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CONSTRUTIVA RACIONALIZADA
CURITIBA
2008
INSPEÇÃO E PREVENÇÃO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
CONSTRUTIVA RACIONALIZADA
CURITIBA
2008
Daysi Nass dos Santos
Kátia Bittencourt Stricker
CONSTRUTIVA RACIONALIZADA
CURITIBA
2008
TERMO DE APROVAÇÃO
Daysi Nass dos Santos
Kátia Bittencourt Stricker
CONSTRUTIVA RACIONALIZADA
Esse trabalho de conclusão foi julgado e aprovado para obtenção do título de Especialista em
Patologias nas Obras Civis pela Universidade Tuiuti do Paraná.
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Curso de Pós Graduação Especialização em Patologias nas Obras Civis
Universidade Tuiuti do Paraná.
Orientador:
Prof. Luis César S. De Luca, M.Sc
Universidade Tuiutí do Paraná
1 INTRODUÇÃO
coeso. A palavra alvenaria deriva do árabe al-bannã: aquele que constrói (bannã
significa construir).
esse conjunto pode atingir até 40% do custo total dos edifícios. (LORDSLEEM JR,
2004)
1.2 OBJETIVOS
mecanismos de degradação.
vedação.
em alvenaria de vedação.
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1.3 JUSTIFICATIVAS
rápida e prazos cada vez menores para execução), implicam em vedações menos
funcionalidade.
edifício.
estrutura, influenciam nos ganhos não são só obtidos na execução das paredes ou
painéis, mas também em todos os subsistemas que lhe fazem interface. “Estas
interfaces, por outro lado, quando mal resolvidas são fontes constantes de
utilização da edificação, bem como seu grau de eficiência, vai influenciar o custo de
Æ Desempenho térmico;
Æ Desempenho acústico;
Æ Durabilidade;
que gera muito resíduo que não são aproveitáveis e poluem o ambiente.
de resíduos.
tipologia. Apresenta ainda uma tabela resumida sobre o tipo de correção a ser
adotado.
alvenarias de vedação;
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erros durante a execução desse subsistema, tendo em vista que a correta execução
desse serviço durante a execução, tendo em vista a diminuição das anomalias, visto
edifício.
trincas são consideradas de maior importância, pois, segundo Thomaz (1989), elas
usuários.
diz respeito aos defeitos destas paredes, com repercussões na segurança, conforto
e salubridade do dia a dia. Deve-se, pois prevenir essas patologias e, quando tal não
ambientes contra a ação de agentes externos a eles tais como chuva, sol, vento,
fogo, ruídos, poeiras, raios visuais, etc. Outros requisitos funcionais estão
anomalias:
Æ Segurança estrutural;
Æ Estanqueidade a água;
Æ Conforto higrotérmico;
Æ Conforto acústico;
Æ Durabilidade.
conceitos de estado limite último, entendido como aquele que determina a ruína e
que tende a diminuir com o tempo, tanto mais rápido quanto melhores forem as
A mesma autora nos fala que os efeitos da ação da água, quando não
de componentes;
Æ Corrosão de metais;
dos ruídos provenientes de varias fontes, nos meios urbanos. (SILVA, 2003)
(2003) aponta que essa característica pode ser entendida como a síntese resultante
Entende-se, segundo Silva (2002) como patologia não estrutural aquela que
elementos construtivos.
O quadro abaixo apresenta uma visão clássica das patologias de caráter não
degradação estão a outro nível. Como demonstra o quadro a seguir. (SILVA, 2002)
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Numa perspectiva ainda mais global, Silva (2002) afirma que, podem ser
forma inexplicável pouco tempo após a construção. Para Silva (2002 input Appleton),
esta patologia precoce tem outras explicações para além das meramente técnicas.
de produtos de construção;
empresas de construção.
nesses locais que mais falta fazem materiais integrados num sistema de construção
coerente e é nesses locais que a execução é mais difícil em obra. Acontece ainda
serão abordadas fissuras que tenham causas de ação de gelo, ataque químico e
CAUSAS DE
FENÔMENOS DE ASPECTOS PARTICULARES
FISSURAÇÃO
MANIFESTAÇÕES
CAUSA
PATOLÓGICAS
desse teor provoca uma contração. No caso da existência de vínculos que impeçam
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Æ Umidade do solo.
compressão.
emprego de ferros inseridos nas juntas de assentamento a cada duas ou três fiadas,
variação de umidade”.
alvenaria que estão em contato direto com o solo absorvem sua umidade,
estão sujeitas à insolação direta a perda de água por evaporação; essas trincas
MANIFESTAÇÕES
CAUSA
PATOLÓGICAS
esbeltez da parede.
sobrecarga.
ANOMALIAS CAUSA
armado
Para Franco (1998), o uso dos sistemas estruturais com maior grau de
normativas.
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tem sido observada, sendo comum trincas em alvenaria decorrentes das flechas dos
elementos estruturais.
brasileira para flechas dos elementos estruturais não são compatíveis com a grande
MANIFESTAÇÕES
CAUSA
PATOLÓGICAS
comprimido;
natural do solo.
ocorreu o maior recalque. Ele continua afirmando que “outra característica das
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ANOMALIAS CAUSA
causada pela reação da cal hidratada do cimento com o gás carbônico do ar,
ANOMALIAS CAUSA
ou fonte externa.
VEDAÇÃO
passa obrigatoriamente por todas as regras do bem planejar e bem construir. Mas
Æ Ocultação de anomalias
edificações. Thomaz (1989) segue seu texto dizendo que “pode-se contra-
inicial, mas também ao seu custo de operação e manutenção, e que não prevenir a
alvenarias.
capípulo anterior.
(1989 apud Barros 2003), como “um específico modo de se produzir um edifício e
certa região”.
apud Barros 2003), pelo uso intensivo de mão-de-obra desqualificada e pela baixa
e degradação ambiental.
acordo com Franco (1996), vêm sendo empreendida a gradual alteração dos
um processo composto pelo conjunto de todas as ações que tenham por objetivo
fases.
usuários.
expectativas do usuário.
Æ Desenvolvimento da documentação;
no subsistema vedações.
sendo que estas etapas devem ser equacionadas de maneira sistêmica, ou seja,
Franco (1998) afirma ainda que a adoção de soluções parciais, sem ter uma
deve ocorrer.
Grimm (1982 apud Medeiros 1998) afirma que a consideração adequada dos
vertical.
poderá, segundo Silva (2003), reabilitar e processo de produção que vem sendo,
edificação.
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processo construtivo.
reduzido para uma edificação que tenha o conjunto de projetos executivos prontos,
de blocos;
janelas
estrutura, de que forma a alvenaria deverá estar ligada à estrutura, como será a
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para os vários subsitemas do edifício que tem interferência direta com a vedação
vertical. Franco (1998) destaca diversos aspectos que devem ser analisados para
execução;
revestimentos;
sanitárias;
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impermeabilização empregados.
contemplar:
estrutura;
vergas e contravergas;
e/ou longas;
estrutural para determinar as características inerentes dos vedos que irão compor o
acordo com as solicitações esperadas, tais como a forma de ligação dos elementos
mudanças estéticas.
considerando:
verticais;
O IPT citado por Thomaz e Helene (2000) relaciona os fatores que devem
verticais:
lateral);
aberturas.
exeqüibilidade:
moldadas no local;
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elevação;
intervenção nos sistemas prediais, que não raras vezes provocam manifestações
quando não for previsto no projeto, a tubulação de pequeno diâmetro poderia ser
compatibilização de projetos.
Nesta mesma linha, Silva (2003) alerta que considerações sobre o processo
alvenarias deve ser sempre evitada, não apenas pelas dimensões requeridas mas
reparação e manutenção.
projeto como o principal fator ara tornar uma parede resistente à penetração de
desempenho adequado.
desagregações.
deterioração precoce.
argamassa;
água;
drenagem;
com esquadrias;
Æ Juntas de controle no nível da última laje devem ser tratadas com material
deve ser garantidos a partir do projeto e construção do edifício, uma vez que,
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projeto de vedações verticais, como evitar ruídos hidráulicos em paredes que não as
Edificações com baixa qualidade acústica deverão ter projetos muito bem
uma edificação com uso muito sensível a ruído, para que esta edificação não seja
construída em avenidas com trânsito pesado, ou, se não puder ser evitado, que suas
janelas não se abram diretamente para as avenidas, mas com atenção a outros
do prédio.
ruídos não devem ser colocados juntos a poços de elevadores, caixas de escadas,
corredores, etc.
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Æ Planejamento prévio;
Æ Projeto da produção;
Æ Treinamento da mão-de-obra;
Æ Documentos de referência;
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Æ Seqüência de execução.
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ter a estrutura deformada em pelo menos dois pavimentos acima do qual será
superiores (em lotes de pelo menos dois pavimentos, sendo ideal lote com
quatro pavimentos);
isolamento térmico ou, quando não for possível, executar isolamento térmico
os subsistemas.
subssitemas.
projeto, mas sim, apresentar as partes do edifício que são frequentemente causas
das edificações.
elas:
ocorrido;
primeiros pavimentos;
estrutura, quando esta é muito deformável, para que as ligações não resultem em
das juntas de fixação horizontal deve ser utilizada argamassa com baixo módulo de
deformação.
estrutura, é necessário que exista ligação efetiva e rígida entre elas. Para este
preenchimento com argamassa expansiva, mas esta última técnica pode ocasionar
alvenaria.
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a ancoragem superior das paredes com insertos de aço (φ 6mm espaçados a cada
2m) fixados nas vigas ou lajes mediante furação (broca de 8mm com profundidade
introdução de tensões nas alvenarias pelas deformações das estruturas e para evitar
colagem com resina epóxi. Neste caso, recomenda-se adotar dois ferros de φ 6 mm
Nas duas opções, as faces internas dos pilares devem receber chapisco de
ligação ainda poderá ser reforçada com a inserção de tela metálica na argamassa
material cerâmico. Assim sendo, esta prática somente é recomendada pelo autor,
muito extensas.
Æ Trechos com uma extremidade livre, com comprimento inferior a 1/3 da altura;
prumadas;
deformáveis.
recomenda que seja eletrossoldada de malha 15x15mm e fio de 1,65mm, fixada nos
pilares através de dois pinos de aço zincado distanciados de 60 mm, aplicados pelo
altura das juntas ímpares, a partir da terceira junta, considerando-se que a primeira
interface parede-pilar;
tradicional pelo emprego de telas metálicas nas ligações parede-pilar, para aumentar
VEDAÇÕES
umidade, Franco (1998a), alerta sobre os cuidados com a execução das paredes de
alvenaria, que segundo o autor, é fator preponderante para o seu bom desempenho
da vedação vertical.
a aderência:
obra, que geralmente estão abaixo dos valores mínimos estabelecidos pela
juntas verticais não são preenchidas (espessura menor que 8 mm), que segundo
estudos feitos por Franco (1994 apud Silva 2003), não comprometem o desempenho
acomodar deformações.
Segundo Silva (2003), juntas secas não podem ser utilizadas nas paredes
Para paredes com altura superior a 3m, Thomaz e Helene (2000) sugerem a
ALVENARIA E ESQUADRIA
Franco (1998) observa que está havendo uma preocupação maior quanto à
forma de execução de alguns serviços que interferem nas vedaçõs verticais, como é
maioria das vezes, esta solução normalmente empregada, não assegura um bom
desempenho desta interface, uma vez que as grapas para fixação das aduelas não
fissuras.
relação ao pilar e movimentações das portas, como mostrado na figura aseguir. Para
utilizacão das “bonecas”de alvenaria, a dimensão mínima a ser executada será com
distribuição das tensões que tendem a se concentrar nos cantos das aberturas de
das paredes.
83
elementos.
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empíricas:
INSTALAÇÕES PREDIAIS
em baixa racionalização.
conforme Franco (1998), vem sendo estudada, consiste na técnica de não executar
Quando não for possível evitar o embutimento das tubulações, deverá haver a
interrupção da alvenaria para passagem das tubulações. Neste caso deverão ser
TÉRMICA
Diversos detalhes são sujetridos por Thomaz e Helene (2000), para prevenir
Æ Adoção de reforços mais eficientes nos vértices dos vãos de janelas (vergas e
contravergas);
sugere que a ligação seja feita com ferros de espera, mas empregando entre o pilar
para evitar fissuras devido aos carregamentos nas primeiras idades e retração
das paredes;
elevada;
projeto, seguem abaixo detalhes construtivos que visam minimizar o efeito deletério
concentração de água na lateral do peitoril. A figura 20 mostra como deverá ser feito
muito comuns nas paredes de blocos cerâmicos, podem ser resultantes de partes
juntas.
5 INSPEÇÃO
alvenaria de vedação.
VEDAÇÃO
busca-se obter uma construção que atenda adequadamente aos requisitos exigidos
pelas funções que a parede deve desempenhar durante sua vida útil, sem que se
concretada a laje. Esse tempo é necessário para que a estrutura se acomode. Caso
seja executada antes desse tempo recomendado, é possível que a alvenaria sofra
deformações e até fissure. Esse dado deverá ser verificado no projeto. (Revista
Equipe de Obra)
vedação, sendo iniciada pela limpeza cuidadosa do local em que será executada a
reflexão da argamassa, o mesmo autor propõe que o chapisco seja aplicado com
rolo de pintura texturizadal, empregando-se, neste caso, a argamassa com traço 1:4
parte de P.V. A para oito a dez partes da água de amassamento, que é denominado
chapisco rolado.
Recomenda-se que o chapisco seja aplicado pelo menos três dias antes do
BARROS, 2007a)
galga, como é chamada, poderá ser definida nos próprios pilares da estrutura, com o
deverá ser executada fora deles, com auxílio de caibro que deve ser devidamente
posicionado junto ao vão em que será executada a alvenaria, de maneira que possa
estrutura.
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previamente corrigidos.
recomenda utilizar como guia uma linha esticada entre os mesmos, determinado o
a utilização de duas linhas esticadas, e para garantir nível e alinhamento, deverá ser
utilizado nível, prumo e linha. A locação deve ser iniciada pelas paredes de fachada.
O posicionamento das paredes internas deverá ser dado de acordo com a locação
das paredes de fachada e das características geométricas das pecas estruturais que
as envolvem.
5.1.3 Elevação
estabilidade.
a estrutura de modo que não venha a ter o seu desempenho prejudicado quando
solicitada.
pequeno, ou seja, não é necessário e nem mesmo conveniente que a alvenaria seja
junta de argamassa deverá ser tal que tenha capacidade de absorver as pequenas
A fixação deverá ser feita apenas pelo preenchimento do vão deixado entre
largura da parede (em qualquer ponto). Nas paredes internas, o preenchimento pode
ser feito em duas etapas, cada uma a partir de uma das faces da parede. Nas
sendo que o preenchimento pela face externa deverá ser feito com pelo menos três
pavimento e nunca antes dos dez dias e recomendam também que o encunhamento
produção desse subsistema, para, a partir delas, quando o serviço for inspecionado,
seguindo as técnicas construtivas adequadas, ele deve ser liberado para a próxima
103
Abertura para
10 mm Abertura para fixação, com 25 mm de valor médio de espessura.
fixação
dessas construtoras.
necessário a verificação do mesmo para garantir que tenha todos os dados corretos
carregamentos, embora lhes seja cada vez mais comum a transmissão de tensões
térmicas).
técnicas construtivas racionalizadas, para que se possa ter uma visão ampla da
subsistema da edificação.
108
Deformação da estrutura:
fazer encunhamento na
ultima fiada
Ligação Alvenaria
Estrutura
Interação Alvenaria -
Esquadria
Interação Alvenaria
Instalações Prediais
Desempenho estrutural
de alvenarias
estrutura, locação pelos eixos ou faces dos pilares e vigas, de acordo com o
projeto;
(espessura>3cm);
previstos no projeto.
ar comprimido;
controle.
Æ Nos encontros com pilares, mais do que em qualquer outra posição, é vital a
janelas; nas paredes de fachada, o prumo deverá ser verificado pela face
externa da parede;
e destacamentos;
de serviço deve ser feito logo após o término da execução de qualquer item do
quanto aos problemas observados. Ele conclui que “o registro e analise dos
serem estudados, que possam colaborar para uma melhor compreensão sobre as
execução e inspeção.
como base para que se tome as medidas preventivas, durante a fase de execução
da obra.
os dias atuais, pois com a grande incidência de obras e a falta de mão de obra
do edifício.
produção. Assim como a aplicação das soluções construtivas em obras podem ser
da edificação.
problemas.
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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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____, NBR 6118 Execução de estruturas de concreto armado. Rio de Janeiro: 2003.
Paulo: EPUSP/PCC,1998.
VEDAÇÕES VERTICAIS (1º.: 1998 – São Paulo). Anais, ed. Por F H Sabbatini, M M
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1999.
Edição. São Paulo: O Nome da Rosa, 2004. (Coleção primeiros passos da qualidade
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http://tgp-mba.pcc.usp.br/TG-004/TG004-AULA1-%20Folhetos.pdf. Acesso,
novembro de 2007.
118
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2007
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www.ct.ufpb.br/downloads/arquitetura/Modulo1PDF/2908parte1.pdf. Acesso em
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Lúcia da Silva, Estera Muszkat Menezes. 3. ed. rev. atual. Florianópolis: Laboratório
Seminário sobre manutenção de Edifícios, Porto Alegre. Anais – v.II. Porto Alegre:
UFRGS, 1988.
Pini, 1989.
(BT/PCC/252).