desenvolvimento do código por trás de um dos programas mais complexos que o mundo já
ousou desenvolver: um programa que toma como input todo o carbono associado a toda a
atividade econômica do planeta e retorna como output o valor zero. Zero acúmulo adicional
de carbono na atmosfera até o ano de 2050. (JOPPA, LUERS, et al., 2021)

Agora, a contribuição da Microsoft para isso é simples e ambiciosa. Até 2030, nos
comprometemos a reduzir nossas emissões pela metade ou mais e remover fisicamente o
restante da atmosfera. E então, de 2030 a 2050, continuar não apenas zerando nossas
emissões anuais, mas voltar no tempo e remover todas as emissões às quais estamos
associados desde que fomos fundada em 1975. (JOPPA, LUERS, et al., 2021)

E o que aprendemos como resultado de nossos quase dois anos trabalhando em direção a
essa meta é que qualquer desenvolvedor de um programa de carbono net zero realmente
enfrenta os mesmos desafios que um engenheiro de software típico enfrentaria. Eles devem
evitar bugs em seu código. Bugs são erros que fazem com que um programa não funcione ou
faça coisas que seu autor não pretendia ou não entende. E se você sabe alguma coisa sobre
software, sabe que bugs são ruins. (JOPPA, LUERS, et al., 2021)
58

Figura 9 - O Bug dos programas de Net Zero

fonte: (TED, 2021)

Conforme ilustrado na Figura 9, Lucas introduz aos três grandes problemas nas questões que
envolvem os softwares de net zero. De acordo com ele, o primeiro grande problema está na
definição do que é net zero. Na Figura 9 ele exemplifica o que deveria ser o net zero.
Felizmente, hoje já existe a documentação proposta pela ISO para definir parâmetros e
padronizar os conceitos do net zero, porém ainda não foi amplamente divulgada.

O segundo grande problema está nas medidas, nem todas as ações, vulgo emissões são
calculadas da forma correta por conta das definições que não são padronizadas e isso depende
da interpretação de cada um. E o ultimo grande problema está nos investimentos, por mais
que os softwares ajudem a mapear todas as emissões de carbono, eles não são efetivos. O
que acontece é que com as métricas as empresas apenas evitam a produção de carbono
quando na verdade é necessário fazer a remoção, pois é o caminho mais barato, como ilustra
a Figura 10
59

Figura 10 - Panorama do mercado de investimento

fonte: (TED, 2021)

ESTUDO DE CASO

3.3.1 DENTSU AOTEAROA

Um caso bastante curioso é o caso da dentsu Aotearoa. A dentsu é uma empresa que presta
serviços publicitário na nova Zelândia e adotou uma estratégia sustentável bem agressiva.

O grupo dentsu globalmente tem algumas metas ambiciosas de net zero para 2025. O
escritório dentsu Aotearoa viu isso como uma oportunidade para liderar esta ambição, usando
nosso tamanho e agilidade para estabelecer uma prática de sustentabilidade,
experimentando soluções e processos que podem ser dimensionados para o grupo mais
amplo como uma força para o bem. (AOTEAROA, 2022)

O objetivo com a implementação do Salesforce Net Zero Cloud para Dentsu Aotearoa
considerando todos os dados de consumo para o dia a dia do negócio operações, foram
usados para determinar a pegada de carbono para o negócio e foi atualizado regularmente à
medida que se tornou disponível o ano. (AOTEAROA, 2022)
60

Os Relatórios do Net Zero Cloud destacaram imediatamente que havia alta consumo de
energia no escritório da Sale Street, então a equipe de sustentabilidade buscou dados mais
detalhados do varejista de energia. analistas da dentsu foram capazes de identificar que uma
quantidade significativa do consumo de energia estava fora do expediente e comparou isso
com outros escritórios para determinar a distribuição normal de qual deve ser o consumo de
energia. (AOTEAROA, 2022)

Esses insights permitiram que controles e metas fossem implementados para o edifício para
reduzir o consumo de energia. Ainda é cedo, mas a construção já obteve uma redução média
de 34% no uso de energia fora do horário comercial. A implementação do Net Zero Cloud
permitiu que a dentsu realizasse regularmente revisar sua pegada de carbono nas várias
fontes de dados e proativamente implementar iniciativas com o objetivo de reduzir a nossa
pegada de carbono (AOTEAROA, 2022)

3.3.2 MASTERCARD

O caso da mastercard é outra aplicação do salesforce Net Zero Cloud, com o objetivo bem
parecido com o caso apresentado anteriormente. A diferença deste é que é possível ver em
detalhes o funcionamento da ferramenta. Assim como a Dentsu, a mastercard adotou
estratégias sustentáveis para diminuir as suas emissões de carbono. Conforme a Figura 11
ilustra, é possível ver a página principal com as informações mais importante sobre as
emissões de carbono. Informações como emissões por setor, por país e por escopo.
61

Figura 11 - Dashboard principal do Net Zero Cloud

fonte: (SALESFORCE, 2021)

O ponto principal da ferramenta é que é possível mapear de todas as maneiras possíveis as


emissões de carbono. Com os dados que a equipe de sustentabilidade alimenta a ferramenta,
a visibilidade completa das emissões e atividades da empresa ficam muito mais adequadas
para poderem ser interpretadas e a partir disso algumas ações já podem ser tomadas. Na
Figura 12, está a visão que a equipe de sustentabilidade tem sobre as atividades de emissão
de carbono, com essa visão já é possível tirar alguns insights da onde as emissões estão mais
concentradas.
62

Figura 12 - Mapeamento das emissões de carbono

fonte: (SALESFORCE, 2021)

Com as atividades mapeadas, a própria ferramenta já consegue através de sua logica e seu
algoritmo trazer algumas projeções dos objetivos definidos pela empresa e sua equipe de
sustentabilidade. A Figura 13 demonstra as projeções que a equipe de sustentabilidade da
mastercard obteve através dos dados inseridos na ferramenta.
63

Figura 13 - Projeções das emissões de carbono

fonte: (SALESFORCE, 2021)

Porém, para que os objetivos sejam evidenciados nos gráficos é preciso que eles sejam
definidos inicialmente. Essa definição é uma das vantagens que a plataforma possui, pois é
possível adicionar os objetivos conforme a equipe de sustentabilidade defina as suas próprias
estratégias. Na Figura 14 é possível ver que alguns objetivos foram estabelecidos.
64

Figura 14 - Configurações dos Objetivos para o Net Zero

fonte: (SALESFORCE, 2021)

Com os dados mapeados e os objetivos estabelecidos, a ferramenta consegue realizar cálculos


e parâmetros alternativos para avaliar qual seria a redução da emissão de carbono. Na Figura
15, é possível ver que com os parâmetros de utilização de 40% de energia solar, com utilização
de apenas 30% de atividades do escopo 3 e a adoção de 50% apenas de escritórios, a
quantidade de emissão de carbono cai consideravelmente.
65

Figura 15 - Previsão de descarbonização

fonte: (SALESFORCE, 2021)

Portanto a utilização da ferramenta já traz uma analise muito interessante e consegue


transformar algumas ações de planejamento em realidade. Isso faz com que as estratégias
adotadas pela equipe de sustentabilidade seja muito mais precisa e com isso as empresas
conseguem efetivamente atingir os pontos acordados pelo acordo de paris.
67

4 CONCLUSÕES

Pode-se concluir que o presente trabalho traz uma visão diferente do convencional e que já
existem muitos desenvolvimentos relacionados nessa área como exemplos apresentados.
Vale ressaltar que é muito interessante poder ver que assim como conceitos relacionados a
sustentabilidade, em especial a energia e eficiência energética, são aplicadas em áreas que
podem passar despercebida, essa tecnologia também pode ser aplicada do mesmo jeito.

Com a eficiência energética como uma alavanca fundamental para a resiliência, abraçar todo
o seu potencial pode não apenas reduzir o risco, mas também permitir que as empresas
planejem um futuro melhor e protejam os consumidores. Há uma série de ações de curto
prazo que os líderes empresariais em todos os setores podem começar a tomar hoje. Isso
ajudará a enfrentar os desafios que as crises energéticas e climáticas estão tendo em suas
organizações. (GALES, 2022)

Essa ideia ela serve como um conector para essas duas grandes áreas energia e tecnologia
cloud. Mas o que chama atenção com a discussão abordada no trabalho é ver que com a
implementação dessas ideias, automaticamente os quesitos que englobam o ESG era atacados
naturalmente. Apesar de ainda existir muitos problemas a serem resolvidos neste setor, é
possível interpretar, na minha opinião, que são oportunidades a serem desenvolvidas que irá
agregar mais valor.

Essa tecnologia em si ela já auxilia muito em outras áreas e o impacto dela é muito mais efetivo
do que se pode imaginar pois ela ajuda em um controle melhor nas decisões que são tomadas
a partir de dados que a própria sociedade imputa e de certa forma fica muito mais fácil de
obter todas as análises. Isso é uma vantagem da tecnologia cloud que possibilita que o sistema
fique muito mais enriquecido de informação e com isso trazer uma solução muito mais correta

E isso ajuda a atingir os objetivos do acordo de Paris, ajuda na descarbonização e ainda pode
trazer uma segurança no consumo de energia que antes poderia ser um pouco instável.
68

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