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ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA - FACULDADES ESUCRI

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ANDREI DE OLIVEIRA MARTINS

IMPERMEABILIZAÇÃO DE LAJES COM USO DE MANTA


ASFÁLTICA E MANTA LÍQUIDA – ESTUDO DE CASO NA
PREVENÇÃO DE INFILTRAÇÕES

Criciúma (SC), Dezembro/2016


ANDREI DE OLIVEIRA MARTINS

IMPERMEABILIZAÇÃO DE LAJES COM USO DE MANTA


ASFÁLTICA E MANTA LÍQUIDA – ESTUDO DE CASO NA
PREVENÇÃO DE INFILTRAÇÕES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso


de Engenharia Civil da Escola Superior de Criciúma -
ESUCRI, como requisito parcial para obtenção do grau
de Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Eng. Luiz Eduardo Rodrigues.

Criciúma (SC), Dezembro/2016


ANDREI DE OLIVEIRA MARTINS

IMPERMEABILIZAÇÃO DE LAJES COM USO DE MANTA


ASFÁLTICA E MANTA LÍQUIDA – ESTUDO DE CASO NA
PREVENÇÃO DE INFILTRAÇÕES

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado pela Banca


Examinadora para obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil da Escola Superior de Criciúma,
ESUCRI.

Criciúma, ____ de _____________ 2016

BANCA EXAMINADORA:

_____________________________________
Prof. Eng. Luiz Eduardo Rodrigues (Orientador)

______________________________________
Prof. Arq. e Esp. em Eng. Civil Tadeu Vassoler

______________________________________

Prof. Samuel Velho Destro


AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus pela saúde e por esta oportunidade.


A minha família pelo apoio neste novo passo em minha vida.
Aos colegas e professores, sem eles nada disso se tornaria realidade.
Ao professor orientador Engenheiro Luiz Eduardo Rodrigues pelos grandes
ensinamentos, por me apoiar e acreditar na realização deste trabalho.
Agradeço, em especial, a minha namorada Verônica Bitencourt por me acompanhar e
pela paciência nesta trajetória.
Aos amigos Ana Paula, Arthur, Caroline, Everton e Lucas com quem passei estes cinco
anos de desafios e agora conquistando nossos sonhos.
“O sucesso nasce do querer, da
determinação e persistência em se chegar a
um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo,
quem busca e vence obstáculos, no mínimo
fará coisas admiráveis.”

José de Alencar
RESUMO

Este trabalho foi elaborado com a proposta de demonstrar, através de um estudo de caso, a
aplicação de mantas asfálticas e mantas líquidas com a finalidade de impermeabilizar lajes,
solucionando, assim, os problemas decorrentes das infiltrações. As obras em estudo localizam-
se na cidade de Criciúma - SC. O principal objetivo da pesquisa, além de demonstrar a
importância da impermeabilização no aumento da vida útil das estruturas, é comprovar a
eficácia dos sistemas com uso das mantas asfálticas e mantas líquidas através da análise das
atividades, demonstrando os procedimentos corretos de aplicação conforme as normas técnicas
da NBR 9574. Através do estudo, os sistemas mostraram ser eficazes eliminando
completamente a infiltração, comprovados através do teste de estanqueidade. Desta forma, o
trabalho serve como estímulo para um contínuo aprofundamento com novas pesquisas nesta
área tão importante na construção civil.

Palavras-chave: Impermeabilização; manta asfáltica; manta líquida.


LISTA DE SIGLAS

ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas.

IBI: Instituto Brasileiro de Impermeabilização.

NBR: Norma Brasileira.

MCA: Metro por Coluna da Água.

IIR: Poliisobutileno Isopreno.

SBS: Estireno-Butadieno-Estireno.

EVA: Acetato De Etilvinila.

PVC: Policloreto De Vinila.

PEAD: Polietileno De Alta Densidade.

EPDM: Etilenopropilenodieno-Monômero.

EPI: Equipamento De Proteção Individual.

EPC: Equipamento De Proteção Coletiva.

SBS: Estireno-Butadieno-Estireno.

APP: Polipropileno Atático.

CAN: Cimento Asfáltico Natural.

CAP: Cimento Asfáltico De Petróleo.

UV: Ultra Violeta.

ºC: Graus Celsius.

CM: Centímetros.

M²: Metros Quadrados.

MM: Milímetros.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Infiltração por capilaridade ....................................................................................... 18

Figura 2: Infiltração de Fluxo Superficial ................................................................................ 19

Figura 3: Infiltração de Condensação capilar. .......................................................................... 20

Figura 4: Infiltração por pressão hidrostática. .......................................................................... 20

Figura 5: Detalhamento de impermeabilização de ralos com armação. ................................... 27

Figura 6: Aplicação de Asfalto quente. .................................................................................... 38

Figura 7: Aplicação de Emulsões e Soluções Asfálticas. ......................................................... 38

Figura 8: Aplicação de Membrana de Poliuretano. .................................................................. 39

Figura 9: Aplicação de Membrana Acrílica. ............................................................................ 39

Figura 10: Detalhe do Arremate. .............................................................................................. 48

Figura 11: Aplicação da Camada de Regularização e Arredondamento dos Cantos. .............. 48

Figura 12: Aplicação da Solução Asfáltica. ............................................................................. 49

Figura 13: Aplicação da Denvermanta tipo III com 4mm de espessura. .................................. 49

Figura 14: Teste de Estanqueidade. .......................................................................................... 50

Figura 15: Camada Separadora e Reforços nos Cantos. ........................................................... 51

Figura 16: Execução da Proteção Mecânica. ............................................................................ 51

Figura 17: Aplicação dos Reforços nos Cantos ........................................................................ 55

Figura 18: Regularização da Laje ............................................................................................. 56

Figura 19: Limpeza da Superfície ............................................................................................ 56

Figura 20: Aplicação Primeira Demão ..................................................................................... 57

Figura 21: Aplicação Estruturante ............................................................................................ 57

Figura 22: Terceira Demão ....................................................................................................... 58


Figura 23: Teste de Estanqueidade. .......................................................................................... 59

Figura 24: Impermeabilização Pronta....................................................................................... 60


LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Parâmetros de Ensaio................................................................................................ 35

Tabela 2: Propriedades e Características da Manta Líquida..................................................... 42

Tabela 3: Comparação Geral entre os Sistemas de Impermeabilização. .................................. 61

Tabela 4: Custo total do processo de impermeabilização (mão-de-obra e material)................ 62


SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................................... 5
LISTA DE SIGLAS .................................................................................................................... 6
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................. 7
LISTA DE TABELAS ................................................................................................................ 9
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 13
1.1. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 14
1.2. HIPÓTESE DE PESQUISA .......................................................................................... 14
1.3. OBJETIVOS .................................................................................................................. 14
1.3.1. Objetivo Geral ................................................................................................................ 14
1.3.2. Objetivos Específicos ..................................................................................................... 14
1.4. ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................................. 15
2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................. 16
2.1. INFILTRAÇÕES ............................................................................................................... 16
2.2. TIPOS E CONCEITOS DE INFILTRAÇÃO .................................................................... 16
2.2.1. Infiltrações Capilares ...................................................................................................... 17
2.2.2. Infiltração de Fluxo Superficial ...................................................................................... 18
2.2.3. Infiltração Higroscópica e Condensação Capilar ........................................................... 19
2.2.4. Infiltração por Pressão Hidrostática ............................................................................... 20
2.3 NORMAS ABNT ............................................................................................................... 21
2.4 IMPERMEABILIZAÇÃO ................................................................................................. 22
2.4.1. TIPOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO ........................................................................... 22
2.4.1.1. Impermeabilizações Rígidas ........................................................................................ 23
2.4.1.2. Impermeabilizações Flexíveis ..................................................................................... 23
2.5 CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA EXECUÇÃO DE IMPERMEABILIZAÇÃO ........ 25
2.5.1. CONDIÇÕES PARA INÍCIO DE SERVIÇO ................................................................. 25
2.5.2. PREPARO DA SUPERFÍCIE......................................................................................... 25
2.5.3 DETALHES E ESPECIFICAÇÕES ................................................................................ 26
2.6 MATERIAIS BETUMINOSOS ......................................................................................... 27
2.6.1 Propriedades dos Materiais Betuminosos ........................................................................ 27
2.6.2 Tipos básicos de materiais betuminosos, em função da origem ...................................... 28
2.6.2.1 Asfalto ou Cimento Asfáltico ....................................................................................... 28
2.6.2.2 Alcatrão ......................................................................................................................... 29
2.7 MANTAS ASFÁLTICAS ................................................................................................... 29
2.7.1 TIPOS DE MANTAS ...................................................................................................... 30
2.7.1.1 Mantas Elastoméricas ................................................................................................... 30
2.7.1.2 Mantas Modificadas com Polímeros ............................................................................ 30
2.7.1.3 Mantas Plastoméricas ................................................................................................... 31
2.7.2 ESTRUTURANTES........................................................................................................ 31
2.7.2.1 Filme de Polietileno ...................................................................................................... 32
2.7.2.2 Filme de Poliéster ......................................................................................................... 32
2.7.2.3 Feltro de Poliéster ......................................................................................................... 32
2.7.2.4 Véu de Fibra de Vidro................................................................................................... 33
2.7.2.5 Filme de PVC ............................................................................................................... 33
2.7.3 MANTA ASFÁLTICA COM PROTEÇÃO MECÂNICA .............................................. 33
2.7.4 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O DESEMPENHO ...................................................... 34
2.7.5 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O TIPO DE ASFALTO ................................................ 35
2.7.6 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO OS REVESTIMENTOS .............................................. 36
2.7.7 EMENDAS ...................................................................................................................... 36
2.7.8 ADERÊNCIA .................................................................................................................. 37
2.8 MEMBRANAS MOLDADAS “IN LOCO” ...................................................................... 37
2.9 MANTA LÍQUIDA ............................................................................................................ 40
2.9.1 Vantagens da Manta Líquida ........................................................................................... 40
2.9.2 Materiais Empregados ..................................................................................................... 40
2.9.3 Método de Execução ....................................................................................................... 41
2.9.4 PROPRIEDADES E CARACTERÍSTICAS .................................................................. 42
3. METODOLOGIA ................................................................................................................. 43
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA .................................................................................. 43
3.2 PLANEJAMENTO DA PESQUISA .................................................................................. 43
3.3 PLANO DE COLETA DOS DADOS ................................................................................ 43
3.4 PLANO DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS .......................................... 44
4. ESTUDO DE CASO ............................................................................................................ 44
4.1. MANTA ASFALTICA COM PROTEÇÃO MECÂNICA................................................. 44
4.1.1. Caracterização da Obra ................................................................................................... 44
4.2 PROJETO EXECUTIVO DE IMPERMEABILIZAÇÃO ................................................. 44
4.2.1 Método Executivo ........................................................................................................... 45
4.2.2 Lajes ................................................................................................................................ 45
4.3 EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS ......................................................................................... 45
4.3.1 Preparação da Superfície ................................................................................................. 45
4.3.2 Arremates ......................................................................................................................... 46
4.3.3 Forma de Aplicação ......................................................................................................... 46
4.3.4 Proteção Mecânica ........................................................................................................... 47
4.3.5 Teste de Estanqueidade .................................................................................................... 47
4.4 DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS EXECUTADOS ............................................... 47
4.5. MANTA LIQUIDA SEM PROTEÇÃO MECÂNICA ...................................................... 52
4.5.1 Caracterização da Obra .................................................................................................... 52
4.6 PROJETO EXECUTIVO DE IMPERMEABILIZAÇÃO ................................................. 52
4.6.1 Método Executivo ........................................................................................................... 52
4.6.2 Lajes ................................................................................................................................ 52
4.7 EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS ......................................................................................... 53
4.7.1 Preparação da Superfície ................................................................................................. 53
4.7.2 Arremates ......................................................................................................................... 53
4.7.3 Forma de Aplicação ......................................................................................................... 53
4.7.4 Proteção Mecânica ........................................................................................................... 54
4.7.5 Teste de Estanqueidade .................................................................................................... 54
4.8 DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS EXECUTADOS ............................................... 54
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................................ 60
5.1 COMPARAÇÃO GERAL ENTRE OS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO ........ 60
6. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 63
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 65
13

1 INTRODUÇÃO

Com o intuito de prolongar a vida útil dos imóveis, a procura por novas soluções para
resistir às infiltrações ficou maior. No Brasil, as primeiras impermeabilizações utilizavam óleo
de baleia na mistura das argamassas para o assentamento de tijolos e revestimentos das paredes
que necessitavam desta proteção. Com o desenvolvimento de sistemas de impermeabilização,
surgiram novos materiais, apresentando maior facilidade de execução, sejam eles moldados “in
loco” (como os impermeabilizantes líquidos), ou pré-fabricados (mantas asfálticas). O aumento
da exigência de qualidade no mercado fez crescer a preocupação das construtoras, quanto à
qualidade dos serviços executados, além da possibilidade de uso com toda capacidade de
serviço das edificações durante sua vida útil.

A impermeabilização no Brasil, entendida como item importante da construção civil,


necessitava de uma normalização, e ganhou especial impulso com as obras do metrô da cidade
de São Paulo, que iniciaram em 1968. A partir das reuniões criaram-se as primeiras normas
brasileiras de impermeabilização na ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Por
causa das obras do metrô, após a publicação da primeira norma brasileira de impermeabilização
em 1975, foi fundado neste mesmo ano o IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização), para
prosseguir com os trabalhos de normalização e iniciar um processo de divulgação da
importância da impermeabilização que prossegue até os dias de hoje.

Em relação à parte financeira, temos que analisar o chamado “custo/benefício” de uma


impermeabilização, que quando feita de forma correta, com produtos e serviços adequados por
empresas especializadas, os custos atingem, de 1% a 3% do valor total da obra. Em contra
partida, se constatados problemas pós entrega, a correção da infiltração ultrapassará e muito
este percentual, chegando a valores em torno de 10% a 15% do custo total da edificação.

Desta maneira, as escolhas corretas dos métodos existentes, mão de obra


qualificada e de um bom projeto de impermeabilização, se tornaram imprescindíveis dentro da
construção civil.
14

1.1 JUSTIFICATIVA

O que impulsionou a realização deste trabalho foi entender a extrema importância que
a impermeabilização representa para a vida útil de uma edificação. Essa pesquisa trata-se de
impermeabilização de lajes através da aplicação de mantas asfálticas com proteção mecânica e
mantas líquidas sem proteção mecânica, apresentando conceitos, definições e vantagens,
visando um maior esclarecimento do assunto.

1.2 HIPÓTESE DE PESQUISA

Penso que a necessidade de impermeabilização de lajes, pode ser resolvida com a


aplicação de mantas asfálticas e mantas líquidas, visando uma maior longevidade das
construções.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Avaliar o desempenho dos modelos apresentados em condições reais e demonstrar a


eficácia de mantas asfálticas e mantas líquidas nas construções, com a finalidade de comprovar
a importância da impermeabilização.

2.2 Objetivos Específicos

 Pesquisar, analisar, comparar e apresentar produtos impermeabilizantes;


 Verificar as características de cada tipologia analisando o desempenho de
acordo com a aplicação;
 Realizar um comparativo de custos e as principais vantagens e desvantagens.
15

2.3 ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho está organizado em seis capítulos distribuídos da seguinte forma:

• 1° Capítulo: Introdução

São apresentados a introdução, a justificativa, hipótese de pesquisa, objetivo geral,


objetivos específicos e estrutura para o trabalho.

• 2° Capítulo: Revisão Bibliográfica

Definição de infiltração, tipos e conceitos de infiltração, normas ABNT, definição e


tipos de impermeabilização, tipos, características desempenho das mantas, preparação da obra
para receber impermeabilização, detalhes de arremate.

• 3° Capítulo: Metodologia

A metodologia explica como procedeu a pesquisa, sendo assim realizada: classificação


da pesquisa, planejamento da pesquisa, plano de coleta, plano de análise e interpretação dos
dados e cronograma das atividades a serem desenvolvidas.

• 4° Capítulo: Estudo De Caso

Apresenta o estudo de caso, apresentação da obra e processo executivo dos sistemas


impermeabilizantes.

• 5° Capítulo: Resultados

Apresenta os resultados obtidos com a pesquisa.

• 6° Capítulo: Conclusões

Trata das conclusões que envolvem os aspectos mais importantes do trabalho, além de
recomendações e sugestões para futuros trabalhos. Para finalizar o trabalho, são apresentadas
as referências bibliográficas.
16

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 INFILTRAÇÕES

O problema da infiltração, de início, pode parecer algo irrelevante, que não


influenciará na edificação, porém, fica ainda mais grave quando não tratado. Os problemas de
umidade quando surgem causam danos visíveis a pintura do local, dentro do corpo da obra e
danificam a estrutura trazendo um grande desconforto, prejuízo e deteriorando a construção
rapidamente.

Conforme DAYCHOUM (2008, p. 178), as infiltrações podem causar diversos danos


nas edificações como: choque elétrico, deterioração da estrutura com riscos futuros de
instabilidade, problemas estéticos e a depreciação do imóvel, além de causar prejuízos
aos vizinhos.

Há muito tempo as infiltrações geram grandes problemas nas edificações, a falta de


um projeto de impermeabilização pode resultar em sérias patologias à edificação. A
impermeabilização interfere diretamente na vida útil de uma construção, pois protege as
estruturas contra a ação nociva da umidade tendo como função criar uma barreira que contenha
a propagação da umidade e evitando assim as infiltrações.

A falta de estudos e pesquisas, faz com que a umidade represente um dos problemas
mais difíceis de serem corrigidos até hoje dentro da construção civil. Essa dificuldade
está relacionada à complexidade dos fenômenos envolvidos. (PEREZ, 1985 &
SOUZA, 2008, P. 3)

Para evitar manutenções pós-entrega, danos aos seus clientes, e sem contar os
prejuízos, as construtoras estão em busca de melhorias em seus empreendimentos, sendo na
qualidade técnica, em novas soluções tecnológicas e execuções adequadas para cada local onde
podem ocorrer infiltrações.

3.2 TIPOS E CONCEITOS DE INFILTRAÇÃO

A infiltração é a ação de líquidos que penetram nos poros, trincas e fissuras existentes
como nas lajes, contra pisos, revestimentos, paredes, etc. Em edificações podemos caracterizá-
la pela passagem da água do meio exterior para o interior, que penetra por capilaridades.
17

De acordo com RIPPER (1986), a umidade manifesta-se em diversos elementos


estruturais das edificações como pisos, paredes, fachadas e elementos de concreto armado. As
manifestações mais comuns são as manchas de umidade, corrosão, bolor ou mofo, algas,
liquens, eflorescências, descolamento de pinturas, revestimentos e desagregações de argamassa
de revestimento. Consequentemente, gerando desconforto aos usuários, condições de
insalubridade, podendo afetar a saúde dos moradores, danos em equipamentos e bens presentes
nos interiores das edificações além da desvalorização do imóvel causada pela alteração do
aspecto estético.

Os tipos de infiltrações são:

• Capilar;

• De fluxo superficial;

• Higroscópica;

• Condensação capilar;

Nos fenômenos de absorção capilar e por infiltração ou por fluxo superficial de água,
a umidade chega aos materiais de construção na forma líquida, nos demais casos a umidade é
absorvida na fase gasosa. (BAUER, 2004).

3.2.1 Infiltrações Capilares

São aqueles que, em contato direto com o terreno úmido e sem impermeabilização,
acabam penetrando de forma capilar nos materiais de construção. Esse é o mecanismo típico de
umidade ascendente. A água é conduzida através de canais capilares existentes no material, pela
tensão superficial. Se não há ventilação, a água será transportada gradualmente para cima, pela
capilaridade. O método mais adequado para combater umidade ascendente em paredes é por
meio de impermeabilização horizontal. (YAZIGI, 2014).
18

Figura 1: Infiltração por capilaridade


.
Fonte: http://pitcon.com.br.

3.2.2 Infiltração de Fluxo Superficial

Caso o terreno esteja em contato com o local que não tenha recebido
impermeabilização vertical eficaz, ocorrerá absorção de umidade proveniente do solo pelo
material de construção através de seus poros, que poderá se intensificar caso a umidade seja
submetida à certa pressão.

De acordo com a NBR 9575 (2010), água que atua sobre superfícies, não exercendo
pressão hidrostática superior a 1 kPa (0,1 m.c.a).
19

Figura 2: Infiltração de Fluxo Superficial


Fonte: http://pitcon.com.br

3.2.3 Infiltração Higroscópica e Condensação Capilar

Em ambas as situações, a água é absorvida na forma gasosa. Na condensação capilar,


ocorre o esfriamento de vapores ou de certo teor de umidade existente no ambiente. Quanto
menores forem os poros do material de construção, mais alta será a quantidade de umidade
produzida por condensação capilar. Além das dimensões dos poros, o mecanismo depende
principalmente da umidade relativa do ar. Quanto maior for a umidade relativa, maiores serão
os vazios dos poros do material de construção que poderão ser ocupados pela condensação
capilar.

O mecanismo de absorção higroscópica da umidade é desencadeado do ar, do grau e


do tipo de salinização. Naturalmente, a absorção higroscópica da umidade desempenha papel
especial nas partes da edificação que se apresentam salinizadas por umidade ascendente. Os
locais subterrâneos e o térreo são os mais atingidos por esse fenômeno. (UEMOTO, 1988).
20

Figura 3: Infiltração de Condensação capilar.


Fonte: http://pitcon.com.br

3.2.4 Infiltração por Pressão Hidrostática

A penetração de água por pressão hidrostática se dá quando há volumes significativos


de água, onde a pressão é medida quando a altura da coluna da água aumenta, ocorrendo uma
diferença de pressão, havendo assim, a permeabilidade no material que circunda este volume
de água, gerando infiltrações caso não houver impermeabilização. Alguns exemplos são as
piscinas e reservatórios.

Figura 4: Infiltração por pressão hidrostática.


Fonte: http://pitcon.com.br.
21

3.3 NORMAS ABNT

Para garantir a estanqueidade das partes construtivas, bem como salubridade,


segurança e conforto do usuário, existem normas técnicas específicas na ABNT sobre a
impermeabilização que deverão ser atendidas.

PICCHI (1986), afirma que a atividade de elaboração de normas de impermeabilização


na ABNT teve impulso no início da década de 70. Dentre os fatores que contribuíram para esse
impulso destacam-se a organização de produtores e aplicadores de impermeabilização e as
exigências impostas pela Companhia do Metrô de São Paulo para aceitação de materiais para
impermeabilização de seus túneis e estações.

Em abril de 1986, foi concluído também um estudo sobre manta pré-fabricada de


asfalto, com armadura para impermeabilização, acompanhado de um conjunto de métodos de
ensaio como flexibilidade a baixa temperatura, resistência ao impacto, puncionamento estático,
estanqueidade a água, envelhecimento acelerado por ação de temperatura e “processos de
cristalização”. (PORCELLO, 1998).

PICCHI (1991) afirma que o processo de normalização é dinâmico e por isso necessita
de aperfeiçoamento constante. Tem-se observado, inclusive, que o Sistema de normas de
impermeabilização vem passando por completas revisões.

As normas da ABNT disponíveis hoje cobrem as especificações de materiais e


métodos de ensaio, base de qualquer sistema de impermeabilização. Todavia, ainda faltam
normas de desempenho para ampliar o conjunto de materiais e sistemas possíveis de serem
avaliados e, principalmente, normas que definam com mais clareza aplicação, reforços,
números de demão, consumos, etc.; normas de execução que englobem cuidados na aplicação;
normas de projeto que indiquem os sistemas mais adequados a cada situação; normas de
controle de qualidade.

A seguir estão descritas algumas das normas técnicas que poderão auxiliar no projeto,
especificação e execução de impermeabilização.

• NBR 9574 - Execução de Impermeabilização.


• NBR 9575 - Impermeabilização - Seleção e Projeto.
• NBR 9952 - Mantas asfálticas para impermeabilização.
• NBR 13321 - Membrana acrílica para impermeabilização.
22

• NBR 9685 - Emulsões asfálticas sem carga para impermeabilização.


• NBR 9686 - Solução asfáltica como primer na impermeabilização.
• NBR 9910 - Asfaltos modificados para impermeabilização.
• NBR 11905 – Sistema de Impermeabilização com cimento impermeabilizante e
polímeros.
• NBR 13724 - Membrana asfáltica para impermeabilização, moldada no local, com
estruturantes.

2.4 IMPERMEABILIZAÇÃO

Falar de impermeabilização é fazer uma trajetória metodológica em busca da correta


utilização dos sistemas impermeabilizantes, visto que dela que se alcança com fidelidade a
proteção das construções, impedindo a passagem de águas e vapores.

De acordo com a NBR 9575 (2010), estabelece as exigências e recomendações


relativas à seleção e projeto de impermeabilização, para que sejam atendidas as condições
mínimas de proteção da construção contra a passagem de fluídos, bem como a salubridade,
segurança e conforto do usuário, de forma a ser garantida a estanqueidade das partes
construtivas que a requeiram.

Conforme Guedes (2004) fica estabelecido que os serviços de impermeabilização


tenham como objetivo realizar obra estanque, isto é, assegurar mediante emprego de materiais
impermeáveis e de outras disposições, a perfeita proteção da construção contra a penetração de
água.

2.4.1. Tipos de Impermeabilização

Algumas bibliografias classificam os sistemas segundo a aderência da camada


impermeável com suporte em: independentes, aderentes ou semi-independentes. Outras apenas
com método de aplicação, em: sistemas aplicados a frio ou a quente. Já a NBR 9575 (2010)
classifica-se em sistema flexível ou sistema rígido.
23

2.4.1.1. Impermeabilizações Rígidas

A NBR 9575 (2010), em seu item 3.44, define impermeabilização rígida como:

“Conjunto de materiais ou produtos que não apresentam características de


flexibilidade compatíveis e aplicáveis às partes construtivas não sujeitas a
movimentação do elemento construtivo”

Os principais tipos de impermeabilização rígidos são:

• Argamassa impermeável com aditivo hidrófugo;

• Argamassa modificada com polímero;

• Argamassa polimérica;

• Cimento cristalizante para pressão negativa;

• Cimento modificado com polímero;

• Membrana epoxídica;

Conforme Ripper (1996), a impermeabilização rígida é com argamassa de cimento,


areia e aditivos impermeabilizantes. Apresentam a desvantagem de trincarem quando as bases
sobre as quais foram aplicadas não estiverem sido bem dimensionadas ou ficarem expostas a
grandes variações de temperatura. Nesse caso aparecem trincas, perdendo-se a eficiência.

2.4.1.2. Impermeabilizações Flexíveis

De acordo com a NBR 9575 (2010), em seu item 3.41, define impermeabilização
flexível como:

“Conjunto de materiais ou produtos que apresentam características de flexibilidade


compatíveis e aplicáveis. As partes construtivas sujeitas à movimentação do elemento
construtivo. Para ser caracterizada como flexível, a camada impermeável deve ser
submetida a ensaio específico”.

Os tipos flexíveis devem ser de:


24

• Membrana de asfalto modificado sem adição e com adição de polímeros


elastoméricos;

• Membrana de emulsão asfáltica;

• Membrana de asfalto elastomérico em solução;

• Membrana elastomérica de policloropreno e polietileno clorossulfonado;

• Membrana elastomérica de poliisobutileno isopreno (i.i.r), em solução;

• Membrana elastomérica de estireno-butadieno-estireno (s.b.s.);

• Membrana de poliuretano;

• Membrana de poliuréia;

• Membrana de poliuretano modificado com asfalto;

• Membrana de polímero modificado com cimento;

• Membrana acrílica;

• Manta asfáltica;

• Manta de acetato de etilvinila (e.v.a);

• Manta de policloreto de vinila (p.v.c);

• Manta de polietileno de alta densidade (p.e.a.d);

• Manta elastomérica de etilenopropilenodieno-monômero (e.p.d.m);

• Manta elastomérica de poliisobutileno isopreno (i.i.r).

SOUZA (1997) define que “os sistemas de impermeabilização flexíveis são aqueles
cuja camada impermeável é capaz de absorver deformações impostas pelo suporte, dentro de
limites pela sua capacidade de resistência a tração”. Lembrando que existem materiais de maior
flexibilidade em comparação a outros.
25

2.5 CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA EXECUÇÃO DE IMPERMEABILIZAÇÃO

Algumas considerações devem ser tomadas quanto à execução dos sistemas de


impermeabilização e exposto a alguns detalhes que podem ser generalizados.

2.5.1. Condições para Início do Serviço

Para que não prejudique ou interfira na execução da impermeabilização, devem ser


verificados quais serviços estão concluídos.

MELHADO (1996) cita que algumas condições:

• Conclusão da alvenaria;

• Conclusão das instalações elétricas e hidráulicas, no piso e nas paredes;

• Conclusão dos revestimentos de argamassa de paredes;

• Chumbamento dos tubos passantes pela laje;

Podemos incluir nessa lista, outros serviços necessários:

• Conclusão e devida cura da camada de regularização ou suporte;

• Execução de devidos arredondamentos e detalhes específicos para cada sistema


de impermeabilização.

2.5.2. Preparo da Superfície

Conforme NBR 9574 (2008), as superfícies destinadas a receber a camada


impermeável deverão ser isentas de protuberâncias, possuir caimentos necessários, resistência
e texturas compatíveis.

A NBR 9574 (2008) afirma que as superfícies de suporte da impermeabilização,


devem estar firmes, coesas, homogêneas, isenta de corpos estranhos, restos de fôrmas, pontas
de ferragem, restos de produtos desmoldantes ou impregnantes, falhas e ninhos.
26

Segundo Yazigi (2014), para a preparação de superfícies são necessárias algumas


ferramentas e equipamentos de proteção individual (EPI), que são obrigatórios na execução de
sistemas de impermeabilização.

• EPCs e EPIs (botas de couro, capacete e luvas de raspa);


• Água limpa;
• Cimento Portland CP-II;
• Areia media lavada;
• Pá, Enxada;
• Desempenadeira de madeira;
• Colher de pedreiro;
• Nível de mangueira;
• Régua de alumínio de 1” x 2” com 2m ou 1,5” x 3” com 3m;
• Carrinho de mão;
• Betoneira;
• Guincho.

2.5.3 Detalhes e Especificações

Existem lugares que requerem maior atenção na execução dos sistemas de


impermeabilização, pois estes pontos podem precisar de exigências que nem todos os sistemas
são capazes de satisfazer.

Os principais pontos são: ralos, grelhas, tubos passantes, rodapés, soleiras, floreiras,
reservatórios, marquises, desníveis, juntas de dilatação, e de movimentação.

Em ralos, grelhas e condutores verticais, as mantas podem ser aplicadas no entorno


destes materiais ou envolver as tubulações, já para argamassas cimentícias utiliza-se as
armaduras estruturantes para evitar trincas, conforme a figura abaixo.
27

Figura 5: Detalhamento de impermeabilização de ralos com armação.


Fonte: http://www.impertela.com.br

2.6 MATERIAIS BETUMINOSOS

Tradicionalmente, na Construção Civil, são designados como materiais betuminosos


aqueles que contêm Betume.

No início dos anos 90, segundo a Shell Brasil S/A, 70% do mercado de betume
encontrava-se na Engenharia Civil (em serviços de pavimentação). Outras aplicações
industriais vêm crescendo e 55% destas são relativas a serviços de impermeabilização.

A partir de 1909, iniciou-se o emprego de betume derivado do petróleo, sendo um


resíduo da sua destilação, tornando-se um material de baixo custo e com uso crescente em
pavimentação, impermeabilização e pinturas industriais de proteção.

A NBR 7208 (1990) define que, "Betume é uma mistura de hidrocarbonetos de


consistência sólida, líquida ou gasosa, de origem natural ou pirogênica, complemente solúvel
em dissulfeto de carbono, frequentemente acompanhado de seus derivados não metálicos."

2.6.1 Propriedades dos Materiais Betuminosos

As propriedades importantes dos materiais betuminosos são:


28

 Aglutinação;
 Impermeabilização;
 Durabilidade;
 Versatilidade de utilização.

São materiais de comportamento tensão versus deformação dependentes do tempo de


aplicação da carga e fundamentalmente termoplásticos, isto é, sua consistência varia com a
temperatura. A durabilidade é a sua capacidade de resistir às mudanças de suas propriedades
devido ao intemperismo e também devido ao aquecimento. É normalmente caracterizada pela
manutenção das qualidades coesivas, plásticas, e pela resistência ao endurecimento com o
tempo.

2.6.2 Tipos básicos de materiais betuminosos em função da origem

Em função da sua forma de obtenção, os materiais betuminosos recebem a


classificação tradicional abaixo. Cabe salientar que os alcatroados tendem a ser excluídos da
classificação de betuminosos.

 Asfaltos ou cimentos asfálticos, que podem ser naturais ou de petróleo;


 Alcatrões.

2.6.2.1 Asfalto ou Cimento Asfáltico

De acordo com a NBR 7208 (1990) entende-se asfalto como o material sólido ou semi-
sólido, de cor preta ou pardo escura, que ocorre na natureza ou é obtido pela destilação do
petróleo, e cujo constituinte predominante é o betume. Assim, os asfaltos são misturas de
betumes com solos de diferentes origens (argilas, siltes, areias, impurezas orgânicas, etc.). Caso
o asfalto seja encontrado naturalmente no solo é classificado como nativo (CAN – cimento
asfáltico natural), e caso obtido pela destilação do petróleo é classificado como asfalto de
petróleo, ou pirogenado (CAP – cimento asfáltico de petróleo).
29

Os CAP utilizados atualmente em impermeabilização apresentam dureza de 85-100,


50-60 e 30-0, todos com ponto de amolecimento na faixa de 40ºC a 50ºC. Os CAP podem ainda
sofrer um tratamento durante a fabricação, por meio da passagem de corrente de ar através de
uma massa de asfalto destilado, de modo a torná-los mais sólidos e duros, menos sensíveis às
variações de temperatura e às intempéries, porém, com menor poder de adesividade e menos
aglutinantes. São os chamados asfaltos oxidados, mais indicados à impermeabilização que os
CAP comuns.

O cimento asfáltico possui as seguintes características:

 Flexibilidade;
 Durabilidade;
 Aglutinação;
 Impermeabilização;
 Elevada resistência à ação da maioria dos ácidos, sais e álcalis.

2.6.2.2 Alcatrão

Os alcatrões são materiais resultantes da destilação de materiais orgânicos (hulha,


turfa, madeira) normalmente utilizados para a fabricação de mastiques ou material para
enchimento de juntas, especialmente devido ao seu bom desempenho quanto à ação de agentes
agressivos. Em comparação com os asfaltos, os alcatrões destilados apresentam maior
sensibilidade à temperatura (mais moles quando aquecidos e mais duros quando resfriados).

2.7 MANTAS ASFÁLTICAS

De acordo com Yazigi (2014) mantas asfálticas é um produto impermeável, pré-


fabricado, obtido por calandragem, extensão ou outros processos que tem o asfalto como
principal componente. As mantas asfálticas devem:

 Apresentar compatibilidade entre seus materiais constituintes: armadura


e acabamento nas mantas asfálticas autoprotegidas;
 Suportar os esforços para os quais se destinam, mantendo-se estanques;
30

 Apresentar superfície plana com espessura uniforme, de bordas paralelas,


não serrilhadas;
 Ser impermeáveis, resistentes à umidade e sem alteração de volume em
contato com a água;
 Resistir ao envelhecimento, ataque de micro-organismos, álcalis e ácidos
dissolvidos nas águas pluviais;
 Apresentar armadura que não se destaque, descole ou delamine ao longo
do tempo.

2.7.1 Tipos de Mantas

As mantas são classificadas da seguinte maneira, e devem atender a NBR 9952 (2014):

 Mantas elastoméricas;
 Mantas modificadas com polímeros;
 Mantas plastoméricas.

2.7.1.1 Mantas Elastoméricas

Conforme Denver Impermeabilizantes (2014), são mantas asfálticas de alta


performance, à base de asfalto modificado com alto teor de polímeros de SBS (estireno-
butadieno-estireno), estruturadas com armadura não tecida de poliéster. Mantas tipo III ou IV.

2.7.1.2 Mantas Modificadas com Polímeros

Conforme Denver Impermeabilizantes (2014), é uma manta impermeabilizante auto


protegida à base de asfalto modificado com polímeros e estruturada com armadura de poliéster
não-tecido composto por filamentos contínuos, com a face exposta revestida com uma lâmina
de alumínio gofrado.
31

2.7.1.3 Mantas Plastoméricas

Conforme Denver impermeabilizantes (2014), é uma manta impermeabilizante, à base


de asfalto modificado com polímeros plastoméricos, com adição de herbicida, aditivos filtros
de raios UV e antioxidantes, estruturada com armadura de poliéster não-tecido composto por
filamentos contínuos.

2.7.2 Estruturantes

Elas são constituídas de diferentes tipos de estruturantes e acabamentos, conforme sua


utilização:

1. Mantas Asfálticas Pré-Fabricadas para lajes em geral, coberturas, piscinas, terraços,


varandas, calhas, espelhos d'água etc., em áreas que receberão revestimento de acabamento;

2. Mantas Asfálticas Pré-Fabricadas auto protegidas com acabamento aluminado ou


grânulos de ardósia em sua face exposta que dispensam proteção mecânica para áreas de trânsito
eventual;

3. Mantas Asfálticas Pré-Fabricadas Anti-Raíz, com adição de herbicida, para


floreiras, jardins, jardineiras e áreas em contato direto com o solo onde seja necessário inibir a
penetração das raízes das plantas;

4. Mantas Asfálticas Pré-Fabricadas, com adição de herbicida, aditivos filtros de raios


UV e antioxidantes para canais de irrigação e transposição de água, vinhaça, tanques e lagoas
sobre o solo;

5. Mantas Asfálticas Pré-Fabricadas, com acabamento de geotêxtil resinado em sua


face exposta para receber pintura refletiva.

Respondem praticamente sozinhos, pela resistência da manta à tração e ao


alongamento, que são as características mais exigidas quando a manta é aplicada na construção
civil, por conta da dilatação das estruturas.

Vamos apresentar agora o que determina a escolha da armadura mais adequada para
as mantas asfálticas.
32

Os materiais mais usuais são:

 Filme de polietileno;
 Filme de poliéster;
 Feltro de poliéster;
 Véu de fibra de vidro;
 Filme de PVC.

Os fatos determinantes são:

 Desempenho;
 Custo;
 Rapidez e facilidade de execução da impermeabilização.

2.7.2.1 Filme de Polietileno

De acordo com CUNHA (1979), as mantas armadas com filme de polietileno


oferecem o menor custo para um bom desempenho em lajes planas de coberturas. Sua colocação
requer, entretanto, mão-de-obra treinada e especialização dos responsáveis, porque em mãos de
inexperientes, as mantas podem ser danificadas.

2.7.2.2 Filme de Poliéster

Conforme CUNHA (1979), o mesmo pode se dizer das mantas armadas com filme de
poliéster, que têm um custo um pouco mais alto do que as armadas com filme de polietileno.
Sua vantagem reside no fato do filme de poliéster ser muito resistente à perfuração, resistindo
aos brotos de capim e às raízes de plantas que, por incrível que pareça, perfuram outros tipos
de mantas. Estas mantas destinam-se a floreiras e reservatórios executados diretamente sobre o
solo, não obstante nada impeça seu uso geral.

2.7.2.3 Feltro de Poliéster


33

As mantas armadas com feltro de poliéster têm um custo elevado, porém seu uso vem
ganhando adeptos pela excelente qualidade e facilidade de instalação. Têm boa resistência ao
puncionamento, não sendo danificadas com facilidade, mesmo por aplicadores pouco
experientes. São dimensionalmente estáveis e, por isto, facilitam a execução dos serviços. São
indicadas para caixas d'água, piscinas e planos verticais, resistindo a temperaturas altas (até
90ºC) sem escorrer.

2.7.2.4 Véu de Fibra de Vidro

Segundo Yazigi (2014) é um material utilizado como armadura, obtido pela


aglutinação de fibras longas de vidro de diâmetro uniforme e distribuídas multidirecionalmente.
As mantas armadas com véu de fibra de vidro encontram poucas ocasiões de serem
especificadas, por não possuírem características que justifiquem seu custo. São
dimensionalmente estáveis e têm bom desempenho onde as solicitações não são extremas.

2.7.2.5 Filme de PVC

O filme de PVC tem seus adeptos devido à sua boa resistência mecânica, porém a
associação do PVC com asfalto é perigosa, pois o tipo de PVC deve ser especial. Quando não
o for, haverá sequestro do plastificante contido no PVC, a manta torna-se rígida e perde sua
flexibilidade, o asfalto se separa do filme e as emendas se abrem. O PVC é de custo mais
elevado que o filme de polietileno, sem oferecer vantagem de desempenho. Mantas de PVC de
baixo custo são feitas de PVC comum sem características adequadas e seu uso levará ao
fracasso (CUNHA, 1979).

2.7.3 Manta Asfáltica com Proteção Mecânica


34

As mantas asfálticas que necessitam de proteção mecânica são utilizadas em áreas de


trânsito, onde pode haver danos ao sistema devido ações físicas, como de puncionamento
dinâmico e estático e abrasão. Já os danos causados pelo intemperismo também devem ser
considerados, tendo em vista que, em áreas desabrigadas, os sistemas são agredidos pela ação
dos raios ultravioleta, o que promove o envelhecimento. Além das agressões proporcionadas
por água e vento, assim como a queda de matérias, como folhas e galhos.

Já as áreas de trânsito podem ser classificadas pelo tipo de fluxo, sendo este de veículos
ou de pessoas, e subdivididas pelo volume deste fluxo. Essa definição deve ser feita ainda em
projeto, sendo importante para a caracterização da proteção mecânica, quanto o seu traço e
espessura. Também pode haver o incremento quanto ao uso de isolamento térmico.

As gradações de trânsito e intemperismo fizeram com que a norma – ABNT NBR 9952
(2014) – classificasse as mantas de acordo com suas resistências a essas questões e duas
durabilidades. Sendo essa a principal mudança ocorrida na norma, que antes se baseava no tipo
de massa asfáltica (Oxidado/Policondensado, Plastomérica ou Elastomérica), e hoje tem como
principal foco o desempenho.

2.7.4 Classificação segundo o desempenho

As mantas asfálticas são classificadas de acordo com a tração e alongamento em tipos


I, II, III e IV, e flexibilidade e baixa temperatura em classes A, B e C, conforme a tabela 1.
35

Tabela 1: Parâmetros de Ensaio

Fonte: NBR 9952.

2.7.5 Classificação segundo o tipo de asfalto


36

 Plastoméricas: As mantas feitas com asfaltos misturados a plastômeros


apresentam boa resistência mecânica, térmica e química;
 Elastoméricas: Os elastômeros são substâncias que misturados ao asfalto tornam
a manta elástica.

2.7.6 Classificação segundo os revestimentos

 Polietileno: Mantas com acabamento em polietileno são desenvolvidas para


aplicação com maçarico;
 Areia: Mantas com acabamento em areia são desenvolvidas para aplicação com
asfalto quente ou maçarico;
 Alumínio: Desenvolvido para impermeabilização de lajes sem proteção
mecânica e sem trânsito de pessoas ou veículos, o revestimento em alumínio na
face exposta é resistente aos raios solares e proporciona relativo conforto térmico
a edificação;
 Geotêxtil: Desenvolvido para impermeabilização de lajes sem proteção
mecânica e sem trânsito de pessoas ou veículos, o revestimento em material
geotêxtil na face exposta é preparado para receber pinturas refletivas;
 Ardosiado: Desenvolvido para impermeabilização de lajes sem proteção
mecânica e sem trânsito de pessoas ou veículos, o revestimento com ardósia
natural e grânulos minerais na face exposta do acabamento final a superfície e
protege a manta contra a ação dos fenômenos climáticos;
 Antiraiz: Para uso em jardineiras, o produto recebe tratamento com produtos que
inibem o crescimento de raízes, para que elas não danifiquem a
impermeabilização.

2.7.7 Emendas

De acordo com a NBR 9952, para uma boa execução de emenda entre mantas
asfálticas, temperaturas apropriadas ao tipo de manta, definidas pelo fabricante, devem ser
utilizadas, de modo a não danificar as mantas, mantendo sua composição inicial e sua
estanqueidade.
37

As emendas devem ter uma sobreposição mínima de 100 mm nos sentidos longitudinal
e transversal. O ensaio de tração executado sobre a emenda deve apresentar o resultado igual
ou superior ao especificado na tabela 1.

2.7.8 Aderência

Conforme a NBR 9952, a superfície de revestimento da face de colagem da manta


asfáltica deve permitir uma boa aderência sobre substratos de concreto ou argamassa quando
previamente imprimados com soluções ou emulsões asfálticas para impermeabilização,
atendendo a ABNT NBR 9686.

2.8 MEMBRANAS MOLDADAS “IN LOCO”

De acordo com a NRB 9575 (2010), membrana para impermeabilização é uma camada
de impermeabilização moldada no local, com características de flexibilidade e com espessura
compatível para suportar as movimentações do substrato, podendo ser estruturada ou não.

Segundo Ferreira (2012), a impermeabilização moldada “in loco” é obtida pela


aplicação, a frio ou a quente, de sucessivas demãos de um impermeabilizante líquido na
superfície a ser tratada, que forma, depois de seco, uma membrana flexível e sem emendas. Os
produtos desse sistema variam em relação à flexibilidade, à resistência aos raios solares e aos
procedimentos de aplicação, entre outros aspectos.
38

Figura 6: Aplicação de Asfalto quente.


Fonte: http://equipedeobra.pini.com.br/

Figura 7: Aplicação de Emulsões e Soluções Asfálticas.


Fonte: http://equipedeobra.pini.com.br/.
39

Figura 8: Aplicação de Membrana de Poliuretano.


Fonte: http://equipedeobra.pini.com.br/

Figura 9: Aplicação de Membrana Acrílica.


Fonte: http://equipedeobra.pini.com.br/.

De acordo com Ferreira (2012), os sistemas moldados “in loco” são indicados para
espaços menores ou de acesso mais difícil, como áreas molháveis e pequenas lajes, onde o uso
de mantas asfálticas é contraindicado.
40

Sobretudo, no caso das membranas líquidas aplicadas a frio, é preciso respeitar o


consumo do produto indicado na embalagem, assim como o número de demãos, já que a
economia nesse serviço pode resultar em uma impermeabilização deficiente.

2.9 MANTA LÍQUIDA

Conforme Weber (2016), manta líquida é um impermeabilizante elastomérico, para


coberturas com e sem trânsito, como lajes de concreto armado, telhas de fibrocimento e telhas
cerâmicas. Formulado à base de resina acrílica, aplicado a frio, com elevada durabilidade.
Quando curado, forma uma membrana elástica, impermeável, com alta resistência a
intempéries.

2.9.1 Vantagens da Manta Líquida

Segundo o fabricante Quartzolit-Weber (2016), são apresentadas algumas vantagens


sobre manta líquida.

 Acomoda movimentações da estrutura presentes no substrato;


 Excelente barreira aos agentes contaminantes provenientes da atmosfera;
 Baixa retenção de fuligem;
 Resistente a raios ultravioleta e a intempéries;
 Baixa absorção de água em longos períodos;
 Fácil aplicação.

2.9.2 Materiais Empregados

Conforme a NBR 9575 (2010), os materiais empregados são separados por camadas:

 Camada Primaria: É a camada com características específicas, aplicada como


pintura, com a função de proteger a impermeabilização ou elemento construtivo.
Em alguns casos são utilizados primers fornecidos pelos fabricantes das
membranas ou o mesmo material é utilizado na camada impermeável é diluído
41

com o material base, produzindo um líquido mais fluído para melhor penetração
na porosidade do substrato;
 Camada Impermeável: É o estrato com a função de prover uma barreira contra a
passagem de fluídos. A camada impermeável vai depender do tipo de membrana
que está sendo empregada. Se for membrana acrílica, é utilizada a emulsão
acrílica diluída em água, como por exemplo;
 Armadura para Impermeabilização: Componente da camada impermeável
destinado a absorver esforços mecânicos, o qual deve ser compatível com o tipo
de impermeabilização.

2.9.3 Método de Execução

O método de execução dos sistemas de impermeabilização com membrana,


basicamente consiste em seis etapas:

a) Preparação das superfícies e interfaces com as instalações: A preparação é de


acordo com as recomendações do item 2.5.1.
b) Execução da camada de regularização: A execução da camada de regularização
deve estar de acordo com o item 2.5.2.
c) Aplicação da pintura primária: A superfície deve estar preparada e seca. E sua
aplicação se dá por meio de rolo de pintura. A imprimação deve ser uniforme
em toda superfície.
d) Aplicação da camada impermeável: Os sistemas de impermeabilização com
membrana possuem materiais que se assemelham a tintas, ou seja, fluídas com
certa viscosidade. A aplicação inicia-se pelas áreas sujeitas a maiores
deformações, como o caso de rodapés, arestas e as interfaces com tubos, para
que em seguida, aplica-se em toda superfície com auxílio de rolos de pintura e
trincha. Geralmente na primeira demão é realizada a armação. Tanto o IBI e a
NBR 9574 (2008) recomendam que a sobreposição da armadura deva ser de 10
cm.
e) Execução da camada de proteção mecânica: Segundo a NBR 9575 (2010) é o
extrato com a função de absorver e dissipar os esforços estáticos ou dinâmicos
atuantes por sobre a camada impermeável, de modo a protegê-la contra a ação
42

deletéria destes esforços. A execução da camada de proteção mecânica deve


estar de acordo com as recomendações da NBR 9574 (2008), salvo os sistemas
aplicados em regiões intransitáveis, podendo então não possuir proteção
mecânica, como no caso de coberturas, marquises e calhas de concreto.

2.9.4 PROPRIEDADES E CARACTERÍSTICAS

De acordo com a NBR 13321 (2008), as mantas líquidas precisam atender algumas
características.

Tabela 2: Propriedades e Características da Manta Líquida.

Membrana sem armadura

Requisitos Unidade Critérios (NBR 13321:2008)

Resistência à tração na ruptura - mínimo MPa 1,5

Alongamento na ruptura - mínimo % 100

Absorção de água - máximo % 15

Envelhecimento por intemperismo artificial


Sem alterações (bolhas, trincas,
(300 h - ciclos de 4 h UV a 70°C e -
etc.)
condensação a 60°C

Alongamento na ruptura após


% 100
envelhecimento - mínimo

Flexibilidade a baixa temperatura após


°C Sem fissuras
envelhecimento (5°C)

Fonte: NBR 13321 (2008).


43

3 METODOLOGIA

Esse estudo tem por finalidade realizar uma pesquisa aplicada, onde apresentará o
conhecimento obtido através do referencial teórico e da exploração em campo para uma melhor
apreciação deste assunto.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

Observou-se que a pesquisa realizada é classificada como exploratória, pois houve a


necessidade de pesquisas bibliográficas em materiais já elaborados como, livros, artigos
científicos, revistas, documentos eletrônicos e enciclopédias. Detectou-se também a
necessidade do estudo de caso para identificar e avaliar os fatores que causam um determinado
problema, aprofundando o conhecimento da realidade.

3.2 PLANEJAMENTO DA PESQUISA

O planejamento se deu da seguinte forma:

 Inicialmente realização de pesquisa bibliográfica e documental;


 Foram coletas informações “in loco”;
 Os dados levantados foram organizados;
 Os dados classificados foram ordenados.

3.3 PLANO DE COLETA DOS DADOS

Os dados textuais foram coletados através de pesquisa em fontes bibliográficas e


documentais. As imagens foram obtidas através da internet e registro fotográfico ‘in loco’ na
cidade de Criciúma/SC.
44

3.4 PLANO DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Os dados levantados foram filtrados e organizados, ou seja, as imagens obtidas foram


classificadas conforme cada tipo de sistema.

Após a organização dos dados, os mesmos foram analisados conforme sua utilização,
e se o processo executivo estava atendendo a norma NBR 9574 (2008).

4 ESTUDO DE CASO

Apresenta-se nesse capítulo os procedimentos de reparação e execução da


impermeabilização de acordo com a NBR 9574.

4.1. MANTA ASFÁLTICA COM PROTEÇÃO MECÂNICA

4.1.1. Caracterização da Obra

A obra em estudo localiza-se no município de Criciúma – SC, onde se trata de


impermeabilizações de lajes. Em geral, a maioria dos problemas encontrados com relação à
infiltração, são oriundos da falta de impermeabilização, devido a isto, será feita a
impermeabilização com manta asfáltica.

4.2 PROJETO EXECUTIVO DE IMPERMEABILIZAÇÃO

Todos os procedimentos necessários devem ser tomados adequadamente para a


execução das impermeabilizações da referida obra citada acima. A impermeabilização tem
como objetivo principal proteger as estruturas contra diversas patologias, impedindo a
passagem indesejável de águas e vapores devendo contê-los do local que se deseja proteger.
45

4.2.1 Método Executivo

A impermeabilização deverá ser aplicada apenas em superfícies uniformes e


perfeitamente secas e resistentes. Nenhum produto foi aplicado, sem a devida preparação, onde
os cantos e arestas das superfícies deverão ser convenientemente arredondados, e os caimentos
necessários em direção aos ralos executados. A aplicação de qualquer produto indicado nestas
especificações está condicionada às recomendações do fabricante, e às premissas da NBR 9574,
quanto ao manuseio, dosagem e cuidados especiais para garantia da qualidade e durabilidade
dos serviços.

4.2.2 Lajes

A laje a ser impermeabilizada, recebeu uma demão do primer para promover uma
melhor aderência entre a manta asfáltica e o substrato, com processo de aplicação com maçarico
a gás. Após será executada uma camada de proteção mecânica com argamassa de cimento e
areia, que servirá como piso acabado.

4.3 EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS

4.3.1 Preparação da Superfície

A superfície deverá apresentar-se limpa, sem partes soltas ou desagregadas, óleos,


desmoldantes, e perfeitamente regularizadas. Nas superfícies a serem aplicadas as mantas
asfálticas torna-se necessário aderi-las, o que se obtém por meio de adesivo apropriado. Todas
as obras de impermeabilização com mantas asfálticas devem ser iniciadas pelo preparo dos
cantos periféricos, e depois dos pontos de escoamento ou de entrada da água. Se houver
necessidade de emendar peças, por ser o comprimento do canto maior do que a extensão da
manta asfáltica, ou para aproveitamento da mesma, as emendas devem ser feitas com as peças
colocadas no plano horizontal (sobre o solo, etc.), antes de sua aplicação.
46

4.3.2 Arremates

A impermeabilização precisa ser arrematada em todo o contorno da área, pelo menos


30 cm acima do nível do piso acabado. Vale ressaltar a importância da utilização do
revestimento armado com tela metálica ou plástica, pois ela permite ancorar o revestimento
evitando o seu desplacamento. É necessário que a impermeabilização adentre nos ambientes
cobertos, onde existem portas abrindo para a parte exposta à chuva e ao vento. O ralo deve estar
cercado de um rebaixo quadrado 30 cm x 30 cm para execução do reforço.

4.3.3 Forma de Aplicação

Aplicar uma demão do produto de imprimação com rolo de lã de carneiro, trincha ou


brocha de forma homogênea aguardando sua total secagem, exceto para os casos de mantas não
aderidas ao substrato. Recomenda-se que a aplicação das mantas asfálticas seja efetuada em
temperaturas ambientes acima de 5ºC, salvo orientação específica do fabricante.

Desenrolar as bobinas alinhando-as e rebobinando-as novamente, sobre o substrato a


ser impermeabilizado. O maçarico a ser utilizado na aplicação deverá ser com gatilho
controlador de chama, haste de 50 cm. Direcionar a chama do maçarico de forma a aquecer
simultaneamente o substrato imprimado e a face de aderência da manta. Pressionar a manta do
centro em direção às bordas de forma a expulsar eventuais bolhas de ar.

As sobreposições deverão ser de no mínimo 10 cm, executando o selamento das


emendas com roletes, espátulas ou colher de pedreiro de pontas arredondadas. Adotar os
cuidados necessários para que a intensidade da chama não danifique a manta asfáltica e
proporcione a adequada aderência da manta ao substrato.

O ralo deve estar cercado de um rebaixo quadrado 30 cm x 30 cm. Cortando um pedaço


de manta e com o estilete, fazendo cortes transversais, a cada 3 cm, sempre até a metade da
manta. Faz-se um cilindro com a manta recortada e colocando-a no ralo, de forma que as tiras
fiquem para fora, formando uma "margarida", soldando as tiras com maçarico sobre a base, nas
laterais do tubo de queda, pressionando as tiras ao contra o piso com a colher de pedreiro. No
lugar da abertura do ralo, fazem-se dois cortes em forma de cruz.
47

Antes da proteção mecânica utiliza-se, uma camada separadora (papel Kraft ou lona
plástica), que tem como função evitar que as tensões atuantes nas camadas de proteção
mecânica, originadas por variações térmicas ou carregamentos, transmitam-se para a
impermeabilização. Outra função importante da camada separadora é permitir que se faça
reparos na impermeabilização, quando necessários, sem que a camada impermeabilizante seja
danificada pela remoção da proteção.

4.3.4 Proteção Mecânica

Após o serviço de impermeabilização, deve-se executar uma argamassa de cimento e


areia, com traço 1:3, e espessura mínima de 3 cm. Deve-se subir nos arremates 30 cm de altura.

4.3.5 Teste de Estanqueidade

Após a execução da impermeabilização, recomenda-se ser efetuado teste de


estanqueidade com água limpa, com duração mínima de 72 horas para verificação de falhas na
execução do tipo de impermeabilização utilizado.

4.4 DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS EXECUTADOS

Para evitar os problemas de infiltrações, a empresa CVR Construções


Impermeabilizações foi contratada para realização da execução e dos procedimentos corretos,
que serão realizados nas seguintes etapas.

Primeira etapa: Toda a impermeabilização precisa ser arrematada em todo o contorno


da área, pelo menos 30 cm acima do nível do piso acabado.
48

Figura 10: Detalhe do Arremate.


Fonte: Autor (2016).

Segunda etapa: Todo serviço de impermeabilização, exige que a superfície seja


regularizada, com caimento de no mínimo 1% onde se utilizou argamassa com traço 1:3
conforme descrito na NBR 9574.

Figura 11: Aplicação da Camada de Regularização e Arredondamento dos Cantos.


Fonte: Autor (2016).
49

Terceira etapa: Após todas as etapas de preparação (regularização, limpeza) da


superfície, foi aplicada uma demão de primer, para criar um ponto de aderência entre o substrato
e a manta.

Figura 12: Aplicação da Solução Asfáltica.


Fonte: Autor (2016).

Quarta etapa: Para a escolha do sistema de impermeabilização, optou-se pelo sistema


de manta asfáltica, e por exigência do cliente, utilizou-se Denvermanta tipo III com 4mm de
espessura, conforme NBR 9952.

Figura 13: Aplicação da Denvermanta tipo III com 4mm de espessura.


Fonte: Autor (2016).
50

Ao serem instaladas as mantas deve-se obedecer a uma medida de transpasse de 10 cm


para garantir que a água não infiltre pelas emendas. Elas são aplicadas com o uso de um
maçarico a gás, esquentando o lado da manta que ficará voltado para a superfície, para que esta
possa ser perfeitamente aderida ao substrato. Para os arremates nos cantos ou em ralos utiliza-
se o mesmo processo.

Quinta etapa: Após a instalação das mantas, deve-se realizar o teste de estanqueidade
para poder identificar possíveis vazamentos e corrigi-los a tempo. É preciso fechar os ralos e
isolar as áreas. De acordo com a NBR 9574, a análise é feita deixando a área inundada por no
mínimo 72 horas.

Figura 14: Teste de Estanqueidade.


Fonte: Autor (2016).

Sexta etapa: Após o teste de estanqueidade, reparando algum eventual ponto de


vazamento, o procedimento seguinte é a colocação de uma camada separadora (filme plástico)
no piso, e uma tela na superfície vertical para ancorar o reboco que é a próxima fase de
acabamento.
51

Figura 15: Camada Separadora e Reforços nos Cantos.


Fonte: Autor (2016).

Sétima etapa: Após a aplicação da camada separadora, a área recomposta com proteção
mecânica, livre de infiltrações e pronta para receber tráfego.

Figura 16: Execução da Proteção Mecânica.


Fonte: Autor (2016).
52

4.5 MANTA LÍQUIDA SEM PROTEÇÃO MECÂNICA

4.5.1 Caracterização da Obra

A obra em estudo localiza-se no município de Criciúma – SC, onde se trata de


impermeabilização de uma laje que possui 430,00 m². Será feito impermeabilização com manta
líquida para garantir a estanqueidade da obra e evitar problemas encontrados com relação à
infiltração.

4.6 PROJETO EXECUTIVO DE IMPERMEABILIZAÇÃO

Para execução das impermeabilizações com manta líquida devem ser tomados todos
os cuidados necessários para garantir a qualidade do serviço, pois ela é que vai proteger as
estruturas contra de águas e vapores, que é seu principal objetivo.

4.6.1 Método Executivo

A impermeabilização deverá ser aplicada apenas em superfícies uniformes e


perfeitamente secas e resistentes. Nenhum produto foi aplicado, sem a devida limpeza do local.
A aplicação de qualquer produto indicado nestas especificações está condicionada às
recomendações do fabricante, e às premissas da NBR 9574, quanto ao manuseio, dosagem e
cuidados especiais para garantia da qualidade e durabilidade dos serviços.

4.6.2 Lajes

A laje a ser impermeabilizada, recebeu três demãos Bautech manta líquida, sendo que,
após a primeira demão, utilizou-se uma tela de poliéster, que é uma armadura estruturante para
evitar trincas e finalizando com as duas demãos restantes.
53

4.7 EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS

4.7.1 Preparação da Superfície

A superfície que será impermeabilizada deverá estar regularizada, firme, sem


partículas soltas, isenta de pó, graxa ou óleo. Caso haja ralos, é importante realizar caimentos
com no mínimo 1% de desnível. É muito importante que o substrato esteja seco e em períodos
de chuvas, aguardar no mínimo 2 dias de estiagem. Em lajes novas, aguarde 15 dias antes de
aplicar o impermeabilizante. Caso haja fissuras no substrato, é importante realizar o reparo
antes de impermeabilizar. Todas as arestas, cantos e ralos devem ser arredondados.

4.7.2 Arremates

A impermeabilização precisa ser arrematada em todo o contorno da área, pelo menos


30 cm acima do nível do piso acabado. É necessário que a impermeabilização adentre nos
ambientes cobertos, onde existem portas abrindo para a parte exposta à chuva e ao vento. Em
tubulações, reforçando-as utilizando tela de poliéster e a manta líquida como adesivo, aplicando
a manta líquida em volta do ralo e com produto ainda úmido, colar a tela de poliéster, após o
produto secar, aplicar mais uma demão selando o local.

4.7.3 Forma de Aplicação

A manta líquida dependendo de fabricantes é fornecida pronta para uso, porém, na


primeira demão é recomendável a diluição de 10% com água limpa. Isso será importante para
tratar os substratos porosos e com muita absorção. As aplicações são feitas com rolo de textura,
trincha ou brocha. Em caso de períodos de chuva, proteja o local aplicado, para evitar que
molhe, evitando perda de material, mão de obra e tempo.

Não executar a manta líquida em substratos com temperaturas abaixo de 10ºC ou acima
de 35ºC. Deve receber proteção mecânica, quando aplicado em locais com tráfego de pedestres
ou veículos (neste caso não será utilizado), e quando houver locais sem ventilação ou em baixas
temperaturas, recomenda- se aguardar 7 dias para contato com água.
54

4.7.4 Proteção Mecânica

Se o local não possuir tráfego não é necessário nenhuma proteção mecânica podendo
ficar exposto a intempéries

Caso o local impermeabilizado possuir tráfego constante, é necessário aplicar uma


cobertura mecânica que usualmente é efetuada de duas formas:

• Revestimento cerâmico: neste caso é necessário utilizar argamassa colante AC III e


fazer a aplicação diretamente sobre a camada impermeabilizada com a manta líquida.

• Contra piso: para esta aplicação é necessário utilizar uma camada separadora, que
pode ser papel Kraft ou lona plástica, sendo utilizado sobre a camada impermeabilizada, e após
efetuar a execução do contra piso.

4.7.5 Teste de Estanqueidade

Após a execução da impermeabilização, recomenda-se ser efetuado teste de


estanqueidade com água limpa, com duração mínima de 72 horas para verificação de falhas na
execução do tipo de impermeabilização utilizado.

4.8 DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS EXECUTADOS

Para evitar os problemas de infiltrações, a empresa DZA Distribuidora foi contratada


para realização da execução e dos procedimentos corretos, que serão realizados nas seguintes
etapas:

Primeira etapa: Toda a impermeabilização precisa ser elevada em todo o contorno da


área, pelo menos 30 cm acima do nível do piso acabado. E que sejam executados os reforços
em ralos e cantos.
55

Figura 17: Aplicação dos Reforços nos Cantos


Fonte: Autor (2016).

Segunda etapa: Todo serviço de impermeabilização, exige que a superfície seja


regularizada, com caimento de no mínimo 1% onde se utilizou argamassa com traço 1:3
conforme descrito na NBR 9574. Neste caso a regularização da laje foi executada com os
caimentos necessários.
56

Figura 18: Regularização da Laje


Fonte: Autor (2016).

Terceira etapa: Após, foi realizada a limpeza da superfície para não ocorrer pontos
com má aderência entre o substrato e a manta, e também realizado o reparo em fissuras com
Bautech tinta PU, que é uma tinta à base de poliuretano.

Figura 19: Limpeza da Superfície


Fonte: Autor (2016).

Quarta etapa: Realiza-se a primeira demão de manta líquida, onde se utilizou Bautech
manta líquida, sendo executado conforme NBR 9574.
57

Figura 20: Aplicação Primeira Demão


Fonte: Autor (2016).

Quinta etapa: Em toda superfície é aplicado tela de poliéster, sendo colada com a
própria manta líquida, para evitar o aparecimento de fissuras em pontos com maiores
solicitações de cargas.

Figura 21: Aplicação Estruturante


Fonte: Autor (2016).
58

Sexta etapa: É realizada a terceira e última demão. Lembrando-se que sempre se deve mudar
sentido da aplicação para o sentido cruzado à anterior.

Figura 22: Terceira Demão


Fonte: Autor (2016).

Sétima etapa: Após a aplicação da manta líquida, deve-se realizar o teste de


estanqueidade para poder identificar possíveis vazamentos e corrigi-los a tempo. De acordo
com a NBR 9574, a análise é feita deixando a área inundada por no mínimo 72 horas.
59

Figura 23: Teste de Estanqueidade.


Fonte: Autor (2016).

Oitava etapa: Neste caso não foi utilizado a proteção mecânica, porém, caso haja
necessidade pode ser feita com revestimento cerâmico. Sendo assim, faz-se necessário utilizar
argamassa colante AC III e fazer a aplicação diretamente sobre a camada impermeabilizada
com a manta líquida ou contra piso para esta aplicação, é necessário utilizar uma camada
separadora, sendo utilizado sobre a camada impermeabilizada, e após efetuar a execução do
contra piso, e assim deixando livre de infiltrações, e pronta para receber tráfego.
60

Figura 24: Impermeabilização Pronta


Fonte: Autor (2016).

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 COMPARAÇÃO GERAL ENTRE OS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO

Com a finalidade de agrupar as informações apresentadas ao longo deste trabalho, e


utilizando como base a comparação desenvolvida por SOUZA (1997) e critérios elaborados por
MELHADO (1996), elaborou-se um quadro comparativo entre estes sistemas de
impermeabilização apresentados.
61

Tabela 3: Comparação Geral entre os Sistemas de Impermeabilização.

Manta Asfálticas Manta Liquida

Dependem do local de
Relativamente grande devido a
aplicação, mas relativamente
necessidade de utilização das
média, em locais transitáveis
Espessura total do sistema camadas de regularização e
necessitam apenas da camada
proteção mecânica.
de regularização

Camada Impermeável Flexível Camada Impermeável Flexível


Flexibilidade

Maior dificuldade por se


constituir de várias camadas, Apresenta várias camadas,
porém é mais produtiva em aplicação facilitada devido à
Facilidade na execução do
ambientes que não há muitos forma de pintura
sistema
recortes

Menor disponibilidade no
Grande disponibilidade de
Disponibilidade dos mercado em comparação aos
fornecedores e de variedades
materiais outros sistemas

Necessidade da secagem,
Produtividade durante a Aplicação é rápida desde que
existe a espera da cura dos
execução do sistema não haja excesso de recortes
materiais entre as demãos

Os asfaltos em solução
Alguns materiais apresentam
Segurança durante a oferecem riscos de intoxicação
riscos de incêndio e
aplicação da camada e incêndio, riscos de
intoxicação
impermeável queimaduras lembrando a
62

possibilidade de deterioração
da manta com maçarico

Exige especializada, em razão Exige especializada,


da deterioração da manta principalmente em razão da
Necessidade de mão de obra
quando se emprega o maçarico aplicação da armação

Irrestrita, lembrando a perda


Possibilidade de aplicação e Irrestrita, porém a espessura
de produtividade em ambientes
restrições de emprego total pode ser um limitador
com muitos recortes

Fonte: Adaptado de SOUZA (1997).

Na tabela 4 encontra-se o custo final com o processo de impermeabilização.

Os dois produtos utilizados nos casos apresentam diferenças em relação aos seus
valores de execução, sendo que os custos com a utilização de manta asfáltica é superior ao da
manta líquida, pois a manta asfáltica possui preço mais elevado devido ao produto que exige
mão de obra especializada.

Tabela 4: Custo total do processo de impermeabilização (mão-de-obra e material).

Produto Valor total por m²

Manta Asfáltica R$ 43,00

Manta Líquida R$ 25,00

Fonte: Autor (2016).


63

6. CONCLUSÃO

O trabalho prático realizado, juntamente com as pesquisas teóricas, mostra que a


impermeabilização é uma etapa fundamental para a construção civil e deve ser prevista já na
fase de projeto de uma edificação. Representando uma parcela muito pequena no que diz
respeito a custos totais de uma obra, uma boa impermeabilização tem sido uma grande aliada
quando o assunto é durabilidade e qualidade de construção.

Foi possível analisar que a manta asfáltica por ser um material tradicional e pré-
fabricada, passa maior confiabilidade, oferecem garantia de qualidade e de uniformidade. Sua
resistência à tração e superior, por isso, pode ser usada com maior liberdade em ambiente de
tráfego de pessoas. Porém, o incômodo que o serviço de reparação traz aos usuários e
proprietários, em relação ao tempo e custos, que são mais onerosos, pois a dificuldade na
realização do reparo é maior.

Já a manta líquida é uma solução de fácil aplicação, por possuir secagem rápida, torna
a finalização do trabalho mais ágil e supera a manta asfáltica neste quesito. Em serviços de
reparos, a facilidade para encontrar o problema e consertá-lo mais facilmente.

Quanto aos produtos utilizados constatou-se que a manta líquida é o melhor método a
ser utilizado, pois resiste a intemperes, sua aplicação é consideravelmente mais rápida e fácil,
além do fato de ter uma vida útil superior devido sua elasticidade de 300% não se perder ao
longo do tempo, e possui custo inferior à manta asfáltica. Hoje, as normas de impermeabilização
não se mostram em vida útil, mas estudos apontam que a manta asfáltica perde a sua
flexibilidade e elasticidade tornando-se rígida e quebradiça entre 10 e 15 anos, isso faz com que
seja uma grande desvantagem em relação à manta líquida.

Portanto, concluiu-se que, a escolha do sistema impermeabilizante e dos produtos a


serem utilizados depende, individualmente, de cada situação, pois cada um contém suas
características específicas, assim como dos materiais citados no estudo que apresentaram suas
vantagens e desvantagens, principalmente nos custos e no tempo de aplicação.

Este estudo foi de grande valia, no sentido de ampliar o conhecimento na área,


possibilitando um aprendizado aliado com a prática através do monitoramento das atividades.
Que seja útil a todos os acadêmicos e que sirva de suporte teórico para realização pesquisas,
64

incentivando assim discussões que venham agregar maiores conhecimentos e como um meio
de divulgação da importância do tema junto aos profissionais da área.
65

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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seleção e projeto. Rio de Janeiro, 2010.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9952: Manta asfáltica para
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para impermeabilização. Rio de Janeiro, 2008.
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