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UniAGES

Centro Universitário
Bacharelado em Engenharia Civil

VANESSA OLIVEIRA FONTES

ANÁLISE DA SEGURANÇA DO TRABALHO PARA


PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA CONSTRUÇÃO
CIVIL:
um estudo de caso em obras da zona urbana da
cidade de Poço Verde (SE)

Paripiranga
2021
VANESSA OLIVEIRA FONTES

ANÁLISE DA SEGURANÇA DO TRABALHO


PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA
CONSTRUÇÃO CIVIL:
um estudo de caso em obras da zona urbana
da cidade de Poço Verde (SE)

Monografia apresentada no curso de


graduação do Centro Universitário AGES como
um dos pré- requisitos para obtenção do título
de bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Me. Bruno Almeida Souza

Paripiranga
2021
Fontes, Vanessa Oliveira, 1999
ANÁLISE DA SEGURANÇA DO TRABALHO PARA PREVENÇÃO
DE ACIDENTES NA CONSTRUÇÃO CIVIL: Um estudo de caso
em obras da zona urbana da cidade de Poço Verde-SE/ Vanessa
Oliveira Fontes. – Paripiranga, 2021.
69 f.: il.

Orientador: Prof. Me. Bruno Almeida Souza


Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia
civil) – UniAGES, Paripiranga, 2021.

1. Segurança no trabalho para prevenção de acidentes. 2.


Construção Civil. I. Título. II. UniAGES.
VANESSA OLIVEIRA FONTES

ANÁLISE DA SEGURANÇA DO TRABALHO PARA PREVENÇÃO DE


ACIDENTES NA CONSTRUÇÃO CIVIL:
um estudo de caso em obras da zona urbana da cidade de Poço
Verde (SE)

Monografia apresentada como exigência


parcial para obtenção do título de bacharel em
Engenharia Civil à Comissão Julgadora
designada pela Coordenação de Trabalhos
de Conclusão de Curso do Centro
Universitário AGES.

Paripiranga, 15 de Dezembro de 2021.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Me. Kycianne Rose Alves de Goes Barros


AGES
Dedico esse trabalho à minha mãe Valdineide, por ter me
apoiado e me dado forças quando eu pensei que não iria
conseguir, por sempre estar ao meu lado em todos os
momentos. E ao meu pai Francisco (in memoriam) que faleceu
quando eu estava na metade do curso, momento em que eu
pensei em desistir, mas continuei por você pai, minha maior fonte
de inspiração. Obrigada minha Valzinha e meu Chiquinho por
nunca deixarem faltar nada e por todo amor que me deram,
minha eterna gratidão a vocês e todo meu amor.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus e a Nossa Senhora Aparecida, por me


concederem a dádiva da vida, pela saúde e por me permitir viver cada momento, me
sustentando em todos eles, com muita fé e força.
Aos meus pais, Valdineide e Francisco (in memoriam), por todo o amor,
incentivo e por todo apoio durante essa trajetória, obrigada pela oportunidade de
realizar esse sonho, sem vocês nada disso seria possível, minha eterna gratidão. Amo
vocês.
Ao meu irmão Wescley, meu maior incentivador, minha inspiração diária,
obrigada por estar sempre ao meu lado, por todos os ensinamentos compartilhados e
apoio, o momento tão sonhado por você, se realizou, hoje a sua irmã é Engenheira
Civil. À minha cunhada Brenda, por toda a amizade e carinho que tem comigo, e a
minha sobrinha Eva, que me mostrou o amor na forma mais genuína que possa existir,
obrigada por todo amor, titia ama você.
Ao meu esposo Williamys, por todo amor, carinho, companheirismo, paciência
e por entender minha ausência em diversos momentos. Obrigada pelos incentivos
diários e por sempre estar ao meu lado. Amo você.
Aos meus grandes amigos, Catharina Maciel (in memoriam) e João Neto, por
toda a amizade, por todas as risadas, tristezas, desesperos nas aulas e brigas também
(que nunca passavam dos cinco minutos). A trajetória tornou-se leve com vocês ao
meu lado, se tornaram parte da minha família, todo meu amor e gratidão a vocês.
A Giovana, Guilherme e Ana Paula por toda amizade e por todos os
conhecimentos compartilhados ao longo da graduação, vocês são fundamentais em
minha vida.
Ao meu trio, Iza Maria e Elaine Almeida, por todo companheirismo, amizade e
risadas nos intervalos das aulas, obrigada por sempre estarem comigo, por me
fazerem feliz e pelas discussões sem sentido. Amo vocês.
A Bernadete Maciel, minha mãezinha de Paripiranga, por me acolher com tanto
amor e carinho no momento que eu mais precisei, por todo o cuidado e amizade.
Nunca esquecerei o que fez por mim, você faz parte da realização desse sonho,
obrigada por tudo Berna.
A Tamires Andrade que também me acolheu com a maior satisfação do mundo,
obrigada pelo grande laço de amizade que fizemos.
A todos os professores que passaram pela minha vida acadêmica, em especial,
ao coordenador e orientador Bruno Almeida, Raphael Sapucaia e Vanessa Chaves,
obrigada por todos os ensinamentos compartilhados, pela dedicação em transmitir os
assuntos e por toda a paciência ao longo desses cinco anos.
E por fim, a todos aqueles que fazem parte da minha vida e contribuíram para
que esse sonho se tornasse realidade, sem vocês eu nada seria. Gratidão.
l

RESUMO

O setor da construção civil é essencial para o desenvolvimento econômico e social do


país, pois geram inúmeros empregos e forma vínculos com outras indústrias em busca
de insumos. Sendo assim, por ser uma área que exige grande parte de mão de obra,
tem um alto índice de acidentes de trabalho, são consequências que os operários
estão expostos devido ao descaso das empresas com a segurança, a falta de
organização e planejamento dos canteiros de obras e também por parte da conduta
deles que não seguem as normas de segurança do trabalho. São inúmeros fatores
que contribuem com essa alta taxa de acidentes nos canteiros de obras, sendo eles,
a falta de equipamentos de proteção, a falta de treinamento e conscientização dos
operários, e por ser uma área que abrange a mão de obra, muitos operários não
possuem qualificação adequada, com isso, contribuem com a ocorrência desses
acidentes. Partindo deste pressuposto, este trabalho tem como objetivo analisar a
segurança do trabalho para prevenção de acidentes na construção civil na zona
urbana da cidade de Poço-Verde/SE. A metodologia utilizada para obter esses
resultados foi por meio de uma pesquisa bibliográfica com livros, artigos científicos e
dissertações de autores conceituados em conjunto com o estudo de caso com
aplicação de um questionário no ambiente estudado, contendo perguntas objetivas de
cunho quantitativo. Assim, foi constatado que na zona urbana da cidade de Poço-
Verde/SE que foram realizadas as visitas, os operários estão expostos a diversos
riscos que podem levar ao acontecimento de acidentes de trabalho. Conclui-se que
não há disponibilidade de equipamentos de proteção coletivo e individual, não há
nenhuma fiscalização e os empregadores não cumprem as normas legislativas
vigentes.

PALAVRAS-CHAVE: Construção civil. Segurança do trabalho. Acidente de trabalho.


Canteiro de obras. Normas regulamentadoras. Equipamentos de proteção.
ABSTRACT

The construction industry is essential for the country's economic and social
development, as it generates countless jobs and creates links with other industries in
search of supplies. Therefore, as it is an area that requires a great deal of labor, has a
high rate of work accidents, consequences that workers are exposed to due to
companies' neglect of safety, the construction sites’ lack of planning and organization
also because of their conduct that does not follow work safety standards. There are
several factors that contribute to this high rate of accidents at construction sites,
namely, the lack of protective equipment, the lack of workers’ training and awareness,
and because it is an area that covers the workforce, many workers do not have
adequate qualification, thus contributing to the occurrence of these accidents. Based
on this assumption, this work aims to analyze work safety for the prevention of
accidents in civil construction in the urban area of the city of Poço-Verde/SE. The
methodology employed to obtain these results was through bibliographic research with
books, scientific articles and dissertations by reputable authors along with the case
study with application of a questionnaire in the studied setting, containing objective
questions of a quantitative nature. Accordingly, it was found that in the urban area of
the city of Poço-Verde/SE where the visits were carried out, workers are exposed to
several risks that can lead to accidents. It is concluded that there is no availability of
collective and individual protective equipment, there is no inspection and employers do
not comply with current legislation.

KEYWORDS: Civil construction. Workplace safety. Work-related accident.


Construction site. Regulatory standards. Protective equipment.
LISTA DE FIGURAS

1: Fiscalização do uso de Equipamentos de Proteção Individual – EPI ..................... 33

2: Tipos de EPI utilizados na construção civil ............................................................ 38

3: Queda sem utilização de EPI................................................................................... 39

4: Modelos de EPI ........................................................................................................ 41

5: Equipamentos de proteção coletiva......................................................................... 43

6: Operários sem uso de equipamento de proteção individual – EPI. ....................... 50

7: Operários desenvolvendo suas atividades em ambiente laboral sem uso de EPI...51

8: Canteiro de obra sem equipamentos de proteção individual e coletivo. ................ 52


LISTA DE GRÁFICOS

1: Incidência de Acidentes de Trabalho por Ocupação (2012 - 2018). ....................... 24

2: Faixa etária de idade dos operários......................................................................... 47

3: Grau de escolaridade dos operários entrevistados. ................................................... 48

4: Cargo dos operários no canteiro de obras. .................................................................. 49

5: Operários com carteira assinada ................................................................................... 49

6: Conhecimento sobre a importância da utilização de EPI. ......................................... 50

7 Disponibilidade de equipamentos de proteção individual e coletivo no canteiro de


obras ....................................................................................................................................... 51

8: Rotina de treinamento e importância sobre uso de EPI realizado pelos


empregadores ....................................................................................................................... 53

9: Índice de acidentes de trabalho ..................................................................................... 54

10: Operários que já sofreram acidentes e/ou doenças ocupacionais ........................ 55

11: Acidentes que mais ocorrem no canteiro de obras .................................................. 55

12: Principais causas dos acidentes .................................................................................. 55


LISTA DE TABELAS

1: Grau de escolaridade dos operários entrevistados..................................................48

2: EPI’s e os incomôdos relatados.......................................................................................53


LISTA DE QUADROS

1: Identificação e descrição dos tipos e grau de riscos ............................................... 28


2: Mapa de riscos de um ambiente de trabalho .......................................................... 28
3: Dimensionamento da SESMT ..................................................................................... 32
LISTA DE FLUXOGRAMA

1: Estrutura do PPRA ................................................................................................... 35


LISTA DE SIGLAS

ABPA Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes

CAT Comunicação de Acidente de Trabalho

CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CLT Consolidação das Leis do Trabalho

CPA Comissão de Prevenção de Acidentes

DDS Diálogo Diário de Segurança

EPC Equipamento de Proteção Coletivo

EPI Equipamento de Proteção Individual


INSS Instituto Nacional do Seguro Social
LER Lesões por Esforços Repetitivos
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
NR Norma Regulamentadora
PCMAT Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho
na Indústria da Construção
PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
SESI Serviço Social da Indústria
SESMT Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e
em Medicina do Trabalho
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 18

2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 22

2.1 Conceito de Segurança do Trabalho .............................................................. 22


2.2 Legislação da segurança do trabalho ............................................................. 22
2.3 Segurança do trabalho na construção civil..................................................... 23
2.4 Acidentes de trabalho e doenças ocupacionais ............................................. 24
2.4.1 Consequências dos acidentes e doenças ocupacionais ............................ 25
2.4.2 Prevenção..................................................................................................... 26
2.5 Riscos ocupacionais ........................................................................................ 27
2.5.1 Riscos físicos ............................................................................................ 29
2.5.2 Riscos químicos ....................................................................................... 30
2.5.3 Riscos biológicos ...................................................................................... 30
2.5.4 Riscos ergonômicos ................................................................................. 30
2.5.5 Riscos mecânicos .................................................................................... 31
2.6 Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
- SESMT e suas atribuições............................................................................ 31
2.7 Métodos para prevenção................................................................................. 33
2.7.1 Comissão interna de prevenção de acidentes – CIPA ........................... 33
2.7.2 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção – PCMAT ..................................................................................... 34
2.7.3 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA........................ 35
2.7.4 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO ......... 36
2.7.5 Equipamentos de proteção ...................................................................... 37
2.7.5.1 Equipamentos de proteção individual – EPI ...................................... 38
2.7.5.2 Tipos e funções dos Equipamentos de Proteção Individual .............. 40
2.7.5.3 Equipamento de proteção coletiva – EPC ......................................... 42
2.7.5.4 Tipos e funções dos equipamentos de proteção coletiva .................. 42
2.8 Diálogo Diário de Segurança – DDS .............................................................. 44

3 METODOLOGIA ..................................................................................................... 45

3.1 Localidade da pesquisa e coleta de dados .................................................... 46


3.2 Ferramentas utilizadas para o desenvolvimento da pesquisa ....................... 46
3.2.1 Questionário ............................................................................................. 46
3.2.2 Registros fotográficos............................................................................... 47

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 48

4.1 Apresentação e análise dos dados coletados ................................................ 48

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 58

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 60
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA COLETA DE DADOS ............................ 68
18

1 INTRODUÇÃO

A construção civil foi se modificando ao longo dos tempos, porém ainda tem
uma enorme dependência do trabalho humano. Nesse contexto, a indústria da
construção civil é essencial para a economia, pois agrega diversas atividades com
essencial relevância no desenvolvimento econômico e social do país, gera inúmeros
empregos e forma vínculos com outras indústrias em busca de insumos para seu
processo construtivo. Mediante Machado (2015), as obras são fundamentais para a
economia, pois abrangem múltiplas atividades, desde a elaboração do plano até a
execução e posteriormente podem ser realizadas manunteções e restaurações,
assim, movimenta grandiosamente o setor econômico.
A sociedade sempre esteve exposta a inúmeros riscos de acidentes, ao
decorrer do tempo, com o avanço tecnológico e a globalização, os recursos se
modificam de acordo com esse momento, atualmente são dispostos novos métodos
em todas as áreas.
Desse modo, foi necessário implantar medidas que protejam o bem-estar e a
saúde dos operários, de modo que subtraia ou minimize os casos e todos os riscos
que os profissionais estão sujeitos no ambiente de trabalho. Coelho e Ghisi (2016)
afirmam que é fundamental a ánalise dos riscos e a implantação das normas, pois
essas providências tornam o ambiente menos desgastante, mais seguro e saúdavel
para uma jornada de trabalho tranquila e posteriormente com mais produtividade.
De acordo com Anjos e Stoco (2017) esse setor apresenta alto índice de
acidentes de trabalho no Brasil, considerado o quinto que mais lesiona operários, tudo
isso está relacionado à conduta dos operários que não cumprem as normas de forma
correta.
Os operários também sofrem com o descaso das empresas, muitas vezes, os
canteiros de obras estão suscetíveis a acidentes pela falta de planejamento e
organização do local. Sem nenhuma fiscalização, o ambiente fica propício a
ocorrências desse gênero, realizando improvisos a fim de trazer alguma eficiência na
execução. Portanto, é importante a implementação de um layout no canteiro de obras
para eliminar todos os improvisos que existem naquela área. Souza (2005) afirma que
19

um canteiro de obras adequado gera serviços de qualidade, aumentando a


produtividade, diminuindo os casos de acidentes no ambiente de trabalho.
São diversos fatores que contribuem para esse alto índice de acidente, além
da grande exposição dos operários a esses riscos, sem a devida proteção, está
também a falta de informação sobre a importância da segurança no local de trabalho
e a negligência referente às normas de segurança. As grandes maiorias dos
profissionais não possuem mão de obra qualificada, considerado um fator que gera
mais acidentes nessa área pela falta de conhecimento. Júnior e Soares (2019)
salientam que é fundamental manter os operários orientados, sempre progredindo
com a empresa, realizando periodicamente treinamentos a fim de zelar a segurança
e saúde dos envolvidos.
Grande parte dos acidentes pode ser evitado por meio de informações
educativas passadas aos seus colaboradores, e também a implantação de
equipamentos de proteção individual (EPI’S), dispositivos de segurança para proteger
o operário de riscos específicos que ameaçam a sua integridade física, são os
capacetes, luvas, óculos de proteção entre outros, geralmente é o mais utilizado pelo
baixo custo e é de uso imprescindível, mas existe um grande descaso por conta dos
operários e da empresa. De acordo com a Norma Regulamentadora NR 6, é
obrigatória a distribuição desses dispositivos de modo gratuito e em ótimo estado de
conservação para o seu uso.
Castro (2017) informa que o uso do EPI é aplicado quando não é possível
desenvolver medidas para extinguir o risco do ambiente laboral, assim, quando o EPC
não eliminar os riscos presentes. Os equipamentos de proteção coletiva (EPC’s)
consistem em todas as ações e medidas protetivas em uma obra, com a finalidade de
proteger um ou mais operários de maneira coletiva. Conforme o autor (2017), EPC é
um mecanismo imprescindível para a segurança do local de trabalho, utilizado para a
proteção coletiva dos operários. Seu principal objetivo é impedir que outras pessoas
não qualificadas na área da construção civil acessem zonas de risco.
Todo ser humano tem direito a sua integridade física, portanto, para garantir a
saúde e integridade do operário, é importante seguir a CLT (Consolidação das Leis
do Trabalho). Essa lei autoriza que toda empresa em solo brasileiro, implante a
SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
trabalho) que consiste em suporte de uma equipe constituída por profissionais
capacitados na área de segurança do trabalho, formada por engenheiros e técnicos
20

de segurança do trabalho, médico e enfermeiro do trabalho, auxiliar ou técnico de


enfermagem do trabalho. Chirmici e Oliveira (2016) reiteram que a SESMT é
determinada de acordo com o grau de risco da empresa e no número total de operários
implantados naquele local, e que são trabalhadores regidos pela CLT, independente
de ser empresa privada ou pública, deverão obrigatoriamente adotar esse serviço,
com o objetivo de proteger a saúde e integridade do operário no local de trabalho.
A Norma Regulamentadora NR-18 é considerada uma das mais importantes
para o canteiro de obras, seu principal objetivo é organizar, administrar e estabelecer
condutas para a implantação de medidas de controle e sistemas de prevenção de
segurança no ambiente de trabalho. Para Neto (2011), grande parte dos acidentes de
trabalho poderiam ser evitados, se os operários executassem as normas referente a
medidas protetivas dispostas na NR – 18.
Partindo desse pressuposto, a finalidade desta monografia é analisar a
segurança do trabalho para a prevenção de acidentes na construção civil em obras
da zona urbana da cidade de Poço Verde-SE. Assim, geraram-se os seguintes
objetivos específicos: analisar todos os riscos que os operários estão expostos em
suas atividades diárias; verificar o uso de equipamentos de proteção individual e
coletivo; entender as principais consequências da não utilização desses
equipamentos no canteiro de obras; identificar os principais tipos de EPI e EPC; e, por
fim, entender os motivos que levam os operários a não utilizar os equipamentos de
proteção.
O setor da construção civil é o que acumula maior número de casos de
acidentes de trabalho, considerado o principal fator a falta de conscientização sobre o
uso dos equipamentos de proteção. Destarte, pôde-se avaliar que, para a diminuição
desses casos, não é necessário somente a definição de um plano de segurança e sim
um conjunto de medidas que abrange a cultura e consciência profissional, pois nada
adianta a distribuição dos equipamentos de proteção, sem as devidas informações,
então, é primordial a mudança de comportamento de todos os colaboradores.
Justifica-se o presente trabalho como uma investigação acerca de informações
de um tema com grande relevância na área da construção civil, pois há uma incidência
enorme de acidentes de trabalho. É significativo todo processo de orientação e
aplicação das normas de segurança, possibilitando uma melhora na qualidade do
trabalho nesse ambiente, mantendo a integridade física de todos, e principalmente
garantindo todos os direitos dos operários, que é uma grande vantagem tanto para a
21

empresa, quanto para o empregador.


Destarte, esse projeto consiste em cinco capítulos: o primeiro abordará a
introdução, encarregado de mostrar a temática e a problemática, com todas as
providências necessárias para a diminuição e prevenção de casos de acidentes do
trabalho nas obras; o segundo capítulo abrange o referencial teórico necessário para
o entendimento dos conceitos mais importantes sobre a segurança do trabalho, além
das normas e leis previstas que regulamentam as empresas, traz todos os
equipamentos de segurança fundamental para evitar os acidentes, explanando como
deve ser realizado o planejamento para diminuição dos casos; o terceiro capítulo
apresenta a metodologia, o ambiente objeto de estudo e os instrumentos utilizados
para obter os resultados no desenvolvimento da pesquisa; o quarto capítulo constitui-
se de todos os resultados e discussões acerca da pesquisa de campo realizada; e por
fim, o quinto capítulo, as considerações finais sobre o trabalho.
22

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Conceito de Segurança do Trabalho

A definição de Segurança do trabalho pode ser compreendida como uma


ciência que analisa métodos para proteger a integridade física e a saúde dos operários
em seu ambiente de trabalho, promovendo uma qualidade de vida melhor aos
operários. Para Barsano e Barbosa (2018), a segurança do Trabalho estuda os
principais motivos dos acidentes durante as atividades trabalhistas, tendo como
finalidade a prevenção dos acidentes, doenças ocupacionais, entre outras coisas que
prejudicam a saúde do profissional, proporcionando um ambiente de trabalho seguro
e confortável para exercerem suas atividades com total segurança.
A Segurança do Trabalho é regida por normas regulamentadoras definidas pelo
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que visa orientar os profissionais e
empresas, sejam públicas ou privadas para oferecer segurança, e também por leis
previstas na Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). De acordo com Filho (2015),
um dos principais motivos dos operários é a difícil compreensão sobre as normas
regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que trazem medidas
protetivas para serem compreendidas e executadas.

2.2 Legislação da segurança do trabalho

A segurança do trabalho no Brasil é estabelecida por lei, ou seja, existem


legislações individuais que instituem normas, portarias, decretos, leis
complementares, tornando-o obrigatório seguir tudo que a legislação presume.
Conforme a legislação da segurança do trabalho, todos têm responsabilidade
para manter um ambiente de trabalho seguro, tanto o operário como o empregador.
Segundo Santos (2012), na Constituição Federal, é definida a obrigatoriedade de o
empregador manter as manutencões atualizadas, para que a integridade do operário
23

esteja segura e saúdavel durante sua atividade laboral, o empregador também deve
assegurar todos os direitos para benefício do trabalho do colaborador.
A legislação da segurança do trabalho é dividida em três poderes: Federal,
Estadual e Municipal. O âmbito federal consiste nas leis, portarias e decretos; o âmbito
estadual dispõe a regulamentação da segurança do trabalho e saúde dos operários,
entretanto, não pode contradizer a legislação federal; e a municipal parte dos mesmos
princípios da legislação estadual e não deve opor-se da federal e estadual. A portaria
3.214 de 08 de Junho de 1978 aprova 36 normas regulamentadoras, referentes à
segurança e medicina do trabalho (BRASIL -MINISTÉRIO DO TRABALHO, 1978).
Na Legislação Federal têm-se a NR-18, o principal objetivo é determinar
diretrizes para medidas de controle e métodos preventivos referente à segurança do
trabalho na construção civil, proporcionando melhores condições no ambiente. As
disposições previstas na NR-18 são aplicadas diretamente à indústria da construção
(CAMISASSA, 2020).
Na Constituição Federal de 1988, os trabalhadores passaram a ter seus direitos
trabalhistas e a segurança da sua integridade física por meio da legislação, hoje em
dia, existem métodos e mecanismos regulamentados que visam garantir os direitos
estabelecidos (BARBOSA e BARSANO, 2018).

2.3 Segurança do trabalho na construção civil

A segurança do trabalho é uma função que deve ser desenvolvida com muita
responsabilidade, os empregadores e suas respectivas empresas devem estar
sempre atentos a diminuir os riscos que seus operários estão expostos.
A indústria da construção civil tem uma grande importância no desenvolvimento
socioeconômico do país, pois necessita de demanda de insumos para o seu processo
construtivo, fortalecendo o vínculo com os outros setores de indústrias, além da
demanda de operários sem nenhum tipo de qualificação profissional. Desse modo, a
diversidade existente nos canteiros de obras evidencia muitos riscos aos operários
(RODRIGUES, 2016).
Pode-se observar no Gráfico a seguir:
24

Gráfico 1: Incidência de Acidentes de Trabalho por Ocupação (2012 - 2018).


Fonte: Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, 2018a.

O setor da Construção Civil dispõe de uma mão de obra gigantesca e, diante


desse grande número de operários, é considerado o setor com maior índice de
acidentes de trabalho, além das doenças ocupacionais. Os principais motivos é a falta
de treinamento e conscientização dos colaboradores, falta de equipamentos de
proteção e o descaso com a fiscalização (TAKAHASHI et al., 2012).
Segundo Filgueiras et al. (2015) mesmo com o avanço tecnológico, a
Construção Civil não conseguiu evoluir ao ponto de diminuir o índice de acidentes,
também se destaca pela alta taxa de mortalidade, esse cenário apresenta situações
preocupantes e condições precárias, existem muitas irregularidades que passam
despercebidas pelo órgão de fiscalização, abstendo de multas penalidades.
As circunstâncias do trabalho na Construção Civil, muitas vezes, são precárias,
operários sem carteira de trabalho assinada, ou seja, operários informais que não
possuem seus direitos trabalhistas definidos por lei e jornadas de trabalhos excessivas
(IRIART et al., 2008).

2.4 Acidentes de trabalho e doenças ocupacionais

Para Mendes (2013) o conceito de saúde é o estado em que o indivíduo consiga


realizar suas atividades de forma correta e saudável, considerado um recurso
25

fundamental para o cotidiano.


O acidente de trabalho consiste em qualquer episódio que transcorra no
ambiente de trabalho. Para Lazzari e Castro (2008) é fundamental que o acidente
tenha sido ocasionado pela prática de atividades trabalhistas que resulte em lesões
leves e graves ou até mesmo na morte do operário, distúrbio funcional, fazendo com
necessite se afastar temporariamente ou definitivamente.
Conforme Sperb (2012) os acidentes de trabalho podem ser classificados em:
acidentes típicos, de trajeto e doenças do trabalho.
Mangas et al. (2008) salienta que os acidentes de trabalho geram despesas ao
Estado, portanto, cabe ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) conceder e
controlar a prestação de benefícios, como auxílio-doença; aposentadoria por
invalidez; pensão por morte entre outros.
De acordo com Rodrigues (2013), um colaborador da construção civil no Brasil
tem mais chances de morrer em acidentes de trabalho, do que qualquer outro país
mais desenvolvido.
Os principais acidentes que acontecem nos canteiros de obras são: Queda em
altura; choque elétrico; acidentes com máquinas e equipamentos (SILVEIRA et al.,
2005).
As doenças ocupacionais são enfermidades desencadeadas pela atividade
laboral relacionadas às condições de trabalhos precárias que são impostas a ele, ou
em razão da falta de equipamentos de proteção e o uso de forma incorreta,
considerando que a lesão tenha convergência com o tempo de atuação profissional.
Moraes (2014) afirma que as doenças ocupacionais surgem após muitos anos
expostos aos agentes causadores e podem aparecer mesmo depois do afastamento
do operário a esse risco. Uns dos fatores que desencadeia as doenças ocupacionais
é o tempo de exposição ao risco e a condição do ambiente de trabalho que contribuem
para o surgimento das doenças.
De acordo com Appi (2012) são consideradas doenças ocupacionais, doenças do
aparelho respiratório, doenças do sistema nervoso, doenças do aparelho circulatório,
transtorno mentais, entre outros.

2.4.1 Consequências dos acidentes e doenças ocupacionais


26

De acordo com Santos (2018), os acidentes de trabalho possuem


consequências para a empresa e para o operário, além do Estado. É necessário
realizar a CAT- Comunicação de Acidente de Trabalho, no caso do empregador não
conseguir a comunicação, estará sujeito à multa do Ministério do Trabalho, realizada
a comunicação, o operário terá direito ao recebimento de benefício do INSS.
Ainda de acordo com o autor (2018), a despesa para o Estado é maior, pois
terá que custear o afastamento do operário após 15 dias. O afastamento temporário
ou definitivo são consequências dos acidentes de trabalho e/ou doenças
ocupacionais, assim, o empregador deverá contratar outro operário para substituir.
Na área da construção civil as doenças ocupacionais podem se apresentar
como: intoxicações; doenças das vias aéreas, cegueira, perda da audição, doenças
cardíacas entre outras. Além dos transtornos psicológicos: ansiedade, estresse,
depressão que são atribuídos ao ambiente de trabalho mal organizado, trabalho com
jornada excessiva, exaustiva e repetitiva (RAMAZZINI, 2016).

2.4.2 Prevenção

Para Junior (2002), é importante a implantação de sistemas gerenciais nos


canteiros de obras, o principal objetivo é diminuir os riscos de acidentes de trabalho.
Para um canteiro de obra seguro, é necessário o ambiente organizado de forma que
os materiais/ferramentas e outros utensílios estejam distribuídos de forma correta, de
acordo com a ordem de utilização, desse modo, contribuirá positivamente na
segurança do ambiente de trabalho.
Ainda de acordo com o autor (2002), muitos acidentes poderiam ser evitados
se os empregadores apresentassem programas de segurança e saúde no trabalho,
além de treinamento para os operários de forma correta e organizada para o controle
de acidentes de trabalho, é o cumprimento das leis trabalhistas e a conscientização
dos operários.
De acordo com Sena (2019) disponibilizar um ambiente laboral apropriado e
seguro reduzem significativamente os riscos de acidentes. É imprescindível o
27

levantamento dos riscos ali existentes, e logo após aplicar as devidas medidas
protetivas, treinando e conscientizando toda a equipe antes de iniciar a execução da
obra.
Conforme Torreira (1999), o trabalhador é amparado pela legislação quando
está devidamente legalizado dentro da empresa, destarte, a prevenção dos acidentes,
é a melhor forma para proteger a integridade física e mental dos operários, além de
diminuir os gastos financeiros com eventuais burocracias. Os empregadores devem
estar cientes que possuem uma responsabilidade na obra, por isso, é necessário
tomar iniciativas que protejam a todos.
Zocchio (1980) informa que a conscientização dos empregadores é a técnica
mais eficiente na prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. O
conhecimento é importante para controlar os altos índices registrados de acidentes,
disponibilizando também tecnologias que proporcione a prevenção.
Segundo Ribeiro Filho (1974) o setor da construção civil possui inúmeros
equipamentos com o objetivo de proteger a integridade física e mental dos operários,
entretanto, é considerada a indústria com mais negligência no âmbito da segurança
do trabalho, é importante seguir todos os métodos de segurança, sendo elas: leis,
fiscalizações, treinamentos e conscientização.
Para Cardella (2016) a prevenção de acidentes é uma ciência que tem como
principal objetivo estudar todos os episódios que ocasionam perdas e danos às
pessoas, meio ambiente e na economia. O intuito é que a probabilidade desses
acontecimentos seja mínima e evite imprevistos que sejam fatais, para isso é
determinado um conjunto de ações e medidas que visam preservar a saúde,
integridade física e mental dos operários, eliminando os possíveis riscos.

2.5 Riscos ocupacionais

Os riscos ocupacionais resultam do desempenho laboral, na qual os operários


estão expostos a tarefas perigosas e insalubres, constituindo uma conexão direta com
os métodos utilizados e todos os riscos existentes, são eles: físicos; biológicos;
ergonômicos; mecânicos e químicos. Prejudicando a saúde do colaborador
(RODRIGUES et al,. 2013).
28

De acordo com Camargo e Souza (2008), é fundamental a criação de um mapa


de risco com todas as orientações de segurança no ambiente laboral para que os
operários estejam cientes de todos os riscos existentes que estão expostos. Assim,
serão identificados todos os tipos de riscos, as causas e suas consequências, com as
cores correspondentes a cada risco.

Quadro 1: Identificação e descrição dos tipos e grau de riscos.


Fonte: Comissão de Prevenção de Acidentes (CPA), Câmara Municipal de Maringá, mapa de riscos,
2016.

Júnior (2020) informa que é a partir da representação com cores e tamanhos


diferentes que o mapa de risco fornece todas as informações fundamentais ao
operário, pois consta os níveis dos riscos expostos em cada ambiente.
29

Quadro 2: Mapa de riscos de um ambiente de trabalho.


Fonte: GESTAOST, mapa de riscos, 2019.

Ainda de acordo com o autor (2020), é necessário compreender de forma geral


o mapa de risco, pois o seu intuito é informar e conscientizar os operários sobre os
riscos que estão expostos diariamente, considerada uma ferramenta para proteger a
integridade física dos operários.

2.5.1 Riscos físicos

Para Schwab e Stefano (2008), os operários estão expostos a numerosas


formas de energia que caracteriza os riscos físicos, separados em cinco categorias:
calor, vibrações, radiações ruídos, umidade, entre outras. E podem ser encontrados
em grande parte da edificação, ligados diretamente à exposição ao sol, maquinários
pesados ou simplesmente um local de trabalho que não seja ventilado.
Segundo Oliveira et al. (2005) as exposições à radiação solar, ao longo do
tempo, deixam a pele mais propícia ao desenvolvimento de diversas infecções.
Para Santos e Ferreira (2008) o ruído causa diversos problemas e são
decorrentes dos equipamentos e máquinas que podem atingir altos níveis, assim
prejudicar a saúde dos operários, além de afetar a integridade física do operário com
a diminuição ou perda total da audição, afeta a saúde mental, pois o barulho excessivo
causa desconfortos para dormir, conversar e também gera a falta de concentração,
desse modo, desencandeará o estresse.
30

2.5.2 Riscos químicos

Dutra (2018) informa que os agentes químicos presentes nesse risco são
elementos que penetram no organismo pelas vias aéreas ou podem ser absorvidas
pela pele ou até por ingestão, como: poeiras, névoas, gases e outras substâncias
nocivas à saúde presente no local de trabalho.
De acordo com a Equipe Atlas (2021), uma substância química no seu estado
natural ou composta, utilizada no ambiente de trabalho é capaz de ocasionar lesões e
prejudicar a integridade física do operário.
2.5.3 Riscos biológicos

Para Maia (2020), os riscos biolólogicos ocorrem através de microorganismos


que, em contato com o ser humano, cause diversas doenças, são derivados das
características precárias do ambiente como a falta de higiene, expondo os operários
a bactérias, fungos e parasitas.
Conforme a NR-1 considera-se um risco ambiental e decorrente do tipo de
exposição que o operário está sujeito, é capaz de ocasionar lesões graves à saúde do
operário e os métodos para prevenção dependem do grau de capacidade patogênica
que estão expostos, a limpeza do ambiente de trabalho é fundamental, aliada à
utilização dos equipamentos de proteção, com isso, é possível minimizar os efeitos
que causam.

2.5.4 Riscos ergonômicos

Segundo Corrêa e Boletti (2015), conforme as atividades são executadas o


operário permanece na mesma posição por um determinado tempo, realizando suas
atividades laborais, esses esforços repetitivos e realizados de forma inadequada
provocam grande prejuízo na saúde física e mental do operário, para evitá-los é
importante que se adapte de forma apropriada. Assim, a ergonomia tem como
31

finalidade o conforto e a garantia que a atividade laboral e/ou uso de ferramentas não
irão interferir na sua integridade física. Destarte, é fundamental verificar a relação
operário/ferramentas e as atividades desempenhadas com o local de trabalho.
Ainda de acordo com o autor (2015), a ergonomia tem o objetivo de aprimorar
a rotina dos operários em seu local de trabalho, alguns desempenhos devem ter mais
precaução, como as que os operários ficam muito tempo na mesma posição ou
realizando os mesmos movimentos por um longo período de tempo, essas atividades
causam lesões por esforços repetitivos - LER.
Conforme Pinheiro e Crivelaro (2014) a questão ergonômica passou a ter mais
atenção quando foi identificada como um dos principais motivos da ausência de
operários no ambiente de trabalho, o afastamento do colaborador têm custos diretos
e indiretos, além de diminuir a qualidade de vida do operário, as doenças causadas
pelo agente ergonômico estão relacionadas à postura incorreta, movimentos
repetitivos, levantamento de peso entre outros.

2.5.5 Riscos mecânicos

Para Albuquerque et al. (2018), os riscos mecânicos estão ligados diretamente


às condições físicas do local de trabalho e o desempenho da atividade laboral,
causando lesões no colaborador, em muitos casos pode levar a óbito.
Conforme Brasil (1994), os agentes mecânicos são definidos como:
eletricidade; explosões; iluminação inapropriada; utilização de máquinas e
equipamentos sem proteção entre outros. Os acidentes mecânicos ocorrem por meio
das condições do ambiente de trabalho e é possível colocar em risco a integridade
fisíca dos operários, são consideradas condições de insegurança do local e das
ativididades desenvolvidas, também estão vinculados à falta de limpeza e organização
do ambiente.

2.6 Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do


Trabalho - SESMT e suas atribuições
32

Barsano et al. (2014) declara que a SESMT – Serviço Especializado em


Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho envolve profissionais
especializados na área da segurança do trabalho, concedendo um auxílio ao
empregador e aos operários. O posicionamento desse serviço ocorre de acordo com
o grau de risco das atividades fundamentais e da quantidade total de colaboradores
presente no ambiente de trabalho. É composta por engenheiro de segurança do
trabalho, técnico de segurança do trabalho, médico de segurança do trabalho,
enfermeira do trabalho e auxiliar de enfermagem do trabalho.
Ainda conforme o autor (2014), todos os trabalhadores regidos pela CLT, sendo
empresa pública ou privada, órgãos públicos da administração direta e indireta, como
também poder legislativo e judiciário, é obrigatório manter esse serviço, pois seu
principal objetivo é promover a saúde e preservar a integridade física dos
trabalhadores em seu local de trabalho, os profissionais que compõem a equipe
necessitam da comprovação de alguns requisitos, como certificado de conclusão de
curso de especialização em segurança do trabalho.
De acordo com Franz (2006) o dimensionamento da sesmt é determinado de
acordo com o grau de risco que pode variar entre 1 e 4, também, deve-se observar o
número de trabalhadores do estabelecimento, conforme o quadro 3.

Quadro 3: Dimensionamento da SESMT.


Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego.
33

Para Lacaz (2002), a SESMT é uma ferramenta importante para a integridade


física e mental dos operários, pois são realizadas ações práticas e teóricas em
diversas áreas, garantindo aos operários um ambiente de trabalho seguro e saúdavel
para o desenvolvimento das atividades laborais.

2.7 Métodos para prevenção

Conforme Araujo e Júnior (2018), todos operários da construção civil estão


expostos a riscos de acidentes. Para que o ambiente de trabalho torne-se seguro, é
essencial que medidas preventivas sejam adotadas com o objetivo de oferecer
proteção aos operários.

2.7.1 Comissão interna de prevenção de acidentes – CIPA

De acordo com Paoleschi (2009), a CIPA foi um dos primeiros instrumentos


utilizados para a prevenção de acidentes de trabalho no país, desse modo, passou a
atender as necessidades sociais e coletivas da sociedade, pois antes da CIPA ser
instituída, apenas uma pequena parcela de pessoas preocupava-se com a segurança
do trabalho. A fundação da CIPA teve o auxílio de órgãos do Ministério do Trabalho,
Indústria e Comércio, da Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes (ABPA)
e do Serviço Social da Indústria (SESI), além de inúmeras empresas particulares.
Conforme o autor (2009), a tarefa do cipeiro é proteger o interesse dos
operários, propondo medidas de segurança, além de reivindicar os prazos impostos
pelas empresas para resolver as irregularidades presentes. O cipeiro é escolhido por
meio de uma eleição que os operários escolhem para que defendam seus interesses.
Destarte, deve colaborar com a conscientização dos operários e a fiscalizar o uso dos
equipamentos de proteção conforme a Figura 1.
34

Figura 1: Fiscalização do uso de Equipamentos de Proteção Individual – EPI.


Fonte: CIPA – Guia Prático de Segurança do Trabalho.

Conforme Barsano (2014), a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes é


um órgão interno constituído de representantes da empresa e dos operários, com o
intuito de estabelecer ações preventivas de acidentes e doenças do trabalho.
De acordo com Zocchio (1980) a empresa deve possuir mais de vinte
trabalhadores por canteiro de obras para que a CIPA seja instituída, devem programar
medidas que aumentem a qualidade do trabalho no ambiente laboral, levantar dados
referente ao desenvolvimento dessas medidas e analisar o local de trabalho para
eliminar riscos que podem ameaçar a integridade física e mental dos operários,
auxiliam no cumprimento das normas regulamentadoras, melhorando a qualidade de
vida dos operários.

2.7.2 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da


Construção – PCMAT

Segundo Piza (1997), o PCMAT é classificado como um agrupamento de


atividades e medidas que possui o principal objetivo à prevenção de acidentes de
trabalho na construção civil, protegendo a saúde dos operários. Além disso, o
35

programa pode incluir outras pessoas que tenham proximidade com o canteiro de
obras, como contratantes, fornecedores, visitantes, qualquer tipo de vínculo com a
obra direta ou indiretamente. São através dessas medidas que conseguem controlar
os riscos.
Silva (2019) afirma que o PCMAT define os procedimentos adotados para a
segurança do trabalho, visam prever os riscos para que determinem técnicas para
evitar os acidentes e doenças ocupacionais.
Ainda de acordo com o autor (2019), deve ser elaborado antes da execução
das atividades, pois devem detalhar todas as ameças presentes nas etapas das obras,
desse modo, não possui uma data de validade. Regularmente o PCMAT necessita
passar por uma revisão, em que se observará o progresso e se sao cumpridos os
objetivos, caso esses nao sejam atendidos pelo qual foi elaborado, deve-se passar
por uma série de ajustes que tenha como prioridade a segurança e a integridade de
todos.
Nunes (2016) informa que a elaboração do PCMAT é obrigatório em
estabelecimentos que possua 20 ou mais empregados, desenvolvido por um
profissional habilitado na área de segurança do trabalho, considerando todas as
exigências previstas na NR-9 e os aspectos da NR-18, deve ser guardado no
estabelecimento ao dispor do Ministério do Trabalho para fins de fiscalização.

2.7.3 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA

Para Araújo (2017), o PPRA é uma investigação técnica dos riscos presentes
no local de trabalho, observando e instituindo a prevenção da saúde do operário. Os
princípios aplicados para determinar os riscos estão presentes na tabela de riscos
ambientais da Medicina e Segurança do Trabalho que são identificados como: risco
químico, físico, ergonômico, biólogico e mecânico.
De acordo com Jacinto (2013), todas as empresas são obrigadas a elaborar e
executar o PPRA, independente do número de operários ou do grau de risco que estão
expostos em suas atividades. Deve ser desenvolvido conforme a concepção de
gerenciamento e gestão, a empresa possui liberdade para adotar uma série de
medidas que julgue fundamental para a preservação da saúde e integridade física dos
operários.
36

Marcondes (2016) informa que o PPRA deve ser desenvolvido por um


profissional de Medicina e Segurança do Trabalho, entretanto, caso necessite de
outros procedimentos ele pode ser comprovado com outros documentos, mas, as
atividades preventivas desenvolvidas são de total responsabilidade da empresa.

Fluxograma 1: Estrutura do PPRA.


Fonte: Aplicabilidade do ppra em empresa pública: estudo de caso na companhia de água e
esgoto do Amapá-caesa.

Segundo Wagner e Oliveira (2011), o PPRA é desenvolvido de acordo com


outras normas regulamentadoras – NR’s e possui uma conexão com o PCMSO –
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Para eles, a execução do PPRA
diminui consideravelmente o afastamento do trabalho decorrente de acidentes ou
doenças ocupacionais.
Conforme Chagas et al. (2012) a NR – 9 determina instruções e critérios para
serem verificados durante a execução do PPRA, para que o programa seja eficiente,
é importante que o empregador adote ferramentas para avaliação que possibilite a
comprovação de execução das etapas, atividades e metas previstas no cronograma.
Possibilitando que os colaboradores tenham alcance a todas as informações
desempenhadas no ambiente de trabalho.
Rojas (2015) informa que o PPRA deve ser revisado no mínimo a cada 12
meses para a realização de ajustes e observação do desenvolvimento. Essa
reavaliação é necessária para averiguação da eficiência e efetividade das ações de
controle impostas.

2.7.4 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO


37

Segundo Ramazzini (2016), a NR-7 é a responsável pelas diretrizes


determinadas para o seu desenvolvimento e o desempenho do programa, o principal
objetivo é supervisionar todo colaborador que esteja com a saúde exposta a diversos
riscos ambientais, prevenir e ter como prioridade a saúde do operário,
esquematizando diagnósticos preventivos, diminuindo as consequências.
De acordo com Sherique (2004), o PCMSO é a análise prévia dos problemas
de saúde ocasionados pelo trabalho, deve ser elaborado de acordo com a
identificação de riscos à saúde do operário, as ações preventivas previstas no
programa deve conter o PPRA, mapa de risco e medidas relacionadas à saúde.
Lima et al. (2018) declara que a implantação do PCMSO é obrigatória por lei
em todas as empresas que possuam trabalhadores regidos pela Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) independente da quantidade de empregados e do grau de
risco que estão expostos em suas atividades laborais.
Conforme Pinheiro e Crivelaro (2014), o PCMSO deve ser elaborado e
executado por um médico do trabalho que faça parte do Serviço Especializado em
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT, considerado o
responsável para coordenar o programa. O PCMSO deve incluir obrigatoriamente
exames médicos: admissional, demissional, periódico, retorno ao trabalho e mudança
de função.

2.7.5 Equipamentos de proteção

Baú (2013) alega que o uso de equipamentos de proteção é essencial para a


segurança dos operários, pois a não utilização pode acarretar em uma série de
acidentes de trabalho, podendo levar o operário a óbito.
Ainda de acordo com o autor (2013), os equipamentos de proteção individual e
coletivo servem para proteger o operário dos acidentes de trabalho, conforme a sua
atividade laboral exercida, garantindo a segurança dos colaboradores. Também é de
suma importância a capacitação do operário para que utilize de forma correta,
garantindo a sua eficácia.
38

2.7.5.1 Equipamentos de proteção individual – EPI

Cunha (2006) caracteriza EPI como um instrumento que tem a finalidade de


proteger o operário, preservando a integridade física do mesmo, é regulamentado pela
NR-6 e a principal função é evitar possíveis lesões decorrentes de acidentes de
trabalho.
Conforme Fonseca (2018), EPI são mecanismos que visam garantir a
integridade física dos operários, protegendo os membros inferiores, superiores, além
dos ouvidos, pele e tronco. Em concordância com o Ministério do Trabalho e Emprego
– MTE, em conjunto com a NR-6 da portaria nº 3214 de 8 de Junho de 1978, os
equipamentos de proteção individual são caracterizados para a proteção da saúde do
colaborador, deve ser fornecido de forma gratuita a todos os operários, observando
todos os riscos expostos no canteiro de obra.
Rocha et al. (2019) afirma que um dos principais fatores dos operários não
usarem EPI é a escolaridade e falta de informação, desse modo, não estão
conscientes sobre os benefícios que trazem à saúde. É importante o
comprometimento quanto à utilização por parte do empregador e do operário,
proporcionando um local de trabalho seguro, com mais rendimentos.
Gallas e Fontana (2010) informam que os EPI’s devem ser disponibilizados pela
empresa e de modo que os operários tenham fácil acesso, em quantidades suficientes
para atender todos os operários. Com o fácil alcance dos operários aos equipamentos,
favorece o seu uso, pois terão economia de tempo e métodos de prevenção ao dispor
de todos.
Santana e Oliveira (2004) alegam que um dos principais motivos das causas
de acidentes de trabalho é a ausência dos equipamentos de proteção individual, ou
seja, não utilizam, por exemplo: luvas, óculos de proteção, cinto de segurança,
capacete e botas. A seguir, a igura 2 destaca exemplos de equipamentos de proteção
individual e respectivamente qual parte do corpo é utilizado o dispositivo para garantir
a proteção do operário contra acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
39

Figura 2: Tipos de EPI utilizados na construção civil.


Fonte: Frank e Sustentabilidade (2012).

Takahashi et al. (2012) afirmam que inúmeros empregadores, apesar de


disponibilizarem os equipamentos de proteção individual, não oferecem orientações
referente à utilização, nem discute sobre a importância de usar esses dispositivos de
segurança no ambiente de trabalho. Além disso, muitos operários protestam sobre o
uso, pois informam que causam desconfortos e atrapalham o desempenho das
atividades laborais.
Por fim, Jomaa (2012) enfatiza que a não utilização dos dispositivos de
segurança ocasiona uma série de prejuízos, provocando acidentes de trabalho como
destaca a Figura 3. A execução de uma obra deve atender a alguns requisitos
referentes à segurança do trabalho, as medidas impostas servem para proporcionar
um ambiente de trabalho seguro e produtivo. Ou seja, a utilização de forma incorreta
dos EPI’s, a não distribuição e a falta de consciência dos colaboradores expõe
resultados insatisfatórios e negativos relacionado à segurança.
40

Figura 3: Queda sem utilização de EPI.


Fonte: Palestra - Prevenção de acidente nos trabalhos em altura (2011).

2.7.5.2 Tipos e funções dos Equipamentos de Proteção Individual

De acordo com Beltrami e Stumm (2013), cada EPI possui sua determinada
função, desse modo, o empregador deve realizar um treinamento com os operários
para instruir o uso de forma correta. Assim, entende-se que existe uma enorme
variedade de equipamentos de proteção individual com suas características
específicas que vão de acordo com a atividade e local que serão exercidadas.
De acordo com Ayres e Corrêa (2017), a utilização do EPI não irá gerar
impactos positivos se o operário não souber o tipo e a função de cada um. Assim, os
autores listaram alguns dispositivos e acessórios básicos para a prevenção de
acidentes no ambiente de trabalho a seguir:
41

- Capacete: é um equipamento desenvolvido para a proteção da cabeça,


contra impactos de objetos, quedas, choque elétrico e a exposição a respingos de
ácidos, e também a sol e chuva.
-Óculos de proteção e protetor facial: dispositivos que possuem a finalidade de
proteger os olhos e a face contra impactos de objetos e partículas externas, como os
riscos químicos e biológicos.
- Luvas: proteção para as mãos contra substâncias químicas, choques
elétricos, materiais cortantes e exposição ao calor e frio, para cada função que o
operário exerça, existe um tipo de luva adequado para os riscos que estão expostos
no ambiente de trabalho.
- Sapato fechado: equipamento que possui o objetivo de proteger os pés, pode
ser classificado em botas ou sapatos, desenvolvidos com diferentes materiais. O
objetivo é proteger contra quedas decorrentes do chão molhado, liso, escorregadio ou
irregular, materiais perfurocortantes, choques elétricos, impacto de objetos,
substâncias químicas e agentes térmicos.
- Cinto de segurança: sua principal função é proteger o operário contra quedas
em grandes alturas. Existem dois tipos de cinto de segurança, abdominal e
paraquedista. Devem possuir dispositivos trava quedas e são confeccionados com
materiais de alta resistência.
- Protetor auricular: protetores de ouvido com objetivo de proteger contra
ruídos, que podem causar transtornos psicológicos como estresse e evitar doenças
ocupacionais permanentes, principalmente à surdez.
Máscara: proteção respiratória contra substâncias tóxicas, poeiras e vapores,
evitando o desenvolvimento de doenças respiratórias, existem duas classes:
respiradores purificadores do ar e respiradores de isolamento, classificados em
autoprotetores e autônomos.
- Vestimenta adequada: proteção do corpo contra agentes térmicos, objetos
cortantes, substâncias químicas e biológicas. Devem ser confortáveis para
executarem suas atividades, confecionada com material resistente e proporcionar
proteção da pele.
Assim, a Figura 4 destaca exemplos de como os equipamentos de proteção
individual se adequam ao corpo.
42

Figura 4: modelos de EPI


Fonte: Equipamentos de segurança (2014).

2.7.5.3 Equipamento de proteção coletiva – EPC

Barsano et al. (2014) caracteriza equipamentos de proteção coletiva – EPC


como ferramentas aplicadas em um determinado local com o objetivo de proteger um
grupo de operários que exercem sua função.
Beltrami e Stumm (2013) informam que os EPC’s devem ser escolhidos antes
dos EPI’s, ou seja, são considerados um metódo de segurança fundamental, não
possuem ligação direta com os operários, desse modo, não geram desconfortos e
consequetemente os operários apresentam maior eficiência exercendo suas
atividades laborais.
Segundo Castro (2019), os principais objetivos da utilização de EPC são:
preservar a saúde dos operários no local de trabalho, diminuir os riscos presentes no
ambiente de trabalho e aumentar a produtividade dos operários. A principal função do
EPC é bloquear o acesso de pessoas não autorizadas na área de trabalho, assim,
preservando a integridade física de todos que estejam presentes naquele ambiente.

2.7.5.4 Tipos e funções dos equipamentos de proteção coletiva


43

De acordo com Castro (2019), o EPC são dispositivos utilizados com a


finalidade de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, os operários devem
estar capacitados e treinados para utilizar de forma correta. A seguir serão listados
alguns tipos de EPC:
- Corrimão: um apoio para as pessoas terem equilíbrio para descer e subir os
desníveis com segurança.
- Exaustores para gases e vapores: possui o objetivo de eliminar gases e
vapores que possam comprometer a saúde dos operários.
- Sistema de sinalização: ferramentas com o objetivo de sinalizar, advertir e
marcar áreas consideradas de risco, podendo ser utilizada em vários ambientes.
Possuem o intuito de alertar os operários sobre a presença de perigo que possa
colocar a saúde do operário em risco.
- Tela de proteção: são manuseadas para a proteção do canteiro de obras,
prédios com aberturas laterais e ambientes que possuam riscos aparentes. O principal
objetivo é proteger contra quedas de equipamentos/objetos/materiais e evitar que
pessoas não autorizadas tenham contato com os locais de risco (SANTOS, 2015).
- Guarda corpo: conforme Pereira (2017) é a proteção contra queda de altura,
evitando a queda de operários e objetos.
- Plataforma de proteção: a plataforma é utilizada para evitar queda de materiais
e de pessoas, a quantidade de plataformas é dividida conforme o número de
pavimentos, devem ser desenvolvidadas com materiais de alta resistência, trata-se de
um EPC que tem o intuito de proteger os pedestres que circulam ao redor da
edificação. (MACHADO, 2015). A Figura 5 a seguir mostra exemplos de equipamentos
de proteção coletiva.
44

Figura 5: Equipamentos de proteção coletiva


Fonte: Ricardo Gonçalves (2016-2021).

2.8 Diálogo Diário de Segurança – DDS

De acordo com Barsano et al. (2014) o DDS tem como objetivo realizar uma
reunião diariamente com todos os operários para terem uma conversa sobre saúde e
segurança no trabalho, devem discutir sobre a utilização e conservação dos EPI’s,
informações sobre segurança e os últimos acidentes ocorridos. Geralmente é
realizado cerca de 15 minutos antes do ínicio das atividades laborais.
Segundo Júnior (1995) a CIPA é responsável pela fiscalização do DDS, assim,
realizam questionários e entrevistas com os operários para obterem informações
sobre a aplicação desse método, se estão tendo resultados positivos, um dos
principais objetivos é a conscientização dos operários quanto à segurança e saúde no
trabalho.
45

3 METODOLOGIA

Mediante os passos desenvolvidos nesse trabalho, trata-se de uma pesquisa


bibliográfica como base para o fundamento de um estudo de caso, na análise da
segurança do trabalho para prevenção de acidentes na construção civil em obras de
pequeno porte da zona urbana.
Compreende-se que o presente trabalho, trata-se de uma pesquisa
exploratória. Para Gil (1994), a pesquisa, quanto ao objetivo, é classificada em três
categorias: explicativa, descritiva e exploratória. As pesquisas exploratórias têm como
principal objetivo compreender um fato e proporcionar maior familiaridade com o
problema do caso estudado. Desse modo, também engloba pesquisa bibliográfica em
fontes de caráter científico, como livros, artigos e revistas para fundamentar a presente
temática somado com o estudo de caso.
De acordo com Yin (2009), o instrumento mais utilizado no estudo de caso é a
coleta de dados por meio de entrevistas, questionários, fotografias e a observação do
ambiente para posteriomente produzir resultados confiáveis.
Para o desenvolvimento deste, realizou-se a pesquisa bibliográfica por meio de
materiais e autores conceituados, com o principal objetivo de obter um suporte
fundamentado para aplicação de um questionário, gerou o seguinte momento que
consistiu na execução de um questionário acessível em dois canteiros de obras da
zona urbana da cidade de Poço-Verde-SE, com o intuito de analisar as experiências
dos operários com a segurança do trabalho.
Por meio dos resultados alcançados, realizou-se a análise dos dados obtidos e
a elaboração de gráficos, com o intuito de comparar os resultados com os
conhecimentos adquiridos por meio do estudo bibliográfico. Desse modo, foi possível
entender os motivos pelo qual não fazem uso dos equipamentos de proteção e os
métodos de segurança que possuem no canteiro de obras.
Segundo Lakatos e Marconi (2007) existem diversos tipos de métodos de
abordagem, classificados em: quantitativo, dedutivo, qualitativo, quali-quantitativo,
histórico-cultural, hipotético-dedutivo e indutivo.
Para a conclusão deste trabalho, utilizou-se o método quantitativo, de acordo
com Oliveira (2004), a principal característica desse método é ser claro, quantificando
os problemas para determinar os motivos, consequências e soluções. Esse método
46

refere-se à execução de quantificar dados, informações, experiências e opiniões,


mediante a realização de questionário com perguntas objetivas.

3.1 Localidade da pesquisa e coleta de dados

As informações na monografia foram obtidas por meio de uma realização de


coleta de dados em obras da zona urbana da cidade de Poço Verde, localizada no
estado de Sergipe, a uma distância de 150 km da capital Aracaju.
Realizou-se uma visita a dois canteiros de obras, totalizando 12 operários, entre
eles pedreiros e serventes. A coleta de dados ocorreu através da execução de um
questionário simples, realizado presencialmente e de forma individual, com a total
permissão dos responsáveis das obras, além da cooperação dos operários
entrevistados.

3.2 Ferramentas utilizadas para o desenvolvimento da pesquisa

3.2.1 Questionário

Para a fundamentação teórica e obtenção dos resultados do presente trabalho,


cosntrui-se um questionário com perguntas objetivas respondidas pelos operários da
obra, de forma verbal. O questionário é um conjunto de 11 perguntas simples
relacionadas à segurança do trabalho; equipamentos de proteção individual e coletivo;
saber se algum dos colaboradores já sofreu algum tipo de acidente de trabalho ou
doença ocupacional; quais os tipos de acidentes que mais ocorrem no canteiro de
obras e quais as principais causas; e compreender se o empregador disponibiliza os
equipamentos de proteção.
Além disso, a pesquisa debateu sobre algumas perguntas pessoais, como: qual
a idade dos operários; nível de escolaridade; qual cargo exerce; se trabalha com a
carteira assinada e se possuem entendimento acerca da importância da utilização dos
47

equipamentos de proteção. Destaca-se que esta pesquisa se realizou em obras da


zona urbana e foram obtidas 12 respostas. O questionário está exposto no apêndice
A.

3.2.2 Registros fotográficos

Posterior à aplicação do questionário, foram realizados alguns registros


fotográficos de algumas das atividades exercidadas pelos operários no canteiro de
obras para que seja possível analisar a segurança do trabalho naquele ambiente. Os
registros foram feitos mediante autorização dos colaboradores e dos responsáveis das
obras, caracterizando uma importante ferramenta de estudo e observação do caso, os
registros serão apresentados no capítulo seguinte.
48

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O presente capítulo tem como objetivo apresentar os resultados das


informações coletadas, a construção de gráficos e a discussão a partir de materiais
bibliográficos, de forma que alcance os objetivos propostos em relação à análise da
segurança do trabalho para prevenção de acidentes na construção civil. Assim,
analisar todos os riscos que os operários estão expostos, verificar o uso de
equipamentos de proteção individual e coletivo, compreender as consequências de
não utilizar os equipamentos de proteção no canteiro de obras, identificar os principais
tipos de EPI e EPC e entender os motivos que levam os operários a não utilizar esses
equipamentos.

4.1 Apresentação e análise dos dados coletados

Realizou-se uma pesquisa por meio do questionário supracitado com 12


operários. Notou-se que 100% dos entrevistados são do gênero masculino.
Pergunta 1: Qual a sua idade?
A seguir será apresentado o Gráfico 2, exibindo a faixa etária da idade dos
operários, entre 20 a 59 anos, distribuídos da seguinte maneira: 17% de 20 a 29 anos,
25% de 30 a 39 anos, 33% de 40 a 49 anos e 25% de 50 a 59 anos.

Faixa etária dos trabalhadores

20-29 30-39 40-49 50-59

25% 17%

25%
33%

Gráfico 2: Faixa etária de idade dos operários.


Fonte: Criação da autora (produzido em 2021)

Pergunta 2: Qual o nível de escolaridade?


49

No que se refere ao grau de escolaridade dos operários, de acordo com Santos


(2019), o setor da construção civil possui um alto índice de operários com baixo grau
de escolaridade e até mesmo analfabetos, pois é uma área que muitos cargos não
exigem um alto grau de escolaridade ou formação, a maior parte do gênero masculino.
Assim, realizou-se a entrevista e constatou-se que o grau de escolaridade dos
entrevistados, varia de analfabeto a ensino médio completo, como destaca a Tabela
1 e o índice de porcentagem no Gráfico 3 a seguir.

Grau de escolaridade Quantidade


Analfabeto 2
Ensino fundamental incompleto 5
Ensino fundamental completo 2
Ensino médio incompleto 2
Ensino médio completo 1
Tabela 1: Grau de escolaridade dos operários entrevistados.
Fonte: Criação da autora (produzido em 2021)

Grau de escolaridade

Analfabeto Ensino fundamental incompleto


Ensino fundamental completo Ensino médio incompleto
Ensino médio completo

8%
17%
17%

17% 41%

Gráfico 3: Grau de escolaridade dos operários entrevistados.


Fonte: Criação da autora (produzido em 2021)

Conclui-se que a maior parte dos operários possui o Ensino Fundamental


incompleto. Ainda de acordo com Santos (2019) o setor da construção civil representa
para esses operários uma grande oportunidade profissional, por não exigir grau de
escolaridade alto.
Pergunta 3: Qual o cargo que exerce?
Considerando que os operários de obras de pequeno porte são reduzidos,
50

durante as visitas realizadas comprovou-se que os operários que estavam presentes


desenvolviam apenas as funções de servente e pedreiro, respectivamente 50%
serventes e 50% pedreiros, como mostra o Gráfico 4 a seguir.

Cargo

Serventes Pedreiros

50% 50%

Gráfico 4: Cargo dos operários no canteiro de obras.


Fonte: Criação da autora (produzido em 2021)

Pergunta 4: O senhor trabalha com carteira assinada?


Questionou-se se os operários trabalhavam com carteira assinada, pois assim
teriam alguns direitos assegurados pela CLT, mas 100% dos operários entrevistados
informaram que não, assim exercem o trabalho informal, representado no Gráfico 5
abaixo. Para Barsano (2014) a Consolidação das Leis de Trabalho – CLT regulamenta
o vínculo empregatício, ou seja, os trabalhadores possuem direitos, como por
exemplo, afastamentos legais, medidas de segurança e medicina do trabalho,
aposentadoria, entre outros benefícios.

Carteira assinada

NÃO
100%

Gráfico 5: Operários com carteira assinada.


Fonte: Criação da autora (produzido em 2021)

Pergunta 5: O senhor sabe qual a importância de utilizar os equipamentos de


proteção?
51

Em relação a esse questionamento, examinou-se se os operários possuiam


algum tipo de conhecimento sobre a importância da utilização dos equipamentos de
proteção no canteiro de obras. Desse modo, 7 dos 12 operários informaram que
sabem da importância desses equipamentos representando 58%, e 42% não possuem
nenhum tipo de conhecimento conforme apresenta o Gráfico 6.

Conhecimento sobre a importância do uso de epi

NÃO
42% SIM
58%

Gráfico 6: Conhecimento sobre a importância da utilização de EPI


Fonte: Criação da autora (produzido em 2021)

Nas Figuras 6 e 7 percebem-se nos canteiros de obras, os operários realizando


suas atividades laborais, sem fazer o uso de nenhum tipo de equipamento de proteção
individual.

Figura 6: Operários sem uso de equipamento de proteção individual – EPI.


Fonte: Criação da autora (produzido em 2021).
52

Figura 7: Operários desenvolvendo suas atividades em ambiente laboral sem uso de EPI.
Fonte: Criação da autora (produzido em 2021).

Pergunta 6: O empregador disponibiliza algum equipamento de proteção


individual e coletivo? Qual?
Quando questionado se o empregador disponibiliza equipamentos de proteção
individual e coletivo, 33% responderam que sim, mas não são em quantidades
suficientes para todos os operários, ou seja, alguns utilizam capacetes
disponibilizados pela empresa em pouca quantidade e 67% informaram que não são
entregues os equipamentos de proteção, entretanto alguns utilizam luvas e botas, mas
são equipamentos próprios, de total responsabilidade dos operários, entretanto, é de
responsabilidade da empresa distribuir os equipamentos de proteção adequados
(Gráfico 7).

Disponibilidade de equipamentos de proteção


individual e coletivo

SIM
33%
NÃO
67%

Gráfico 7: Disponibilidade de equipamentos de proteção individual e coletivo no canteiro de obras.


Fonte: Criação da autora (produzido em 2021)
53

A falta de equipamentos de proteção é perceptível nos canteiros de obras


visitadas no município de Poço-Verde-SE. Evidencia-se que é um ambiente de
trabalho perigoso e os operários estão expostos a acidentes de trabalho, conforme
apresenta a Figura 8 a seguir:

Figura 8: Canteiro de obra sem equipamentos de proteção individual e coletivo.


Fonte: Criação da autora (produzido em 2021).

Falkoski (2017) afirma que a segurança dos operários da construção civil deve
ser realizada em todas as etapas da obra para que não ocorram acidentes de trabalho
com impactos de materiais e/ou objetos, quedas em altura, choque elétrico entre
outros citados. Dessa forma, o empregador deve disponibilizar EPI e EPC e os
operários devem utilizar de forma correta e consciente.
Conforme a Figura 8, constatou-se que os operários naquele momento não
utilizavam nenhum tipo de EPI e EPC, sendo assim, foi possível analisar alguns riscos
que os operários estão expostos realizando o trabalho em andaime sem cinto de
segurança para trabalho em altura, trava-quedas em conjunto com o cinto, capacete,
luvas, botas e vestimentas adequadas.
Além do descaso por parte dos empregadores não oferecerem os
equipamentos de proteção no canteiro de obras, constatou-se que a maioria dos
54

colaboradores não possui interesse ou curiosidade de utilizá-los mesmo sabendo que


são para a proteção da integridade física deles. De acordo com Cunha (2006), há dois
motivos para essa indifereça quanto à utilização dos equipamentos, sendo eles, a não
disponibilidade dos equipamentos, a falta de treinamento e conscientização quanto ao
uso; e o incômodo que os operários citam que os equipamentos causam, relatando
uma menor eficiência no desenvolvimento das atividades.
Pergunta 7: Existe alguma rotina de treinamento sobre como utilizar os
equipamentos de proteção individual, como conservar e a conscientização da
importância deles?
Diante do questionamento se havia alguma rotina de treinamento sobre uso de
EPI, conscientização da importância dos operários utilizarem os equipamentos de
proteção, 100% das respostas foram que os empregadores não realizam esses
métodos de segurança como rotina no ambiente de trabalho, como destaca o Gráfico
8.

Rotina de treinamento e
importância sobre uso de epi

NÃO
100%

Gráfico 8: Rotina de treinamento e importância sobre uso de EPI realizado pelos


empregadores.
Fonte: Criação da autora (produzido em 2021).

Pergunta 8: Algum equipamento te causa incômodo para utilizar? Qual?


Frente a tal questionamento do desconforto que os equipamentos de proteção
individual causam, os colaboradores citaram, em primeiro lugar, o capacete, seguido
das botas, luvas e máscaras, conforme os motivos estão descritos na Tabela 2.

EPI’s INCOMÔDO RELATADO


Capacete Quente; quando se inclinam o EPI cai.
Botas Quente; apertado.
Luvas Quente; dificulta movimento.
Máscaras Quente; dificulta a respiração.

Tabela 2: EPI’s e os incomôdos relatados.


Fonte: Criação da autora (produzido em 2021).
55

De acordo com Coleta (1991) o alto índice de acidente de trabalho na


construção civil é concedido boa parte aos operários, pela falta de atenção, a não
utilização dos equipamentos de proteção e a desorganização do canteiro de obras,
tornando um ambiente propício ao acontecimento de acidentes.
Pergunta 9: Já sofreu algum acidente de trabalho ou doença ocupacional de
acordo com a atividade que exerce? Qual?
Questionou-se aos operários se já sofreram algum tipo de acidente de trabalho
e/ou doença ocupacional e 92% relataram que sim e apenas 8% não sofreram nenhum
tipo de acidente ou doença ocupacional, como destaca o Gráfico 9.

Acidentes

NÃO
8%

SIM
92%

Gráfico 9: Índice de acidentes de trabalho.


Fonte: Criação da autora (produzido em 2021).

Dentre os acidentes/doenças ocupacionais que os operários entrevistados já


sofreram estão 37% queda em altura, 27% cortes, 18% problemas na coluna e 18%
choque elétrico (Gráfico 10).

Operários que já sofreram acidentes e/ou doenças


ocupacionais

Quedas em altura Choque elétrico


Cortes Problemas na coluna

18%
37%

27%
18%

Gráfico 10: Operários que já sofreram acidentes e/ou doenças ocupacionais.


Fonte: Criação da autora (produzido em 2021).
56

Segundo Silveira et al. (2005) o tipo de acidente que mais ocorre nos canteiros
de obras é a queda, seguido de choque elétrico entre outros.
Pergunta 10: Quais os tipos de acidentes que mais ocorrem nos canteiros de
obras?
Dentre os acidentes que os entrevistados citaram mais ocorrer no local de
trabalho, 41% citou queda em altura, 25% cortes, 17% choque elétrico e 17% queda
de material/objetos, conforme o Gráfico 11.

Acidentes que mais ocorrem no canteiro de


obras

Queda em altura Cortes


Choque elétrico Queda de material/objetos

17%
41%
17%

25%

Gráfico 11: Acidentes que mais ocorrem no canteiro de obras.


Fonte: Criação da autora (produzido em 2021).

Conforme o MPS (2014) estudos realizados revelaram que as principais causas


de acidentes de trabalho estão relacionadas a condições ambientais, interação dos
profissionais com os equipamentos de trabalho e aspectos sociais.
Pergunta 11: Quais as principais causas desses acidentes?
Ficou evidente que a maioria dos operários entrevistados citou falta de medidas
preventivas e uso de EPI como a principal causa, seguido de desorganização do
canteiro de obra e o clima ambiental.

Principais causas dos acidentes

Falta de medidas
17% preventivas e uso de EPI
Desorganização do
25% 58% canteiro de obra
Clima ambiental

Gráfico 12: Principais causas dos acidentes.


Fonte: Criação da autora (produzido em 2021).
57

Além das causas citadas pelos operários entrevistados, existem outros motivos
que geram os acidentes de trabalho, como, ferramentas/materiais inadequados,
movimentos repetitivos e exaustivos, falta de atenção.
58

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho teve como objetivo geral analisar a segurança do trabalho


para a prevenção de acidentes na construção civil em obras da zona urbana da cidade
de Poço-Verde-SE. Diante dessa situação, foi fundamental elaborar alguns objetivos
específicos: analisar todos os riscos que os operários estão expostos em suas
atividades diárias; verificar o uso de equipamentos de proteção individual e coletivo;
entender as principais consequências da não utilização desses equipamentos no
canteiro de obras; identificar os principais tipos de EPI e EPC; e, por fim, entender os
motivos que levam os operários a não utilizar os equipamentos de proteção. Os
objetivos foram alcançados com êxito, através da pesquisa bibliográfica e o estudo de
caso, com a pesquisa aplicada em campo.
O setor da construção civil possui uma enorme importância na economia
brasileira, por ser um trabalho que na maior parte exiga mão de obra humana e há
uma maior facilidade na convocação dos operários, não necessitam possuir alto grau
de escolaridade e experiência no cargo, ou seja, existem poucos operários
qualificados para desenvolver as atividades nesse setor. Diante desses pressupostos,
pode-se afirmar de acordo com a pesquisa em materiais científicos em conjunto com
a pesquisa de campo, que a situação da segurança do trabalho naquele ambiente não
está de acordo com as normas vigentes.
Diante dos resultados obtidos por meio da pesquisa, pode-se perceber que nas
obras de pequeno porte visitadas, é evidente a falta de equipamentos de proteção
individual e coletivo, tendo em vista que o empregador não disponibiliza em
quantidades suficientes para todos os operários e não há nenhuma rotina de
treinamentos e conversa com os operários sobre a importância da utilização dos
equipamentos de proteção, através dessa observação, foi possível notar que a
empresa não está em conformidade com a segurança do trabalho.
A partir da identificação desses fatores que podem levar a ocorrência de
acidentes de trabalho, pode-se perceber que não há fiscalização nos canteiros de
obras e nem a implementação de programas que são de grande importância para a
segurança do trabalho. Assim, todos esses fatores em conjunto afetam a
produtividade dos operários, pois compreende-se que o local de trabalho não é um
ambiente seguro e pode trazer inúmeros prejuízos ao operário e ao empregador.
59

Para que haja uma melhora significativa na segurança do trabalho nos canteiros
de obras, é necessário que o empregador disponibilize os equipamentos de proteção
em ótimo estado para o uso, forneça capacitação, palestras e conversas com os
operários para entender o que pensam, se possuem reclamações/sugestões para
atender a demanda de todos, e por parte dos operários, a utilização dos equipamentos
de proteção de maneira correta, sempre atento a todos os riscos que possam estar
expostos naquele ambiente. Assim, trabalharem em conjunto para que as condições
melhorem e consequentemente aumente a produtividade.
Destarte, percebe-se que por meio do estudo de caso e dos materiais
bibliográficos o setor da construção civil necessita de um maior cuidado, para que os
índices de acidentes de trabalho diminuam é importante à disponibilidade de EPI’s e
EPC’s, pois são ferramentas que tem o poder de minimizar os riscos de acidentes,
protegendo a integridade física e mental dos operários.
Em suma, o presente trabalho possui uma significativa importância para o setor
da construção civil, para que engenheiros civis, estudantes e trabalhadores da área,
tenham a noção e entendam que a segurança do trabalho é um direito de todos os
trabalhadores.
60

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APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA COLETA DE DADOS

Questionário

1. Qual a sua idade?


2. Qual o nível de escolaridade?
3. Qual o cargo que exerce?
4. O senhor trabalha com carteira assinada?
5. O senhor sabe qual a importância de utilizar os equipamentos de proteção?
6. O empregador disponibiliza algum equipamento de proteção individual e
coletivo? Qual?
7. Existe alguma rotina de treinamento sobre como utilizar os equipamentos de
proteção individual, como conservar e a conscientização da importância
deles?
8. Algum equipamento te causa incômodo para utilizar? Qual? Botas são
9. Já sofreu algum acidente de trabalho ou doença ocupacional de acordo com a
atividade que exerce? Qual?
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10. Quais os tipos de acidentes que mais ocorrem nos canteiros de obras?
11. Quais as principais causas desses acidentes?

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