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Título: Análise das propriedades mecânicas de pastas cimentícias com adição de
metacaulim e microssílica
____________________________________________________
[Valéria Costa de Oliveira, doutora]
(Orientador)
____________________________________________________
[Rodrigo Cesar Pierozan, doutor]
(Coorientador)
____________________________________________________
[Carlos Drumond do Nascimento Morais, mestre]
(Examinador Interno)
____________________________________________________
[Rafael Pereira Louzada, especialista]
(Examinador Interno)
PORTO VELHO, 27 DE NOVEMBRO DE 2023
Ficha Catalográfica
À VIDA,AGRADEÇO A DEUS POR SUA DÁDIVA E POR GUIAR-ME NA SUPERAÇÃO DE CADA DESAFIO
DURANTE MEU PERCURSO ACADÊMICO.
À MINHA FAMÍLIA, EXPRESSO MINHA GRATIDÃO AOS MEUS PAIS E IRMÃS,CUJO APOIO CONSTANTE
E COMPREENSÃO NOS MOMENTOS DIFÍCEIS FORAM FUNDAMENTAIS.AGRADEÇO POR ENTENDEREM MINHA
ÀS MINHAS AMIGAS, AGRADEÇO PELA INABALÁVEL AMIZADE E APOIO AO LONGO DE TODO O
PERÍODO DEDICADO A ESTE TRABALHO.
AO MEU NAMORADO, EXPRESSO MINHA GRATIDÃO PELA PACIÊNCIA, COLABORAÇÃO E PALAVRAS
DE CONFORTO QUE ALIMENTARAM MINHA AUTOCONFIANÇA.
.
RESUMO
O setor da construção civil é um dos principais responsáveis por elevados impactos
ambientais, sociais e econômicos na cadeia produtiva, por ter um alto consumo de
matérias-primas,energiaeumaaltaemissãodegasespoluentes.Natentativadereduçãodos
impactos gerados durante o processo de clinquerização do cimento, surgem alternativas do
empregodeadiçõesparasubstituirpartedoclínquere,consequentemente,reduziraemissão
degasespoluentesquecontribuemparaoefeitoestufa.Oobjetivodestetrabalhoéanalisara
consistência, absorção de água, densidade de massa e aspropriedadesmecânicasdaspastas
cimentícias com adição de metacaulim e microssílica, em substituição parcial do cimento
CPV-ARI, tanto no estado fresco quanto no estado endurecido. Utilizou-se na pesquisa
cimento CP V-ARI, aditivo policarboxilato, mantalíquidaimpermeabilizante,microssílicae
metacaulim. A metodologia adotada integra um programa experimental que inclui pastas
cimentícias produzidas com a relação água/cimento de 0,45 e adições de metacaulim e
microssílica com percentuais de substituição ao aglomerante de 10, 15 e 20%. O ensaio
realizadonoestadofrescofoioespalhamento,determinadopormeiodominiconedeKantro,
e no estado endurecido as propriedades determinadas foram as de resistência àcompressão
axialediametral,alémdaabsorçãodeáguaporcapilaridadeedensidadedemassa.Oestudo
revelou quearesistênciaàcompressãoaxialdaspastasaos28diastevemelhoresresultados
quando 20% de metacaulim foi adicionado às pastas com 59,19 MPa de resistência à
compressão axial, enquanto a compressão diametral se beneficiou mais comumaadiçãode
15%demetacaulimcom4,12MPa.Apastacommicrossílica10%obtevemaioresvaloresde
resistênciaàcompressãoaxialsendo32,8MPaenaresistênciadiametralfoiapastacom15%
de microssílica com 3,93 MPa. Quanto à absorção de água por capilaridade as pastas
produzidascommetacaulimnospercentuaisde15%e20%reduziramapropriedadequando
comparadas a pastas de referência e teor de 10%. Já as pastasproduzidascommicrossílica
somenteopercentualde15%apresentoumenorabsorçãodeáguaquandocomparadascomas
demais.Portanto,éevidenteosbenefíciosdessasadições,noentantoéimportanteocuidado
durante o processo de preparo para garantir as reações pozolânicas e o efeito filler dessas
adições na durabilidade dos compósitos cimentícios.
Palavras-chave:Adições. Clínquer. Metacaulim. Microssílica.Pasta cimentícia.
ABSTRACT
Thecivilconstructionsectorisoneofthemaincontributorstohighenvironmental,social,and
economic impacts in the production chain, due to its high consumption of raw materials,
energy, and significant emission of polluting gases. In an attempt to reduce the impacts
generated during the cementclinkerizationprocess,alternativesemergeinvolvingtheuseof
additives to replace part of the clinker and, consequently, reduce the emission of polluting
gases contributing to the greenhouse effect. The aim of this study is to analyze the
consistency,waterabsorption,massdensity,andmechanicalpropertiesofcementitiouspastes
withtheadditionofmetakaolinandmicrosilica,partiallyreplacingCPV-ARIcement,bothin
the fresh and hardened states. The research employed CPV-ARI cement, polycarboxylate
additive, liquid waterproofing membrane, microsilica, and metakaolin. The adopted
methodology integrates anexperimentalprogramthatincludescementitiouspastesproduced
with a water/cement ratio of 0.45 and additions of metakaolin and microsilica with
replacement percentages of 10, 15, and 20%. The test conducted in the fresh state was the
spread, determined through the Kantro mini cone,andinthehardenedstate,thedetermined
properties were axial and diametral compression strength, capillary water absorption, and
massdensity.Thestudyrevealedthattheaxialcompressionstrengthofthepastesat28days
had betterresultswhen20%ofmetakaolinwasadded,withacompressivestrengthof59.19
MPa,whilediametralcompressionbenefitedmorefromanadditionof15%metakaolinwith
4.12 MPa. The paste with 10% microsilica obtained higher values of axial compression
strengthat32.8MPa,andindiametralstrength,thepastewith15%microsilicareached3.93
MPa. Regarding capillary water absorption, pastesproducedwith15%and20%metakaolin
reduced the property compared to reference pastes and a 10%content.Forpastesproduced
with microsilica, only the 15% content showed lower water absorption compared to the
others. Therefore, the benefits of these additions are evident; however, cautionisnecessary
during the preparation process to ensure the pozzolanic reactions and filler effect of these
additions on the durability of cementitious composites.
Keywords: Additions. Clinker. Metakaolin. Microsilica.Cementitious paste
LISTA DE FIGURAS
igura 1 –Diagrama das etapas de produção do cimento.
F 18
Figura 2 –Curva de comportamento da absorção de água por capilaridade de argamassas . 24
Figura 3 –Programa experimental. 25
Figura 4 –Equipamento de mistura. 27
Figura 5 –Moldes de PVC. 28
Figura 6 –Adensamento das pastas no agitador 28
Figura 7 –Cura úmida por 24 horas 29
Figura 8 –Cura úmida por 28 dias 30
Figura 9 –Retificação dos corpos de prova. 30
Figura 10 –Medição do corpo de prova com paquímetro. 31
Figura 11 –Equipamento para o ensaio de espalhamento. 32
Figura 12 –Medição do espalhamento 32
Figura 13 –Pasta posicionada verticalmente na prensa 33
Figura 14 –Pastas posicionadas horizontalmente na prensa. 35
Figura 15 –Corpos de prova durante o ensaio de absorção de água por capilaridade. 36
Figura 16 –Espalhamento das pastas com adição e referência no estado fresco. 38
Figura 17 –Densidade de massa no estado endurecido. 40
Figura 18 –Resistência à compressão axial das pastas no estado endurecido. 41
Figura 19 –Pastas. a) Referência, b) Metacaulim, c) Microssílica. 43
Figura 20 –Resistência à compressão diametral das pastas no estado endurecido. 44
Figura 21 –Absorção de água por capilaridade RF e MI. 46
Figura 22 –Absorção de água por capilaridade RF e ME. 47
LISTA DE TABELAS
abela 1:Fator de correção h/d.
T 34
Tabela 2:Resistência diametral da pasta com MI 20%. 44
Tabela 3:Resistência à compressão axial da pastacom ME 10% 56
Tabela 4:Resistência à compressão axial da pastacom ME 15% 56
Tabela 5:Resistência à compressão axial da pastacom ME 20% 56
Tabela 6:Resistência à compressão axial da pastacom MI 10% 57
Tabela 7:Resistência à compressão axial da pastacom MI 15% 57
Tabela 8:Resistência à compressão axial da pastacom MI 20% 57
Tabela 9:Resistência à compressão axial da pastade referência 58
Tabela 10:Resistência à compressão diametral da pastacom ME 10% 58
Tabela 11:Resistência à compressão diametral da pastacom ME 15% 58
Tabela 12:Resistência à compressão diametral da pastacom ME 20% 59
Tabela 13:Resistência à compressão diametral da pastacom MI 10% 59
Tabela 14:Resistência à compressão diametral da pastacom MI 15% 59
Tabela 15:Resistência à compressão diametral da pastacom MI 20% 60
Tabela 16:Resistência à compressão diametral da pastade referência 60
Tabela 17:Pesagem das pasta com ME 10% no decorrerdo ensaio de absorção de água por
capilaridade 60
Tabela 18:Pesagem das pasta com ME 15% no decorrerdo ensaio de absorção de água por
capilaridade 61
Tabela 19:Pesagem das pasta com ME 20% no decorrerdo ensaio de absorção de água por
capilaridade 61
Tabela 20:Pesagem das pasta com MI 10% no decorrerdo ensaio de absorção de água por
capilaridade 61
Tabela 21:Pesagem das pasta com MI 15% no decorrerdo ensaio de absorção de água por
capilaridade 62
Tabela 22:Pesagem das pasta com MI 20% no decorrerdo ensaio de absorção de água por
capilaridade 62
Tabela 23:Pesagem das pastas de referência no decorrerdo ensaio de absorção de água por
capilaridade 62
Tabela 24:Densidades média das pastas 63
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
MPa Megapascals
N Newtons
µm Micrômetro
°C Graus Celsius
m Metro
g Gramas
kg/m3 Quilogramas por metro cúbico
mm Milímetros
mm3 Milímetros cúbicos
ml Mililitro
kN KiloNewton
mm/s Milímetro por segundo
g/cm3 Grama por centímetro cúbico
g/cm2 Grama por centímetro quadrado
RPM Rotação por minuto
PVC Policloreto de Vinilo
DN Diâmetro Nominal
Ca(OH)2 Hidróxido de cálcio
C-S-H Silicato de cálcio hidratado
ME Metacaulim
MI Microssílica
LISTA DE SÍMBOLOS
1INTRODUÇÃO....................................................................................................................14
1.1Objetivos.......................................................................................................................14
1.1.1Objetivogeral.......................................................................................................14
1.1.2Objetivosespecíficos...........................................................................................15
2REVISÃOBIBLIOGRÁFICA............................................................................................16
2.1CimentoPortland..........................................................................................................16
2.1.1ProduçãoecomérciocimentícionoBrasil..........................................................17
2.1.2Danosambientaiscausadosnoprocessoprodutivodecimento..........................19
2.2Adiçõespozolânicas......................................................................................................20
2.2.1Metacaulim...........................................................................................................20
2.2.2Microssílica..........................................................................................................21
2.3Propriedadesdematrizescimentícias...........................................................................22
2.3.1Estadofresco........................................................................................................22
2.3.2Estadoendurecido................................................................................................23
3METODOLOGIA................................................................................................................25
3.1Programaexperimental.................................................................................................25
3.2Materiais........................................................................................................................26
3.3Preparodaspastas.........................................................................................................27
3.4Moldagemdaspastas....................................................................................................27
3.5Curadaspastas..............................................................................................................29
3.6Retificaçãodaspastas...................................................................................................30
3.7Ensaiosdecaracterizaçãodaspropriedadesdaspastascimentícias.............................31
3.7.1Espalhamento.......................................................................................................31
3.7.2Resistênciaàcompressãoaxial............................................................................33
3.7.3Resistênciaàcompressãodiametral.....................................................................34
3.7.4Absorçãodeáguaporcapilaridade......................................................................35
3.7.5Densidadedemassanoestadoendurecido..........................................................36
4RESULTADOSEDISCUSSÕES........................................................................................38
4.1Consistência..................................................................................................................38
4.2Densidadedemassanoestadoendurecido...................................................................40
4.3Resistênciaàcompressãoaxial.....................................................................................41
4.4Resistênciaàcompressãodiametral..............................................................................43
4.5Absorçãodeáguaporcapilaridade...............................................................................45
5CONCLUSÕES....................................................................................................................49
REFERÊNCIAS......................................................................................................................51
APÊNDICE..............................................................................................................................56
1 INTRODUÇÃO
Noquedizrespeitoaosetordaconstruçãocivil,sabe-sequeesteéconhecidoporser
umdossetorescomelevadoimpactoambiental,socialeeconômico,devidoaoaltoconsumo
dematérias-primas,energiaeemissõesdegasesquecontribuemparaoefeitoestufa,doqual
consequentemente colabora para o aquecimento global (ARAÚJO, 2002).
Em2021,oBrasilalcançouumareduçãode19%naemissãodecarbonoportonelada
decimento.Sendopossíveldevidoaosesforçosparasubstituire/oureduzirousodeclínquer
poradiçõesoumatérias-primasalternativasduranteaproduçãodecimento,colaborandopara
a diminuição do efeito estufanopaís,conformerelatóriodivulgadopeloSindicatoNacional
da Indústria do Cimento (SNIC, 2021).
Nestesentido,aNBR15894-1(ABNT,2010)eaNBR13956-1(ABNT,2012)citam
que as propriedades no estado fresco e endurecido dos compósitos concreto, argamassa e
pasta,conferidaspelometacaulimepelasílicaativarespectivamente,quandocomparadasàs
propriedades de compósitos sem a suapresença,dependemdoteoradicionadoemrelaçãoà
massadecimentoPortlandeassim,sugerearealizaçãodeensaioslaboratoriaisrelacionadosà
tecnologia do concreto, argamassaepastaparaotimizaçãodoteoraseradicionado,visando
atenderaosrequisitosdasnormasdeespecificaçãoouadequaràsnecessidadesespecíficasde
projeto.
A metodologia utilizada segue um programa experimental dividido em duas etapas,
sendo a primeira o preparo das pastas com cimento CP V-ARI e substituição parcial do
aglomerantenospercentuaisde10,15e20%demetacaulimemicrossílica.Asegundaetapa
doprogramaexperimentalconsisteemensaiosnoestadofresco,determinandoaconsistência,
caracterizada através do espalhamento das pastas, empregando o mini cone de Kantro. No
estado endurecido, as propriedades propostas são as resistências à compressão axial e
diametral, densidade de massa e a absorção de água por capilaridade.
Opresentetrabalhoestáorganizadoem6partes,sendonaparte1apresentaarevisão
bibliográfica desde o conceito de cimento Portland até as propriedades de matrizes
cimentícias,aparte2tratasobreametodologiautilizada,parte3apresentaosresultadosdos
ensaios e discussões e a parte 4 apresenta as conclusões da pesquisa, seguido pelos apêndices.
1.1 Objetivos
1.1.1 Objetivo geral
Estetrabalhotemporobjetivoavaliarocomportamento,noestadofrescoenoestado
endurecido, as propriedades de consistência, densidade de massa, absorção de água por
capilaridade e as propriedades mecânicas de pastas cimentícias com adições parciais de
metacaulim e microssílica em substituição do cimento CP V-ARI.
2.2.1 Metacaulim
Metacaulim é um produto de origem pozolânica, obtido por meio da calcinação de
argilas em fornos a altas temperaturas. Trata-se de um material pulverulento, com elevada
reatividade química e capacidade de se ligar com compostos de silicato de cálcio, como o
cimento Portland (ROCHA, 2005).
Em aplicações na construção civil, o metacaulim é utilizado como aditivo para
melhorar as propriedades do concreto, aumentando sua resistênciamecânica,durabilidadee
reduzindo sua permeabilidade. Também é usado como substituto parcial do cimento,
reduzindo assim as emissões de dióxido de carbono na fabricação de concreto (MEDINA,
2011).
ConformeoanexoA,daNBR15894-1(ABNT,2010),ometacaulimtambémacelera
o processo de hidratação do cimento Portland, atua como fíler e reage com o Ca(OH)2
(hidróxido de cálcio) proveniente da hidratação, formando silicato de cálcio hidratado
(C-S-H)adicional.Essascontribuiçõesconferemaoscompósitosconcreto,argamassaepasta
propriedades especiais relacionadas à durabilidade e ao desempenho mecânico quando
comparadasàspropriedadesdessescompósitossemasuapresença,taiscomoo aumentoda
resistência à compressão e à flexão, redução da porosidade e permeabilidade, aumento da
resistência a sulfatos, resistência à difusibilidade de íons cloreto, mitigação da reação
álcali-agregado, redução da ocorrência de eflorescência e aumento da resistividade elétrica
No Brasil, o uso de metacaulim tem sido cada vez mais difundido, sobretudo na
produçãodeConcretodeAltoDesempenho(CAD).Issosedáaofatodequeometacaulimé
umaditivodebaixocusto,dealtareatividadeequepodemelhoraraspropriedadesmecânicas
do concreto, argamassas e pastas cimentícias (SOUZA, 2003).
O estudo de Aquino Filho (2021) mostra que as pastas cimentícias com 10% de
metacaulim, em relação a massa do cimento, apresentaram melhores resultados de fluidez,
comparadoaspastascom20%daadição.Oautorconstatoutambémqueamisturadaspastas
realizadasmecanicamenteémaiseficienteemrelaçãoapastasmisturadasmanualmente,pois
na relação a/agl. de 0,5 misturada de forma manual o espalhamento foi nulo.
Ribeiro et al. (2021), por sua vez, analisou pastas cimentícias com substituição de
10%, 15% e 20% demetacaulimemrelaçãoamassadocimento.Esteconstatouqueem28
dias,jánoestadoendurecido,houveumatendênciadeganhodaresistênciaàcompressãona
pasta com 20% de metacaulim quando comparadas com a pasta de referência.
2.2.2 Microssílica
ConformeaNBR13956-1(ABNT,2012),asílicaativatrata-sedeumsubprodutoda
produção do silício metal e das ligas de ferro-silício, do qual, no decorrer do processo, é
gerado o SiO (monóxido de silício) que, posteriormente, oxida-se e compõe partículas de
dióxido de silício (SiO2). Essa pozolana é formada por partículas extremamente finas, com
diâmetro inferior a 10-6 m.
Asílicaativaéummaterialpozolânicoqueatuacomoumpreenchedordevazioseum
agente de ligação, quando em contato com o hidróxido decálcio,resultandoemcompostos
aluminatosdecálcioesilicatos,formandoassimumamatrizmaisdensaeuniformenamatriz
de cimento (SANTOS, PINTO & COSTA, 2021).
A microssílica é utilizada comoadiçãoemconcretodealtaresistência,poisaumenta
resistência mecânica e a durabilidade do concreto, reduz a porosidade ocasionando um
aumento de impermeabilidade e evitaapenetraçãodeagentesagressivosaoconcreto,como
água, cloretos e sulfatos (ANJOSet al., 2004).
Além disso, a sílica ativa, ao reagir com Ca(OH)2 formando o silicato de cálcio
hidratado (C-S-H), adicionada em compósitos concreto, argamassa e pasta cimentícias
proporciona melhoria nas propriedades mecânicas como: aumento da resistência à
compressãoeàflexão,reduçãodaocorrênciadeeflorescência,porosidadeepermeabilidade,
mitigaçãodareaçãoálcali-agregadoeaumentodaresistividadeelétrica,conformeoanexoA
da NBR 13956-1 (ABNT, 2012).
Utilizando em seus estudos a relação água/cimento de 0,20 e adição de 10%, 15%,
20% e 25% de sílica em relação a massa do cimento, Gonçalves (2018) observou que a
porosidade das pastas cimentícias reduzia com a adição de 10% e que não houve perda
relevantedaresistênciaàcompressãoentreaspastascom15%e25%deadição,devidoauma
menor retenção de água em misturas com menor teor de materiais finos.
3.2 Materiais
Os materiais utilizados na pesquisa foram o cimento CP-V ARI, metacaulim,
microssílica (sílica ativa) e aditivo policarboxilato. O cimento empregado na pesquisa é o
CP-V ARI, da qual a escolha foi baseada na necessidade de utilizar um tipo que tenha a
menorquantidadedeadição.Oaditivosuperplastificantecombasequímicadepolicarboxilato
foi utilizado na pesquisa na tentativa de minimizar aquantidadedeáguausadanaspastase
manter a mesma trabalhabilidade.
De acordo com as informações fornecidas pelo fabricante, o metacaulim adicionado
tem formadepósecocomcoloraçãobranca,possuimassaespecíficamédiade2,60g/cm3 e
pHentre5e6,5,apresentaacomposiçãoquímica com:dióxidodesilício(SiO2 -50a56%),
óxidodeferroecálcio(<5%),óxidodemagnésioeenxofre(<0,1%),óxidodealumínio(35a
44,5%) e Álcalis totais menos que 1,5%.
A microssílica usada possuidensidadeaparentemenorque350kg/m3,granulometria
maiorque45µm,composiçãoquímicacomSiO2 mínimode85%eáguadenomáximo3%,
além de apresentar um índice de atividade pozolânica aos 7 (sete) dias mínimo de 105%,
conforme as informações do fabricante.
A manta líquida impermeabilizante empregada é composta por resina acrílica de
dispersão aquosa, aditivos, carga mineral e água. Sua composição é 100% acrílica, na
tonalidade cinza, destacando-se por exibir notável flexibilidade, elasticidade e aderência,
conforme especificado pelo fabricante.
3.3 Preparo das pastas
AspastascimentíciasforampreparadasnolaboratóriodeResistênciadosMateriaisdo
InstitutoFederaldeEducação,CiênciaeTecnologiadeRondônia(IFRO).Osmateriaisforam
armazenados em sala climatizada e antes do preparo das pastas, estes sempre pesados em
balança de precisão, a fim de que a umidade da sala não altere suas propriedades.
Para a mistura das pastascimentíciasfoiempregadaumafuradeiradamarcaVonder,
optou-se por usar a furadeira para a produção da pasta a fim de aprimorar ascondiçõesde
mistura.Amaiorvelocidadedeagitaçãopermiteadesaglomeraçãodepartículasagregadase
adispersãoeficientedocimento,umavezqueaausênciadeareianamisturapodeinibiresse
efeito (FRÖHLICH, 2019).
Afuradeiraéapoiadaemumsuporteecomauxíliodeumconjuntodehasteehélice
metálica Cowles de 40 mm e um copo metálico, conforme a Figura 4. A velocidade
controlada é de 2700 RPM(rotaçãoporminuto)sendoavelocidademáximaalcançadapela
furadeira.
Figura 4 –Equipamento de mistura.
Para a homogeneização dos materiais, misturou-se por um tempo total de 110
segundos, dividido nas seguintes etapas: a) homogeneização manual dos materiais por 30
segundos; b) raspagem do material na parede do copo e encaixe no suporte para a mistura
mecanizada em 20 segundos; c) mistura mecanizada por 60 segundos após a furadeira ser
ligada.
Paracadapreparodepastasforammoldados18corposdeprova,sendo18para10,15
e 20% para cada adição, 18 para as pastas de referências e 18 pastas com 20% de sílica
peneirada, totalizando assim 144 corpos de prova moldados.
Para lançar apastacimentíciadentrodostubosdePVC,foiutilizadoofunilapoiado
notripé.Opré-adensamentofoirealizadocomtrêsquedasmanuaisdeaproximadamente3cm
e, em seguida, a pasta é adensada durante 15 segundos no agitador de peneiras da marca
Pavitest, operando na sua potência mais baixa, conforme a Figura 6.
Aspastasforamposicionadasdentrodeumrecipiente,doqualomesmoévedadocom
umaplacadevidroparaquenãopercaumidadeatéadesmoldagemdostubos.Emseguida,o
recipiente foi colocado dentro de uma bacia com água para que mantenha a umidade.
Naetapaseguinteaspastasforamarmazenadasemsacosplásticoscomáguavedados
comfitaadesiva,imersas,eposteriormenteforamcolocadasemumrecipientedeisoporcom
capacidade para 5 litros e foram adicionados 500 ml de água, com o objetivo de manter a
umidade por um período de 28 dias, conforme Figura 8.
Figura 8 –Cura úmida por 28 dias
O isopor permaneceu fechado e identificado no laboratório de Resistências dos
MateriaisdoIFROduranteos28dias,afimdepreservaraumidade.Noentanto,oisoporfoi
abertosemanalmenteparaverificaroníveldeágua,poisénecessáriogarantirquehajasempre
umidade presente.
Asmedidasepesoanotadoscontribuíramparaatabulaçãodosdadosparadeterminar
a resistência média tanto à compressão axial quanto à compressão diametral, de maneira a
calcular a área do corpo de prova, além da determinação da densidade de massa das pastas.
3.7.1 Espalhamento
Após o preparo das pastas, no seu estado fresco foi realizado o ensaio de
espalhamento, pelo métododemini-abatimentodesenvolvidoporKantro(1980),doqualfoi
utilizado um mini cone de Kantro, régua graduada em centímetros e milímetros, funil de
plástico,tripé,umahastedevidroparaaplicarosgolpeseabasedevidro,conformeaFigura
11.
Figura 11 –Equipamento para o ensaio de espalhamento.
Inicialmente realizou-se a preparação da base de vidro, a qual deve estar limpa e
úmida.Naetapadepreenchimentodoconeéposicionadootripécomofunildemaneiraque
apastasejalançadadentrodoconeseminterferênciaealteraçãodealturadelançamento.São
aplicados 3 (três) golpes com a haste de vidro.
O cone preenchidofoiretiradoverticalmente,deixandoapastaserespalhadanabase
de vidro e para então, medir 3 (três) diâmetros de espalhamento da pasta confeccionada,
sendo feita tal medição assim que o espalhamentodapastaseestabilize,conformeaFigura
12.
Os resultados de resistência à compressão, desvio relativo máximo (DRM) e desvio
padrão (DP) foram determinados conforme estabelecido pela NBR 7215 (ABNT, 2019).
Quando o desvio relativo máximo for superior a 6%, será calculada uma nova média,
desconsiderando o valor discrepante,identificando-ocomumasterisco.Persistindoofato,o
ensaio será totalmente refeito.
Para calcular a resistência à compressão (fc), em MPa, de cada corpo de prova,
dividiu-seovalordaforçaderupturapelaáreanominaldaseçãodocp,conformeaequação1
(ABNT, 2018a).
4𝐹
𝑓𝑐 = 2 (1)
π*𝑑
A resistência à compressão diametral foi calculada conforme a NBR 7222 (ABNT,
2011),quedemonstraquedevesercalculadaatravésdaequação2.OndeFéaforçamáxima
obtida (N), d é o diâmetro do corpo deprova(mm)eléocomprimentodocorpodeprova
(mm).
2𝐹
𝑓𝑐𝑡, 𝑠𝑝 = π*𝑑*𝑙 (2)
Obtendo oresultadoindividualdaresistênciaàcompressãodiametraldosseiscorpos
de prova ensaiados para cada percentual de adição, aplicou-se o mesmo fator de correção
utilizado nos resultados de resistência à compressão axial dependendo da relação h/d. Na
sequência foi calculada a média aritmética simples da resistência, sendo esta média, o
resultado da resistência à compressão diametral.
Os corpos de prova foram pesados na balança de precisão inicialmente(tempo0)já
com as devidas faces impermeabilizadas e após entrar em contato comaágua,iniciou-seo
cronômetroeduranteotempocorridode1,5,15,30,45,60,75e90minutos,aspastasforam
retiradas do recipiente, a seguir foram secas de maneira superficial e foram pesadas
novamente.
Atravésdosvaloresobtidosemcadapesagem,foipossívelcalcularaabsorçãodeágua
por capilaridade dividindo a variação de massa pela área da seção transversal do corpo de
prova. Essa absorçãoéexpressaemgramasporcentímetroquadrado,conformeNBR15259
(ABNT, 2005). Na sequência, foram gerados osgráficoscomosresultadosdoscoeficientes
angulares.
O volume foi calculado pela fórmula de volume (mm3) de um corpo cilíndrico
(equação4),onderéoraiodocorpodeprova,quepodeserdadopelodiâmetrodivididopor
2, expresso em mm e l é o comprimento do cp.
2
𝑣 = π * 𝑟 * 𝑙 (4)
Como resultado,calculou-seamédiaaritméticasimplescomosvaloresdedensidade
dos 18 corpos de prova moldados para cada percentual de adição, incluindo a pasta de
referência.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Nesta seção são apresentados e discutidos os resultados dos ensaios tanto no estado
fresco (espalhamento) quanto no estado endurecido (densidade de massa, resistência à
compressão axial e diametral, e absorção de água por capilaridade).
4.1 Consistência
A Figura 16 ilustra os valores obtidos para a consistência das pastas de referência,
10%, 15% e 20% de metacaulim e microssilica aferidas por meio do espalhamento
determinado utilizando o mini-cone de Kantro, realizado conforme o tópico 3.7.1 da
metodologia.
Medianteoensaioconduzidonoestadofresco,conformedelineadonotópico3.7.1da
metodologia, nas pastas de referência, observou-seumespalhamentode154mm,oqualfoi
inferior em comparação à pasta contendo 10% de metacaulim. No entanto, é relevante
destacar que esse valor representou um espalhamento superior em relação às outras pastas
produzidas, com exceção das pastas com 10% de sílica e 20% de metacaulim, que
apresentaram valores de espalhamento mais próximos.
Foi observado que a pasta contendo 20%desílicaativasempeneirarapresentouum
menor espalhamento, medindo 115mm.Issoocorreudevidoàabsorçãodepartedaáguade
amassamento pela sílica, fazendo com que as partículas se aglomerem. Por essa razão, foi
necessárioutilizaroprocessodepeneiramentodasílicanapeneira1,18mmparaproduziras
pastas com essa adição, o que aumentou o espalhamento na pasta com 20% de adição
peneirada em 23mm.
Durante o ensaio de espalhamento, ficou evidente que as pastas com a adição de
metacaulim apresentaram uma propriedade de espalhamento significativamente superiorem
comparação com as pastas que continham sílica ativa peneirada. Essa observação pode ser
atribuída à maior dispersão das partículas no caso do metacaulim, destacando a influência
positiva dessa adição na capacidade deespalhamentodaspastas.Apresençadometacaulim
contribuiu paraumamaiorfluidezdomaterial,resultandoemumdesempenhonotavelmente
melhor durante o ensaio de espalhamento, em comparação com aspastasqueincorporaram
sílica ativa peneirada.
Ao analisar as pastas com um teor de 10% de metacaulim, destaca-se que essa
concentraçãoresultouemumespalhamentosignificativamentemaioremcomparaçãocomos
outros percentuais, atingindo 169 mm. Notavelmente, esse espalhamento é superior à pasta
contendo a mesma proporção de sílica ativa, a qual registrou um espalhamento de 150 mm.
Já as pastas com 15% de metacaulim, resultaram em um espalhamento de 149mm,
cercade15mmamaisdoqueapastacom15%desílica.Observa-seaindaqueaspastascom
este percentual de adição obtiveram o menor espalhamento. Ribeiro (2022) utilizou a
dosagem da pasta cimentícia composta por 2040 g de cimento CP-V ARI, 360 g de
metacaulim(15%),13,68gdeaditivosuperplastificante(teordeaditivo0,57%)e950,59gde
água,resultouemumespalhamentode103mm,sendomenorquandocomparadocomodesta
pesquisa, uma hipótese para tal situação é o diferente teor de aditivo utilizado.
Nocontextodaspastascom20%deadição,notou-sequeoespalhamentofoisuperior
em comparação com as pastas com 15%deadição,masaindaassim,inferioràspastascom
10% de adição. Especificamente, a pastacom20%demetacaulimatingiuumespalhamento
de 150 mm, enquanto a pasta com 20% de sílica registrou 138 mm. Essa discrepância nos
resultados sugere que a quantidade e o tipo de adição desempenham um papel crucial na
determinação das propriedades de espalhamento das pastas.
Barghigiani (2013) utilizou-se 535,24 gdecimento,172,08gdesílicaativa,22,99g
deaditivosuperplastificantee339,87gdeágua,doqualapastafoimisturadaporcercade8
minutos e obteve um espalhamento de 115 mm. Todas as pastas produzidas com sílica
peneiradasuperaramessevalordeespalhamentosendoomenorespalhamentoobtidode133
mm sendo importante observar que utilizou-se uma maior quantidade de aditivo.
4.2 Densidade de massa no estado endurecido
Após a cura das pastas e a subsequente retificação dos corpos de prova, incluindo
medidas e pesagens apropriadas, observou-se que, em relação aos valores de densidade de
cadapasta,amaisdensafoiaquelacontendo20%demetacaulim,comumadensidadede1,98
g/cm³, conforme a análise da Figura 17.
A densidade de massa das pastas produzidas variou de 1,80 a 1,98 g/cm³,comuma
médiaaritméticageralde1,88g/cm³.Aspastascomadiçãodemetacaulimmostraramvalores
maisuniformes,alcançandoomenorvalordedensidadecomumaadiçãode15%,oqualfoi
apenas 0,02 g/cm³ inferior em comparação à pasta com 10% dessa adição.
Nas pastas que continham sílica já peneirada, observou-se valores inferiores de
densidade em comparação com as pastas com adição de metacaulim. O valor máximo de
densidade registrado foi de 1,84 g/cm³, obtido com 10%demicrossílica,enquantoomenor
valor dentre as pastas com adição de sílica foi de 1,80 g/cm³, correspondente a umteorde
20% de adição. Esses resultados contrastam com os obtidos nas pastas com a outra adição.
ConformedestacadoporDiasetal.(2022),osresultadosobtidosparaadensidadede
massa com a incorporação desses tipos de adições são notavelmente superiores em
comparação com a pasta de referência. Essa diferença pode ser atribuída ao tamanho dos
grãosdasílicaativaedometacaulim,osquaissãosubstancialmentemenoresqueosgrãosdo
cimento. Isso leva a um preenchimento mais eficaz dos microporos formados durante a
hidratação do cimento, resultando em uma pasta mais densa.
A pasta com 20% de metacaulim demonstrou a maior resistência, atingindo 59,18
MPa,emcontrastecomapastacontendo20%desílicaativapeneirada,queregistrouamenor
resistência à compressão axial, marcando 24,64 MPa.
Aoaumentaropercentualdeadiçãodesílicaobservou-sequehouveumadiminuição
naresistênciaàcompressãoaxial,obtendovaloresmaispróximosaode15%demetacaulime
atémesmomenorque25MPa,quefoiocasodapastacom20%desílica.Osvaloresdapasta
com 10%e15%desílicaforamaproximados,sendorespectivamentede32,80MPae32,72
MPa.
EstudoscomoodeParente(2014),utilizou-se892,07kg/m3 decimento,286,80kg/m3
desílicaativa,aditivosuperplastificante(38,32kg/m3)e566,45kg/m3 deágua,resultandoem
um média de resistência àcompressãode64,08MPa.Esperava-sequeosresultadoscomas
pastascomsílicaativafossemmaioresdoqueosobtidos,tendoemvistaopontocríticocom
maior percentual desta adição apresentar resultado menor que 25 MPa.
NoestudorealizadoporSilvaeForigo(2019),foiconstatadoqueainclusãodesílica
ativa no concreto proporcionou um aumentosignificativonaresistênciaàcompressãoaxial,
especialmente quando adicionada em uma proporção de 15%, desde os primeiros dias. Os
resultadosrevelaramqueasadiçõesde10%e15%apresentaramvaloressimilares,de31,11e
31,38MPa,respectivamente.Estapesquisacomprovouqueutilizandoosmesmospercentuais
de adição de sílica ativa resultaram em valores superiores ao do estudo de Silva e Forigo
(2019)somenteapósos28diasdecura.Nocasodesteestudoprovavelmenteavelocidadede
mistura não conseguiu desaglomerar as partículas de sílica e o aditivo superplastificante
retardadorpodetercontribuídoparaanãoobtençãoderesistênciaàcompressãonasprimeiras
idades, o que poderia ocorrer em idades avançadas.
Aadiçãodesílicanãopeneiradaempastasresultouemmenoresvaloresderesistência
à compressão. Foram ensaiados 6 corpos deprovaeseusvaloresvariaramde11,20a18,11
MPa. Os resultados comprovam que a inclusão de sílica não peneirada na composição das
pastas afetou negativamente sua resistência à compressão. Essa menor resistência pode ser
atribuídaàpresençadepartículasnãouniformesnasílicanãopeneiradaeatémesmoretardo
na hidratação das pastas cimentícias em função do aditivo policarboxilato empregado na
produção das pastas.
Nas pastas produzidas com metacaulim, os melhores resultados foram as que
utilizaram10%e20%deadição,sendorespectivamentede36,71MPae59,18MPa.Apasta
com15%demetacaulimapresentouamenorresistênciadentreaspastasproduzidascomesta
adição.
Nestesentido,Sousa&Rêgo(2020)estudaramaspastascimentíciasutilizando2040g
decimento,360gdemetacaulim,16,57gdeaditivosuperplastificantee951,2gdeáguado
qualobtiveramcomoresultadodoensaioderesistênciaàcompressão,aos7diasdecura,uma
média de 42,90 MPa, valor este menor do que o da referência desta pesquisa.
Em um estudo realizado por Santos et al. (2012), a adição de metacaulim em
argamassas de revestimento apresentou um comportamento semelhante ao das pastas com
essa adição. Notou-se que a resistência foi maior com 10% de adição emcomparaçãocom
15%,sendoesteúltimoovalormaisbaixoentreospercentuaisdemetacaulimeaindamenor
do que a resistência da pasta de referência.
O estudo de Laurentino (2019) traz a adição de metacaulim em argamassas
estabilizadas,doqualaorealizaroensaiodecompressãoaxialobservouqueamedidaemque
aumentava o percentual de adição de metacaulim, aumentava a propriedade mecânica,bem
como a densidade da argamassa. Portanto, esperava-se que os valores de resistência à
compressão axial das pastas preparadas com metacaulim fossem maiores aos da pasta de
referência, principalmente da pasta com maior percentual de adição.
Esperava-se da sílica o efeito filler, igualmente ao do metacaulim, ou seja, a
diminuição da porosidade da pasta promovida pelo preenchimento dos vazios de
empacotamento. Paraqueocorraesseefeitoénecessárioqueasílicaestejadesaglomeradae
dispersa (MERLIN,2006).ATabela2mostraosvaloresderesistênciadiametraldoscorpos
de prova com a sílica de 20%.
Tabela 2:Resistência diametral da pasta com MI 20%.
1 2,88
2 2,85
3 2,07
4 1,78
5 2,14
6 1,66
Fonte:Autoria Própria (2023).
Verificou-se que o acréscimo de 20% de sílica resultou em uma pastaporosaecom
baixa resistência. A hipótese é que o aditivo policarboxilato retardou a hidratação além da
velocidade de mistura que não foi suficiente para desaglomerar as partículas. O ensaio de
resistênciaàcompressãodiametraldemonstrouumamaiorresistêncianapastacontendo15%
de cada adição, sendo todos os outros percentuais de adição inferior à pasta de referência,
conforme a Figura 20.
A pasta com 15% de sílica apresentou a menor absorção de água por capilaridade,
atingindoumvalormáximode0,02068g/cm²emapenas15minutos.Noentanto,essapasta
absorveáguaapenasnointervalode0a15minutos;apósesseperíodo,aabsorçãodiminuie
se estabiliza em torno de valores menores que 0,01 g/cm².
Apastaconfeccionada comaadiçãode10%desílica,apresentoumaiorabsorçãode
águanodecorrerde5minutos,sendoumaabsorçãode0,044g/cm²edepoisdiminuindopara
valores próximos a 0,01 g/cm2. Já o percentual de 20% de sílica apresentou valores de
absorção de água semelhantes aos com a adição de 15%, atingindo o maior valor em 15
minutos, com 0,04 g/cm². Após esse período, ocorreu uma redução nos valores, e é
interessantenotarquenapastacom10%desílica,aabsorçãodeáguapermaneceumaiordo
que na pasta com a adição de 20%.
NoestudodeSchmalz,FerreiraeQuarcioni(2017)observou-sebaixoscoeficientesde
absorção de água, atribuídos ao refinamento dos poros na argamassa e ao aumento
correspondentenosvaloresdeascensãocapilar,concordandocomesteestudo,poisainclusão
desílicademonstrouumatendênciaareduçãodaabsorçãodeáguaporcapilaridade,diferente
da pasta de referência que teve valores maiores de absorção ao longo do ensaio.
A Figura 22 mostra a comparação da pasta de referência com as pastas produzidas
commetacaulim,usandoanomenclaturadeME-metacaulimeopercentualdeadição10%,
15% e 20%.
Figura 22 –Absorção de água por capilaridade RF eME.
A pasta contendo a adição de 10% de metacaulim apresentou a maior absorção de
água por capilaridade, atingindo 0,046 g/cm², com um aumento constante nosprimeiros15
minutos. Posteriormente, a absorção diminuiu, estabilizando-seemvalores aproximadosde
0,01 g/cm².
As pastas confeccionadas com adições de 15% e 20% apresentaram valores de
absorção de água semelhantes e osmaisinferiorescomessaadição.Apastaproduzidacom
20% de adição demonstrou um aumento contínuo na absorção, comportando-se demaneira
semelhante à pasta de referência.
Com15minutosdeexposição,apastacom15%demetacaulimatingiuumaabsorção
deáguade0,01g/cm²,valorquepermaneceuconstanteatéos30minutosedepoissofreuuma
queda, mantendo-se em valores menores que 0,01g/cm².
NoestudodeLaurentino(2019),aadiçãodemetacaulimnasargamassasestabilizadas
resultouemumaumentonaabsorçãodeáguaporcapilaridadeàmedidaemqueaumentavaa
adiçãodemetacaulim.Sendoumresultadocontrárioaoobtidonapesquisa,ondenota-seque
quanto maior opercentualdeadiçãomenorfoiaabsorçãodeáguapor capilaridade,devido
aotipodeaditivoplastificanteutilizadopeloautorquetornaaargamassamaisporosadoque
quando comparada a argamassas preparadas com aditivo superplastificante.
5 CONCLUSÕES
A partir dos resultados encontrados nesta pesquisa, conclui-se que a adição de
metacaulim em pastas cimentícias apresentaram benefícios significativos em termos de
propriedadesmecânicas.Tantoamicrossílicaquantoometacaulimsãoadiçõesquetendema
melhoraraspropriedadesdapastadecimento,comoespalhamento,resistênciaàcompressão
axial e diametral, e absorção de água por capilaridade.
A adiçãode10%demicrossílicaresultouemumespalhamento4mmmenordapasta
dereferência,oqueindicaqueaconsistênciadapastanãofoisignificativamentealterada.Por
outro lado,aadiçãode10%demetacaulimresultouemummaiorespalhamentodapastade
referência. No entanto, conforme aumentava o percentual de adição de microssílica e
metacaulim, o espalhamento foi reduzido, o que sugere que a pasta se tornou mais viscosa.
Quanto à resistência à compressão axial, a pasta com o maior percentual de
metacaulim adicionado apresentou a maior resistência àcompressãoaxial.Poroutrolado,a
pasta com 20% de microssílica adicionada obteve a menor resistência à compressão axial.
Esses resultados sugerem que a microssílica não contribuiu de forma tão eficiente para o
aumento da resistência quanto o metacaulim, por mais que apresentasse uma tendência de
aumento de resistência à compressão axial. Tal ocorrência sugere que o aditivo
policarboxilato empregado retardou a hidratação dos aglomerantes e possivelmente, o
aumento das propriedades mecânicas seja alcançado com idades mais avançadas.
Notavelmente, quando comparadas a outras pastas com diferentes porcentagens de
adição,observou-sequeaquelascomamaiorproporçãodeadiçõesapresentaramasmenores
resistências à compressão diametral, e que as pastas com 15% de adição demonstraram
melhores resultados. Este resultado ressalta a necessidade de equilibrar a adição de sílicae
metacaulim para otimizar a resistência e o desempenho das matrizes cimentícias.
Acerca daabsorçãodeáguaporcapilaridade,observou-seumanotávelreduçãodesta
propriedade nas pastas que receberam adições de metacaulim e microssílica, quando
comparadasàspastasdereferência.Essadiminuiçãonaabsorçãocapilardemonstraaeficácia
dessas adições em melhorar a impermeabilidade das pastas. A capacidade de restringir a
entrada de água por capilaridade é essencial para proteger estruturas contra a degradação
causada pela umidade, e os resultados indicam que a incorporação de metacaulim e
microssílica é uma estratégia vantajosa para esse fim.
Écrucialdestacaraimportânciadopreparoadequadoaoutilizaradiçõesemmateriais
de construção, pois esse processo exerce uma influência direta em propriedades essenciais,
comoporosidade,resistênciaeabsorção.Oprocessodepeneiramentodasadiçõesmostrou-se
eficaz,paraqueasmesmasagissemefetivamentecomomateriaispozolânicosecomoagentes
depreenchimento(efeitofiller)paraocuparosespaçosvaziosnamatrizdapasta,melhorando
assim a densidade de massa e reduzindo a porosidade.
Na sequência do presente trabalho surgiram alguns aspectos interessantes para uma
abordagem mais detalhada em trabalhos futuros como: análise da viabilidade de custo
relacionada à incorporação de metacaulim, em comparação com a adiçãodesílica,alémde
avaliar as propriedades mecânicas em idades avançadas. E realizar ensaios com pastas
produzidas com outro tipo de aditivo.
REFERÊNCIAS
UDNICK, T.; LOPES, J. P.; MARTINS, C. H.Utilizaçãoda cinza leve de bagaço de
R
cana-de-açúcar como material pozolânico. Revista deengenharia e tecnologia,v. 11, n. 1,
páginas 216-228, 2019.
ILVA, E.; FORIGO, C.Análise do concreto com adiçãode sílica ativa e concreto com
S
adição de resíduos de vidro temperado. Anais do 17ºEncontro Científico Cultural
Interinstitucional, 2019.
Corpo
iâmetro Altura
D ator de
F Força
de h/d Área (mm2) Tensão Corrigida(Mpa)
( mm) (mm) correção Corrigida(N)
prova
1 16,64 34,38 2,066 1 8762,97 217,46 40,29
2* 16,68 34,46 2,065 1 927,84 218,51 4,24
3 16,64 34,39 2,066 1 7404,01 217,46 34,04
4* 16,67 34,47 2,067 1 515,47 218,25 2,36
5 16,72 34,11 2,040 1 8444,32 219,56 38,45
6 16,69 34,84 2,087 1 7450,87 218,77 34,05
*valores desconsiderados no cálculo da média aritmética
Fonte:Autoria Própria (2023).
Corpo
iâmetro Altura
D ator de
F Força
de h/d Área (mm2) Tensão Corrigida(Mpa)
( mm) (mm) correção Corrigida(N)
prova
1 16,91 35,19 2,081 1 7488,36 224,58 33,34
2* 16,9 35,07 2,075 1 5342,13 224,31 23,81
3 16,96 34,99 2,063 1 7572,7 225,91 33,52
4 16,95 33,93 2,001 1 7891,36 225,64 34,97
5* 16,96 34,77 2,050 1 5848,23 225,91 25,88
6 16,75 34,63 2,067 1 7769,52 220,35 35,25
*valores desconsiderados no cálculo da média aritmética
Fonte:Autoria Própria (2023).
Corpo
iâmetro Altura
D ator de
F Força
de h/d Área (mm2) Tensão Corrigida(Mpa)
( mm) (mm) correção Corrigida(N)
prova
1 16,81 33,75 2,007 1 12493,09 221,93 56,29
2 16,82 34,9 2,074 1 12811,74 222,19 57,65
3* 17 34,15 2,008 1 2970,97 226,98 13,08
4* 16,92 33,07 1,954 1,005 6458,40 224,84 28,72
5* 17,03 35,32 2,073 1 4817,29 227,78 21,14
6 16,74 33,11 1,977 1,009 13996,78 220,09 63,59
*valores desconsiderados no cálculo da média aritmética
Fonte:Autoria Própria (2023).
Tabela 6:Resistência à compressão axial da pastacom MI 10%
Corpo
iâmetro Altura
D ator de
F Força
de h/d Área (mm2) Tensão Corrigida(Mpa)
( mm) (mm) correção Corrigida(N)
prova
1 16,71 35,2 2,106 1 6016,93 219,30 27,43
2 16,77 35,23 2,100 1 8734,85 220,87 39,54
3 16,86 34,77 2,062 1 10290,63 223,25 46,09
4 17,21 35,9 2,085 1 6457,42 232,62 27,75
5 17,12 35,66 2,082 1 6279,35 230,19 27,27
6 17,28 34,97 2,023 1 6729,21 234,51 28,69
Fonte:Autoria Própria (2023).
Corpo
iâmetro Altura
D ator de
F Força
de h/d Área (mm2) Tensão Corrigida(Mpa)
( mm) (mm) correção Corrigida(N)
prova
1 16,68 34,27 2,054 1 6972,89 218,51 31,91
2 16,87 34,76 2,060 1 8050,69 223,52 36,01
3 16,73 34,28 2,049 1 7788,26 219,82 35,42
4 16,81 35,14 2,090 1 6316,84 221,93 28,46
5 17,01 35,2 2,069 1 7619,57 227,24 33,52
6 17,04 35,63 2,090 1 7066,61 228,04 30,98
Fonte:Autoria Própria (2023).
Corpo
iâmetro Altura
D ator de
F Força
de h/d Área (mm2) Tensão Corrigida(Mpa)
( mm) (mm) correção Corrigida(N)
prova
1 16,81 35,01 2,082 1 5660,78 221,93 25,50
2 16,76 34,79 2,075 1 5763,88 220,61 26,12
3 17,34 35,49 2,046 1 4714,2 236,15 19,96
4 17,35 36,34 2,094 1 6373,07 236,42 26,95
5* 16,71 35,78 2,141 1 3861,33 219,30 17,60
6* 17,24 36,55 2,120 1 3702 233,43 15,85
*valores desconsiderados no cálculo da média aritmética
Fonte:Autoria Própria (2023).
Tabela 9:Resistência à compressão axial da pasta de referência
Corpo
iâmetro Altura
D ator de
F Força
de h/d Área (mm2) Tensão Corrigida(Mpa)
( mm) (mm) correção Corrigida(N)
prova
1 17,04 32,51 1,91 1 5736 228,04 25,15
2 16,76 33,52 2,00 1 12980 220,61 58,83
3 16,9 33,36 1,97 1 10722 224,31 47,79
4 16,94 32,8 1,94 1 9175 225,38 40,70
5 16,98 33,9 2,00 1 9597 226,44 42,38
6 17,08 33,18 1,94 1 12203 229,12 53,25
Fonte:Autoria Própria (2023).
Corpo
iâmetro Altura
D ator de
F Força
de h/d Área (mm2) Tensão Corrigida(Mpa)
( mm) (mm) correção Corrigida(N)
prova
1 16,87 34,97 2,072 1 3252,14 223,52 3,50
2 16,83 34,66 2,059 1 3552,02 222,46 3,87
3 16,81 34,55 2,055 1 4273,7 221,93 4,68
4 16,84 34,12 2,026 1 3880,07 222,72 4,29
5 16,85 35,48 2,105 1 2942,86 222,99 3,13
6 16,67 34,6 2,075 1 1461,97 218,25 1,61
Fonte:Autoria Própria (2023).
Corpo
iâmetro Altura
D ator de
F Força
de h/d Área (mm2) Tensão Corrigida(Mpa)
( mm) (mm) correção Corrigida(N)
prova
1 16,67 34,88 2,092 1 3730,12 218,25 4,08
2 16,83 35,82 2,128 1 4329,94 222,46 4,57
3 16,72 34,15 2,042 1 4095,63 219,56 4,56
4 16,62 34,44 2,072 1 3495,82 216,94 3,88
5 16,74 35,61 2,127 1 4348,68 220,09 4,64
6 16,69 34,69 2,078 1 2671,07 218,77 2,93
Fonte:Autoria Própria (2023).
Tabela 12:Resistência à compressão diametral da pasta com ME 20%
Corpo
iâmetro Altura
D ator de
F Força
de h/d Área (mm2) Tensão Corrigida(Mpa)
( mm) (mm) correção Corrigida(N)
prova
1 16,17 34,71 2,146 1 2399,27 205,35 2,72
2 16,18 33,92 2,096 1 2108,74 205,61 2,44
3 16,32 34,56 2,117 1 3130,3 209,18 3,53
4 16,18 35,59 2,199 1 2239,95 205,61 2,47
5 16,19 34,08 2,105 1 2408,65 205,86 2,77
6 16,17 35,43 2,191 1 3430,21 205,358 3,81
Fonte:Autoria Própria (2023).
Corpo
iâmetro Altura
D ator de
F Força
de h/d Área (mm2) Tensão Corrigida(Mpa)
( mm) (mm) correção Corrigida(N)
prova
1 16,87 35,19 2,085 1 1846,32 223,52 1,97
2 16,8 35,2 2,095 1 2680,44 221,67 2,88
3 16,78 35,24 2,100 1 2736,67 221,14 2,94
4 16,79 35,27 2,100 1 2155,6 221,40 2,31
5 16,78 35,61 2,122 1 3795,72 221,14 4,04
6 16,9 34,77 2,057 1 2755,41 224,31 2,98
Fonte:Autoria Própria (2023).
Corpo
iâmetro Altura
D ator de
F Força
de h/d Área (mm2) Tensão Corrigida(Mpa)
( mm) (mm) correção Corrigida(N)
prova
1 16,67 35,7 2,141 1 3167,79 218,25 3,38
2 16,81 36,04 2,143 1 4433,03 221,93 4,65
3 16,69 35,87 2,149 1 3486,44 218,77 3,70
4 16,85 35,09 2,082 1 3299 222,99 3,55
5 17,06 35,72 2,093 1 3692,63 228,58 3,85
6 16,86 36,17 2,145 1 4254,96 223,25 4,44
Fonte:Autoria Própria (2023).
Tabela 15:Resistência à compressão diametral da pasta com MI 20%
Corpo
iâmetro Altura
D ator de
F Força
de h/d Área (mm2) Tensão Corrigida(Mpa)
( mm) (mm) correção Corrigida(N)
prova
1 16,67 35,93 2,155 1 1180,89 218,25 1,25
2 16,82 35,88 2,133 1 1546,41 222,19 1,63
3 16,63 35,58 2,139 1 3627,03 217,20 3,90
4 16,67 35,19 2,110 1 2193,09 218,25 2,38
5 16,65 35,72 2,145 1 1640,13 217,73 1,75
6 16,79 35,95 2,141 1 1387,08 221,40 1,46
Fonte:Autoria Própria (2023)
Corpo
iâmetro Altura
D ator de
F Força
de h/d Área (mm2) Tensão Corrigida(Mpa)
( mm) (mm) correção Corrigida(N)
prova
1 16,7 33,17 1,986 1 3327,12 219,03 3,82
2 16,7 33,5 2,006 1 3317,74 219,03 3,77
3 16,87 34,75 2,060 1 3833,21 223,52 4,16
4 16,86 34,57 2,050 1 3092,81 223,25 3,37
5 16,82 33,78 2,008 1 3102,18 222,19 3,47
6 16,68 33,03 1,980 1 1836,94 218,5 2,12
Fonte:Autoria Própria (2023)
Tabela 17:Pesagem das pasta com ME 10% no decorrerdo ensaio de absorção de água por capilaridade
empo
T
Pasta 1 (g) Pasta 2 (g) Pasta 3 (g) Pasta 4 (g) Pasta 5 Pasta 6
corrido
0 14,86 15,14 14,59 15,04 15,31 15,29
1 14,91 15,19 14,64 15,09 15,36 15,34
5 14,93 15,21 14,66 15,11 15,38 15,35
15 14,98 15,25 14,7 15,14 15,41 15,39
30 14,88 15,16 14,61 15,05 15,32 15,3
45 14,9 15,15 14,61 15,05 15,32 15,3
60 14,9 15,17 14,62 15,06 15,33 15,31
75 14,89 15,16 14,61 15,06 15,33 15,31
90 14,89 15,16 14,62 15,06 15,33 15,32
Fonte:Autoria Própria (2023)
Tabela 18:Pesagem das pasta com ME 15% no decorrer do ensaio de absorção de água por capilaridade
empo
T
Pasta 1 (g) Pasta 2 (g) Pasta 3 (g) Pasta 4 (g) Pasta 5 Pasta 6
corrido
0 14,85 14,85 14,74 14,42 14,59 14,69
1 14,85 14,85 14,75 14,42 14,6 14,69
5 14,86 14,86 14,75 14,43 14,6 14,69
15 14,89 14,87 14,77 14,44 14,61 14,71
30 14,88 14,88 14,77 14,44 14,61 14,71
45 14,87 14,86 14,76 14,43 14,6 14,7
60 14,89 14,86 14,76 14,42 14,61 14,7
75 14,88 14,87 14,76 14,43 14,61 14,7
90 14,88 14,87 14,77 14,43 14,61 14,7
Fonte:Autoria Própria (2023)
Tabela 19:Pesagem das pasta com ME 20% no decorrerdo ensaio de absorção de água por capilaridade
Tempo
Pasta 1 (g) Pasta 2 (g) Pasta 3 (g) Pasta 4 (g) Pasta 5 Pasta 6
orrido
c
0 14,71 15,2 14,99 14,88 14,95 14,81
1 14,72 15,21 15,01 14,89 14,96 14,82
5 14,73 15,21 15,01 14,9 14,96 14,83
15 14,73 15,21 15,01 14,9 14,97 14,83
30 14,74 15,22 15,02 14,91 14,97 14,84
45 14,74 15,22 15,02 14,91 14,97 14,84
60 14,73 15,22 15,02 14,91 14,98 14,84
75 14,74 15,23 15,02 14,91 14,98 14,84
90 14,74 15,23 15,03 14,91 14,97 14,84
Fonte:Autoria Própria (2023)
Tabela 20:Pesagem das pasta com MI 10% no decorrerdo ensaio de absorção de água por capilaridade
Tempo
Pasta 1 (g) Pasta 2 (g) Pasta 3 (g) Pasta 4 (g) Pasta 5 Pasta 6
orrido
c
0 15,26 15,32 15,23 15,17 15,27 14,85
1 15,3 15,36 15,29 15,21 15,32 14,89
5 15,32 15,39 15,31 15,23 15,35 14,92
15 24,64 15,42 15,34 15,27 15,38 14,95
30 15,28 15,34 15,26 15,19 15,29 14,87
45 15,29 15,33 15,25 15,19 15,29 14,86
60 15,28 15,34 15,27 15,2 15,31 14,87
75 15,28 15,34 15,26 15,19 15,29 14,87
90 15,28 15,34 15,26 15,2 15,3 14,87
Fonte:Autoria Própria (2023)
Tabela 21:Pesagem das pasta com MI 15% no decorrerdo ensaio de absorção de água por capilaridade
Tempo
Pasta 1 (g) Pasta 2 (g) Pasta 3 (g) Pasta 4 (g) Pasta 5 Pasta 6
orrido
c
0 14,82 14,55 14,62 14,73 14,6 14,55
1 14,85 14,57 14,63 14,75 14,62 14,57
5 14,87 14,6 14,66 14,77 14,65 14,6
15 14,84 14,57 14,63 14,75 14,62 14,56
30 14,85 14,56 14,64 14,74 14,62 14,57
45 14,85 14,56 14,64 14,74 14,61 14,56
60 14,85 14,57 14,64 14,74 14,62 14,57
75 14,84 14,56 14,63 14,74 14,62 14,57
90 14,85 14,58 14,64 14,74 14,62 14,57
Fonte:Autoria Própria (2023)
Tabela 22:Pesagem das pasta com MI 20% no decorrerdo ensaio de absorção de água por capilaridade
Tempo
Pasta 1 (g) Pasta 2 (g) Pasta 3 (g) Pasta 4 (g) Pasta 5 Pasta 6
orrido
c
0 14,96 15,12 14,72 14,74 14,97 15,1
1 15,02 15,17 14,78 14,79 15,02 15,15
5 15,03 15,19 14,8 14,81 15,04 15,16
15 15,06 15,22 14,83 14,85 15,07 15,2
30 14,97 15,13 14,73 14,75 14,98 15,1
45 14,97 15,14 14,73 14,74 14,98 15,1
60 14,97 15,13 14,73 14,75 15 15,11
75 14,97 15,13 14,74 14,75 14,99 15,11
90 14,98 15,13 14,74 14,76 14,99 15,11
Fonte:Autoria Própria (2023)
Tabela 23:Pesagem das pastas de referência no decorrerdo ensaio de absorção de água por capilaridade
empo
T
Pasta 1 (g) Pasta 2 (g) Pasta 3 (g) Pasta 4 (g) Pasta 5 Pasta 6
corrido
0 13,93 14,48 14,58 14,15 14,71 14,31
1 13,94 14,50 14,59 14,16 14,72 14,33
5 13,96 14,52 14,61 14,18 14,75 14,36
15 13,99 14,56 14,65 14,22 14,78 14,40
30 13,96 14,52 14,62 14,19 14,75 14,37
45 13,98 14,53 14,63 14,21 14,76 14,38
60 13,98 14,54 14,64 14,19 14,76 14,37
75 13,96 14,52 14,61 14,18 14,74 14,35
90 13,95 14,51 14,60 14,17 14,73 14,35
Fonte:Autoria Própria (2023).
Densidade
Pastas Densidade (g/cm3 Média geral
(g/mm3)
REFERÊNCIA 0,001917634817 1,92 1,88
ME10% 0,001895106834 1,90 1,88
ME15% 0,001878838041 1,88 1,88
ME20% 0,001978069484 1,98 1,88
MI10% 0,00184225789 1,84 1,88
MI15% 0,001831086516 1,83 1,88
MI20% 0,001797354829 1,80 1,88
Fonte:Autoria Própria (2023).