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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

JULIANA QUINT MADSEN ANGULSKI


MARIA EDUARDA MARTINS

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS CAUSADAS PELA INFILTRAÇÃO NA


CONSTRUÇÃO CIVIL

Palhoça
2022
JULIANA QUINT MADSEN ANGULSKI
MARIA EDUARDA MARTINS

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS CAUSADAS PELA INFILTRAÇÃO NA


CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Engenharia Civil da Universidade
do Sul de Santa Catarina como requisito parcial
à obtenção do título de Engenheiro Civil.

Orientadora: Prof. Lucimara Aparecida Schambeck Andrade, Ms.

Palhoça
2022
JULIANA QUINT MADSEN ANGULSKI
MARIA EDUARDA MARTINS

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS CAUSADAS PELA INFILTRAÇÃO NA


CONSTRUÇÃO CIVIL

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi


julgado adequado à obtenção do título de
Engenheiro Civil e aprovado em sua forma final
pelo Curso de Engenharia Civil da
Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 01 de dezembro de 2022.

______________________________________________________
Professora e Orientadora Lucimara Aparecida Schambeck Andrade, Ms.
Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________
Prof. Valdi Henrique Spohr, Ms.
Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________
Prof. Altamiro Quevedo Schervenski, Ms.
Universidade do Sul de Santa Catarina
Dedicamos este trabalho aos nossos amigos e
familiares que sempre nos deram suporte para a
conclusão dessa fase de nossas vidas.
AGRADECIMENTOS

Nossos votos de agradecimento envolvem todas pessoas que passaram por nossas vidas
e de alguma forma nos auxiliaram para que este trabalho fosse possível.
As nossas famílias sempre foram nosso maior suporte, foram quem nos deram forças e
recursos para não desistirmos de nossos sonhos. Também nossos amigos que sempre estavam
presentes para nos animar e aliviar nossos estresses.
Gostaríamos também de agradecer a nossa professora orientadora Lucimara A. S.
Andrade que sempre foi muito flexível e paciente conosco. Mesmo a distância conseguiu nos
dar o suporte necessário.
Adicionando a essa lista de agradecimentos todos os professores que deram seu melhor
para que nós absorvêssemos o máximo de conteúdo possível e nos auxiliaram nessa jornada.
“Engenharia civil não é sobre construir coisas, mas sim, executar sonhos”
(LEONARDO ALVES).
RESUMO

Na atualidade, muitas residências estão sendo projetadas e construídas de um modo que, em


pouco tempo de utilização ou até mesmo antes da entrega, já começam a aparecer anomalias
causadoras de patologias futuras, muitas vezes de correção difícil e cara, gerando um transtorno
ao proprietário da residência. As manifestações patológicas que sucedem em uma edificação
podem ser consequências de uma vasta quantidade de motivos. Dentre as variadas adversidades,
uma das mais recorrentes está diretamente ligada à impermeabilização. Embora a construção
civil esteja sempre em avanço na área tecnológica na questão ferramentas e produtos, a mão de
obra especializada muitas vezes não acompanha a evolução dessas tecnologias. Com a carência
de conhecimento de produtos e métodos incorretos de aplicação, há presença de manifestações
patológicas. Um engenheiro, ao executar um projeto deve se importar com a impermeabilização
já durante a fase de elaboração do mesmo. Um sistema eficiente de impermeabilização visa
satisfazer quatro principais aspectos, que são: a durabilidade da edificação, conforto, segurança
e usabilidade. O presente trabalho tem como intuito conscientizar todos da área da construção
civil, sobre a importância da impermeabilização bem projetada e executada. Salientando as
manifestações patológicas que nascem através da falta ou da má aplicação da
impermeabilização com a finalidade de evitá-las, propiciando assim, um aperfeiçoamento da
vida útil da obra. São apresentadas constatações de patologias frequentes no proceder das
construções, tais como, mofos, bolores, infiltrações, fissuras e trincas. Nessa perspectiva,
referências bibliográficas foram embasadas para caracterizar essas patologias e os sistemas de
impermeabilização existentes. Para o estudo de caso, foram selecionados 2 casos da região,
diagnosticadas as patologias em cada residência e seus possíveis agentes causadores.
Posteriormente, foi proposto um método de correção viável para cada um.

Palavras-chave: Patologias; Manifestações patológicas; Impermeabilização; Construção civil;


Infiltrações.
ABSTRACT

Currently, many homes are being designed and built in such a way that, in a short time of use
or even before delivery, anomalies that cause future pathologies, often difficult and expensive
to correct, are already beginning to appear, causing inconvenience to the owner. of residence.
The pathological manifestations that occur in a building can be consequences of a vast number
of reasons. Among the various adversities, one of the most recurrent is directly linked to
waterproofing. Although civil construction is always advancing in the technological area in
terms of tools and products, specialized labor often does not follow the evolution of these
technologies. With the lack of knowledge of products and incorrect application methods, there
are pathological manifestations. An engineer, when executing a project, must care about the
waterproofing already during the elaboration phase of the same. An efficient waterproofing
system aims to satisfy four main aspects, which are: building durability, comfort, safety and
usability. The present work aims to make everyone in the civil construction area aware of the
importance of well-designed and executed waterproofing. Emphasizing the pathological
manifestations that arise through the lack or bad application of waterproofing in order to avoid
them, thus providing an improvement in the useful life of the work. Findings of common
pathologies in the construction process are presented, such as molds, molds, infiltrations,
fissures and cracks. From this perspective, bibliographic references were based to characterize
these pathologies and the existing waterproofing systems. For the case study, 2 cases from the
region were selected, the pathologies in each residence and their possible causative agents were
diagnosed. Subsequently, a viable correction method was proposed for each.

Keywords: Pathologies; Pathological manifestations; waterproofing; Construction;


infiltrations.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Formas de acesso da umidade ................................................................................... 16


Figura 2: Resultado da não impermeabilização dos baldrames, mofo ..................................... 20
Figura 3: Mofo .......................................................................................................................... 24
Figura 4: Esquema de como a impermeabilização impede a água de chegar na alvenaria ...... 25
Figura 5: Percentual de investimento das construções ............................................................. 33
Figura 6: Dois sistemas de impermeabilidade .......................................................................... 34
Figura 7: Detalhe de aplicação de Manta Asfáltica em superfície vertical .............................. 38
Figura 8: Vigas baldrames sendo impermeabilizadas .............................................................. 41
Figura 9: Impermeabilização de fachada .................................................................................. 47
Figura 10: Impermeabilização de coberturas............................................................................ 49
Figura 11: Aplicação de manta asfáltica................................................................................... 49
Figura 12: Infiltração abaixo da janela ..................................................................................... 55
Figura 13: Mofo abaixo da janela ............................................................................................. 55
Figura 14: Esquema de impermeabilização de janelas elaborado por uma das autoras, Maria
Eduarda Martins ....................................................................................................................... 56
Figura 15: Infiltração no teto .................................................................................................... 57
Figura 16: Após a aplicação do primer é aplicado o asfalto e logo em seguida a manta, nessa
foto conseguimos ver o colaborador com o maçarico aplicando a manta ................................ 58
Figura 17: Manta asfáltica aplicada .......................................................................................... 58
Figura 18: Teste de estanqueidade por 72 horas....................................................................... 59
Figura 19: Na área demarcada pelo retângulo laranja conseguimos ver a camada separadora
(lona plástica preta) .................................................................................................................. 59
Figura 20: Proteção mecânica (contrapiso) .............................................................................. 60
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 11
1.1 O TEMA .......................................................................................................................... 13
1.2 JUSTIFICATIVA E PROBLEMA .................................................................................. 13
1.3 OBJETIVOS .................................................................................................................... 14
1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 14
1.3.2 Objetivos Específicos................................................................................................... 14
2 REVISÃO DE BIBLIOGRAFIA..................................................................................... 15
2.1 PATOLOGIAS ................................................................................................................ 15
2.2 PRINCIPAIS PATOLOGIAS CAUSADAS PELA INFILTRAÇÃO ............................ 15
2.2.1 Mofo .............................................................................................................................. 15
2.2.2 Infiltração em lajes e coberturas................................................................................ 18
2.2.3 Infiltração em baldrames............................................................................................ 19
2.2.4 Infiltração em telhados ............................................................................................... 20
2.2.5 Infiltração em piscinas ................................................................................................ 22
2.3 MÉTODOS DE CORREÇÃO ......................................................................................... 23
2.3.1 Mofo .............................................................................................................................. 23
2.3.2 Infiltração em lajes e coberturas................................................................................ 24
2.3.3 Infiltração em baldrames............................................................................................ 25
2.3.4 Infiltração em telhados ............................................................................................... 26
2.3.5 Infiltração em piscinas ................................................................................................ 29
2.3.5.1 Fissuras nas piscinas ................................................................................................... 30
2.3.5.2 Falha de impermeabilização ....................................................................................... 30
2.3.5.3 Instalação hidráulica ................................................................................................... 31
2.4 MÉTODOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO .................................................................... 31
2.4.1 O que é impermeabilização ........................................................................................ 31
2.4.2 Tipos de impermeabilizantes ...................................................................................... 34
2.4.2.1 Impermeabilizantes rígidos ........................................................................................ 34
2.4.2.2 Impermeabilizantes flexíveis ...................................................................................... 35
2.4.2.3 Impermeabilizantes semi-flexíveis ............................................................................. 35
2.4.3 Sistema de impermeabilização ................................................................................... 36
2.4.3.1 Argamassa polimérica................................................................................................. 36
2.4.3.2 Manta líquida ou Emulsão acrílica ............................................................................ 36
2.4.3.3 Hidro-repelente ou Hidro-fugante ............................................................................. 37
2.4.3.4 Manta asfáltica ............................................................................................................ 38
2.4.3.5 Emulsão asfáltica ......................................................................................................... 39
2.4.3.6 Vinil .............................................................................................................................. 39
2.4.3.7 Injeção química ........................................................................................................... 40
2.5 PROCEDIMENTOS ........................................................................................................ 40
2.5.1 Impermeabilização de baldrames .............................................................................. 40
2.5.2 Impermeabilização de áreas molhadas ..................................................................... 41
2.5.3 Impermeabilização de piscinas .................................................................................. 44
2.5.4 Impermeabilização de fachadas ................................................................................. 46
2.5.5 Impermeabilização de lajes e coberturas .................................................................. 47
2.5.6 Impermeabilização de telhados .................................................................................. 50
3 METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................................................. 53
3.1 MÉTODO ........................................................................................................................ 53
3.2 TIPO DE PESQUISA ...................................................................................................... 53
3.3 INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS ........................................................... 53
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .......................................................... 54
5 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 60
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................62
1 INTRODUÇÃO

A impermeabilização é um tema apresentado na humanidade há muito tempo. Segundo


Vedacit (2010), desde os tempos dos romanos e incas eram utilizadas claras de ovos, óleos e
até sangue, para impermeabilizar as saunas e aquedutos. No Brasil, era aplicado óleo de baleia
nas argamassas de assentamento, para transformar os componentes menos permeáveis.
Progressivamente, os métodos da construção foram se aperfeiçoando, dando cada vez
mais relevância para o isolamento da mesma. Com o passar dos anos, foram elaborados
produtos próprios para a estanqueidade da água na construção civil.
O termo patologia, teve origem na medicina onde tem como um dos significados, estudo
das doenças, e na construção civil não é diferente. Assim como o esqueleto é para a medicina,
uma estrutura de uma casa ou edifício é para a construção civil, mesma comparação se vale
para a alvenaria ou revestimento onde na construção civil é considerada a pele humana para a
medicina.
Embora no Brasil a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) defina fatores
mínimos que têm de ser exercidos nas construções, é ponderado que a aflição com a
concorrência pode fazer com que os empreendedores escolham correr riscos com intuito de
ofertar com o menor valor para manter-se na disputa. Desta maneira, muitas vezes o princípio
de qualidade é desprezado, e o produto final vem a manifestar incontáveis não conformidades
e patologias, afetando sua vida útil, durabilidade, comodidade e segurança, de acordo com
Santos (2014).
Figueiredo (2003), em suas análises, classificou e definiu o primórdio das manifestações
patológicas:
a) Umidade,
- umidade decorrente de intempéries;
- umidade por condensação;
- umidade ascendente por capilaridade; e
- umidade por infiltração.
b) Trincas e Fissuras,
- fissuras provocadas por variações de temperatura;
- fissuras decorrentes de variações do teor de umidade;
- fissuras de origem química;
- fissuras provocadas por ações mecânicas;
- fissuras provocadas por deformabilidade;
- fissuras por recalques diferenciados; e
- fissuras provocadas por erros de projeto ou de execução.
c) Patologia de Revestimentos,
- eflorescência;
- fungos;
- vesículas;
- descolamento com empolamento;
- descolamento em placas;
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- descolamento com pulverulência;


- fissuras horizontais;
- fissuras mapeadas;
- descolamento por movimentação; e
- descolamento por ação de intempéries e agentes agressivos.
d) Corrosão,
- deficiência do concreto; e
- ação de agentes agressivos do meio ambiente.
e) Outras Patologias,
- soerguimento de pavimentos por crescimento de raízes vegetais.

“Na construção civil, os defeitos mais comuns são decorrentes da penetração de água
ou devido à formação de manchas de umidade” (SOUZA, 2008, p. 8).
Deutsch (2011, p. 150) elucida que “dos vícios redibitórios, o que provoca maiores
reclamações, e é dos mais difíceis de se determinar, são aqueles oriundos de águas”, sendo que
vícios redibitórios são falhas ou lapsos ocultos presente no lugar.
O “simples” surgimento de água não é informação suficiente para classificar o princípio,
pois esta flui por gravidade e conforme em alguns materiais, percola.
Ainda, de acordo com Deutsch (2011, p. 150), a água que lesiona as superfícies
localizadas longe da pressão hidrostática do terreno pode ser subdividida em:
a) provocada pela chuva;
b) pela ação capilar;
c) pela tensão superficial;
d) pela pressão do ar;
e) introduzida pelas forças de vento;
f) resultante de vazamentos nas redes.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) desenvolveu a NBR 9574,


quando estava ocorrendo as construções dos metrôs em São Paulo em 1968, que estabelece
exigências na execução de impermeabilização.
A impermeabilização trata-se de uma técnica da construção civil que tem como objetivo
realizar a vedação ou selar as superfícies com o intuito de protegê-las contra eventuais
infiltrações. Essa proteção é contra a ação das águas, que podem vir da chuva ou ainda da
lavagem da estrutura, ou mesmo da umidade.
Dessa forma, a impermeabilização contribui para que a presença de água ou umidade
não venha a trazer problemas tais como o surgimento de manchas, rachaduras, trincas, mofos e
bolores na construção.
Isso tudo visa não só manter a aparência do local bonita, como também manter toda a
estrutura e a armadura segura, evitando danos que podem vir a causar, inclusive, o desabamento
da construção.
13

1.1 O TEMA

Manifestações patológicas causadas pela infiltração na construção civil: A importância


da impermeabilização.

1.2 JUSTIFICATIVA E PROBLEMA

Com a experiência em obras que tivemos até agora percebemos o quão importante é a
impermeabilização. A falta dela ou procedimentos executados de forma errada são uma das
principais causas de patologias que surgem após a entrega da obra.
Não é admissível que a impermeabilização seja considerada como um serviço adicional,
de função meramente secundária em relação às demais etapas da construção, e de custo
adicional quase supérfluo (CUNHA; NEUMANN, 1979, p. 12).
O custo da impermeabilização não se compara com os custos que surgirão após a
execução de uma obra sem ela. Os gastos para consertar a patologia gerada serão muito maiores,
sem contar que ainda será necessário a aplicação da impermeabilização.
Em conformidade com o Instituto Brasileiro de Impermeabilização – IBI, quando a
aplicação de um sistema de impermeabilização for desempenhada conforme as regras,
utilizando materiais apropriados e por empresas confiáveis, os custos com sua execução
atingem, na média, 2% do valor total da obra. Todavia, se essa impermeabilização for adotada
meramente depois de serem averiguadas patologias no imóvel já finalizado, a aplicação desse
procedimento ultrapassa consideravelmente o percentual referido inicialmente, podendo chegar
até a valores por volta de 10% do custo total da obra.
Deste modo realizamos este trabalho com intuito de colaborar nos estudos sobre
patologias ocorridas pela falta de impermeabilização na construção civil e os métodos de
correção destas patologias ocorridas.
Neste trabalho traremos fotos de casos que presenciamos tanto de patologias quanto de
técnicas de impermeabilização.
14

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Identificar a maior parte de patologias geradas pela infiltração e umidade e assim


apresentar formas de correção e também de evitar que ocorram após a entrega da obra.

1.3.2 Objetivos Específicos

a) Identificar as formas de infiltração, as patologias geradas por elas, e os métodos


corretivos para solucioná-las de forma geral;
b) Realizar um estudo específico sobre impermeabilizações que são empregadas na
construção civil;
c) Propor soluções práticas para corrigir os problemas estudados, com os conhecimentos
obtidos na fundamentação teórica.
15

2 REVISÃO DE BIBLIOGRAFIA

2.1 PATOLOGIAS

Conforme Degussa (2003), Engenharia e estudo de sintomas têm que analisar as causas
e as descobertas das falhas e seus artifícios na construção civil. É fundamental o aprimoramento
para soluções e correções dessas adversidades patológicas.

2.2 PRINCIPAIS PATOLOGIAS CAUSADAS PELA INFILTRAÇÃO

2.2.1 Mofo

O mofo é formado por microrganismos vivos podendo ser vários tipos de fungos
microscópicos. Esses fungos se proliferam em ambiente úmido, que é vital para a existência e
o desenvolvimento deles.
Os esporos dos fungos ao se proliferarem em ambientes internos, podem desencadear
problemas alérgicos e respiratórios naqueles que vivem no ambiente. Os quartos são menos
afetados, porque em geral são mais frescos e arejados, mas ainda assim, estão suscetíveis ao
mofo porque durante a noite é produzida umidade através da respiração e sudorese dos
ocupantes.
Quanto à posição dos cômodos, os que se situam dos lados mais secos da casa, devido
às incidências de ar e luz solar, são menos propensos ao mofo do que os cômodos que ficam do
lado mais úmido, menos arejado e iluminado da casa.
“Bolor e mofo ocorrem frequentemente em paredes de tijolos aparentemente úmidos. Eles
desagregam lentamente os tijolos, deixando a superfície opaca. E, por sua cor, dão mau aspecto”.
(VERÇOZA, 1991, p. 51)
De acordo com Santos (2014), a umidade é uma das grandes causadoras de diversas
patologias na construção civil. À vista disso, é imprescindível tomar atitudes para precaver e
averiguar as possibilidades de seu aparecimento, assegurando a qualidade e segurança do
estabelecimento durante sua vida útil.
De acordo com Verçoza (1991), a manifestação da umidade que é ocasionada pela água
vinda em períodos de chuvas, gerando vazamentos em redes hidráulicas, são evidentes não somente
nas patologias construtivas, assim como, é a causa das aparições de mofos, bolores, e fragilidade
nas armações no decorrer das construções.
A figura 1 apresenta as formas de acesso da umidade.
16

Figura 1: Formas de acesso da umidade

Fonte: Schönardie (2009).

“Os problemas de umidade podem se manifestar em diversos elementos das edificações


– paredes, pisos, fachadas, elementos de concreto armado, etc. Geralmente eles não estão
relacionados a uma única causa” (SOUZA, 2008, p. 8).
Conforme Perez (1988) cita, a umidade nas obras retrata uma das adversidades mais
complicadas a serem sanadas dentro das ciências da construção civil. As anomalias que surgem
nas edificações, geralmente provocam incômodo na construção.
A umidade é o maior inimigo das construções e da saúde dos seus ocupantes. E é
justamente contra este mal que não se tomam muitos cuidados nas obras, por falta de
conhecimentos das soluções corretas ou por falta de senso de responsabilidade,
partindo-se para soluções mais baratas, mesmo por simples negligência do pessoal
encarregado da execução. É de se admirar que justamente em regiões como a nossa,
onde são frequentes chuvas em grandes quantidades e intensidades, notam-se
frequentemente falhas neste particular. Principalmente nas residências, não é bem
cuidada a proteção da alvenaria e dos pisos, contra a umidade, a negligência no
tratamento dessa proteção é como que um crime contra a saúde dos ocupantes
(RIPPER, 1984:42).

A seguir serão apresentados a classificação de acordo com as origens de umidade


encontradas em edificações, segundo Verçoza (1985, p. 20):
1) Umidades provindas do solo: Todo solo contém umidade, até mesmo o rochoso.
Em muitos casos essa umidade tem pressão suficiente para romper a tensão superficial
da água. Nesta hipótese, se houver uma estrutura porosa (terra, areia), a água do
subsolo sobe por capilaridade e permeabilidade até haver equilíbrio. A pressão é tanto
maior quanto mais próxima do lençol freático do terreno. Se uma parede porosa
17

(tijolos, argamassa de cal) entrar em contato com esse terreno, a capilaridade também
se faz sentir na parede, que umedece. Por esta razão, nunca se deve encostar terra
diretamente nos tijolos ou rebocos. Até mesmo o concreto absorve umidade. A
umidade do subsolo tem o agravante de trazer consigo sais perniciosos, que podem
desagregar as argamassas e tijolos, e também manchá-los.
2) Umidades provindas da atmosfera: As umidades devidas à atmosfera manifestam-
se em duas formas principais: infiltração das águas de chuva e condensações. As águas
de chuva penetram nos prédios e outras construções por pressão hidrostática e
percolação. É comum, por exemplo, que a água penetre por goteiras em telhados e
calhas, por má vedação das esquadrias, etc. Nestes casos a solução geralmente é
mecânica; não é problema de impermeabilização. Ou então atravessam os terraços e
paredes por percolação, quando essas paredes não são impermeáveis, ocasionando
manchas no interior das peças. Mesmo que não apareça umidade no lado oposto,
sempre há prejuízo. A condensação é muito comum em peças enterradas. Nesse tipo
de peças as paredes geralmente estão bastante frias e há pouca ventilação. Então a
água condensa-se nas paredes e não há ventilação para secá-las. Estas peças devem
ser feitas deixando-se aberturas permanentes, de preferência em disposição tal que
force a circulação de ar. Então haverá uniformidade de temperatura entre paredes e
ambiente e também evaporação mais rápida.
3) Umidades provindas da própria construção: Nem todas as manchas são decorrentes
das chuvas ou umidade do solo. Reservatórios e canalizações, por exemplo, também
causam infiltrações. Por isso eles devem ser absolutamente impermeáveis. Também
os materiais da própria construção podem causar problemas de umidade. Um metro
cúbico de alvenaria nova, contém de 130 a 230 litros de água. A madeira nova tem de
15 a 40% de seu peso em água. É normal que a água de assentamento de pisos manche
as paredes durante uns seis meses após a aplicação; é normal que o capeamento de
parquês com resinas sintéticas impermeáveis retenha a água das argamassas por
muitos meses, podendo levar até o apodrecimento, descolamento e, mais comumente,
ao fissuramento do verniz. Por isso também é preciso levar em conta esse tipo de
formação de umidade. Recomenda-se, por exemplo, só pintar a madeira depois de
perfeitamente seca; só colocar verniz sintético em parque com mais de seis meses de
colocação; procurar deixar os revestimentos para o final do verão ou princípio de
outono, etc.

Umidade por condensação: fenômeno ligado à geração de vapor nos ambientes internos,
principalmente em cozinhas e banheiros. Acontece quando a condição de umidade e
temperatura atmosférica permite que a água condense sobre a superfície de paredes. Está
associado a uma ventilação inadequada desses ambientes, seja por deficiência na dimensão de
aberturas de esquadrias ou pelo uso inadequado desses componentes.
Umidade por capilaridade: problema gerado quando a parede está inadequadamente
ligada com as vigas de fundação (baldrame), estabelecendo contato com o solo. Se essas paredes
tiverem uma parte enterrada, em contato com o solo úmido, está criado o caminho para a entrada
da umidade pela força capilar exercida pelos poros que naturalmente existem nos componentes
que constituem a alvenaria.
Moreira (2015) conceitua a infiltração por capilaridade como a ascensão da água pelos
poros capilares, ou seja, poros interligados entre si e que por vasos comunicantes migram para cima
nas construções.
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Umidade por infiltração: acontece quando a umidade atinge diretamente a parede, sendo
muito comum em ambientes enterrados - subsolos em geral - projetados sem prevenção ao
lençol freático do lado de fora.
Umidade por intemperismo: ocorre quando a água da chuva penetra pela fachada ou
pela cobertura. Na fachada, raramente ocorre por causa da permeabilidade dos materiais usados,
mas sim pela ocorrência de fissuras.
Souza (2008, p. 8) cita que as falhas em função da umidade acarretam problemas
preocupantes e de árduas medidas, tais como:
a) prejuízos de caráter funcional da edificação;
b) desconforto dos usuários e em casos extremos os mesmos podem afetar a saúde dos
moradores;
c) danos em equipamentos e bens presentes nos interiores das edificações;
d) diversos prejuízos financeiros.

Analisando vários pontos, realizar o processo de impermeabilização durante a obra é


mais benéfico que executá-la só quando manifestarem focos de umidade. Ademais de ser
econômico, evita gerar transtornos aos que sofrem com problemas respiratórios. Essa conduta
de cautela contribui com a saúde pública por manter os ambientes salubres, sem semblante
desagradável, com manchas e bolores (VEDACIT, 2010).

2.2.2 Infiltração em lajes e coberturas

A infiltração em laje de concreto, pode gerar problemas graves em toda a estrutura da


edificação. A infiltração acontece devido a alguma falha no processo de impermeabilização ou
mesmo a ausência de produtos capazes de vedar a entrada de água.
A má execução ou a falta da impermeabilização em lajes são um dos principais
causadores dos mofos nas construções.
As lajes são mais vulneráveis à infiltração por serem elementos com maior superfície, e
também em muitos casos estão expostas de maneira direta à umidade, como nas lajes de
coberturas e estacionamentos onde estão expostas à chuva e ao vento. Portanto é imprescindível
a impermeabilização bem feita, garantindo assim que a laje não sofra infiltrações.
As falhas no sistema de impermeabilização das lajes podem causar problemas menores
como manchas, bolor, descascamento de revestimentos e pintura, mas também podem trazer
riscos sérios ao desempenho da laje e de suas funções estruturais, comprometendo a segurança
da edificação.
19

O concreto não é um material 100% impermeável, é preciso aplicar um sistema de


impermeabilização para proteger essa laje. Dessa forma, o concreto e a armadura ficam
protegidos. Porém, outros fatores inerentes às lajes expostas podem passar despercebidos.
Nesse tipo de caso, a laje não está exposta somente à chuva, mas também a ventos,
tráfego intenso de pessoas e veículos, e mais importante: ao sol e às variações de temperatura.
As mudanças higroscópicas provocam variações dimensionais nos materiais porosos
que integram os elementos e componentes da construção; o aumento do teor de
umidade produz uma expansão do material enquanto que a diminuição desse teor
provoca uma contração (THOMAZ, 1989, P. 33).

Todos esses fenômenos geram movimentações na estrutura e consequentemente geram


fissuras e rachaduras que podem causar falhas no sistema de impermeabilização. As trincas são
a porta de entrada para umidade.
As restaurações definitivas demandam encontrar o motivo do problema e não apenas
tratar superficialmente a trinca, que provavelmente ficará oculta a causa por pouco tempo,
comprometendo posteriormente a segurança da estrutura. Esses parâmetros devem ser
viabilizados com o objetivo de eliminar ou pelo menos minimizar o problema (THOMAZ,
1989).

2.2.3 Infiltração em baldrames

“A infiltração é a patologia mais comum em edificações, ocasionando uma variedade


de problemas que afetam inicialmente a estrutura da obra, além de prejuízos financeiros e
principalmente afetando a saúde dos ocupantes” (SCHÖNARDIE,2009, p.10).
Na fase de execução das fundações de uma edificação, é muito importante que as vigas
baldrame, que funcionam como bases para as paredes, sejam impermeabilizadas corretamente,
a fim de impedir que a umidade presente no solo possa chegar até as paredes.
Normalmente as infiltrações por falta ou falha na impermeabilização das vigas
baldrames podem ser percebidas na parte inferior das paredes, rente ao piso, ao longo de toda
sua extensão, e pode acontecer inclusive nas paredes internas da edificação, não apenas nas
paredes externas.
A figura 2 nos monstra o resultado da não impermeabilização dos baldrames.
20

Figura 2: Resultado da não impermeabilização dos baldrames, mofo

Fonte:https://www.rsengenheiro.com/post/a-impermeabiliza%C3%A7%C3%A3o-da-baldrame-%C3%A9-
realmente-necess%C3%A1ria

Nas vigas baldrames, quando não são realizados os processos de impermeabilização,


a água que está no solo, ou por infiltrar pela parte de cima do piso, ou provinda de água da
chuva que encharca o solo ao redor da edificação, esta água se mantém abaixo do piso por um
longo período de tempo conforme atividades externas vão adicionando mais umidade ao solo,
aos poucos vai infiltrando de forma capilar na viga baldrame e continua subindo até chegar na
alvenaria, onde começam problemas como bolor, mofo, descolamento de revestimentos e
reboco, bolhas de ar na pintura entre outros problemas que podem surgir.

2.2.4 Infiltração em telhados

Granato (2002) declara que o método de impermeabilizar na construção tem como


objetivo impossibilitar mau dimensionamento de calhas e rufos, que atuam de dentro para fora
das estruturas, impedir fluidos e vapores, ademais de reprimir deslocamentos inapropriados de
água, sendo apto de conduzi-la para os locais restantes.
Entende-se ainda que a cobertura de uma obra é composta basicamente de dois
elementos, que são a estrutura, constituída de vigas e peças, metálicas ou de madeira, chamadas
de tesouras, destinadas a suportar os elementos de cobertura, e a cobertura, que cobre a estrutura
(telhas), dando proteção à obra. Pode-se ainda acrescentar à cobertura outros elementos
21

destinados à captação das águas pluviais, tais como calhas e condutores (SALGADO, 2009, p.
146).
Os vazamentos e a penetração da água da chuva são componentes que favorecem o
desgaste das telhas e da impermeabilização, deteriorando a estrutura do seu telhado. Isso faz
com que a eficácia da telha seja diminuída, permitindo a passagem de água, podendo danificar
o reboco, a pintura e até a estrutura da laje. Além do mais, é possível visualizar casos em que a
mancha de infiltração fica amarelada, desvalorizando o imóvel e corrompendo sua estética.
As infiltrações trazem diversos problemas não só estruturais, como estéticos e de saúde
também. Por isso, identificar quais são os problemas oriundos pela infiltração garante atitudes
mais eficazes que evitam o seu surgimento.
Quando não bem tratadas, podem gerar mofo; oxidação do telhado; apodrecimento da
laje e cobertura; danos nas pinturas, associado à deterioração dos revestimentos; descolamento
de sancas de gesso; curto circuito na parte elétrica; fissuras e trincas nas paredes; manchas
estufadas no teto; deterioração dos móveis, principalmente quando há goteiras; surgimento de
fungos no ambiente, colaborando o desenvolvimento de problemas respiratórios, como asma,
rinite e bronquite; além de grandes gastos com reparos e manutenções.
Ademais, os vazamentos intensos podem originar infestações de cupim, visto que
ambientes úmidos e escuros são essenciais para a reprodução desses insetos. Em decorrência, a
longo prazo a estrutura da edificação fica comprometida e será necessário investir em
manutenções externas e internas, em algumas vezes até reposições de móveis.
Os motivos para o vazamento de água pelo telhado podem ser os mais variados
possíveis. Rachaduras nas telhas metálicas ou nas telhas de concreto; vedações mal feitas;
problemas de caimento; vedações nos parafusos vencidas; falhas nas sobreposições das telhas;
membranas líquidas ineficientes para a estanqueidade; inclinação errada (planicidade); poucas
telhas por m²; telhas quebradas; desalinhamento nos encaixes das telhas; construção errada da
estrutura do telhado; falta de manutenções preventivas; entre outros fatores.
É crucial investir em ações corretivas quando o problema estiver acontecendo, alinhadas
às atividades preventivas. É plausível resolver todo o vazamento de forma duradoura e eficaz
com a garantia de um material que obtenha êxito. Caso o problema seja no telhado, será
fundamental realizar uma inspeção minuciosa para desvendar as causas. Usar produtos
inadequados além da perda do investimento não cessa com os prejuízos causados pelas
infiltrações.
22

2.2.5 Infiltração em piscinas

As piscinas estão constantemente sob pressão - ao mesmo tempo que o peso da água faz
pressão contra as paredes de dentro para fora, a terra faz o mesmo de fora para dentro. É o tipo
de circunstância que pode fazer com que qualquer infiltração se converta em rachaduras, parta
azulejos e também contamine a água.
Construir a piscina em cima das raízes de uma grande árvore, equivocar-se no projeto,
utilizar encanamento de baixa qualidade, esvaziar a piscina sem o devido escoramento são as
causas mais comuns para o surgimento de fissuras.
Paredes mal impermeabilizadas concedem o vazamento e infiltração da água da piscina
para o solo, entre os poros e fissuras que originam, gerando desperdício de água tratada. Além
de tudo, é imprescindível gastar mais energia para o tratamento e bombeamento da água.
A impermeabilização da piscina executada de modo errôneo trará como consequências,
queda de revestimentos, manifestação de fissuras, eclosão de manchas por efeito da
eflorescência e corrosão da armadura no interior do concreto armado. Há perigo para quem
utiliza, que podem obter reações alérgicas por conta do desenvolvimento de bolor e mofo.
Segundo Cânovas (1988), o desprovimento de qualidade dos materiais gera patologias
no concreto armado no andamento de sua execução, além de que o fato da baixa qualidade está
associado a vários fatores. Dessa forma, a patologia é uma consequência da negligência de uma
sucessão de normas.
Raramente estas infiltrações são aparentes ou fáceis de detectar. O vazamento ocorre
lentamente, tanto quem reside em regiões chuvosas nem percebe a alteração. Quando se torna
detectável a redução nos níveis da água a olho nu de um dia para o outro, por exemplo,
provavelmente o problema já é mais grave.
Os vazamentos nas piscinas podem afetar a estrutura de concreto, aumentar o consumo
de água e gerar infiltrações no subsolo. Além de ser inseguro para toda a área próxima da
piscina, a adversidade também pode provocar a contaminação da água por meio de elementos
externos.
Os especialistas do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI Brasil) (2018),
elencaram cinco problemas que podem ocasionar infiltrações nas piscinas. São eles:
Dimensionamento inadequado da estrutura da piscina; Falha na escolha ou execução do sistema
de impermeabilização; Desconhecimento de elementos da obra, como o nível do lençol freático;
Má execução de sistemas construtivos (alvenaria, concretagem, revestimento); Fixação
incorreta de elementos, subsequentemente à impermeabilização.
23

No caso de edificações habitacionais, a NBR 15575 (ABNT, 2013) estipula uma Vida
Útil de Projeto (VUP) de 20-30 anos.

2.3 MÉTODOS DE CORREÇÃO

2.3.1 Mofo

“A impermeabilização confina a infiltração de água, mas é a circulação de ar que torna


os ambientes salubres, não deixando proliferar o mofo. A presença de umidade nas casas
provoca doenças respiratórias” (VEDACIT, 2010, p. 11).
Há diversos causadores de mofo então há diversas formas de correção, entre eles:
Umidade por condensação: Está associado a uma ventilação inadequada desses
ambientes, seja por deficiência na dimensão e aberturas de esquadrias ou pelo uso inadequado
desses componentes. O dimensionamento das esquadrias adequado ao ambiente basta para
resolver essa questão. Em regiões muito úmidas, por exemplo, é importante que algumas
esquadrias permitam ventilação permanente para retirar o excesso de vapor gerado nesses
lugares.
Umidade por Capilaridade: O problema pode ser evitado isolando e afastando a parede
do solo úmido durante a sua execução. Isso pode ser feito com a colocação de drenos, como
brita ou geotêxtil. Se não for possível ter acesso à manutenção do sistema de
impermeabilização, sua vida útil deve corresponder à da edificação.
Umidade por infiltração: A única maneira de fugir da infiltração é por meio de correta
especificação e execução do sistema de impermeabilização, que varia de acordo com a situação.
Por exemplo, a saída vai ser a de utilizar sistemas de pintura que formam uma película
impermeável de grande flexibilidade e durabilidade sobre a superfície externa das paredes.
Já para umidade por capilaridade ou por infiltração, é necessário eliminar o contato entre
a parede e o solo úmido para garantir que o problema não reapareça com o tempo. Existem
argamassas impermeabilizantes no mercado que podem resolver, mais especificamente, a
umidade por capilaridade.
A figura 3 apresenta uma parede com manifestação patológica de mofo.
24

Figura 3: Mofo

Fonte:https://www.hydronorth.com.br/hydroresolve/tinta-impermeabilizante-a-melhor-opcao-para-evitar-mofo-
nas-paredes/

2.3.2 Infiltração em lajes e coberturas

Para a manutenção de uma manta mal aplicada ou que acabou sendo fissurada, é
necessário arrancar, da área em que a manta que precisa ser trocada está, o revestimento (pisos,
porcelanato, vinílico...) e a proteção mecânica (contrapiso) para assim chegar na manta. Ao
atingir o local correto é preciso retirar a manta afetada com cuidado para não afetar mais áreas.
Em seguida realizar o processo de impermeabilização correto e refazer todos os passos
novamente.
Caso a laje não tenha sido impermeabilizada e a obra já esteja finalizada, uma boa
solução é a Impermeabilização com Poliéster Flexível. O sistema pode ser aplicado tanto
durante o período de obra, quanto depois da obra concluída (como é feito na grande maioria
dos casos).
A grande vantagem em obras prontas é não ser necessário retirar o piso, ou o
revestimento prévio. Isso se traduz em um serviço realizado com mais rapidez, e sem o stress e
as dores de cabeça de uma reforma.
O poliéster flexível é leve, e, portanto, não adiciona sobrepeso na laje, e além disso é
recomendado que o próprio sistema seja o acabamento final, não sendo necessário um novo
contrapiso ou revestimento no local de aplicação. São diversas opções de acabamento, imitando
pedras naturais, cerâmica e até madeira.
25

2.3.3 Infiltração em baldrames

Para tratar o problema nas paredes que a falta de impermeabilização em baldrames


causa: as paredes devem ser descascadas até uma altura de 50 cm, em seguida aplicar argamassa
com aditivo impermeabilizante tomando cuidado de preencher toda a superfície afetada.
Aguardar até que a camada seque para que a parede possa receber novamente o reboco, emboço
e pintura. Caso seja possível, o ideal seria conseguir acessar inclusive a viga baldrame para que
possa também receber uma camada de impermeabilizante, embora, muitas vezes somente é
possível acessar uma de suas laterais, no caso das paredes externas.
Quando ocorre a impermeabilização adequada da viga baldrame (figura 4), a água que
passaria pelo baldrame e chegaria até a alvenaria e posteriormente ao reboco e pintura, fica
retida na viga baldrame e impede que ocorram esses problemas além de outros que possam
acontecer dependendo do caso. A água que infiltra no baldrame também se torna muito menor,
pois é realizada a impermeabilização da parte superior e laterais do baldrame.

Figura 4: Esquema de como a impermeabilização impede a água de chegar na alvenaria

Fonte:https://www.rsengenheiro.com/post/a-impermeabiliza%C3%A7%C3%A3o-da-baldrame-%C3%A9-
realmente-necess%C3%A1ria

O ponto mais importante disso tudo é o dinheiro, sempre será melhor prevenir do que
remediar, o investimento para a impermeabilização da viga baldrame varia conforme o tamanho
da obra e existem diversos produtos no mercado, dois exemplos são: Neutrol e Denvertec, onde
seu material pode ser uma manta asfáltica como é o exemplo do Neutrol ou uma argamassa
26

impermeabilizante a base de cimento como é o caso do Denvertec. Além destes, existem


diversos produtos e marcas para impermeabilização, alguns mais rígidos e outros mais flexíveis.
Impermeabilizantes mais rígidos feitos com um sistema cimentício suportam impactos
de menor porte. Já impermeabilizantes mais flexíveis que é o caso das membranas poliméricas
e mantas asfálticas suportam deformações de maior porte. A escolha do melhor
impermeabilizante deve ser definida pelo responsável técnico, conforme a classe de
agressividade do solo e do ambiente em que será exposto essa estrutura.

2.3.4 Infiltração em telhados

Para evitar que todas essas consequências eclodam, é imprescindível saber identificar a
presença da infiltração e investir em ações corretivas quando o problema já está agindo,
alinhadas a atividades preventivas para evitar futuros incidentes.
Os indícios fornecem informações importantes para evitar que a infiltração alastre e
comprometa a estrutura do lar de maneira geral. Em vista disso, sempre que surgir algum sinal,
é necessário averiguar o estado do telhado, checar a conservação das telhas e ficar atento caso
apareça outros vestígios do problema.
Primeiramente, deve-se entender a estrutura do telhado. Afinal, há quatro camadas
básicas que compõem a sua construção: laje, impermeabilização, madeiramento e telhas. Além
do mais, para ter um reforço contra vazamentos, é viável aplicar a manta impermeabilizante
antes das telhas.
Esse procedimento garante um resultado muito mais efetivo, tendo em consideração que
será possível identificar com mais rapidez a origem do problema. Após isso, deve-se identificar
a causa do vazamento.
Para checar problemas de impermeabilização: tem que tampar as saídas das calhas e
enchê-las com água. Se houver algum vazamento, a impermeabilização não foi executada da
forma correta.
Caso seja preciso agir de uma forma mais rápida, investir nas mantas é a melhor opção.
Pois ela reforça a impermeabilização e consegue conter a entrada de água com facilidade. Mas
também, é sempre bom conferir a qualidade das telhas e, se necessário, realizar a troca.
Caso a situação seja mais grave, a melhor maneira é fazer a troca total do telhado,
aplicando um novo impermeabilizante entre a laje e o madeiramento e investindo em telhas
resistentes ao efeito do sol, vento e chuva. Sendo esse um método mais eficaz, porém com um
elevado custo e maior tempo de manutenção.
27

As calhas, além de evitar goteiras e infiltrações, possibilitam o desenvolvimento de um


lar sustentável que pode investir na reutilização da água da chuva caso queiram.
Porém, por ficarem expostas diariamente aos efeitos do ambiente, podem ocasionar
alguns problemas como o entupimento, principalmente quando não recebem a manutenção
preventiva e higienização adequada. Como resultado, há diversas casas com calhas repletas de
água prejudicando a saúde da telha e favorecendo o surgimento da infiltração.
Além de que, com a água parada, contribuem para o desenvolvimento de doenças como
a dengue e colocam a qualidade de vida dos moradores em risco. O entupimento de calhas pode
ser prontamente consertado com higienização profunda, a desobstrução dos canais e adição de
telas. Ou, caso a calha manifeste fissuras ou rigidez no entupimento, muitas vezes é mais
vantajoso realizar a troca do material para garantir que esse problema não aconteça novamente
no futuro. Assim, deve-se realizar a manutenção preventiva periódica, limpando-a com a
frequência solicitada pelo fornecedor.
As telhas são constituintes fundamentais em qualquer construção. Além de oferecerem
um apelo estético único, são responsáveis por proteger a estrutura do telhado, proporcionando
conforto térmico e garantia de que não haverá infiltrações. Todavia, quando aplicadas de
maneira equivocada, elas possibilitam o efeito antagônico. Ou seja, ao invés de oferecerem
segurança para a estrutura e evitarem os vazamentos, as telhas mal aplicadas e quebradas
concedem a passagem de água e prejudicam a saúde da laje.
Para verificar problemas nas telhas: procurar por rachaduras, quebras, fissuras e falta de
vedação, em vista que esses quatro aspectos facilitam a entrada de água no telhado. Para isso,
tem que se posicionar entre o madeiramento e a laje para também não serem danificadas.
Essa situação é mais simples, com uma rápida solução e melhor custo-benefício: trocar
as telhas. Nos casos em que o telhado apresenta poucas peças rachadas ou quebradas, basta
trocar as danificadas e substituí-las pelas novas.
Raramente o telhado apresentará uma grande quantidade de telhas muito danificadas a
ponto de trocar, visto que isso acontece geralmente em locais com muito vento ou que sofreram
alguma tragédia natural. Entretanto, se isso acontecer, é melhor investir em um novo telhamento
e recomeçar a construção do zero.
Se essa for a opção a ser seguida, será fundamental escolher materiais de boa qualidade
e utilizar um bom sistema de vedação que impeça a entrada da água da chuva de forma eficiente.
Se a região sofre com ventos intensos e alta frequência de chuva, o mais seguro e econômico é
escolher peças resistentes, como as telhas de fibrocimento.
28

Para conferir problemas no madeiramento: o ideal é investigar se existem curvas no


telhado ou se ele está empenado. Dessarte, será necessário investir em ajustes estruturais e
técnicas mais precisas para modificar a estrutura do telhado. Comumente, as sequelas geradas
pelo mau suporte das telhas são provenientes da construção mal feita, com baixa inclinação e
desníveis perceptíveis.
Problemas com vazamentos de tubulações da laje são mais profundos e demandam um
maior tempo e atenção para realizar o manuseio adequado da situação. Por ser uma estrutura
fundamental para o sustento da moradia, necessita que se atente aos sinais de manchas, bolhas
nas pinturas, goteiras e rachaduras no teto.
Dessa forma, é capaz de identificar as possíveis tubulações que podem expor
vazamentos e averiguar a necessidade de trocá-los. Também é importante examinar a caixa
d’água para se assegurar que ela não apresenta nenhuma rachadura, já que isso também pode
ocasionar infiltrações.
As fissuras e rachaduras no teto e paredes são indícios que podem designar a presença
de telhado com infiltração. Via de regra, esse fator denota que falta de impermeabilização na
laje, prejudicando a estrutura da habitação, mas essas também podem auxiliar o surgimento
desse problema.
Isso porque, quando a rachadura não é resultado do vazamento, ela pode desestruturar a
região e facilitar o desenvolvimento de uma infiltração, bem como aumentar a umidade do
ambiente. Assim, a impermeabilização é comprometida e você precisa identificar a origem da
fissura.
Muitas pessoas, com intuito de economizar, escolhem soluções inadequadas para suas
construções e comprometem a estrutura do telhado, dando abertura para o surgimento dos
vazamentos.
Por exemplo, uma das estratégias empregadas para economizar na execução da obra é
utilizar mantas impermeáveis de baixa qualidade para proteger a laje. Porém, com o tempo, ela
perde sua utilidade e facilita a entrada de água no telhado.
O ideal para garantir a boa recuperação da área afetada é investir na nova construção,
usando um produto eficiente de impermeabilização, telhas de boa qualidade e a manta, caso
seja necessário. Essa ação envolve um gasto inicial elevado, porém oferece uma qualidade
superior. Com isso, obtém-se uma melhor vida útil dos materiais, estrutura e móveis, além de
oferecer segurança para todos, com um ambiente confortável e esteticamente agradável.
29

2.3.5 Infiltração em piscinas

É normal uma piscina perder em torno de três milímetros de água por dia,
principalmente em dias quentes e secos. Porém, se a perda for superior a esse número dentro de
24 horas, é possível que esteja ocorrendo um vazamento, o que pode ocasionar uma infiltração.
Saber como a infiltração surgiu é a primeira maneira para pensar em como corrigir o problema.
Primeiramente, deve-se desligar todos os equipamentos da casa de máquinas - bombas,
filtros, aspiradores, cascatas e qualquer aparelho que intervenha com a movimentação da água.
Após isso, tem que conferir e monitorar os níveis da água. Uma boa maneira é utilizar
um balde com água, no mesmo nível da piscina, e colocá-lo em um dos degraus do lado interno
durante 24 horas. Se houver algum vazamento na piscina, o nível do lado externo será inferior
após esse período, já que a água que está no balde não tem como sair.
Caso a piscina não tenha escadas, pode ser colocado um marcador, como uma fita, para
indicar o nível. Deve-se desligar todos os equipamentos e, depois de algumas horas, verificar
se a marca da água está mais baixa. Porém, é importante ficar atento que não é porque o nível
está mais baixo que há, fatalmente, uma perda anormal. Em dias muito quentes é natural que a
medida diminua.
E se, durante os processos acima, for identificado que realmente há um vazamento na
piscina, então tem que descobrir em que parte ele está. Uma técnica é usar um corante. Com
tudo desligado, colocar um pouco dele na área suspeita. Caso o produto seja sugado para
“dentro da parede”, a região do vazamento foi identificada.
A solução é diferente para cada tipo de escoamento e da piscina. Se é uma piscina de
azulejo, por exemplo, cujo problema está no revestimento ou no projeto, a recolocação da peça
não resolverá o problema - é mais plausível que seja necessário fazer a recomposição da manta
que fica abaixo dos azulejos.
Em contrapartida, as piscinas de fibra exigem que a cobertura de rachaduras seja
executada com material específico, que funciona como uma cola e impossibilita que a água
fique vazando, mesmo que em pequenas quantidades.
O tratamento apropriado da piscina também é uma maneira indispensável para o
prolongamento da vida útil das estruturas e um modo de prevenir os vazamentos. Já que, a água
com níveis muito elevados de acidez favorece o aceleramento da oxidação das tubulações e das
estruturas, principalmente no caso das piscinas de fibra.
Para a impermeabilização de piscinas elevadas e enterradas, poderão ser empregues as
membranas de poliuretano para impermeabilização, membrana de polímero acrílico com ou
30

sem cimento, manta asfáltica ou manta de PVC. Para as piscinas enterradas, inicialmente deverá
ser averiguado a existência de lençol freático ou umidade e, caso tenha, primeiro deve ser
corrigida antes de aplicar o sistema impermeabilizante.
É possível especificar os sistemas de impermeabilização em dois grupos: rígidos e
flexíveis. As argamassas e aditivos são classificados como rígidos. Já as mantas são soluções
flexíveis. Ambos os sistemas possuem vantagens e desvantagens. Por exemplo, os produtos
flexíveis se ajustam da melhor maneira às movimentações das estruturas do que os rígidos.
Todavia, o procedimento de instalação das mantas requer maiores cuidados, porque
qualquer erro ou perfuração afeta toda a impermeabilização. Enquanto, argamassas e aditivos
não sofrem com esse tipo de atenção, como exemplos as superfícies que recebem os aditivos
cristalizantes, que naturalmente selam fissuras que venham a surgir.

2.3.5.1 Fissuras nas piscinas

Geralmente ocorrem por causas estruturais e podem comprometer a piscina.


Comumente surgem nas paredes ou no fundo.
Como detectar: deve-se entrar em contato com uma empresa especializada para
identificar a fissura que está causando a infiltração. Para esse intuito, são utilizados
equipamentos específicos, que não requerem o esvaziamento da piscina, como o sistema de
ultrassom ou os testes de ar pressurizado.
O que fazer: se a piscina for de alvenaria, uma alternativa é a retirada dos azulejos e a
vedação do tanque de concreto. Outra opção pode ser a colocação de um bolsão de vinil, que é
um revestimento feito de um laminado de PVC, simulando azulejos, pedras ou pastilhas. Para
as piscinas de fibra, o ideal é fazer uma laminação seguida de pintura com gel coat, que protege
e impermeabiliza. Se o problema for no vinil, existem técnicas de manutenção. Ou se for mais
grave, faz-se necessária a troca do revestimento.

2.3.5.2 Falha de impermeabilização

Costuma ser normal em piscinas de alvenaria e uma das causas da infiltração.


Como detectar: a falha de impermeabilização é o mais recorrente.
O que fazer: o método mais fácil é a aplicação de produtos cristalizantes diretamente na
água da piscina, os quais são capazes de vedar os pontos problemáticos. Se não resolver, pode
31

haver a necessidade da troca de revestimento e a retirada dos azulejos para uma nova
impermeabilização.

2.3.5.3 Instalação hidráulica

A infiltração pode ser gerada por problemas na instalação hidráulica, como rachaduras
nos canos ou cotovelos.
Como detectar: empresas do setor possuem métodos para detectar o problema, que
também pode estar em retornos, ralos, aspiração e bomba.
O que fazer: Geralmente é feita a troca da tubulação ou dos equipamentos afetados.
Como a maneira e o produto que deve ser aplicado varia com o solo e o material da
piscina, mesmo com diversos métodos que já foram eficazes, a melhor maneira é chamar um
profissional especializado em piscinas. Com o uso de equipamentos adequados, ele conseguirá
identificar com mais precisão onde reside o problema.

2.4 MÉTODOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO

2.4.1 O que é impermeabilização

É uma técnica que consiste na aplicação de produtos específicos com o objetivo de


proteger as diversas áreas de um imóvel contra ação de águas que podem ser de chuva, de
lavagem, de banhos ou de outras origens.
De acordo com a NBR 8083 (ABNT, 1983), o sistema de impermeabilização é um
agrupamento de materiais impermeabilizantes no âmbito da construção civil. O modo de
aplicação tem como propósito resiliência e impermeabilidade dos materiais, proteção mecânica,
seu isolamento térmico e custos.
Vedacit (2016) alega que a técnica de impermeabilização é propícia para ser utilizada
nos reparos e prevenções de umidades e infiltrações, em fundações, cortinas, paredes, subsolos,
reservatórios, piscinas, poços de elevador, áreas molhadas e molháveis, que agem diretamente
e indiretamente sob pressão da água.
Segundo Deutsch (2011, p. 149) “Impermeabilizar superfícies horizontais e verticais
nas edificações é prevenir a penetração d’água nos seus elementos estruturais e arquitetônicos”.
De fato, nada é rígido e imutável na construção. A impermeabilização carrega o
estigma de um certo mistério provocado pela grande variedade de produtos e sistemas
que são oferecidos, com características e custos dispares ou pela sofisticação da
argumentação técnica, para compelir os que não tem conhecimento, a terem a imagem
32

de uma solução difícil que confunde os leigos e motiva as pessoas a fugirem da


impermeabilização (CUNHA; NEUMANN, 1979, p. 15).

Água infiltrada nas superfícies e estruturas afeta o concreto, sua armadura (“ferragem”),
as alvenarias e os revestimentos. O ambiente fica insalubre (umidade, fungos e mofo),
diminuindo a vida útil da edificação, sem falar no desgaste físico e emocional do proprietário
ou usuário que sofre com a má qualidade de vida causada pelos problemas existentes no imóvel.
De acordo com Salgado (2009, p. 170) “não existe meia impermeabilização, ou ela é
bem executada ou simplesmente não existe”.
A exemplo dos projetos de arquitetura, da estrutura de concreto armado, das instalações
hidráulica e elétrica, de paisagismo e decoração, entre outros de uma obra comercial, industrial
ou residencial, a impermeabilização também deve ter um projeto específico, um projeto que
detalhe os produtos e a forma de execução das técnicas de aplicação dos sistemas ideais de
impermeabilização para cada obra.
De acordo com Santos (2014), ter um Projeto de Impermeabilização expressa maior
seguridade para a empresa ou funcionário que executará, estando dentro da normalização,
conforme a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e conforme o IBI (Instituto
Brasileiro de Impermeabilização).
Segundo o Instituto Brasileiro de Impermeabilização entende-se que:
O projeto de impermeabilização deve ser parte integrante dos projetos de uma
edificação, como hidráulica, elétrica, cálculo estrutural, arquitetura, paisagismo. Isso
porque a impermeabilização necessita ser compatibilizada com todos os componentes
de uma construção de forma a não sofrer ou ocasionar interferências.

As primordiais normas acerca da impermeabilização são:


a) NBR 9575 (ABNT, 2010): Seleção e Projeto;
b) NBR 9574 (ABNT, 2008): Execução de impermeabilização.
Conforme a NBR 9575 (ABNT, 2010), “o tipo adequado de impermeabilização a ser
empregado na construção civil deve ser determinado segundo a solicitação imposta pelo fluido
nas partes construtivas que requeiram estanqueidade”. A solicitação pode suceder de quatro
modos:
a) imposta pela água de percolação;
b) imposta pela água de condensação;
c) imposta pela umidade do solo;
d) imposta pelo fluido sob pressão unilateral ou bilateral.
Esta norma define que a impermeabilização deve ser projetada com a finalidade de:
a) evitar a passagem de fluidos e vapores nas construções, pelas partes que requeiram
estanqueidade, podendo ser integrados ou não a outros sistemas construtivos, desde
33

que observadas normas específicas de desempenho que proporcionem as mesmas


condições de estanqueidade;
b) proteger os elementos e componentes construtivos que estejam expostos ao
intemperismo, contra a ação de agentes agressivos presentes na atmosfera;
c) proteger o meio ambiente de agentes contaminantes por meio da utilização de
sistemas de impermeabilização;
d) possibilitar sempre que possível acesso à impermeabilização, com o mínimo de
intervenção nos revestimentos sobrepostos a ela, de modo a ser evitada, tão logo sejam
percebidas falhas do sistema impermeável, a degradação das estruturas e componentes
construtivos.

Segundo Verçoza (1985, p. 11), “Nas construções, os defeitos de impermeabilização


podem causar os seguintes problemas: goteiras, manchas, mofo, apodrecimento, ferrugem,
eflorescências, criptoflorescências, gelividade e deterioração”.
O projeto deve ser desenvolvido em conjunto e compatibilizado com os demais
projetos de construção, tais como arquitetura (projeto básico e executivo),
estrutural, hidráulico-sanitário, águas pluviais, gás, elétrico, revestimento,
paisagismo e outros, de modo a serem previstas as correspondentes especificações
em termos de tipologia, dimensões, cargas, ensaios e detalhes construtivos (NBR
9575, 2010).

Granato (2002) relata que o sinônimo de segurança e durabilidade da estrutura é a


impermeabilização, visto que, esta tem como intuito proteger a edificação de possíveis
patologias, ocasionadas pela infiltração da água, acoplada aos componentes agressivos,
acarretando danos em razão da agressividade atmosférica.
Cunha (1979), profere que a impermeabilização é um método de extrema importância e
necessidade. Não tem de ser classificado como uma responsabilidade secundária em
comparação com os outros serviços.
É imprescindível destacar que o custo para implementar a impermeabilização em uma
construção não é excessivo, como percebe-se na figura abaixo.

Figura 5: Percentual de investimento das construções

Fonte: VEDACIT (2010).


34

2.4.2 Tipos de impermeabilizantes

Segundo a NBR 9575 (ABNT, 2003) há duas categorias de impermeabilização: a rígida


e a flexível. O emprego de cada uma delas dependerá das superfícies em que serão aplicadas e
do tratamento que cada material requer, conforme apresenta a figura 6.

Figura 6: Dois sistemas de impermeabilidade

Fonte: VEDACIT (2010).

Além desses dois, existe também o semi-flexível, um tipo mais recente que foi
difundido, porém ainda não foi inserido entre as normas técnicas no Brasil.

2.4.2.1 Impermeabilizantes rígidos

Os impermeabilizantes rígidos são argamassas com aditivos químicos que podem ser
misturadas às comuns e ao concreto no momento da cobertura. São comercializados sob a forma
de resinas epóxi, cimentos poliméricos e cristalizantes.
35

Estes são propostos para as áreas que não estão reféns da movimentação, evitando
formação de fissura, ou onde a mobilidade da estrutura é menor, como baldrames, subsolo,
fundações, pisos internos em contato com o solo, contenções, ou que não estão sujeitas a
variações de temperatura muito grandes.
Segundo Vedacit (2010), tem como objetivo “atuar de forma direta nos poros de
argamassas e concreto, formando uma fina película que absorve a água e ajuda a tamponar esse
poro”.
Se as indicações não forem seguidas, tanto o impermeabilizante quanto à estrutura pode
sofrer com o surgimento de fissuras e, consequentemente, umidade.
De acordo com Cunha e Neumann (1979, p. 18) “as impermeabilizações rígidas são os
concretos que se tornam impermeáveis pela inclusão de um aditivo, e os revestimentos com
argamassas, tratados da mesma forma”.

2.4.2.2 Impermeabilizantes flexíveis

São constituídos por polímeros e elastômeros, podendo ser instalados ou pré-moldados


no local. Apresentam propriedades bem mais elásticas. Sendo assim, conseguem se adequar à
estrutura durante as movimentações e, por conseguinte, cobrir trincas e fissuras.
Ideais para regiões onde é comum o aparecimento de fissuras ou para superfícies muito
expostas ao sol e a variações de temperatura. Devem ser aplicados em zonas de maior
movimentação estrutural dos materiais, grande circulação de pessoas ou cargas. Como exemplo,
alguns locais propícios para utilização: lajes, terraços, estacionamentos e pátios, reservatórios
suspensos de água, cozinhas, piscinas e banheiros.

2.4.2.3 Impermeabilizantes semi-flexíveis

São compostos por uma argamassa bicomponente (polimérica). Este possui uma mistura
de um pó com um líquido que forma uma argamassa simples de ser aplicada nas superfícies.
Os impermeabilizantes semi-flexíveis dispõem de características intermediárias. Uma de suas
propriedades dominantes é a baixa resistência mecânica, além de ser contraindicado para áreas
vulneráveis à dilatação térmica.
36

2.4.3 Sistema de impermeabilização

Picchi (1986) ressalta que atualmente no mercado de trabalho, possuem variados tipos
de sistemas de impermeabilização, assim como são muitos os fabricantes de materiais,
requerendo-se maior aprofundamento no assunto. Todavia, diversos profissionais ainda estão
desatualizados em relação a essas técnicas.
Para cada tipo de superfície que se deseja impermeabilizar, há um sistema mais
apropriado que assegura mais vedação, proteção e eficiência.
“A principal função dos acabamentos é a de proteção dos elementos estruturais e
alvenarias de vedação. Os acabamentos protegem a edificação das intempéries aumentando sua
vida útil e desempenho” (DEUTSCH, 2011).

2.4.3.1 Argamassa polimérica

Produto composto por cimento, aditivos químicos e polímeros que, juntos, atuam na
impermeabilização. Por ser versátil, é recomendado tanto para impermeabilizações
hidrostáticas de pressão positivas, quanto negativas.
Indicado para áreas molhadas, como decks de piscina, caixas d’água, rodapés, poços de
elevadores, vigas baldrames, muro de arrimos, subsolos, em paredes internas e externas como
camada anterior à pintura, pisos frios, como em áreas de cozinhas e banheiros, como camada
anterior à argamassa de assentamento dos revestimentos cerâmicos.
Sua utilização é feita a frio com o auxílio de rolos e telas de poliéster, para estruturação.
O executante deve ter muita cautela em relação aos tempos de cura na hora de aplicar cada
demão. Como possui baixa resistência mecânica superficial, é indicado o uso de um
revestimento de proteção, em caso de tráfego.
Vantagens – fácil aplicação, versátil de ser executado em diferentes regiões, facilidade
em encontrar mão de obra.
Desvantagens – baixa resistência às grandes movimentações térmicas; durabilidade e
baixa garantia.

2.4.3.2 Manta líquida ou Emulsão acrílica

É o acrílico associado ao elastômero, resultando em uma membrana líquida. Entre as


demãos, é feita a instalação de telas estruturantes. Devem ser respeitados os procedimentos de
37

cura, para que se obtenha a secagem íntegra da água. Muitos produtos no mercado, apesar de
sua composição, têm ganhado o nome comercial de “Manta líquida”. Mesmo que, no geral, são
com base acrílica.
Este sistema é classificado como flexível, podendo ser aplicado em locais submetidos à
movimentação térmica.
O produto é muito utilizado para selar pisos, paredes, marquises, coberturas e lajes
expostas à chuva. É uma boa opção para reformas, e áreas onde não haverá tráfego de pessoas
e veículos, pois os sistemas acrílicos não possuem resistência mecânica.
Vantagens – fácil aplicação, fácil acesso ao produto, ótima opção para áreas de difícil
acesso e reformas.
Desvantagens – permite empoçamento de água, sob risco de o material voltar ao estado
de emulsão, não resiste à abrasão, mão-de-obra muitas vezes não é totalmente qualificada,
gerando problemas de aplicação, possui um acabamento bem simples, não sendo adequado para
áreas de lazer.

2.4.3.3 Hidro-repelente ou Hidro-fugante

É um produto que repele a água e conserva o local sempre seco. Podem ser empregados
no gesso, nas argamassas e no concreto. Apresentam uma tensão superficial da estrutura, então,
assim que entram em contato com a estrutura, escoam rapidamente. Por este motivo, também
são conhecidos como hidrorrepelentes.
Em comparação com outros impermeabilizantes, estes possuem um grande diferencial,
porque, além de evitar a entrada da água nas estruturas, também dificultam a sua adesão,
deixando a superfície inteiramente seca. Assim sendo, são ótimos para os locais que devem
ficar sempre secos.
Não obstante, esse é um sistema de impermeabilização rígido, e não deve ser aplicado
nas regiões aptas a grande dilatação térmica ou estresse mecânico por vibrações.
Já que não altera a estética da superfície inserida, usualmente é recomendado para
fachadas, superfícies porosas, pedras, telhas, tijolos, entre outros.
Possui um baixo custo, possibilitando o seu uso em construções de diferentes
orçamentos.
38

2.4.3.4 Manta asfáltica

Um tipo de asfalto composto por polímeros, são materiais pré-fabricados, vendidos em


rolos, feitos sob medida. Sua aplicação deve ser executada sob calor, com auxílio de um
maçarico, para certificar de uma aderência total às superfícies. A resistência mecânica e a
abrasão é pequena, à vista disso deve ser efetuada uma camada de revestimento – contrapiso e
piso, por exemplo – com intuito de proteção do sistema e garantia de sua durabilidade.
Um dos seus grandes diferenciais é a elasticidade abundante, sendo uma das alternativas
para as impermeabilizações flexíveis. Entretanto, com a inovação de tecnologias de aplicação
a frio, as mantas não estão sendo mais desfrutadas como outrora. Portanto, desapoderaram de
sua liderança, já que, há alguns anos, eram os impermeabilizantes mais populares do mercado.
A função da manta é estruturante, por essa razão são ideais para lajes, caixas d’água e
áreas úmidas e molhadas.
De acordo com VEDACIT (2010), em superfícies verticais deve-se colocar a manta
inicialmente sobre todo o piso e cobrir a parte da meia-cana, após tem de se colocar outra manta
para executar parte do rodapé que fica com manta dupla, descendo o piso 10 cm. E nas paredes
assentar argamassa com tela galvanizada ou plástica, com malha ½ a 1 (Figura 7).
Vantagens – sistema popular, práticas e rápidas de aplicar, fácil de encontrar a venda,
custo competitivo na etapa de construção.
Desvantagens – grande dificuldade de manutenção e reforma, que demanda quebrar
tudo e refazer por completo a impermeabilização, sistema com emendas, pequena abrasão,
grande chance de falhas na operação com mão-de-obra não qualificada.

Figura 7: Detalhe de aplicação de Manta Asfáltica em superfície vertical

Fonte: VEDACIT (2010).


39

2.4.3.5 Emulsão asfáltica

É um material de composição asfáltica, derivados de petróleo, em dispersão na água.


Também é renomado como tinta asfáltica. Um sistema líquido, aplicado a frio. Também não
possui resistência mecânica, devendo ser revestido.
Posteriormente a limpeza da região prevista e da preparação da emulsão de acordo com
as instruções da embalagem, o produto é colocado na superfície com a utilização de trincha ou
brocha, rolos ou vassouras. Entre as demãos, é necessário um reforço de tela poliéster.
Depois da execução, é realizado o teste de estanqueidade para dispensa da área para a
instalação do contrapiso e revestimento.
É habitualmente usada para impermeabilização de elementos de fundação e também
áreas internas, como banheiros e sacadas.
Vantagens – elevada aderência e resistência química, alto poder de cobertura, fácil de
encontrar, fácil aplicação, pode ser usado como primer para outros tipos de sistema, secagem
rápida.
Desvantagens – Mão-de-obra geralmente não é qualificada suficientemente, não possui
resistência mecânica, baixa garantia e durabilidade e, em reformas, é necessário quebrar e
remover tudo para reaplicar.

2.4.3.6 Vinil

É um sistema em forma de manta pré-fabricada, usado principalmente em piscinas e em


alguns casos, em reservatórios também. São fundidas umas às outras, tal como à borda da
piscina ou reservatório, criando um tipo de envelopamento, que não possibilita a água tenha
contato com o concreto.
Em piscinas, é uma alternativa muito apreciada uma vez que serve como acabamento
final. É usado tanto em obras novas quanto em reformas.
Vantagens – custo inicial de implantação competitivo, instalação ligeira, pode ser
utilizado em reformas sem muitos transtornos.
Desvantagens – material frágil, baixa resistência mecânica, perfurações e
descolamentos podem tornar um local de proliferação de fungos, bactérias e insetos entre o vinil
e o concreto, menor durabilidade, passível de falhas de manutenção com uso abundante ou
errôneo de produtos de limpeza de piscina.
40

2.4.3.7 Injeção química

É um tratamento específico para infiltrações, utilizado em reformas. O intuito é que


fendas, aberturas e fissuras que possibilitem a percolação de água sejam seladas com uma
solução de poliuretano (PU), gel acrílico ou vinílico.
Após a limpeza da região, é aplicado o primer. Depois de sua cura, é aplicada a
membrana impermeabilizante de PU. A injeção é realizada com a utilização de pistolas sob
pressão, diretamente nas fissuras. Dessa maneira, é capaz de selar capilares com mínimas
espessuras. Comumente, em lajes, é aplicada de baixo para cima.
É aplicado na impermeabilização de lajes, áreas molhadas, tanques, reservatórios,
piscinas, floreiras e estação de tratamento de efluentes.
Vantagens – boa resistência química, não gera sobrepeso, rápida aplicação.
Desvantagens – poucas possibilidades de acabamento, sem muita sofisticação, é uma
solução paliativa: fecha a fissura, mas, a água tende a achar outro acesso enquanto todo o local
não estiver impermeável (e, caso a fissura esteja ativa, o problema pode ser reincidente).

2.5 PROCEDIMENTOS

2.5.1 Impermeabilização de baldrames

Após a concretagem e o tempo de cura do concreto, é realizado a desforma das vigas,


onde o concreto fica exposto e podem aparecer imperfeições nas vigas, que são causadas por
não acomodar corretamente o concreto por meio de vibrador, ou por aplicar um concreto mais
seco, não fluindo corretamente por meio das armaduras. Caso isto ocorra deve ser feito a
correção por meio de uma massa de cimento.
É realizado então uma limpeza sobre as vigas para retirar as impurezas e detritos que
possam atrapalhar na impermeabilização, em alguns casos é necessário realizar uma lavagem
na estrutura e aguardar a secagem, para posteriormente fazer a aplicação do impermeabilizante.
As normas técnicas da NBR 9574 (ABNT, 2008): Execução de impermeabilização –
Procedimento e NBR 9575 (ABNT, 2010): Impermeabilização – Seleção e projeto determinam
que a escolha por um sistema de impermeabilização deve ser precedida de um estudo
preliminar. Esse projeto deve definir as áreas a serem tratadas e as alternativas técnicas
possíveis.
41

Embora possam ser utilizados produtos como mantas asfálticas, a solução


tradicionalmente utilizada para impermeabilizar vigas baldrames prevê a combinação de
argamassa impermeável e tinta asfáltica. A facilidade de aplicação e o custo competitivo são
motivos que induzem essa escolha por esse sistema na maior parte das vezes. A figura 8
apresenta vigas baldrames sendo impermeabilizadas.

Figura 8: Vigas baldrames sendo impermeabilizadas

Fonte:https://www.rsengenheiro.com/post/a-impermeabiliza%C3%A7%C3%A3o-da-baldrame-%C3%A9-
realmente-necess%C3%A1ria

2.5.2 Impermeabilização de áreas molhadas

Cozinhas, banheiros, varandas e áreas de serviço necessitam ser devidamente


impermeabilizados, prevendo-se sua exposição contínua à água, em seus respectivos usos e à
lavagem para a limpeza desses ambientes.
Por receber água diretamente sobre o piso e parede, a ausência ou falhas de
impermeabilização podem conceber dilemas e custos de reforma em pouco tempo e repetidas
vezes se o inconveniente não for prevenido ou solucionado.
Entre os danos mais comuns vindo das áreas molhadas, seja em forma de vapor ou
líquida, estão: comprometimento dos cômodos próximos e em outros andares; desprendimento
de placas de revestimentos; surgimento de bolhas e descascamento na pintura e danos ao forro
de gesso do pavimento inferior.
42

Ao agir excluindo ou diminuindo a porosidade do material, os impermeabilizantes


detêm a água e bactérias evitando que passem para os revestimentos, mantendo-os secos e livres
de contaminantes. Sendo assim, é de extrema importância que seja aplicado nas áreas molhadas
de uma habitação.
Para evitar infiltrações e vazamentos é fundamental que o morador e o condomínio
façam manutenções e vistorias com frequência para constatar possíveis problemas, como
quebra ou soltura dos rejuntes. Os imóveis antigos merecem ainda mais atenção.
Um ponto considerado crítico nos banheiros é o box. Nesta área, é necessário que o
rejunte seja do tipo flexível, para que não trinque ou danifique.
Para a impermeabilização de áreas molhadas, a argamassa polimérica é uma alternativa.
Ela evita problemas de infiltração, formação de bolhas e comprometimento de cômodos nos
andares inferiores.
Outro método para o piso do banheiro é a manta asfáltica, que pode ser usada com intuito
de resolver o desnível entre a área seca e o banheiro. As argamassas poliméricas são as mais
utilizadas para vedar boxes e ralos.
Outra opção são as telas. São fáceis de serem aplicadas e feitas de poliéster com
revestimento de PVC, são um complemento à impermeabilização e, quando utilizadas em
tratamentos de ralos, rodapés e passagens de tubulações, atuam como um reforço nesses espaços
que geralmente são muito expostos à umidade.
As paredes também necessitam ser impermeabilizadas, para evitar infiltração de um
cômodo para outro. Pode-se usar impermeabilizantes rígidos ou semiflexíveis, principalmente
por suportarem o peso de revestimentos cerâmicos sobre eles, sem que tenha um lapso adesivo
entre o substrato e o impermeabilizante.
Na região do piso, o indicado é que seja usado impermeabilizante flexível, para que
possa acompanhar a movimentação da estrutura, sem a eventualidade de haver imperfeições na
impermeabilização.
O box do banheiro é uma estrutura que enfrentará movimentação dimensional, em razão
do gradiente de temperatura, antes e depois do banho. Por conta disso, também é relevante que
seja aplicado um impermeabilizante flexível no local, para que possa acompanhar a
movimentação da estrutura.
Os ralos são outros pontos críticos da impermeabilização dos banheiros, logo, o material
deve ser flexível a fim de impedir as rachaduras. O uso deve ser feito com duas ou três demãos,
seguindo a orientação do fabricante e atendendo o tempo recomendado entre elas.
43

Antecedentemente da aplicação do impermeabilizante, é primordial regularizar a


superfície, com as caídas para os ralos, e arredondar todos os cantos que fazem ângulo de 90
graus. Esta última é fundamental para que não nasçam trincas no encontro entre a parede e o
piso.
A aplicação inicia com a limpeza da superfície, deixando-a liberta de qualquer resíduo,
conforme a NBR 7200 (ABNT, 1998). O impermeabilizante deve ser empregado em
conformidade com a indicação do fabricante do produto.
“A base que receberá os revestimentos deverá ser corretamente especificada e
preparada, para se evitarem problemas de falta de aderência, entre outros. As argamassas, assim
como o concreto, também são plásticas nas primeiras horas, e endurecem com o tempo,
ganhando elevada resistência e durabilidade. A correta especificação da dosagem é essencial
para um bom desempenho e trabalhabilidade. Para se obter uma boa trabalhabilidade é
importante a adição de aditivos plastificantes e incorporadores de ar” (DEUTSCH, 2011).
Para a efetuação desse mecanismo, é essencial seguir a Norma NBR 9575 (ABNT,
2010), que dispõe de exigências e recomendações alusivas à seleção de projetos de
impermeabilização.
O Instituto Brasileiro de Impermeabilização esclarece:
Elaboração de Projetos de Impermeabilização é crucial para garantir a eficiência
desejada com a melhor relação custo-benefício. Cabe lembrar que o projeto de
impermeabilização possibilita melhor planejamento da execução da
impermeabilização, melhora a sua interface com outros sistemas, além de promover a
escolha de tipos de impermeabilização mais pertinentes a cada situação.

Devem ser correspondidos os requisitos mínimos de proteção da construção com a


passagem de fluidos, do mesmo modo que os requisitos de salubridade, segurança e conforto
do morador.
Além do mais, deve-se assegurar a estanqueidade dos elementos construtivos, isto é, a
capacidade de evadir o aparecimento de umidade das estruturas protegidas. Toda e qualquer
impermeabilização, deve ser executada por um especialista para evitar imprevistos.
Algumas recomendações:
● Caimento do piso: a regularização do contrapiso precisa ter caimento de 1% na
direção do ralo para que a água verta e não forme poças;
● Rebaixamento do ralo: deve ser colocado abaixo do nível do piso finalizado para
impossibilitar empoçamentos;
● Rejunte: utilizar seladores, protetores de rejunte ou rejuntes impermeáveis acrílico
ou epóxi, porque os rejuntes tradicionais são porosos e permitem a passagem de água.
44

2.5.3 Impermeabilização de piscinas

A impermeabilização adequada é originada na elaboração do projeto. A primeira medida


consiste na verificação das diferentes particularidades da piscina. Ao escolher o sistema de
impermeabilização, é preciso averiguar se é compatível com a estrutura da piscina.
A solução recomendada para as enterradas é diferente daquela utilizada em estruturas
elevadas. A profundidade e o tamanho da piscina são variáveis que intervêm na especificação.
Sendo assim, é preciso aferir a inclinação do solo, quantidade de água e o nível de umidade
previsto para o local.
É de grande importância contratar profissionais capacitados para iniciar o projeto de
impermeabilização. Tendo em vista que, um dos principais agentes de vazamentos é a falha nos
sistemas de impermeabilização. Além do mais, ralos, rodapés, pontos de iluminação e
acessórios são pontos críticos e devem ser resolvidos durante a construção da piscina.
Se a impermeabilização for rígida, e a estrutura propagar movimentações,
irremediavelmente surgirão falhas como fissuras e rachaduras. Já os sistemas flexíveis, como a
manta asfáltica, conseguem acompanhar de forma melhor as movimentações da estrutura.
As piscinas fabricadas com PVC, vinil ou fibra de vidro dispensam impermeabilização.
Isso porque esses elementos são revestidos com soluções que têm propriedades estanques. Mas,
uma desvantagem dessas piscinas é que sua vida útil é diminuída quando relacionada com as
estruturas de concreto revestidas com placas cerâmicas ou pastilhas.
O mercado oferta um leque de possibilidades. Entre as alternativas mais comuns estão
o concreto impermeável, a argamassa impermeável, a argamassa polimérica, o poliuretano e a
manta asfáltica. Todavia, a opção mais utilizada atualmente é o sistema flexível (mantas), por
sua qualidade de acompanhar as pequenas movimentações que ocorrem na estrutura.
Outra alternativa intrigante é o aditivo cristalizante. O produto é acrescentado ao traço
do concreto e reage com a água e a umidade, formando uma estrutura permanentemente selada
contra a entrada de qualquer tipo de líquido. Este aditivo protege o concreto tanto da água da
piscina como daquela proveniente dos lençóis freáticos.
A impermeabilização não deve acontecer somente na estrutura interna da piscina, que
fica em contato direto com a água. O processo precisa ser acrescido para as bordas e piso
externo próximo à área de lazer. Na execução, também é indicado cuidados especiais com as
juntas e emendas, que são regiões mais propensas a sofrer com defeitos na aplicação de mantas
asfálticas.
45

A superfície deve estar sem falhas e limpa. A existência de poeira ou umidade em


excesso é capaz de comprometer toda a adesividade da solução, sucedendo em bolhas,
deslocamentos e rupturas. Também é necessário regularizar a estrutura com a finalidade de
evitar a perfuração das mantas. E assegurar-se de que não há trincas ou fissuras em toda a
superfície a ser impermeabilizada.
Com o término da impermeabilização, é aconselhado a realização de testes de
estanqueidade para verificar o desempenho da solução. Os principais ensaios são o de carga de
água de 72 horas e o eletrostático. De preferência, ambos devem ser executados de maneira
complementar. Os testes devem ser realizados antes da colocação do revestimento, porque, em
caso de problemas, o sistema de correção é mais acessível.
O ensaio de carga de água de 72 horas equivale a deixar a piscina cheia durante três
dias. Durante esse tempo, tem que ser analisado se surgem alterações no nível da água. Caso
sim, é indício de que há vazamentos em alguma região da estrutura. Já o ensaio eletrostático
recorre ao aspecto isolante elétrico das mantas asfálticas. O teste ocorre com a utilização de
equipamento de alta sensibilidade, que emite aviso sonoro quando detectadas falhas.
O volume de água dentro da piscina força tanto as paredes quanto o fundo, e a estrutura
deve estar preparada para suportar tudo isso. As paredes da piscina devem ser armadas para
receber esforços de flexão de ambos os lados, pois recebem esforços tanto de fora – do solo –
quanto de dentro – da água. E também, para resistir aos esforços de torção, pois há a
probabilidade de recalques de fundação devido ao peso, e as diferenças de saturação do solo.
As paredes que não estão adequadamente concebidas para suportar os esforços são mais
propícias a acarretarem falhas no sistema de impermeabilização e como decorrência formam
fissuras e rachaduras, por onde acontecem os vazamentos e infiltrações.
Os acabamentos devem ser estipulados de acordo com o tipo de estrutura e o tipo de
impermeabilização executada. Os azulejos não são aptos para acompanhar grandes
movimentações de estrutura. Quando o solo está mais estável, a lona vinílica é mais
recomendada, por ser mais flexível. Também é considerável analisar a necessidade de estruturar
a argamassa de revestimento com tela plástica para certificar sua estabilidade nos panos
verticais.
Quando bem executada, a estratégia é capaz de impossibilitar, queda de revestimentos,
manifestação de fissuras, eclosão de manchas e corrosão.
46

2.5.4 Impermeabilização de fachadas

As fachadas dos edifícios desempenham funções que vão muito além da estética. Elas
protegem a estrutura contra agentes externos, como chuva, maresia e ventos. Por isso mesmo,
precisam de uma impermeabilização cuidadosa capaz de aumentar a resistência das superfícies
contra agentes agressivos e a vida útil do revestimento.
O descuido com a impermeabilização provoca infiltrações que induzem uma série de
manifestações patológicas como manchas, pinturas degradadas, eflorescências e, até a corrosão
das estruturas. Problemas como mofo, bolor e manchas de umidade causam sérios problemas
de saúde.
Na maior parte das vezes, as paredes externas em edifícios residenciais são executadas
com revestimentos argamassados protegidos por pinturas ou por revestimentos cerâmicos. Para
esses casos, entre as soluções mais usuais estão as argamassas aditivadas, capazes de diminuir
a absorção de água pelo substrato.
Outra opção são os hidro-repelentes, especialmente indicados para evitar infiltrações
em fachadas de concreto, tijolo aparente ou revestidas com pedras. Também chamados de
hidrofugantes, esses produtos têm como ponto forte serem aplicados com pulverizador ou
pistola de baixa pressão. Esse material tem característica impregnante, não forma filme e não
altera as características naturais do substrato e aceita alguma porosidade residual.
Há, ainda, as tintas impermeabilizantes – geralmente fabricadas à base de elastômeros
sintéticos e betumes emulsionados –, fornecidas prontas para aplicação em demãos com pincel
ou rolo. Elásticas e resistentes às intempéries, essas pinturas devem ser aplicadas somente em
muros e fachadas uniformes, sobre argamassas de revestimento ou concreto. Isso significa que
as superfícies devem ser previamente regularizadas com argamassa de cimento e areia e os
encontros entre lajes, paredes e pilares precisam ser arredondados.
Especialmente para superfícies com revestimento cerâmico e pastilhas, os selantes para
as juntas de dilatação desempenham papel de proteção fundamental. Elásticos, esses produtos
monocomponentes à base de poliuretano, são ideais para utilização em fachadas.
Independentemente da tecnologia escolhida, obter o melhor desempenho depende da
elaboração de um projeto de fachadas que contemple juntas de dilatação, materiais de
qualidade, mão de obra treinada, processos construtivos adequados e a utilização de argamassas
de boa qualidade.
47

Além disso, é importante que os sistemas impermeabilizantes sejam dimensionados


levando em conta características e particularidades de cada fachada. As mais relevantes são o
estado geral das superfícies e o tipo de material utilizado em sua construção.
Durante a execução, há uma série de pontos críticos que exigem cuidado extra:
● Manter a fiscalização durante todo o período de execução do trabalho;
● Seguir as especificações do projetista;
● Assegurar que o reboco tenha os 28 dias de cura estabelecido, seguindo as normas
ABNT;
● Verificar se as juntas de movimentação estão corretas;
● Acompanhar de forma permanente a aplicação do impermeabilizante na fachada;
● Respeitar o número de demãos, consumo, tempo de secagem e tempo de cura;
● Acompanhar a aplicação correta do selante, conforme especificação do projetista.

Figura 9: Impermeabilização de fachada

Fonte: https://fibersals.com.br/blog/impermeabilizacao-de-fachada/

2.5.5 Impermeabilização de lajes e coberturas

Uma das maneiras mais eficientes de evitar o aparecimento de infiltrações em lajes de


concreto e da corrosão de armadura é impermeabilizando corretamente a superfície, logo após
o assentamento. Existem algumas alternativas de impermeabilização, como a membrana
polimérica cimentícia, conhecida também como argamassa polimérica e também a membrana
acrílica, também conhecida como manta líquida.
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Nos terraços e coberturas é necessário estudar com toda atenção qualquer implantação
de antenas, grades, tubos de ventilação, etc. Se houver necessidade de executar estas
instalações depois de feita a impermeabilização, deve-se construir blocos de concreto
para servir de base, acima do piso, evitando assim a perfuração da membrana. Não
havendo outra solução, o serviço precisa ser bem estudado com o empreiteiro da
impermeabilização (CUNHA; NEUMANN, 1979, p. 14).

A Associação Brasileira de Norma Técnicas (ABNT) estabelece regulações


relacionadas à impermeabilização. A NBR 9574 (ABNT, 2008) e NBR 9575 (ABNT, 2010)
contêm exigências e recomendações relativas ao projeto de impermeabilização, com requisitos
mínimos que devem ser seguidos para garantir a estanqueidade dos elementos de uma
edificação.
Impermeabilização: antes ou depois do contra-piso?
Existe a possibilidade de se fazer a impermeabilização da laje nas duas ocasiões. O que
é preciso saber primeiro é se o sistema escolhido pode estar exposto ou se é recomendado que
seja protegido por algum tipo de revestimento, como o contrapiso por exemplo.
Um exemplo de sistema de impermeabilização que não deve ficar exposto é o tipo de
manta asfáltica mais utilizado no Brasil, que não tem proteção mecânica. Dessa forma, depois
da aplicação do material, é feito o contrapiso. Já o poliéster flexível pode ficar exposto, sendo
desejável inclusive que o próprio sistema de impermeabilização atue como acabamento.
A manta asfáltica é um dos sistemas de impermeabilização mais utilizados no Brasil. É
feita com material asfáltico modificado, armado com materiais diversos – sendo os mais
comuns o filme polietileno, borracha, poliéster, e fibras de vidro.
1° Passo – Regularização de superfície: A superfície deve estar limpa, seca e isenta de
óleos, graxas e partículas soltas de qualquer natureza. Impermeabilização deve ser executada
nos rodapés com altura mínima de 30 cm do piso acabado e embutida com profundidade 3 cm.
2° Passo – Aplicação do Primer: Após regularizar a superfície, deve-se aguardar a
secagem (no mínimo 48 horas) e, em seguida, fazer a aplicação na área utilizando primer
fornecido pelo fabricante com consumo aproximado de 0,5 litro/m².
3° Passo – Aplicação do asfalto oxidado: Para colagem com asfalto a quente, aplicar
uma demão de Asfalto à temperatura de 180° a 200°C (os limites de temperatura deverão ser
confirmados pelo fabricante), com auxílio de meada. É importante que seja controlado o
consumo do asfalto quando da aplicação de modo a garantir o consumo mínimo de 3 kg/m².
49

Figura 10: Impermeabilização de coberturas

Fonte: https://cohe.co.nz/everything-about-liquid-rubber/

4° Passo – Aplicação de manta asfáltica: Imediatamente após a aplicação do asfalto


oxidado, desenrolar a Manta sobre a superfície, tendo o cuidado de permitir um excesso de
asfalto à frente da bobina. A sobreposição entre duas mantas devem ser de no mínimo 10 cm,
tomando-se os cuidados necessários para uma perfeita aderência. É importante prever um banho
de asfalto após a colagem da emenda (no caso de não ser previsto um banho geral de asfalto).

Figura 11: Aplicação de manta asfáltica

Fonte:http://duarteprojetos.blogspot.com/2016/12/impermeabilizacoes-com-manta-asfaltica.html
http://duarteprojetos.blogspot.com/2016/12/impermeabilizacoes-com-manta-asfaltica.html
50

5° Passo – Aplicação de camada separadora: Sobre a impermeabilização, colocar


camada separadora composta por papel kraft, filme de polietileno ou similar. A camada
separadora tem a função de evitar a aderência da proteção mecânica (contrapiso) sobre a
impermeabilização, evitando que atuem diretamente sobre a mesma provocando seu desgaste.
6° Passo – Proteção mecânica: Trata-se basicamente do revestimento primário ou
definitivo para evitar abrasão ou perfuração da manta com objetos cortantes ou desgaste
prematuro ou ressecamento do material.
Como é feita a impermeabilização com poliéster flexível?
Tudo começa com a preparação da área, que é limpa e descontaminada. Depois, deve
ser aplicado um primer, um componente que prepara a área, reduzindo os riscos de umidade
residual e aumentando a aderência do sistema poliéster flexível ao substrato.
O próximo passo é a formação da camada estrutural do sistema. Ela acontece com a
aplicação de uma camada de resina poliéster flexível, que é imediatamente reforçada (enquanto
a resina está em sua forma líquida). Sobre este reforço, é aplicada uma nova camada de resina
poliéster flexível, selando o compósito. Essa camada estrutural passa por uma cura química, e
se torna sólida.
Como o reforço pode apresentar algumas rugosidades mais expressivas, elas são lixadas.
Depois desta fase, a área é novamente limpa e é chegada a hora do acabamento.
O processo pode variar, já que são inúmeras as opções de acabamento, desde as cores
“lisas”, a acabamentos imitando porcelanatos, pisos de granilite, pedras naturais, pisos
amadeirados e também áreas com demarcações especiais, como quadras poliesportivas e vagas
de estacionamento, por exemplo.
O acabamento pode ser feito, então, com uso de gelcoat flexível estabilizado contra ação
das intempéries, com proteção UV, podendo receber agregados sintéticos ou minerais,
totalmente compatíveis com o compósito, para aproximar o acabamento de pedras naturais.

2.5.6 Impermeabilização de telhados

Os telhados são regiões que favorecem o aparecimento de infiltrações, devido a


possuírem um plano horizontal significativo e entram em contato direto com intempéries. Dessa
forma, necessitam de diversas ações, em todas as etapas, para evitar a umidade.

Entende-se ainda que a cobertura de uma obra é composta basicamente de dois


elementos, que são a estrutura, constituída de vigas e peças, metálicas ou de madeira,
chamadas de tesouras, destinadas a suportar os elementos de cobertura, e a cobertura,
que cobre a estrutura (telhas), dando proteção à obra. Pode-se ainda acrescentar à
51

cobertura outros elementos destinados à captação das águas pluviais, tais como calhas
e condutores (SALGADO, 2009, p. 146).

Uma Impermeabilização custa aproximadamente a metade do preço de um telhado,


além disso deve ser levado em conta que, ao custo da cobertura com telhado, tem que
ser acrescido o custo da construção das calhas. A impermeabilização traz ainda o
grande benefício de permitir que se use a espuma-cimento para substituir a argamassa
de caimento, incorporando assim o isolamento térmico sem acréscimo de custo, o que
então faz disparar a vantagem econômica, pois o isolamento térmico em separado
aumenta pelo menos 30% o custo do telhado (CUNHA; NEUMANN, 1979, p. 53).

Projeto: Analisar o projeto com a equipe de profissionais responsáveis pelo


planejamento e execução de obra, examinando a forma de aplicação dos materiais e a eficácia
do telhado. Verificar se o cálculo da inclinação do telhado está adequado, para permitir um
escoamento adequado da água; a qualidade das telhas e das calhas utilizadas, a forma de
utilização dos silicones e mantas impermeabilizantes.
Calhas: Além de assegurar a vazão adequada da água da chuva, propiciar o
reaproveitamento dessa, evitar acúmulos de líquidos, é uma ótima maneira de potencializar a
usabilidade das telhas e proteger a laje. Ter o cuidado pois as calhas geralmente são soldadas e
algumas vezes, com o tempo, esta solda trinca formando um espaço para a penetração de água.
Para escolher a melhor, deve-se conferir à região na qual será realizada a construção. Por
exemplo, para cidades litorâneas a calha galvanizada é a melhor alternativa, visto que é mais
resistente contra ferrugens e chuvas fortes. Em contrapartida, em cidades continentais, as de
alumínio são as opções mais adequadas.
Caixa d’água: Conferir a qualidade desta e o destino da água da chuva. Se for em regiões
subterrâneas, analisar possíveis vazamentos na terra.
Laje: Impermeabilizar esta área para impedir que a água fique retida na região. Além de
utilizá-lo na modalidade habitual, como a manta asfáltica e o Rebotec, pode-se reforçar com
uma manta antes de colocar as telhas. Porém, a vida útil desse material é baixa, então é
necessário realizar manutenções preventivas.
Silicone: Aplicar em cantos e frestas para acabamentos. Estes espaços podem ser
preenchidos, especialmente em locais com telhas de vidro ou acrílico transparente.
Telhas: Escolher as mais leves, flexíveis e resistentes para potencializar a eficácia da
impermeabilização e garantir uma vida útil melhor. Telhas com alto nível de irregularidade são
capazes de apresentarem mais falhas, já que o encaixe entre elas não é perfeito.
Materiais reserva: Ter uma quantidade dos materiais utilizados para reserva, pois se
houver quebras ou grandes danos de alguma peça, a reposição será mais rápida, antes que ocorra
infiltração.
52

Materiais de qualidade: investir neles faz toda a diferença na realização de uma boa
obra. É importante conhecer quais são os elementos necessários para a construção, realizar
orçamentos para estudar qual dos fornecedores oferece uma qualidade acima da média por um
valor digno, adquirindo itens mais resistentes e duradouros.
O processo de construção do telhado precisa ser feito com atenção redobrada para
certificar que todas as possibilidades de infiltração não aparecerão. Isso interfere na utilização
dos produtos e materiais adequados, assim como ter um bom acompanhamento na execução.
53

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

O delineamento da pesquisa, segundo Gil (1995, p. 70), “refere-se ao planejamento da


mesma em sua dimensão mais ampla”, ou seja, nesta etapa, o investigador estabelece os meios
técnicos da investigação, prevendo-se os instrumentos e os procedimentos necessários
utilizados para a coleta de dados.

3.1 MÉTODO

O método utilizado para esse trabalho foi o método de procedimento, onde indicamos
diversas patologias causadas pela infiltração (resultado da falta de impermeabilização ou má
qualidade da mão de obra), como resolver e como evitar. Utilizaremos casos reais do nosso dia
a dia nas obras para demonstrar como é realizada a impermeabilização.

3.2 TIPO DE PESQUISA

Tipo de pesquisa: quanto ao procedimento, a pesquisa será feita de forma bibliográfica


e estudo de campo.
Os métodos utilizados para a análise das manifestações patológicas demonstrados
baseiam-se em dados coletados na internet, em canteiros de obras, técnicas construtivas
adotadas, análise de ocorrência de manutenções periódicas, formulação de relatórios
fotográficos e análise de projetos. Com o objetivo de elaborar diagnósticos práticos para cada
patologia mencionada na revisão bibliográfica.

3.3 INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS

Utilizamos a internet para o desenvolvimento da primeira parte, onde explicamos de


forma detalhada cada procedimento de impermeabilização necessário para cada etapa da obra.
Na segunda parte iremos utilizar fotos de casos que presenciamos em obra.
54

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Por meio de estudos realizados neste trabalho, conclui-se que os dados obtidos foram
fundamentais para compreender a importância de executar corretamente a etapa de
impermeabilização na construção civil.
Buscou-se fundamentos de forma a entender a circunstância das manifestações, seus
conceitos, seus vetores causadores, suas consequências, métodos de tratamento e indicativos de
medidas, buscando a prevenção e o combate destas.
Ficou notório como é alto o índice de patologias nas construções, seja pela falta de um
planejamento, fiscalização, vistoria, baixa qualidade de materiais, profissionais sem
conhecimento suficiente, incoerências com o projeto, ou até mesmo por pular alguma etapa no
momento da execução.
A desinformação no que se refere às técnicas de impermeabilização é uma das causas
de diversos problemas que, muitas vezes, geram insatisfação no processo construtivo.
Geralmente, a importância desta etapa só é considerada ao final da obra quando surgem as
patologias (RIGHI, 2009).
Os estudos de casos foram de problemas de infiltrações e mofo, analisados através de
vistorias aos locais. Após essa análise, será apresentada uma proposta corretiva para sanar essas
patologias.

1° caso: Infiltrações em janelas:


Como podemos ver nas imagens abaixo houve infiltração pela janela, com o decorrer
do tempo se não corrigido gerará proliferação de mofo. Esta infiltração acontece quando as
janelas não possuem uma vedação adequada, e com isso as chuvas mais intensas acabam
levando a água a entrar pelos pequenos vãos que encontra, causando assim a umidade nas
paredes do imóvel.
55

Figura 12: Infiltração abaixo da janela

Fonte: Arquivo do autor (2022).

Figura 13: Mofo abaixo da janela

Fonte: Arquivo do autor (2022).

Uma das formas de resolver o problema é a aplicação de selante (os selantes acrílicos
de mais alto desempenho encontrados no mercado hoje, atendem à norma ASTM C 920, classes
25 e 35), que deve ser aplicado na base da janela e irá impedir a entrada da água pelos vãos,
deixando a janela impermeabilizada e livre da umidade.
Para evitar que esse tipo de patologia apareça é necessário que a janela esteja bem
vedada e devidamente instalada. Também auxilia na impermeabilização de aberturas a
utilização de revestimentos impermeabilizantes como MC-Proof DF 9 (Membrana a base de
copolímeros acrílicos sem cimento para impermeabilização de áreas frias e varandas) e o MC-
56

Proof DF8 (Membrana acrílica impermeável altamente flexível). A aplicação consiste


basicamente em aplicar duas camadas do impermeabilizante MC-Proof DF 9 na parte inferior
da abertura não esquecendo de aplicar uma tela de poliéster, após o assentamento da soleira, é
adicionado mais duas camadas do impermeabilizante MC-Proof DF8. Assim minimiza as
chances de infiltrações nas “quinas” das janelas.

Figura 14: Esquema de impermeabilização de janelas elaborado por uma das autoras, Maria
Eduarda Martins

Fonte: Arquivo do autor (2022).

2° caso: Infiltrações em lajes de coberturas:


No exemplo de patologia que mostramos na imagem 15 abaixo, a infiltração vinda do
teto é resultado da má impermeabilização da laje de cobertura. É comum acontecer erros nessa
fase da obra, pois ao redor de onde está sendo impermeabilizado estão realizando outras frentes
de serviço, o que pode danificar a manta asfáltica no meio do processo.
57

Figura 15: Infiltração no teto

Fonte: Arquivo do autor (2022).

Neste caso foi identificado que na área em que estavam tendo vazamentos havia
diversos rompimentos na manta. Uma das possíveis causas identificada: quando foi aplicado a
manta asfáltica não foi colocado uma camada separadora entre a manta e o contrapiso (proteção
mecânica) causando atrito direto, o que pode levar ao rompimento do método de
impermeabilização. Também foram encontrados pequenos furos que podem ter sido causados
por pregos ou objetos cortantes.
Para resolver o problema foi necessário retirar toda a proteção mecânica (contrapiso),
pois havia muitos pontos de vazamento e não havia sido aplicado uma proteção/camada
separadora entre o contrapiso e a manta, e identificar todos os rasgos e fissuras. Quando
localizados todos os pontos é recomendado recortar a manta e fazer uma nova aplicação da
forma correta como mencionado no item 2.5.5 deste arquivo. Assim que todos os pontos com
fissuras foram reparados, para ter certeza de que a impermeabilização foi feita de forma correta
e não restaram nenhuma fissura, foram feitos testes de estanqueidade. A laje foi submersa por
uma camada de aproximadamente 10 cm de água por um período de 72 horas, após esse tempo
não foi identificado nenhum novo vazamento.
58

Após o teste a água foi retirada e finalizamos o reparo adicionando uma lona plástica
para evitar o atrito entre o contrapiso e o impermeabilizante (uma melhor opção seria o papel
kraft betumado já que seu objetivo é conter a umidade, mas devido ao orçamento não foi
utilizado). Finalizamos com contrapiso e um revestimento.
Abaixo segue fotos de como deve ser as fases da aplicação da manta asfáltica em lajes
de coberturas:

Figura 16: Após a aplicação do primer é aplicado o asfalto e logo em seguida a manta, nessa
foto conseguimos ver o colaborador com o maçarico aplicando a manta

Fonte: Arquivo do autor (2022).

Figura 17: Manta asfáltica aplicada

Fonte: Arquivo do autor (2022).


59

Figura 18: Teste de estanqueidade por 72 horas

Fonte: Arquivo do autor (2022).

Figura 19: Na área demarcada pelo retângulo laranja conseguimos ver a camada separadora
(lona plástica preta)

Fonte: arquivo do autor (2022).


60

Figura 20: Proteção mecânica (contrapiso)

Fonte: Arquivo do autor (2022).

Conseguimos ver que a má execução da impermeabilização, ou a falta dela, causa muito


mais problemas e gastos extras que podem ser evitados com planejamento e projetos de
impermeabilização. Um bom estudo sobre qual o melhor método de execução deve ser
utilizado, é considerado um investimento para garantir a qualidade da obra, nesse TCC
apresentamos métodos de correção e aplicação de impermeabilizantes para evitar problemas
futuros.
61

5 CONCLUSÃO

A presença de água na edificação é inevitável e é um fator ocasionador de diversas


patologias na residência, entretanto é possível impedir sua ação através de atitudes preventivas,
isto é, impermeabilização executada corretamente antes dos problemas se originarem.
Constatou-se que a maior parte deles é gerada nos pequenos detalhes e são as consequências de
diversas razões como, por exemplo, a deficiência de projetos, baixos investimentos financeiros,
profissionais sobrecarregados, materiais de má qualidade, a falta de mão de obra qualificada,
entre outros.
Geralmente os proprietários decidem não fazerem um projeto de impermeabilização,
com um pensamento equivocado, supondo que será apenas para encarecer a obra. A falta deste,
pode causar problemas futuros, originando infiltrações de diversos casos. O gasto para a
manutenção dessas patologias, é sempre mais caro do que a prevenção, além dos transtornos
para realizar essas correções com as residências já habitadas, a segurança e a saúde dos
moradores que podem vir a ser comprometidas. Relembrando o velho lema “Prevenir é melhor
que remediar”.
Ficou evidente que a qualidade e a durabilidade das residências estão diretamente
relacionadas ao projeto, execução, profissionais qualificados, escolha adequada dos materiais e
técnicas construtivas por intermédio da cautela aos sistemas impermeabilizantes mais
apropriados.
Os resultados atingidos juntamente com os diferentes fundamentos a respeito do
assunto, explicitam a importância do sistema de impermeabilização e relatam sugestões não
somente de formas de prevenção como também de corrigir tais patologias, com enfoque no
progresso de qualidade.
Com a criação da ABNT NBR 9575 – Impermeabilização: Seleção e Projeto de
Impermeabilização de 2003, tende a cada vez mais estar nesse processo de evolução, visto que
cada vez mais os projetos e detalhamentos de impermeabilização vêm sendo exigidos nas
construções.
Grandiski (2011, p. 127) salienta: “Evitar patologias é dever de todos”.
62

REFERÊNCIAS

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documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

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elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

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elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

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